segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Com a morte de Mandela, África do Sul "perdeu a referência ética"

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POR LUSA    04/12/23 

O jornalista António Mateus e o investigador Fernando Jorge Cardoso, em declarações à agência Lusa, coincidem na análise de que após a morte de Nelson Mandela, em 2013, a África do Sul perdeu a referência ética que tinha.

"Tanto o Presidente que lhe sucedeu, Thabo Mbeki, como Jacob Zuma eram continuamente comparados à memória da atuação de Nelson Mandela, em termos de rigor moral, ético e de elevação de toda a comunidade, de todas as raças, independentemente do seu passado", defende António Mateus.

Mas, a partir do momento em que Mbeki, "que era uma figura mais tecnocrata, menos humanista e depois, mais tarde, para pior, Jacob Zuma, assumiram a Presidência da África do Sul", país vizinho de Moçambique, assistiu-se a "uma derrapagem cada vez mais evidente desses mesmos valores", acrescenta.

Fernando Jorge Cardoso reforça a crítica a Zuma, a quem imputa total responsabilidade pela "transformação da África do Sul numa bandalheira que é total e completa".

"Nós podemos dizer que o atual Presidente (Cyril Ramaphosa) não conseguiu reverter a situação. Eu diria que o atual Presidente da África do Sul apanhou com um tsunami em cima, independentemente das suas intenções, que eu não sei quais são. Mas independentemente das suas intenções, o efeito Mandela já não estava lá".

Para Fernando Jorge Cardoso, investigador do OBSERVARE da Universidade Autónoma de Lisboa e do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL, Mandela "fez o impossível".

"Ele fez o impossível perante uma situação que só é possível mudar em gerações", defende, e dá como exemplo a situação explosiva que existia.

"Enquanto foi vivo conseguiu conter uma explosão de violência dos negros contra os brancos ou vice-versa, porque havia 5 milhões de brancos a viver na África do Sul e eram sul-africanos. Ele conseguiu que esta separação, que só se consegue com grandes investimentos, com o próprio progresso das pessoas, com muito tempo, ele consegue no espaço em que sai da prisão, passam pouco mais de dez anos, consegue, mesmo que só fazendo um mandato na Presidência", explica.

Nelson Mandela "não só evitou uma guerra civil, como criou condições que depois foram desaproveitadas pelos seus camaradas, particularmente a partir do Zuma, em que este diz: Agora chegou a nossa vez", acusa o investigador.

Ao contrário do que se verifica agora, a corrupção na África do Sul "não era um problema endémico, ou seja, não era um problema sistémico".

O jornalista António Mateus, autor de dois livros sobre Nelson Mandela -- foi delegado da agência Lusa na África do Sul, Angola e Moçambique -, considera que a África do Sul "caminha num sentido muito, muito perigoso".

"Está a assistir-se a uma subida acentuada do peso eleitoral de um partido vincadamente racista negro, os Economic Freedom Fighters", liderado por Julius Malema, "um extremista que se revê em toda a conduta de Robert Mugabe do vizinho Zimbabué, que como se sabe, conduziu ao colapso do Zimbabué a todos os níveis. E esse é o grande pesadelo atual da África do Sul".

"Ainda recentemente assistiu-se a cenas de bloqueio e impedimento de acesso de estudantes brancos à Universidade de Pretória e esse tipo de manifestações racistas anti-branco está a desfazer tudo aquilo o que se esperava que Nelson Mandela tivesse conseguido" na África do Sul.

António Mateus reconhece que é "politicamente incorreto dizê-lo, mas é factualmente correto. Nelson Mandela, ele próprio, enfrentou não só o racismo branco como enfrentou o racismo negro".

"As pessoas com uma consciência social mais avançada, como aquelas que supostamente no Ocidente condenam e bem o racismo contra negros, devem com o mesmo vigor condenar o racismo negro. No entanto, quando isto acontece, calam-se porque é politicamente incorreto fazê-lo e isso é totalmente errado. Nelson Mandela não só combatia isso como o denunciava", vinca.

"Ficarmos calados quando isto acontece é estarmos nós próprios a trair a memória e o legado de Nelson Mandela", continua.

Para Fernando Jorge Cardoso, o legado principal de Mandela foram os valores e ter conseguido evitar a implosão na África do Sul.

"Quando se fala em Mandela uma pessoa pensa em dignidade. Pensa numa pessoa não corrupta, que está ali para servir os outros e não para se servir do Estado. Com uma estatura moral espantosa. E então nós não temos neste momento, na África do Sul, nenhuma figura que consiga assumir isto", lamenta.

Porque, conclui, "neste momento, a guerra que nós vemos é uma guerra pelo poder entre membros das elites negras".

