sábado, 2 de dezembro de 2023

Instituto nota avanços na condição das mulheres e meninas na Guiné-Bissau

POR LUSA    02/12/23 

A condição das mulheres e crianças na Guiné-Bissau tem registado avanços, nomeadamente naquela que é a prática "mais nefasta e cruel", a mutilação genital feminina, segundo o instituto que defende os direitos das mais vulneráveis da sociedade guineense.

Em entrevista à Lusa, a presidente do Instituto da Mulher e da Criança (IMC), Quite Djata, assegura que "há muitos avanços em diferentes domínios em relação às meninas e às mulheres", não só em matéria de leis de defesa e proteção, como também nas práticas do dia-a-dia.

A Lusa falou com a responsável por ocasião da jornada de 16 dias de sensibilização contra a violência do género, que se prolonga e passará, até 16 de dezembro, pelas diferentes regiões da Guiné-Bissau.

Para concretizar os avanços registados, a presidente do IMC aponta o exemplo das escolas, onde "a maior parte" das graduações são de mulheres, o que "quer dizer que o aspeto da escolarização já está avançando".

"A camada jovem já não está perdida com a escolarização.

A única preocupação que nós temos, neste domínio, é outra camada entre os 15 e os 39 anos, ainda temos problemas", observa, defendendo a necessidade de alfabetização desta faixa etária.

Outro avança que destaca é na área da violência económica, já que "dantes, as mulheres não tinham direito a herança dos pais e do marido, mas a situação, também, inverteu-se, sobretudo na camada escolarizada".

Numa das áreas mais sensíveis, a da mutilação genital feminina, a presidente do IMC garante que há avanços, "apesar de todos os relatórios o negarem".

"Se os praticantes ou as praticantes fazem isso já às escondidas, isso é um avanço, quer dizer que as pessoas compreenderam já que fazerem isso não é bom, tanto para saúde, como também estão a violar a lei", sustenta.

Quite Djata reitera que a nível interno "há muito avanço", mas o país está numa sub-região de África "onde há imigração de pessoas de outras nacionalidades que tentam contornar essa prática".

Os casamentos precoces forçados continuam a ser uma preocupação interna e são um dos temas da caravana de sensibilização que está a percorrer o país com um alerta, também, para o planeamento familiar".

"Porque ficar grávida precocemente, fica ´presa` e dá razão aos pais, que vão dizer ela recusou ficar casada e olha o que aconteceu", apontou, defendendo que há a fazer ainda, também, trabalho nas comunidades onde as decisões são tomadas, às vezes, sem consultar inclusive a mãe.

Outra preocupação que continua presente "é a prática mais cruel e nefasta", a mutilação genital feminina, o fanado em crioulo, que "abrange todo o tipo de violência e de consequências no ser humano".

"Está presente, mas não tanto como dantes, porque se estão a fazer isso às escondidas é porque já compreenderam. Há, mas há uma descida no país", assegurou, explicando que a última denúncia vinda a público de um caso estava relacionada com uma família que não é guineense.

"Mas é o nosso território que devemos trabalhar para quem chegar aqui respeite as leis que existem, que procure saber como é que se fazem as coisas aqui no país, sobretudo o que tem a ver com violência, que tem a ver com a saúde, que tem a ver com a vida", considera.

Há também a exploração sexual, que existe, como diz, mas "o problema é que as pessoas fazem disso tabu".

"Se eu for violada sexualmente, tenho vergonha de dizer. Os vizinhos não querem que se saiba que existem na comunidade situações de violação sexual. Até dentro da família acontece", afirma.

O que a presidente do IMC observa é que "quem pratica estes atos com alguém de uma família escolarizada tem problemas, vai ser denunciado" e "quanto mais as pessoas são esclarecidas, quanto mais as pessoas estão escolarizadas", menos estes casos acontecem.

Por isso, frisa, "o melhor mecanismo de abolir muitas das violências" a que se assiste no país "é aumentar o nível de escolarização, é alfabetizar a mulheres que ainda não o foram e também os homens, porque os homens escolarizados não fazem isso".



Leia Também: Ministro da Guiné-Bissau e secretário de Estado reconduzidos à prisão 

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARTICIPA NA CIMEIRA DAS NACÕES UNIDAS SOBRE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS- COP28 EM DUBAI


O Presidente, Umaro Sissoco Embaló, participou, em Dubai, Emirados Árabes Unidos, na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP28.

