sexta-feira, 19 de abril de 2013

Últimas: António Indjai é formalmente acusado de conspiração narcoterrorista

A Agência Norte-Americana de Combate às Drogas (DEA) acusa formalmente o chefe de estado-maior das Forças Armadas guineenses de conspiração narcoterrorista.
Num press release tornado público hoje na capital Washington, António Indjai é identificado como o co-conspirador de um plano que prévia a intermediação das Forças Armadas guineenses num negócio de armas, nomeadamente mísseis terra-ar, para a guerrilha colombiana das FARC, que os EUA consideram de uma organização terrorista estrangeira.
António Indjai é indiciado de se ter para o efeito usado do seu poder e funções, para envolver o estado e as instituições guineenses num negócio de tráfico de armas – venda de mísseis terra-ar para uma organização terrorista estrangeira e narcoterrorismo e de conspirar para importar drogas para os Estados Unidos.
A “acusação de hoje reflecte o compromisso da DEA para garantir a segurança da nossa nação e proteger os nossos cidadãos”, disse administradora da DEA Michele M. Leonhart. Para ela, “essas acusações revelam como Indjai e o seu regime de terror têm ameaçado a segurança nacional dos EUA, do seu próprio país, e de todo o globo”.
Para a DEA, como chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai “teve acesso privilegiado aos instrumentos do poder nacional que fez dele uma figura significativa no comércio de drogas perigosas para a África Ocidental”.
O comunicado da DEA sublinha a parceria do alto oficial guineense com indivíduos que ele acreditava serem parte de uma organização terrorista como as FARC, o que terá permitido a Indjai “a expansão das suas actividades criminosas, com danos” imprevisíveis.
Assim, a DEA diz ter tomado uma acção decisiva contra “este narco-terrorista” [António Indjai] e a sua rede de facilitadores”.
E nas palavras da Procuradora dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, Preet Bharara, “tal como acontece com tantos funcionários supostamente corruptos, Indjai vendeu a si mesmo, usando o seu país por um preço”.
As acusações contra Indjai, juntamente com as recentes prisões dos seus alegados “co-conspiradores, desmantelaram uma rede de supostos narcoterroristas”, revela a DEA.
Sobre o general António Indjai recaem as seguintes acusações:
  1. Uma acusação de conspiração para se envolver em narco-terrorismo;
  2. Uma acusação de conspiração para distribuir cinco ou mais quilogramas de cocaína, sabendo ou pretendendo que a mesma seja importada para os Estados Unidos;
  3. Uma acusação de conspiração para fornecer apoio material e recursos para uma FTO (organização terrorista internacional);
  4. Uma acusação de conspiração para adquirir e transferir mísseis antiaéreas.
Recorde-se que as mesmas acusações recaem sobre Mamadi Mané e Saliu Sissé, outros detidos recentemente no âmbito da operação encoberta da DEA. Fazem também parte da lista dos detidos — mas com acusações diferentes — o antigo chefe da Marinha guineense, Bubo Na Tchuto, e cidadãos Papis Djemé e Tchamy Yalá.
Washington (18 de Abril de 2013)

