sábado, 1 de outubro de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA: Consulado russo em Nova Iorque vandalizado com tinta vermelha


© Getty Images

Por LUSA  01/10/22

A fachada do consulado russo em Nova Iorque foi vandalizada com tinta vermelha, num gesto de protesto contra a anexação de quatro regiões ucranianas pela Rússia, disse sexta-feira a polícia.

Às 12:00 (17:00, em Lisboa) de hoje, grandes manchas de tinta vermelha cobriam a fachada do consulado, um edifício de estilo renascentista no bairro de Upper East Side, em Manhattan, de acordo com agência de notícias France-Presse (AFP).

O portão de entrada também foi pintado a vermelho.

Um porta-voz da polícia de Nova Iorque disse à AFP que as autoridades foram notificadas pelas 13:30 (18:30, em Lisboa).

"Não houve detenções e a investigação está em curso", adiantou a mesma fonte, acrescentando que o incidente foi "motivado possivelmente por hostilidade".

Este ato de vandalismo surge no dia em que o Presidente russo, Vladimir Putin, formalizou a anexação de quatro territórios ucranianos.

Putin assinou hoje, em Moscovo, os tratados de anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, apesar da condenação internacional e da Ucrânia.

As quatro regiões representam cerca de 15% do território da Ucrânia, ou cerca de 100.000 quilómetros quadrados, um pouco mais do que a dimensão de países como a Hungria e Portugal ou um pouco menos do que a Bulgária, segundo a agência espanhola Efe.

A assinatura da anexação das quatro regiões do leste e sul Ucrânia, que a Rússia controla apenas parcialmente, seguiu-se a um discurso de Putin, que defendeu a "decisão inequívoca" dos cidadãos daqueles territórios, manifestada em referendo não reconhecidos por Kiev nem pela comunidade internacional.

Putin também apelou à Ucrânia para cessar imediatamente os ataques e comprometeu-se a defender o território russo com todos os meios.

O líder russo deu este passo após ter reconhecido a independência de Zaporijia e Kherson na quinta-feira, como fez, em 21 de fevereiro deste ano, com as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, no Donbass (leste), três dias antes de ordenar a invasão da Ucrânia.

A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia, em março de 2014, também após um referendo realizado sob ocupação militar.

A Ucrânia e quase toda a comunidade internacional já anunciaram que não irão reconhecer a anexação.


'Chef' de Putin assume o comando de mercenários russos

Yevgeny Prigozhin e Vladimir Putin (Setembro 2010)


Em 26 de setembro, Yevgeny Prigozhin, um empresário conhecido como “Chef de Putin” por causa dos contratos ganhos de catering (serviço de comida e bebida) do Kremlin pela sua empresa Concord, reconheceu recentemente que ele foi o fundador da empresa militar privada russa conhecida como Wagner Group.

Respondendo a uma pergunta enviada pelo site russo Bloknot.ru, Prigozhin disse que em 2014 queria apoiar o envolvimento militar da Rússia na região de Donbass, na Ucrânia, mas que ninguém ainda havia criado um grupo paramilitar digno do seu apoio financeiro.

“Então eu voei para um campo de treino e fiz isso sozinho. Eu mesmo limpei as armas antigas, descobri os coletes à prova de balas e encontrei especialistas que poderiam ajudar-me com isso”, disse Prigozhin.

“A partir daquele momento, em 1 de maio de 2014, nasceu um grupo de patriotas, que mais tarde adquiriu o nome BTG [Battalion Tactical Group] Wagner.”

Prigozhin também confirmou o envolvimento da Wagner em conflitos na Ucrânia, Síria, África e América Latina, algo que ele havia negado repetidamente.

As conexões de Prigozhin com o grupo Wagner foram amplamente divulgadas, mas ele chegou a processar jornalistas por dizerem que ele criou a empresa. Prigozhin negou qualquer conexão com o Grupo Wagner em 16 de fevereiro, quando processou o grupo holandês de jornalismo investigativo Bellingcat num tribunal de Moscovo, exigindo uma retratação.

“As publicações contestadas contêm informações falsas de que o autor [Yevgeny Prigozhin] é afiliado ao Grupo Wagner, o financia e que o Grupo Wagner lhe pertence”, afirmou o processo judicial.

Os mercenários do Grupo Wagner participaram dos combates de 2014-2021 das tropas russas e separatistas pró-russas em Donbass, e da guerra civil síria ao lado do ditador Bashar Assad.

As tropas de Wagner também entraram em ação na Líbia, na República Centro-Africana e em Moçambique. Eles foram acusados de saques e abusos.

Ainda em 12 de fevereiro, Prigozhin recorreu ao Tribunal Geral da União Europeia exigindo que o Conselho da UE retirasse a redação que o descrevia como patrocinador do Grupo Wagner e justificava sanções contra ele.

“Yevgeny Viktorovich [Prigozhin] sempre negou e continua a negar a existência de quaisquer ligações entre ele e quaisquer estruturas militarizadas ou paramilitares”, disse Concord.

Em junho de 2021, Prigozhin processou Alexei Venediktov e Vitaly Ruvinsky, chefes da estação de rádio Ekho Moskvy, por alegarem no ar que o empresário era dono do Grupo Wagner.

Prigozhin negou o seu envolvimento com o Grupo Wagner em novembro de 2017 em entrevista ao site russo RBK.

“Não temos conhecimento das atividades da organização que você mencionou. Yevgeny Viktorovich [Prigozhin] também me pediu para transmitir que estava extremamente surpreso com o próprio fato da existência desta empresa e não tinha nada a ver com suas atividades”, disse a empresa Concord.

Prigozhin negou não apenas os seus laços com o Grupo Wagner, mas também o envolvimento da empresa na guerra com a Ucrânia.