O evento, que decorre sob o lema “Unir, Actuar, Entregar Resultados” é um marco na agenda climática mundial da presente década, centrada na apresentação do primeiro balanço global dos progressos mundiais em relação às metas do Acordo de Paris, adoptado em 2015, na COP21.
🇬🇼🇦🇪

COMUNICADO DA CEDEAO - A Cedeao condena Veementemente a Violência e Todas as Tentativas de Perturbar a Ordem constitucional e o Estado de direito na Guiné-Bissau


Israel anuncia que não renovará visto de representante da ONU

© Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   01/12/23 

Israel informou as Nações Unidas de que o visto da sua coordenadora humanitária para os territórios palestinianos, anteriormente acusada de não ser "imparcial", não será renovado, indicou hoje um porta-voz da organização internacional.

A canadiana Lynn Hastings foi nomeada em dezembro de 2020 pelo secretário-geral, António Guterres, como coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinianos e adjunta do enviado para o Médio Oriente, Tor Wennesland.

"Fomos informados pelas autoridades israelitas de que não vão renovar o visto de [Lynn] Hastings após este expirar, no final deste mês", declarou Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres, sem especificar se a responsável, instalada em Jerusalém, será substituída ou se continuará o seu trabalho a partir de outro local.

Apenas garantiu que a canadiana continua a ter a "total confiança" do secretário-geral.

"Viram alguns ataques públicos contra ela no Twitter [atual rede social X], que foram totalmente inaceitáveis", acrescentou.

No final de outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel atacou Lynn Hastings referindo o seu nome na rede social X e acusando-a de não ser "imparcial" nem "objetiva".

"A retórica perigosa de Lynn Hastings está a pôr em perigo os civis inocentes israelitas e palestinianos", lia-se na mensagem, acompanhada de um vídeo lamentando que tenha sido incapaz de condenar o ataque de 07 de outubro a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas com rapidez suficiente.

Outros representantes da ONU têm sido fortemente criticados por responsáveis israelitas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada no início de outubro pelo ataque de proporções sem precedentes do movimento palestiniano em território israelita.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, instou várias vezes à demissão do próprio António Guterres. No final de outubro, anunciou também que Israel deixaria de conceder vistos a representantes da ONU "hostis" a Israel, um caso que, segundo disse, se aplicava também ao secretário-geral adjunto para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

Esta decisão foi tomada em resposta às declarações de Guterres perante o Conselho de Segurança da ONU, onde sustentou que os "horríveis" ataques de 07 de outubro do Hamas "não surgiram do nada", mas sim de "o povo palestiniano estar há 56 anos sujeito a uma ocupação sufocante", num contexto em que "as suas esperanças de uma solução política [para o conflito israelo-palestiniano] estão a desaparecer".

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU, mergulhando aquele enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 248 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.



Leia Também: Mais três jornalistas mortos em Gaza. Total sobe para 73

Putin ordena aumento de 15% do número de soldados do Exército russo

© Reuters

POR LUSA   01/12/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto ordenando o aumento em 15% do número de soldados do Exército russo, que o explicou com "o aumento das ameaças" relacionadas com o conflito na Ucrânia.

De acordo com o decreto divulgado pelo Governo, a Rússia passará a ter 2,2 milhões de efetivos nas Forças Armadas, entre os quais 1,32 milhões de soldados.

O anterior decreto, datado de agosto de 2022, fixava o número de efetivos previstos em dois milhões, entre os quais 1,15 milhões de soldados.

Em termos concretos, sem contar o pessoal civil, tal representa um aumento de 169.372 militares, ou seja, quase 15% da força de combate atualmente existente.

Assim que o decreto foi anunciado, o Ministério da Defesa russo divulgou um comunicado a explicá-lo.

"O aumento dos efetivos das Forças Armadas deve-se ao aumento das ameaças ao nosso país e relacionadas com a operação militar especial a ser realizada [na Ucrânia] e à continuação do alargamento da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental)", indicou.

"Estão em curso um reforço das Forças Armadas combinadas da Aliança perto das fronteiras da Rússia e o destacamento de mais meios de defesa aérea e de armamento de ataque", especificou.