U.S. Indicts Guinea-Bissau’s Military Chief in Drug Case

DAKAR, Senegal — The head of Guinea-Bissau’s armed forces, Gen. Antonio Injai, has been indicted by a federal grand jury in New York on cocaine and weapons-trafficking charges, the United States attorney’s office in Manhattan said Thursday, part of an ambitious American operation targeting some of the most powerful figures in a country long considered a major haven for drug smuggling.
According to the indictment, Mr. Injai told informants for the United States Drug Enforcement Administration, who were posing as rebels with the Revolutionary Armed Forces of Colombia, or FARC, that he was willing to store tons of cocaine and ship it to the United States. He is also accused of agreeing to buy weapons for the FARC, which is designated a terrorist organization by the United States.
Two weeks ago, an ally of his, the former head of Bissau’s Navy, was indicted on similar drug charges after being arrested in a sting off the coast of West Africa.
For years, Guinea-Bissau has been considered one of the world’s premier examples of a narco-state, one where the government hierarchy is deeply implicated in the drug trade. But the cases bring those longstanding assertions quite a step further, offering what prosecutors describe as clear evidence of official involvement in trafficking, and aiming to haul senior figures into court.
Unlike the former naval boss, who was lured into a fake meeting on the high seas to be arrested, Mr. Injai remains free in Bissau, the dilapidated capital of the small Western African nation, where he has helped lead two coups d'état in the last three years and is widely considered the real force behind the impoverished country’s nominal government.
In an interview last fall at the crumbling Portuguese colonial fort that serves as military headquarters in Bissau, the burly General Injai indignantly denied that he was involved in the drug trade. “Anybody who has the proof, present it!” he said at the time.
But during that same period, he was meeting with the D.E.A. informants, plotting the reception and shipment of tons of cocaine and weapons for the FARC, according to the indictment.
“The general agreed with the proposal to ship FARC cocaine to Guinea-Bissau for later distribution in the United States and to procure weapons for FARC, including surface-to-air missiles,” the indictment says. Mr. Injai also demanded, and later received, an upfront payment of 20,000 euros from the informants, and was well pleased with it, according to the indictment.
And he told the informants that he would shortly be discussing the plan with the president of Guinea-Bissau. In interviews last fall, officials with both the government and the military agreed that relations between the two were excellent.
On Thursday evening, the Guinea-Bissau government spokesman, Fernando Vaz, said of the indictment: “We don’t have any information on that. When we get the information, we will take a position.”
General Injai was expected to address the charges against him on Friday at a news conference in Bissau.
By ADAM NOSSITER
Published: April 18, 2013

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Colóquio sobre a «Extensão da Plataforma Continental da Guiné-Bissau»

                                                      
                                

 Vai decorrer o colóquio sobre a «Extensão da Plataforma Continental da Guiné-Bissau», esta sexta-feira, 19 de Abril, pelas 17.30 horas, no Fórum Picoas Plaza, em Lisboa.

O mar é um desígnio nacional cujo potencial será concretizado pela valorização económica, social e ambiental do Oceano e das zonas costeiras, para benefício de todos os guineenses.

Em 2009, a Guiné-Bissau conseguiu, com a assistência técnica do Reino da Noruega, apresentar informações preliminares sobre os limites exteriores da sua margem continental, às Nações Unidas.

Neste momento, coloca-se a questão da Extensão da Plataforma Continental para além das 200 milhas, documento a ser elaborado por uma equipa de peritos guineenses e noruegueses.

A concretização deste projecto permitirá responder aos desafios colocados para a promoção, crescimento e competitividade da economia do mar.

Neste pressuposto, a organização convida à participação activa na sua apreciação, pois com o empenho de todos será possível fazer do mar um desígnio nacional e renovar, assim, a identidade marítima da Guiné-Bissau.

A jornada temática pretende dar a conhecer, em primeira mão, todo o dossiê em causa, bem como as vantagens e potencialidades que este poderá trazer para o país.

O colóquio terá lugar no Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL), com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, do Centro de Informação Urbana de Lisboa, da CIDUCA (Cidadania Cultura e Educação), da Cidade de Rio Maior e do projecto Tchintchor – Promover a Guiné-Bissau Positiva

Lisboa (PNN, 15 de Abril de 2013) 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Audiência de Bubo Na Tchuto decorreu esta manhã em Nova Iorque

Defensora oficiosa do antigo chefe da marinha guineense recusa comentar o processo e diz que depois da audiência segue-se a fase de apreciação de provas
                                              

BISSAU — Os guineenses assistiram hoje com alguma expectativa o início júridico do julgamento do contra-almirante, José Américo Bubo Na Tchutu, preso pelas autoridades americanas, sob acusação de envolvimento no tráfico internacional de droga, de armas e de ter assassinado um agente norte-americano.
Basta dizer que os contornos da apreensão e julgamento de Bubo Na Tchutu prometem apresentar perspectivas e um quadro de crispação interna muito preocupante.
·         Audiencia de Na Tchutu

Isto, dias depois do Ministro do Interior, António Suca Ntchama, ter exonerado o Director dos Serviços de Informação do Estado, Serifo Mane, cujas relações não têm sido boas nos últimos tempos, conforme informações apuradas pela Voz de América.


Nada ainda se sabe sobre as razões profundas da demissão de Serifo Mane. Mas, verdade é que muitas vozes, dentro do Governo e de outras estruturas do poder, têm questionado de como é possível que agentes americanos desenvolveram e executaram uma operação desta magnitude, a de apreensão de Bubo Na Tchutu, sem que seja do conhecimento dos serviços da inteligência guineense.
Aliás, dentro das estruturas militares, há quem defenda que os americanos tiveram um empurrãozinho e colaboração de alguém em virtude das divergências que Na Tchutu apresentava com algumas altas patentes da estrutura militar guineense.

