sábado, 9 de março de 2024

Exclusivo: EUA prepararam-se "rigorosamente" para um ataque nuclear russo na Ucrânia no final de 2022

Explosão Nuclear (Getty Images)

Por CNN,  09/03/2024

No final de 2022, os EUA começaram a "preparar-se rigorosamente" para a possibilidade de a Rússia atacar a Ucrânia com uma arma nuclear, no que teria sido o primeiro ataque nuclear em guerra desde que os EUA lançaram bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki quase oitenta anos antes, de acordo com dois altos funcionários da administração que falaram com a CNN.

A administração Biden estava especificamente preocupada com a possibilidade de a Rússia usar uma arma nuclear tática ou de campo de batalha, disseram os funcionários.

A primeira vez que relatei que as autoridades americanas estavam preocupadas com a possibilidade de a Rússia usar uma arma nuclear tática em 2022, mas no meu novo livro, "The Return of Great Powers", publicado em 12 de março, revelo detalhes exclusivos sobre o nível sem precedentes de planeamento de contingência levado a cabo à medida que os membros seniores da administração Biden se tornavam cada vez mais alarmados com a situação.

"Foi isso que o conflito nos apresentou e, por isso, acreditámos e penso que é nosso direito prepararmo-nos rigorosamente e fazer tudo o que for possível para evitar que isso aconteça", disse o primeiro alto funcionário da administração.

O que levou a administração Biden a chegar a uma avaliação tão surpreendente não foi um indicador, mas um conjunto de desenvolvimentos, análises e - o que é crucial - novas informações altamente sensíveis.

O medo da administração, disse um segundo alto funcionário da administração, "não era apenas hipotético - também se baseava em algumas informações que recolhemos".

"Tínhamos de planear de forma a estarmos na melhor posição possível no caso de este acontecimento impensável se concretizar", disse o mesmo alto funcionário da administração.

Durante esse período, do final do verão ao outono de 2022, o Conselho de Segurança Nacional convocou uma série de reuniões para colocar em prática planos de contingência "no caso de uma indicação muito clara de que eles estavam prestes a fazer algo, atacar com uma arma nuclear, ou se eles apenas o fizessem, como nós responderíamos, como tentaríamos evitá-lo ou detê-lo ", disse o primeiro alto funcionário da administração.

"Não creio que muitos de nós, ao assumirmos as nossas funções, estivéssemos à espera de passar muito tempo a prepararmo-nos para um cenário que, há alguns anos, se pensava pertencer a uma era passada", disse este alto funcionário da administração.

Russos cercados

O final do verão de 2022 estava a revelar-se um período devastador para as forças russas na Ucrânia. As forças ucranianas estavam a avançar sobre a cidade de Kherson, ocupada pelos russos, no sul. A cidade tinha sido o maior prémio da Rússia desde a invasão. Agora, corria o risco de ser perdida pela contraofensiva ucraniana. Crucialmente, à medida que as forças ucranianas avançavam, unidades russas inteiras corriam o risco de serem cercadas. A opinião dentro da administração era que uma perda tão catastrófica poderia ser um "potencial gatilho" para a utilização de armas nucleares.

"Se um número significativo de forças russas fosse invadido - se as suas vidas fossem destruídas como tal - isso era uma espécie de precursor de uma potencial ameaça direta ao território russo ou ao Estado russo", disse o primeiro alto funcionário da administração.

"Nessa altura, em Kherson, havia sinais crescentes de que as linhas russas poderiam entrar em colapso. Dezenas de milhares de tropas russas estavam potencialmente vulneráveis".

A Rússia estava a perder terreno dentro do território soberano ucraniano, não dentro da Rússia. Mas os responsáveis norte-americanos estavam preocupados com o facto de o Presidente russo Vladimir Putin ver as coisas de forma diferente. Ele tinha dito ao povo russo que Kherson era agora parte da própria Rússia e, por isso, poderia considerar uma perda devastadora como uma ameaça direta para ele e para o Estado russo.

"Há já algum tempo que avaliamos que um dos cenários em que eles contemplariam a utilização de armas nucleares incluía coisas como ameaças existenciais ao Estado russo, ameaças directas ao território russo", disse o primeiro alto funcionário da administração.

Nesse caso, a Rússia poderia encarar um ataque nuclear tático como um meio de dissuasão contra novas perdas de território russo na Ucrânia, bem como contra qualquer potencial ataque à própria Rússia.

Falsa bandeira

Ao mesmo tempo, a máquina de propaganda russa estava a fazer circular uma nova história de falsa bandeira sobre uma bomba suja ucraniana, que as autoridades americanas temiam que pudesse servir de cobertura para um ataque nuclear russo.

Em outubro de 2022, o ministro da defesa russo, Sergei Shoigu, fez uma série de chamadas telefónicas para oficiais da defesa dos EUA, Reino Unido, França e Turquia, dizendo-lhes que o Kremlin estava "preocupado com possíveis provocações de Kiev envolvendo o uso de uma bomba suja".

Os EUA e outros responsáveis ocidentais rejeitaram os avisos russos. No entanto, o embaixador russo na ONU entregou uma carta diretamente às Nações Unidas com a mesma alegada ameaça. Os funcionários russos alegaram que a Ucrânia iria construir e detonar uma bomba suja contra as forças russas e depois culpar a Rússia pelo ataque.

Os responsáveis norte-americanos rejeitaram os avisos russos, mas recearam a motivação que lhes estava subjacente. "As mensagens públicas russas foram muito exageradas no que se refere à possibilidade de a Ucrânia utilizar uma bomba suja, o que, na nossa opinião, não tem qualquer fundamento na realidade", disse o primeiro alto funcionário da administração. Para este funcionário, "mais preocupante" era o facto de os russos dizerem estas coisas "ou como pretexto para fazerem algo louco ou como cobertura para algo que eles próprios estavam a pensar fazer. Portanto, isso era bastante alarmante".