O ministério garantiu, contudo, que o aumento dos seus efetivos será feito "por etapas", com base em alistamentos voluntários, e que "não está prevista qualquer mobilização" militar.

Em setembro de 2022, enfrentando graves dificuldades na frente de batalha, a Rússia ordenou uma mobilização militar, o que levou centenas de milhares de jovens a fugir do país para evitar o recrutamento forçado e causou um descontentamento generalizado na sociedade russa.

Desde então, a frente estabilizou e as autoridades russas têm privilegiado recrutamentos assentes no voluntariado, prometendo salários elevados e benefícios sociais àqueles que decidam alistar-se.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.



🇬🇼 so bardadi ki na libera Guiné-Bissau ki si fidjus 👀

 


 MasterkingQueizy Cascarino Manozenga 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Analise: Dr Nelson Moreira


REAÇÃO DO PRS

 

Madem G-15 condena com veemência o que denomina de "Atentado à República e ao estado de Direito Democrático" e ainda acusa o presidente da ANP de incentivo à violência.

  Radio TV Bantaba

O porta voz do governo afirmou que a situação voltou à normalidade. Muniro Conte diz que o governo da coligação PAI-TERRA RANCA está aberto a colaborar com a Justiça, uma vez que os procedimentos legais forem respeitados


 Radio TV Bantaba

GUINÉ-BISSAU: Polícia Militar confirma pelo 2 mortos nos confrontos armados em Bissau

POR LUSA    01/12/23 

A Polícia Militar guineense disse à Lusa que pelo menos dois militares morreram nos combates registados em Bissau na madrugada e manhã de hoje entre agentes da Guarda Nacional e elementos do Batalhão do Palácio presidencial.

De acordo com a mesma fonte, os mortos seriam um agente da Guarda Nacional e um militar do Batalhão presidencial.

"Para já estamos ainda a averiguar, mas pelo menos, podemos confirmar estas duas mortes", referiu a fonte da Polícia Militar, corpo do exército que mantém a ordem entre os militares em caso de altercações armadas.

A mesma fonte indicou ainda que até ao momento foram registados dois feridos, que estão a receber tratamento médico.

O vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mamadu Turé "Nkrumah", emitiu um comunicado em que informa a população e a comunidade internacional de que a "situação voltou à calma" e que tudo foi provocado pela atuação do Comandante da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, ao mandar libertar os dois membros do Governo detidos na Polícia Judiciária (PJ).

"Por estas razões as Forças Republicanas levantaram-se e repuseram a ordem constitucional", lê-se no comunicado.

Os disparaos ecoaram por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.

A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha esteve, nas primeiras horas da manhã, sem movimentos de viaturas e pessoas, algum comércio encerrou, mas noutras zonas da cidade a população manteve as rotinas normais, mesmo com o som dos disparos.

O ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram postos em prisão preventiva, na quinta-feira, depois de ouvidos pelo Ministério Público.

Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.

Horas depois da decisão judicial, foram retirados das celas da PJ pela Guarda Nacional e hoje de manhã, na sequência dos confrontos, voltaram a ser colocados nos calabouços da Polícia Judiciária.

Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada no âmbito do processo que levou à detenção dos dois principais responsáveis da instituição.


Após um confronto armado, a cidade de Bissau parece estar calma novamente.


Presidente da acaba de discursar no COOP28 em Dubai

 


 Estamos a Trabalhar

Parabéns para PR e PGR.

Por O Democrata Osvaldo Osvaldo

Cidadão emocionado calma! A política não é para amadores e muito menos cabe na cabeça de um observador egocêntrico, pois não interessa tendências politicas publicitárias e marquetológicas.

Será que em Portugal a Guarda Nacional ou Ministério do interior têm autoridade para libertar cidadãos presos? Se a resposta for afirmativa, por quê que a Guarda Nacional Brasileira não libertou Lula da prisão? Eis uma grande questão que todos os que se prezam de democratas deviam perguntar e questionar integralmente! 

Concluindo 

Umaro acabou de fazer uma interpretação esperta da sua autoridade. É ainda o começo da subida da escada! Libertar os bandidos sobre alçadas da Justiça, são mentiras para que moral não vá pela fossa abaixo. Pois são meramente LUNÁTICOS! Muitos não conseguem sentar-se à mesa e jantar! É uma noite de todos os pesadelos até pode ser que o entrudo veio mais depressa pois, muitos estão vestindo de mulheres para fugirem!