Em julho de 2022, o site de notícias russo independente Meduza, com sede na Letónia, publicou uma investigação sobre mercenários russos na Ucrânia. Prigozhin exigiu que os autores fossem processados criminalmente.

Os seus representantes citaram as perguntas que Meduza lhe enviou alegando que o Grupo Wagner estava participando da guerra russo-ucraniana.

“As perguntas feitas contêm a informação inicial dos seus autores de que uma certa empresa militar privada, Wagner, está diretamente envolvida na operação especial conduzida pela Federação Russa no território da Ucrânia”, disse Concord, referindo-se à invasão da Ucrânia pela Rússia.

De acordo com analistas e reportagens, o grupo Wagner está intimamente ligado ao Ministério da Defesa russo. Os seus mercenários usam bases militares russas, são transportados por aeronaves militares russas, são atendidos por serviços médicos militares e recebem passaportes como funcionários do Ministério da Defesa, segundo reportou em setembro de 2020, o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank de Washington, DC.

Em setembro, surgiu um vídeo mostrando um homem parecido com Prigozhin convidando condenados da colónia prisional russa de Mari El a alistar-se como mercenários. Mais tarde, Prigozhin, disse aos críticos que “ou PMCs (contratados militares privados) e prisioneiros, ou os seus filhos”, iriam combater na guerra da Ucrânia.

O próprio Prigozhin é um ex-criminoso que cumpriu pena na Rússia na década de 1980. Ele está nas listas de sanções dos EUA desde dezembro de 2016, quando foi designado para ajudar nas provocações militares de Moscovo no leste da Ucrânia.

Em fevereiro de 2018, um grande júri federal acusou Prigozhin e a Internet Research Agency, uma empresa de São Petersburgo supostamente controlada por ele e envolvida em campanhas de propaganda e desinformação, além de hacking, por interferir nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA. Concord contestou as acusações, que mais tarde foram retiradas.

Em dezembro de 2018, o Tesouro dos EUA “tomou medidas contra atores russos que tentaram influenciar as eleições de meio de mandato dos EUA em 2018” e impôs sanções à RIA FAN (Agência Federal de Notícias) da Rússia por ligações com a Agência de Pesquisa da Internet. O Tesouro visava os aviões particulares, iates e empresas de fachada associadas a Prigozhin.

A lista dos EUA de empresas sancionadas associadas a Prigozhin expandiu-se depois de ele ter tentado escapar das sanções usando várias empresas de fachada.

No início de 2021, de acordo com o Tesouro dos EUA, “Prigozhin continuou a coordenar mensagens na tentativa de espalhar desinformação sobre o governo dos Estados Unidos”.
A acusação de 2018 colocou Prigozhin na lista de "mais procurados" do FBI.


sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Criminalidade na Praia: Guineense morto a tiro na zona de Bela Vista

Por asemana.publ.cv setembro 30, 2022 

Um guineense foi morto a tiro, hoje no período da manhã, quando regressava do trabalho, por um assaltante, no bairro de Bela Vista, nas imediações da fábrica de colchões.

Criminalidade na Praia: Guineense morto a tiro na zona de Bela Vista

Segundo uma residente que acompanhou o caso entrevistada pelo Asemanaonline, o indivíduo terá morrido no local do crime e não no hospital central Agostinho Neto como admitiu incialmente. É que a vítima não resistiu aos ferimentos graves que sofreu.

Segundo a mesma fonte, a polícia esteve nessa zona periférica da capital cabo-verdiana a investigar o caso, com vista à identificação e detenção do suspeito desse novo crime de sangue registado no concelho da Praia.

De realçar que as ocorrências de criminalidade registadas pela Polícia Nacional em Cabo Verde aumentaram 33% em 2021, interrompendo um ciclo de cinco anos em queda, sendo que mais de metade dos crimes foi contra o património, segundo anunciou na época o diretor-nacional da Polícia Nacional, Emanuel Moreno, citado pela Lusa.

Soldados do Burkina Faso anunciam o derrube do governo militar

BURKINA-SECURITY/

Por voaportugues.com  setembro 30, 2022

Soldados fardados, armados e usando máscaras apareceram na televisão no Burkina Faso na sexta-feira à noite para confirmar a remoção do Presidente Paul-Henri Damiba, o segundo golpe de Estado no conturbado país da África Ocidental este ano.

O anúncio encerrou um dia que começou com tiros perto de um campo militar na capital Ouagadougou, uma explosão perto do palácio presidencial, e interrupções na programação da televisão estatal.

É um padrão que se tornou cada vez mais familiar na África Ocidental e Central nos últimos dois anos, à medida que os insurgentes islâmicos causam estragos nas áridas extensões da região do Sahel, matando milhares e corroendo a fé em governos fracos que não encontraram uma forma de os derrotar.

O Mali, o Chade e a Guiné-Conacri assistiram todos a golpes de Estado desde 2020, suscitando o receio de um recuo em direcção ao domínio militar numa região que tinha feito progressos democráticos durante a última década.

Abertura Oficial do IIº Congresso Ordinário do MADEM-G15. Sob Lema: Consolidar o Partido, Promover a Unidade Nacional e Desenvolver a Guiné-Bissau.

CONGRESSO - DISCURSO DO COORDENADOR DE MADEM-G15 BRAIMA CAMARA  👇 

@Radio TV Bantaba Sep 30, 2022

CONGRESSO - INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE DA REP, UMARO S. EMBALO, NA ABERTURA DO CONGRESSO DE MADEM-G15👇

@Radio TV Bantaba Sep 30, 2022

Discurso do José Mário Vaz Ex-presidente da República, no II Congresso Ordinário do Movimento pela Alternância Democrática MADEM-G15👇

@Radio TV Bantaba Sep 30, 2022

Guiné-Bissau: O coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau, Braima Camará, afirmou que o partido que lidera vai assumir a "responsabilidade histórica" de devolver a confiança e a esperança aos guineenses.

