sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

GUINE-BISSAU ACOLHE PELA PRIMEIRA VEZ A PARTIDA DO SAHARA DESERT CHALLENGE


A Guiné-Bissau acolhe pela primeira vez a partida oficial do Sahara Desert Challenge, marcado para os dias 09 e 10 do corrente mês em curso.

A informação vem expressa num comunicado do Ministério do Turismo e Artesanato entregue esta quinta-feira, 04 de Janeiro de 2018, a Rádio Jovem.

Segundo a nota de imprensa, o evento que decorre de 27 de dezembro a 10 de Janeiro, é uma aventura trans-sahariana com cerca de 4.735 quilômetros, que ligará dois continentes, Europa e África, e atravessa seis países, nomeadamente: Portugal, Espanha, Marrocos, Mauritânia, Senegal e Guiné-Bissau.


A chegada a Dakar é o grande objetivo a que todos os participantes se propõem, mas nesta edição, a cidade de Bissau é o destino final, lê-se no documento.

A equipa será acolhida na fronteira pela delegação do Ministério do Turismo no dia 09, e o ato central da cerimônia de recepção terá lugar na rotunda do império, no dia 10 do mês em curso, acrescenta ainda a nota na posse da redação da nossa estação emissora.

Segundo informações disponíveis, participam 102 aventureiros, de oito nacionalidades (Portugal, Espanha, França, Itália, E.U.A., Suécia, Polônia e Senegal), distribuídos por 10 motos e 38 veículos.

Esta equipa será acolhida na fronteira pela delegação do Ministério do Turismo e o ato central da cerimônia de recessão terá lugar na retunda do império, concluiu a nota.

Por: Redação
Radiojovem

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

JOMAV AUSCULTA PARTIDOS POLÍTICOS PARA SAÍDA DA CRISE POLÍTICA

O Presidente da República, José Mário Vaz, pediu hoje, 04 de janeiro 2018, às duas grandes formações políticas com o assento no Parlamento, nomeadamente  PAIGC, PRS, e o grupo dos 15 deputados para analisarem o roteiro para a saída da crise que [PR] apresentara em Abuja, durante a cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO.

PAIGC PEDE JOMAV QUE DEIXA JOGO POLÍTICO AOS PARTIDOS POLÍTICOS


O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, afirmou que o jogo político é reservado aos partidos políticos, sendo assim, o Presidente da República, devia se colocar por cima desse jogo.

Domingos Simões Pereira disse que em condição normal o Chefe de Estado, deve reconhecer os resultados eleitorais e o governo que imana do partido maioritário na Assembleia Nacional Popular, mas já não é o caso na Guiné-Bissau. Recorreu-se à mediação internacional e resultou naquilo que hoje conhecemos como “Acordo de Conacri”, pelo que não se pode abrir outro quadro de diálogo que não seja o cumprimento do mesmo documento assinado em Conacri.

“Aproveitei esta oportunidade para partilhar com José Mário Vaz, as diligências que estão a ser tomadas a nível do PAIGC, porque queremos e vamos cumprir a nossa parte de responsabilidade no acordo e trabalhar para que quem não cumprir possa ser devidamente sancionado, porque não podemos continuar manter refém o povo guineense”, advertiu o líder dos libertadores.

LÍDER DO PRS: “NÃO É SEGREDO QUE JOMAV CONTINUA PREOCUPADO COM O PAÍS”


Alberto Nambeia disse à imprensa que a reunião visava analisar as possíveis soluções à crise que abala o país ao longo destes tempos.

Indagado sobre a solução apontada pelos renovadores durante a reunião, explicou que o seu partido continua a defender que a Guiné-Bissau está acima do PRS e de qualquer formação política.

“Se há algum problema no país, as pessoas são obrigadas a encontrar uma saída que nos possa tirar desta situação. O Presidente da República continua a defender o entendimento no seio das partes envolvidas na crise”, notou.

GRUPO DE 15 PEDE IMPELEMENTAÇÃO DO ROTEIRO DE ABUJA COMO SAIDA PARA A CRISE


Em representação do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, Luís Oliveira Sanca, sublinhou que a saída da crise política vigente no país há mais de dois anos passa pela implementação do roteiro apresentado pelo Chefe de Estado por reunir  todas as condições para ultrapassar a crise. Sanca assegurou ter saído muito satisfeito do encontro promovido por José Mário Vaz.

“Só quem não quer facilitar a saída da crise não aceita o documento apresentado por JOMAV e aprovado pelos Chefes de Estado da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”. 

Por: Celeste Djata
Foto: Cortesia de Presidência da República
OdemocrataGB

Governo guineense considera impossível eleições legislativas em maio

O diretor do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) da Guiné-Bissau, instituição do governo, Brum Namone, considerou hoje ser impossível realizar eleições legislativas no mês de maio como defende a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Brum Namone deu estas indicações aos jornalistas à saída de uma audiência de trabalho com o Presidente guineense, José Mário Vaz, a quem disse ter explicado a "situação real" do GTAPE, instituição que coordena a cartografia dos locais da votação e o recenseamento dos cidadãos eleitores.

Segundo Namone, o GTAPE "não tem condições técnicas" devido ao estado avançado de degradação dos equipamentos de recenseamento eleitoral e ainda às avarias de outros que, disse, devem ser adquiridos de novo.

"Mais de 80 por cento do material do recenseamento utilizado nas últimas eleições, devido à má conservação, estão estragados", notou o diretor do GTAPE que lamenta que o secretário executivo da CNE, José Pedro Sambú, tenha admitido, na quarta-feira, que as eleições poderiam ter lugar em maio.

Também em audiência de trabalho com o Presidente guineense, o responsável da CNE afirmou que tecnicamente a sua instituição estaria pronta para realizar as legislativas no mês de maio se assim fosse o entendimento de José Mário Vaz que teria que marcar uma data por decreto presidencial.

Além de dificuldades técnicas e da não realização do recenseamento eleitoral, que Brum Namone acredita ser possível fazer entre janeiro a março, o diretor do GTAPE sublinhou que as eleições legislativas, em termos da lei, só têm lugar no final do mandato dos atuais deputados.

Segundo disse, isso só poderia ter lugar entre 23 de outubro a 25 de novembro.

Namone lamenta que o secretário executivo da CNE não tenha consultado a sua instituição antes de abordar a questão das próximas eleições da forma como o fez.

Mesmo para que o recenseamento de cidadãos eleitores possa ter lugar entre janeiro e março, o diretor do GTAPE diz ser fundamental que o governo disponibilize nos próximos dias verbas para o efeito.

Brum Namone adiantou que só esta quarta-feira, em conselho de ministros, é que foi aprovado, pelo governo, uma verba de cerca de dois milhões de euros para o apoio ao processo eleitoral, mas que ainda não foi disponibilizada.