Falado bá, 'chefe, cai mas, palavras firma'!

Ele não é o meu Pr, pois estando lá ele deve e é obrigado exercer o cargo, o que aconteceu chama-se de restauração da autoridade da presidência.

PGR serviu-se o verdadeiro propósito Constitucional pois, os artigos da Constituição não foram feitos como refúgio dos criminosos e de banditismo de todas as espécies!

Parabéns para PR e PGR.

Logo se saberá.

Até manhã!

Feliz dia para emocionados. 

sexta-feira, 1 de dezembro

Juvenal Cabi Na Una.

Governo da Guiné-Bissau acusa batalhão presidencial de "uso" da força

© Lusa

POR LUSA   01/12/23 

A coligação no Governo na Guiné-Bissau acusou hoje o batalhão do Palácio Presidencial de estar a fazer um uso "desproporcional e despropositado" da força após confrontos com a Guarda Nacional relacionados com a detenção de dois membros do executivo.

Em declarações à agência Lusa a partir de Bissau, uma fonte da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, que pediu para não ser identificada, considerou que a troca de tiros que ocorreu esta madrugada e hoje de manhã em Bissau é "um golpe de força da Presidência da República contra a Guarda Nacional que simplesmente havia protegido a vida de dois membros do governo".

"Nada justifica tal uso da força e este nível de violência indiscriminada", acrescentou a mesma fonte, pedindo à comunidade internacional que exija uma intervenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO), que tem no país uma força desde a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022.

Tiros de armas ligeiras e pesadas voltaram a ser ouvidos em Bissau desde as 07h00 desta manhã (mesma hora em Lisboa), depois de ao início da madrugada a capital da Guiné-Bissau ter sido surpreendida por disparos.

Os tiros acontecem na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.

Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.



Leia Também: Detido comandante da Guarda Nacional da Guiné-Bissau

Comunicado de imprensa do estado maior General das forças armadas



Ministro da Guiné-Bissau e secretário de Estado reconduzidos à prisão

© Lusa

POR LUSA  01/12/23 

O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram reconduzidos hoje à prisão após terem sido libertados na noite de quinta-feira por soldados da Guarda Nacional.

Fonte militar disse à Lusa que os dois governantes se encontravam no quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda, arredores de Bissau, de onde foram levados novamente "para as celas da Polícia Judiciária" no bairro de Reno.

Suleimane Seidi e Antonio Monteiro foram postos em prisão preventiva, na quinta-feira, apôs seis horas de interrogatórios no Ministério Público, e momentos depois foram retirados das celas pela Guarda Nacional.

Por volta da 01h00 desta manhã eclodiram violentos tiroteios em Bissau, concretamente junto ao quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda.

Fontes militares indicaram à Lusa tratar-se de confrontos entre soldados daquela corporação e elementos do Batalhão da Presidência da República.

As mesmas fontes precisaram que a Polícia Militar foi enviada ao local dos combates e esta manhã, por volta das 08h30, deteve o comandante da Guarda Nacional, coronel Vítor Tchongo, e "mais alguns elementos" daquela corporação.

Tchongo e os outros detidos da Guarda Nacional foram conduzidos para as celas no quartel do Estado Maior General das Forças Armadas, na Amura, no centro de Bissau.

Na capital da Guiné-Bissau deixaram de se ouvir, por volta das 09h00, os disparos de armas, que começaram cerca das 01h20 desta sexta-feira, prolongaram-se por alguns minutos e voltaram a ouvir-se pouco depois das 07h00.

Nos dois momentos, os tiros ecoaram por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.

A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha esteve, nas primeiras horas da manhã, sem movimentos de viaturas e pessoas, algum comércio encerrou na capital da Guiné-Bissau, mas noutras zonas da cidade a população manteve as rotinas normais, mesmo com o som dos disparos.

Os tiros aconteceram na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.

Os governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.

Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.

Vários dirigentes da pasta da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada, no âmbito do processo judicial que levou à prisão preventiva dos dois principais responsáveis do ministério.