O líder histórico sul-africano, Nelson Mandela, morreu em 05 de dezembro de 2013.


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MEMÓRIAS DO PASSADO RECENTE - NO COMMENT...??? ...By Carlitos Costa ...30/11/2023

 

PARTE 02

PARTE 03

PARTE 04

PARTE 05

PARTE 06

PARTE 07

By Carlitos Costa ...30/11/2023

MEMÓRIAS DO PASSADO RECENTE - NO COMMENT...??? ...By Gervasio Silva Lopes ...01/12/2023 12.55 PM

 

PARTE 02

By Gervasio Silva Lopes 01/12/2023  12.55 PM 

ISRAEL/PALESTINA: Ataque do Hamas a 7 de outubro entre "crimes mais graves", diz TPI

© Vanessa Jimenez/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   03/12/23 

O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, sustentou hoje que os ataques do movimento islamita palestiniano Hamas a "civis israelitas inocentes" a 7 de outubro "representam alguns dos crimes internacionais mais graves".

O responsável do TPI emitiu estas declarações após ter-se reunido este fim de semana com o Fórum das Famílias dos Reféns Israelitas em Gaza.

Khan classificou os atos dos combatentes das milícias palestinianas no ataque que efetuaram em território israelita como "crueldade deliberada que choca a consciência da humanidade" e "para a qual se criou o TPI", depois de visitar o 'kibutz' Beeri, Kfar Aza e o local do festival em Reim onde foram mortas centenas de pessoas, nos maiores massacres daquele dia fatídico para Israel.

"Apelo para a libertação imediata e incondicional de todos os reféns feitos pelo Hamas e por outras organizações terroristas. Não pode haver justificação para manter reféns e menos ainda para a flagrante violação dos princípios fundamentais da humanidade, ao sequestrar crianças e continuar a mantê-las em cativeiro", defendeu Khan.

"Os reféns não podem ser tratados como escudos humanos ou moeda de troca", acrescentou.

O procurador do TPI visitou nos últimos dias Israel, a convite de sobreviventes e familiares de vítimas do ataque do Hamas, e explicou que a sua deslocação "não tem caráter de investigação", mas se destinava a "entabular um diálogo" e "expressar solidariedade".

Durante o encontro, as famílias dos reféns que continuam na Faixa de Gaza -- cerca de 132 vivos e cinco cadáveres -- pediram a Khan que "trabalhe para levar os terroristas do Hamas a responder na Justiça por crimes contra a humanidade e genocídio".

Também argumentaram que "existe uma verdadeira obrigação de abrir imediatamente uma investigação àqueles que participaram na crueldade e na violência" de 7 de outubro, que desencadeou a guerra.

Por seu lado, o procurador do TPI mostrou-se disposto a trabalhar com as famílias dos mortos e dos reféns para "garantir a prestação de contas dos responsáveis" pelo ataque.

Além disso, ao terminar a sua histórica primeira visita a Israel e a Ramallah, publicou nas redes sociais mensagens escritas e vídeos comprometendo-se a investigar os crimes cometidos pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em Israel e pelo Exército israelita nos territórios palestinianos.

"Uma investigação do TPI sobre possíveis crimes cometidos por militantes do Hamas e forças israelitas é uma prioridade para o meu gabinete", asseverou.

O TPI investiga desde 2021 alegados crimes de guerra nos territórios ocupados por Israel (Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza), cometidos tanto pelo Exército israelita como pelo Hamas e outros grupos armados palestinianos.

O Governo da Autoridade Palestiniana, sediado em Ramallah, na Cisjordânia, ratificou em 2015 o Estatuto de Roma, mas Israel não faz parte do tribunal nem aceita a sua jurisdição.

A Autoridade Palestiniana recorreu aos tribunais internacionais para tentar travar a atual "guerra de vingança" de Israel na Faixa de Gaza, acusou o Estado Hebraico de cometer crimes que incluem "limpeza étnica" e "sinais de genocídio" e exigiu um cessar-fogo, que é "essencial para o acesso da ajuda humanitária".

Numa mensagem de vídeo enviada de Ramallah, onde se reuniu com os principais líderes palestinianos, o procurador Karim Khan afirmou que a investigação iniciada em 2021 está "a avançar a bom ritmo, com rigor, com determinação".

"E insistindo em que não agimos com base na emoção, mas em provas sólidas", acrescentou.

Desde que a guerra eclodiu, após o ataque de 07 de outubro do Hamas, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, em Israel, e 240 reféns, têm sido proferidas acusações generalizadas de violações do direito internacional por parte do Hamas e das forças israelitas.