Mas havia mais um elemento que elevava essas preocupações a um novo nível. As agências de informação ocidentais tinham recebido informações de que havia atualmente comunicações entre responsáveis russos que discutiam explicitamente um ataque nuclear.

Como me descreveu o primeiro alto funcionário da administração, havia "indicações que estávamos a captar por outros meios de que isto era pelo menos algo que os níveis mais baixos do sistema russo estavam a discutir".

O acesso dos EUA às comunicações internas russas já se tinha revelado capaz anteriormente. No período que antecedeu a invasão da Ucrânia, os EUA interceptaram comandantes militares russos a discutir os preparativos para a invasão, comunicações que faziam parte da avaliação dos serviços secretos dos EUA, que mais tarde se provou ser exacta, de que uma invasão estava iminente.

"Nunca se trata de uma avaliação clara e inequívoca", disse o primeiro alto funcionário da administração. "Mas o nível de risco parecia estar a subir, para além do que tinha sido em qualquer outro momento."

Os EUA saberiam?

Em nenhum momento os EUA detectaram informações que indicassem que a Rússia estava a tomar medidas para mobilizar as suas forças nucleares para levar a cabo um ataque desse tipo.

"Obviamente, atribuímos uma elevada prioridade ao rastreio e tínhamos alguma capacidade para, pelo menos, seguir os movimentos das suas forças nucleares", disse este alto funcionário da administração. "E, em momento algum, vimos quaisquer indicações de tipos de medidas que esperaríamos que tomassem se estivessem a seguir o caminho da utilização de armas nucleares."

No entanto, os responsáveis norte-americanos não tinham a certeza de saber se a Rússia estava a transportar armas nucleares tácticas para o local. Ao contrário das armas nucleares estratégicas, capazes de destruir cidades inteiras, as armas nucleares tácticas ou de campo de batalha são suficientemente pequenas para serem deslocadas silenciosamente e podem ser disparadas a partir de sistemas convencionais já instalados no campo de batalha ucraniano.

"Se o que eles iam fazer era utilizar uma arma nuclear tática, em particular uma arma nuclear tática de muito baixo rendimento e, em particular, se iam utilizar apenas uma ou um número muito reduzido, não era cem por cento claro para nós que tivéssemos necessariamente conhecimento", continuou este alto funcionário da administração.

Vários altos funcionários da administração participaram numa ação de sensibilização urgente. O Secretário de Estado Antony Blinken comunicou as preocupações dos EUA "muito diretamente" ao Ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergey Lavrov, de acordo com altos funcionários da administração. O presidente do Estado-Maior General Mark Milley telefonou ao seu homólogo russo, o general Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas russas. De acordo com um alto funcionário dos EUA, o Presidente Joe Biden enviou o Diretor da CIA, Bill Burns, para falar com Sergey Naryshkin, o chefe dos serviços de informação estrangeiros da Rússia, na Turquia, a fim de comunicar as preocupações dos EUA quanto à realização de um ataque nuclear e avaliar as intenções russas.

Os EUA também trabalharam em estreita colaboração com os seus aliados, tanto para desenvolver planos de contingência para um ataque nuclear russo como para comunicar avisos ao lado russo.

"Realizámos uma série de conversas discretas com os principais aliados para analisar as nossas ideias", disse o primeiro alto funcionário da administração. "Essa é a marca de toda a nossa abordagem - somos melhores e mais fortes a fazer estas coisas quando estamos em total sintonia com os nossos aliados."

Índia e China

Para além disso, os EUA procuraram obter a ajuda de países não aliados, em particular a China e a Índia, para desencorajar a Rússia de um tal ataque.

"Uma das coisas que fizemos foi não só enviar-lhes mensagens directas, mas também insistir, pressionar e encorajar outros países, aos quais poderiam estar mais atentos, a fazer o mesmo", disse o segundo alto funcionário da administração.

As autoridades norte-americanas afirmam que a sensibilização e as declarações públicas do líder chinês Xi Jinping e do primeiro-ministro indiano Narendra Modi ajudaram a evitar uma crise.

"Penso que acreditamos que mostrar à comunidade internacional a preocupação com esta questão, particularmente a preocupação dos países-chave com a Rússia e o Sul Global, foi também um fator útil e persuasivo e mostrou-lhes qual poderia ser o custo de tudo isto", disse o primeiro alto funcionário da administração.

"Penso que o facto de sabermos que a China participou, que a Índia participou, que outros participaram, pode ter tido algum efeito na sua forma de pensar", disse o segundo alto funcionário da administração. "Não posso demonstrar isso positivamente, mas acho que essa é a nossa avaliação."

Desde o susto nuclear do final de 2022, perguntei a funcionários americanos e europeus se tinham identificado ameaças semelhantes. O perigo diminuiu quando a guerra entrou num período de relativo impasse no Leste. No entanto, os Estados Unidos e os seus aliados permanecem vigilantes.

"Desde esse período, temos estado menos preocupados com a perspetiva iminente, mas não é algo que esteja longe das nossas mentes", disse um alto funcionário dos EUA. "Continuamos a aperfeiçoar os planos e (...) não está fora de questão a possibilidade de nos confrontarmos, pelo menos, com o risco crescente de que isso volte a acontecer nos próximos meses."

AMNISTIA INTERNACIONAL: Mais de 400 pessoas raptadas há uma semana na Nigéria

© ShutterStock

POR LUSA   09/03/24 

Mais de 400 pessoas, na maioria mulheres e crianças, foram raptadas há uma semana no estado nigeriano de Borno por alegados membros da organização jihadista Boko Haram, anunciou hoje a Amnistia Internacional (AI).

O rapto no domingo deu início a uma das piores semanas de que há memória recente no país africano, que prosseguiu na quinta-feira com o desaparecimento de 287 estudantes e professores no estado de Kaduna.

