quinta-feira, 2 de julho de 2020

Domingos Simões Pereira fala ao povo guineense

O Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, emite mensagem aos militantes do Partido e ao povo da Guiné-Bissau. Líder fala sobre os interesses do povo, luta por justiça e condena desvio de conduta de 5 deputados.
Fonte: PAIGC 2020

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CONVIDADO - Domingos Simões Pereira: “Não reconhecemos essa nova maioria parlamentar, nem o Governo”


Por: Marco Martins  RFI         
Áudio 09:15 - CONVIDADO 01-07-2020 MM

O Parlamento da Guiné-Bissau retomou hoje os seus trabalhos com a presença dos deputados do PAIGC, isto para além dos deputados da dita nova maioria composta por elementos do MADEM G-15, do PARS, da APU-PDGB, do PND e de cinco dissidentes do PAIGC.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não reconhece essa maioria e explica-nos quais serão os próximos passos a dar para a Assembleia Nacional Popular funcionar normalmente.

O líder do PAIGC começou por abordar os acontecimentos da passada segunda-feira quando cinco deputados do partido se juntaram aos outros partidos com assentos parlamentares para aprovarem o Programa do Governo: “Não ficámos satisfeitos ao ver isso acontecer. Pessoas em quem eu confiei que estavam comprometidos com os nossos objectivos, os princípios do partido e o programa que nós tínhamos apresentado à própria população.  Eu fiquei triste por isso. Mas eu não trato dessas questões numa perspectiva pessoal, eu penso que a traição é dirigida ao povo guineense, a traição é dirigida ao partido. Estamos a falar de gente que podia ter outra participação, mais positiva naquilo que são os objectivos que a Guiné-Bissau tem”, frisou.

Domingos Simões Pereira afirmou que o PAIGC não reconhece a nova maioria proclamada na Assembleia Nacional Popular: “Nós não reconhecemos isso. Nós pensamos que a maioria é estabelecida com os resultados eleitorais. Se verificar a Constituição da Guiné-Bissau [...] não prevê coligações pós-eleitorais. Todos os órgãos da Assembleia Nacional Popular foram estruturados em função dessa vitória do PAIGC. E pior do que isso é que nós estamos a falar duma presumível maioria que é estabelecida numa assembleia que se reúne sem a constituição da mesa, e sem a verificação do quórum para o efeito”, admitiu.

No entanto o político guineense realçou que tudo começou a 27 de Fevereiro com um “golpe de Estado”: “Não é o que aconteceu no dia 29 de Junho que coloca quem está no palácio da República e quem está no palácio do Governo. O que os coloca lá é o golpe de Estado que foi dado no dia 27 de Fevereiro. E, portanto, pretender que os acontecimentos do dia 29 os legitimem é realmente uma ilusão que eles têm. Eles partem de um golpe e vão continuar a ser legitimados pelo golpe e nada mais”, disse.

Domingos Simões Pereira também destacou o facto dos deputados do PAIGC ter regressado aos trabalhos parlamentares: “Deviam estar a partir de hoje porque vão retomar a sua presença na Assembleia Nacional Popular com uma declaração política. Uma declaração política para claramente se distanciar de tudo aquilo que foi feito no dia 29 e no dia 30. Mostrar que não houve quórum nem constituição da mesa. Portanto nenhuma deliberação que tenha sido registada na altura é legal e é legítima”, acenou.

No que diz respeito ao Programa do Governo, o antigo Primeiro-ministro não sabe do que se trata e nem reconhece o Governo actual: “Começamos por não reconhecer o próprio Governo. Eu não conheço esse Programa, esse Programa não foi distribuído aos membros do Parlamento. Foram votados sem o conhecimento de quem estava a votar. Mas há aqui um paradoxo ainda maior. Menos de 24 horas antes da reunião da Assembleia Nacional Popular, o Presidente da República, o presumível Presidente da República, o autoproclamado Presidente da República, exonera cinco membros do Governo que se apresentam na Assembleia Nacional Popular no dia 29 [...] a discutir presumivelmente o seu programa. E hoje já devem estar a correr no sentido contrário para voltarem a ser membros do Governo, e ir implantar o programa que eles tinham acabado de aprovar na Assembleia Nacional Popular. Ou seja, daqui mais uma semana ou duas semanas, se voltarem a colocar o Orçamento Geral de Estado, provavelmente o Presidente voltará a exonerá-los do cargo de membros do Governo, para irem votar na Assembleia Nacional Popular. Isto é brincar com o país. Isto é brincar com um Estado que se pretende de direito democrático”.

DSP também abordou a questão dos cinco deputados que se juntaram à dita nova maioria na segunda-feira: “O futuro deles será ditado pelos militantes e os dirigentes do PAIGC. Nós temos um órgão que se chama Conselho Nacional da Jurisdição que tem a responsabilidade, e é autónomo em relação à direção do partido, de fazer o julgamento judicial. Eu, numa perspectiva mais pessoal, fico pelo lamento de ver gente jovem, sucumbir ao aliciamento fácil”, sublinhou.

O político guineense desejou ainda que a Assembleia Nacional Popular funcione normalmente: “Se o próprio órgão legislativo não respeita as leis, quem é que vai cumprir? Quem é que vai respeitar?  A paralisação da Assembleia é também uma afirmação política. Nós, PAIGC, estamos convencidos de que não haveria dificuldades nenhumas em estabelecer consensos mínimos para que as grandes questões que preocupam os guineenses, possam ser resolvidas”, afirmou.

Por fim Domingos Simões Pereira adiantou que vai cumprir o seu mandato à frente do Partido: “Eu sou o Presidente do PAIGC. Tenho um mandato a cumprir. Eu ganhei as últimas eleições Legislativas na Guiné-Bissau. Eu tenho um processo contencioso que está no Supremo Tribunal de Justiça e eu espero que algum dia se crie para que a verdade eleitoral seja conhecida pelo povo guineense. Eu vou cumprir o meu mandato. Eu vou ouvir por parte dos órgãos superiores do Partido aquilo que é a avaliação que eles fazem do meu desempenho e enquanto democrata estou preparado para aceitar qualquer que for a orientação que esses órgãos superiores pretendem dar ao futuro do Partido e ao meu enquadramento dentro desse futuro”, concluiu.