Por LUSA  30/09/22

Guiné-Bissau. Madem-G15 assume "responsabilidade histórica"

O coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau, Braima Camará, afirmou que o partido que lidera vai assumir a "responsabilidade histórica" de devolver a confiança e a esperança aos guineenses.

@Radio TV Bantaba Sep 30, 2022

"O Madem-G15 assume a responsabilidade histórica de devolver a confiança e a esperança ao povo e aos combatentes da liberdade da pátria", afirmou Braima Camará no discurso na cerimónia inaugural do congresso, o segundo realizado pelo partido, criado em 2018.

No discurso, Braima Camará, que anunciou oficialmente quinta-feira que se recandidata ao cargo, salientou que o congresso vai reafirmar a visão do partido expressa no programa política e assente no "facto de que o Madem-G15 representa o único partido capaz de acelerar a estabilidade política e institucional sustentada da Guiné-Bissau".

"Para a realização desse desígnio o Madem-G15 propõe-se a garantir um bom relacionamento institucional com o Presidente da República e com os demais órgãos de soberania num quadro harmonioso que respeite os princípios fundamentais de um Estado de Direito democrático", afirmou.

Sublinhando que o partido "está a crescer de forma sólida" e que vai "promover e aprofundar a unidade nacional", Braima Camará salientou que o Madem-G15 está "aberto a todos os cidadãos independentemente da sua origem, estatuto social, crença religiosa, pertença étnica ou cor da pele".

"Somos todos Guiné-Bissau", disse, acrescentando que o reforço do partido e a promoção da unidade nacional são "incontornáveis à promoção do desenvolvimento socioeconómico" do país.

Dedicado ao tema "Consolidar o partido, promover a unidade nacional e desenvolver a Guiné-Bissau", o congresso vai reunir mais de 2.515 delegados em Gardete, nos arredores de Bissau, até domingo, para escolher a sua nova liderança e definir estratégia para as legislativas antecipadas, marcadas para 18 de dezembro.

Braima Camará, que liderou o partido desde a sua criação e que conseguiu ser o segundo mais votado nas legislativas de 2019, foi o único a anunciar oficialmente a sua candidatura, mas fontes partidárias disseram à Lusa que há a possibilidade de serem apresentadas mais duas.

II° CONGRESSO- CONSOLIDAR O PARTIDO, PROMOVER A UNIDADE NACIONAL E DESENVOLVER A GUINÉ-BISSAU...Intervenção de sua EXª Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO


II° CONGRESSO- CONSOLIDAR O PARTIDO, PROMOVER A UNIDADE NACIONAL E DESENVOLVER A GUINÉ-BISSAU... Intervenção do Dr. José Mário Vaz.👇

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 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

GUERRA NA UCRÂNIA: Rússia veta no Conselho de Segurança resolução que condena referendos

© Reuters

 Por LUSA  30/09/22 

A Rússia vetou hoje, como esperado, uma resolução apresentada pelos Estados Unidos e pela Albânia no Conselho de Segurança da ONU que condenava os referendos de anexação russos em territórios ucranianos sob ocupação de Moscovo.

A resolução recebeu 10 votos a favor, um contra e quatro abstenções.

O projeto de resolução, intitulada "Os Chamados Referendos Ilegais na Ucrânia", condenava as consultas organizadas e realizadas pela Rússia de 23 a 27 de setembro em quatro regiões ocupadas na Ucrânia e declarava que os mesmos não têm validade e não podem constituir a base para a anexação dessas regiões pelo Kremlin.

"Realmente esperam que a Rússia aprove esta resolução?", questionou, ironicamente, o representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzia, antes de vetar o projeto.

Como a resolução foi vetada pela Rússia - que tem direito de veto como membro permanente do Conselho de Segurança-, o projeto deverá seguir para votação da Assembleia-Geral da ONU, onde a esmagadora maioria dos países tem condenado a invasão russa da Ucrânia.

Na quinta-feira, o secretário-geral da ONU alertou a Rússia que a anexação de territórios ucranianos "não terá valor jurídico e merece ser condenada", frisando que "não pode ser conciliada com o quadro jurídico internacional", naquela que foi uma das declarações mais fortes feitas por António Guterres desde a invasão russa da Ucrânia.

Em 21 de setembro, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou planos para realizar referendos nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia e mobilizar parcialmente as reservas militares para apoiar o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.

Realizados os referendos, que, segundo o Kremlin, foram apoiados pela maioria da população, as quatro regiões da Ucrânia serão agora incorporadas à Rússia.

Em 2014, a Rússia já tinha usado o resultado de um referendo realizado sob ocupação militar para legitimar a anexação da península ucraniana da Crimeia, no Mar Negro.


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LICENCIADOS DA FACULDADE DE DIREITO ACUSA GOVERNO DE LEVAR A POPULAÇÃO À POBREZA

Por radiosolmansi.net

O XXVIIº grupo de Licenciados da Faculdade de Direito de Bissau considera, hoje, que o governo não existe na Guiné-Bissau, devido à subida exorbitante de preços dos produtos de primeira necessidade.

As considerações foram transmitidas, esta sexta-feira, pelo responsável das relações públicas da comissão, numa entrevista telefónica à Rádio Sol Mansi, no âmbito do “Djumbai”, ou seja, Café Jurídico que vai já na sua IVª edição sob tema “Inflação e Poder de Compra".

Para Upanhasso Naú Júnior, o executivo liderado por Nuno Gomes Nabiam, não está interessado em garantir o poder de compra à população, uma vez que os governantes têm capacidade de resolver a suas situações através dos meios do imposto do povo.

“Nós temos nos últimos tempos as subidas galopantes dos produtos de primeiras necessidades neste sentido consideramos que no país o governo não existe porque não está preocupado com a situação sobretudo em garantir o poder de compra à população porque tem roubado do povo”, criticou Upanhasso Naú Júnior.