A Nigéria é assolada há anos pelo flagelo dos raptos por grupos jihadistas e de criminosos, sobretudo desde que a organização Boko Haram raptou 276 raparigas em Chibok em abril de 2014.

A ação em Borno visou três campos de deslocados na zona de Gamboru Ngala, no noroeste do país da Árica Ocidental, perto da fronteira com os Camarões, segundo a AI, citada pela agência espanhola Europa Press.

O governador do estado de Borno, Babagana Zulum, disse na quinta-feira que o rapto em massa ocorreu quando centenas de deslocados se dirigiam para recolher lenha numa floresta próxima.

As autoridades nigerianas ainda não divulgaram o número oficial de vítimas.

O ataque de Kaduna foi perpetrado por centenas de membros de um "grupo de bandidos", como o Governo nigeriano designa as organizações criminosas baseadas no rapto e na extorsão.

O ataque visou a escola e o instituto da Autoridade Local de Educação na cidade de Kuriga e resultou no rapto de 127 alunos do ensino primário e 187 do secundário, bem como de pelo menos dois professores.

Mais de duas dezenas dos alunos da escola primária e um professor conseguiram escapar aos raptores pouco depois do assalto, informaram os funcionários da escola ao governador do Estado, Uba Sani.

A escola secundária de Kuriga tinha sido palco de ataques de bandidos em anos anteriores, pelo que as autoridades decidiram integrá-la na escola primária.

Há anos que o exército nigeriano está a levar a cabo uma campanha contra estes grupos que têm devastado comunidades inteiras no país, tendo como alvo jovens estudantes.

O Governo, para facilitar a ação militar, designou estes bandos como grupos terroristas.

As forças militares nigerianas libertaram 4.488 reféns detidos pelos "bandidos" e outros grupos em 2023, que também resultaram na morte de 6.880 elementos criminosos e na detenção de 6.790.



Leia Também: Pelo menos 150 alunos de escola primária raptados na Nigéria

HUMAN RIGHTS WATCH: Restrições tornaram Coreia do Norte "numa enorme prisão"

© Reuters

POR LUSA  09/03/24 

O agravamento das restrições na Coreia do Norte tornaram este país "praticamente numa enorme prisão", segundo um relatório da Human Rights Watch (HRW), em que refugiados relatam "um terror muito mais intenso do que balas ou vedações".

O novo relatório da organização não-governamental (ONG) inclui testemunhos de norte-coreanos envolvidos no comércio transfronteiriço, refugiados com familiares na Coreia do Norte, antigos funcionários em fuga e ativistas com contactos no interior do país e na China.

Uma refugiada relata no novo relatório como um familiar seu na Coreia do Norte "tem medo de sair [do país] devido à criação de um tal ambiente social, um sentimento de terror muito mais intenso do que uma bala ou uma vedação de arame".

A par do fecho da fronteira com a China, o contexto pandémico intensificou os limites à comunicação do país com o exterior e o acesso à informação, paralelamente aumentando medidas de "controlo ideológico".

O relatório enumerou as três leis ideológicas aprovadas desde 2020, que proíbem conteúdos estrangeiros ou a utilização de expressões idiomáticas estrangeiras e como algumas pessoas que violaram estas disposições foram executadas.

Lina Yoon, investigadora da HRW, defendeu que "o líder norte-coreano deve pôr fim às políticas que praticamente transformaram a Coreia do Norte numa enorme prisão".

A comunidade internacional, adiantou, deve "pressionar" Kim Jong-un para que acabe com os abusos "sistemáticos" e inicie um diálogo para "reabrir o país ao mundo exterior".

Em causa estão os efeitos colaterais do aprofundamento do isolamento decidido pelo regime de Kim Jong-un sobre o já "martirizado" povo daquele país asiático, após o fecho da fronteira da China, um elo fundamental com o mundo exterior, incluindo a nível de produtos alimentares, que passavam pela sua fronteira, tanto formal como informalmente.

Entre esses eventuais efeitos estão consequências económicas e também sanitárias, por se desconhecer o nível de propagação de doenças como a tuberculose e o resultado da ausência total de vacinação infantil relatada pela UNICEF.

O encerramento desta fronteira em 2020, aliado aos "efeitos indesejáveis" das sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas "aumentaram as dificuldades" da população norte-coreana, segundo a investigadora Lina Yoon.

O relatório incluiu a recolha de testemunhos e documentação, como fotografias de satélite ou a partir da China e indicou que Pyongyang chegou ao ponto de autorizar as forças especiais do exército (pokpung gundan) a disparar sobre qualquer pessoa ou animal que se aproximasse da fronteira.

Muitas famílias dependem da fronteira com a China, onde funciona uma atividade informal desde a década de 1990, para obter dinheiro ou alimentos, indicou a HRW, que notou como zonas fronteiriças passaram a ter "duas ou mesmo três filas de cercas, enquanto as instalações para funcionários aumentaram 20 vezes desde 2019", de 325 para 6820, ou seja uma a cada 110 metros.


Leia Também: Coreia do Norte quer mais exercícios militares face a manobras aliadas

FRANÇA: "Cenários inventados". Macron nega boatos sobre transexualidade da mulher

© Christian Liewig - Corbis/Getty Images

Notícias ao Minuto   08/03/24 

O presidente francês lamentou os "ataques machistas e sexistas" de que é alvo "uma mulher poderosa" que o acompanha, Brigitte Macron.

O presidente francês, Emmanuel Macron, comentou, esta sexta-feira, os rumores que dão conta de que a sua mulher, Brigitte Macron, é transgénero, afirmando que se tratam de "informações falsas e cenários inventados".

"O pior são as informações falsas e os cenários inventados, com as pessoas a acabarem por acreditar neles e a perturbar-nos, mesmo na nossa intimidade", disse Macron em declarações aos jornalistas, quando questionado quais as suas "piores recordações como presidente".