Cientista Delfim da Silva kuma👇


Prezado camarada,

Eu acho que viste o "filme" parlamentar, todo. Refiro-me ă sessão parlamentar, histórica, de ontem, dia 29 de junho em Bissau.

Ă medida que a sessão parlamentar decorria, estava eu a lembrar-me do meu texto-proposta de 20 de março de 2019, a "pedir" ao PAIGC para ser um pouco mais realista.

Passo a resumir, já a seguir, o que, nessa altura, eu defendia: uma vez que nāo obteve a maioria absoluta naquelas eleiçőes legislativas de 2019, sugeria ao PAIGC (naquele meu texto) que adotasse um pragmatismo político inteligente.

Eu sei que ser pragmaticamente inteligente, năo é uma coisa fácil. Mais do que a razão, é, muitas vezes, a emoção que acaba por falar mais alto. Mas longe de ser impossível, essa minha "proposta" de então, era mesmo uma opção disponível, racional.

Apreensivo com as consequèncias políticas da euforia dessa "maioria relativa" de março de 2019, "pedi" ao PAIGC para também convidar o Madem G-15 e o PRS para, todos juntos, garantirem a sustentabilidade de um Executivo que, impreterīvelmente, deveria ser projetado num horizonte de legislatura (2019-2023).

Por quê? Porque o MADEM G-15 e o PRS não deveriam, de maneira nenhuma, ser considerados pelo PAIGC como "inimigos inerentes", isto é, como formaçőes politicas intrínsecamente "inimigas", com os quais era proibido estabelecer compromissos.

Ao contrário: o MADEM G-15 e o PRS podem ser - e é normal que assim sejam - circunstancialmente (isto é, conjunturalmente) partidos adversários do PAIGC (note-se: não como inimigos permanentes), mas todos eles, certamente, estariam disponiveis para articular parcerias estratégicas em nome do interesse nacional, isto é, para juntos promoverem o bem político comum.

É claro que a definição desse bem comum guineense - se for bem entendido - não pode constituir um privilégio apenas do PAIGC: tinha de ser concebido, construído e interpartidariamente apropriado e implementado. De aí, o imperativo de um diálogo interpartidário e, também, o imperativo de uma partilha interpartidária de responsabilidades no Executivo.Era assim que eu via as coisas naquele mês de março de 2019.

É claro que eu não fui ouvido, e, como depois se viu, as coisas tomaram um outro rumo político.

Sublinho: defendia eu - na altura - que o PAIGC deveria abrir-se nāo apenas ao partido APU. É claro que obter o apoio do partido APU é muito importante, sem dúvida. Mas esse apoio não seria suficiente, nem técnica nem politicamente para fecundar uma legislatura que se queria pacificadora da classe política bem como da sociedade civil; reformista do Estado constitucional, e desenvolvimentista na esfera económica e social.

É disso que eu me lembrei enquanto seguia a sessão parlamentar de ontem 29 de junho de 2020, exatamente seis meses depois do segundo sufrágio das eleições presidenciais. E quinze meses depois da formação daquela maioria absoluta de março de 2019, hoje já defunta.

Fonte: Abel Djassi

Juliano Fernandes, secretário geral da APU-PDGB e ex-ministro da Administração Interna do governo legitimo, foi detido na fronteira. De acordo com informações, terá sido levado para a vila de Ingore. (em actualização)

Neste momento, apurou o DC, está a ser conduzido para Bissau, sob custódia da Guarda Nacional
http://ditaduraeconsenso.blogspot.com/   à(s) 7/01/2020 08:56:00 da tarde


ÚLTIMA HORA: Ex-ministro do Interior, Juliano Fernandes, está neste momento na segunda Esquadra (ministério do Interior) a ser ouvido. 

AAS à(s) 7/01/2020 11:25:00 da tarde 

PJ DESMANTELA GRUPO MAFIOSO DE CONTRABANDO INTERNACIONAL DE MEDICAMENTO EM BISSAU

A Policia Judiciária da Guiné-Bissau não desarma. Desencadeou no fim- de-semana em Bissau, uma intervenção denominada “Operação Pharmex” na qual, desmantelou um esquema de contrabando internacional de medicamentos liderado por um grupo farmacêutico a operar na capital guineense, Bissau.

Tudo foi graças à operação dos investigadores das Brigadas Anticorrupção e Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública da Secção de Delitos Económicos da PJ que executaram mandados de buscas e apreensões de stock num armazém e na sede social do aludido grupo.

Segundo a fonte de Notabanca, o grupo Farmacêutico reagrupa farmácias que operaram no território nacional.

Uma massificada recolha de inteligência iniciada há dois meses pela PJ guineense permitiu descobrir o “esquema criminoso” do grupo em causa, que baseava-se na importação de vários contentores com medicamentos e entrada de camiões carregados de medicamentos que passavam pela fronteira Norte, tudo em nome do Hospital Militar.

Conforme a fonte policial, o referido grupo atua no país, sem qualquer autorização das autoridades sanitárias competentes, aproveitou-se da situação da pandemia de COVID-19 e contrabandeou em nome do hospital das Forças Armadas guineense grandes quantidades de medicamentos que depois distribuía com urgência às suas redes de farmácias no país.

Notabanca sabe-se ainda que, a sede da empresa e o armazém em causa que se situam na “Praça” foram encerrados pela Polícia Judiciária. O administrador da empresa já foi ouvido e “aplicado a medida cautelar do termo de identidade e residência.”

A fonte remata que, o “grupo mafioso” está sendo indiciado entre outros, pelos “crimes de Fraude Fiscal, Corrupção, Associação Criminosa e Contrabando de medicamentos.”

Notabanca; 01.07.2020

GUINEENSE CAI E MORRE DE REPENTE NO “PORTO DE BANDIM” EM BISSAU

 Não dá para acreditar mas acontece constantemente, em Bissau. Um homem aparentemente de 40 anos caiu e morreu hoje de forma súbita no “Porto de Bandim” em Bissau.