A retaliação começou de imediato, com cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza - desde 2007 controlada pelo Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte daquele território, que foi agora expandida para sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.200 mortos, na maioria civis, e mais de 40.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, confirmado pela ONU, e cerca de 1,7 milhões de deslocados, também segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.



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JAAC: CONVOCATÓRIA


‼ÚLTIMA HORA: Tensão político-militar na Guiné-Bissau‼

 DW Português para África  

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, acaba de convocar o Conselho do Estado, órgão de consulta do Chefe de Estado, para discutir a tensão político-militar que vive no país, apurou a DW África de fontes oficiais.

A reunião deverá decorrer a partir das 10h45 minutos, tempo de Bissau, no Palácio da República, em Bissau.

Neste domingo, o chefe de Estado guineense reuniu-se com as chefias militares, após visitar as instalações militares em Bissau, na sequência dos tiroteios registados na capital do país, na passada sexta-feira (1.12).

Esta noite, o Estado Maior General das Forças Armadas acusa a Guarda Nacional de tentativa de "subversão da ordem constitucional legalmente estabelecido no país".

Na madrugada e na manhã de sexta-feira, o batalhão da guarda presidencial e a Polícia Militar atacaram o comando da Guarda Nacional para retirar o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.

Os dois governantes foram para lá levados pela Guarda Nacional que os retirou das celas da Polícia Judiciária, onde estavam em prisão preventiva por ordens do Ministério Público que os investiga no âmbito de um processo de pagamento de dívidas a 11 empresas.

Do ataque ao quartel da Guarda Nacional resultaram dois mortos, a retirada dos dois governantes, que foram novamente conduzidos às celas da PJ e ainda a detenção do comandante da corporação, coronel Vítor Tchongo, e mais alguns elementos.

Actos de subversão: PR da Guiné-Bissau anuncia comissão de inquérito

Por forbesafricalusofona.com   3 Dezembro, 2023 

“Estou disposto a ser o sacrificado para tirar a Guiné-Bissau do colapso e fazer reinar o império da lei”, afirmou Umaro Sissoco Embaló, no seu regresso ao país.

De regresso ao país neste Sábado, 02, do Dubai, onde participou na cimeira sobre o clima COP 28, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou para Segunda-feira, 04, a criação de uma comissão de inquérito com o propósito de se esclarecer a alegada tentativa de golpe de Estado, durante a sua ausência, afirmando, no entanto que “todos sabem de quem é a sua autoria”.

“Estou disposto a ser o sacrificado para tirar a Guiné-Bissau do colapso e fazer reinar o império da lei. Como dizem por aí, ‘ou vivemos em paz ou morremos todos’, é desta vez. A Guiné-Bissau não voltará a ser palco destes teatros. De realçar que existem escutas telefónicas e que este golpe estava a ser orquestrado antes de 16 de Novembro. Se sou eu o sacrifício, será desta vez”, afirmou o chefe de Estado guineense, numa breve declaração aos jornalistas, logo após o seu desembarque no aeroporto Osvaldo Vieira.

Recorde-se que na passada Quinta-feira, 30 de Novembro, depois de oito horas de audição, o Ministério Público da Guiné-Bissau ordenou a prisão preventiva do ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, por alegada prática de crime de peculato.

Os dois membros do Governo foram conduzidos às celas da Polícia Judiciária de Bandim, mas, horas depois, acabaram por ser soltos, por ordem da ministra do Interior guineense, Adiatu Nandigna.

Entretanto, na manhã de Sexta-feira, Suleimane Seidi e António Monteiro foram reconduzidos à prisão por soldados da Guarda Nacional, depois de violentos tiroteios em Bissau, concretamente junto ao quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda, fruto de confrontos entre soldados daquela corporação e elementos do Batalhão da Presidência da República, que eclodiram por volta da 01h00 da madrugada de Sexta-feira, 01 de Dezembro.

A Polícia Militar foi enviada ao local dos combates e na manhã de Sexta-feira, por volta das 08h30, deteve o comandante da Guarda Nacional, coronel Vítor Tchongo, e “mais alguns elementos” daquela corporação. Tchongo e os outros detidos da Guarda Nacional foram conduzidos para as celas no quartel do Estado Maior General das Forças Armadas, na Amura, no centro de Bissau.

O ministro da Economia e Finanças e o secretário de Estado do Tesouro estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de 6 mil milhões de francos CFA (pouco mais de 9 milhões de dólares) a onze empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau, concretamente o Banco da Africa Ocidental (BAO).

Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efectuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.

Vários dirigentes da pasta da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada, no âmbito do processo judicial que levou à prisão preventiva dos dois principais responsáveis do ministério.

Pelo que se diz, os aludidos credores, a quem o Estado alegadamente deve, são na sua grande maioria deputados da nação pela bancada do PAI Terra Ranca, partido que governa o país.