Em face ainda deste cenário, envolvendo o Presidente de Transição e o Chefe do Governo, ambos citados pelas agências internacionais, informações disponíveis indicam que o Estado-maior General das Forças Armadas emitiu um despacho, no qual proíbe a deslocação de qualquer oficial militar para o interior ou exterior do país, sem a autorização prévia do Ministro da Defesa, e no caso de oficiais paramilitares, sem a autorização do titular do Interior. Esta medida, considerado de sobreaviso, propõe conter prováveis ou eventuais detenções de mais outros possíveis visados militares ou paramilitares, tal como aconteceu ao almirante José Américo Bubu Na Tchtu.
De referir, entretanto, que o Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do Governo de Transição, Faustino Fudut IMBALI, encontra-se em Dakar, Capital senegalesa, devendo seguir mais tarde para a Costa do Marfim e a Nigéria.
Aos jornalistas, afirma que a viagem visa informar da situação política vigente, sobretudo quando o país está na fase final do seu período de transição e quando o processo da reforma no sector da defesa e segurança entra numa etapa de execução, sob financiamento da CEDEAO.

Fudut Imbali é portador de uma mensagem do Presidente de Transição, Manuel Serifo NHAMADJO, aos seus homólogos, isto numa altura em que o próprio chefe de Estado de Transição é citado como uma das figuras supostamente envolvidas com o mundo de narcóticos, nomeadamente na aludida operação que resultou na captura de Bubu Na Tchutu.
E, justamente, sobre este particular, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, "não tem dúvidas que tudo não passa de insinuações e que estas mesmas informações são falsas e sem fundamento", fim de citação.

Lassana Casamá
15.04.2013

Violações de direitos humanos ameaçam democracia em Angola - ONG

Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos exige explicações sobre desparecimentos de activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule

                                   

Mário Domingos, organizador de uma a manifestação de 10 de Março , após ter sido agredido por desconhecidos em Luanda
O Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos (CCDH) considerou Segunda-feira em Luanda que os casos de violação dos direitos fundamentais dos cidadãos constituem um obstáculo, para a consolidação da democracia e da paz em Angola.



O coordenador adjunto do CCDH, Lauriano Paulo fez esta afirmação quando apresentava publicamente o balanço dos encontros mantidos com as instituições do executivo angolano, nomeadamente a  presidência da república, a provedoria, e ainda os ministérios da justiça e do Interior a quem apresentou as seguintes inquietações.

"Supostas mortes de cidadãos no Cacuaco, agressões a cidadãos presos na cadeia de Viana, a corrupção, as demolições de casas e deslocamento forcados de famílias" são algumas das violações mencionadas pelo conselho

O CCDH instou o executivo a explicar onde andam os dois activistas cívicos desaparecidos há um ano.

"Que o executivo esclareça o desaparecimento dos cidadãos Alves Kamulingue e Isaias Cassule," disse este activista.

Outra preocupação colocada ás autoridades do estado prende-se com o direito à manifestação e de reunião, garantido na Constituição angolana, artigo 47 e que, segundo disseram,  é constantemente atropelado pelo executivo.

Convidado à conferencia, o assistente da Embaixada Norte Americana em Angola, o especialista em politica Zeferino Teka pensa que a luta pelos direitos humanos 'è um processo e que o país está no caminho certo.

"Pesa-nos quando assistimos as realidades sobre violações de direitos humanos acontecerem mas acreditamos que é um processo continuo," disse
 

Bubo Na Tchuto volta ao tribunal americano em Julho

                                    

O antigo chefe da Armada da Guiné-Bissau, José Américo Bubo Na Tchuto, acusado de tráfico de droga ,tendo também como alegado destino os Estados Unidos, compareceu esta segunda-feira no Tribunal de Nova Iorque, na audiência onde alegou não ter meios para contratar um advogado privado. 

Os guineenses Bubo Na Tchuto, Papis Djeme e Tchamy Yala compareceram nesta segunda-feira no Tribunal de Nova Iorque para responderem à acusação de conspiração de importar droga rumo aos Estados Unidos. Os suspeitos arriscam-se a ser condenados a penas de prisão que se poderão estender até à prisão perpétua.