Segundo as testemunhas, trata-se de um guineense de nome, Lona Nabintche, faleceu por volta de 07H00 da noite desta quarta-feira, desconhecendo porquanto, a causa da morte.

Pelas informações disponíveis, houve disputa entre familiares do malogrado e alguns agentes de segurança do “Porto de Bandim” sobre a retirada do corpo no local, por ter demorado horas, a espera das autoridades para se removerem o cadáver.

A este momento, o corpo do malogrado já se encontra no Morque do Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau.

De sublinhar que, a morte desse homem perfaz três vitimas mortais em mesmas circunstâncias. A bem pouco tempo, um cidadão de Guiné-Conacry e um guineense de Bissau também caíram e morreram de forma rápida no bairro de Ajuda e outro em Belém.

Sinto muito muito!

Notabanca; 01.07.2020

quarta-feira, 1 de julho de 2020

CALIFA SEIDI, LÍDER DA BANCADA PARLAMENTAR GARANTE QUE O PAIGC VAI IMPUGNAR A APROVAÇÃO DO PROGRAMA DO GOVERNO.

"PAIGC VAI IMPUGNAR A APROVAÇÃO DO PROGRAMA DO GOVERNO DO ENG. NUNO NA BIAM." CALIFA SEIDI, LÍDER DA BANCADA PARLAMENTAR DO PAIGC


"DECLARAÇÃO POLÍTICA DO PAIGC NÃO TEM ENQUADRAMENTO POLÍTICO" DANIEL S. EMBALO PRS



Fonte: RadioBantaba

Preocupação de Dr Gato.

Domingos Simões Pereira: "Não vou abandonar o PAIGC"

O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, recusa sair do partido ou abandonar a liderança. Na segunda-feira, cinco deputados do PAIGC viabilizaram o programa de Governo de Nuno Nabiam. Há um ambiente de "terror", diz.


O Partido para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) sofreu um grande revés, na segunda-feira (29.06), com cinco dos seus deputados a furarem o boicote do partido à sessão ordinária da Assembleia Nacional Popular e a votarem a favor do programa de Governo de Nuno Nabiam.

Em exclusivo à DW África, o líder do partido, Domingos Simões Pereira, diz que há um ambiente de "grande coação" no país, que não justifica as ações dos deputados, mas pode fazer com que os "mais fracos" sucumbam.

Simões Pereira afirma ainda que não vê qualquer razão para sair do partido e tenciona cumprir os quatro anos de mandato à frente do PAIGC.

DW África: Tem condições para continuar a liderar o PAIGC depois dos acontecimentos de segunda-feira?

Domingos Simões Pereira (DSP): Isso é algo que os órgãos competentes do partido irão decidir. Eu fui eleito por um congresso que me dá um mandato de quatro anos à frente do partido, e tenho intenção de cumprir esse meu mandato e essa minha responsabilidade. Mas, como qualquer político e democrata que se preze, vou auscultar os órgãos internos do partido e, em perfeita tranquilidade, saberemos analisar todas as circunstâncias e tomar as decisões que se impõem a favor do partido - não a favor daqueles que põem em causa os princípios da unidade e coesão interna do partido.

DW África: Circulam informações nas redes sociais de que poderá haver a possibilidade de fundar um novo partido. É isso que propõem nomeadamente grupos de jovens, tanto na Guiné-Bissau como na diáspora. O que tem a dizer sobre isso?

DSP: É provavelmente um repto que os jovens me lançam, e eu respondo convocando-os a integrarem o PAIGC, a continuarem o trabalho de transformação do partido na atualidade. O PAIGC é um partido histórico, com princípios bastante bem estabelecidos, e não é a saída do partido que vai resolver o problema. Aliás, posso e devo responder de forma muito clara: não tenho essa intenção, não vou abandonar o PAIGC. Portanto, lanço o desafio a esse número bastante extenso de jovens que têm esse entusiasmo e essa disponibilidade para poderem, de forma mais ativa, participar no processo político da Guiné-Bissau.

DW África: Como vai ser a resposta do PAIGC a esta nova situação política criada desde segunda-feira passada?

DSP: Não há nenhuma situação nova criada desde segunda-feira, porque a Assembleia Nacional Popular não se reuniu em condições normais. Não houve mesa para o início dos trabalhos, não houve quórum, tudo foi montado. Portanto, na nossa perspetiva, isso ainda é algo que terá de ser tratado pelas instâncias competentes. Agora, há um outro aspeto que eu penso que é muito importante referir aqui: nós não podemos ignorar o quadro de exceção que temos vivido. Durante uma semana, vivemos uma situação de terror, de absoluta violência, em que várias entidades foram vítimas de agressão, de sequestro. Eu penso que os órgãos de comunicação têm acompanhado - deputados da nação que foram sequestrados, que foram violentados. Isso não explica, nem justifica aquilo que foi o posicionamento dos nossos deputados que passaram para o outro lado ou, pelo menos, votaram noutro sentido. Mas é preciso enquadrar essa situação e compreender que havia tudo menos um quadro de liberdade para que as pessoas pudessem exprimir as suas vontades e consciências.

DW África: Quer dizer que houve pressões sobre os deputados do PAIGC para que furassem o boicote à sessão ordinária da Assembleia Nacional Popular?

DSP: Eu penso que isso é evidente. Estamos a falar de cinco deputados que não conseguiram tomar parte na jornada parlamentar que foi realizada na sede do PAIGC, porque tinham em suas casas agentes de segurança que nós nunca conseguimos descortinar se estavam lá para os proteger ou para os controlar. Aliás, essas ameaças foram feitas de forma pública, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira e noutras ocasiões. Portanto, não havia um quadro de normalidade para daí podermos julgar o comportamento das pessoas. As pessoas estavam sob uma grande coação, e, volto a dizer, isso não justifica, mas aqueles mais fracos certamente vão sucumbir a essa pressão.