Upanhasso disse também que o governo deve criar políticas públicas voltadas à população, para superar a situação que o país continua a enfrentar.

“O governo deve criar políticas públicas voltadas a população em geral uma vez que a inspecção do comércio não funciona para controlar os preços dos produtos das primeiras necessidades sobretudo nem deu abono ou acréscimo nos salários dos funcionários públicos” criticou Júnior.

Em relação à situação de preços dos transportes, Naú Júnior disse que não faz sentido o aumento dos preços, principalmente dos toca-toca, porque esses têm conseguido completar as suas receitas antes do fim da hora do expediente.

“Nos achamos que 200 francos fixado ao toca-toca não faz sentido nenhum porque os condutores conseguem arrecadar as receitas antes das 16 horas neste caso podemos denota-se que o governo está a permitir os comerciantes e toos mais enriquecer a custa dos coitados população” denunciou Upanhasso Naú Júnior.

Na última edição realizada no dia 23 de setembro no local habitual, Centro Cultural Português, os académicos haviam debatido o tema ligado à situação das “Políticas Públicas de Ordenamento do Território".

 Por: Marcelino Iambi

APARTHOTÉIS DE “DANÇA DE SEXOS” INUNDAM A CIDADE DE BISSAU

JORNAL ODEMOCRATA  30/09/2022  

[REPORTAGEM_setembro de 2022] Na cidade de Bissau, assiste-se a vista grossa à proliferação cada vez mais de aparthotéis e similares, localizados a escassos metros de escolas ou de outros espaços de diversão de jovens como as famosas bancadas onde se juntam muitos jovens para discutir  a atualidade nacional e internacional. Estas comunidades de jovens das bancadas dos bairros da capital acabam por assistir ao desfile e corrupios dos patrões e de políticos endinheirados que frequentam os referidos estabelecimentos acompanhados de jovens meninas, até menores de 18 anos, para danças de jogo de sexo.

Hoje não é estranho para qualquer habitante da cidade de Bissau que existem bares e restaurantes onde meninas dançam nuas para animar os clientes e levá-los a consumir enquanto elas lhes caçam as algibeiras. É uma dança sem desinibida e sem pudor com conversinhas de levar o “gatinho” a tomar banhos de sexo nos ditos aparthotéis ou espaços similares.

APARTHOTÉIS DE SEXO FACILITAM A PROSTITUIÇÃO E SÃO UMA AMEAÇA À SAÚDE PÚBLICA

A existência dos vários Aparthotéis e similares junto de espaços frequentados por  jovens, grande parte deles menores de 18 anos de idade, pode favorecer ao aumento drástico dos índices de prostituição e com tendência para agravar ainda mais a débil situação da saúde pública do país, com ameaças progressivas de doenças sexualmente transmissíveis.

A essência da preocupação dos pais e encarregados de educação dos jovens que vivem na cidade de Bissau não reside propriamente na proliferação dos aparthotéis e similares, mas na forma como estes desfiles e corrupios da danças e jogos de sexo poderá incentivar e galvanizar a pedalada socio-mental de menores de 18 anos de idade que assistem gratuitamente ao espetáculo. Esta prática poderá incentivar a juventude das bancadas a quererem participar também.

Os aparthotéis não deveriam estar ou ficar perto de lugares públicos frequentados por menores de idade como por exemplo, escolas, igrejas, mesquitas e os jardins de infância para não influenciarem as pessoas, em particular, os menores de 18 anos para as má-práticas sociais. 

Infelizmente, hoje nos Bairros de Bissau, não é difícil um padre, um imame ou um pastor assistirem, sem problemas nenhuns, a um homem ou uma mulher da terceira idade entrar num desses aparthoteis com uma jovem de 15 ou 16 anos para uma dança do jogo de sexo.

Não há nenhuma lei nem um instrumento de regulação que proíba a instalação dos aparthotéis e similares no centro dos bairros de Bissau. Esta ausência da política de regulação de espaços de diversão noturna com estas características poderá conduzir a perda de valores sociais nos jovens, em troca da satisfação de prazeres sexuais através do jogo da dança do sexo.

Todavia, é necessário, da parte do Estado, a instituição de uma nova lei que discipline o funcionamento e os lugares onde são instalados os aparthotéis.

A existência dos vários aparthotéis junto das comunidades de jovens menores de 18 anos pode facilitar um aumento drástico de índice de prostituição, com tendência para agravar ainda mais a débil situação da saúde pública do país com ameaçada progressivamente pelas DST.

Quando se visitam os aparthotéis localizados no seio das comunidades nos bairros de Bissau, pode-se constatar facilmente uma tendência de um aumento da prostituição juvenil, em particular, entre menores de 18 anos de idade. É urgente e necessário que o Estado da Guiné-Bissau tome medidas para não comprometer uma geração inteira de jovens menores que correm, neste momento, fortes riscos com a proliferação como cogumelos de aparthotéis na cidade de Bissau.

Na verdade, não há em toda Guiné-Bissau uma lei de regulação do funcionamento dos aparthotéis. Alguns deles não reúnem as mínimas condições para o seu funcionamento. A prática sexual nos aparthotéis é livre para meninas menores de 18 anos de idade. Frequentemente vê-se homens e mulheres da terceira idade a entrar nos aparthotéis com meninas e rapazes menores de idade para a dança de jogo de sexo.

O Estado da Guiné-Bissau, como o detentor do poder de regulação e do funcionamento dos aparthotéis continua, infelizmente, a olhar e a assobiar para o lado impávido, a proliferação dos referidos estabelecimentos hoteleiros no centro dos bairros da cidade de Bissau. O Estado não tem, neste momento, uma legislação bem definida sobre a instalação e o funcionamento de aparthotéis. Também não há nenhuma legislação que proíba os menores de 18 anos a frequentar os aparthotéis para a dança do sexo com homens ricos de terceira idade perante olhares alheios de outros sentados nas bancadas a tomar o popular “uarga – Chá”.