Macron falou em particular sobre o Dia Internacional da Mulher e lamentou os "ataques machistas e sexistas" de que é alvo "uma mulher poderosa" que o acompanha, Brigitte Macron.

Durante a intervenção, um jornalista fez questão de questionar se Macron se estava a referir ao facto de "dizerem que a sua mulher é um homem", com o presidente francês a responder: "Sim, com certeza".

Desde que Emmanuel Macron assumiu o cargo, em 2017, várias teorias da conspiração circulam nas redes sociais sobre a sua mulher, que é 24 anos mais velha. Um dos rumores indicam que Brigitte Macron, nascida Trogneux, é, na verdade, uma mulher transgénero, que tinha como nome de nascimento Jean-Michel.

Em 2022, a primeira-dama francesa chegou mesmo a apresentar queixa contra duas mulheres, entre as quais uma jornalista, por espalharem notícias falsas sobre a sua identidade. 


sexta-feira, 8 de março de 2024

Baterias usadas da Estação Espacial reentram hoje na atmosfera

© Shutterstock

POR LUSA   08/03/24 

A Agência Espacial Europeia (ESA) está monitorizar a reentrada natural na atmosfera terrestre, esperada para hoje, de um conjunto de nove baterias usadas, com peso estimado de 2,6 toneladas, que estavam na Estação Espacial Internacional.

As baterias foram lançadas em 11 de janeiro de 2021 e a sua massa total é estimada em 2,6 toneladas, a maior parte das quais deve ser incinerada durante a reentrada.

Embora algumas peças possam atingir o solo, o risco de vítimas, ou seja, a probabilidade de uma pessoa ser atingida, é muito baixo, sublinha a ESA no seu 'site'.

A agência lembra que um grande objeto espacial reentra naturalmente na atmosfera cerca de uma vez por semana, e a maioria dos fragmentos associados ardem antes de atingir a superfície da Terra.

A maioria das naves espaciais, veículos de lançamento e 'hardware' operacional são concebidos para limitar os riscos associados à reentrada.

A reentrada destas baterias ocorrerá entre -51,6 graus sul e 51,6 graus norte, mas há grandes incertezas, impulsionadas principalmente pelos níveis flutuantes de resistência atmosférica, que impedem previsões mais precisas neste momento, observou a agência.

"Quanto mais nos aproximamos da janela de reentrada esperada, melhor a região em questão pode ser geograficamente limitada", sublinhou a ESA, que aponta para hoje a previsão atual de reentrada, com uma incerteza de "+/- 0,4 dias".

A agência espacial está a monitorizar o objeto e, mediante pedido, fornece aos Estados-membros da ESA as últimas previsões sobre a hora e local da reentrada, que depois combinam com as suas próprias análises.

Esta não é a primeira vez que a ESA monitoriza de perto a reentrada de um objeto. Em 21 de fevereiro, confirmou que o satélite Heritage ERS-2, agora fora de uso, reentrou na atmosfera terrestre, sobre o oceano Pacífico, entre o Alasca e o Havai, sendo que nenhum dano material foi relatado.

Quando o satélite chegou a cerca de 80 quilómetros da Terra, começou a quebrar-se em pedaços, que se incineraram.



Leia Também: Trinta anos depois, Portugal lança o seu segundo satélite para o Espaço

Visitas guiadas à exposição “Liberdade - Portugal, lugar de encontros”

Visitas guiadas à exposição “Liberdade - Portugal, lugar de encontros”

Para conhecer a mostra de cruzamentos e de encontros e a expressão artística propiciada pela conquista da Liberdade em Portugal, a UCCLA e o Centro Cultural de Cabo Verde organizam, a partir de 14 de março, visitas guiadas à exposição “Liberdade - Portugal, lugar de encontros”, pelas 12 horas.

Data das visitas:   

14 e 28 de março, 11 e 26 de abril e 9 de maio - UCCLA 

Visita guiada com João Pinharanda 

21 de março e 4 de abril - Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV)

Visita guiada com Ricardo Barbosa Vicente

A entrada é livre.

Na exposição, com curadoria de João Pinharanda, são-nos apresentados 28 olhares artísticos contemporâneos, oriundos dos países que se expressam oficialmente em língua portuguesa. Estes artistas têm em comum o facto de terem tido ou ainda terem em Portugal um lugar de encontro e trabalho, que pode não ser central nem determinante no seu olhar, mas que não deixa de ser um laço, com a restante realidade artística. A manifesta pluralidade de perspetivas decorre não só da diversidade de origens geográficas e das vivências pessoais, que moldaram a respetiva sensibilidades e criatividade individual.

Todas as informações sobre a exposição estão disponíveis através do link https://www.uccla.pt/noticias/exposicao-liberdade-portugal-lugar-de-encontros

Moradas:

UCCLA - Avenida da Índia, n.º 110 - Lisboa

CCCV - Rua de São Bento, n.º 640 - Lisboa

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter |ISSUU

"Destruir frota russa". Reino Unido vai fornecer 10.000 drones à Ucrânia... Este apoio inclui um investimento de 160 milhões de dólares (cerca de 146 milhões de euros).

© Wiktor Szymanowicz/Future Publishing via Getty Images

Notícias ao Minuto   07/03/24 

O Reino Unido anunciou esta quinta-feira que vai fornecer 10.000 drones à Ucrânia para apoiar o país na sequência da invasão russa no seu território.

O anúncio feito pelo Secretário da Defesa, Grant Shapps, durante uma visita a Kyiv, onde se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Este apoio inclui um investimento de 160 milhões de dólares (cerca de 146 milhões de euros), juntando-se a um investimento de  256 milhões de dólares (234 milhões de euros) já anteriormente atribuídos ao país em guerra.

O armamento incluirá 1.000 drones de ataque unidirecional e que visam navios dos invasores.