Leia Também: Governo da Guiné-Bissau acusa batalhão presidencial de "uso" da força

COP28: Guterres pede ações imediatas e vontade política podem evitar “colapso e incêndio do planeta”

António Guterres na COP27 (GettyImages)

cnnportugal.iol.pt,  01/12/23 

Secretário-geral das Nações Unidas alerta que "os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre"

O secretário-geral das Nações Unidas afirmou esta sexta-feira, na abertura da Cimeira Mundial de Ação Climática, no Dubai, que ainda é possível evitar o “colapso e incêndio do planeta” se os países agirem “agora”, com liderança, cooperação e vontade política.

Discursando na cerimónia de abertura da reunião de líderes políticos integrada na 28.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP 28), António Guterres exortou os países a adotarem medidas urgentes para a “reduzirem drasticamente as emissões”, acelerarem a transição justa e equitativa para as energias renováveis, e promoverem uma justiça climática que proteja os países em desenvolvimento.

O secretário-geral da ONU começou por felicitar o presidente da COP28, Sultan Ahmed Al Jaber, pelo “início positivo” da conferência, “com uma aprovação rápida da agenda e a operacionalização histórica do Fundo para Perdas e Danos”.

Recordando que no espaço de pouco tempo presenciou em dois pontos distantes do planeta – Antártida e Nepal – o derretimento da calote polar e a fusão de glaciares, Guterres disse que o desaparecimento do gelo polar e dos glaciares, à vista de todos, está a causar danos em todo o mundo, desde deslizamentos de terras e inundações até à subida dos mares, uma “doença” que os líderes mundiais “podem curar”.

“Os sinais vitais da Terra estão a falhar: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de sempre. Estamos a milhas dos objetivos do Acordo de Paris - e a minutos da meia-noite para o limite de 1,5 graus. Mas não é demasiado tarde. É possível evitar o colapso e o incêndio do planeta. Dispomos das tecnologias necessárias para evitar o pior do caos climático - se agirmos agora”, afirmou.

Lembrando que o painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas traçou “um caminho claro” para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC acima dos valores médios da era pré-industrial, o secretário-geral da ONU frisou que para tal é necessário “liderança - cooperação - e vontade política” e é necessário “agora”.

António Guterres chamou a atenção para o facto de o aquecimento global “estar a rebentar orçamentos, a fazer disparar os preços dos alimentos, a perturbar os mercados energéticos e a alimentar uma crise de custo de vida”.

Para o responsável da ONU, a ação climática pode mudar a situação e as energias renováveis são um caminho certo para o planeta, para a saúde e para a economia.

“O diagnóstico é claro: Em primeiro lugar, reduzir drasticamente as emissões. O G20 - que representa 80% das emissões mundiais - deve assumir a liderança. Exorto os países a acelerarem os seus calendários de emissões líquidas nulas, de modo a atingirem esse objetivo o mais próximo possível de 2040 nos países desenvolvidos e de 2050 nas economias emergentes”, afirmou.

Em segundo lugar, António Guterres assinalou a necessidade de acelerar uma transição justa e equitativa para as energias renováveis, porque a meta de 1,5 graus só é possível com o fim dos combustíveis fósseis, de modo a fornecer “energia limpa a todos até 2030”.

“Tenho uma mensagem para os líderes das empresas de combustíveis fósseis: a vossa velha estrada está a envelhecer rapidamente. Não se deixem levar por um modelo de negócio obsoleto. Liderem a transição para as energias renováveis. Não se enganem - o caminho para a sustentabilidade climática é também o único caminho viável para a sustentabilidade económica das vossas empresas”, defendeu.

Guterres exortou os governos a ajudarem a indústria a fazer “a escolha certa”, regulamentando, legislando, colocando um preço justo no carbono, acabando com os subsídios aos combustíveis fósseis e adotando um imposto sobre os lucros inesperados.

Em terceiro lugar, o secretário-geral das Nações Unidas, sublinhou que “há muito tempo que a justiça climática é necessária”, pois “os países em desenvolvimento estão a ser devastados por catástrofes que não causaram”.

“Os custos exorbitantes dos empréstimos estão a bloquear os seus planos de ação climática. E o apoio é demasiado escasso e demasiado tardio”, afirmou, acrescentando que o balanço global deve incluir um comprometimento com o aumento do financiamento, nomeadamente para adaptação e para perdas e danos.