O Estado da Guiné-Bissau também tem sido acusado por populares das comunidades e residentes na cidade de Bissau de facilitar o aumento dos aparthotéis.  Por seu turno, os proprietários dos aparthotéis estão igualmente unanimes em reconhecer que, de facto, é a ausência de um instrumento do Estado, de regulação de estabelecimentos e do funcionamento que está na base da proliferação do jogo da dança de sexo nos bares da capital, correndo o risco de aumentar ainda mais o nível de prostituição e de degradação do nível da saúde pública na Guiné-Bissau.

Os proprietários acusam ainda o Estado de não se preocupar em fazer uma inspeção adequada à realidade nacional, deixando tudo a funcionar quase na clandestinidade sem as mínimas condições de funcionamento. O que poderá constituir uma fonte de aumento da transmissão das DST.

PROPRIETÁRIO DE CONTENTOR DE TONY ACUSA GOVERNANTES DE INCENTIVAR A PROSTITUIÇÃO

“Nós não somos culpados de tudo isso, uma vez que não somos nós que concedemos licenças a nós mesmos, nem temos competência de fazê-lo. Na verdade, não há uma lei que regule e proíba a instalação dos aparthotéis nos bairros de Bissau”, explicou à reportagem de o Democrata António Sousa Furtado, proprietário de Contentor de Tony, lamentando: “assim a prática continuará e a tendência é de ela se agravar cada vez mais com o tempo”.

“Estamos em democracia e em democracia cada um é livre de escolher o que quiser e cabe a cada pai e encarregado de educação diligenciar no sentido de evitar que o seu educando entre na prostituição”, assegurou.

António Furtado lamentou que “são os nossos dirigentes que incentivam mais a prostituição, porque eles têm meios económicos e financeiros para influenciar menores de 18 anos” para o jogo da dança de sexo nos estabelecimentos hoteleiros de Bissau “sem pensar nas suas consequências na população mais jovem, em particular, nas meninas.”

Tony pede ao Estado da Guiné-Bissau que “é urgente estabelecer, no nosso país, uma lei que proíba o funcionamento de aparthotéis nos bairros e em casas onde residem famílias com crianças e/ou menores de 18 anos de idade para evitar futuros constrangimentos e riscos de a nova geração de meninas estarem sujeitas a prostituição”.

“O Estado é cúmplice de tudo, por não ter uma legislação que proíba o estabelecimento dos aparthotéis nas comunidades e nas casas onde as pessoas residem”, disse  proprietário, criticando a falta da vontade política do Estado na resolução dos problemas que estas casas estão a provocar na sociedade guineense.  

“Na verdade, é difícil controlar ou impedir menores de 18 anos de idade de frequentarem os aparthotéis, porquanto não somos autoridade nem podemos tomar medidas de controle”, assegurou António Furtado, acrescentando que “tentámos, no máximo, controlar o que podemos, mas deveria haver um controle rigoroso do Estado, a partir das 21 horas, identificando todas as pessoas que entram e saem dos aparthotéis para podermos, pelo menos, minimizar o índice de prostituição infantil”. 

Em vários aparthotéis visitados pela equipa de reportagem, as opiniões foram unânimes em criticar a proliferação de estabelecimentos hoteleiros, que dizem estar a criar grandes constrangimentos morais, éticos e sociais em Bissau.

Em Bissau muitos pais e encarregados de educação não conseguem orientar as suas filhas e educandos para viver uma vida sexual saudável. Segundo informações apuradas, muitas famílias até incentivam as suas filhas a não namorarem ou terem uma relação sexual com homens que não possuem meios económicos e financeiros. Nesta lista de ementa perfilam somente políticos e empresários da terceira idade que conhecem bem os aparthotéis para o jogo de dança de sexo.

“MINDJER IKA TAMBUR” CRÍTICA USO DE DROGAS POR HOMENS PARA TIRAR PROVEITO DO DINHEIRO PAGO

As organizações da sociedade civil que defendem os direitos das mulheres não se preocupam com a proliferação dos aparthotéis, mas sim com os atos sexuais que são praticados nos referidos estabelecimentos hoteleiras nos bairros da cidade de Bissau.

“O que nos preocupa não é propriamente a proliferação dos aparthotéis nos Bairros de Bissau, mas sim os atos sexuais que acontecem lá dentro, porquanto, no decorrer do ato sexual homens usam drogas para poder tirar o máximo proveito do dinheiro que pagaram”, explicou a O Democrata,  a Coordenadora do Projeto “Mindjer Ika Tambur”, Iolanda Victor Monteiro Garrafão, acrescentando “as jovens meninas devem saber que ir à escola é a única via para ganhar algos nas suas vidas e não a prostituição”.

A líder do Projeto “Mindjer Ika Tambur” explicou que a sua organização está a diligenciar junto dos seus parceiros internacionais para conseguir meios financeiros para sensibilizar as meninas a evitarem prostituir-se nos aparthotéis. 

Por seu lado, o Administrador da Associação dos Amigos da Criança (AMIC), Fernando Cá, assegurou à equipa de reportagem que a sua organização já fez, em 2021, várias diligências, sem sucesso, para combater o fenómeno de prostituição de meninas nos aparthotéis nos bairros de Bissau.

“Na Guiné-Bissau, ninguém se dignou em procurar encontrar uma solução para o problema da prostituição de meninas menores de 18 anos” explicou , para de seguida apontar o dedo acusador aos dignatários do país de estarem envolvidos no ato de prostituição com as menores de 18 anos, apontando como um exemplo uma jovem menina que fora sexualmente violada pelo próprio pai num dos aparthotéis de Bissau.