Dn.pt/lusa

Diretor Nacional da PJ: “PROCESSO EM QUE BALTAZAR CARDOSO FOI OUVIDO NÃO É DIRECIONADO A UMA DETERMINADA PESSOA”

O Diretor Nacional da Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau esclareceu que o processo em que Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Baltazar Alves Cardoso, foi ouvido não é um processo contra uma determinada pessoa, mas sim da Câmara Municipal de Bissau iniciado em Novembro e culminou com a audição, no passado dia 27 de Dezembro de 2017, do presidente da edilidade camarária.

O esclarecimento feito esta quinta-feira, 04 de Janeiro de 2018, por Juscelino De Gaulle Cunha Pereira, Diretor Nacional da PJ, no balanço dos trabalhos desenvolvidos, em 2017, pela sua instituição.

Pereira disse que o processo foi aberto na sequência de denúncias feitas à PJ em relação à concessão de certos terrenos e algumas situações irregulares na gestão financeira na Câmara Municipal de Bissau.

Em causa, segundo Juscelino De Gaulle Cunha Pereira, está uma soma em dinheiro estimada em Cento e um milhões e seiscentos e trinta e nove mil e trezentos e noventa e nove (101 639 399) francos CFA (cerca de 154 mil euros), que se presume tenha sido constatada  num relatório da auditoria feita na Câmara e que a PJ foi apreciando.

“A polícia judiciária não está a serviço de nenhum político para atingir quem quer que seja, porque as pessoas que estamos a ouvir no âmbito desse processo são de diferentes proveniências. Não fazemos processos seletistas, porque agimos também com o dever de objetividade, investigamos tudo sobre a pessoa e se porventura os dados dos pros são superiores que os dos contra enviamos o nosso relatório ao Ministério Público, esclarecendo que não conseguimos averiguar crime nesse caso em particular, mas não escolhemos pessoas a serem investigadas”, refere.

Pereira revela, contudo, que há indícios sobre a violação do plano urbanístico de Bissau, por isso a PJ está a investigar todas as irregularidades  financeiras e técnicas  ocorridas na Câmara Municipal de Bissau, porque, como disse, na sequência  dessas anomalias muitas pessoas perderem seus terrenos e muitas ruas ficaram bloqueadas por  causa da projeção feita por engano dos pareceres que o técnicos emitem.

O responsável máximo da PJ guineense confirma a existência de má gestão, de utilização endivida  dos fundos financeiros e a violação do plano urbanístico de Bissau na  Câmara.  “Aliás, o povo tem essa consciência. Quem pega o plano urbanístico da cidade de Bissau e compara-o às implantações feitas fica de boca aberta; e até zonas reservadas para certas construções estão a ser invadidas com as licenças da Câmara Municipal de Bissau”, revela.

O Diretor da PJ acredita que os pareceres emitidos na  Câmara Municipal de Bissau são “autênticas falsificações de documentos”.

Fora do processo da Câmara, Juscelino Pereira revela que durante a quadra festiva do Natal e novo ano a PJ  deteve  três  cidadãos de nacionalidade nigeriana na posse de cocaínas provenientes do Brasil, mas não avança a quantidade que esse grupo transportava.

Apesar de manifestar determinante na luta contra a corrupção e a violência doméstica durante 2018, Pereira nega a existência de associações criminosas ou redes criminais em grande escala e que nunca foi um país consumidor de drogas por faltar-lhe meios financeiros para fazê-lo. 

Por: Filomeno Sambú
Foto: FS
OdemocrataGB

Guiné-Bissau: Botche Candé “dá o golpe” a Sissoko e mostra que quer ser Primeiro Ministro

Ao início da tarde de hoje 4 de janeiro, um grupo de seis elementos da Força de Intervenção Rápida invadiu as instalações do Serviço de Segurança da Guiné-Bissau (SIS), a secreta guineense, expulsando do local o DG interino Amadu Djaló. Segundo afirmaram os elementos da Intervenção Rápida no local “as ordens superiores vieram directamente do …Ler mais

Justiça - Ministro garante a criação condições de produção de Cédula Pessoal na própria instituição

Bissau, 04 Jan 18 (ANG) – O Ministro de Justiça afirmou hoje que, por enquanto, não recebeu nenhum pré-aviso de greve da parte do Sindicato dos Guardas Prisionais.

Vista do Ministério da Justiça
Rui Sanha que falava a saída de audiência com o Presidente da Republica, José Mario Vaz revelou que, apesar disso ao tomar conhecimento do assunto na imprensa, fez de tudo para falar com os responsáveis do sindicato dos guardas prisionais, mas sem sucesso.

O sindicato dos guardas prisionais ameaça desencadear uma greve para exigir do patronato, neste caso o Ministério da Justiça, melhoria de condições das infraestruturas de detenção, implementação da carreira entre outros.

Entretanto, o Presidente da Republica recebeu ainda líderes religiosos que a saída, e na voz de Padre Domingos da Fonseca, explicaram que entregaram uma proposta para solução da atual crise política, no quadro da missão que José Mario Vaz lhe incumbiu, ou seja, de aproximar as partes envolvidas no processo.

ANG/JD/ÂC/JAM

Governação - Conselho de Ministros aprova Proposta de Orçamento de Estado de 2018

Bissau, 04. Jan. 18 (ANG) – O Governo aprovou, quarta-feira, a Proposta de Orçamento Geral de Estado deste ano no valor de cerca de 203 bilhões de Francos CFA, com défice de perto de 69 bilhões.

Conforme o Comunicado de Conselho de Ministros, para a cobertura deste dinheiro em falta, o executivo autoriza o Ministério da Economia e Finanças (a luz da Constituição da República) a contrair dívidas, junto das entidades financeiras das quais a Guiné-Bissau faz parte e em outros mercados financeiros.

Ainda, o Governo promete remeter o referido instrumento de governação ao Parlamento, para a sua discussão e eventual aprovação, por parte dos deputados, conforme rege a lei magna guineense. 

Igualmente segundo o documento, o colectivo governamental deliberou aprovar, com emendas, o Relatório Anual de Governação relativo ao 2017.

No capítulo das nomeações, os membros do governo autorizam o Primeiro-ministro, Umaro Embaló à nomear Baltazar Gomes Iala para o cargo do Inspector-geral do Ministério da Comunicação Social.

Esta é a primeira reunião ordinária do Governo neste de 2018.

ANG/QC

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

PAIGC REÚNE O BUREAU POLÍTICO E COMITÉ CENTRAL ANTES DO CONGRESSO

O Bureau Político e Comité Central do PAIGC reúnem-se a 06 deste mês em Bissau para delinear e deliberar sobre o congresso do partido marcado para “31 de Janeiro a 04 de Fevereiro”, a realizar-se na sede nacional dos libertadores em Bissau.