A se confirmar, segundo apurou a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, os acusados incorrem às práticas de corrupção, peculato, violação de normas de execução orçamental, de administração danosa, todas enquadradas nos crimes de titulares de cargos políticos.

Os tumultos forçaram o Presidente da República a regressar com alguma urgência do Dubai. Nas breves declarações à imprensa, no seu regresso ao país, Embaló garantiu que tais acontecimentos terão “consequências pesadas”. Segundo recordou, “já tinha se passado algo do género [subversão à constituição], a 01 de Fevereiro de 2022, uma tentativa de golpe de Estado, que apelidaram ‘Invetentona’”.

O mais alto mandatário da Guiné-Bissau aproveitou a ocasião para agradecer tanto às Forças Republicanas como o batalhão da Presidência da República pelas suas intervenções que terão permitido o controlo da situação. “Existem para coadjuvar as Forças Armadas na protecção do Presidente da República”, enfatizou.

Antes de estar no Dubai, Umaro Sissoco Embaló passou pela Itália, onde se previa ser recebido no Vaticano com o Papa Francisco, encontro que não veio a acontecer por razões de saúde do Santo Padre. De seguida, rumou para Timor-Leste, numa visita de Estado a convite do seu homólogo timorense, José Ramos Horta, para fazer parte das comemorações do 48º aniversário daquele país.

O Estado-maior General das Forças Armadas afirma ter travado tentativa de subversāo da ordem constitucional legalmente instituida, derrotado e desmantelando o Comando Geral da Guarda Nacional nas instalaçōes da Brigada de Intervençāo e Reserva.



domingo, 3 de dezembro de 2023

Qualquer justificação sobre 6 bilhões é um anexo vazio indisponível, é exactamente isso!

A vagabundagem e a desordem no aparelho de Estado é sem precedentes! 
Em lado nenhum se viu tanta anarquia na gestão de um Estado e muito menos em tempo da fictícia democracia!

Agora cabe ao Sissoco fazer cumprir a Lei! Pois é isso que o partido Paigc quer, a tentativa de resgatar prisioneiros sob custódia do Estado, é e foi um desafio à ordem Constitucional! Não só foi um acto de vandalismo como também foi, um atentado para reverter a Ordem Institucional e democrática! 
Os argumentos sobre tentativa de golpe de estado não se sustentam, porém, são falsos, mas, o responsável sabe muita coisa sobre tentativa de Golpe no passado dia 1 de Fevereiro! 
Não interessa as insinuações infundadas e falsas dos fanáticos nas redes sociais!
Cabe cada um exercer o Poder concedido pelo Povo!

Qualquer justificação sobre 6 bilhões é um anexo vazio indisponível, é exactamente isso! 
Amanhã estarei ao vivo para analisar e analisar últimos acontecimentos no país, principalmente, sobre estupidez da Guarda Nacional e cumplicidade do Ministério do interior e, selo POLÍTICO Óbvio. É claro que Guarda Nacional não agiu soberanamente e sem impulso do poder politico. O juíz tem todos os elementos para aceitar argumentos do PGR e ativar prisão preventiva por malversar do erário público.

Domingo, 3 de dezembro
À ver vamos!
Juvenal Cabi Na Una.

Opinião: GOVERNO PISA FEIO NA BOLA NA PRIMEIRA ESQUINA

O DEMOCRATA  03/12/2023 

O Ministro da economia e das finanças considera recorrente, normal e habitual o financiamento para liquidar as dívidas a credores do Estado. Em jogo estão seis mil milhões de francos cfa, amortizáveis em 60 meses. 

Como institucionalizar um rombo aos cofres de Estado, quando a maioria da população vive no limiar da pobreza na Guiné-Bissau?! Este governo que carrega a legitimidade popular não deveria pisar feio na bola nos primeiros três meses da sua governação, com a justificação de que tal procedimento normal teria sido feito por sucessivos ministros das Finanças dos últimos três anos e sob pretexto da orientação do papá FMI para retirar-se do Banco da África Ocidental como o principal acionista até ao final do ano. 

A questão que não se quer calar é a seguinte: que pressa tem o governo para pagar a dívida pública a esses 11 empresários? Quantos jovens estão a trabalhar nas empresas destes empresários? Que critérios foram usados para autorizar este financiamento? Onde reside a soberania económica, se as decisões de rombo de cofres de Estado são dadas supostamente pelo FMI? Que serviços prestaram estes empresários ao país para merecerem este financiamento, etc, etc?