O caso está a ser conduzido pelo juiz Richard Berman recorde-se que tinham sido detidos por forças americanas no passado dia 5 de Abril, em águas internacionais, perto de Cabo Verde, e foram extraditados para os Estados Unidos.

O embaixador da Guiné-Bissau para a Organização das Nações Unidas, João Soares da Gama, presente ontem em tribunal, em entrevista a Miguel Martins, afirmou não ter possibilidade para contratar um advogado privado para o antigo chefe da Armada guineense.

Seguem-se, agora, 60 dias para analisar as provas recolhidas, a próxima audiência está prevista para o próximo dia 25 de Julho.
RFI

África21 entrevista José Ramos-Horta, representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau

                                     
                                  

"A chave do futuro do país está nas mãos do povo e dos seus líderes. Hoje têm uma oportunidade única de ultrapassar os erros do passado e de procederem a um virar de página", diz Ramos Horta em entrevista à revista África21.
Brasília - O diplomata timorense está ciente das dificuldades da sua missão, mas acredita que desta vez, com maior implicação da comunidade internacional, o país poderá virar a página da violência e da instabilidade. Com a condição das elites políticas guineenses se entenderem e aceitarem a ideia de um Governo inclusivo após as eleições gerais.

África21 Já fez mais de um mês na Guiné-Bissau e ouviu os protagonistas. Quais são as suas impressões?

JOSÉ RAMOS-HORTA - A chave do futuro do país está nas mãos do povo e dos seus líderes. Hoje têm uma oportunidade única de ultrapassar os erros do passado e de procederem a um virar de página. Estou relativamente otimista, que com mais diálogo, com mais concertação com a ONU e desta com os outros parceiros internacionais, encontraremos uma estratégia comum para retirar a Guiné do ciclo de violência e de instabilidade.

A situação guineense não é assim tão complicada, comparada com o Mali e a Somália. Depois da minha primeira semana de encontros em Bissau, em todas as capitais onde a seguir estive para harmonizar posições com os outros parceiros, constatei uma real vontade de apoiar a Guiné-Bissau.

O secretário-geral das Nações Unidas, mesmo com as sérias preocupações relativas ao Afeganistão, Síria, Mali e à RD do Congo, ainda arranja tempo para procurar uma solução para a crise guineense.
Tenho a sensação que os principais atores da crise, a classe política e os militares, parecem cansados e desgastados por estes constantes problemas. Assim, creio que a Guiné-Bissau possui um grande potencial para se tornar um oásis de paz e de prosperidade na sub-região.

É certo que as suas Forças Armadas são pobres e desorganizadas e que o Estado é frágil e minado pelo narcotráfico, mas não enfrenta um conflito étnico-religioso nem a violência existente na Líbia ou no Mali.

Vamos intensificar o diálogo e pensamos lançar os fóruns SRSG, isto é, debates temáticos promovidos pelo representante especial do secretário-geral das Nações Unidas sobre questões como a reforma e modernização das forças de Defesa e Segurança ou o papel da sociedade civil na democracia.

Tencionamos ainda propor uma sessão aberta, em que queremos desafiar os guineenses a encontrarem um tema da sua escolha, algo nobre, consensual e com capacidade mobilizadora, como foi a luta de libertação nacional. Cabe agora aos intelectuais refletirem sobre esta proposta.

O que acha da iniciativa de colocação dum representante da CPLP em Bissau?

Se a comunidade lusófona for coerente com a preocupação que manifesta com a crise e quiser ser solidária com o país, convinha de facto ter cá alguém. Por exemplo, uma personalidade de elevado perfil, ex-governante ou um general na reserva, disponível para assistir o país até à sua estabilização.

Apesar da atual tensão com a Guiné-Bissau, a CPLP tem uma simpatia genuína pela Guiné-Bissau e alguns dos seus membros, como Brasil, Angola e Moçambique, têm recursos suficientes para sustentar este posto.

Eu é que convidei o embaixador Murargy para vir tomar parte na reunião de reflexão e de concertação dos parceiros, incluindo os bilaterais, como Espanha, China e Rússia, a fim de adotarmos uma posição conjunta sobre o calendário político da transição, designadamente a questão da formação do Governo alargado. Cada parceiro identificará a área em que focalizará o seu apoio.
                                        

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fórum de Partidos da Guiné-Bissau quer brevidade nas eleições mas aponta 2014

                                    

O Fórum dos Partidos Políticos da Guiné-Bissau que apoiam o Governo de transição defende a realização de eleições “com a maior brevidade política”, mas considera que as mesmas terão de ocorrer em 2014.