Falando hoje à imprensa, o secretário-geral do PAIGC garante que os preparativos do nono congresso do partido estão num bom ritmo.

Aly Hijazi, presidente da comissão organizadora do magno congresso disse que o encontro deve ser o “momento de confraternização entre os militantes e dirigentes do partido e não criar sensibilidades e grupos armados até aos dentes para tentar arruinar o PAIGC”.

Hijazi admite promover ainda, uma reunião da Comissão Permanente no dia 05 de janeiro para permitir que tudo corra como previsto.

Congresso do PAIGC está marcado para 31 de Janeiro a 04 de Fevereiro na sede nacional dos libertadores em Bissau.

Notabanca; 03.01.2017

Suspensão do presidente da CMD - "Ministro da tutela considera de “normal em caso de desobediência”

Bissau, 03. Jan. 18 (ANG) – O Ministro da Administração Territorial considera de “normal” o despacho por si assinado de suspensão do Presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), “quando há desobediência”.

Sola Nquilim na Bitchita que falava hoje a imprensa sobre a suspensão do Baltazar Cardoso a frente do CMB, acrescentou que tomou a medida no “quadro normal do funcionamento da Administração Pública”.

“E, neste momento foi aberto um processo disciplinar contra a sua pessoa (Baltazar Alves Cardoso), que está a decorrer os trâmites normais para uma eventual responsabilização”, explica o governante.

De acordo com o despacho do Ministro da Administração Territorial, Baltazar Cardoso é suspeito de “sérios indícios de corrupção, de gestão danosa, de peculato e de nepotismo e nomeações desajustadas”, enquanto responsável máximo da edilidade camarária de Bissau”.

Ainda, Sola Nquilim na Bitchita mandou suspender de serviço os indivíduos nomeados pelo Cardoso, bem como proibiu-os de entrar no edifício/sede e delegacias da CMB até a conclusão dos trabalhos de investigação.

Sobre este assunto, a reportagem da ANG que foi a Câmara Municipal Bissau para constatar factualmente o cumprimento do despacho do Ministro, sabe, através duma fonte que o Presidente suspenso se encontrava em casa e o Vice-Presidente, Carlos Costa que, interinamente dirige a CMB, convocou uma reunião para hoje.

Tanto o Ministro da Administração Territorial, Sola na Bitchita, como o Presidente da Câmara Municipal suspenso, Baltazar Cardoso, são dirigentes do Partido da Renovação Social no governo.

Até agora, nem esta formação política, nem o Primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, proferiram quaisquer palavras sobre a questão.

ANG/QC /JAM

Fotos: a china legalizada a ingestão de bebês abortado.

O que está acontecendo com o mundo? 😈😡👊
Triste dizer que isso é legal na #China 😭



 




infotainmentspy.com

OPINIÃO: TAP + ALHADA = TRAPALHADA

Uma situação infeliz: no ano de 2012, uma tripulação é forçada a transportar cidadãos de nacionalidade síria no avião da TAP com a finalidade e intenção de entrar em Portugal. Este episódio foi classificado pela Administração da TAP como “grave quebra de segurança”, que culminou na suspensão dos voos entre Bissau e Lisboa.

Diz o ditado popular que “caranguejo que dorme a onda leva”, no caso concreto dos passageiros guineenses que se deslocam “de cá para lá e, de lá para cá”, passaram a ser transportados via Marrocos, com imensas horas de escala e transtornos incalculáveis; a larga maioria dos guineenses terá um familiar ou conhecido que tenha sofrido tal travessia do “deserto”!

É função de um Governo, outras, enquanto órgão superior da Administração Pública, dirigir os serviços e a actividade da administração directa do Estado, civil e militar, praticar todos os actos exigidos pela lei respeitantes aos funcionários e agentes do Estado e de outras pessoas colectivas públicas; e, em geral, tomar as providências necessárias à promoção do desenvolvimento económicosocial e à satisfação das necessidades colectivas.

Com a arte e o engenho negocial do Governo de Domingos Simões Pereira, os voos directos para Bissau foram retomados em Novembro de 2014, reunindo novamente este povo sofrido e explorado pelo monopolizador TAP, através da Companhia Privada EuroAtlantic. Pela primeira vez um bilhete para Bissau não custava cerca de VINTE ordenados mínimos da Guiné! Com a EuroAtlantic, aumentam-me os voos, reduzem-se os preços dos bilhetes e aparentemente todos os guineenses estão satisfeitos.

Porém, porque a Guiné-Bissau é uma nação onde o bem-estar colectivo incomoda certa gente, dos bastidores das representações teatrais, a que alguns chamam de política elaborou-se a rasteira a um Governo Legítimo e de maioria parlamentar, sem fundamentos nem argumentos.

José Mário Vaz, na sua insuficiente visão sobre quais são os supremos interesses do povo e da nação e na sua impreparada habilidade política, elege Baciro Dja para Primeiro-ministro. Se outros são insuficientes na visão e improperados na habilidade, este senhor que agora nos apresentam como o novo Chefe do Governo da Guiné-Bissau, é além de extremamente traiçoeiro – a pior característica que qualquer ser-vivo deve ter –, também um indivíduo intriguista, politicamente rodado mas tecnicamente débil. 

Leitor NÃO identificado

Ditaduraeconsenso.blogspot.sn

Eleições 2018 - CNE reafirma condições para realização do sufrágio em Maio deste ano

Bissau 03 Jan 18 (ANG) – O Secretário Executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE) afirmou hoje que a instituição está tecnicamente em condições para realizar as próximas eleições legislativas no mês de Maio do ano em curso.

Pedro Sambú deu estas garantias a saída de um encontro com o Chefe de Estado, tendo acrescentado que ao longo da audiencia explicaram isso mesmo a José Mário Vaz.

“O Presidente da República foi receptivo em relação a nossa explicação”, limitou-se a responder a questão de como foi a resposta de Jose Mario Vaz, que, como se sabe, eh o único que possui a prerrogativa de marcar a data das eleições.

“Tínhamos entregado o cronograma eleitoral desde o ano passado e estamos a aguardar a decisão do Presidente da República. No cronograma está prevista entre outras acções a actualização do caderno eleitoral, antes das eleições“, explicou.

Sambú lembrou que deve haver primeiro uma decisão do Chefe de Estado para só depois executar o cronograma.

Sobre a questão de eleição do novo Presidente da CNE, esclareceu que tal não foi objecto de conversa com o Presidente durante a audiência, no entanto, referiu que isso é matéria de exclusiva competência da Assembleia Nacional Popular (ANP.

“Nos termos da lei é possível o Secretário Executivo substituir o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, mas caberá a ANP decidir sobre isso uma vez que estamos no fim do mandato”, disse.