"As Forças Armadas da Ucrânia estão a utilizar armas doadas pelo Reino Unido com um efeito sem precedentes, para ajudar a destruir cerca de 30% da frota russa do Mar Negro", afirmou Shapps.

De recordar que, na terça-feira, os drones marítimos ucranianos afundaram um navio de guerra russo no Mar Negro, o último de uma série de ataques que têm vindo a paralisar a capacidade naval de Moscovo.

De recordar que o Governo da Noruega anunciou hoje vai contribuir com 1,6 mil milhões de coroas (140 milhões de euros) para o plano checo de aquisição de munições para a Ucrânia se defender da agressão russa.

A Ucrânia poderá receber dentro de algumas semanas 800.000 projéteis de artilharia adquiridos a países terceiros como parte da iniciativa financiada por uma coligação de 18 nações.

Com outros parceiros da NATO, incluindo a Dinamarca e o Canadá, a República Checa detetou meio milhão de munições calibre 155 e 300.000 munições calibre 122, que estavam disponíveis em países terceiros.

Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, França, Alemanha, Lituânia, Países Baixos, Noruega e Suécia estão entre os países contribuintes. 



Leia Também: O Presidente francês Emmanuel Macron transmitiu hoje à oposição que "não há limites" ou "linhas vermelhas" para o apoio de França à Ucrânia, reiterando uma posição considerada irresponsável no Ocidente e que Moscovo já condenou.

FERNANDO DIAS PRESIDENTE INTERINO DE PRS EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA... PARTE_1/PARTE_2


 Radio Voz Do Povo 



COMUNICADO FINAL DO CONSELHO DE MINISTROS _07.03.2024

 Radio Voz Do Povo

Declaração aos Jornalistas, após audiência conjunta do Presidente do Supremo Tribunal, Procurador Geral da República e Presidente do Tribunal Militar com o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

 Radio TV Bantaba 

quinta-feira, 7 de março de 2024

O Conselho Constitucional anunciou uma nova data para o escrutínio. O Presidente cessante, Macky Sall, anunciou a data de 24 de Março, mas o Conselho Constitucional indica o dia 31 de Março.

Senegal: eleições presidenciais marcadas para o final de Março. (ilustação) © William de Lesseux/RFI

Por:  Lígia ANJOS    RFI   07/03/2024 

 Senegal: eleições presidenciais marcadas para o final de Março

Senegal – Depois do adiamento da data das eleições presidenciais, que mergulhou o Senegal numa crise política sem precedentes, o Conselho Constitucional anunciou esta quarta-feira, 6 de Março, uma nova data para o escrutínio. O Presidente cessante, Macky Sall, anunciou a data de 24 de Março, mas o Conselho Constitucional indica o dia 31 de Março.

As eleições presidenciais no Senegal estão marcadas para o final deste mês de Março, anunciaram a presidência e o Conselho Constitucional esta quarta-feira. No entanto, persistem incertezas quanto à data exacta, com a Presidência a anunciar que a primeira volta teria lugar em 24 de Março e o Conselho Constitucional a fixá-la para 31 de Março.

O Conselho Constitucional rejeitou as recomendações do diálogo nacional que defendeu eleições a 2 de Junho e a reabertura da lista de candidatos além dos 19 já validados. Em resposta, o Presidente Macky Sall anunciou uma nova data das eleições presidenciais: domingo, 24 de Março.

Num comunicado de imprensa, o governo anunciou que a primeira volta das eleições presidenciais seria realizada a 24 de Março: "O Presidente da República informou o Conselho de ministros da marcação da data das eleições presidenciais para domingo, 24 de Março de 2024". O Presidente também dissolveu o governo, o primeiro-ministro, Amadou Ba, deixou o cargo para se dedicar à campanha eleitoral, e foi substituído pelo ministro do Interior, Sidiki Kara.

O Conselho Constitucional marcou a votação para 31 de Março, justificando que a data foi definida para “compensar a inércia das autoridades competentes”.

Os membros do Conselho Constitucional lembram que o mandato do chefe de Estado termina a 2 de Abril, pelo que não é possível organizar eleições depois desta data, rejeitando a possibilidade de o Presidente cessante se manter no cargo como presidente interino, caso um novo chefe de Estado ainda seja eleito até 2 de Abril. O Conselho Constitucional rejeita outra recomendação feita por Macky Sall, declarando que a lista de 19 candidatos já validados pela instituição não deveria ser revista.

O Senegal enfrenta uma grave crise política desde o anúncio do Presidente senegalês, que decidiu adiar as eleições presidenciais de 25 de Fevereiro para 15 de Dezembro. Este adiamento foi interpretado como sendo um "golpe de Estado constitucional" pela oposição e por grupos da sociedade civil, desencadeando actos de violência de que resultaram mortos.

SAÚDE: Cientistas descobrem número de passos diários para reduzir risco de morte... Um novo estudo apontam o número mínimo de passos diários benéficos para a saúde de pessoas sedentárias.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto    07/03/24 

Há mais razões para exercitar-se, de acordo com dois novos estudos científicos. Uma investigação feita por investigadores da Universidade de Sidney, na Austrália, e divulgada terça-feira no British Journal of Sports Medicine, indicou que cada passo conta para diminuir o risco de morte em pessoas sedentárias.

Segundo os cientistas, cada passo dado até aos 10 mil reduz o risco de morte e de doenças cardiovasculares graves. Este estudo é o primeiro a indicar as percentagens relativas à redução do risco de morte única e exclusivamente a partir da caminhada.

A investigação envolveu 72.174 voluntários que tiveram a sua caminhada diária monitorizada, durante sete dias, através de uma pulseira eletrónica. Depois, os dados foram comparados com os seus históricos de saúde. Foi assim que os autores do estudo concluíram que o ideal é dar entre nove a 10 mil passos por dia para reduzir em 39% e 21% o risco de morte por qualquer causa e de doença cardíaca grave, respetivamente. Para obter metade dos benefícios, os cientistas descobriram que eram necessários dar quatro a 4,5 mil passos.