Um ano depois do golpe militar que derrubou os governantes eleitos na Guiné-Bissau as eleições deveriam estar já com data marcada, visto que o período de transição foi marcado para terminar em maio. O período de transição foi prolongado entretanto até final do ano, período durante o qual a comunidade internacional quer que se realizem eleições.

Num comunicado divulgado hoje, o Fórum, que agrupa a maior parte dos partidos da Guiné-Bissau (a grande maioria com pouca expressão eleitoral), defende que o cronograma das eleições (que ainda não existe oficialmente) “deve de ser extensivo ao ano de 2014”.

O comunicado justifica a sugestão afirmando que a época das chuvas começa em maio e prolonga-se até outubro, altura em que não se pode fazer o recenseamento eleitoral. “Os procedimentos no terreno iniciar-se-iam apenas em novembro de 2013 e será que num mês seria possível realizar eleições?”, questiona o Fórum.

No comunicado, os partidos perguntam ainda quando estará disponível o financiamento externo para as eleições, quando se iniciam as reformas legislativas necessárias, quando é que serão empossados os membros das comissões nacionais e regionais de eleições, e quando é que se inicia o recenseamento eleitoral.

“São estas e mais perguntas que os defensores da realização das eleições em 2013 deveriam de esclarecer ao povo guineense”, diz o comunicado, que reafirma a defesa da criação de uma Comissão Multipartidária e Social de Transição.

Essa Comissão deverá juntar partidos, sociedade civil e castrense, órgãos de soberania e parceiros internacionais, e destina-se a encontrar “um consenso nacional” para que não se repitam situações de instabilidade no futuro.

As competências da comissão, diz o comunicado, não colidiriam com as da Assembleia Nacional Popular, ou a sua substituição ou dissolução.

Bissau (Lusa, 13 de Abril de 2013)   

Augusto Mansoa: "Carlos Gomes Júnior acusado de crime de sangue não tem lugar num governo"

Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Miguel Martins/RFI
Texto por: João Matos  RFI

Um ano depois do golpe militar na Guiné Bissau, a 12 de Abril, continua a haver reacções e comentários de personalidades ligadas ao mundo da política, diplomacia e sociedade civil guineense.

O médico guineense radicado em Portugal, Augusto Mansoa, dirigente associativo em Lisboa, reage a este aniversário do golpe militar, à prisão de Bubo Na Tchuto, pelas autoridades americanas e ao futuro da Guiné Bissau que tem de passar pelo diálogo entre todos os quadrantes da sociedade guineense.

Em relação à formação de um governo de inclusão de todas as partes, o médico Augusto Mansoa, está de acordo, mas sem a participação de pessoas como o antigo Primeiro Ministro deposto Carlos Gomes Júnior, que segundo ele "é acusado de crime de sangue numa série de assassinatos antes dele ter sido destituído".


Entrevista ao médico guineense Augusto Mansoa  AQUI

sábado, 13 de abril de 2013

Veja as mais bizarras fotos de gestantes!

Quando uma mulher está grávida, ela fica toda cheia de vontades. As gestantes das fotos que você vai ver aqui ficaram com vontade de passar ridículo e, nessa brincadeira, elas tiraram a barriga da miséria
     E os meninos ganharaaaaaaaaaam!
                                                    
    Peraí... Quem é que tá esperando esse bebê?
                                         
A pose é legal, os pais estão apropriadamente vestidos, as botinhas também são maneiras, mas... Por que pantufas eles resolveram tirar a foto aí?
                                                     
É cara da mãe, não é?
                           
 Ele ainda não sabe quem é o pai!
                                 
    Saiu um dedinho ali!
                                          
    Ela quer dizer: "Meu filho é espada, pô!"
                              