ANG/MSC/AC/JAM

Quadra festiva - Balanço 2017 foi melhor que ano passado - POP

Bissau, 3 Jan 18 (ANG) – O Comissário-geral da Policia de Ordem Publica (POP) regozijou-se terça-feira com o facto de a quadra festiva deste ano ter registado um balanço menos trágico comparativamente a de 2016.

Celso de Carvalho
De acordo com Celso de Carvalho, registou-se apenas um morto durante toda a quadra festiva de Natal e Novo Ano, contra os 5 perecidos no período homologo no ano passado.

Defendeu que este ano a operação de prevenção do ano novo foi muito melhor que o Natal, pois em termos estatísticos o balanço foi muito melhor, sobretudo nos aspectos de criminalidade, agressões física e acidentes de viação.

“No Natal houve 9 casos de furtos contra 1 na passagem do ano, em relação a agressão física a festa do nascimento de cristo registou 41 casos, enquanto no novo ano 8, roubo no Natal foi de 9 casos e no fim do ano 2, acidentes de viação foram 10 casos com um morte e no revellion igual número de casos mas sem óbito”, explicou. 

“A prevenção deste ano foi aquém do esperado”, manifestou tendo associado a imprensa no sucesso da operação de prevenção, graças as mensagens por esta difundidas e que contribuíram para a aparente acalmia que se verificou este ano.

Para Celso de Carvalho a consciência cívica dos cidadãos falou mais alto, pois desde o Natal se notou um ambiente bastante apreciável da parte da população, no entanto reconheceu que na passagem do ano foram reforçados efectivos policiais para patrulhas nas vias publicas e nos bairros.

“Na operação Ano Novo reforçamos mais 500 homens sobre os 1500 que estiveram em serviço durante o Natal”, revelou.

ANG/JÁM

Justiça - "Interesses Politicos” ditaram Aquivamento de Caso “Nino” Vieira

Bissau, 03 Jan 18 (ANG) - O analista político Suleimane Cassama questiona a decisão do Ministério Público da Guiné-Bissau de mandar arquivar as investigações sobre a morte do ex-Presidente guineense "Nino" Vieira, e fala em "falta de vontade".

“Normalmente, os crimes públicos não prescrevem, muito menos havendo vontade do Ministério Público em avançar com as investigações”, foi esta a reação do analista à decisão do Ministério Público da Guiné-Bissau, que por ordem do Tribunal Constitucional vai mandar arquivar o processo de investigações sobre o assassinato, a 2 de março de 2009, do ex-Presidente "Nino" Vieira e do ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié.

O anúncio disso foi feito dia 28 de Dezembro findo pelo procurador-geral da República, Bacari Biai.

Suleimane Cassama diz que o Ministério Público da Guiné-Bissau nunca se posicionou de forma clara sobre as investigações. "Surpreende-nos que o procurador-geral venha dizer que baseia a sua posição no acórdão do Supremo Tribunal de Justiça. Um acórdão que, simplesmente, retira ao Ministério Público algumas competências e que o próprio Ministério Público não reconhece", sublinha.

Em entrevista à DW África, o analista político salienta ainda que a retirada de competências ao Ministério Público não é motivo para este arquivar o processo definitivamente.

Para Suleimane Cassama, por trás da decisão de mandar arquivar as investigações existem "interesses políticos e financeiros". "Estamos a falar de crimes de sangue de pessoas com cargos públicos, nomeadamente o Presidente da República e o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas. Portanto, aqui há interesses. No meu entendimento, alguns interesses políticos e até de origem inconfessável, até pode ser financeiro", afirma.

O analista sublinha que a morte de "Nino" Vieira e de Tagmé Na Waié deve ser esclarecida e que não se pode tomar decisões sem conhecer os autores dos crimes.

Para o especialista, a saída para o problema deveria passar por uma discussão na Assembleia Nacional Popular, mas num "contexto político normal" no país, que vive atualmente uma crise política profunda.

Suleimane Cassama questiona ainda por que motivo foram escolhidos estes dois processos, sabendo que existem muitos outros casos de crimes de sangue.

"Há processos que estão lá. Porque é que o procurador vai precisamente selecionar [estes casos]? Que nos traga uma interpretação que diga isso. Porque é que ele, do mesmo modo, não encerra outros crimes de sangue? Portanto, não se consegue compreender o porquê de posicionar-se exatamente nesta situação, com base num acórdão que não diz nada sobre o assunto. Isso é no mínimo incompreensível", questiona.

O procurador-geral da República, Bacari Biai, responde às críticas, afirmando que não foi ele quem selecionou os processos, cujas investigações deverão ser suspensas. "Eu não escolhi! Isso não levanta a questão de que eu escolhi aleatoriamente estes crimes, não é nada disso", reagiu.

Em entrevista à DW África, o procurador-geral disse ainda que não concorda com a diretriz do Tribunal Constitucional, porque acha que vai prejudicar as investigações.

Bacari Biai afirmou aos jornalistas que o processo deve ser arquivado, porque o Tribunal Constitucional manda que seis meses depois do início de qualquer averiguação em curso no Ministério Público ou há uma acusação ou o processo é arquivado.

O procurador explicou que a investigação da morte de "Nino" Vieira não avançou por não ter sido possível ouvir a versão de Isabel Vieira, esposa do falecido Presidente, na qualidade de testemunha ocular do assassínio do marido.

ANG/Dw

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Antigo MNE anuncia candidatura às presidenciais da Guiné-Bissau em 2019

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, João José "Huco" Monteiro anunciou que será candidato à Presidência do país nas eleições de 2019 para "pagar o seu quinhão".

Atualmente comissário dos Recursos Humanos da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), "Huco" Monteiro anunciou a sua candidatura à Presidência guineense nas redes sociais e hoje, em declarações à Lusa, confirmou a intenção.

"Vou-me candidatar em 2019 para pagar o meu quinhão" com o país, afirmou à Lusa "Huco" Monteiro que prometeu apresentar, ainda em 2018, as linhas fortes da sua candidatura que, disse, visará "essencialmente apaziguar a cimeira do poder", através de uma liderança desprendida, moderna e exemplar, referindo-se à Presidência da República.

Além de MNE, Monteiro, sociólogo de formação, investigador sénior no Instituto Nacional de Pesquisa, desempenhou, entre outros cargos, os de ministro da Educação, diretor do Instituto de Apoio ao Emigrante, e foi também responsável do programa de combate à SIDA e fundador da Universidade Colinas de Boé.

Membro fundador do Partido da Convergência Democrática (PCD), "Huco" Monteiro foi igualmente militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Embora tenha feito parte dos dois partidos, "Huco" Monteiro assume ter deixado de ter militância partidária.

Antigo músico na juventude, Monteiro é autor de vários livros de conto e poesia.