“E tem de apoiar a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento para mobilizar muito mais financiamento privado a custos razoáveis, frisou, instando os países desenvolvidos a mostrar como vão duplicar o financiamento da adaptação para 40 mil milhões de dólares por ano até 2025 - como prometido - e clarificar como vão cumprir os 100 mil milhões de dólares - como prometido.

ISRAEL/PALESTINA: Israel sabia de planos de ataque do Hamas há um ano, diz New York Times

© Lusa

POR LUSA   01/12/23 

As autoridades de Israel sabiam dos planos de ataque do Hamas há pelo menos um ano, mas descartaram a possibilidade por serem complicados de executar, avançou na quinta-feira o jornal The New York Times.

Citando "documentos, e-mails e entrevistas" a que teve acesso, o jornal norte-americano afirmou que o plano descrevia com grande precisão um ataque surpresa como o que o grupo islamita palestiniano levou a cabo a 7 de outubro, que causou 1.200 mortos em Israel e mais de 200 reféns.

O plano de 40 páginas, com o nome de código 'Muro de Jericó', previa a utilização de drones para destruir as câmaras de segurança ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, ou a entrada em massa de militantes a pé, de mota e de parapente, embora não fixasse uma data para a operação.

Os oficiais militares da região não acreditavam que fosse possível um ataque desta dimensão. Não é claro se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ou outros líderes políticos tiveram acesso aos documentos, notou o jornal.

O ataque do Hamas levou Netanyahu a declarar guerra ao Hamas e a lançar uma ofensiva na Faixa de Gaza que já custou a vida a mais de 15 mil pessoas.

Quinta-feira foi o sétimo dia de uma trégua, mediada pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que inclui a libertação de reféns e prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O cessar-fogo temporário foi prolongado na quinta-feira de manhã por mais 24 horas e não se sabe se continuará hoje.

O prolongamento da trégua implicaria a libertação de mais 10 reféns israelitas por dia em troca da libertação de 30 prisioneiros palestinianos.

Entretanto, o Qatar continua a trabalhar com os parceiros regionais e internacionais no sentido de um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza.

Até ao momento, foram libertados 105 prisioneiros em Gaza, incluindo 81 israelitas e 24 estrangeiros, enquanto Israel libertou 240 prisioneiros palestinianos, todos eles mulheres e menores.



Leia Também: Israel. Combates retomam na Faixa de Gaza após fim de trégua

NO COMMENT!

 

🔴#GUINÉ_BISSAU ‼️Detido comandante da Guarda Nacional Coronel Vítor Tchongo ( Foto)


O comandante da Guarda Nacional da Guiné-Bissau e mais alguns elementos da corporação foram detidos e conduzidos para as instalações do Estado Maior General das Forças Armadas. Disparos deixaram de ouvir-se em Bissau.

O coronel Vítor Tchongo "e mais alguns soldados" da Guarda Nacional foram detidos por elementos da Polícia Militar, depois de confrontos armados entre a Guarda nacional e forças do Batalhão do Palácio presidencial que começaram ao início da madrugada de hoje, disseram à Lusa fontes militares.

Na capital da Guiné-Bissau deixaram de ouvir-se, por volta das 09:00, os disparos de armas, que começaram cerca das 01:20, prolongaram-se por alguns minutos e voltaram a ouvir-se pouco depois das 07:00. "Ouvem-se tiros de armas automáticas em Bissau. As informações são escassas", descrevia esta manhã o correspondente da DW na capital guineense.

Segundo a Lusa, os disparos partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional.

A zona dos bairros mais próximos dos disparos, como Santa Luzia, Luanda, Empantcha estava sem movimentos de viaturas e pessoas.

Fontes militares afirmam à Lusa que houve confrontos entre elementos da Guarda Nacional e forças do Batalhão do Palácio presidencial, numa altura em que o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntan, se encontra fora do país.

Fonte:  //Lusa //VDP // Estamos a Trabalhar

#Última_Hora: Foram Reconduzidos à Prisão o Ministro das Finanças e o seu Secretário de Estado pelas forças do Umaro Sissoco Embalo...

 Sana Cante 

Tiros de armas de guerra ouvidos em Bissau

© Lusa

POR LUSA    01/12/23 

Tiros de armas de guerra foram ouvidos hoje, em Bissau, capital da Guiné-Bissau, por volta da 1h20 (mesma hora em Lisboa), prolongando-se por alguns minutos, como testemunhou a Lusa no local.