     E o cachorro ali, pensando que vai ganhar comida!
                                              
     Ai que fome que dá!                                                   
                                                 
Camaradinha, a gente lamenta informar, mas esse não é o lugar certo pra mamar

EUA deveriam enfraquecer TV norte-coreana para evitar guerra, dizem especialistas

Prejuízos de um confronto direto na península coreana poderiam ser evitados se Kim Jong-un perdesse força dentro do país

Um confronto direto entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul teria um alto custo financeiro para ambos os lados e poderia matar milhares de militares e civis. Mas uma guerra como essa pode ser evitada, de acordo com especialistas entrevistados pelo R7, se o foco das ações da Coreia do Sul e de seus aliados fosse "atacar" a principal arma nas mãos do líder Kim Jong-un: o sistema de comunicação do país e a propaganda do governo.
Para o especialista em relações internacionais Diogo Costa, professor do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), se a população norte-coreana fosse alertada sobre como a propaganda do governo molda e censura a realidade no país, essa massa poderia se tornar uma aliada para pressionar o regime comunista a parar com as ameaças contra o Sul e os Estados Unidos.
— Eu apostaria que existe gente dentro do Pentágono que tem essa compreensão, que, se eles não lutarem uma guerra de informação, eles vão multiplicar os custos da guerra.
Bombas atômicas da Coreia do Norte ainda são mais fracas que as de Hiroshima e Nagasaki
Em pé de guerra, países da Ásia contam com mais de 500 ogivas nucleares
Para o professor Costa, a propaganda é o pilar de sustentação do governo na Coreia do Norte. Sendo assim, o principal alvo a ser atingido seria o sistema de comunicação do país, formado pela agência de notícias KCNA e pela KCTV. Os Estados Unidos deveriam “capturar a transmissão da TV norte-coreana e passar uma mensagem para que as pessoas saibam qualquer coisa, porque elas não sabem nada”, disse Costa ao R7.
— Você tem gerações [de norte-coreanos] que estão vivendo uma mentira. Quando eles entrarem em contato com as maravilhas do mundo moderno, será uma transformação cultural sem precedentes.
Dessa forma, os Estados Unidos estariam “atacando” internamente a ideologia dos norte-coreanos, que idolatram os três governantes da família do atual líder Kim Jong-un, que sucede seu pai e avô no poder.

— A revelação do que é a vida fora da Coreia do Norte seria inicialmente um Armagedon bíblico [para os norte-coreanos]. Uma concretização da profecia de Kim Jong-il, de que os Estados Unidos e o Japão queriam matá-lo. Mas depois disso, eles entenderiam que estavam vivendo em uma realidade criada pelo governo.

EUA nunca vão aceitar Coreia do Norte como potência nuclear, diz secretário de Estado norte-americano
Japão está pronto para responder "a qualquer tipo de cenário" na Coreia do Norte

Marcelo Suano, diretor do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais, acredita que Kim Jong-un precisa manter o discurso forte para sustentar seu poder diante dos norte-coreanos e “garantir o controle das forças armadas e das lideranças militares [do país], que são muito mais velhas e questionam a autoridade de um indivíduo, que é um garoto”.
Suano também acredita que uma forma de evitar o confronto direto seria “os Estados Unidos usarem o serviço de inteligência do Estado para disseminar informação” aos norte-coreanos. Mas o especialista lembra que, muito além de tomar as transmissões da KCNA, os americanos teriam que manter esse controle até que o regime de Kim Jong-un fosse desestabilizado.
— Se o governo retomasse [rapidamente] as transmissões, iriam passar a ideia de que há mesmo uma intervenção estrangeira querendo se meter na Coreia do Norte.

A tensão na península coreana foi originada, em fevereiro deste ano, pela realização de um teste nuclear no Norte, condenado por muitos países e pela Organização das Nações Unidas (ONU). Após o teste, a ONU impôs uma série de sanções ao Norte, que, por sua vez, subiu o tom de ameaças, levantou o armistício de 1953 e declarou “Estado de Guerra” ao Sul. A consequência foi uma escalada militar na Àsia, com demonstrações militares do Sul e a implantação de sistemas de defesa por Japão e EUA. Os aliados da Coreia do Sul esperam para os próximos dias que o Norte realize mais um teste de míssil, o que agravaria ainda mais as tensões.