No calendário normal, a Guiné-Bissau terá eleições legislativas ainda este ano e presidenciais em 2019.

O Presidente guineense, José Mário Vaz, defendeu, no passado dia 16 de dezembro, numa cimeira de líderes da CEDEAO, que decorreu na Nigéria, que gostaria que as duas eleições fossem realizadas em simultâneo em 2019.

MB // EL
Lusa/Fim

Setor de Cacheu: MULHERES E MENINAS DE CATORZE ANOS SÃO VULNERÁVEIS A INFEÇÕES VAGINAIS

[REPORTAGEM] O Diretor do Centro de Saúde de Cacheu, norte de país, revelou em entrevista a O Democrata que as mulheres e meninas acima dos catorze anos são vulneráveis às infeções vaginais porque usam contraceptivos sem acompanhamento de ginecologista.

Na maternidade, por exemplo, Nivreanes Tcherno Null Gomes destaca que os casos frequentes são as infeções vaginais nas mulheres e meninas acima de catorze anos, idade em que estão sexualmente ativas e as infecções vaginais são doenças sexualmente transmissíveis, porque fazem uso de contraceptivos sem acompanhamento de ginecologista, por isso defende que a melhor forma de se prevenir é usar preservativos e procurar, de vez em quando, um ginecologista para aconselhamentos médicos.

“Se pesquisarmos, descobriremos que a maior parte das mulheres tem infeções vaginais, devido ao uso de contraceptivos como Jadelle e DIU, sem terem em conta que estes métodos só previnem a gravidez, não as doenças sexualmente transmissíveis”, revela.

NIVREANES GOMES RESPONSABILIZA MÃES PELA DESNUTRIÇÃO DAS CRIANÇAS

O médico admite, contudo, que a participação das grávidas nas consultas de rotina está no bom caminho, apesar de não ser logo nos primeiros três meses de gestação. Lembra que em casos normais, as grávidas devem ter oitos consultas e as consultas de captação são feitas tardiamente. Mesmo assim, quase todas as gestantes fazem parto no centro de saúde, tudo graças ao trabalho dos Agentes de Saúde Comunitária. Por isso recomenda que as grávidas procurem sempre um centro de saúde, tendo em contra a própria complexidade de gravidez, evitando argumentos que não ajudam em nada, como “fiz o primeiro parto em casa e nada me aconteceu”, aconselha.

“Graças a Deus, na nossa área sanitária não registamos mortes e nados mortos. É muito raro. Nasceram apenas três bebês com má formação congênita, dos quais dois com o problema  de  lagos lausperenes (rompimentos nos lábios) e outro com possível trauma durante o parto”, explicou o médico.

Relativamente à desnutrição, Nivreanes disse que essa situação varia conforme a época. Nem sempre acontece. Responsabilizou as mães no que diz respeito à desnutrição, porque julga que são parte determinante na alimentação das crianças. Aliás, depois do aleitamento materno exclusivo não conseguem fazer uma seleção variada e adequada de alimentos para os seus filhos e ficam limitadas a arroz e peixe.

“E essas crianças ficam apenas com um tipo de nutriente que não ajuda no seu desenvolvimento”, alertou.

CENTRO DE SAÚDE DE CACHEU SEM ÁGUA POTÁVEL E NEM AMBULÂNCIA

O centro de saúde de Cacheu que compreende a área sanitária do setor de Cacheu está sem agua potável e não tem uma ambulância devido aos custos de reparação.

A falta de água potável no centro, que dura há seis meses, resultou de uma avaria registada na eletrobomba local. Em relação à ambulância, as informações recolhidas do centro não especificam o tempo de paragem, mas tudo aponta para um período que pode deixar o centro em situação de carência na evacuação  de doentes para hospitais com maiores capacidades de atendimento .

A reportagem de O Democrata visitou, no passado fim-de-semana, o referido centro e pôde constatar que é constituído de apenas dois pavilhões, onde funcionam diferentes serviços. O centro serve também de residência para alguns técnicos.  O Centro é categorizado pela Ministério da Saúde Pública guineense do tipo B, que responde perante a direção regional de saúde de Cacheu com a sede em Canchungo e tem os serviços de pediatria, maternidade, farmácia, pequena cirurgia, medicina interna e consultas.

Tem dois consultórios. Um para as consultas externas e outro de neonatal. Dispõe de uma salas como enfermaria e apenas treze camas no seu todo e mais quatro berços. O centro de Saúde de Cacheu tem neste momento duas ambulâncias, mas inoperáveis devido às avarias.

É suportado por nove funcionários, dos quais seis técnicos nomeadamente: um médico, uma parteira, um técnico de laboratório, três enfermeiros. Um de curso geral e outro de superior, um auxiliar, um motorista e dois serventes.

Graças ao projeto Prosolia, o centro conseguiu ter os painéis solares que garantem o fornecimento da energia elétrica por apenas doze horas, para conservar alguns reagentes.

Segundo o diretor do Centro, Nivreanes Tcherno Null Gomes, devido a pouca capacidade financeira, a direção não está em condições de pagar o conserto da eletrobomba e uma das ambulâncias com avaria há muito tempo.

Acrescentou, no entanto, que há algumas burocracias a serem respeitadas, porque o centro de Cacheu é do tipo B, com a capacidade de atendimento limitada. Não consegue suportar grandes despesas ou desbloquear grandes valores em dinheiro sem uma autorização prévia dos superiores.

Nivreanes lamentou a falta de técnicos e de meios de evacuação dos doentes e da carência em eletricidade.

“Muitas vezes realizamos partos a lanternas manuais, porque os painéis conseguem aguentar apenas doze horas, isto é, de manhã às 22 horas, no máximo. Em relação à água potável, já lá vão seis mês e sem tê-la e sabemos da importância da água numa instituição como esta. Esperamos conseguir meios antes do final do ano para a reparação da bomba e uma das ambulâncias. A outra já está a ser reparada pelo programa materno infantil (PMI)”, sublinhou.

A área sanitária de Cacheu, que faz a cobertura de seção de Tchurbric, Cobiana e Bianga, é composta por treze mil e trezentos e sessenta e nove habitantes, cuja progressão sanitária é considerada muito positiva pelo Diretor, tendo em conta a comparação feita com os anos anteriores.

A observação do diretor da melhoria significativa registada em relação ao aumento da participação, ou seja, da afluência de doentes, logo na primeira fase da doença, foi conseguida graças à sensibilização feita pelos agentes da saúde comunitária sobre a importância de procurar sempre o centro de saúde em caso de doença para receber cuidados médicos.

Dados apontam que a influência da cura tradicional predominante na região reduzira o fluxo de doentes no centro, porque acreditavam que a cura tradicional sem diagnósticos era mais viável.