Não me revejo nas claques partidárias de dois pesos e duas medidas de alguns deputados por os seus empresários terem beneficiado no passado, deste procedimento de roubo institucionalizado, nem na teatralidade processual aberta pelo Ministério Público. Que eu saiba,nenhum processo foi aberto, desde o pagamento de prejuízos causados a alguns empresários depois de 7 de junho de 1998 até a esta última operação. Portanto, não deixa de ser uma encomenda política a abertura do processo que não vai resultar em nada.

O setor privado está como está hoje por a maioria dos empresários guineenses ter muitas dívidas nos bancos comerciais, que não conseguem pagar, e muitos estão disfarçados de políticos para servir os seus interesses pessoais. Não se esqueçam que até hoje, o Estado continua a ser maior o empregador no país. Por isso, não é oportuno este procedimento, sobretudo, quando os fundamentos são, porque pagaram no passado os seus empresários. Não podemos continuar a cometer os mesmos pecados na governação. Deve-se fazer a diferença na governação, governando com e para o povo. 

É urgente que o executivo encomende uma assessoria externa para auditar todas as dívidas públicas na Guiné-Bissau, porque não é admissível que cada governo que chega pague as dívida a um grupo de empresários. Outrossim, é preciso fazer a contenção de despesas, priorizando a melhoria das condições de vida da população, através da infraestruturação do país, construindo estradas, hospitais, escolas, mecanizando a agricultura, priorizando a formação e a superação técnico-científica de quadros nacionais para que possamos ter uma função pública que produz resultados.

É necessário que os deputados legislem sobre o pagamento de dívidas públicas, para estancar essa hemorragia económica e financeira causada pelos sucessivos governos. 

Por: Tiago Seide 

Professor e Jornalista 


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Exército diz ter encontrado mais de 800 entradas de túneis em Gaza

© Lusa

POR LUSA   03/12/23 

O exército israelita disse hoje que encontrou mais de 800 entradas de túneis na faixa de Gaza desde o início da sua ofensiva terrestre no enclave palestiniano e que cerca de 500 foram destruídas.

"Desde o início das operações terrestres na Faixa de Gaza, os soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) localizaram mais de 800 entradas de túneis subterrâneos do Hamas", disse o porta-voz militar, citado pela agência Efe, acrescentando que cerca de 500 deles "foram destruídos utilizando vários métodos operacionais".

"Algumas das entradas dos túneis ligavam locais estratégicos do (movimento radical) Hamas através da rede de túneis subterrâneos", declarou o exército em comunicado, acrescentando que "muitos quilómetros de túneis foram destruídos".

O exército disse ainda que "as bocas dos túneis estavam localizadas em zonas civis e algumas mesmo no interior de estruturas civis como escolas, jardins-de-infância, mesquitas e parques infantis", o que, garantiu o porta-voz, constitui "mais uma prova de como o Hamas utiliza deliberadamente a população civil e as infraestruturas para encobrir as suas atividades terroristas em Gaza".

Além disso, segundo o porta-voz do exército, as tropas localizaram "grandes quantidades de armas" em alguns túneis.

A guerra entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, que teve início em 07 de outubro, continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente e fez até agora no enclave palestiniano cerca de 15.000 mortos, na maioria civis, e 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, assim como 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.


Declaração à imprensa- Estado Maior - PR General Umaro Sissoco Embaló após a visita ao Estado maior General das Forças Armadas.


SEM ORDEM PARA DESORDEM!

Fonte: Estamos a Trabalhar

Por: Carlos Sambu 

PAI TERRA RANKA toda sua estrutura dizem não saber quem deu “ afirmative-accion” do ordem para Victor Tchongo de forma presunçoso pontapear umas das selas da PJ e tirar dois presos acusados de corrupção! Mas por fora já se conhece a sentença: Todos condenaram a quem nas primeiras horas da sua ação foi catapultado de “herói” por parte da turma do PAIGC, a sua pomposa plataforma e claqueiros, até mesmo no eunuco conferência de imprensa do presidente da ANP, que também além de condenar diz não saber de nada! 

O mais caricato e triste de tudo, vão construindo narrativa de “inventona” como se isso não bastasse, em jeito de incoerência (coisa de tique deles) estão a pôr em chegue atuação do Victor Tchongo que na primeira hora dizem se tratar de ação patriótico. “ Gosi Kuma tudo i tiatro ku Kila mandadu fasi” muito triste assistir total covardia, salpica com mentira de grupo de gente com ambição desmedida de chegar poder e não escolhem os meios nem fins para isso, até mesmo, descartar quem lhe serviu na primeira esquina! Aliás, só um menos atento, não sabe quem deu ordem para desordem

Visita as Instalações do Estado Maior do Exercito ( AMURA)



 Presidência da República da Guiné-Bissau 

NO COMMENT... ???