O Responsável de Observatório do Gabinete de Assistência a Violência da Rede Nacional da Luta Contra Violência (RENLUV), Justino Queta, disse que a sua organização está bastante preocupada com a situação. Por isso, a RENLUV já fez várias campanhas de sensibilização para alertar as meninas menores de 18 anos do risco de vida que estão a correr com a dança de jogo de sexo nos aparthotéis.

“O perigo não está somente no aumento drástico dos aparthotéis, mas também no risco de contaminação por doenças”, asseverou Justino Queta, afirmando que o Estado da Guiné-Bissau deve tomar medidas adequadas para criar sinergias, em colaboração com os proprietários no sentido de denunciarem casos de prostituição de meninas menores de 18 anos. 

Por sua vez, o especialista em turismo, Valdir da Silva, disse que o problema não está apenas na proliferação dos aparthotéis na cidade de Bissau, mas também na forma como se está a incentivar as jovens a entrar na prostituição.

“Na regra os aparthotéis não devem estar ou ficar perto lugares públicos, como escolas, igrejas, mesquitas, jardins para não influenciarem as pessoas, sobretudo, as meninas menores de 18 anos a entrar na prostituição” defendeu Valdir da Silva, acrescentando que “não há uma legislação que defina e proíba a instalação dos aparthotéis nos bairros por falta de uma política que respeite a privacidade das pessoas vulneráveis.”

Ainda no entender de especialista, o aumento da proliferação dos aparthotéis não só nos bairros das comunidades residentes na cidade em Bissau, mas um pouco por toda parte do território nacional, como uma perda dos valores que as famílias das sociedades vulneráveis enfrentam, trocando prazer sexual para a resolução das necessidades económica e sociais que defrontam diariamente.

Por: António Nhaga / Francisco Gomes

Foto: Marcelo Na Ritche

GUERRA NA UCRÂNIA: Russos celebram anexação. Na Praça Vermelha fala-se numa "Ucrânia russa"

© Reuters

Notícias ao Minuto  30/09/22 

Celebridades russas subiram ao palco e discursaram para a multidão que encheu a Praça Vermelha. Também Putin falou ao público para assinalar "dia histórico".

A Rússia está a celebrar a anexação russa de quatro regiões ucranianas com um concerto, transmitido na televisão, na Praça Vermelha, em Moscovo. 

Depois de o presidente russo, Vladimir Putin, assinar os tratados de anexação de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, uma grande onda de russos deslocou-se para a Praça Vermelha para comemorar. Foram instalados ecrãs gigantes e um forte sistema de som para acompanhar a atuação de várias estrelas da música russa que se apresentaram em palco.

No Twitter, Matthew Luxmoore, repórter do Wall Street Journal, deu conta de que algumas celebridades subiram ao palco para discursar sobre a guerra, tal como mostra um vídeo que divulgou. Segundo o jornalista, o ator Russo Ivan Okhlobystin parece ter dado vida a "Hitler" e pediu uma "guerra santa".

Já outro correspondente do Financial Times escreveu na mesma rede social que Ivan Okhlobystin afirmou que Kharkiv, Odessa, Mykolayiv e outras cidades da "Ucrânia russa" serão as próximas a ser anexadas.

Também Vladimir Putin discursou para a multidão, falando num "dia histórico" de "verdade" e "justiça", após ser recebido com aplausos, cantos patrióticos e bandeiras. Algumas pessoas ostentavam também as fitas de São Jorge, com riscas negras e laranja, uma antiga decoração militar czarista que se tornou um símbolo da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi.

Putin disse que a Rússia está a abrir o "coração" aos ucranianos e terminou dizendo: "A vitória será nossa".

O ambiente vivido neste concerto à sombra do Kremlin contrasta com os milhares de russos que continuam a fugir do país, após a mobilização militar parcial anunciada pelo chefe de Estado russo.

Sublinhe-se que a anexação oficializada hoje ocorre no oitavo mês da guerra na Ucrânia, depois de as tropas russas terem sofrido derrotas significativas no norte e nordeste do país vizinho.

Passando a ser cidadãos russos, os habitantes das quatro regiões poderão ser mobilizados para combater as tropas ucranianas.

A Ucrânia e quase toda a comunidade internacional já anunciaram que não irão reconhecer a anexação.


Abertura Oficial do IIº Congresso Ordinário do MADEM-G15. Sob Lema: Consolidar o Partido, Promover a Unidade Nacional e Desenvolver a Guiné-Bissau.


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II° CONGRESSO- CONSOLIDAR O PARTIDO, PROMOVER A UNIDADE NACIONAL E DESENVOLVER A GUINÉ-BISSAU👇

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PERCURSO E CHEGADA DO COORDENADOR A PONTA GARDETE.👇


 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

GUERRA NA UCRÂNIA: NATO promete apoio a Kyiv após anexação ilegal "do tamanho de Portugal"

© Lusa

Por LUSA 30/09/22 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, assegurou hoje que a anexação ilegal pela Rússia de quatro províncias ucranianas, com "uma área aproximadamente do tamanho de Portugal", não altera o compromisso da Aliança em apoiar a Ucrânia.

"Esta é a maior tentativa de anexação de território europeu pela força desde a Segunda Guerra Mundial. Cerca de 15% do território da Ucrânia, uma área aproximadamente do tamanho de Portugal, foi tomado ilegalmente pela Rússia com a ponta da pistola", declarou Stoltenberg em conferência de imprensa e após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado a incorporação na Rússia das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.

O chefe da NATO considerou que a guerra na Ucrânia está num "momento decisivo", definiu a anexação "ilegal e ilegítima" desses territórios como "a mais séria escalada" desde o início da guerra, e garantiu que os membros da organização militar ocidental jamais reconhecerão estas anexações.