"Estes resultados mostram que as pessoas podem e devem tentar compensar as consequências para a saúde do inevitável tempo que passam paradas, a trabalhar sentadas, por exemplo, e que isso pode ser feito aumentando a sua contagem diária de passos", afirma o cardiologista Matthew Ahmadi, o principal autor do estudo, em entrevista ao portal da Universidade de Sidney.

Um outro estudo, realizado por investigadores da Universidade de L’Aquila, em Itália, e publicado no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, indica que o risco de acidente vascular cerebral (AVC) também diminui quando colocamos o corpo em movimento. Os cientistas referem que a recomendação da Organização Mundial da Saúde, de 150 minutos de atividade moderada por semana, levou a uma redução entre 18% a 29% do risco de AVC.


Leia Também: Neurocientista aponta três alimentos que nos envelhecem mais depressa 

STJ: DESPACHO № 07/PSTJ/2024

 


Comunicado de secretariado nacional de Madem-G15.




SAÚDE: Investigadores criam sistema que previne pé diabético através de app

© iStock

POR LUSA    07/03/24 

Investigadores do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) desenvolveram um sistema que, incorporado num sapato e ligado a uma aplicação móvel, permite monitorizar o pé diabético e prevenir o desenvolvimento de complicações.

A tecnologia desenvolvida no instituto do Porto foi integrada na palmilha de um sapato específico para o pé diabético, uma das complicações mais graves da diabetes.

O sistema foi desenvolvido no âmbito do SMART-HEALTH-4-ALL, projeto europeu que terminou em junho de 2023 e que culminou na criação de vários dispositivos médicos, entre os quais o 'My Care Shoe'.

"O que fizemos foi uma integração inovadora", afirmou, em declarações à Lusa, Nilza Ramião, investigadora que liderou o projeto e coordena as unidades de biomecânica e saúde do INEGI.

Segundo Nilza Ramião, o sistema desenvolvido integra sensores - que permitem monitorizar a zona planetária e dorsal do pé, mas também as zonas de maior tensão - e atuadores, que, de forma preventiva, permitem aumentar a circulação sanguínea.

"É um sapato para prevenir a úlcera do pé diabético", destacou a investigadora.

O sistema recolhe informação "em tempo real" sobre as três zonas do pé (antepé, retropé e mediopé) e envia-a, via 'Bluetooth', para uma aplicação móvel, que pode ser controlada pelo doente.

Na aplicação, pequenas bolas retratam os sensores integrados na palmilha e variam de cor consoante os níveis de pressão, alternando entre verde, amarelo e vermelho.

O vermelho surge quando é detetada hiperpressão e nessa situação é enviado para a aplicação móvel um alerta, sugerindo ao doente que faça um exercício de compensação.

"Ao acionar, o sistema de ativação vai abrir e fechar as válvulas de forma a redistribuir o ar para a zona das hipertensões", esclareceu, também à Lusa, a investigadora Arcelina Marques, acrescentando que o exercício, com uma duração de cerca de 40 segundos, requer que o doente esteja parado.

Outra funcionalidade da aplicação "extremamente útil para a prevenção" da doença passa pela estimulação sanguínea. O doente pode ativar este exercício através da aplicação que aciona a vibração da palmilha, estimulando "internamente o fluxo sanguíneo".

À semelhança de um telemóvel, a palmilha tem de ser carregada. Se o uso do sistema for intenso a palmilha tem uma duração de quatro horas, caso não o seja poderá durar todo o dia.

A par destes exercícios, o doente pode aceder ao histórico de alertas e dados sobre a sua condição.

Segundo a investigadora, que é também docente no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), os dados registados na aplicação podem ainda ser monitorizados por um médico, uma vez que a aplicação está diretamente ligada a um 'site'.

"Em função das características do paciente, o médico prescreve uma série de exercícios e depois pode avaliar mediante os dados recolhidos pela aplicação de forma a acompanhar nas consultas", acrescentou Acerlina Marques.

Nilza Ramião admitiu, no entanto, que a utilização deste sistema não substituiu as orientações médicas, pretendendo ser uma solução para "ajudar e prevenir" a doença.

O protótipo foi testado em seis pessoas sem a doença, estando neste momento os investigadores a otimizar algumas das funcionalidades da aplicação. Assim que concluída essa fase, tencionam testar a tecnologia em cerca de 200 doentes com diabetes.

Posteriormente, a intenção é avançar com a certificação do sistema desenvolvido e, com isso, potenciar a sua prescrição médica, para que o sapato possa ser acessível a todos os doentes.

No desenvolvimento do sistema estiveram envolvidos a Ortomedical, Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e o 2CABraga -- Centro Clínico Académico.

Com um financiamento comunitário superior a quatro milhões de euros, o projeto SMART-HEALTH-4-ALL arrancou em 2020 e reuniu mais de 20 parceiros entre empresas e instituições científicas.



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Cabo Verde participa no encontro internacional para proteção dos oceanos

© Lusa

POR LUSA   07/03/24 

Cabo Verde é o país convidado do encontro internacional de Líderes Azuis, dedicado à proteção dos oceanos, que hoje decorre em Bruxelas, apresentando o trabalho realizado pelo país no âmbito da economia azul.

O ministro do Mar, Abraão Vicente, participa do evento para dar conta da experiência cabo-verdiana ao nível da economia azul -- atividades relacionadas com os oceanos, da pesca ao turismo, entre outras -- e sua relação com princípios de sustentabilidade.

A organização Líderes Azuis inclui 24 países -- entre os quais, Portugal, o único lusófono -- que apelam a ações urgentes para salvar o oceano global face à crise climática, à sobrepesca, à poluição e a outras ameaças.

