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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Resgate dos Bancos vs eminente fecho de BDU Bissau

Para um bom entendedor basta uma meia palavra. Guineenses já começaram a sentir o real impacto daquilo que é a pior decisão de um governo a nível mundial.

O governo de PAIGC liderado pelo próprio Presidente de Partido, Domingos Simões Pereira, decidiu comprar creditos de alguns empresários Guineenses e, chamaram isso de “RESGATE AOS BANCOS” e as consequências estão visíveis.

O Presidência de Conselho de Administração do Banco... do Desenvolvimento de Mali e, cujo BDU Bissau é uma das sucursais, esta em Bissau para pedir a intervenção das autoridades Guineenses como forma de salvar iminente fecho de BDU.

A imprensa Guineense testemunhou o encontro que o PCA do Banco de Desenvolvimento de Mali (BDM) teve com o Presidente da Republica, José Mário Vaz.

Em causa esta o famoso e escandaloso resgate dos Bancos e que prejudicou o Banco em 3 mil milhões de francos CFA ou seja 3 MILLIARDS (francês).

Este negocio que esta na iminência de por em causa a continuidade das operações de BDU na Guiné-Bissau, e mandar centenas de chefe de família para desemprego, teve como beneficiários apenas três pessoas que continuam a ostentar riquezas perante uma impunidade total:

Domingos Simões Pereira

Geraldo Martins


Carlos Pinto Pereira


A maior “bandidagem” na historia da Economia da Guiné-Bissau protagonizado pelas figuras que ainda continuam a achar que são melhores de todos e so eles podem e devem ser.

Grande verdade é que o Banco esta na iminência de fechar as portar por causa desta fatídica operação, os empresários continuam cómodos sem pagar créditos e os protagonistas pelo negócio estão mais ricos com valores transferidos para europa.
VOCES SAO BANDIDOS E TEEM VERGONHA

Publicada por didi lopes à(s) 17:51 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Guiné-Bissau: PGR pede levantamento da imunidade parlamentar de Domingos Simões Pereira

 Domingos Simōes Pereira

Com voaportugues.com

Em causa o conhecido caso "Resgate", que supostamente envolve membros do antigo Governo do PAIGC

A Procuradoria-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau pediu à Assembleia Nacional Popular (ANP) o levantamento da imunidade do deputado Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, para responder sobre o conhecido “caso Resgate”, que investiga uma alegada corrupção no Governo do partido dos libertadores.

A informação foi avançada pelo Gabinete de Comunicação da ANP.

A reunião de conferência de líderes parlamentares que deve decidir o assunto prevista para esta quinta-feira, 17, foi, entretanto, adiada para a próxima terça-feira, 22.

O pedido de levantamento da imunidade do presidente do principal partido da oposição acontece nas vésperas do X Congresso do PAIGC, que devia começar nesta quinta-feira, mas foi adiado para 10 a 13 de Março devido às restrições impostas pelo combate à covid-19.

Em Junho de 2017, o Ministério Público (MP) concluiu as investigações relacionadas com o caso conhecido como “Resgate”, um processo que envolveu a licença de bancos comerciais e no qual estariam implicados os Ministérios da Economia e das Finanças, do então Governo do PAIGC.


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sexta-feira, 9 de março de 2018

Braima Camará: “RESGATE FINANCEIRO É OPERAÇÃO MAIS CORRUPTA DESTE PAÍS COMETIDO POR DOMINGOS SIMÕES PEREIRA”

[ENTREVISTA 2/2] O Coordenador do Grupo dos 15 deputados expulsos da fileira do Partido Africado da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Braima Camará, afirmou que o “resgate financeiro é a operação mais corrupta na história deste país cometido por Domingos Simões Pereira e Geraldo Martins”, quando tiraram, de acordo com o político e empresário, bilhões de francos CFA nas costas dos filhos desta terra. O deputado assumiu na entrevista ao nosso semanário, que é um dos maiores devedores dos bancos da Guiné-Bissau, mas garantiu que não precisa de ajuda do executivo daquela forma.

“Eu Braima Camará, sou maior devedor dos bancos. Contraio as minhas dívidas entregando o meu património. O banco não dá dinheiro à ninguém, apenas por gostar dele. O Governo de Domingos Simões Pereira, com a cumplicidade corrupta de Geraldo Martins, decidiu substituir o sector privado, com o intuito de passar a imagem de que estão a ajudar o sector, mas isso não corresponde à verdade. Fizeram essa operação desastrosa, porque foram buscar três bilhões e meio de francos CFA, que corresponde a cinco milhões de Euros e dividiram o dinheiro entre si”, assegurou.

Sobre as sanções aplicadas pela CEDEAO, revelou que as pessoas fizeram questão de colocar o nome de atual Procurador-Geral da República na lista de sanções apenas para bloqueá-lo e impedindo-lhe de avançar ou investigar o caso de resgate financeiro, que envolve Domingos Simões Pereira e membros do seu governo.

Relativamente as informações veiculadas que Cipriano Cassamá poderá vir a apresentar-se como candidato do partido libertador ao cargo do Presidente da República, Braima Camará diz que o atual presidente do parlamento guineense não tem condições para exercer a função do Chefe de Estado da Guiné-Bissau.

“Cipriano Cassamá, algum dia como o Presidente da República! Cipriano? Nem sequer chegaria a um por cento de votos, se concorrer. Bom, no atual estatuto do PAIGC é o Domingos quem vai indicar o nome de quem será o candidato do partido às eleições presidenciais”, lembrou o deputado, que entretanto avançou que “Domingos Simões Pereira é o novo dono do PAIGC, ele conseguiu ter o poder que nem o ‘Nino’ Vieira, que era chefe da guerra, tinha”, criticou.

O Democrata (OD): O programa maior teorizado por Amílcar Cabral continua a ser uma mera miragem. O país continua a fazer parte da lista dos países mais pobres do mundo. Entre vários factores desse recuo, muitos apontam o falhanço ético e moral da classe política. Concorda?

Braima Camará (BC): Não… nem tudo foi mau, como se pode notar. O programa menor que era a luta pela independência foi cumprido. É uma conquista que orgulha todos os guineenses, mas custou vida, sangue e suor dos nossos combatentes. Hoje, eu, Braima Camará, sou empresário de sucesso graças aos esforços desses combatentes que lutaram pela liberdade do país e permitir-nos viver tranquilamente.

É verdade que o programa maior que é o desenvolvimento não foi ainda cumprido. Não podemos dizer que depois da independência foi tudo mau, não! Isso não corresponde à verdade, porque conseguimos dar muitos passos importantes. Concordo que há muita coisa para fazer no sentido de desenvolver este país, mas é necessário que façamos um trabalho sério com pessoas honestas nas rédeas do poder e que pensam no bem-estar do povo e da Guiné-Bissau, sobretudo pessoas que já serviram o país em diferentes sectores e que já deram provas das suas capacidades.

Temos um Estado muito virgem que ainda nem sequer chegou aos 50 anos. Por isso devemos acreditar na nossa capacidade do que podemos desenvolver este país com trabalho e seriedade.

OD: A luta constante pela liderança do PAIGC e consequentemente controlar o país deixa o país de rastos…

BC: A Guiné-Bissau não pode ser refém do PAIGC! Cabe aos guineenses encontrar uma alternativa do poder ao PAIGC nesta terra…

OD: Reconhece que cada vez que o PAIGC tem problemas e a mesma crise interna acaba por atingir as instituições do país?