"A Ucrânia tem o direito de retomar estes territórios agora ocupados pela força e iremos apoiá-la para que continue a libertá-los", afirmou.

Stoltenberg também advertiu que a eventual utilização pela Rússia da arma nuclear terá "graves consequências".

O chefe dos aliados também comentou o pedido de adesão acelerada da Ucrânia à NATO anunciado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pouco depois de a Rússia ter anexado quatro regiões ucranianas, ao indicar que essa decisão "requer a unanimidade" dos 30 Estados-membros.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Leia Também: Ucrânia. NATO e G7 garantem não reconhecimento de anexação pela Rússia

SAÚDE: O motivo pelo qual todos deveríamos urinar sentados (sobretudo os homens)... Cientistas explicam.

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Notícias ao Minuto  30/09/22 

De pé ou sentado? Um estudo, publicado na revista científica PLos ONE, defende que todos deveríamos urinar sentados.

Para chegarem a uma conclusão, os investigadores do departamento de Urologia do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, tiveram em conta fatores como o tempo total gasto e a capacidade de esvaziar, ou não, a bexiga. "Analisámos as influências da mudança da postura de micção no fluxo máximo de urina, no tempo gasto para urinar e na quantidade de urina que resta na bexiga. Concluímos que a postura sentada é a melhor posição para homens com problemas de micção, por exemplo, devido ao aumento da próstata para urinar", explicam.

"Isto é clinicamente importante, porque a urina residual pode resultar em complicações como cistite e cálculos na bexiga", justificam.

Por outro lado, os autores do estudo não verificaram nenhuma mudança significativa em homens saudáveis, o que faz desta uma escolha individual, quando se analisa apenas critérios anatómicos e médicos.

BILL BROWDER: "Putin tornou-se o pior dos piores e agora mata pessoas em todo o mundo"

© Getty Images

Por LUSA  30/09/22 

O investidor Bill Browder acreditou em Vladimir Putin em 2000, quando sucedeu na Presidência russa a Boris Ieltsin, pois assumia que a democracia e a liberdade de expressão numa Rússia pós-União Soviética era o caminho a seguir.

Eo autor de "Dinheiro Sujo", segundo livro do investidor e empresário nascido nos Estados Unidos mas naturalizado britânico, editado pela Penguin Random House, ainda mais convencido ficou da continuidade do caminho de Ieltsin quando Putin prometeu dar seguimento à democracia e liberdade de expressão.

No entanto, Bill Browder, segundo admitiu numa entrevista à agência Lusa em Lisboa, onde está a lançar "Dinheiro Sujo", já tinha percebido que Ieltsin, apesar dos ventos democráticos, revelava igualmente um lado menos positivo.

"Nunca conheci Putin nem nunca falei com ele. No início da sua Presidência (em 2000) eu era um apoiante. Sucedeu a [Boris] Ieltsin, que tinha algumas qualidades. Acreditava na democracia e na liberdade de expressão, mas tinha uma péssima qualidade: permitiu a 22 oligarcas roubarem 40% do dinheiro ao Estado e todos os outros viviam numa extrema pobreza. No princípio, Putin deu a entender que iria pôr fim aos oligarcas e trazer alguma normalidade ao país. Eu e muita gente saudamos essa intenção de destruir os oligarcas", mas a esperança pouco durou, disse Browder à Lusa.

Browder, que até 2005 foi um dos maiores investidores estrangeiros na Rússia, na área petrolífera através da Hermitage Capital Management, de que é fundador e diretor executivo, acabaria por cair em desgraça e tudo se precipitou de vez depois de, em 2009, o advogado russo associado à empresa, Sergei Magnitsky, ter sido espancado até à morte numa prisão de Moscovo depois de ter exposto um esquema de fraude fiscal praticado pelo Governo russo.

Segundo o autor, de 58 anos, o Presidente russo "tornou-se o maior dos oligarcas" e, por essa razão, lê-se no subtítulo do livro que Browder tornou-se "O inimigo n.º 1 de Vladimir Putin", pois conta na obra, de 367 páginas, "uma história real sobre corrupção, branqueamento de capitais e homicídio na Rússia de Putin".

"Há uma expressão: 'o poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente', e Putin é o exemplo disso. À medida que ficava mais rico e com mais poder, Putin tornou-se o pior dos piores e agora mata pessoas em todo o mundo. Muita gente considera-o um Presidente legítimo, mas, da minha experiência, Putin é um chefe da máfia e é importante que todos percebam isso", acusou.

"Tínhamos um advogado que, após a morte de Sergei [Magnitsky], trabalhava na nossa equipa e que pretendia levar os assassínios à justiça. Foi atirado de um quinto andar. Temos um ativista político, Vladimir Kara-Murza, que tentou ajudar a obter justiça no quadro da Lei Magnitsky, que foi envenenado com Novichok [substância neurotóxica que foi utilizada também com o opositor russo Alexei Navalny], em Moscovo. Também tenho sido alvo de perseguições em várias partes do mundo para me levarem para Moscovo para que me pudessem fazer coisas ainda piores numa prisão russa", denunciou.

Na entrevista à Lusa, Browder salientou que o seu segundo livro não estava nas suas previsões.

"O meu primeiro livro, 'Alerta Vermelho', lançado em 2015, era sobre a minha estada em Moscovo e o assassínio do meu advogado, Sergei Magnitsky, e a minha procura para que fosse feita justiça através da chamada Lei Magnitsky [aprovada em 2012 nos Estados Unidos e que impõe interdições de vistos e congela os ativos de cidadãos que violem os direitos humanos]", que já vigora em outros 32 países, disse.