DW

CORRUPÇÃO: TOLERANCIA “ZERO”

Por: yanick Aerton

O Primeiro-ministro NUNO GOMES NABIAN pode considerar-se um homem feliz porque Sua Excelência Senhor General UMARO SISSOCO EMBALO já lhe facilitou a tarefa, através das firmes instruções que deu ao Procurador-geral da República para recuperar a favor do Estado aquilo que foi roubado no exercício de altos cargos públicos e que é um bem comum.

Vamos passar a ter OGE’s equilibrados porque não vai haver falta de receitas, com a devolução ao Estado de todo o dinheiro desviado por aqueles responsáveis que se aproveitaram dos cargos que exerciam para se enriquecerem ilicitamente, em vez de servirem o povo, trabalhando honestamente e preocupando-se com os problemas de desenvolvimento do país e do bem-estar das suas populações.

Se os capitães J. J. RAWLINGS, do Ghana e o THOMAS SANKARA, do Burkina Faso, conseguiram combater a corrupção nos respectivos países, o primeiro tendo ido até ao extremo, porque não o Primeiro-ministro NUNO GOMES NABIAN, que tem o apoio da esmagadora maioria dos Guineenses e muito especialmente daquele que nele depositou total confiança e o nomeu a esse cargo, o General Presidente UMARO SISSOCO EMBALO.

Não é possível que alguns Guineenses passem todas as vidas a espreitar por oportunidades no aparelho de Estado para irem roubar impunemente aquilo que a todos nós pertence, como aconteceu em muitas instituições, sem que sejam minimamente incomodados.
Não vai ser fácil, mas eu que acredito na nossa polícia judiciária e noutros serviços de investigação, tenho a plena certeza de que se forem postos meios à disposição dos seus agentes, em tempo record, a PGR terá todos os elementos de que precisa para avançar.

Há tantos novos-ricos no país que não herdaram absolutamente nada, mas que, em poucos meses nos cargos para que foram nomeados, passaram a ostentar tanta riqueza que leva o cidadão comum a questionar se de facto existe Estado na pátria de Cabral.
São mansões construídas, prédios comprados na praça de Bissau, viaturas top de gama compradas com o dinheiro do Estado, sobretudo das empresas públicas, e apropriadas por dirigentes que nelas colocam placas cor branca, bombas de gasolina, propriedades agrícolas (hortas /quintas) comprados por milhões de Fcfa, arroz e alfaias agrícolas desviados, etc., etc., e muitas vezes em pleno exercício de funções.

Que ninguém seja poupado porque a lei deve ser cega e abstracta, e não visar senão a defesa exclusiva dos superiores interesses na Nação.

Que justifiquem as proveniências das suas riquezas!

Há Guineenses, e são muitos, que se dedicaram honestamente ao business, porque sabiam que ali é que se pode enriquecer e não no aparelho do estado, onde o fim é de servir e não servir-se do cargo para o enriquecimento ilícito. Esses merecem todo o respeito e consideração porque contribuem e contribuíram no combate ao desemprego, ao reforço do fisco, e ao PIB.

Dentre esses, permito-me mencionar o nome do Coordenador do MADEM G15, BRAIMA CAMARA, di Povo, falecido ABEL INCADA, CARLOS GOMES JUNIOR e outros que, só depois de terem obtido sucessos nas suas apostas é que decidiam lançar-se na política em defesa dos sem-voz e daquela camada que se sacrificou para que a independência da Guiné-Bissau e que depois caiu no esquecimento.

O único conselho é de que não haja intocáveis nesta cruzada que a nossa justiça vai fazer para resgatar a dignidade ao exercício de altos cargos públicos, sob pena de se defraudarem todas as expectativas.

Estado ica cau di bai busca riqueza. Riqueza Ina actividade privada ou seja negócios.

Pa Nhor Deus cubrin si manta sagrado!

COVID-19 - Incrível. Proteína em forma de coração 'vive' no centro do SARS-CoV-2

A enzima denominada protease não só tem a forma de coração, como funciona realmente como o 'coração' do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19.


Um grupo de investigadores do Laboratório Nacional Oak Ridge, nos Estados Unidos, realizou medições de raios-X à temperatura ambiente da principal protease do SARS-CoV-2, que possibilita a reprodução e sobrevivência do vírus, segundo um artigo publicado na revista Galileu. 

No estudo divulgado na revista científica Nature Communications, os académicos publicaram imagens da enzima que se parece com um coração.

Segundo Andrey Kovalevsky, co-autor da pesquisa, num comunicado emitido à imprensa: "a proteína tem o formato de um coração e é realmente o 'coração' do vírus, já que possibilita a sua reprodução e disseminação".

"Se inibirmos essa protease, o vírus não consegue fabricar as proteínas de que necessita para se replicar. É por isso que esta enzima é um elemento extremamente relevante para a formulação de medicamentos", disse Kovalevsky. 

© Andrey Kovalevsky/ORNL, U.S. Dept. of Energy

Conforme explica a Galileu, de modo a construírem um modelo da proteína os cientistas tiveram de identificar cada elemento na sua estrutura e como estes se organizam. Nesse sentido, o uso de raios-X foi a escolha óbvia já que com estes aparelhos é possível detetar elementos pesados, como átomos de carbono, oxigénio e nitrogénio.

Os investigadores cultivaram as moléculas em cristais criogenados e recorreram a uma máquina de raios-X com menor luminosidade para conseguirem estender o tempo de vida das amostras e medi-las à temperatura ambiente.

Imagens de raio-X da principal protease do Sars-CoV-2 identifica diferenças na proteína à temperatura ambiente (laranja) e quando congelada criogénica (branca)
© Jill Hemman/ORNL, U.S. Dept. of Energy

"Tal é significativo porque está mais próximo da temperatura fisiológica em que as células operam", afirmou Kovalevsky. 

De acordo com o investigador Leighton Coates: "os nssos dados de temperatura ambiente estão a ser usados para construir um modelo mais preciso para essas simulações e melhorar o design de medicamentos".