O grupo nasceu durante a Cimeira do Clima de 2021 (COP26), altura em que os países constituintes assinaram uma declaração com dois princípios principais: estabelecer "uma nova meta global para proteger pelo menos 30% do oceano global até 2030" e "concluir rapidamente um novo tratado das Nações Unidas para conservar e proteger a biodiversidade no oceano além da jurisdição nacional".

O encontro de hoje faz parte do programa da presidência belga do Conselho Europeu.

O programa do encontro prevê painéis de discussão com representantes de Governos e organizações internacionais da área da ciência e juventude.

Um dos principais documentos em foco será o Tratado de Biodiversidade de Áreas Além da Jurisdição Nacional das Nações Unidas (Tratado BBNJ ou Tratado de Alto Mar) e a ligação entre o oceano e o clima.

Na qualidade de arquipélago no oceano Atlântico, a quase totalidade do território de Cabo Verde é constituída por mar, ao qual o país -- 10 ilhas, nove habitadas -- está ligado para quase todas as áreas de atividade económica e social.



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Guiné-Bissau : Campanha de castanha de caju 2024, entrevista com Mestre Mamadu Serifo Baldé Consultor em Economia e Gestão


 Radio Voz Do Povo 

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE MISSÃO DO FMI

 Presidência da República da Guiné-Bissau / @Radio Voz Do Povo

O Chefe de Estado recebeu, hoje, uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), liderada por Jose Gijon, que se encontra no país para a avaliação ao programa de Facilidade de Crédito Alargado para a Guiné-Bissau, aprovado no final de Janeiro, 2023, no valor de 35,3 milhões de euros, que será executado nos próximos três anos.  

O programa do FMI relativo a Guiné-Bissau visa apoiar as reformas desenhadas pelo país, com o objetivo de estabilizar a economia, melhorar a competitividade e fortalecer a governação. A missão tem como objectivo avaliar como as metas e critérios exigidos no âmbito do Programa Alargado de Crédito estão a ser atingidos.

Até finais do Maio, a Guiné-Bissau pode beneficiar de 6 biliões de CFA para o apoio orçamental no quadro Programa de Assistência financeira do FMI. O Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo recebeu hoje (06.03) a missão do Fundo que se encontra no país para avaliar o Programa.  @Radio Voz Do Povo


Presidente senegalês, Macky Sall, dissolve o Governo e, substitui o Primeiro-Ministro Amadou Ba pelo Ministro do Interior, Sidiki Kaba e, define 24 de março como nova data para eleições presidenciais.

//TV VOZ DO POVO _ France_24

SENEGAL DEFINE 24 DE MARÇO COMO NOVA DATA PARA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

O Presidente senegalês, Macky Sall, agendou um adiamento das eleições presidenciais para 24 de março, disse o governo na quarta-feira, depois de um tribunal superior ter decidido que uma proposta para realizar a votação após o seu mandato expirar, em 2 de abril, era inconstitucional.

O anúncio encerra uma noite dramática em que Sall dissolveu o governo e substituiu o primeiro-ministro Amadou Ba pelo ministro do Interior, Sidiki Kaba, para que Ba, o candidato presidencial da coligação no poder, possa concentrar-se na sua campanha eleitoral, disse a presidência.

Anteriormente, o Conselho Constitucional decidiu que uma proposta de uma comissão de diálogo nacional para a votação a realizar em 2 de Junho não estava em conformidade com a Constituição.

“O Presidente da República informou o Conselho de Ministros que a data das eleições presidenciais estava marcada para domingo, 24 de março”, disse o conselho de ministros pouco depois em comunicado.

 O anúncio é a mais recente reviravolta numa crise eleitoral que já dura há um mês e que provocou agitação violenta e avisos por parte dos aliados internacionais do Senegal de que a sua reputação como uma das democracias mais estáveis ​​da África Ocidental atingida por golpes de Estado está sob ameaça.

A turbulência tem origem numa tentativa frustrada das autoridades de adiar a votação de 25 de Fevereiro para Dezembro. Sall citou preocupações sobre disputas eleitorais para a mudança, mas alguns membros da oposição disseram que equivalia a uma tentativa de golpe institucional.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE DIRECTOR GERAL DA MENZIES AVIATION

O Presidente da República recebeu hoje em audiência, Aliu Soares Cassamá, Diretor Geral da Menzies Aviation Bissau.

Na ocasião, o Director Geral apresentou ao chefe de Estado a certificação de serviço de qualidade do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, emitida após uma auditoria internacional realizada pela Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA). Esta conquista confirma que o Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira reúne todas as condições de segurança exigidas pela IATA, e permitirá que mais companhias aéreas possam operar na Guiné-Bissau.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

quarta-feira, 6 de março de 2024

RÚSSIA: Apoio a Putin parou de crescer, segundo sondagens publicadas na Rússia

© Contributor/Getty Images

POR LUSA    06/03/24 

O apoio eleitoral ao Presidente russo, que procura este mês a reeleição para um quinto mandato, parou de crescer, apesar de se manter nos 75%, segundo os dados mais recentes do Centro de Estudos da Opinião Pública da Rússia.

Citados no diário moscovita "Nezavissimai Gazet" - "Jornal Independente", os números publicados a 04 de março resultantes de duas sondagens "anteriormente suspensas durante duas semanas" traduzem que "o apoio eleitoral de Vladimir Putin, tendo diminuído de 79% para 75%, não cresce há quase duas semanas".

O jornal notou que a sondagem mais recente do centro de estudos foi feita nos dias 02 e 03 de março, ou seja, após o discurso à nação do Presidente, que não alterou de forma alguma a posição do candidato, apesar de nessa ocasião ter avançado os pormenores do seu programa eleitoral.

A pausa na divulgação das sondagens terá beneficiado Putin porque ajudou a amenizar a sua descida nas sondagens, além de criar "uma espécie de reserva para o crescimento futuro na ponta final da campanha eleitoral", referiu o quotidiano moscovita.