"Pensei que fosse o fim da minha história, mas tudo se tornou cada vez mais dramático por causa da minha conflitualidade com o que se seguiu à [aprovação da] Lei Magnitsky. Houve mais pessoas assassinadas, o Governo russo tentou atacar-me, houve interferência política nas eleições dos Estados Unidos em ligação com a Lei Magnitsky e havia tanto material que eu tinha de contar a história para que o mundo perceba quem é realmente Putin", acrescentou.

Browder relatou ter sido preso em Madrid em 2018, após um mandado da Interpol, mas acabou por ser libertado pouco depois, após ter publicado na rede social Twitter que estava preso, "o que provocou um escândalo público" que a polícia espanhola e europeia "só então se aperceberam da confusão em que se tinham metido".

Recuando no tempo, e questionado pela Lusa sobre como e quando se apercebeu de que Putin não era aquilo em que inicialmente acreditou, Browder lembrou que, em 2003, o Presidente russo mandou prender o primeiro grande oligarca, Mikhail Khodorkovsky, proprietário da petrolífera Yukos.

"Foi preso, foi julgado, [Putin] ficou com a companhia petrolífera e pô-lo 10 anos na prisão. A minha primeira reação pública foi: um apanhado, faltam outros 21. Putin tinha mandado abaixo um oligarca, faltava mandar abaixo outros 21", disse.

"Mas Putin não prendeu o oligarca seguinte, Roman Abramovitch. Pagou-lhe 13 mil milhões de dólares pela petrolífera, a Sibneft, e nomeou-o governador de uma região na Sibéria, onde não pagava quaisquer impostos e podia utilizar os seus 13 mil milhões de dólares sem impostos", prosseguiu.

E, segundo recordou, foi nessa altura que teve a consciência que algo estava errado e que o fim dos oligarcas não era um dado adquirido sob a liderança de Putin.

"O primeiro oligarca é preso e mantido na prisão. Ao segundo oligarca dá-lhe 13 mil milhões de dólares pela compra da petrolífera e dá-lhe um cargo público de alto funcionário. Alguma coisa está mal. Nesta altura estava confuso mas ficou claro para mim que Putin entrara num lado obscuro, o que o levou a expulsar-me da Rússia em 2005 porque eu estava a investigar as empresas que ele detinha", concluiu.

Há mais de dez anos que Bill Browder lidera uma campanha global para denunciar a corrupção e os abusos dos direitos humanos na Rússia. 


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS PRESIDIU A REUNIÃO DO CONSELHO DE MINISTROS

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Conselho de Ministros reuniu-se hoje, dia 29 de Setembro de 2022, em Sessão Ordinária, no Palácio da República, em Bissau, sob a presidência de Sua Excelência o Senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General do Exército Umaro Sissoco Embaló.

Antes de entrar na sua agenda de trabalhos, a Governadora da Região de Gabú, a convite especial do Chefe de Estado, informou à plenária governamental sobre a implementação do Projeto de governação inclusiva e participativa, que envolve as autoridades administrativas, filhos e amigos da Região de Gabú, nos sectores das infra-estruturas e da saúde educação.

No capítulo de INFORMAÇÕES GERAIS, o Vice Primeiro-Ministro, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares e Coordenador para a Área Económica, falou sobre as conclusões e recomendações do 1º Retiro do Governo, que teve lugar nos dias 22 e 23 de Setembro corrente, no Palácio do Governo, em Bissau, tendo realçado que o retiro consistiu-se num espaço de reflexão e de partilha de conhecimentos e experiências sobre temas e assuntos ligados à governação do país, visando melhorar a performance dos membros do Governo.

Por seu turno, o Ministro da Saúde Pública, prestou informações relativas à sua participação e intervenção na Conferência da Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), realizada em Nova Iorque, à margem da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, donde foram adoptadas importantes recomendações, que entre outras se referem a Guiné-Bissau, no sentido da criação de um Conselho Directivo Nacional da ALMA, que integrará as forças vivas da nação e que seja capaz de desenvolver estratégias nacionais de luta contra a malária.

O Ministro do Ambiente e da Biodiversidade, informou o Conselho de Ministros os resultados da sua participação, de 13 a 15 de Setembro, em Incheon (Correia do Sul), na IIª Conferência de Programação Global do Fundo Verde do Clima, ten é o realçado que o evento serviu de plataforma para estabelecer um diálogo de alto nível sobre a definição de estratégias, a longo prazo, para a baixa emissão e resiliência climática dos planos de investimento. O titular do pelouro do Ambiente informou ao Conselho, igualmente, sobre a sua participação na Reunião de Nova Iorque relativa à Semana do Clima 2022, realizado de 19 a 21 de setembro, a margem da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde se definiu os últimos pontos sobre a COP 27 da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

Na parte DELIBERATIVA, o Conselho de Ministros, após sua apresentação, análise e discussão, deliberou protelar a aprovação do diplomas concern e ntes ao Projeto de Decreto relativa à revisão do Decreto n.º 01/2022, de 22 de março. que cria Conselho Permanente de Concertação Social, CPCS, bem como o Projecto de Decreto sobre as Modalidades de Taxas de Regulação dos Concursos Públicos.

No capítulo de NOMEAÇÕES, o Conselho de Ministros deu anuência a que, por Despacho do Primeiro-Ministro, se efectue o movimento do Pessoal Dirigente da Administração Pública, conforme se indica:

MINISTÉRIO DA ECONOMIA, PLANO E INTEGRAÇÃO REGIONAL

     •      Diretor Geral da Agência de Promoção Microfinanças, Senhor Mamadú Cirem Djabi, tendo sido dada por finda a comissão de serviço, na mesma função, do anterior titular.


PM | SESSÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS

O Conselho de Ministros reuniu-se em Sessão Ordinária, no Palácio da República e Sob a presidência de Sua Excelência o Senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General do Exército Umaro Sissoco Embaló.

Confira as deliberações saídas nesta Sessão Ordinária do dia 29 de setembro de 2022.

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau