quarta-feira, 20 de setembro de 2017

ONU inicia nesta terça debates da 72ª sessão da Assembleia Geral

Brasil e Estados Unidos seguem tradição sendo os primeiros a discursarem; eventos paralelos já abordaram reforma da ONU, alterações climáticas e prevenção da exploração e abuso sexuais.

Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU/Manuel Elias

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

Os debates da 72ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas serão abertos esta terça-feira em Nova Iorque, tendo como tema central "Com foco nas pessoas: lutar pela paz e por uma vida decente para todos num planeta sustentável".

Este ano será o primeiro com António Guterres como secretário-geral da ONU prevendo-se que tenha mais de 130 reuniões bilaterais até a próxima segunda-feira. Em paralelo à sessão, o chefe da ONU deve discursar em 34 reuniões de alto nível.

Brasil e EUA

O primeiro dia será marcado por 20 discursos, sendo os primeiros pronunciamentos do Brasil e dos Estados Unidos seguindo a tradição.

Dos países lusófonos discursam Portugal e Timor-Leste na quarta-feira. Já Guiné-Bissau, São Tome e Príncipe e Cabo Verde asumem a tribuna na quinta-feira. Moçambique e Angola foram agendados para a próxima segunda-feira.

Em Nova Iorque, a movimentacão na Assembleia Geral começou já esta segunda-feira com eventos paralelos sobre a reforma da ONU, clima e prevenção da exploração e abuso sexuais.

Prioridades

Durante a semana de debates, os outros temas em destaque serão a cerimônia de assinatura para o novo Tratado de Proibição de Armas Nucleares, e um outro que abordará o empoderamento econômico das mulheres.

A sessão deste ano será marcada pelo debate sobre focos de tensão global como a Síria, a República Centro-Africana, o Sudão do Sul e o Iêmen.

O presidente da 72ª sessão da Assembleia Geral, Miroslav Lajcák, definiu como tema prioritário para a nova sessão a necessidade de "fazer a diferença na vida das pessoas comuns".

Entre os outros temas estão prevenção e mediação para sustentar a paz, migração, impulso político para cumprir  os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, clima, direitos humanos e igualdade.

*Apresentação: Monica Grayley.
Unmultimedia.org/radio/portuguese

A RDP e a RTP voltarão à Guiné-Bissau?

Guiné-Bissau quer emigrar para a televisão digital terrestre e exige resposta de Portugal para a revisão do protocolo de cooperação na área da Comunicação Social, que inclui a transmissão da RTP e RDP no país.


Ainda não é conhecida qualquer decisão oficial sobre o restabelecimento das emissões da RDP e da RTP na Guiné-Bissau. O Governo de Umaro Sissoco Embaló continua à espera de uma resposta concreta por parte do executivo português, por intermédio do Ministério da Cultura, com vista a encetar negociações para a revisão do acordo de cooperação entre os dois países na área da Comunicação Social.

O Embaixador guineense em Lisboa, Hélder Vaz, considera que o Estado da Guiné-Bissau está a ser espezinhado para ter que fazer cedências porque é um país mais pobre. "No quadro da ausência de resposta desde de 2016 a várias iniciativas do Governo da Guiné-Bissau, através do ministro da tutela da Comunicação Social, para o diálogo com Portugal sobre a revisão do acordo. Não houve resposta. Houve um desprezo quase canino, permita-me a expressão. E, naturalmente, que nós somos um Estado, não somos uma coisa qualquer. Nós estamos apenas a ser um Estado e a assumirmos como tal nas nossas relações com terceiros, neste caso com um país irmão"

Segundo Hélder Vaz "a RTP-África e a RDP-África não estão cortadas na Guiné-Bissau. Estão acessíveis às pessoas como estão outras rádios internacionais que não têm acordos específicos para emissão nas antenas nacionais", destacou.

Emissões suspensas desde junho

A falta de uma resposta por parte de Lisboa levou as autoridades de Bissau a suspenderem as emissões da Rádio Televisão Portuguesa, a 30 de junho deste ano, alegando razões técnicas, mas sobretudo a caducidade do acordo de cooperação assinado entre Bissau e Lisboa no setor da comunicação social.

Pelas declarações que fez, qualificadas de "inaceitáveis", Hélder Vaz foi chamado, na terça-feira (19.09.), ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para prestar esclarecimentos, tendo o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, assegurado depois, em declarações aos jornalistas em Nova Iroque, que o "incidente está resolvido". No entanto, adiantou que o Ministério da Cultura, que tutela o setor "já manifestou a sua disponibilidade para analisar esse processo. Evidentemente que há condições para que essa revisão seja efetiva e uma condição básica [para o início das negociações] é que as emissões da RDP-África e da RTP-África sejam repostas".

Apelos ao diálogo entre os dois Governos

Rádio Nacional da Guiné-Bissau
Sobre a situação dos trabalhadores da RTP, a DW África ouviu a posição de Isabel Moreira, da direção do Sindicato dos Jornalistas portugueses. "Continuamos a apelar ao diálogo por parte do Governo da Guiné-Bissau para com o Governo português para que sejam reatadas as emissões, antes de mais, e depois então que haja a negociação; que as partes têm que se sentar a uma mesa, têm que conversar", disse Moreira.

Há três meses, depois da decisão do Governo guineense de suspender as emissões, o Sindicato de Portugal enviou uma carta ao ministro da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Vitor Pereira, dando-lhe conta de que os dois órgãos portugueses "são absolutamente independentes no exercício das suas funções", embora maioritariamente detidos pelo Estado. Por outro lado, o Sindicato está "bastante preocupado" com a situação dos trabalhadores da RTP-África na Guiné-Bissau.

"Sabemos que na altura, a Ordem dos Jornalistas guineenses reuniu-se com o ministro [da Comunicação Social] e que, de alguma maneira, o trabalho desses jornalistas estava salvaguardado, mas não temos qualquer informação até o momento do que é que se passa com esses trabalhadores", adianta.

Por seu lado, Hélder Vaz reafirma o desejo de reforço da "parceria estratégica" com Portugal, "que seja favorável" ao desenvolvimento da Guiné-Bissau e benéfica para a expansão dos interesses económicos portugueses na região da África ocidental, com 300 milhões de consumidores.

"Queremos ser úteis à Guiné-Bissau e ser úteis a Portugal e vice-versa", manifestou o diplomata guineense. Mas, acrescentou: "Não nos venham dizer que a Guiné-Bissau é um país onde não há liberdade de imprensa".

"O país pede para ser tratado com dignidade"

Entretanto, uma das pretensões do executivo de Bissau é dar passos em frente e emigrar para a televisão digital terrestre. Segundo Vaz, o país quer avançar com a estratégia para o setor da Comunicação Social sem que seja sufocado "em nome de cercear liberdades de imprensa".

O embaixador guineense, Hélder Vaz, disse, depois, à DW África que não sabe de que lado é que está o impasse, mas reafirmou que o seu país dever ser tratado com dignidade. "Com dignidade vamos discutir e chegar a bom porto", sublinhou. De acordo com a convicção do primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, a situação estará ultrapassada até ao fim deste ano. 

DW.COM/PT

Umaro Cissoco visita Portugal próximo dia 30 a convite de Antonio Costa



O chefe de governo Guineense visita Lisboa no final de mes a convite do seu homologo Luso.

Convite surgiu na sequência de um encontro amigavel que teve lugar esta terça-feira em Nova Iorque a margem da Assembleia-geral das Nações Unidas.

Bissau e Lisboa, condenados a andar de mão dadas.

Djamara USE

NO TERRA SABI

México - Equipas de salvamento e voluntários escavam escombros, pelo menos 248 mortos

Equipas de salvamento e voluntários procuram sobreviventes nos escombros dos edifícios de apartamentos e escolas que ruíram durante a noite, no mais mortal sismo no México desde 1985 e que provocou pelo menos 248 mortos.


Adicionando um toque amargo e surreal, o terramoto de magnitude 7,1 de terça-feira ocorreu no 32.º aniversário do sismo que matou milhares de pessoas e chegou apenas duas horas depois dos simulacros de abalos realizados em todo o México para assinalar a data.

Um dos esforços de resgate mais desesperados foi numa escola primária e secundária no sul da Cidade do México, onde uma ala do edifício de três andares colapsou. Os jornalistas ainda viram os socorristas tirar alguns pequenos corpos dos escombros.

O Departamento de Educação federal revelou no final da noite de terça-feira que 25 corpos foram retirados dos destroços da escola. Não ficou claro se as mortes foram incluídas no número total de 248 mortes relatadas pela agência federal de defesa civil.

Durante uma visita ao local no início da noite, o presidente Enrique Peña Nieto disse que 22 corpos tinham sido retirados e as autoridades falaram de 30 crianças e oito adultos desaparecidos.

Uma mistura de voluntários do bairro, policiais e bombeiros usavam cachorros treinados e as mãos nuas para procurar nos escombros da escola. Uma multidão de pais ansiosos aguardava fora dos portões e houve relatos de que pelo menos duas famílias receberam mensagens de Whatsapp de meninas presas no interior, mas tal não foi confirmado.

O esforço de resgate continuou durante a noite, com o trabalho pontuado por gritos de "silêncio", para que as equipas pudessem escutar quaisquer pedidos de ajuda.

"Eles ouviram vozes ali", disse Peña Nieto.

Os socorristas tiveram que reforçar as lajes de cimento caídas com vigas de madeira para que não caíssem mais e acabassem com os pequenos espaços de ar que restavam.

Numa uma mensagem de vídeo divulgada no final do dia de terça-feira, Peña Nieto Pediu à população para permanecer calma, acrescentando que as autoridades estavam a fazer tudo para fazer chegar ajuda a todos, pois 40% da Cidade do México e 60% do estado próximo de Morelos estavam sem energia.

Mas, disse, "a prioridade agora é continuar a resgatar pessoas presas nos escombros e prestar ajuda médica aos feridos".

As pessoas na zona central do México já se reuniram para ajudar os vizinhos, pois dezenas de edifícios caíram e se transformaram em montes de escombros.

O prefeito da Cidade do México, Miguel Angel Mancera, disse que caíram edifícios em 44 locais na capital, enquanto outros altos prédios da cidade balançavam, ao mesmo tempo que centenas de milhares de pessoas em pânico saíram para as ruas, bloqueando o trânsito.

Coberto de poeira e exausto de cavar, Carlos Mendoza, 30 anos, disse que, num período de três horas de buscas, duas pessoas foram puxadas vivas das ruínas de um edifício de apartamentos em colapso no bairro de Roma Sur.

A alguns prédios de distância, Alma Gonzalez estava no seu apartamento do quarto andar quando o tremor de terra fez colapsar o piso térreo do edifício, deixando-a sem saída. Alma descreveu depois os momentos seguintes, em que vizinhos montaram uma escada no telhado e a ajudaram a escorregar por uma janela lateral.

Ela disse que estava aterrorizada até que as pessoas que moravam na casa vizinha montassem uma escada no telhado e a ajudassem a escorregar uma janela lateral.

O prefeito da Cidade do México diz que 50 a 60 pessoas foram resgatadas vivas por cidadãos e por pessoal dos serviços de emergência.

A agência nacional de defesa civil informou no início do dia de hoje que o número de mortos confirmados havia subido para 248, mais da metade na capital.

Na sua conta oficial do Twitter, o chefe da agência, Luis Felipe Puente, informou que 117 mortos foram confirmados na Cidade do México e 72 no estado de Morelos, que fica a sul da capital. Acrescentou que 43 mortos foram registados no estado de Puebla. Doze outras vítimas mortais foram registadas no estado do México, que rodeia a Cidade do México e três no estado de Guerrero.

O epicentro do sismo, que ocorreu na terça-feira às 13:14 (19:14 em Lisboa), foi registado na fronteira do estado de Puebla e Morelos (centro), a 51 quilómetros de profundidade, segundo o centro geológico norte-americano USGS.

O terramoto ocorreu depois de na semana passada (07 de setembro) um sismo de magnitude 8,2 -- o mais forte desde 1932 --, ter causado 98 mortos no sul do país: 78 em Oaxaca, 16 em Chiapas e quatro em Tabasco.

O abalo de terça-feira, que causou o pânico na população, coincidiu com o 32.º aniversário do forte sismo que provocou milhares de mortos em 1985 e foi registado apenas duas horas depois de um simulacro de terramoto em todo o país.

SO // SB
Lusa/fim

Caso Vazadouro de Djogró - Ministro do Ambiente reitera empenho do governo para a reciclagem de lixos urbanos

Bissau, 20 Set 17(ANG) – O ministro do Ambiente e Desenvolvimento Sustentávle, afirmou que o governo está empenhado na criação de parcerias com  empresas que vão reciclar lixos da capital principalmente do vazadouro de djogró.

Vista do vazadouro de Djogró

António Serifo Embaló, em declarações à ANG, disse que os lixos do vazadouro de Djogró podem trazer dinheiros para os cofres de Estado se forem reciclados e aproveitados para outros fins.

“A situação de vazadouro de Djogró foi uma das minhas primeiras preocupações, quando fui nomeado ministro do Ambiente. Porque, como cidadão sou igualmente produtor de lixo e por isso devem ser criadas as condições para o tratamento do lixo urbano”, referiu.

O titular da pasta do Ambiente sublinhou que abordou a Câmara Municipal de Bissau sobre a situação de vazadouro de djogró,  e foi-lhe informado que a edilidade já dispõe de um espaço para a construção de novo vazadouro de lixo.

Segundo o Director Adjunto dos Serviços de Doenças Transmissíveis e não Transmissíveis, Ivangelino Quadé, o vazadouro de Djogró constitui um perigo para a saúde humana.

 “O fumo de lixos queimados no vazadouro pode desencadear doenças asmáticas, bronquite e problemas pulmonares nas populações circundantes”, disse Quadé em declarações a ANG.

 Ivangelino Quadé prometeu diligenciar junto da CMB para estancar a situação o mais depressa possível. 

ANG/ÂC/SG

NOVA SERIE DA "SORONDA" LANÇADA EM BISSAU PELO INEP

O Numero 9 de Julho de 2017, da nova serie da "Soronda" (revista de estudos guineenses), foi lançado, esta quarta-feira (20), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP)

O serviço de publicações do INEP, edita desde 1986 Soronda, revista de estudos Guineenses e a colecção da publicação do Nº 9 de Julho de 2017 da nova serie da revista ora lançado, possui para além de publicações próprias, um conjunto de trabalhos de 17 investigadores, relacionada com a sociedade Guineense.

O director geral do INEP, Leopoldo Amado, diz que trata-se de uma Soronda com 346 páginas, “tínhamos ensaiado outras formas, por isso aceitamos a forma de publicar a forma de publicar uma Soronda grande como esta”.

“É uma revista com muita qualidade onde é possível encontrar diversos temas sobre a Guiné-Bissau, no fundo é isso que é exercer e produzir conhecimentos sobre o país”, realça.

Ainda Leopoldo Amado considerou esta edição de uma revista ousada sendo que a revista ora lançada apresenta uma nova serie e que responda aos critérios científicos mas que também responda às exigências de qualidade e eu encorajo vivamente os jovens e não jovens a lerem e a terem uma abordagem critica sobre esta mesma revista, só assim podemos transformar o conhecimento e transformar este conhecimentos e pô-los em serviço do país”, conclui.

O Nº 9 de Julho de 2017 da nova serie da revista soronda possui 346 páginas, escrita em crioulo e português e os 17 investigares são nacionais e internacionais entre os quais 9 mulheres e 8 homens. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia Tavares Gomes
Imagem: Anézia Tavares Gomes
Radiosolmansi

APRESENTADO DOCUMENTO QUE VISA APOIAR AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA

A Handicap International promoveu, esta quarta-feira (20-09-2017), em Bissau, um seminário de restituição dos resultados do estudo sobre a avaliação das lacunas entre a assinatura da convenção relativa aos direitos das pessoas portadoras da deficiência e sua implementação no país


A actividade enquadra-se no âmbito da implementação do projecto regional VIH e Deficiência, financiado pelo Fundo Global para o combate à sida, Tuberculose e Malária, do qual a Handicap International (HI) é o recipiente principal em colaboração com a Federação Oeste Africana de Pessoas com Deficiência (FOAPH).

O projecto abrange seis países da África Ocidental, entre os quais, a Guiné-Bissau, o Senegal, a Cabo Verde, o Burquina Faso, o Mali e o Níger e visa contribuir para a redução de novas infecções no grupo de pessoas com deficiência, apoiando a promoção dos direitos humanos e a resolução de obstáculos jurídicos, melhorando o seu acesso aos serviços de prevenção, cuidados e apoio relativas ao VIH através duma advocacia regional….

O encontro serviu para a responsável da Handicap International no país, Cândida Salgado Silva, afirmar que o relatório da avaliação deste seminário servira de base para elaboração de um plano da advocacia regional e nacional com vista apoiar a promoção de direitos humanos.