BC: Isso é uma teoria de que todos nós falamos, mas não deve ser assim, porque realmente o país não pode e nem deve ficar refém do PAIGC. Agora depende dos guineenses, porque agora felizmente, estamos a boca das urnas.

OD: Botche Candé é responsável pela sua derrota em Cacheu?

BC: Não foi Botche Candé, mas sim Deus! Ninguém podia fazer-me vencer ou perder Congresso de Cacheu, se Deus não quisesse. O Botche não foi responsável pela minha derrota no VII Congresso Ordinário de Cacheu, foi sim culpado pela vitória de Domingos Simões Pereira.

Eu dei um grande contributo para a democracia guineense. Vou ficar ligado à história pela positiva, porque consegui provocar pela primeira vez na história da Guiné-Bissau, uma mudança geracional na classe política interna no PAIGC. Aquilo para mim foi um ganho grande, mas infelizmente o Domingos não soube traduzir isso em ganhos reais para o bem do nosso partido.

OD: Não está arrependido hoje?

BC: Eu não me arrependo! Porque agi de consciência tranquila. Penso antes de agir ou tomar qualquer decisão. Eu não estou arrependido de nada que fiz dentro do PAIGC. Estou orgulhoso e feliz, porque dei a minha contribuição…

OD: Braima Camará consegue ver mesmo o PAIGC na oposição?

BC: Sim… é bom que fique claro, não é o PAIGC, mas sim o Domingos. Porque eu, esteja onde estiver, vou sempre defender os valores do PAIGC. Quem vou ver na oposição é o Domingos Simões Pereira, como ele está agora. Ele vai continuar na oposição eternamente.

OD: Como pensa defender os valores do PAIGC, se agora não está no partido?

BC: Acha que o Domingos representa os valores do PAIGC mais do que o Comandante Manuel Saturnino da Costa? Acha que o Domingos se fosse um homem minimamente decente, iria expulsar Manuel Saturnino do PAIGC, Luís Sanca, Hadja Satu Camará!? Temos uma cultura de respeitar os mais velhos nesta terra, sobretudo as pessoas que deram as suas vidas para o partido e que lutaram para a libertação do país.

Não consigo entender até agora a atitude de Domingos Simões Pereira. Ele mostrou claramente que não tem esse valor de respeitar os mais velhos. É bom que fique claro que o PAIGC unido é mais forte. Um PAIGC dividido não vale, mas se alguém assim o quiser, então que assuma a sua responsabilidade perante o povo e a história.

OD: Braima Camará é tido como um adversário político feroz de Simões Pereira. A que se deve a vossa disputa?

BC: A nossa visão é completamente diferente! Eu defendo a ideologia política da esquerda. Eu sou socialista e filho de um revolucionário, um veterano de guerra de luta de libertação nacional. Sou revolucionário de esquerda, portanto nasci e cresci com o sentido de patriotismo. Domingos é da direita, é fascista e capitalista…

Neste momento correu com todos os antigos combatentes da liberdade da pátria das estruturas do partido. Foi importar quadros para meter na direção superior do PAIGC! Domingos não aceita o contraditório. Não aceita o debate de ideologia política no seio do partido. É debate interno que ele chama de indisciplina partidária!

As nossas visões ou maneiras de fazer política, de estar na política são completamente diferentes. Eu defendo a democracia interna no partido, que as pessoas sentem-se a vontade para debater matérias ou projetos políticos para o bem do PAIGC e da própria Guiné-Bissau. Infelizmente, ele não suporta o debate de projetos políticos e por isso correu com os dirigentes que jamais aceitariam submeter-se ou deixá-lo instalar a ditadura e tornar-se num super-homem no PAIGC.

OD: Quem são os quadros importados para as estruturas do partido?

BC: Vai pedir a lista dos órgãos do partido, designadamente do Bureau Político e Comité Central e ai verá quantas pessoas entraram para aqueles órgãos…

OD: É verdade que a questão do terreno da lagoa de “N’batonha” é uma das causas do diferendo entre Braima Camará e Domingos Simões Pereira…

BC: Se calhar o Domingos ficou com certa inveja do meu sucesso empresarial. Sente-se incomodado com o meu sucesso, mas eu sempre dei-lhe oportunidades. Ele confiscou-me esse terreno, que eu comprei em hasta pública em 1999, numa soma estimada em 120 milhões de Francos CFA, junto da Câmara Municipal de Bissau. Comprei esse terreno à Empresa Arezki e de outros empresários que também queriam aquele terreno.

Eu era na altura o cliente do Banco “Santander TOTA”. Tinha uma conta corrente de cinco milhões de dólares. O Banco disse-me, Braima vai lá e mesmo se custar um milhão de dólares, vai pagar e fica com o dinheiro. Foi assim que comprei esse terreno, mas o Domingos roubou-me e colocou o pilar no terreno e nem sequer informaram-me alguma coisa da decisão de quererem ficar com o terreno.

OD Não foi à justiça para reclamá-lo de volta?

BC: Até hoje não fui à justiça. Eu não falei nada, nem pó, nem pedra, sobre este assunto. A certeza que tenho é que o Estado da Guiné-Bissau vai pagar-me até cair de lado. Estamos no estado de direito democrático. O terreno é meu. Comprei-o em hasta pública, portanto ninguém pode roubar-mo daquela forma, sem me informar de nada. Querem humilhar-me!…

Sou um cidadão nacional, ciente daquilo que se pode fazer. Mesmo este hotel, se o Estado o quiser ou quer este espaço, basta comunicar-me e explicar a razão, depois fazemos as contas para me indemnizar. Mesmo que o Estado queira a casa onde moro, a única coisa é comunicar-me para negociarmos e mais nada. Agora roubar-me o terreno daquela forma, é simplesmente uma humilhação.                

OD: Então, a disputa com Domingos Simões Pereira era para o controlo do partido. Ou tem a ver com a questão do dinheiro do FUNPI, como se diz?

BC: Eu sou o promotor do projeto denominado do Fundo Nacional de Promoção Industrial (FUNPI). Não há mais ninguém na Guiné-Bissau que tenha a legitimidade moral e política de falar desse fundo, porque é meu projeto. Eu fui eleito na Câmara do Comercio, Indústria Agricultura e Serviços, já com o FUNPI elaborado como projeto. Não é nada de dinheiros…

Aquando do levantamento militar de 12 de Abril de 2012, eu era o co-assinante das contas do FUNPI. Eu e o atual Presidente da República, José Mário Vaz, que na altura exercia a função de ministro das Finanças. Tínhamos na conta mais de oito bilhões de Francos CFA. Foi graças ao dinheiro do FUNPI que o Governo de Transição conseguiu pagar todas as dívidas aos professores naquele período.

Conseguiu ainda manter o funcionamento dos hospitais e pagar todas as dívidas externas da Guiné-Bissau na altura. Se eu realmente quisesse aquele dinheiro, tinha a possibilidade de levantá-lo todo, porque era eu e José Mário Vaz. Não mexemos em nenhum franco…

O General António Indjai, que era Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, está de vida e pode confirmar essa informação. António Indjai chamou-me uma vez com o meu vice-presidente, o falecido Abel Incada, na presença do Ex-primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros. Pediu-nos que levantássemos o dinheiro e que o entregássemos ao governo para pagar o salário dos funcionários públicos. Recusamos categoricamente e dissemos aos militares que o dinheiro era para o investimento em projetos de desenvolvimento do setor privado.

