A MAQUIAVÉLICA COMUNIDADE INTERNACIONAL NA GUINÉ-BISSAU

Há muito que a posição arrogante do PAIGC e do seu lider denunciam uma cumplicidade com a dita Comunidade Internacional ou seja, a possibilidade da existência de uma possivel agenda conjunta, disfarçada sob a capa de diplomacia.

As atitudes desafiante do líder do PAIGC e as suas permanentes viagens aos EUA e aos países apoiantes da sua agenda, denunciam que a dita Comunidade Internacional estaria até disposta à instalar um poder na Guiné-Bissau pela via militar, ignorando os riscos que isso comporta e demonstrando total desconhecimento da história de séculos de resistência dos guineenses à invasão estrangeira e aos Honórios Barretos,

Essa mesma cumplicidade levou à dita CEDEAO a emitir sanções à personalidades guineenses, opositores da política do PAIGC, sem sequer ouvir o contraditório!

A mesma CEDEAO que teve a veleidade de sancionar o então Procurador Geral da República e o seu antecessor, não teve a mesma determinação em punir os juízes do Supremo Tribunal de Justiça que, sem matéria para o facto, aceitaram entrar no jogo do PAIGC para bloquear o empossamento do Presidente da República eleito!

Essa mesma CEDEAO limitou-se a solicitar à CNE a repetição do Apuramento Nacional na sua presença, talvez para tentar encontrar alguma falha que lhes desse mais autoridade para se colocarem ao lado da falsa reivindicação do candidato derrotado... Como nada de relevante encontraram no processo eleitoral e posteriormente no empossamento do Presidente da República, sairam em silêncio e limitaram-se a emitir comunicados mais vazios de conteúdo que a mente dos seus autores! Agora pretendem encontrar motivo para afirmarem a sua posição, no derrube do governo do PAIGC e na intervenção das nossas FARP na garantia de segurança do funcionamento do Estado e na recuperação dos bens do Estado usurpados pelos anteriores governantes!

Como se não bastasse, vimos agora o representante da CEDEAO, conhecedor do desenrolar e do estado da atual situação politica no país, vir enviar uma carta ao ex-Primeiro-Ministro, como sendo ele o atual chefe do governo, numa clara atitude de desrespeito, provocação e desautorização ao atual poder legitimamente instalado na Guiné-Bissau!

Face a essa atitude desrespeitadora e provocatória das autoridades do Estado guineense, não resta outro caminho, que não seja as legitimas autoridades guineenses considerarem o reperesentante da CEDEAO como "Persona non grata" na Guiné-Bissau e exigir a sua rápida retirada do país, já que é considerada finda a sua missão...

Aliás, as novas autoridades guineense devem repensar e reequacionar muito bem o tipo de relação diplomática e dos Acordos assinados com várias entidades, cujos os países dos seus representantes e os próprios representantes tenham negócios e outros interesses diretos no nosso país.

A única pergunta que acho ter respondido de forma incompleta na minha entrevista na RTP ÀFRICA, foi a última e hoje completo-a. O que eu espero das novas autoridades guineense é o assumir de uma responsabilidade histórica que é a afirmação da segunda independência, serem os verdadeiros guardiões da nossa soberania, a refundação e a reestruturação do Estado da Guiné-Bissau. Isso seria honrar o sangue de todos os que tombaram na luta para nos dar a primeira independência...

Jorge Herbert