Por LILIANA LOPES MONTEIRO

CIÊNCIA - Olhar para uma luz vermelha durante 3 minutos pode melhorar a visão

Um estudo realizado por investigadores da University College London (UCL), no Reino Unido, apurou que olhar diretamente para uma luz de longo comprimento de onda durante três minutos "pode melhorar significativamente a visão" em indivíduos com 40 ou mais anos.


A pesquisa britânica, que envolveu uma pequena amostra de 24 pessoas, revela que fitar uma luz de grande comprimento de onda por três minutos diariamente pode impactar positivamente na saúde da visão. 

Os cientistas acreditam que a descoberta, publicada no Journals of Gerontology, pode abrir caminho para novos tratamentos oculares mais económicos, que poderão inclusive ser realizados em casa. 

As células na retina do olho começam a deteriorar-se à volta dos 40 anos. 

Segundo os investigadores, o ritmo do envelhecimento que afeta a visão é parcialmente provocado pelo declínio da mitocôndria presente nas células, cujo papel consiste em produzir energia e potenciar o funcionamento celular. 

O líder do estudo, o Professor Dlen Jeffery, do Instituto de Oftalmologia da UCL, disse ao jornal Mirror Online: "à medida que envelhecemos os sistema visual começa a deteriorar-se, sobretudo a partir dos 40". 

"A sensibilidade da retina e a capacidade de visualizar cores começam gradualmente a entrar em declínio. Para tentar reverter este processo, procuramos 'reiniciar' as células envelhecidas da retina, com a incidência de uma onda de luz de longo comprimento". 

Os investigadores recrutaram 24 indivíduos, entre os 28 e os 72 anos, que não sofriam de doenças oculares. 

Foram dadas lanternas LED aos participantes para que as levassem para casa e foi-lhes pedido que fitassem a luz de potência 670nm por três minutos durante 15 dias. 

No fim da experiência, a habilidade de detetar cores melhorou em cerca de 20% dos voluntários com 40 ou mais anos, afirmaram os investigadores. 

Jeffrey disse: "o nosso estudo revela que é possível melhorar significativamente a visão através da exposição a ondas de luz capazes de recarregar o sistema de energia nas células da retina". 

"Esta tecnologia é simples e bastante segura e custa cerca de 14 euros", concluiu. 

Por LILIANA LOPES MONTEIRO

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RECONHCIMENTO E GRATIDÃO À MULHER GUINEENSE

Por: yanick aerton

O Presidente da República, General Umaro Sissoco El Mokhtar Embalo, tem agora uma oportunidade ímpar de aconselhar o Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabian, a corrigir um escandaloso e vergonho erro de proporção histórica cometido aquando da formação do governo em funções.

Não é admissível que um país como a Guiné-Bissau, que escreveu uma das mais brilhantes páginas da história emancipalista da África, tenha no seu governo menos de 1/3 de mulheres, com tantas qualidades de que o país dispõe.

A exoneração e eventual recondução dos membros de governo que participaram na sessão plenária do parlamento ontem, dia 29 de Junho de 2020, implica necessariamente uma remodelação governamental pontual, por uma questão de coerência e de estratégia, mesmo que seja a mudança de cadeiras, em alguns casos.

Por isso, não é imitar, porque o General Presidente tem a sua própria marca, mas seria bom que a sua visão de implementação da política de género se aproximasse da do Presidente Paul Kagame, Presidente do Ruanda, seu irmão e amigo, cujo país nesse domínio se encontra entre os primeiros ao nível mundial.

O exercício feito para que os ministros retomassem as suas funções no parlamento para viabilizar o programa é de louvar, porque revela a capacidade de uma liderança inteligente, porquanto o objectivo pretendido foi alcançado e vai contribuir para a paz definitiva e a estabilidade da Guiné-Bissau.

Não constitui dúvida para nenhum Guineense que o PRS é um partido tradicionalmente anti promoção da Mulher e tem provado isso em todos os governos em que tem participado. E parece que a APU está a seguir o mesmo caminho, daí a razão por que o mal deve ser cortado pela raiz desde já, reconhecendo o valor outrora dada à Mulher pelo Fundador da nossa nacionalidade, Camarada Amílcar Lopes Cabral.

Isso não é crítica, mas sim uma constatação. Apesar de estarmos na mesma “mouvance présidenrielle”, não podia deixar de me referir a esse aspecto em relação aos nossos dois parceiros/aliados, ainda que não eu seja o advogado das nossas irmãs, esposas e mães desses partidos, mas a obrigação moral me impõe estar ao lado delas.

O PAIGC pode ser criticado de tudo, mas em relação a esta matéria, tem sempre dado provas da sua maturidade e do reconhecimento do papel da Mulher na sociedade Guineense. O exemplo mais recente é o governo que o Presidente desse partido liderou logo após as eleições legislativas de 2014, que introduziu uma quase paridade perfeita e que foi demitido a 12 de Agosto de 2015 pelo Presidente José Mário Vaz (jomav).

Consequentemente, apela-se aqui ao General Presidente para que não aceite nenhuma proposta que não traga a paridade desejada e reclamada pela sociedade, considerando sobretudo que as mulheres são muito mais sérias do que os homens, e são incorruptiveis.
É verdade que “quem não arrisca não petisca”, mas essa máxima não deve ser aplicada no caso em apreço, porque o país precisa ser governado pelos seus recursos humanos tecnicamente mais qualificados, com destaque às nossas heroínas vivas.

Os militantes dos partidos são necessários e até indispensáveis para a assunção de certos cargos, mas no contexto em presença não devemos obrigatoriamente limitarmo-nos a nomear apenas elementos das nossas hostes mesmo que não estejam devidamente preparados, como vem acontecendo e tem acontecido no passado, porque isso é prestar um mau serviço a Nação.

Quer-se que o ENG, Nuno Gomes Nabian vá buscar GRANDES MULHERES (esta li mangadel) em todos os quadrantes (partidos e na sociedade civil e, se necessário, na diáspora), para integrarem a sua equipa. Não quer isso dizer que se vai tornar o governo mais elástico porque não se justifica nem demograficamente e nem financeiramente, mas sim fazer a adiada justiça à Mulher Guineense.

