sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Rússia anuncia envio de cereais para a Somália e Burkina Faso

© PixaBay

POR LUSA   17/11/23 

O Ministério da Agricultura russo anunciou hoje o envio gratuito de 50.000 toneladas de cereais para a Somália e o Burkina Faso, concretizando uma promessa feita pelo Presidente Vladimir Putin durante a cimeira Rússia-África, em julho.

"Os dois primeiros navios, cada um com 25.000 toneladas, já deixaram os portos russos com destino à Somália e ao Burkina Faso", anunciou Dmitry Patrushev, o titular daquela pasta do Governo russo, num fórum de exposições em Moscovo.

"Esperamos que cheguem aos respetivos destinos entre o final de novembro e o início de dezembro", acrescentou o ministro.

No total, "serão enviadas gratuitamente para África cerca de 200.000 toneladas de trigo russo", acrescentou Patrushev.

Quanto aos outros países com os quais Putin se comprometeu - Zimbabué, Mali, República Centro-Africana (RCA) e Eritreia - o ministro assegurou que os navios iniciarão as respetivas viagens antes do final deste ano.

Putin assegurou na cimeira Rússia-África no passado mês de julho em São Petersburgo que Moscovo não só forneceria os cereais gratuitamente, como também suportaria os custos de transporte.

Recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou que estes seis países "estão na lista do Programa Alimentar Mundial" e que a "atividade humanitária" russa continuará no próximo ano.

A Rússia tomou esta decisão logo após ter suspendido a sua participação no Acordo sobre Cereais do Mar Negro, em 17 de julho, que cancelou de facto o corredor humanitário através do qual a Ucrânia exportava os seus cereais para o mundo.

Desde então, a Rússia tem mostrado interesse em aumentar os fornecimentos aos seus clientes tradicionais no Norte de África e no Médio Oriente.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, admitiu que Ancara e Moscovo estão a negociar com o Qatar o envio de um milhão de toneladas de cereais russos para serem moídos na Turquia e fornecidos a África.

Entretanto, com a ajuda dos países ocidentais, a Ucrânia conseguiu exportar, desde julho, mais de um milhão de toneladas de cereais através do corredor criado ao longo das costas de países como a Roménia, e ainda através do rio Danúbio.


União Europeia defende regresso da Autoridade Palestiniana a Gaza

© Lusa

POR LUSA   17/11/23 

O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, defendeu hoje o regresso da Autoridade Palestiniana a Gaza como plano para estabilizar o enclave e fazer avançar a solução de dois Estados.

Numa conferência de imprensa em Ramallah com o primeiro-ministro palestiniano, Mohamad Shtayé, o chefe da diplomacia europeia apelou ao regresso da Autoridade Palestiniana à Faixa de Gaza, bem como ao reforço do apoio desta entidade por parte da comunidade internacional com forte envolvimento dos países vizinhos árabes.

Borrell tem sido explícito no seu compromisso para que a organização administrativa autónoma liderada pelo Presidente palestiniano, Mahmud Abbas, seja reforçada e possa assumir o comando da situação em Gaza, uma vez terminada a guerra entre o grupo islamita Hamas e Israel.

Até agora, a UE tinha mencionado apenas a utilidade do regresso dos líderes palestinianos a Gaza como parte dos planos futuros para a Faixa, mas evitou indicar se essa competência deveria caber à Autoridade Palestiniana, que governa a Cisjordânia e que foi expulsa de Gaza em 2007 após a vitória eleitoral do Hamas.


Israel divulga vídeo de túnel alegadamente utilizado pelo Hamas por baixo do hospital al-Shifa

 As Forças de Defesa de Israel divulgaram um vídeo para comprovar que o Hamas tem utilizado o hospital al-Shifa, em Gaza, como centro de operações. A CNN Internacional dá-nos mais detalhes.

## CONSTRUÇAO DO CENTRAL SOLAR FOTOVOLTAICA DA CIDADE DE BOLAMA ##

Estado avançado do trabalho de montagem dos painéis solar  e  instalaçoes dos cabos, nas diferentes ruas e Bairros da cidade de Bolama.

OBRIGADO COLIGAÇÃO PAI TERRA RANKA

Gervasio Silva Lopes

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Guiné-Bisssu assinala Dia das Forças Armadas, colorido com a Festa dos 50 Anos da Independência Nacional. Vários chefes de Estado e Governo, vice-Presidentes, Munistros e Personalidades participam nas cerimonias que decorrem na Av. Amilcar Cabral..