Em 2018, Putin "alcançou 76,69% da votação, o que significa que nele votaram 110 milhões e 850 mil russos", com uma taxa de participação de 67,54%, indicou ainda o jornal.

A previsão da participação dos russos no ato eleitoral presidencial que se aproxima já ultrapassa os 80%.

Para que o Presidente Putin tenha uma votação superior a 77%, é necessário que recolha a tendência favorável de, pelo menos, 70 milhões de eleitores.

Quanto aos outros concorrentes às eleições presidenciais da Rússia, marcadas para os dias 15, 16 e 17 deste mês, Vladislav Davankov recolhe 0,6% da aceitação dos russos, Nikolai Kharitonov fica-se pelos 0,4% e Leonid Slutski não vai além dos 0,3%.

Vladislav Andreevich Davankov, com 40 anos, é empresário e vice-presidente da Duma Estatal (câmara baixa) da Assembleia Federal da Federação Russa desde 12 de outubro de 2021.

É o primeiro vice-presidente do partido Nova Gente, desde 11 de outubro de 2021. Devido ao seu apoio à invasão da Ucrânia, está sob sanções internacionais da União Europeia (UE), Estados Unidos, Reino Unido e vários outros países.

Nikolai Mikhailovich Kharitonov nasceu em 1948 na região de Novossibirsk e é presidente do Comité da Duma Estatal para o Desenvolvimento do Extremo Oriente e do Ártico, desde 12 de outubro de 2021, e membro do Comité Central do Partido Comunista da Federação Russa.

Foi consagrado, em 2023, como Herói do Trabalho da Federação Russa. Nas eleições presidenciais de 2004, ficou em segundo lugar com 13,69% dos votos. Por ter apoiado a invasão da Ucrânia, é igualmente alvo de sanções internacionais.

Leonid Eduardovich Slutski, presidente do Partido Liberal Democrático da Rússia desde 27 de maio de 2022, natural de Moscovo, nasceu em 1968 e é presidente do Comité dos Assuntos Internacionais da Duma desde 05 de outubro de 2016.

O seu nome consta também desde 2014 na lista dos sancionados pelos Estados Unidos, UE e outros países por apoiar a intervenção das forças armadas russas na Ucrânia e a anexação da península ucraniana da Crimeia.

Em 2018, Slutski tornou-se uma figura central do primeiro escândalo sexual envolvendo a Duma Estatal da Federação Russa, amplamente coberto pela imprensa nacional e internacional e que motivou um "boicote" ao deputado por vários meios de comunicação. Foi um dos representantes russos nas negociações russo-ucranianas, após a invasão, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.



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Espanhóis preocupados com "morangos de Marrocos" com "hepatite A"... Agricultores de Valência disseram que existe um "perigo para a saúde pública".

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Notícias ao Minuto   06/03/24 

A Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA, na sigla em espanhol) mostrou "preocupação" perante a notificação emitida no portal comunitário RASFF (Rapid Alert System Feed and Food), da União Europeia, alertando para a "presença de hepatite A em morangos de Marrocos", detetados num ponto de entrada de Espanha.

Segundo a AVA-ASAJA, em comunicado, trata-se de um assunto "sério", porque foi superado o "nível máximo permitido".

Tal "pressupõe um perigo para a saúde pública". A presença de hepatite A nestes morangos pode "ter aparecido por regar as explorações com águas fecais".

A AVA-ASAJA enviou uma carta ao ministro da Agricultura espanhol, Luis Planas, para pedir que "de maneira urgente peça explicações ao governo de Marrocos e concretize que medidas pensa aplicar para evitar que este tipo de situações voltem a acontecer".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a hepatite A é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite A (HAV), que se espalha principalmente quando uma pessoa não infetada (e não vacinada) ingere alimentos ou água contaminados pelas fezes de um pessoa infetada".


JUSTIÇA/GUINÉ-BISSAU: Presidente Umaro Sissoco Embaló debruça-se sobre actuais casos de justiça

PR Umaro Sissoco Embaló visita às obras de Mbatonha © Radio Voz Do Povo

Por: Mussá Baldé  RFI  06/03/2024 

Bissau – De regresso ao país após visitas de trabalho a Israel e à Palestina, o Presidente da Guiné-Bissau deu o mote: Todos os casos judiciais devem ser julgados nos próximos tempos. Umaro Sissoco Embaló referia-se aos casos ligados às tentativas de golpe de Estado de 2022 e 2023 e ainda ao caso ligado aos ex-governantes detidos por suspeita de corrupção.

O Presidente Embaló aproveitou a visita ao local, em Bissau, onde está a ser construído um complexo escolar que terá ainda um posto médico e uma mesquita, para comentar a actualidade política do país.

O Presidente Embaló não falou da sua recente deslocação a Israel e à Palestina, mas falou da tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022 e ainda da de 1 de Dezembro passado.

O Presidente também abordou o caso do pagamento, pelo anterior Governo, de alegadas dívidas a 11 empresários, um caso que levou à detenção do ex-ministro da Economia e Finanças e do ex-secretário de Estado do Tesouro.

Umaro Sissoco Embaló disse que estes três casos devem ir a julgamento nos próximos tempos para que os guineenses saibam quem lesou o Estado.

O Presidente disse que vai convocar, ainda esta semana, o presidente interino do Supremo Tribunal de Justiça, o presidente do Tribunal Militar Superior, o Procurador-Geral da República e o Chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas.

A todos vai transmitir a sua orientação no sentido de se dar prioridade aos três casos judiciais.

Entretanto, decorre uma greve de quatro dias do corpo da Guarda Prisional, que reivindica progressão na carreira.

Dizem que há mais de 10 anos que não há progressão na carreira, quando a lei diz que em cada três anos devem ser graduados.

A greve impede os reclusos, entre os quais os dois ex-governantes, de receber visitas ou alimentos fornecidos pelos familiares.