Sem estar contra quem quer que seja, mas a frente dos seguintes departamentos ministeriais e empresas públicas eu, na qualidade de Chefe do Governo, proporia ao General Presidente a nomeação a frente das instituições abaixo indicadas, apenas mulheres:
Ministérios
Finanças (secretárias de estado, DGCI, DGA, Controlo Financeiro, Orçamento, Tesoureira Geral)
Obras Públicas
Recursos Naturais e Energia (Ministro e DG EAGB)
Transportes e Comunicações
Justiça
Educação
Saúde
MNECIC
Defesa
Empresas públicas
APGB
ARN
Conselho Nacional de Carregadores
Aviação Civil
PETROGUIN
Comércio e Turismo
VIVA A MULHER GUINEENSE!
VIVA A REPÚBLICA!

Covid-19: África passa barreira dos 10 mil mortos e 400 mil infetados

África passou hoje a barreira dos 10 mil mortos devido à covid-19 e os 400 mil infetados pelo novo coronavírus, segundo os números mais recentes sobre a pandemia no continente.

© Lusa
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), há 10.151 mortos, mais 272 do que na terça-feira, e 404.937 casos, mais 11.632.

O número de recuperados é hoje de 192.646, mais 5.839.

A África Austral regista o maior número de casos (157.057) e contabiliza 2.735 mortos, a grande maioria concentrada na África do Sul, o país com mais infetados em todo o continente (151.209) e que regista 2.657 vítimas mortais.

O Norte de África lidera no número de mortes (4.296), tendo passado hoje as 100 mil infeções (101.112).

A África Ocidental conta 1.323 mortos em 76.355 infetados, a África Oriental regista 1.065 vítimas mortais em 36.647 casos, enquanto na África Central há 732 mortos em 33.766 infeções.

O Egito, o país africano com mais vítimas mortais, contabiliza hoje 2.953 mortos e 68.311 casos de infeção, seguindo-se a África do Sul e depois a Argélia, com 912 vítimas mortais e 13.907 infetados.

Entre os cinco países mais afetados, está também a Nigéria, com 590 mortos e 25.694 infetados, e o Sudão, com 572 mortes, apesar de ter um número de infeções mais reduzido (9.257).

Quanto aos países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções e mortes, com 1.654 casos e 24 vítimas mortais, de acordo com os dados mais recentes das autoridades locais e do África CDC.

Cabo Verde tem 1.267 infeções e 15 mortos, enquanto Moçambique conta 889 doentes infetados e seis mortos.

São Tomé e Príncipe contabiliza 713 casos e 13 mortos e Angola tem 284 casos confirmados de covid-19 e 13 mortos.

A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 2.001 casos e mantém 32 mortos, segundo o África CDC.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 511 mil mortos e infetou mais de 10,50 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA

ETIÓPIA: Pelo menos 59 mortos em dois dias de protestos na Etiópia

Pelo menos 59 pessoas morreram na Etiópia em dois dias de protestos desencadeados pelo homicídio de um popular cantor e ativista da maioria étnica oromo, segundo fontes convergentes citadas pela agência France Presse.

© iStock

Segundo Getachew Balcha, porta-voz da região de Oromia, a região "contou cerca de 50 mortos" na terça-feira, enquanto o Congresso Federalista Oromo (OFC), oposição, disse que hoje nove pessoas foram mortas durante confrontos em Ambo, na região de Oromia, a 100 quilómetros a oeste da capital, Adis Abeba.

De acordo com a mesma fonte, Ambo, cidade natal do cantor Hachalu Hundessa, morto a tiro, na segunda-feira, em Adis Abeba, foi hoje palco de novos confrontos entre as forças de segurança e residentes.

Teshome Bongase, representante do Congresso Federalista Oromo (OFC), disse à AFP que nove pessoas morreram no hospital principal de Ambo, enquanto outras 10 ficaram gravemente feridas.

A oficial de comunicações de Ambo, Milkessa Beyene, adiantou os confrontos começaram quando um grupo de jovens nacionalistas oromo exigiu que o artista fosse enterrado em Adis Abeba e não em Ambo.

Segundo Milkessa, um tio de Hachalu Hundessa encontra-se entre os mortos de Ambo.

Hachalu Hundessa, considerado a voz do povo oromo durante os anos de protestos antigovernamentais que levaram o atual primeiro-ministro, Abiy Ahmed, ao poder em 2018, foi morto a tiro na segunda-feira à noite na capital Adis Abeba.

A notícia da morte do cantor, conhecido pelas suas canções de protesto político, desencadeou uma série de manifestações, que degeneraram em confrontos com as forças de segurança, em Adis Abeba, na região de Oromia, e em outras zonas do país de mais de 110 milhões de habitantes.

Getu Argaw, comissário de polícia na capital etíope, disse que Hachalu Hundessa, de 36 anos, foi baleado no distrito de Akaki Kality no sul de Adis Abeba e levado para um hospital, onde acabaria por morrer.

Em declarações aos meios de comunicação social estatais na noite de segunda-feira, o comissário disse que tinha sido aberta uma investigação e que "alguns suspeitos" estavam sob custódia policial.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, também de etnia oromo, expressou as suas condolências pela morte do artista e apelou à calma numa mensagem publicada na sua conta do Twitter.

As letras de Hachalu abordavam frequentemente os direitos da etnia oromo e o compositor desempenhou um papel importante na onda de protestos que levou à ascensão de Abiy ao poder em abril de 2018.

A sua ascensão à chefia do Governo pôs fim a décadas em que a coligação governamental multiétnica foi dominada por líderes da minoria tigray.

Até então, os Oromo queixavam-se tradicionalmente da marginalização política e económica.

Abiy, 43 anos, impulsionou grandes reformas na Etiópia, o segundo país mais populoso de África, incluindo o fim do estado de emergência decretado pelo seu antecessor, amnistiou milhares de prisioneiros políticos, legalizou os partidos da oposição e comprometeu-se a realizar eleições.

Em 2019, recebeu o Prémio Nobel da Paz pela sua contribuição para pôr fim ao conflito entre a Etiópia e a Eritreia.