Fonte: Pereira Dionísio Simões

Visita as Instalações da Brigada da Intervenção Rapida (BIR)


 Presidência da República da Guiné-Bissau 

Visita as Instalações do Comando Geral da Guarda Nacional.



Presidência da República da Guiné-Bissau 

sábado, 2 de dezembro de 2023

Guiné-Bissau considera confrontos armados tentativa de "golpe de Estado"

POR LUSA   02/12/23 

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou hoje os confrontos armados de sexta-feira uma "tentativa de golpe de Estado" contra o Presidente da República e anunciou uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades.

"Esta tentativa de golpe de Estado terá consequências pesadas", afirmou, à chegada ao aeroporto de Bissau, depois de uma semana ausente do país em visitas oficiais a Roma, Timor Leste e Dubai, para participar na COP28.

Em declarações aos jornalistas, o presidente guineense recusou falar em português e referiu-se apenas às tensões dos últimos dias no país, desde a prisão preventiva do ministro das Finanças, Suleimane Seide, e do Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, decretada na quinta-feira à noite, aos confrontos armados entre a Guarda Presidencial e a Guarda Nacional, na madrugada e manhã de sexta-feira.

"O teatro acabou", insistiu o chefe de Estado, frisando que "toda a gente que está implicada nesta tentativa vai pagar caro".

O presidente da República anunciou que "segunda-feira, haverá uma comissão de inquérito" e reiterou que "a Guiné-Bissau não pode viver mais em teatro".

Sissoco Embaló disse ainda que "há indícios", incluindo escutas telefónicas, de que "esse golpe" não é de agora, que "foi preparado antes de 16 de novembro", o dia da comemoração oficial dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, organizada pela Presidência da República.

O presidente considera que o comandante da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, que foi preso na sexta-feira, agiu "a mando de alguém" quando foi às celas da Polícia Judiciária retirar os dois governantes para os levar para o quartel.

"Tchongo não é maluco até ao ponto de ir rebentar as instalações da Polícia Judiciária", afirmou.

O chefe de Estado guineense insistiu que "não se faz golpe ao presidente da Assembleia, nem ao primeiro-ministro, só se faz ao chefe de Estado, que é comandante supremo das Forças Armadas".

O presidente lembrou a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022 para vincar que já tinha dito àqueles que consideraram que "fizeram teatro" nessa ocasião e "disseram que era inventona", que não voltaria a repetir-se.

Sissoco evocou a frase do antigo presidente guineense Kumba Yalá, "vivemos em paz ou morremos todos", e disse "é dessa vez".

O presidente da República defendeu que "o império da lei tem que funcionar na Guiné-Bissau" e disse que se a Procuradoria-Geral da República deixar de ser o advogado do Estado, ele próprio está "disponível para fazer isso" e evitar que o país caia "num colapso".

"Se eu vou ser sacrificado é dessa vez", afirmou.

Sissoco Embaló afirmou que "todos sabem quem são" os autores do "golpe", referindo a seguir que "não há casa de ninguém atacada", numa alusão à denúncia do presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, de que a residência tinha sido cercada e alvejada, com o próprio em casa.

O Presidente convidou os jornalistas a irem "a casa das pessoas ver se foram atacadas, se uma única casa" foi atacada.

À pergunta sobre o alegado envolvimento do Presidente da República nos acontecimentos de sexta-feira, respondeu: "envolvimento como? Será que vou dar golpe a mim próprio?"

Sobre o envolvimento das tropas da Presidência nos confrontos defendeu que "um dos papéis do batalhão da Presidência da República é manter e coadjuvar o Estado-Maior General, é assim que funciona".

"O batalhão da Presidência da República, no nosso sistema ou no estatuto de Defesa Nacional, é para proteger o Presidente República", frisou.

Na madrugada e na manhã de sexta-feira, o batalhão da guarda presidencial e a Polícia Militar atacaram o comando da Guarda Nacional para retirar o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.

Os dois governantes foram para lá levados pela Guarda Nacional que os retirou das celas da Polícia Judiciária, onde estavam em prisão preventiva por ordens do Ministério Público que os investiga no âmbito de um processo de pagamento de dívidas a 11 empresas.

Do ataque ao quartel da Guarda Nacional resultaram dois mortos, a retirada dos dois governantes, que foram novamente conduzidos às celas da PJ e ainda a detenção do comandante da corporação, coronel Vítor Tchongo, e mais alguns elementos.


PR Umaro Sissoco Embaló regressa à Bissau após a cimeira do Ambiente em Dubai, visita de Estado a Timor Leste e Roma.