Avião com 172 passageiros sai da pista em Bali e pousa na água

   
Avião pousa na água após ultrapassar pista na ilha da indonésia de Bali neste sábado (13) TV One/AFP

Um avião da companhia aérea Lion Air com cerca de 172 passageiros a bordo aterrissou no mar neste sábado (13) após ultrapassar a pista do aeroporto da turística ilha indonésia de Bali, informou o canal de televisão local MetroTV.
Segundo a emissora, todos os passageiros e a tripulação sobreviveram ao acidente. O Boeing 737 que saiu  de Bandung, na vizinha ilha de Java, deveria aterrissar no aeroporto internacional de Denpasar às 15h local (4h de Brasília), mas ultrapassou a pista. Os motivos ainda são desconhecidos.
As primeiras imagens do acidente mostram uma fratura na fuselagem à altura das asas do avião, que ficou boiando a cerca de 200 metros do final da pista de aterrissagem.
O chefe da Polícia de Bali, Arif Wahyunadi, disse à emissora local One TV que todos os passageiros e membros da tripulação foram resgatados e levados ao terminal do aeroporto para serem examinados.
Pelo menos dez passageiros foram conduzidos a um hospital para receber atendimento por causa de ferimentos

sexta-feira, 12 de abril de 2013

MANDATO DA UNIOGBIS

                              

Mandato (2012)

O Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, UNIOGBIS, foi criado pelo Conselho de Segurança da ONU através da sua resolução 1876 (2009) por um período inicial de 12 meses, a contar de Janeiro de 2010, e foi prolongado até 31 de Dezembro de 2011, através da resolução 1949 (2010) do Conselho de Segurança. O mandato da missão foi novamente estendido pela resolução 2030 (2011) por um período adicional de 14 meses até 28 de Fevereiro de 2012.

A missão tem por mandato:

- Assistir a Comissão para a Consolidação da Paz no seu trabalho de abordagem das necessidades essenciais para a consolidação da paz na Guiné-Bissau;

- Reforçar as capacidades das instituições nacionais por forma a manter a ordem constitucional, segurança pública e o completo respeito do Estado de Direito;

- Apoiar as autoridades nacionais a estabelecer políticas e sistemas de aplicação da lei e da justiça criminal efetivos e eficientes;

- Apoiar um diálogo político e o processo de reconciliação nacional;

- Disponibilizar apoio estratégico e técnico, e assistência ao Governo da Guiné-Bissau no desenvolvimento e coordenação da implementação das reformas do setor da segurança;

- Ajudar as autoridades nacionais a combater o tráfico de drogas e o crime organizado, bem como o o tráfico de seres humanos, principalmente o tráfico de crianças;

- Apoiar os esforços nacionais no sentido de conter a proliferação de armas ligeiras e de pequeno calibre;

- Promover, proteger e monitorar o respeito pelos direitos humanos e apoiar a institucionalização do Estado de Direito;

- Integrar a perspetiva do género no processo de consolidação da paz, em consonância com as resoluções 1325 (2000) e 1820 (2008) do Conselho de Segurança;

- Reforçar a cooperação com a União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa e demais parceiros nos seus esforços para contribuir para a estabilização da Guiné-Bissau;

- Ajudar na mobilização de assistência internacional.


http://uniogbis.unmissions.org/Default.aspx?tabid=10171&language=pt-PT

Presidência Republica desmente sua ligação com droga


A Presidência da República de transição da Guiné-Bissau apelidou hoje de "informações criminosas, porque falsas e caluniosas", notícias sobre o alegado envolvimento do Presidente e do primeiro-ministro em questões relacionadas com tráfico de droga. 

Alegados traficantes de droga guineenses detidos nos Estados Unidos terão dito, no âmbito do processo que levou à sua captura pelas autoridades norte-americanas, que tinham ligações com o Presidente e o primeiro-ministro de transição e que os mesmos estavam a par da operação de tráfico de droga. 

Um dia depois de o Governo já ter desmentido qualquer ligação, a Presidência da República fez hoje um comunicado no qual repudia tais notícias. 

O Presidente, Serifo Nhamadjo, garante e reafirma ao país e à comunidade internacional que nada "o fará desviar, o mínimo que seja, dos nobres, honrosos e patrióticos compromissos que perante o mundo assumiu para com o país, de concentrar todas as suas energias e capacidades, para levar a bom termo o mandato de transição em que está investido, como o mais alto magistrado da nação guineense", diz o comunicado. 

No mesmo documento, o Presidente alerta a comunidade internacional de que "é de esperar que estas insidiosas e criminosas campanhas não irão parar por aqui, antes pelo contrário, tenderão, por desespero da causa, a recrudescer à medida que o país vai progredindo rumo a normalidade institucional". 

A Presidência diz que não voltará a falar do assunto, sejam quais forem "as provocações e as atoardas que os adversários venham a intentar". 

 Radio Sol Mansi