“Isso tudo é o resultado do trabalho dos agentes comunitários de saúde. Apesar das sensibilizações feitas, ainda não alcançamos o que desejamos, mas podemos dizer que a situação sanitária de Cacheu está a progredir”, garante.

Nivreanes revelou que as doenças predominantes dependem da época do ano. Por exemplo, o caso da infeção respiratória, que está a dar dores de cabeça de momento devido à mudança do clima. A redução da diarreia e do paludismo, que não foram registadas em grande número como nos anos anteriores, contribuiu para a baixa da taxa de incidência do paludismo. Isso tem a ver com o uso das tendas impregnadas, graças à distribuição de mosquiteiros MILDA feita este ano. A educação sanitária feita nas rádios comunitárias levou à apropriação, por parte da população, das medidas preventivas contra o paludismo e outras doenças de origem higiênica, ou seja, doenças causadas por falta da higiene básica.

No serviço pediátrico, por exemplo, o médico afirma que o hospital depara-se com problemas respiratórios e diarreicos, sendo os casos mais comuns nos adolescentes abaixo dos quinze anos de idade. Elas contraem a doença através de poeira e da humidade, que lhes provoca, assim, infeções virais e alergias.

Relativamente à farmácia, Nivreanes disse que recebem medicamentos através do CECOME regional, mas por vezes entra em ruptura.

“Neste momento há medicamentos em abundãncia, mas infelizmente a CECOME não consegue responder a tempo e há um problema: ainda não se pode comprar medicamentos fora de CECOME”, lamenta. 

Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M
Odemocratagb.com

Presidente da Câmara de Bissau indiciado de corrupção

Aspecto rua de Bissau - Reuters

O edil de Bissau Baltazar Alves Cardoso, foi suspenso esta terça-feira por "sérios indícios de corrupção, gestão danosa, peculato e nepotismo" mas fonte da edilidade garante não será cumprida a ordem exarada pelo Ministro da Administração Territorial Sola N'Quilin Nabitchita.

O Ministro da Administração Territorial engenheiro Sola N'Quilin Nabitchita, exarou esta terça-feira (2/01) um despacho com efeito imediato, suspendendo das suas funções o presidente da Câmara Municipal de Bissau Baltazar Alves Cardoso.

Em causa "sérios indícios de corrupção, de gestão danosa, de peculato, de nepotismo e nomeações desajustadas na Câmara Municipal de Bissau".

Segundo o despacho Baltazar Alves Cardoso não cooperou com alegadas diligências que o ministro de tutela teria tentado, no sentido de apûrar as denúncias que sobre ele recaíam.

O despacho ministerial anula ainda todas as nomeações efectuadas pelo antigo edil e proíbe as suas entradas nas instalações e delegacias da Câmara Municipal de Bissau.

Fonte da Câmara de Bissau contactada pela RFI afirma que Baltazar Alves Cardoso não vai acatar a ordem de suspensão, alegando que quem nomeia o presidente da Câmara é o Conselho de Ministros.

Tanto o ministro como o antigo edil são dirigentes da cúpula do PRS, partido que sustenta o governo e segundo a imprensa guineense on-line Baltazar Alves Cardoso, mais conhecido por "Bata", foi ouvido recentemente pela polícia judiciária, no âmbito de uma investigação por denúncias sobre alegada corrupção em torno da venda e concessão de terrenos de forma ilegal a eminentes figuras do Estado guineense.

RFI

sábado, 23 de dezembro de 2017

Saúde Pública: FARMÁCIA DE HOSPITAL ‘SIMÃO MENDES’ VENDE MEDICAMENTOS INÚTEIS

[REPORTAGEM] Farmácia do maior estabelecimento hospitalar do país, Simão Mendes, vende medicamentos inúteis comprados das mãos dos indianos. A revelação é feita pelo próprio diretor daquele hospital de referência nacional, Francisco Aleluia Lopes, que acrescentou ainda que as pessoas que trabalham naquele serviço não são técnicos farmacêuticos e, por isso, não conseguem fazer os inventários sobre as necessidades da farmácia.

O Democrata soube ainda que a farmácia, às vezes, leva até um mês sem ter paracetamol na sua prateleira e outros medicamentos, porque, de acordo com os funcionários daquele serviço abordados pela repórter, a boa parte dos medicamentos fica estocada na Central de Compra de Medicamentos Essenciais (CECOME). O desfalque dos medicamentos na CECOME obriga a direção do serviço da farmácia a recorrer aos terceiros fornecedores para poder cobrir a lacuna, mas, mesmo assim, o preço de medicamentos não altera, conta uma fonte ligada ao mesmo serviço.

Sobre o assunto, uma equipa de repórteres do semanário “O Democrata” esteve no local, à entrada da farmácia do HNSM, e pude assistir por pouco tempo pessoas que entravam e saiam sem medicamentos e nem produtos curativos receitados pelos médicos. Por exemplo, uma senhora que devia ser submetido à uma pequena cirurgia na mão, não conseguiu compressa nem luvas para que pudesse ser tratada nos serviços da urgência, porque a farmácia não tinha esses materiais.

Segundo a informação recolhida, a farmácia conta com oito (08) técnicos farmacêuticos, três (3) serventes, um (1) jardineiro, quatro (4) elementos do pessoal administrativo. Os (8) técnicos farmacêuticos estão divididos em duas equipas para funcionamento de dois turnos, ou seja, doze (12) horas por equipa.

Os atendimentos são feitos através de diferentes receitas de consultorias de diferentes serviços nomeadamente, consultas externas, urgência, do próprio hospital assim como dos outros hospitais e centros de saúde, o que torna a capacidade de atendimento do estabelecimento inferior em relação ao número de pessoas que recorrem à farmácia.

Domingos Sami, diretor-adjunto da Farmácia do hospital Nacional Simão Mendes, esclarece, neste sentido, que quem gere medicamentos antipalúdicos é o programa de Luta Contra o Paludismo e nega haver falta de medicamentos antipalúdicos, com exceção de ‘Quartem’ que não é vendido na farmácia.

“Faz-se muita confusão entre os medicamentos do programa de luta contra paludismo dados gratuitamente com alguns critérios e rigorosidade, mas também acabam rapidamente”, sublinha, esclarecendo que para as crianças de zero aos cinco anos e mulheres grávidas, há organizações que responsabilizam dessas em termos de fornecimento de medicamentos, kits de cesarianas, nos quais a maternidade faz a requisição semanal dos medicamentos e materiais através do serviço social.

Contudo, mostra que apesar desta particularidade, a direção da farmácia é responsável pela inventariação dos medicamentos e produtos para a oferta. Segundo Domingos Sami, os medicamentos mais procurados naquele serviço são paracetamol, cloreto de sódio, metro injetável e vaginal, cipro frassace, ferro, multivitamina, ceftazona, norvagina comprimido.

SERVIÇOS DA FARMÁCIA RESPONSABILIZA A DIREÇÃO DO HOSPITAL PELO DESFALQUE DE MEDICAMENTOS

Domingos Sami revela que existem dificuldades de relacionamento entre a direção da farmácia e a direção-geral do hospital. Explica que as duas entidades funcionam mediante uma hierarquia em que a da farmácia obedece à direção-geral. Mas, para a compra de medicamentos, Domingos Sami lembra que fazem requisição de acordo com o stock que têm. Enviam a proposta para a direção só depois de ter a sua aprovação é que fazem a compra, mas não havendo comunicação entre as partes acabam por ficar de mãos atadas, por isso responsabiliza a direção-geral do hospital pela falta de medicamentos.

“Por exemplo, o que aconteceu com a última requisição que ficou quase um mês sem aprovação ou qualquer resposta da direção provocou automaticamente a ruptura de medicamentos”, afirmou, acusando o diretor de querer desempenhar todas as funções, incluindo as  do diretor clínico do Hospital.

“Os trabalhos técnicos são do diretor clínico e os trabalhos administrativos são reservados ao diretor-geral, mas infelizmente tudo é acumulado por uma só pessoa. Talvez seja por isso é que temos tido atraso e na última requisição contamos com o aval do ministro não do diretor porque não conseguimos a  sua autorização”, revelou.

FARMÁCIA DISPÕE APENAS DE ÚNICO BALCÃO E UMA CAIXA DE MEDICAMENTOS

A farmácia funciona doravante com único balcão e uma única caixa para a venda dos medicamentos, revelou Diretor Adjunto da Farmácia do hospital Nacional Simão Mendes, em entrevista a O Democrata. Domingos Sami justifica que o fato deve-se ao número reduzido de profissionais, ou seja, técnicos farmacêuticos que, por várias circunstâncias, acabam por trabalhar 12 horas por dia, “o que não ajuda na dinamização do serviço prestado aos doentes”.

Segundo Domingos Sami, o ideal seria ter três equipas de farmacêuticos assim cada equipa trabalharia, pelo menos, oito horas por dia. Neste sentido, diz acreditar, contudo, que afluência das pessoas à farmácia do HNSM tenha muito a ver com o serviço que os técnicos prestam, sobretudo porque os medicamentos são vendidos a um preço acessível comparativamente as outras farmácias.

“Não atendemos apenas pacientes que recorrem ao nosso hospital. Atendemos também doentes de diferentes hospitais, ou seja, receitas de outros centros de saúde e clínicas privadas. Porque vendemo-los a um preço barato. Por exemplo, vendemos uma carteira de paracetamol a 100 francos CFA e nos outros postos, uma carteira é vendida a quinhentos 500 francos CFA”, disse Domingos Sami.

Domingos Sami lamenta, no entanto, a falta de técnicos para o bom funcionamento da farmácia, porque, segundo disse, os balconistas farmacêuticos vendem medicamentos e preenchem relatórios de venda ao mesmo tempo para poder melhorar a balança mensal, “por isso queremos informatização de dados, mas infelizmente tudo aqui é feito à mão”.

CECOME JUSTIFICA  DESFALQUE DE MEDICAMENTOS POR FALTA DE PAGAMENTO DÍVIDAS POR PARTE DE FARMÁCIAS

Diretor da Central Compra de Medicamentos Essenciais (CECOME) responsabiliza as farmácias públicas do país pela incapacidade financeira da CECOME na compra de medicamentos, porque não pagam as dívidas que contraem com a central, fato que segundo disse acaba por resultar no desfalque dos medicamentos.

Marciano Vicente Vaz explicou em entrevista a O Democrata que a instituição que dirige enfrenta uma situação muito difícil atualmente, sendo que no momento não tem capacidade de compra de medicamentos para abastecer as farmácias, sobretudo as farmácias públicas e nega que em nenhuma circunstância a CECOME é responsável pela insuficiência de medicamentos nos hospitais, centros de saúde e clínicas do país, particularmente nos públicos.

Segundo o diretor da CECOME, os clientes fazem levantamento de medicamentos sem problema, mas no momento de pagamento faz-se muito barulho. Contudo, sublinha que por uma questão de boa-fé, às vezes emprestam os medicamentos aos clientes sem pagamento imediato e só no final do tempo determinado é que recebem o pagamento, mas em certos momentos não é o caso. E quando as farmácias públicas não pagam, a CECOME entra automaticamente em ruptura, porque acontece que não têm outra reserva para dar reviravolta à situação, porque tanto o Estado quanto às outras organizações não governamentais não financiam a CECOME.

“Já fizemos a encomenda de compra dos medicamentos no estrangeiro, mas não temos ainda dinheiro para que essa encomenda se efetive. Portanto, estamos conscientes de que os medicamentos estão a fazer a falta”, reconhece.

A CECOME e uma estrutura estatal com a própria autonomia administrativa e financeira incumbida de fazer ‘Stock’ e distribuição (compra e venda) dos medicamentos próprios assim como dos programas nomeadamente, de luta contra paludismo, Tuberculose e Sida. Os medicamentos são ofertados de acordo com as normas de distribuição dos fornecedores dados de três em três meses para todos os hospitais públicos do país e os programas.

A Central tem as suas instalações em todas as regiões e faz distribuição de medicamentos através dessas estruturas para todos os hospitais ao nível de todo o país. Atualmente, conta com 42 (quarenta e dois) funcionários nomeadamente, farmacêuticos, condutores, serventes, seguranças. Tem armazéns frios, máximo de 4 graus de temperatura, nos quais são conservados vacinas e outros reagentes. Tem ainda outro armazém normal até 25 graus de temperatura.

Para além do grupo da administração, a CECOME tem também um grupo de farmacêuticos que gerem a qualidade dos medicamentos e são estes, os responsáveis pelos armazéns.

A Central tem a capacidade de ‘Stock’ no mínimo com a duração de seis meses, enquanto espera pela nova encomenda.  Mas, dada a insuficiência financeira, neste momento a CECOME não tem a capacidade financeira para fazer a compra de medicamentos nem por um mês e nem se quer de estocagem consegue ter, mas diz acreditar que no dia em que voltar a ter controlo da situação vai poder cumprir com os critérios.

Marciano Vicente Vaz revela, no entanto, que há onze meses como diretor da CECOME, nunca conheceu momentos bons, ou seja, desde a sua entrada a situação sempre foi difícil, por isso não definiu período em que tudo será ultrapassado, mas, mesmo assim, garante que estão a ser feitos trabalhos em equipa para conseguir sustentar a sua autonomia, revelando que justamente é neste sentido que estão a tentar fechar parcerias de investimento.

Em termos de segurança, disse que apenas em Bafatá, leste do país, aconteceu duas vezes roubo e arrombamento do armazém. Autores continuam em fuga, apenas alguns suspeitos estão a ser investigados para apurar quem são os presumíveis autores e conduzi-los à justiça, logo que forem declarados culpados.

O diretor da CECOME teve ainda tempo de detalhar em pormenores quais os efeitos de um medicamento fora de prazo, explicando que avariam, por isso aconselha as pessoas a não consumirem qualquer que seja produto fora de prazo. Relativamente a casos relacionados com os medicamentos, nota que os medicamentos fora de prazo podem transforma-se em venenos se consumidos fora de prazo ou com a má conservação, isto é, pode matar se estiver com princípios ativos, ressalvando sempre que não é aconselhável consumir medicamentos ou qualquer produto fora de prazo ou com a má conservação.

Marciano Vicente Vaz não nega que sua instituição tenha lidado com medicamentos fora de prazo, mas esclarece “sempre que isso acontece, são incinerados de acordo com as exigências farmacêuticas”.

DIRETOR DE HOSPITAL ACUSA SERVIÇO DE FARMÁCIA DE NEGOCIAR MEDICAMENTOS PARA TIRAR GANHOS PESSOAIS 

Reagindo à falta de colaboração da parte de direção do hospital lamentada pelos serviços de farmácia, o diretor do hospital Simão Mendes, Francisco Aleluia Lopes, explicou que o serviço da farmácia limita-se apenas a comprar os medicamentos da ‘Farmácia Comunitária’ que segundo ele, não tem nada a ver com o trabalho do serviço da urgência daquele estabelecimento hospitalar.

“Se o [diretor de farmácia] perguntar dos medicamentos para a urgência do hospital, não têm! Eu não vou assinar nenhuma requisição em que não figuram medicamentos para a urgência, não vou autorizar essas compras. Farmácia não tem medicamentos essenciais precisados para a urgência do hospital, apenas compra xaropes, paracetamol e comprimido amoxilina”, disse o responsável do hospital que, entretanto, acusou os responsáveis do serviço da farmácia de se interessarem mais pelo dinheiro e não pela prestação do serviço de qualidade.

Revelou ainda que elementos da farmácia ganham um puco de percentagem em dinheiro nas negociações com os fornecedores de medicamentos, tendo assegurado que não está lá para permitir procedimentos anormais.

“Não é nada de burocracia que alega, mas sim é a questão de transparência na gestão da coisa pública. Requisitam dinheiro para a compra dos medicamentos, mas se houver a situação de urgência, as pessoas são obrigadas a irem buscar medicamentos nas outras farmácias, porque a farmácia do hospital não tem esses medicamentos”, notou o médico de profissão, que aproveitou a ocasião para apelar ao serviço de farmácia que apresente requisições que solicitou e que tenham sido negadas por ele ou que não assinou.

“Pedi-lhes para fazerem um inventário sobre medicamentos ou materiais disponíveis e o que falta, mas infelizmente até agora não conseguiram fazer nada! Não são técnicos de área, portanto não têm capacidade de fazer inventários bem como de fazer funcionar a farmácia. Para fazer funcionar a farmácia é preciso ter medicamentos de emergência médica. Temos medicamentos que recebemos através de uma doação que são para emergência, mas a farmácia não tem esses medicamentos, portanto é impossível trabalhar neste sentido. Perguntei pessoalmente, por meio de uma investigação, de preços de medicamentos de boa qualidade cheguei à conclusão que realmente são mais baratos do que aquilo que se compra na CECOME e dos Indianos, mas em termos de qualidade, os medicamentos de indianos são inúteis”, revelou.

Por: Epifania Mendonça
OdemocrataGB

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Defuntos Corda na posse de informações delicadíssimas: TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO

TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO implicando o nome de vários políticos que de uma forma muito directa estariam aliciando algumas chefias militares com o intuito de liquidação física do Dr. José Mário Vaz (JOMAV).

A nível dos serviços de segurança as coisas foram sendo desmontadas devido a fala de um General.

O Blog www.defuntoscorda.blogspot.com apurou através dos elementos da sua equipa de que os nomes ou pessoas que estariam ligados ao aliciamento a ditos militares, são pessoas que fazem parte de diferentes círculos:

1-    General Fodé Cassamá, ainda por confirmar, mas que segundo a fonte militar, nos garante que o seu nome consta na lista dos que denunciaram.
2-    Cipriano Cassamá.
3-    João Bernardo Vieira.
4-    Verissimo Tambá.
5-    Filomeno Cabral.
6-    Luís Manuel Cabral
7-    Cadi Seidi
8-    Sumba Nanssil
9-    Verissimo Nancassa (Tchitche)

Sabe- se que existem mais nomes de civis envolvidos, mas os defuntos corda apenas têm a garantia fidedigna destes nomes aguardando por mais elementos a fim que possamos trazer a luz do dia a verdade de tudo para os guineenses.

O que aqui queremos perceber, é a integração de alguns nomes e saber o seu ganho em todo este processo no que toca a conhecimento para com os militares.   Vejamos:

Quanto ao envolvimento de Fodé Cassamá, nada podemos duvidar visto que o seu passado no que toca a instabilidade e tentativas passadas, possa ser algo de admiração.

Cipriano Cassamá, a sua influência, 2ª figura no país facilmente pode encaixar no induzir ao erro a muitos que possam ser fracos em termos de personalidade e espirito, porque Cipriano em termos de dinheiro com certeza que nada daria, porque para ele é só apenas- VENHA NÓS O VOSSO REINO, mas pode sim influênciar.

JBV e Verissimo Nancassa, como um dos financiadores, braço direito e de confiança do DSP, também é e são aceitáveis neste processo.

Verissimo Tambá, também tem o perfil para isto, para estragos, é conhecido e mexe-se bem em situações de complôt e conspiração, pois provas do mesmo, existem e mais do que suficientes, que este blog mais a frente e artigos do futuro irá publicar.

Filomeno Cabral, este foi um malabarista e dissimulado. Fazemos saber que a tentativa de assassinato a pessoa de Orlando Viegas, o pagamento dos elementos que espancaram ao mesmo, partiu da casa de Filomeno, portanto o encaixe da sua pessoa neste processo é aceitável.

A nossa duvida reina nestas 3 pessoas:

Cadi Seidi, Sumba Nanssil e Luís Manuel Cabral!!???!!! Uma senhora, uma lady, um jornalista, apesar de fraco e pobre, uma pessoa que sem personalidade e baixo perfi como o sr. Sumba, como é que pode estar aqui metido?
Luís Manuel Cabral? Com que propósito? È muita confusão. A equipa do blog defuntos corda promete vir com mais informações.

Publicada por cipriano cassama à(s) 15:21