No entanto, Abiy tem sido criticado por não conseguir resolver alguns dos problemas de raiz do Estado etíope, nomeadamente as tensões étnicas que têm causado ondas de violência e feito da Etiópia o segundo país com mais deslocados do mundo.

noticiasaominuto.com

Única morgue do hospital Simão Mendes superlotada com 32 defuntos

A única morgue do hospital Simão Mendes, principal unidade da Guiné-Bissau, encontra-se superlotada com 32 corpos quando apenas tem capacidade para albergar nove, denunciou hoje o médico legista, Abubacar Camará.

O médico, que dirige a morgue, chamou os jornalistas para assistir a uma operação coordenada com um delegado do Ministério Público no sentido de alertar os familiares de 11 cadáveres que se encontram no local, mas que precisam ser enterrados rapidamente.

Aqueles corpos estão em avançado estado de decomposição por não terem sido reclamados, há mais de dois anos, pelos familiares, assinalou Abubacar Camará.

Assim que houver uma ordem do Ministério Público, os 11 corpos serão sepultados, com ou sem a presença dos familiares, precisou o médico.

Em condições normais, a morgue do hospital Simão Mendes apenas autoriza que o defunto permaneça no local o máximo de sete dias, mas Abubacar Camará afirmou que há corpos que ficam por "muito mais tempo", originando, neste momento, uma superlotação das instalações.

"Temos atualmente 32 corpos, quando a morgue tem capacidade para nove corpos", observou Camará, salientando que são quase todos cidadãos da Guiné-Bissau.

O médico relatou o caso de uns familiares que tentaram retirar o corpo de um ente falecido no hospital Simão Mendes, mas que não o podiam transportar para casa.

"Deram banho ao defunto, meteram-lhe uns óculos, sentaram-no no carro, mas ao chegarem ao posto de controlo de Safim e ao perceberem que tinham sido descobertos com a farsa, fugiram e deixaram aí o defunto no carro", contou Abubacar Camará.

A polícia, simplesmente, devolveu o cadáver à morgue do Simão Mendes onde se encontra até hoje, frisou o médico legista.

Abubacar Camará apontou situações do género como uma das razões para o aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau, que já atingiu mais de 1.600 pessoas e causou a morte de 24.

O chefe da vara-crime do Ministério Público, Herculano Sá, disse que brevemente a sua instituição vai dar ordens ao hospital para proceder ao enterro dos 11 cadáveres.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 511 mil mortos e infetou mais de 10,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

In LUSA

Saúde Pública/Primeiro-ministro inaugura Armário de Medicamentos Essenciais do Hospital Simão Mendes   

Bissau, 01 Jul (ANG) – O Primeiro-ministro presidiu hoje a cerimónia de inauguração do Armário de Medicamentos Essenciais do Serviço de Urgência  e a entrega de três viaturas ao Hospital Nacional Simão Mendes.


Na ocasião, Nuno Nabian disse que  tudo o que se consegue em nome  da Guiné-Bissau  tem que ser usado para o Povo e bem estar de todos, pelo que chamou a atenção ao ministro de Saúde  e a Secretária de Estado de Gestão Hospitalar para o uso transparente e boa gestão daquilo que é público tendo prometido pessoalmente colaborar nesse sentido.

"Vamos trabalhar no outro contexto em que vamos começar a responsabilizar uns aos outros e quem não poder e não ter tempo para isso, deve arranjar outro negócio para fazer e deixar de ser o servidor do Povo”, avisou.

 O chefe do Governo disse que o Morgue do Hospital Simão Mendes, que recentemente foi assaltada, custou milhões de dólares, que foram em vão e que podiam servir para a construção de estradas, bolanhas e escolas.

O chefe do governo criticou, por outro lado, os serviços de limpeza do referido hospital, que considera de péssima, acrescentando que o governo vai continuar a fazer esforços para ter uma empresa capaz de fazer um serviço de limpeza satisfatória  em todos os hospitais do país.

 Nuno Nabiam criticou ainda o facto de haver  elevado número de pacientes numa só sala na maternidade, acrescentando  que o governo vai trabalhar na base de transparência para que o dinheiro do Estado seja usado em benefício do  Povo.

Nabian  prometeu para breve a melhoria das condições do hospital e da pavimentação  do recinto hospitalar, com reabilitação  dos prédios e construção de jardins.

"Não pretendemos somente reparar o hospital Simão Mendes  e de interior do país. Este governo, antes de terminar o seu mandato tem que  construir um hospital de referência nacional de raíz. Isto está garantido. O Presidente da República vai se empenhar para a construção de um hospital moderno  que vai ter toda a valência  para  servir o Povo”, disse o primeiro-ministro.

Recomendou  ao Secretário de Estado de Ordem Pública que trabalhasse em parceria  com o Ministério de Saúde e a direcção do hospital nacional Simão Mendes para o reforço do contingente de Segurança,  de forma a assegurar a patrulha e identificar todos os que  entram e saem do hospital  para acabar com actos de roubo que constantemente ali se verificam.


Por sua vez, o ministro de Saúde, António Deuna afirmou que doravante qualquer tipo de intervenção cirúrgica de urgência no hospital Simão Mendes vai passar a ser grátis pelo que agradece ao primeiro-ministro e em especial ao ministro das Finanças pelo que têm estado a fazer para a melhoria do sistema de saúde do país.

ANG/MI/ÂC//SG

Deputados do PAIGC que aprovaram programa de Governo guineense dizem-se cansados de guerras políticas

Os cincos deputados do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que votaram a favor da aprovação do programa de Governo do primeiro-ministro guineense, Nuno Nabian, afirmaram estar cansados de guerras políticas.


Lusa 30 jun 2020 13:22

O porta-voz daqueles deputados do PAIGC, Luís de Jesus, vulgarmente conhecido por Nené Cá, justificou o seu posicionamento, mesmo contrariando as orientações do partido, no sentido de boicotar a sessão plenária no parlamento, com a "necessidade de desbloquear o país e acabar com as guerras políticas".