Quero esclarecer aqui uma coisa. Quando candidatei-me à liderança do partido (PAIGC), suspendi a minha assinatura e indigitei o meu primeiro vice-presidente, Abel Incada. Depois do congresso de Cacheu e com o PAIGC no poder, Domingos disse que o dinheiro do FUNPI era dinheiro de Estado e que a Câmara do Comércio não podia fazer parte das assinaturas.

Revogou a assinatura junto do BCEAO e o seu ministro das Finanças, Geraldo Martins e o Secretário do Estado na altura, passaram a assinar os documentos que autorizavam os movimentos do fundo e levantaram o dinheiro todo. A Câmara de Comércio tinha o direito de ficar com 30 por cento do valor total, mas foi o governo de transição quem nos deu algumas prestações.

A Câmara de Comércio estava à espera de dois bilhões e meio de Francos Cfa da parte do executivo de Domingos Simões Pereira, através do FUNPI, de forma a materializar os projetos. O objectivo era usar esse dinheiro para transformar o Banco Internacional da Guiné-Bissau (BIGB) que comprámos, num banco de investimento. Infelizmente, Domingos disse que a Câmara de Comércio já não tinha o direito de receber nenhum dinheiro do fundo e deu-nos apenas 400 milhões de Francos CFA, que nem cobria o orçamento do funcionamento da Câmara por um ano.

OD: O seu nome é sempre associado ao FUNPI, como explica isso?

BC: Isso é normal e não me preocupa minimamente, porque eu sou o pai do FUNPI. Esse fundo teve um impacto enorme no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau. Foi nesse fundo que o Domingos Simões Pereira foi buscar um bilhão para entregar ao Califa Seidi [atual 3° vice-presidente do PAIGC], apenas para que esse continuasse a apoiá-lo cegamente como está a fazer até agora.

Domingos entregou ao Califa Seidi uma soma de um bilhão de francos CFA para a sua instituição, a FUNDEI. Califa era o Secretário Executivo desta instituição.

OD: Geraldo Martins, ex-ministro das Finanças, disse numa entrevista ao nosso jornal que a CCIAS fez um “festival” de levantamentos de dinheiro do FUNPI no período de transição. É verdade que em 2013 a CCIAS levantou uma soma de dois bilhões e setecentos milhões de francos CFA em diferentes ocasiões para o seu uso, sem apresentar nenhuma justificação?

BC: Essa informação não corresponde à verdade. Se o Geraldo diz isso, falta à verdade. Que apresente uma única prova dos levantamentos dessas somas dos bancos e que nos envolve diretamente! Afinal, quanto é o dinheiro do FUNP?I! Quantos bilhões são? Se são oito bilhões e meio de Francos CFA que nós deixamos na conta. Que Geraldo Martins apresente as provas de que a Câmara levantou aquela soma de mais de dois bilhões de FCFA. Falar é fácil, mas que apresente as provas…

Eu apresentei uma queixa no Ministério Público e exigi que o Estado da Guiné-Bissau, ou seja, as dívidas contraídas deste fundo da parte de sucessivos governos sejam pagos. Incluindo os devedores, que paguem as dívidas. Havia uma comissão paritária que geria o fundo. Não foi a Câmara de Comércio.

OD: A Câmara de Comércio fazia parte desta comissão paritária e desconhecia tudo?

BC: Sim, tínhamos um representante na Comissão e o Governo era quem coordenava a Comissão Paritária, através do Secretário-geral do Ministério da Economia e Finanças, que é amigo de Domingos Simões Pereira e Geraldo Martins. Foi a Comissão Paritária que geriu esse fundo e não a Câmara.

Eu estou à vontade. Não vão encontrar um único cheque com a minha assinatura, em como levantei dinheiro. Não vão ver o nome da minha empresa “Grupo Malaika” como devedor do FUNPI. Eu tenho caráter! Há princípios e valores que defendo!

OD: Nunca trabalhou com o dinheiro do FUNPI na sua empresa “MALAIKA TRADING”? 

BC: Não usei um franco CFA daquele fundo. Há empresários que beneficiaram, mas o Grupo Malaika não tomou nenhum franco CFA. Eu desafio qualquer pessoa a confirmar o meu envolvimento nesse fundo, em benefício da minha empresa.

OD: Em relação ao BIGB. Diz-se que a Câmara de Comércio levantou uma soma de 500 milhões de Francos CFA das consta do FUNPI para a compra desse banco, sem cumprir as formalidades que eram exigidas…

BC: Lembro-me que desde a época em que era vendedor ambulante ou pequeno comerciante no mercado de praça, fui sempre uma pessoa organizada que gostava de deixar as coisas ou as contas sempre organizadas. Se alguém lhe disser que não cumprimos as formalidades necessárias para o levantamento de dinheiro para a compra do BIG, mente.

Esse banco é da Câmara de Comércio. Nós hipotecamos o BIGB ao Banco da África Ocidental (BAO), como uma das garantias reais para podermos ter uma conta corrente caucionada. Para termos as nossas relações com o BAO. Eu sou empresário…

OD: Qual foi o valor exato que a Câmara de Comércio levantou da conta do FUNPI para essa operação?

BC: Não levantamos do fundo FUNPI. Nós pedimos um avanço no valor de 500 milhões de Francos CFA para pagar ao Estado da Guiné-Bissau para que ficássemos com o BIGB. Foi o que fizemos. Naquela altura o ministro das Finanças era o falecido Abubacar Demba Dahaba. Aceitou avançar-nos o dinheiro a que tínhamos direito (FUNPI) para pagar a operação, através do tesouro público.

OD: Disse aqui que a CCIAS tem direito a 30 por cento do valor total do dinheiro recolhido pelo FUNPI. Desde a criação deste fundo até a data presente, qual é o valor exato levantado pela Câmara de Comércio?

BC: Desde a sua institucionalização, apenas três anos é que se cobrou esse fundo aos empresários exportadores da castanha de caju. A Câmara de Comércio tinha que receber 30 por cento do valor total recolhido, de acordo com o documento assinado com as autoridades. Aquilo que nós recebemos do fundo não chega aos 10 por cento. E lembra que suspendi o meu mandato como presidente da CCIAS, quando ia concorrer à liderança do PAIGC e deixei tudo com o vice-presidente. Mas todos os documentos estão na Câmara de Comércio. Podem confirmar…

OD: Diz que o valor levantado deste fundo não chega aos dez por cento no seu mandato, ou seja, antes de deixar a Câmara. Podia traduzir esse dez por cento em valores reais, em dinheiro?

BC: Antes de deixar a Câmara de Comércio para ir ao congresso de Cacheu, tínhamos recebido uma soma estimada em 250 milhões de Francos CFA, proveniente do FUNPI. Depois das eleições do PAIGC em 2014, Geraldo Martins, ministro da Economia e Finanças, voltou a avançar-nos mais 400 milhões.

A verdade é que não devia ser assim, porquê? Porque na realidade, 30 por cento do valor total do FUNPI deveria vir sempre para o sector privado através da CCIAS e 70 por cento ficava para o financiamento de projetos.

Em função dos projetos é que o dinheiro seria desbloqueado, conforme o acordo que os interessados (empresários) teriam com a Comissão Paritária e os bancos locais, que são: o BAO, o BDU e o ECOBANK. Cada empresário interessado teria que negociar com o seu banco para conseguir uma garantia de poder ter acesso ao fundo.

Felizmente nunca fui, porque nunca precisei, graças a Deus. Os meus bancos confiam em mim, por isso não precisei. Quando preciso de dinheiro vou negociar com os bancos directamente, porque tenho as garantias que levam os bancos a acreditarem em mim.

OD: Diz-se que os sucessivos governos usaram o dinheiro do FUNPI para pagamento de salários. Pode confirmar essa informação, dado que a CCIAS fazia parte da Comissão Paritária criada para gerir o fundo?

BC: Confirmo essa informação. O governo liderado por Domingos Simões Pereira usou o dinheiro do FUNPI para pagar salários.

OD: Pode precisar o valor levantado pelo executivo dirigido por Simões Pereira?

BC: Neste momento não sei precisar, mas confirmo…

OD: Uma empresa de auditoria senegalesa contratada para auditar as contas do FUNPI concluiu, depois de trabalho junto com algumas instituições, que houve má gestão desse fundo. A empresa afirmou na altura que a CCIAS recusara colaborar. A CCIAS teme que seja descoberto o seu envolvimento na má gestão do fundo?

BC: Isso não corresponde à verdade, porque a CCIAS não geriu o FUNPI. Quem o geriu foi a Comissão Paritária. O FUNPI não é do Governo. É uma iniciativa privada promulgada pelo Governo. É um fundo de parceria público-privada. Não posso decidir unilateralmente sobre esta garrafa de água nossa e fazer o que quero com ela, sem vos consultar previamente.   

Antes de o governo contratar qualquer empresa de auditoria, tinha que chamar a outra parte (CCIAS) para vermos os seus termos de referência. Assim seria, se o governo tivesse boas intenções. Devíamos ser informados para ver as condições em que a empresa foi contratada e se não passa de uma encomenda de Geraldo Martins, com o propósito de branquear os roubos, as corrupções, mentiras e os desvios que fizeram na gestão do FUNPI.

OD: Essa é a razão que levou a Câmara de Comércio a não colaborar com a empresa de auditoria?

BC: Não podemos colaborar, porque havia indícios de corrupção. A empresa já tinha sido manipulada. A Câmara de Comércio tinha que ser envolvida na contratação dessa empresa de auditoria, porque é parte e tinha que participar.

OD: A Câmara de Comércio estaria disponível a colaborar numa auditoria feita por um gabinete independente?

BC: Se não fosse, a Câmara não apresentaria uma queixa-crime no Ministério Público sobre a má gestão do FUNPI. Quando da minha tomada de posse como presidente da Câmara de Comércio, eu exigi uma auditoria internacional, feita por um Gabinete independente, para apurar as minhas responsabilidades na gestão do fundo.        

OD: O resgate financeiro –  a compra de carteiras de dívidas de empresários guineenses junto de dois bancos comerciais na ordem de 34 bilhões de francos CFA é considerado o maior escândalo financeiro do país. A CCIAS foi ouvida pelo executivo, dado que a operação visava ajudar os empresários nacionais?

BC: O resgate financeiro foi uma operação corrupta, de banditismo e de roubo! Sou contra esse tipo de negócios sujos e jamais me envolveria nisso. Sou um empresário. Quando vou ao banco, apresento sempre as minhas garantias bancárias. Se o governo de Domingos Simões Pereira estivesse de boa-fé, tinha que chamar o sector privado, testemunhá-lo ou envolve-lo.

OD: O sector privado não foi ouvido?

BC: Permita-me concluir. Na Guiné é só aos “papagaios” que vocês dão razão! Eu não sou um papagaio, não falo fácil. Apenas quando é necessário…

Se um governo sério e transparente quiser ajudar o sector privado, tem que, em primeiro lugar, chamar o sector privado e apresentá-lo o plano ou as formas, condições e termos em que pretende ajudar os empresários. Eu sou um dos maiores devedores dos bancos da Guiné-Bissau, eu Braima Camará, sou maior devedor dos bancos. Contraio as minhas dívidas entregando o meu património. O banco não dá dinheiro a ninguém, apenas por gostar dele.

O Governo de Domingos Simões Pereira, com a cumplicidade corrupta de Geraldo Martins, decidiu substituir o sector privado, com o intuito de passar a imagem de que estão a ajudar o sector, mas isso não corresponde à verdade. Fizeram essa operação desastrosa, porque foram buscar três bilhões e meio de francos CFA, que corresponde a cinco milhões de Euros e dividiram o dinheiro entre si.

Como é que um governo que quer ajudar o sector privado vai aumentar em dez por cento as dívidas dos empresários? Ainda pede esses dez por cento aos bancos antecipadamente, para depois vir cobrá-los aos empresários?! Tomaram esse dinheiro e dividiram-no entre si, designadamente: Domingos Simões Pereira, Geraldo Martins e o advogado deles, Carlos Pinto Pereira, vulgo Caía. O resgate financeiro foi a operação mais corrupta na história deste país cometido por Domingos Simões Pereira e Geraldo Martins. Estamos a falar de bilhões de francos CFA tirados nas costas de filhos desta terra.

Eu sou liminarmente contra essa operação, porque é banditismo. Eu dispenso essa ajuda das pessoas que querem enriquecer-se nas minhas costas. Resolvo diretamente com os bancos apresentando as minhas garantias. O governo, se tivesse bom senso, teria uma atitude de baixar a dívida dos empresários e não agravá-la.

Aumentar em dez por cento as dívidas é agravá-las. Não é ajuda. É por isso que puseram o nome do Procurador-Geral da República na lista de sanções, como forma de pressioná-lo ou amedrontá-lo para não levar as pessoas à justiça por crimes de corrupção.

OD: Quem são os empresários que fizeram parte desta lista de devedores ou beneficiários desta operação, como um dos responsáveis da CCIAS?

BC: Eu só falo por mim, porque eticamente não fica bem falar dos outros. O meu investimento no país está acima de 50 milhões de dólares americanos. Portanto, uma dívida de 10 milhões de dólares para mim é uma gota de água no oceano e não representa nada, porque tenho os meus investimentos.

OD: Braima Camará foi um dos beneficiários desta operação?

BC: Eu não estou interessado nisso. O Estado meteu lá o meu nome, mas eu não estou interessado, porquê? Porque foram buscar na minha costa 350 milhões de Francos CFA. Por exemplo, eu trabalho com os bancos diretamente e dispenso ajuda do governo neste sentido. Que devolvam o dinheiro que tomaram nas minhas costas. É corrupção. Eu dispenso essa ajuda. Estou contra o resgate e se eu tiver problemas com os bancos, é da minha responsabilidade. Se não puder pagar, o banco que venha confiscar o hotel “Malaika”.

As pessoas com narrativas, retórica e semântica é que são consideradas ou chamadas aqui de intelectuais. Esses são bandidos e ladrões diplomatas…

OD: Disse há bocado que o nome de atual Procurador-Geral foi colocado na lista para bloqueá-lo?

BC: Sim é verdade. Querem bloquear a justiça, ou seja, ilibar o Domingos Simões Pereira e companhia limitada, porque têm muitos processos nesta terra para responder, em particular, o processo de resgate financeiro. É por isso que meteram o nome do Procurador-Geral na lista para condicioná-lo! Isso não pode ser…

O Domingos Simões Pereira, antes de irmos ao congresso de Cacheu em 2014, não tinha 20 milhões de Francos CFA. Depois de mais de um ano de governação, tem um apartamento em Portugal que custa mais de 600 mil Euros, correspondentes a mais de 390 milhões de francos cfa. Onde ganhou esse dinheiro? Trabalhou onde para consegui-lo?

Antes do congresso de Cacheu, não tinha nada. Depois de um ano de governação tem parque de automóveis! Estão a brincar com este povo…

Eu tenho dinheiro, não escondo nada. Porque sou trabalhador. Fui considerado o maior exportador de cajú de todos os tempos da história da África. Consegui exportar 25 mil toneladas de cajú nesta terra. Eu não falo, porque quando falo, digo as coisas conforme elas são. 

OD: O Braima Camará estaria por detrás de regresso de Carlos Gomes Júnior como uma das formas de bloquear a direção de Domingos Simões Pereira?

BC: Não. Isso não corresponde à verdade. É bom que se saiba que o Carlos Gomes Júnior nunca apoiou Braima Camará. O Braima Camará sempre apoiou Carlos Gomes Júnior. E devem saber que Carlos Gomes Júnior foi um dos responsáveis pela vitória de Domingos Simões Pereira no congresso de Cacheu. Eu não odeio Carlos Gomes Júnior por isso. Para mim a política não é um combate de vida ou morte, porque não vivo da política.     

Estou a apoiar uma iniciativa na minha região (Bafatá), de reabilitação das vias urbanas da cidade que vai custar-me 47 milhões de francos CFA. Entreguei uma garantia bancária no BAO para obter o dinheiro e fazer a obra. Imaginem quanto é que um deputado ganha! Eu gosto deste país e por isso estou a investir o meu dinheiro aqui.

OD: Já está a preparar para a campanha eleitoral com essas iniciativas?

BC: Nada! Estou apenas a servir o meu país. Já servi a capital Bissau e fiz várias construções aqui. É chegada a hora de fazer alguma coisa para a minha região. Vou instalar uma fábrica de gelo para ajudar as mulheres vendedoras e fazer outros investimentos.  

OD: Qual é a sua relação neste momento com o Carlos Gomes Júnior?

BC: Maravilhosa e espetacular. Eu não tenho problemas com ninguém e procuro estabelecer um bom relacionamento com toda a gente.  

OD: Diz-se que influenciou muito o Presidente JOMAV para nomear Umaro Sissoco. Diz-se que indicou vários nomes para o Governo de Sissoco. Em troca recebia “cadeau – prendas. Quer fazer um comentário sobre isso?

BC: Essas informações são todas falsas. Não correspondem à verdade. Quem colocou Umaro Sissoco Embaló no cargo de Primeiro-ministro foi o Presidente da República, José Mário Vaz.

Vocês são da imprensa podem rever a primeira entrevista de Umaro Sissoco Embaló, onde diz que ele deve uma vida ao José Mário Vaz, sendo a única pessoa com quem tem uma dívida eterna neste mundo. Portanto, tudo está claro que não fui eu a influenciar a sua nomeação.

OD: Braima Camará, olhando para o PAIGC e tentando abstrair-se um pouco, quais são as figuras que acha que podem concorrer às próximas eleições presidenciais no PAIGC?

BC: É com muita tristeza e enormes dificuldades que abordo a atual direção do PAIGC, que foi destruída por Domingos Simões Pereira. Hoje não há uma figura emblemática dentro do partido! Não há uma figura carismática na direção do partido. Quem é o líder ou a figura carismática que arrasta as pessoas dentro do partido? Uma pessoa que toda agente aceita e sem animosidades?…

Cipriano Cassamá algum dia como o Presidente da República?! Cipriano? Nem sequer chegaria a um por cento de votos. Bom, no atual estatuto do PAIGC, é o Domingos quem vai indicar o nome de quem será candidato do partido às eleições…se Domingos não concordar com o nome de uma pessoa, então ela não será membro do governo. Sem a indicação dele, você não será cabeça de lista para o cargo do deputado na lista do PAIGC.

Domingos Simões Pereira é o novo dono do PAIGC, ele conseguiu ter o poder que nem tinha o “Nino” Vieira, que era chefe da guerra. Algum dia se viu a Isabel Vieira no partido ou assumir alguma função ou os irmãos e primos dele?! E Domingos colocou o irmão, a mulher, a cunhada e a “casa dois”, todos nas estruturas do PAIGC. Acha que eu, Braima Camará, vou apadrinhar isso?

Eu tenho que morrer em paz. Para morrer em paz tenho que defender as minhas convicções e os valores em que eu acredito. O que está no PAIGC neste momento é uma salada russa…

OD: Como viu o presidium do partido?

BC: Um fiasco! 

Por: Assana Sambú, António Nhaga e Sene Camará 

FIM [segunda e ûltima parte da entrevista realizada em fevereiro 2018  – O DEMOCRATA]

OdemocrataGB

segunda-feira, 14 de maio de 2018

MINISTÉRIO PÚBLICO (ACUSADO DE CORRUPÇÃO PASSIVA CIDADÃO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA)

Fonte: Joelson Da Silva Silva

Domingos S Pereira, foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O atual presidente do PAIGC, esta preste a fugir do país, para escapar da sua prisão.

O governo liderado por DSP, é considerado o governo mais corrupto na história da governação de GB, maioria dos seus membros estão implicados nos vários processos judiciais.

Foi na sua governação que aconteceu a operação mais falcatrua, denominado Resgate dos Bancos, aliás esse foi Resgate dos elites. Quando era o primeiro ministro da GB, DSP, adquerio um imóvel em Lisboa no valor aproximadamente 650.Mil Euro, equivalente 430.Milhões, Franco CEFA.

Fez construção de duas (2) casas em Bissau com custo de 734.125.000, Franco CEFA, e alocação parcial das suas viaturas ao câmara municipal de Bissau, e a sua concessão e como adquerio os. No decorrer da sua governação DSP, abriu duas (2) empresas um em Bissau outro em Dakar. Do Dakar ópera na área da pesca, do Bissau também ópera na área das pesca, alocação dos caminhões e diversos... Comprou uma casa em Dakar num valor estimado em 350.Milhões de franco CEFA, num dos Bairro mais luxuosos de Dakar chamado👉Les Almadies; C’est l’un des quartiers les plus chics de Dakar. Também comprou um apartamento para sua esposa Paula Pereira, na França com valor estimado 700.Mil Euro.

O ministro público ja esta com toda as provas na mão, estão somente a espera do juiz discretar a sua prisão...

Esses não são as acusações falsas, e nem por questões política!! Todos nos sabemos como era a vida do DSP, antes de ser 1° ministro da GB, e como era a depois de tinha sido... Basta cada um fazer as análises chegará a conclusão de que DSP, é Político mais corrupto que existe no mundo... Um pobre que entrou na política tornou-se milionário menos dum ano da governação...

Estamos a trabalhar

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O NORTE DO DR. GERALDO MARTINS E OUTROS “A LESTE DE TUDO”…

Fonte: Jorge Herbert

Por mais que queIra distanciar-me temporariamente, acabo sempre impelido a escrever algo sobre os assuntos da minha pátria-mãe! Conforme diz Mia Couto, “estou condenado a escrever sempre naquele universo, que é o mundo onde nasci e vivi.. Estou condenado a escrever sobre o meu país.”

Tenho acompanhado de forma regular e algo silenciosa, sempre com muito esforço de contenção, as autênticas obras de arte argumentativas nas páginas sociais sobre os assuntos que vão marcando o compasso do quotidiano guineense. Alguns nem merecem comentários, outros merecem que e debrucem sobre eles de forma irónica e há aqueles, o motivo principal do impulso para escrever estas linhas, que merecem um pouco mais de seriedade, apesar que, a divergência política guineense, agora com a CEDEAO de um dos lados da barricada, tem muito pouco de sério, com exceção obviamente, do sofrimento que esses aventurismos políticos vão provocando ao povo guineense.

Após essa nota introdutória, passo a dar os meus parabéns ao PAIGC, por ter conseguido organizar o Congresso, sem as vozes incómodas e com votos garantidos dos amigos e afins, sempre no espírito de Unidade, Luta e Progresso. A UNIDADE foi efetivamente a nota dominante do Congresso, traduzida não só no empenho dos seus militantes para a realização do Congresso na data escolhida, nem que fosse na rua, contra todas as adversidades, porque o adiamento poderia constituir uma questão de vida ou morte nas aspirações políticas do então líder. 

Houve quem se manifestou disposto a pagar com a sua vida o não adiamento do Congresso e houve mesmo quem pagou com o seu dedo a concretização dos trabalhos do Congresso e a reeleição do líder, como nos velhos tempos da luta pela libertação da Guiné-Bissau. Também saúdo desde aqui o Presidente do travestido Partido de Cabral, pela sua histórica vitória sobre si mesmo nas eleições para a liderança do partido, com 1113 votos a favor dos 1135 delegados que votaram. Julgo que feito igual nem Cabral ressuscitado conseguiria atingir! Em todo o caso, espero que o voto dos delegados tenha sido secreto, porque começo a temer pela expulsão dos 22 que votaram contra! A título de curiosidade histórica, Adolph Hitler (não sei se os delegados do PAIGC chegaram a ouvir falar dele!), também no contexto de umas eleições precedidas de atos muito semelhantes aos que precederam o Congresso do PAIGC e fazendo uso de todos os meios modernos de propaganda, como o PAIGC tem feito, conseguiu ganhar as eleições alemãs de 1933, curiosamente contra outros três candidatos, apenas com 43,9%, menos de metade da percentagem dos votos com que o líder do PAIGC ganhou a eleições! Constou-me que o Presidente do Sporting Clube de Portugal rapidamente aprendeu a lição, mas ainda não conseguiu atingir a qualidade e o nível do presidente do PAIGC. 

A LUTA é aquilo que o PAIGC sempre soube fazer, dentro e fora do partido, sempre em prejuízo da Guiné-Bissau e do seu povo. 

PROGRESSO, para quem ainda não deu conta, foi aquilo de que o PAIGC privou a Guiné-Bissau há 44 anos.

Há dias dizia-me um compatriota que o PAIGC pós-Cabral anda a mentir o povo guineense, desde a declaração da independência, que venderam ao povo que tinha sido declarada unilateralmente em Madina de Boé, quando foi, efetivamente, nas matas de Lugadjol, perto de Madina de Boé!

É esse o partido que o ex-Ministro das Finanças quer comparar com a Seleção de Futebol Alemã, no que concerne às vitórias, baseando-se numa afirmação do futebolista Gary Lineker. Mas não, caro Dr. Geraldo Martins, não há comparação possível! A seleção de futebol alemã foi sempre composta por um conjunto de profissionais de alto nível, que vestem a camisola da representatividade da pátria e fazem questão de honrar a pátria, a disputar nas mesmas condições que os outros, o tal onze contra onze de que falava Gary Lineker. Contrariamente, o PAIGC pós-Cabral é um grupo de pessoas com pouco ou nenhum profissionalismo, que não vestem a camisola dos interesses pátrio mas degladiam-se, caluniam-se, excluem-se, torturam-se e matam-se por um lugar na representatividade do Estado, não para projetar o bom nome pátrio, mas sim para a resolução do seus problemas pessoais ou familiares

O PAIGC não joga na mesma condição que os outros partidos guineemse e ganha sempre! Isso é mentira, porque o PAIGC jogou sempre na manutenção do obscurantismo da população, em confundir-se com o Estado e a transmissão da ideia que quem não está com o PAIGC é contra o PAIGC, podendo vir a sofrer consequências por esse não alinhamento com o Partido-Estado. 

Dessa forma, o próprio PAIGC colocou a Guiné-Bissau nos últimos lugares do campeonato do IDH!

É esse o partido em que o Dr. Geraldo Martins e amigos do Presidente do partido se sentem confortados e seguros com a cultura do voto garantido e, por seu lado, acham que aqueles que acusam judicialmente o Ex-Ministro da Economia e Finanças, por algumas opções que tomou na aplicação do dinheiro público, tencionam assaltar o partido e perpetuar-se no poder, como o PAIGC tem feito e pretende continuar a fazer! 

Infelizmente não entenderam que o povo já começa a perceber a essência do PAIGC e, como nunca antes se viu, hoje alguns guineenses já se sentem com consciência e liberdade para pedir publicamente a extinção desse caduco instrumento que enferruja os rolamentos das rodas do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Neste momento os guineenses não estão preocupados se o Dr. Geraldo Martins é ou não culpado dos crimes de que é imputado. 

Para isso, o povo só deve esperar a realização de uma justiça séria, independente e idônea. Mas, existe a questão executiva, económica e até política da questão. Nessas vertentes é que quer me parecer que o Dr. Geraldo Martins falhou rotundamente, em não conseguir explicar e demonstrar aos guineenses que impacto esse pretenso resgate aos bancos ou seja a assunção pelo Estado de dívidas contraídas por indivíduos e entidades privadas aos bancos, teria nos indicadores económicos do país, pelo menos naqueles mais básicos que a maioria dos cidadãos escolarizados percebem, como a balança comercial, o PIB, o défice, a exportação e a importação. 

O Dr. Geraldo Martins, pelos vistos, não foi sequer capaz de convencer os seus pares (economistas) do FMI, do impacto positivo sobre as contas públicas desse persistente resgate! Quem ganharia então com esse resgate? É a pergunta que fica no ar.

O Dr. Geraldo, pelo seu texto, parece querer usar as sanções da CEDEAO à algumas figuras guineenses, entre os quais o Procurador Geral da República, para não ter de responder sobre as suas opções enquanto governante.

Sobre essas sanções pouco ou nada há mais a dizer, revelando o facto demasiado óbvio que se trata daquilo que nós guineenses denominamos de “Tchuba di Caoverde, só di um burdu”. Essas sanções vieram pôr a nu a fraca idoneidade da CEDEAO como intermediário na resolução deste conflito e na defesa dos interesses do povo guineense. 

Qualquer criança a quem é explicado o desenrolar dos acontecimentos, até se chegar às sanções da CEDEAo (já fiz esse exercício com os meus filhos), terminam perguntando se do outro lado só existem cumpridores e santos, para além de também perguntarem o que é que algumas figuras não signatárias do Acordo de Conakry fizeram de concreto para a obstaculização da aplicação desse mesmo acordo e, as sanções envolveriam às suas famílias até que geração?!

Sinceramente, não conheço qualquer fundamentação legal em que se baseou a CEDEAO para privar cidadãos de um Estado de Direito, inclusive apolíticos, de alguns dos seus direitos mais básicos, previstos na Constituição da República!

Julgo que a CEDEAO optou-se por colocar de um dos lados da contenda premiando os que bloquearam o país e o funcionamento da ANP, como consequência do demissão de um Primeiro-Ministro. 

O que a CEDEAO transmitiu aos guineenses e à outra parte da contenda, é que posições intransigentes e de bloqueio compensam e, é a minha convicção que devia passar a ser essa a resposta do PRS e dos apoiantes dos 15 deputados expulsos do PAIGC, à todos os esforços da CEDEAO e da Presidência da República no sentido do desbloqueio da situação do país…

Em todo o caso, também é minha convicção que essas sanções estão assentes numa frágil ou até ausente sustentabilidade legal, que rapidamente o brilhante Advogado João Nabais deitará por terra e ficará para a história, tendo servido apenas para o gáudio temporário daqueles que a encomendaram… 

O mal, é que muitos dos neocolonialistas e assimilados ainda não querem perceber que, apesar da elevada taxa de analfabetismo na Guiné-Bissau, “povo ka burro”. O tempo em que a ignorância do povo era facilmente manipulável está cada vez mais a diminuir e a massa crítica guineense a aumentar.

O que o Dr. Geraldo Martins ainda não se apercebeu, é que o seu Norte já não é o mesmo Norte que indica a bússola da sociedade guineense e insistir nesse Norte, só levará com que o próprio partido a que pertence, começar a ficar Leste de Tudo..

Jorge Herbert

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ministério Público - PGR cessante considera de “positivo” seu desempenho nesta entidade

Bissau, 17 Nov 17 (ANG) – O Procurador Geral de República cessante afirmou, hoje na cerimónia de  transferência de poderes ao seu sucessor,  ter feito um trabalho “positivo” a testa do Ministério Público guineense.

António Sedja Man que falava perante os magistrados e funcionários da Procuradoria Geral da República,  citou nomeadamente os processos de alegados crimes económicos nos Ministérios das Finanças ( o chamado “resgate dos bancos”), das Pescas  e nos Transportes e Comunicações que, segundo  as suas palavras, foram concluídos e acusados.

“ Se não fosse a nossa acção de anulação, caso o resgate materializasse, a futura geração dos guineenses iria pagar um fardo inocentemente”, invocou.

Questionado pela imprensa do estado dos dossiers ligados aos crimes de assassinatos contra, nomeadamente o antigo Presidente da República, João Bernardo Vieira, o ex- PGR disse que são processos “melindrosos que estão a andar ( embora, com dificuldades) e que um dia se conhecerá o desfecho dos mesmos”.

Em relação a figura do novo PGR, Sedja Man afirma que foi uma escolha “certa” do Presidente da República e acredita que irá “continuar com a tarefa de lutar contra a corrupção e outros crimes organizados”.

Por seu turno e na mesma linha, o novo responsável máximo do Ministério Público promete “continuar com as grandes obras” do seu antecessor: na “defesa dos mais fracos, na defesa do Estado, na luta contra a corrupção e outros crimes”.

Para isso, Bacar Biai pede a “colaboração de todos os magistrados e funcionários” do Ministério Público guineense. 

Esta é a terceira nomeação na Procuradoria Geral da República desde que José Mário Vaz assumi funções há três anos.

António Sedja Man esteve a frente do Ministério Público guineense durante dois anos. Fez questão de destacar que  foi o segundo PGR que mais tempo levou no cargo. 

ANG/QC/SG

terça-feira, 28 de maio de 2019

O CRIMINOSO JOMAV

Por: Jorge Herbert

José Mário Vaz mais conhecido por JOMAV é, nada mais, nada menos, que o Presidente da República da Guiné-Bissau desde 23 de Junho de 2014.

Tido como homem de família, marido exemplar, pai dedicado, avô carinhoso, homem de poucos amigos mas fiel às suas amizades, que usa o mesmo rigor e exigência do trabalho, para com a família e amigos.

É economista formado em Lisboa. Após os estudos universitários, regressa a sua pátria e torna-se empresário de importação e comercialização de materiais de construção.

Chamado à presidência da Câmara Municipal de Bissau, destacou-se no rigor instituído na gestão da coisa pública e no facto de ser um defensor nato do trabalho duro e sério.

Mas, foi como Ministro das Finanças que esse rigor laboral e na gestão da coisa pública se popularizou, ganhando com isso a fama de “o homem de 25”, por instituir uma regra até então incumprida e, nos dias de hoje remetida ao esquecimento, que foi cumprir com uma obrigação básica do Estado, o pagamento regular dos ordenados da função pública. Só que escolheu o dia 25 de cada mês e cumpria-o com o rigor inquebrável e passou a ser o “homem de 25”.

No desempenho dessa função ministerial, assistiu ao golpe de Estado do governo de que fazia parte, tendo sido obrigado a sair do país para um curto exílio em Portugal que, contrariamente, ao que é hábito dos políticos guineenses, nunca aceitou bem.

Na sequência do golpe de Estado de 2012, foi envolvido na acusação de desvio de 12 milhões de dólares doados por Angola. Todos os conselhos apontavam para que não voltasse ao seu país, porque seria detido. Considerando-se de consciência tranquila, resolveu rumar-se de volta ao país. Detido à chegada e interrogado, apresentou a sua versão provada dos factos, foi libertado.

Depois do golpe de Estado de 2012, a Guiné-Bissau atravessou um período de transição, curiosamente, tendo como Presidente da República de Transição o Serifo Nhamadjo, também ele acusado na altura de envolvimento na trama golpista dos que não aceitaram os resultados eleitorais para a presidência da república, o mesmo homem que hoje se alista para disputar as próximas eleições presidenciais com o apoio do PAIGC!

Em 2014, com a popularidade conquistada pelo seu rigor e disciplina com assuntos laborais e das finanças do Estado, JOMAV ganhou as eleições presidenciais na segunda volta, contra Nuno Nabiam, que nunca digeriu bem a derrota e resolveu assumir o Presidente da República como eterno adversário ou até inimigo!

Granjeada a fama de trabalhador árduo e rigoroso com as contas públicas, avesso à corrupção e ao uso do erário público para enriquecimentos pessoais, quis fazer jus da fama no desempenho do cargo presidencial. Foi quando começou a tornar-se no que se tornou hoje, um criminoso para uma franja de cidadãos guineenses!

Ora vejamos então de que crimes é acusado JOMAV!

O primeiro crime que cometeu, foi ter querido chamar o então primeiro-ministro à Presidência da República para pedir esclarecimentos e informações sobre algumas atividades governamentais dentro e fora do país, por ele algo suspeitos. É óbvio que isso não foi bem aceite pelo então Primeiro-Ministro!

A seguir, o criminoso JOMAV quis que o então governo fosse remodelado, com a retirada de alguns “meninos do coro” envolvidos na negociata de passaportes diplomáticos, para que os mesmos respondessem à justiça. É óbvio que o então Primeiro-Ministro não concordou e acusou a justiça de perseguir, de forma seletiva, os elementos do seu governo. A seguir, veio a persistência do então governo, mesmo contra a opinião de especialistas do FMI, no dito resgate das dívidas de privados através do dinheiro público adquirido através de dívidas aos próprios bancos, a quem se ia pagar as referidas dívidas dos privados.

É óbvio que José Mário Vaz, já tido pelos “meninos de coro” da maior organização criminosa que a Guiné-Bissau conheceu até hoje, como um criminoso até agora de pequenos delitos, querendo fazer jus à sua fama de defensor de trabalho árduo e sério e de rigor com a coisa pública, não tinha como não engordar o seu “registo criminal”, lançando mão do slogan “dinheiro do Estado no cofre do Estado”, tendo cometido com isso um dos maiores crimes que um Presidente da República podia cometer na Guiné-Bissau até então dominada e controlada pelo PAIGC. Confrontar e derrubar um governo do PAIGC, com base nas prerrogativas constitucionais! A partir desse ato, JOMAV tornou-se no maior criminoso da história da presidência da república guineense, porque cortou a mama de muitos que até agora não sabiam o que era trabalhar afastado dos cargos de nomeação partidária e interrompeu o sonho da pseudoelite que se encontrava no país, assim como de alguma diáspora sofrida e desiludida com a emigração, a espera do dinheiro do resgate e/ou da mesa redonda, para voltar a ser a elite da sociedade guineense, para não falar dos investidores estrangeiros que, ciosos de recuperar o investido com juros, o que o criminoso JOMAV impediu-os de fazer.

Só que, o criminoso JOMAV manteve-se determinado no seu propósito, mesmo após ter sido divulgado o seu nome e a sua imagem como o maior criminoso da história guineense a ser perseguido e derrubado do seu cargo presidencial.

Foi, a partir do maior crime cometido por JOMAV que a Guiné-Bissau entrou na era da generalização descontrolada da informação e desinformação, com uma clara estratégia da diabolização da imagem do criminoso JOMAV, introduzida pelos "meninos do coro" e alguns pseudojornalistas da nossa praça...

Para agravar o seu “registo criminal” na boca dos “mal tomados”, JOMAV resolveu refrear a especulação à volta do negócio da castanha de cajú, anunciando um preço por Kg desse produto, com o único objetivo de melhorar as condições de vida dos produtores, pedindo-lhes inclusive para usarem o dinheiro na melhoria das suas habitações. Que grande crime foi cometer o presidente da república! Tirar da recheada conta bancária dos especuladores para melhorar as habitações dos agricultores, é considerado pelo PAIGC e os seus amigos que sempre viveram pendurados à exploração impiedosa do povo, como um crime de maior gravidade! E então, a máquina desinformadora da maior organização criminosa entrou em campo, para o trabalho de desinformação, denegrindo a imagem e o bom nome do presidente da república, enquanto os especuladores fizeram o seu trabalho de boicote à compra da castanha aos agricultores, condicionando-os e asfixiando-os à fome, para obriga-los a vender o produto dos seus trabalhos, a preço da chuva.

Mas, o criminoso JOMAV, já sem emenda e reincidente no crime contra a maior organização criminosa guineense, decidiu ir acicatar os seus amigos estrangeiros, aconselhando o governo em funções, por ele nomeado, a exigir à União Europeia o pagamento de um preço justo, o mesmo que é pago à Mauritânia, para os peixes pescados nas águas guineenses. Isso valeu-lhe um ódio de estimação da União Europeia e de alguma franja política portuguesa que já se encontrava revoltada por ter sido destituído o Primeiro-Ministro a quem enfeitaram de títulos e apoiaram para dirigir a Guiné-Bissau e os negócios bilaterais nos anos a que lhe correspondia a legislatura e quiçá subsequentes.

Mas o criminoso JOMAV, patriótico, paciente e irredutível em fazer jus à sua fama de rigor com os assuntos do Estado, com a coisa pública e na defesa dos interesses nacionais, aguentou o resto da IX legislatura com várias ofensas públicas à sua pessoa e até da sua família, viu o filho a ser sancionado pela CEDEAO sob a encomenda dos “meninos do coro”, assistiu impávido e sereno o denegrir da sua imagem como o maior criminoso da presidência da república, mantendo sempre o seu propósito de defesa da coisa pública e do povo, contra uma pseudoelite pouco produtiva para o país.

Assistiu e aceitou de forma serena a vitória nas urnas dos “meninos do coro”, que tanto o diabolizaram, dentro e fora do país e prometeu trabalhar com qualquer Primeiro-Ministro indicado pelos “meninos do coro”. Até que estes resolveram complicar o fácil, tentando pressioná-lo a abandonar o seu rigor com os assuntos do Estado e nomear um governo, sem antes obedecer um preceito democrático básico que é a constituição da mesa da ANP e o normal funcionamento da ANP. Lá foi o JOMAV outra vez tentado a cometer mais um crime contra o PAIGC, condicionando a nomeação do governo à organização da mesa da ANP! Desta vez, a revolta e o desespero dos “meninos do coro” foi tão grande, que hoje, já pedem a cabeça do criminoso JOMAV, com a devida ajuda dos militares, para lhes abrirem as alas!

Ao que chega o desespero de não poder sobreviver mais algum tempo sem deitar a mão à coisa pública e cumprir com os financiadores externos!

Em todo o caso, de uma coisa tenho a certeza! O diabo não protegerá nem conseguirá castigar JOMAV pelos crimes que até hoje vem cometendo, mas Deus e o sofrido povo guineense o protegerão para continuar a cometer os mesmos crimes até hoje cometidos, em prol da nossa amada pátria e do seu povo, contra a maior organização criminosa que a Guiné-Bissau até hoje conheceu, o PAIGC.

Jorge Herbert


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Geraldo Martins, antigo ministro das Finanças acusado de dois crimes no processo resgate à banca feito em 2015

Confira Comunicado à imprensa do PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR), no cumprimento da sua missão plasmada na Constituição da República e nas Leis, vem informar que o Processo-crime contra os dois Agentes da Esquadra-Modelo da Polícia de Bairro Militar, aqui em Bissau, suspeitos da violação duma jovem de vinte anos, foi acusado e remetido ao Juiz do julgamento junto ao Tribunal Regional de Bissau (TRB).

Segundo a Lei Penal guineense, os paramilitares em causa, são indiciados de crimes de sequestro e violação sexual, cabendo nesta fase processual, o Tribunal agendar as sessões de audiência e julgamento.

O referido facto que terá acontecido no dia 13 Novembro 2017, deu entrada no Cartório da Vara Crime do Ministério Público do Tribunal Regional de Bissau, no dia 16 de Janeiro deste ano.
Em relação ao denominado “Resgate” dos empresários com dívidas junto dos bancos comerciais do país, em 2015, o então Ministro das Finanças, Geraldo Martins já foi acusado no âmbito deste processo.

O ex-governante, por sua vez, requereu a instrução (por não concordar com a acusação). Em consequência, o Processo foi remetido ao Juíz de Instrução Criminal, que acabou por pronunciar favorávelmente em relação dois crimes.

Por sua vez, o Ministério Público, enviou o referido processo ao Juíz julgador, para efeitos de marcação das sessões de audiências e julgamento.

O suspeito Geraldo Martins é acusado de dois crimes, ambos pela violação das regras orçamentais.
Esta operação financeira apelidada de “Resgate” levou ao Estado da Guiné-Bissau a contrair uma dívida no valor de cerca 35 bilhões de Francos cfa juntos aos bancos comerciais.

E, sobre o caso que envolve quatro despachantes oficiais e dois técnicos do Ministério das Finanças, também já foi acusado.

Os suspeitos em causa, são acusados de crimes de fraude fiscal, associação criminosa, corrupções activa e passiva e ainda crimes de falsificação qualificada.

Convém referir que, este caso prejudicou o Estado da Guiné-Bissau num montante, aproximadamente de um bilhão de Francos cfa.

A Procuradoria Geral da República adverte que vai continuar a ser implacável no combate a qualquer tipo de criminalidade, particularmente a da corrupção e o crime organizado, sempre tendo como o fundamento e limite, a Constituição da República e as Leis em vigor na Guiné-Bissau.





Braima Darame