Por seu turno, o segundo vice-presidente a Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas Portadoras da Deficiência, José Augusto Lopes, admite que “apesar dos esforços conjugados a volta das pessoas com deficiências” ainda continua a ser enfrentado desafios no quadro dos direitos comuns e da inserção social.

Pedro Mandica presidente da Rede Nacional de pessoas Viventes Com VIH sublinhou que a inclusão das pessoas com deficiência na estratégia global de luta contra VIH contribui para rede uma grande oportunidade para o combate ao VIH….

O encontro também visa partilhar os resultados de análise comparativa entre as recomendações da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e sua aplicação prática através de leis, politicas e estratégias e práticas em vigor no domínio do acesso à Saúde.

O governo assinou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências que foi ratificada pela Guiné-Bissau, através do Decreto Nº 24/2014, de 07 de Março. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi
Radiosolmansi

Angola - Presidente da República convidado a participar na investidura do novo chefe de Estado

Bissau, 20 Set 17 (ANG) – O embaixador plenipotenciário de Angola na Guiné-Bissau entregou hoje ao Presidente da República, José Mário Vaz o convite para participar na cerimónia de investidura do novo chefe de Estado angolano , eleito no passado dia 23 de Agosto, que terá lugar na próxima terça-feira, dia 26 do mês em curso.


A saída do encontro, Daniel António Rosa informou que o convite foi endereçado pelo seu homólogo de Angola José Eduardo dos Santos para estar presente no acto de posse do recém-eleito Presidente angolano, João Lourenço.

Perguntado sobre o ponto de situação da cooperação entre Guiné-Bissau e Angola, o diplomata disse que está numa situação “lenta para não dizer suspensa” devido aos acontecimentos de 2012, mas que estão sempre em contacto com as autoridades nacionais , para , em caso de estabilidade política, retomar os projectos.

“O projecto de exploração de Bauxite é um dos que Angola perspectiva retomar se há estabilidade política no país”, revelou o embaixador de Angola para Guiné-Bissau, Senegal e Gâmbia.

Daniel Rosa disse acreditar que o país vai encontrar solução política e criar condições para que haja um desenvolvimento económico-social, em vez de prolongamento de conflitos, que não ajuda em nada, nas questões que a população espera que sejam resolvidas.

ANG/LPG/ÂC/SG

António Costa afirma que seria excelente acordo em 2018 sobre liberdade de circulação na CPLP

O primeiro-ministro afirmou hoje que seria excelente se a liberdade de circulação na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) se concretizasse até 2018, ainda na presidência brasileira, defendendo que há vontade política, embora, também, problemas técnicos.


António Costa assumiu esta posição na terça-feira à noite, no final de uma reunião de pouco mais de uma hora com chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu na sede da missão permanente do Brasil nas Nações Unidas, sob a presidência de Michel Temer.

Entre os chefes de Estado presentes na reunião esteve o Presidente da Guiné Equatorial, Teodore Obiang. Angola e Moçambique estiveram representados pelos respetivos embaixadores nas Nações Unidas.

Perante os jornalistas, António Costa referiu-se ao estado em que se encontram as negociações na CPLP no que respeita a uma maior liberdade de circulação dos cidadãos entre os diferentes países da comunidade.

O primeiro-ministro português afirmou que "há um acordo de princípio" que "requer um trabalho técnico, já que se exige compatibilização entre diferentes legislações".

Para muito em breve, segundo António Costa, está marcada uma nova reunião técnica sobre este tema, razão pela qual disse acreditar que se "está a avançar".

Neste contexto, o primeiro-ministro português salientou que a CPLP "não pode ser só um processo de coordenação política e económica, tendo também de enraizar-se no dia-a-dia dos cidadãos".

"Para isso, nada melhor do que liberdade de residência, reconhecimento dos títulos académicos ou a portabilidade dos direitos sociais", completou.

Questionado sobre um calendário para haver uma conclusão no processo político sobre liberdade de circulação, António Costa referiu que o Brasil tem a presidência da CPLP "até setembro de 2018".

"Acho que se concluíssemos na presidência brasileira seria excelente. Senão Cabo Verde, que assume a presidência da CPLP a seguir, tem dado a este tema uma grande prioridade. Mas há vontade política entre todos e os problemas técnicos deverão ser ultrapassados", advogou o líder do executivo português.

Nas suas declarações, o primeiro-ministro classificou ainda como "importante que a CPLP continue a coordenar a sua ação nas diferentes plataformas multilaterais".

E deu um exemplo concreto para justificar a sua posição: "Se hoje temos um secretário-geral das Nações Unidas [António Guterres] de língua portuguesa, deve-se também ao trabalho que todos fizemos em conjunto no ano passado para a sua eleição".

"Considero que é muito importante que a coordenação política se mantenha. Este encontro também se destinou a fazer o ponto de situação no que respeita à forma como está a ser executada a nova visão estratégica da CPLP. Destacámos igualmente a importância dos oceanos e foi analisada a agenda 2030", acrescentou.

Dn.pt/lusa


PAIGC EXIGE COMUNIDADE INTERNACIONAL A ASSUMIR DEVER NA RESOLUÇÃO DA CRISE GUINEENSE

O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, exige a comunidade internacional a cumprirem as suas responsabilidades internacionais perante a prolongada crise política na Guiné-Bissau

Domingos Simões Pereira que falava, esta terça-feira (19), na cidade de Gabú, leste do país, no quadro dos 61 anos da criação do partido libertador, sustenta a sua posição pelo facto do concertas das nações ser criado para apoiar os países a implementar os regimes democráticos onde a vontade do povo deve prevalecer.

O presidente dos libertadores acusa o presidente José Mário Vaz de se, não só incumpridor das leis, mas de estar a demonstrar clara falta de respeito á comunidade internacional.

“O nosso presidente da república não respeita e desafia o mundo. Numa altura em que o mundo reclama o primeiro-ministro de consenso com base no acordo de Conacri, o presidente decide que aquilo é a sua escolha é que deve falar às Nações Unidas diante do concerto das nações”, avança Simões Pereira que questiona a decisão e de “confrontar a comunidade internacional”.

“Temos que responsabilizar o presidente da república”, enfatiza.

Sobre o projecto “Mon na Lama”, recentemente transformado em fundação, Domingos Simões Pereira exige a explicação da proveniência dos fundos que estão a financiar a fundação do presidente da república, no entanto, avança que irá responsabilizar judicialmente qualquer recurso do país nas iniciativas privadas.

“Asa nossas constituições e leis não permitem que o dinheiro do Estado seja colocado em fundação porque é uma entidade privada que só sócios e pessoas de boa vontade deverão oferecer o dinheiro”, explica.

Entretanto, Domingos Simões Pereira acusa do governo de Umaro Sissoco Embalo de desviar carros destinados a Assembleia Nacional Popular (ANP) para em troca sustentar a permanência do seu governo.

“Desviando carros, já é do conhecimento do público da internet, e tentar colocar, a noite, para ninguém ver e para depois comprar a consciência do nosso povo, isso é vergonha”

Presidente dos libertadores diz ainda que o seu partido está pronto para enfrentar o actual regime e responsabilizá-lo pelos “muitos” desvios.

Segundo ele um dos principais motivos pela demissão do seu governo é devido ao desvio do dinheiro para “o que falta nos seus bolsos”. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Radiosolmansi

MAQUINA DA DIPLOMACIA


GENERAL  UMARO EL MOCKTAR SISSOKO EMBALÓ COM O HOMOLOGO PORTUGUES ANTONIO COSTA EM NOVA YORQUE.

HOUVE TROCA DE IMPRESSÕES SOBRE O ESTADO DA COOPERAÇÃO ENTRE BISSAU E LISBOA A MARGEM DA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS.

UMARO EL MOCKTAR CISSOCO EMBALO, ESPECLIASTA EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS QUE A DIMENSÃO ULTRAPASSA A GUINE-BISSAU.


 


NO TERRA SABI

TERMINOU COM MÁXIMA FORÇA A CONFERÊNCIA PARA A REFELEXÃO PROFUNDA DOS GRANDES HOMENS DECIDIDOS A SALVAR E A RESGATAR AO GRANDIOSO PARTIDO PAIGC DO ABISMO EM QUE SE ENCONTRA MERGULHADO

UM PAIGC DIVIDIDO E TURBOLENTO MAS COM A ESPERANÇA DE DIAS MELHORES POR PARTE DESTES HOMENS QUE MARCARAM A SUA PRESENÇA NO HOTEL AZALAY. UMA SALA REPLETA DE VOZES SONANTES E DETERMINADOS.

ACONTECIMENTOS MARCANTES NO DECORRER DO MESMO, CRITICAS, RECONHECIMENTO E PERDÃO ENTRE OS QUE SE SENTIAM TOCADOS POR ISTO OU AQUILO.
ATITUDES QUE NUNCA ESPEREI VER..., MAS QUE ALI VI E QUE SÓ ELES E APENAS ELES SERIAM CAPAZES DE O FAZER NA BASE DE DIALGO, TOLERANCIA E ENTENDIMENTO.

A PRESENÇA FORTE DO MINISTRO DO INTERIOR BOTCHÉ CANDÉ, FOI ALGO MARCANTE E O MOMENTO MAIS ALTO DE TODO O EVENTO.

A CHEGADA DE BOTCHÉ CANDÉ PAROU TUDO, A SUA INTERVENÇÃO FOI BASTANTE EXEMPLAR, E MUITOS OUTROS NA MESMA DIRECÇÃO.  ESTES HOMENS E MULHERES ESTÃO DECIDIDOS A TOMAR O PARTIDO DAS MÃOS DO DSP CUSTE O QUE CUSTAR E SEM MEDIR CONSEQUÊNCIAS.












Dokainternacionaldenunciante.blogspot.sn

PAIGC - 61 ANOS: Goleada em Gabu





Ditaduraeconsenso.blogspot.sn

ILHA DE BOLAMA ENFRENTA FORTE DEGRADAÇÃO DE SUAS INFRAESTRUTURAS SOCIAIS


A ponte da histórica ilha de Bolama está totalmente degradada e caindo aos pedaços, constatou uma equipa de reportagem da Rádio Jovem a margem da “Universidade Guineense de Juventude e Desenvolvimento que decorreu no passado mês de agosto naquela localidade.

A escada que permite a entrada de pessoas ao desembarcar dos navios ou pequenas embarcações na ilha, localizada no arquipélago dos Bijagós, encontra-se degradada, causando um grande perigo aos cidadãos residentes e turistas que se deslocam frequentemente a cidade.

Segundo informações recolhidas pela nossa equipa de reportagem junto dos citadinos que vivem na ilha há vários anos, a ponte, respectivamente as duas escadas que permitem o acesso a ilha deterioram devido à falta de reabilitação.

Confrontado com a degradação da ponte de uma das ilhas mais próxima do território continental, o presidente do Conselho Regional da Juventude (CRJ), Lassana Cassama, mostrou-se preocupado com a situação e criticou a passividade da “Sotromar”, enquanto empresa que controla os navios que operam no país.


“A degradação da ponte da ilha de Bolama, onde vivemos é preocupante, porque não sabemos o que pode acontecer a qualquer momento ás pessoas, por isso o governo ou empresa Nacional Sotromar devem assumir a responsabilidade de dar manutenção á ponte”, declarou à Rádio, o Jovem dirigente.

Para além da falta de manutenção, um dos navios que contribuiu para degradação da ponte nos últimos anos foi navio “Baria”, contou a nossa reportagem alguns jovens residentes naquela histórica cidade que ficou completamente abandonada após a luta da libertação nacional.

Perante este facto, o líder juvenil da região, informou a Rádio Jovem que já está em curso uma ação da juventude local no sentido de exigir ao governo que reabilite a única ponte que permite o desembarque das pessoas na ilha.

“É prematuro avançar com uma ação de protesto, através de marchas, mas estamos a trabalhar de modo exigir a reabilitação da ponte que está degradada”, rematou Lassana Cassama, momentos depois da abertura da cerimónia da oitava edição da universidade guineense de juventude e desenvolvimento.

Para além da degradação da ponte, a nossa equipa constatou que as infraestruturas sociais e o edifício do palácio regional da antiga capital da Guiné-Portuguesa, encontravam-se num estado de total abandono.

A ilha de Bolama deixou de ser capital em 9 de dezembro de 1941, devido à escassez de água doce na cidade e foi forçada encerrar as portas.

As atrações da ilha incluem praias de areia e está classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera.

Segundo informações disponíveis, a esperança dos filhos de Bolama para reconstruir a ilha é a empresa “Augustus” que pretende transformar Bolama numa Zona Franca.

O projeto lançado no mês passado aqui em Bissau é orçado em cerca de 575 milhões de dólares americanos, prevê construção de um aeroporto internacional, instalação de um porto de águas profundas e a construção de uma ponte que irá ligar a ilha de Bolama e o continente, com vista atrair investimentos.

Para além de infraestruturas, os investidores pretendem instalar fontes de produção de energia renovável, preservação do patrimônio histórico de Bolama através da revitalização de edifícios públicos e uma forte aposta no turismo.

//Alison Cabral
Radiojovem

terça-feira, 19 de setembro de 2017

MAQUINA DA DIPLOMACIA UMARO EL MOCKTAR SISSOKO EMBALÓ, DISCURSA NA ONU NO PRÓXIMO DIA 21 SETEMBRO.



 GENERAL ESTÁ EM NOVA YORQUE A REPRESENTAR A GUINÉ-BISSAU NA QUALIDADE DE GOVERNO NA ASSEMBLEIA-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS. 

SOARES SAMBU, MINISTRO ESTADO E DA PRESIDÊNCIA DA CONSELHO DE MINISTRO E ARISTIDES OCANTE DA SILVA, MINISTRO DE ESTADO DOS ANTIGOS COMBATENTES, INTEGRAM A DELEGAÇÃO GUINEENSE.



NO TERRA SABI 

PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ VISITA BOLANHAS E INCENTIVA O CULTIVO DE ARROZ


O Chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, convidou nesta terça-feira, dia 19, os jovens guineenses a abraçarem o projeto Mon Na Lama para impulsionar agricultura, que considera caminho certo para o desenvolvimento do país.

Para o Presidente da Republica o povo guineense deve ter a coragem de meter a mão na lama para garantir a autossuficiência alimentar no país.

“O futuro do nosso país passa essencialmente para aposta na agricultura, por isso, vou fazer o possível enquanto o primeiro magistrado da nação para reduzir a fome na Guiné-Bissau”, declarou Mário Vaz.

José Mário Vaz falava à imprensa no final da visita a algumas bolanhas da região do Biombo, norte do país que sofrem pequenas inundações, em Brene-Kupul e da secção de Bidjimita.

Ladeado pelos ministros da Agricultura e do Interior, José Mário Vaz, instou o executivo no sentido de criar condições para recuperação das bolanhas que estão atingidas na região do Biombo.



“Apesar das dificuldades que as populações estão a enfrentar, reparei que o povo quer mesmo pôr a mão na lama, pelo que o governo deve apoiar e incentivar o cultivo de arroz”, vincou o Chefe de Estado.

Na ocasião, o ministro da Agricultura, Floresta e Pecuária, Nicolau dos Santos, realçou a contribuição do chefe de Estado no sector da Agricultura e prometeu o apoio do executivo na recuperação das bolanhas degradadas na região.

“Enquanto titular da pasta da Agricultura só tenho que agradecer esforço do Presidente recuperação das bolanhas da região, mas na verdade é da responsabilidade do Ministério da Agricultura de apoiar as populações desta difícil tarefa”, afirmou dos Santos.

Para além das bolanhas de Brene-Kupul com 117 hectares e da Ga Balanta em Bissauzinho com 80 hectares, o Presidente da Republica visitou as bolanhas de Kissene com 135 hectares e cupédó-dorse com 104 hectares.

Nas duas últimas bolanhas nota-se pelo cultivo do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses. Nesta visita a região de Biombo, José Mário Vaz fez-se acompanhar pelos ministros da Agricultura e do Interior, respetivamente Nicolau dos Santos e Botche Candé.


//Alison Cabral
//Foto: Marcelo N´canha Naritche
Radiojovem.info

"Não teremos outra escolha que não destruir totalmente a Coreia do Norte"

Donald Trump falou pela primeira vez na Assembleia Geral da ONU, e deixou fortes ameaças à Coreia do Norte, realçando que se o regime de Kim Jong-un não parar com as provocações, Washington não terá outra opção que não seja "destruir totalmente" o país. Para além disso, o Irão e o terrorismo estiveram fortemente presentes no discurso.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou na 72.ª Assembleia Geral da ONU, que decorre em Nova Iorque, e a Coreia do Norte, o Irão e o terrorismo jihadista foram os principais alvos.

Trump afirma que “o mundo inteiro” está em perigo perante a ameaça nuclear da Coreia do Norte. Por isso, diz, “não teremos outra escolha que não destruir totalmente a Coreia do Norte”.

No entanto, pouco depois, o presidente norte-americano realçou que espera que não seja necessário chegar a tal ponto, sublinhando que a “desnuclearização é o único caminho aceitável”.

Agradecendo à China e à Rússia por terem alinhado ao lado de Washington nas sanções ao regime norte-coreano, Trump considera que Kim Jong-un está “numa missão suicida”, e apelou à união para isolar o regime norte-coreano. 

Mas as ameaças não se ficaram pela Coreia do Norte. Como já era expectável, o Irão, que, segundo Trump, deseja a “destruição dos Estados Unidos de Israel”, foi o alvo seguinte.

“O governo iraniano mascara uma ditadura corrupta, mascarada de democracia. Transformou um país rico culturalmente num estado pária, que exporta violência, o derramamento de sangue e o caos”, precisou o presidente norte-americano, que acusou o regime dos Ayatollahs de financiar grupos terroristas, como o Hezbollah, bem como o regime sírio de Bashar al-Assad.

Não foi, portanto, de estranhar que no discurso de Trump se seguisse o acordo nuclear estabelecido com Teerão, em 2015, uma conquista do mandato de Barack Obama. Para o atual presidente norte-americano, o acordo nuclear com o Irão foi “uma vergonha para os Estados Unidos”.

Voltando a apelar à unidade para isolar regimes hostis aos interesses norte-americanos, Trump foi perentório na exigência a Teerão para que pare de financiar grupos terroristas.

Nesse sentido, o exemplo dado por Donald Trump de países na região que têm combatido o terrorismo jihadista foi... a Arábia Saudita, país que Trump visitou em maio deste ano. No entanto, é importante realçar que Riade é acusada de financiar vários grupos terroristas na região, entre eles o autodesignado Estado Islâmico, também conhecido pela abreviatura ISIS.

Não obstante, Trump garante que os Estados Unidos e os seus aliados na região estão a combater os “refúgios terroristas”, e realçou os ganhos da coligação internacional na Síria e no Iraque, que têm levado a derrotas significativas do Daesh nestes países, onde o grupo terrorista chegou a controlar um território superior ao do Reino Unido. “Conseguimos mais contra o ISIS nos últimos oito meses do que em muitos anos juntos”, sublinhou.

[Atualizado às 16h07]

NAOM

"Desprezo canino". Santos Silva reage a acusações de embaixador guineense

ANTÓNIO COTRIM/LUSA
Em causa a alegada ausência de respostas a novas propostas para negociar os protocolos de transmissão da RTP e RDP na Guiné-Bissau

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou esta terça-feira as declarações do embaixador da Guiné-Bissau sobre a revisão do acordo de transmissão da RTP e RDP "inaceitáveis".

"Foram atribuídas ao senhor embaixador da Guiné-Bissau declarações que são inaceitáveis. O senhor embaixador já foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e teve oportunidade de esclarecer que não foi isso que disse, ou que quis dizer, e, portanto, o incidente está resolvido", disse o ministro em Nova Iorque.

O embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa acusou ontem as autoridades de Portugal de "um desprezo quase canino" face à ausência de respostas a propostas para negociar o protocolo de transmissão da RTP e RDP naquele país.

"Houve um desprezo quase canino, permitam-me a expressão. Nós somos um Estado, não somos outra coisa qualquer", disse o embaixador Hélder Vaz, acrescentando que "quando se pretende espezinhar o Estado da Guiné-Bissau e colocar o país na situação de ter de ceder por ser país mais pobre, estamos a afrontar o povo da Guiné-Bissau".

No seguimento destas declarações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chamou hoje o embaixador ao Palácio das Necessidades para prestar esclarecimentos.

"O que o senhor embaixador nos disse foi que, na opinião dele, tinha havido uma deturpação das palavras e que as palavras que lhe tinham sido atribuídas não tinham sido as palavras que tinha proferido, ou pelo menos não era essa a intenção. Portanto, a explicação está dada", disse Augusto Santos Silva.

Para o ministro, "o importante" é que Portugal tem "vários programas de cooperação" com o país e quer "continuar e aprofundar esses programas."

"Um deles diz respeito a área da comunicação social: A Guiné-Bissau fez-nos chegar a sua vontade de rever o protocolo e o Ministério da Cultura, que tem a tutela da comunicação social, já manifestou disponibilidade para analisar esse processo. Evidentemente que há condições para que essa revisão seja efetiva e a condição básica é que as emissões da RTP África e da RDP África sejam repostas", explicou Augusto Santos Silva, que está em Nova Iorque para participar na Assembleia Geral da ONU.

Dn.pt

SOLA KILIM NA BITCHITA DIZ QUE PRS É RESPONSÁVEL PELO BLOQUEIO NO PAÍS

O candidato a liderança do Partido da Renovação Social (PRS), Sola Kilim Na Bitchita, diz que o PRS é também responsável pelo bloqueio que o país vive há mais de dois anos

Sola que falava, esta terça-feira (19), fez a afirmação numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi (RSM) sobre os ideais que norteiam a sua candidatura a liderança dos renovadores, avança, no entanto, que embora a maior responsabilidade do PAIGC mas o PRS também não pode fugir das suas responsabilidades.

“Naturalmente enquanto uma força política enquanto cidadãos e enquanto instituição partidária tem uma responsabilidade porque não pode ser inibido desta responsabilidade e o PRS está a ser representado com 41 mandato no parlamento. Por isso mesmo que se tenha uma clareza e abertura franca e chamarmos a responsabilidade de cada um dos actores políticos não chegaríamos onde nós estamos”, sustenta.

Questionado caso for eleito presidente do PRS o que fazer para desbloquear o país da situação em que se encontra desde o ano de 2015, Sola aponta a capacidade do diálogo honesto, a concernência em resolver os problemas, a inteligente.

“Não temos de negociar com a clareza porque todos nós somos guineenses quem tem a culpa deve ser apontado a sua culpa e ser responsabilizado da sua culpa e isso deve ser uma situação clara”, diz.

Já sobre a sua candidatura, Sola Kilim na Bitchita explica que a linha central assenta no reforço do partido “o que quer dizer reforçar a estrutura de base do partido criando as condições da base do partido correspondente a base do estatuto do partido o que significa fortalecer o partido de base ao topo, porque nenhuma casa se constrói sem alicerce”.

“Entendemos que a estrutura do partido deve ser mais forte, mais bem estruturado mais bem dinâmico, coerente e capaz de trabalhar a nível de estrutura de base para garantir o funcionamento do partido de base ao topo. E outro aspecto mais importante é tornar o partido mais dialogante e ser influente na Politica Nacional, para permitir a partir de Diálogo Nacional viabilizar o país porque todos nós sabemos em que Estado estamos no momento”, sustenta.

Sola afirma ainda que a falta de diálogo é o impulsionador da actual situação em que o país se encontra.

“Eu acho que estou em condições de tirar o país da actual situação e falar com quem que seja com honestidade, com clareza, com coragem”, admite.

O congresso do PRS deve ter lugar de 26 a 29 de Setembro corrente. Para o cargo do presidente do partido também concorre Alberto Nambeia, presidente cessante.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Luciano Carlos Jalo
Radiosolmansi

SUSPENSA GREVE GERAL NOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU


A greve geral nos órgãos da comunicação social pública guineense, que devia ter início esta terça-feira, foi suspensa devido a assinatura do termo de compromisso com o governo que compromete, num prazo de 30 dias, cumprir com as reivindicações dos funcionários

Numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi (RSM), Francisco Indeque, porta-voz da comissão negocial dos órgãos públicos de comunicação social, diz o benefício de dúvida foi dado mas caso o compromisso não for cumprido os funcionários irão às greves para fazer valer os seus direitos.

Questionado se foi discutida a situação da censura na Televisão da Guiné-Bissau, facto que várias vezes foi criticado pelos funcionários, Francisco Indeque avança que foi acordado a criação de uma linha editorial como forma de deixar os funcionários trabalharem livremente.

“Até os telespectadores provam que agora há uma melhoria. Mas o nosso problema é o governo deixar os funcionários da televisão trabalharem livremente”, diz.

Nas negociações o governo compromete-se em fornecer viatura para transportes do pessoal e dos computadores e Internet aos órgãos de comunicação social públicos guineenses, nomeadamente, a Radiodifusão nacional, a televisão da Guiné-Bissau, o jornal Nô Pintcha e a Agência Noticiosa da Guiné.

Os sindicatos reclamam, entre outros, melhores condições de trabalho e o fim da Censura na televisão da Guine Bissau. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Radiosolmansi

PAIGC comemora 61 anos - Alguns cidadãos responsabilizam o partido pela actual situação de crise política do país

Bissau,19 Set 17 (ANG) – Alguns cidadãos nacionais responsabilizam  o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) pela actual crise política do país, mas há quem considere que mesmo assim o partido pode mudar essa situação e criar condições para um novo arranque.

Ouvidos pela ANG no quadro da comemoração do 61º aniversário da criação desta formação política, o Administrador da Escola Comunitária de Plack 1 Cadjencal Alfredo Bitiba, o Farmacêutico, Samora Candé, a Contabilista Yocatânia da Silva e a estudante Aicha Sanhá afirmaram que o PAIGC é responsável por tudo o que está a acontecer neste momento, devido a sua incapacidade de resolver o seu problema interno.

O Administrador da Escola Comunitário de Plack 1, Cadjencal Alfredo Bitiba assegura que o PAIGC para além da independência política que deu ao povo guineense nada mais fez para desenvolvimento socioeconómico, em comparação com outros países, como Cabo-Verde, por exemplo.

As suas palavras foram reforçadas pelo Farmacêutico Samora Candé que disse que a actual situação é da inteira responsabilidade desta formação, porque não conseguiu encontrar solução, por aquilo que chamou de divergência de ideias, dos problemas transferidas para a Assembleia Nacional Popular (ANP) e que consequentemente determinara o derrube do governo.

Perante esta situação, na sua opinião, o Presidente do PAIGC deve pautar pelo interesse da maioria, neste caso do povo que nesta altura está a sofrer com a crise, apesar de ser o vencedor das eleições de 2014.

Por sua vez, a Contabilista Yocatânia da Silva disse que o PAIGC foi vencedor de várias eleições durante os 23 anos da democracia, mas nunca lhes deram a oportunidade de governar o país. 

Acrescentou que os libertadores são responsáveis pela  actual crise porque os mentores e as partes desavindas são membros e militantes do partido e não querem o bem desta nação.

No mesmo diapasão a estudante Aicha Sanhá disse que os libertadores é um grande partido, mas é o culpado pela actual crise. 

Disse que  espera que esta seja a última de todas as crises, e que o partido nunca teve a oportunidade de concluir o seu mandato.

 Afirma que apesar de a crise ser provocada pelo PAIGC, acredita que o partido vai ganhar as próximas eleições e criar condições para o arranque do país.   

O PAIGC celebra hoje em Gabú, no leste do país o seu 61º aniversário com actividades de caracter política, desportiva e cultural.

Foi a 19 de Setembro de 1956 que Amilcar Lopes Cabral e mais cinco camaradas fundaram, em Bissau, o PAIGC, que volvido sete anos organizou a luta armada que culminou com a indedència du jugo colonial portugues.  

ANG/JD /LPG/ÂC/SG