"Não estamos aqui para servir de entrave ao desenvolvimento deste país, nem tão pouco do povo. Não queremos criar qualquer tipo de bloqueio ou instabilidade política, mas sim, estamos aqui para defender com lealdade a missão que o povo nos confiou", observou Nené Cá.

O deputado afirmou que estão cansados de guerras "sem sentido, em que não há nem vencedores, nem vencidos" daí que tenham decidido em apoiar o programa de Governo do primeiro-ministro, Nuno Nabian.

Nené Cá considerou que as guerras políticas "só servem para atrasar ainda mais" a Guiné-Bissau e que era chegada a hora de os guineenses evoluir e levar em conta que a política "é um exercício dinâmico".

O deputado do PAIGC afirmou que querem a Guiné-Bissau parecida, pelo menos, com os vizinhos Senegal e Gâmbia, com estradas alcatroadas e outras infraestruturas sociais.

"O Senegal tem zonas em que a autoestrada sai da capital até as regiões, com mais de 200 quilómetros, nós aqui nem temos 10 quilómetros de estrada. Chega!", sublinhou Nené Cá, para quem a Guiné-Bissau tem, com o atual Governo, a sua "ultima oportunidade".

Em vez de se concentrarem nas querelas políticas, o deputado do PAIGC pediu aos guineenses para que tenham em atenção a pandemia provocada pelo novo coronavírus que, disse estar a matar diariamente, "cerca de 30 pessoas ou mais".

"Além dessas pessoas há ainda aquelas que são enterradas nas ?tabancas' sem que se saiba a nível das estatísticas", observou o deputado, referindo-se às aldeias.

Segundo Nené Cá, a continuar nesse ritmo, disse, o coronavirus poderá matar a metade da população guineense.

Por tudo isso e por não estar interessado na dissolução do parlamento, como ameaçou várias vezes o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo, em caso de persistirem as divergências entre os partidos, Nené Cá disse terem decidido apoiar o programa de Governo de Nuno Nabian.

"Quero pedir desculpa a todos os militantes do nosso partido, em nome dos meus colegas deputados, pela decisão que tomamos. Sabemos que não ficaram contentes connosco, mas achamos que devemos acabar com este problema no país", afirmou Nené Cá.

O deputado espera que brevemente o tempo venha a indicar de que lado está a verdade entre aqueles que se posicionaram do lado do Governo ou aqueles que estão do lado da direção do PAIGC.

MB // PJA


Por Lusa/Fim

Guiné-Bissau: Quarta sessão ordinária da décima legislatura.


Deputados do Paigc que boicotaram a sessão inaugural decidem marcar a presença com apresentação de uma DECLARAÇÃO POLÍTICA a ser debatida amanhã.

Mas, entretanto, a alta-comissária para a luta contra covid-19, Magda Nely Robalo após apresentação e interação com os deputados sobre a situação da pandemia de coronavirus na Guiné-Bissau, recebeu um cheque de 27 milhões de fcfa, contribuição dos deputados.


Aliu Cande 

Guiné-Bissau: Cerimonia de graduação de oficiais promovidos à Brigadeiros Generais:

- Coronel Sadjo Cissé;
- Coronel Luís Goncalves Sanhá (ausente por motivos de doença)
- Coronel Domingos António Siga;
- Coronel Quintino Quadé.

















Fonte: Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

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PRESIDENTE SISSOCO PROMOVE QUATRO CORONÉIS A BRIGADEIROS GENERAIS


O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló promoveu esta quarta-feira, 01 de julho de 2020, quatro coronéis do Exército e da Guarda Nacional (GN) a Brigadeiros Generais. A decisão da imposição de novas insígnias a altos oficiais generais do Exército e da Guarda nacional saiu da última reunião de 24 de junho de 2020 do Conselho Superior da Defesa Nacional, presidida por Umaro Sissoco Embaló.

Trata-se dos coronéis Sadjo Sissé, Luís Gonçalves Sanhá, Domingos António Sigá e Quintino Quadé todos graduados a Brigadeiros Generais. A cerimónia decorreu no Palácio de Rosa, na presença dos chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas e dos três ramos das Forças Armadas guineenses.

Dos quatro novos promovidos, apenas o Brigadeiro General Luís Gonçalves Sanhá não esteve presente na cerimónia, devido ao seu estado de saúde. Porém, o chefe de Estado indicou que irá encarregar o chefe dos militares guineenses, Biaguê Na N´tam, a missão de fazê-lo em seu nome, o Comandante Supremo das Forças Armadas, assim que este recuperar da doença.  

No seu discurso, o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, sublinhou que, tanto a Comunidade Internacional quanto o povo da Guiné-Bissau estão a experimentar “uma conduta ímpar das Forças Armadas”, bem como a estabilidade e a paz. Contudo, frisou que esse esforço requer ainda mais e maior responsabilidade, porque hoje chegou-se à conclusão que o foco da instabilidade política, económica e social no país não são os militares, mas sim os civis.

“É um resultado inédito que, se calhar, muitos não têm a noção do seu impacto a nível internacional. Hoje, quando falamos das nossas forças armadas no contexto externo, a comunidade internacional aconselha-nos a pedir desculpas aos nossos militares e paramilitares. Portanto, estão de parabéns! É um feito a valores da luta de libertação nacional e ao povo guineense que nos orgulha a todos “, enfatizou.

Sissoco Embaló destacou o desempenho da engenharia militar guineense na recuperação de algumas infraestruturas militares e lançou, por isso, um desafio ao chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Biaguê Na Ntam, de reabilitar o desporto militar, porque ” na era da paz o militar é parte da sociedade”.

Quero ver a minha antiga equipa, as FARP, na primeira divisão do desporto nacional, Nô Pintcha a tocar nas unidades militares e acredito que em breve teremos umas forças armadas ímpares a nível nossa sub-região”, notou.

O Presidente da República anunciou que vai acolher favoravelmente a proposta dos militares no concernente ao processo de reforma nos setores da defesa e segurança, tendo assegurado que podem contar com o apoio do governo, porque “os militares não podem ser vistos como ameaça, mas como parte de solução”.

Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S
Jornal Odemocrata