Os tiros foram ouvidos no bairro de Luanda, arredores de Bissau e desconhece-se a origem dos disparos.

Os tiros acontecem na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.

Os dois membros do Governo foram levado para a sede da Polícia Judiciária, de onde terão sido retirados das celas por elementos da Guarda Nacional, segundo indicaram à Lusa várias testemunhas.

O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram hoje detidos no âmbito de um processo relacionado com pagamentos a empresários, disse à Lusa fonte judicial.

De acordo com a fonte, Seidi e Monteiro ficaram em prisão preventiva e foram conduzidos para as celas da Polícia Judiciária no bairro do Reno, perto do Mercado do Bandim, no centro de Bissau, após cerca de seis horas de audição no Ministério Público.

Os dois governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 9,14 milhões de euros) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.

A oposição, que denunciou o caso no parlamento, defende tratar-se de crime prevaricação e desrespeito a normas orçamentais, imputados ao Ministro da Economia e Finanças, ouvido na passada segunda-feira no parlamento.

Naquela instância, Suleimane Seidi confirmou a solicitação do crédito, defendeu que todo o processo obedeceu à legalidade e ainda reafirmou ser um procedimento normal entre os Governos da Guiné-Bissau.

A oposição, na voz do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15) considera o processo fraudulento por envolver "apenas empresários ligados ao Governo" da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka).

Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.

Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada e hoje os dois principais responsáveis da instituição foram detidos.

Suleimane Seidi e António Monteiro são dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação PAI -Terra Ranka, no Governo, juntamente com o Partido da Renovação Social (PRS), Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG) e mais cinco pequenas formações políticas.

O Madem G15 e a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU - PDGB) são os únicos da oposição no parlamento.

A detenção do titular da pasta das Finanças ocorreu no dia em que o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o Orçamento Geral do Estado para 2024, agendado para discussão e votação na sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, que decorre até 27 de dezembro.


Última hora: Tiroteio no Bairro de Luanda em Bissau, segundo os moradores.

Por  Radio Voz Do Povo

A troca de tiros começou por volta da 1hora e 20 minutos locais, desta sexta-feira. Até aqui pouco se sabe sobre os autores dos disparos.

Este ato desencadeou uma movimentação de vários agentes da segurança, que foram colocados a fazer patrulhamentos nas ruas de Bissau.


Detidos pelo Ministério Público: GUARDA NACIONAL RETIRA DA CELA O MINISTRO DAS FINANÇAS E O SECRETÁRIO DE ESTADO DO TESOURO

 O DEMOCRATA  30/11/2023 

Um grupo de elementos das forças da Guarda Nacional invadiram esta noite o serviço de Piquete da Polícia Judiciária, situada à frente do mercado de Bandim, para retirar das celas o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, detidos sob  ordens do Ministério Público.

Seidi e Monteiro foram ouvidos na tarde desta quinta-feira, 30 de novembro de 2023, para esclarecer o pagamento de seis biliões de francos cfa, correspondes a cerca de 10 milhões de dólares norte-americano a 11 empresas. A audição foi conduzida pela equipa da Comissão de Inquérito do Gabinete de Luta contra a Corrupção e durou mais de quatro horas.

Os magistrados declararam prisão ao ministro e ao secretário de Estado, alegando que é uma medida aplicada para não pôr em causa a investigação em curso.   

Os dois governantes foram transportados numa viatura até às celas do serviço de Piquete da PJ, localizado junto ao mercado de Bandim.  

O Democrata apurou que uma viatura de elementos das forças da Guarda Nacional invadiu a celas da PJ com armas AK-47 e “bajukas”, dirigiram-se às celas e retiraram o ministro da Economia e Finanças, SuleimaneSeidi e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, e os levaram para lugar incerto.



quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Última Hora: Foi Prezo o Ministro das Finanças Sulemane Seide


 Radio Voz Do Povo

Gambiano condenado na Alemanha a prisão perpétua por vários crimes

© iStock

POR LUSA    30/11/23 

Um tribunal alemão condenou hoje a prisão perpétua um membro gambiano de um esquadrão da morte que assassinou opositores do antigo ditador Yahya Jammeh, uma sentença descrita pelos familiares das vítimas como um "pequeno passo" na justiça.