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NO COMMENT ...01 & ...02

 


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COMUNICADO DO PAI TERRA RANKA


  Gervasio Silva Lopes

GUINÉ-BISSAU - COMUNICADO DO GOVERNO

 

Conferencia de imprensa do presidente da ANP Domingos Simoes Pereira




PAIGC: comunicado à imprensa



Estado Maior Comunica ao corpo da Guarda Nacional para retornarem aos seus Postos de serviço.

 

#EMGFA

Instituto nota avanços na condição das mulheres e meninas na Guiné-Bissau

POR LUSA    02/12/23 

A condição das mulheres e crianças na Guiné-Bissau tem registado avanços, nomeadamente naquela que é a prática "mais nefasta e cruel", a mutilação genital feminina, segundo o instituto que defende os direitos das mais vulneráveis da sociedade guineense.

Em entrevista à Lusa, a presidente do Instituto da Mulher e da Criança (IMC), Quite Djata, assegura que "há muitos avanços em diferentes domínios em relação às meninas e às mulheres", não só em matéria de leis de defesa e proteção, como também nas práticas do dia-a-dia.

A Lusa falou com a responsável por ocasião da jornada de 16 dias de sensibilização contra a violência do género, que se prolonga e passará, até 16 de dezembro, pelas diferentes regiões da Guiné-Bissau.

Para concretizar os avanços registados, a presidente do IMC aponta o exemplo das escolas, onde "a maior parte" das graduações são de mulheres, o que "quer dizer que o aspeto da escolarização já está avançando".

"A camada jovem já não está perdida com a escolarização.

A única preocupação que nós temos, neste domínio, é outra camada entre os 15 e os 39 anos, ainda temos problemas", observa, defendendo a necessidade de alfabetização desta faixa etária.

Outro avança que destaca é na área da violência económica, já que "dantes, as mulheres não tinham direito a herança dos pais e do marido, mas a situação, também, inverteu-se, sobretudo na camada escolarizada".

Numa das áreas mais sensíveis, a da mutilação genital feminina, a presidente do IMC garante que há avanços, "apesar de todos os relatórios o negarem".

"Se os praticantes ou as praticantes fazem isso já às escondidas, isso é um avanço, quer dizer que as pessoas compreenderam já que fazerem isso não é bom, tanto para saúde, como também estão a violar a lei", sustenta.

Quite Djata reitera que a nível interno "há muito avanço", mas o país está numa sub-região de África "onde há imigração de pessoas de outras nacionalidades que tentam contornar essa prática".

Os casamentos precoces forçados continuam a ser uma preocupação interna e são um dos temas da caravana de sensibilização que está a percorrer o país com um alerta, também, para o planeamento familiar".

"Porque ficar grávida precocemente, fica ´presa` e dá razão aos pais, que vão dizer ela recusou ficar casada e olha o que aconteceu", apontou, defendendo que há a fazer ainda, também, trabalho nas comunidades onde as decisões são tomadas, às vezes, sem consultar inclusive a mãe.

Outra preocupação que continua presente "é a prática mais cruel e nefasta", a mutilação genital feminina, o fanado em crioulo, que "abrange todo o tipo de violência e de consequências no ser humano".

"Está presente, mas não tanto como dantes, porque se estão a fazer isso às escondidas é porque já compreenderam. Há, mas há uma descida no país", assegurou, explicando que a última denúncia vinda a público de um caso estava relacionada com uma família que não é guineense.

"Mas é o nosso território que devemos trabalhar para quem chegar aqui respeite as leis que existem, que procure saber como é que se fazem as coisas aqui no país, sobretudo o que tem a ver com violência, que tem a ver com a saúde, que tem a ver com a vida", considera.

Há também a exploração sexual, que existe, como diz, mas "o problema é que as pessoas fazem disso tabu".

"Se eu for violada sexualmente, tenho vergonha de dizer. Os vizinhos não querem que se saiba que existem na comunidade situações de violação sexual. Até dentro da família acontece", afirma.

O que a presidente do IMC observa é que "quem pratica estes atos com alguém de uma família escolarizada tem problemas, vai ser denunciado" e "quanto mais as pessoas são esclarecidas, quanto mais as pessoas estão escolarizadas", menos estes casos acontecem.

Por isso, frisa, "o melhor mecanismo de abolir muitas das violências" a que se assiste no país "é aumentar o nível de escolarização, é alfabetizar a mulheres que ainda não o foram e também os homens, porque os homens escolarizados não fazem isso".



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PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARTICIPA NA CIMEIRA DAS NACÕES UNIDAS SOBRE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS- COP28 EM DUBAI


O Presidente, Umaro Sissoco Embaló, participou, em Dubai, Emirados Árabes Unidos, na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP28.