O tribunal de Celle (norte da Alemanha) considerou Bai Lowe culpado de "crimes contra a humanidade, assassínio e tentativa de assassínio num total de três casos", no final do primeiro julgamento na Alemanha sobre os abusos cometidos durante o regime de Yahya Jammeh (1994-2017).

Enquanto motorista dos "Junglers", um grupo paramilitar encarregado de intimidar ou eliminar qualquer forma de oposição, Lowe participou em assassinatos no seu país entre 2003 e 2006, incluindo o do correspondente da agência noticiosa France-Presse (AFP) Deyda Hydara, morto a tiro a 16 de dezembro de 2004.

O filho do jornalista, Baba Hydara, que esteve presente em Celle, qualificou a decisão de "importante" para as vítimas da ditadura, mas disse à AFP que este é "apenas o início".

Deyda Hydara foi chefe de redação e cofundador do jornal independente The Point e correspondente da AFP durante mais de 30 anos.

O pai de quatro filhos foi também correspondente da organização não-governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e era considerado um dos jornalistas mais antigos deste pequeno Estado da África Ocidental.

A decisão de hoje "é a primeira a reconhecer que foram cometidos crimes contra a humanidade por Yahya Jammeh", afirmou o advogado de Hydara, Patrick Kroker.??????

O tribunal fez um pedido, sem resposta, às autoridades da Gâmbia para que ajudassem no processo, declarou o juiz Ralf Günther.  

No entanto, o tribunal conseguiu reunir provas suficientes contra o gambiano, incluindo fotografias que o mostram em uniforme militar e uma entrevista de rádio em 2013, na qual ele deu um relato detalhado dos crimes e da sua execução.

Mais tarde, alegou que tinha mentido durante essa entrevista e que só queria fazer com que os seus concidadãos compreendessem a crueldade do regime de Yahya Jammeh.

Refugiado na Alemanha desde 2012, foi detido em Hanôver em março de 2021.

O seu julgamento foi possível graças à jurisdição universal da Alemanha sobre certos crimes graves ao abrigo do direito internacional, que lhe permite julgar suspeitos no seu território, independentemente da sua nacionalidade ou do local onde os alegados crimes foram cometidos.

Além do assassinato de Hydara, foi também condenado pelo assassinato de um antigo soldado gambiano, Dawda Nyassi. Foi igualmente acusado pela tentativa de assassinato de um advogado, Ousman Sillah, e de duas pessoas que trabalhavam para o jornal cofundado por Hydara, Ida Jagne e Nian Sarang Jobe.

"O verdadeiro cérebro, o ditador Yahya Jammeh, e todos os seus cúmplices devem agora responder pelos seus crimes", declarou o diretor de advocacia dos RSF, Antoine Bernard. 

Outros processos em curso fora da Gâmbia incluem o de Ousman Sonko, antigo ministro do Interior, que está a ser julgado na Suíça desde 2017 por crimes contra a humanidade.

O Governo da Gâmbia anunciou, em fevereiro, que estava a trabalhar com a Organização dos Estados da África Ocidental para criar um tribunal para julgar os crimes cometidos durante os cerca de 22 anos de Governo do antigo ditador.

A tarefa afigura-se difícil, pois o antigo Presidente vive no exílio na Guiné Equatorial, um país com o qual a Gâmbia não tem acordo de extradição.


ISRAEL: Hamas reivindica ataque em Jerusalém e apela a "escalada"

© Lusa

POR LUSA   30/11/23 

O movimento islamita palestiniano Hamas reivindicou a autoria do ataque a tiro de hoje que matou três pessoas em Jerusalém e apelou para uma "escalada de resistência" contra Israel.

O Hamas disse num comunicado que dois irmãos, "membros das brigadas Ezzedine al-Qassam" num bairro de Jerusalém Oriental, se "sacrificaram ao levar a cabo uma operação" que "matou três colonos e feriu outros".

O grupo considerado como uma organização terrorista por Israel identificou os autores do ataque como os irmãos Mourad Nemr, 38 anos, e Ibrahim Nemr, 30.

A polícia israelita confirmou que os dois atacantes foram mortos a tiro.


Sindicato de base dos funcionários da Câmara Municipal de Bissau reivindica pagamento de quatro meses de salário em atraso e de dezanove meses de serviço social


 Radio TV Bantaba