O evento, que decorre sob o lema “Unir, Actuar, Entregar Resultados” é um marco na agenda climática mundial da presente década, centrada na apresentação do primeiro balanço global dos progressos mundiais em relação às metas do Acordo de Paris, adoptado em 2015, na COP21.
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COMUNICADO DA CEDEAO - A Cedeao condena Veementemente a Violência e Todas as Tentativas de Perturbar a Ordem constitucional e o Estado de direito na Guiné-Bissau


Israel anuncia que não renovará visto de representante da ONU

© Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   01/12/23 

Israel informou as Nações Unidas de que o visto da sua coordenadora humanitária para os territórios palestinianos, anteriormente acusada de não ser "imparcial", não será renovado, indicou hoje um porta-voz da organização internacional.

A canadiana Lynn Hastings foi nomeada em dezembro de 2020 pelo secretário-geral, António Guterres, como coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinianos e adjunta do enviado para o Médio Oriente, Tor Wennesland.

"Fomos informados pelas autoridades israelitas de que não vão renovar o visto de [Lynn] Hastings após este expirar, no final deste mês", declarou Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres, sem especificar se a responsável, instalada em Jerusalém, será substituída ou se continuará o seu trabalho a partir de outro local.

Apenas garantiu que a canadiana continua a ter a "total confiança" do secretário-geral.

"Viram alguns ataques públicos contra ela no Twitter [atual rede social X], que foram totalmente inaceitáveis", acrescentou.

No final de outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel atacou Lynn Hastings referindo o seu nome na rede social X e acusando-a de não ser "imparcial" nem "objetiva".

"A retórica perigosa de Lynn Hastings está a pôr em perigo os civis inocentes israelitas e palestinianos", lia-se na mensagem, acompanhada de um vídeo lamentando que tenha sido incapaz de condenar o ataque de 07 de outubro a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas com rapidez suficiente.

Outros representantes da ONU têm sido fortemente criticados por responsáveis israelitas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada no início de outubro pelo ataque de proporções sem precedentes do movimento palestiniano em território israelita.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, instou várias vezes à demissão do próprio António Guterres. No final de outubro, anunciou também que Israel deixaria de conceder vistos a representantes da ONU "hostis" a Israel, um caso que, segundo disse, se aplicava também ao secretário-geral adjunto para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

Esta decisão foi tomada em resposta às declarações de Guterres perante o Conselho de Segurança da ONU, onde sustentou que os "horríveis" ataques de 07 de outubro do Hamas "não surgiram do nada", mas sim de "o povo palestiniano estar há 56 anos sujeito a uma ocupação sufocante", num contexto em que "as suas esperanças de uma solução política [para o conflito israelo-palestiniano] estão a desaparecer".

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU, mergulhando aquele enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 248 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.



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Putin ordena aumento de 15% do número de soldados do Exército russo

© Reuters

POR LUSA   01/12/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto ordenando o aumento em 15% do número de soldados do Exército russo, que o explicou com "o aumento das ameaças" relacionadas com o conflito na Ucrânia.

De acordo com o decreto divulgado pelo Governo, a Rússia passará a ter 2,2 milhões de efetivos nas Forças Armadas, entre os quais 1,32 milhões de soldados.

O anterior decreto, datado de agosto de 2022, fixava o número de efetivos previstos em dois milhões, entre os quais 1,15 milhões de soldados.

Em termos concretos, sem contar o pessoal civil, tal representa um aumento de 169.372 militares, ou seja, quase 15% da força de combate atualmente existente.

Assim que o decreto foi anunciado, o Ministério da Defesa russo divulgou um comunicado a explicá-lo.

"O aumento dos efetivos das Forças Armadas deve-se ao aumento das ameaças ao nosso país e relacionadas com a operação militar especial a ser realizada [na Ucrânia] e à continuação do alargamento da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental)", indicou.

"Estão em curso um reforço das Forças Armadas combinadas da Aliança perto das fronteiras da Rússia e o destacamento de mais meios de defesa aérea e de armamento de ataque", especificou.

O ministério garantiu, contudo, que o aumento dos seus efetivos será feito "por etapas", com base em alistamentos voluntários, e que "não está prevista qualquer mobilização" militar.

Em setembro de 2022, enfrentando graves dificuldades na frente de batalha, a Rússia ordenou uma mobilização militar, o que levou centenas de milhares de jovens a fugir do país para evitar o recrutamento forçado e causou um descontentamento generalizado na sociedade russa.

Desde então, a frente estabilizou e as autoridades russas têm privilegiado recrutamentos assentes no voluntariado, prometendo salários elevados e benefícios sociais àqueles que decidam alistar-se.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.



🇬🇼 so bardadi ki na libera Guiné-Bissau ki si fidjus 👀

 


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