Radio Voz Do Povo 


Veja Também:

Os Chefes de Estado e Governo e, várias individualidades jantam num dos hoteis da capital Bissau à convite do Presidente General Embaló. O ambiente está a ser animado por atividades culturais, músicas e danças tradicionais, onde o Presidente da Republica General Umaro Sissoco Embaló animou os presentes. Amanhã, o país celebra o Dia das Forças Armadas que será colorido com a Festa da Independência Nacional.

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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

DESCULPE, ESTAMOS FALIDOS E DE FÉRIAS OBRIGATÓRIAS

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União Europeia: Novas sanções à Rússia limitam exportações de diamantes e petróleo

© Lusa

POR LUSA   15/11/23 

A Comissão Europeia anunciou hoje um novo pacote de sanções da União Europeia (UE) à Rússia, o 12.º, que inclui um reforço das sanções às exportações de petróleo russo, já em vigor, e abrange ainda os diamantes.

"Em conformidade com a decisão do Conselho Europeu de outubro de enfraquecer ainda mais a capacidade da Rússia de prosseguir a sua agressão contra a Ucrânia, o Alto Representante, juntamente com a Comissão, apresentou ontem à noite ao Conselho uma proposta para o 12º pacote de sanções", no qual se propõe "a adoção de novas proibições de importação e exportação, bem como de medidas destinadas a reforçar o limite máximo do preço do petróleo e a combater a evasão às sanções da UE", indica o Serviço Europeu de Ação Externa em comunicado hoje divulgado.

Fontes europeias confirmaram à agência Lusa que neste pacote está incluído um limite a "todas as exportações de diamantes russos", sendo que o 12.º pacote de sanções da UE contra a Rússia pela invasão da Ucrânia estará em discussão na sexta-feira entre os embaixadores dos Estados-membros junto da União.

Os diamantes russos são importantes para a economia do país já que a sua exportação (principalmente para países europeus como Bélgica) vale quase cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros).

De acordo com as fontes europeias ouvidas pela Lusa, trata-se de uma limitação direta aplicada à Rússia e indireta para países terceiros que importam da Rússia.

No que toca ao petróleo, no sexto pacote de sanções, adotado em junho de 2022, a UE proibiu a quase totalidade de importação de petróleo bruto transportado por mar e de determinados produtos petrolíferos da Rússia para a UE e impôs um teto máximo, visando limitar os aumentos de preços provocados por condições de mercado extraordinárias e reduzir drasticamente as receitas da Rússia.

Estes limites de preço eram de 60 dólares por barril para o petróleo bruto, de 45 dólares por barril para produtos petrolíferos comercializados com desconto e de 100 dólares por barril para produtos petrolíferos comercializados a prémio, mas estas margens serão agora revistas no novo pacote de sanções.

Além disso, com as novas medidas restritivas, passarão a ser abrangidas "mais de 120 pessoas e entidades pelo papel que desempenharam na ameaça à soberania e à integridade territorial da Ucrânia", de acordo com a nota do Serviço Europeu de Ação Externa.

Acresce que "das propostas de inclusão nas listas constam intervenientes dos setores militares, da defesa e das tecnologias de inovação russos, bem como outros operadores económicos importantes", é indicado.

O objetivo é, de acordo com a diplomacia comunitária, "reforçar o quadro de sanções em geral".

A UE impôs sanções maciças sem precedentes contra a Rússia em resposta à guerra de agressão contra a Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial.


Parte 2_ANP: Apresentação, Discussão e Votação do Programa do Governo da XI Legislatura

Radio Voz Do Povo 

Netanyahu diz "não haverá lugar em Gaza que Israel não atinja"

© Reuters

POR LUSA   15/11/23 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, indicou hoje que "não haverá qualquer local em Gaza" que Israel "não alcance, nenhum esconderijo, nenhum refúgio", e quando o Exército israelita entrou no maior hospital do território palestiniano.

"Vamos atingir e eliminar o Hamas e trazer de volta os reféns", duas "missões sagradas", declarou o chefe do Governo durante uma visita a uma base militar em Israel.

"Não haverá abrigo para os assassinos do Hamas", disse ainda.

O Exército israelita entrou hoje no maior hospital de Gaza, ao considerar que as instalações albergam uma base estratégica do Hamas, uma operação que está a suscitar forte inquietação devido aos milhares de palestinianos refugiados no local.

"Pediram-nos para não entrar em Gaza? Pois, mesmo assim entrámos. Disseram-nos que não chegaríamos à entrada da cidade de Gaza, e chegámos. Disseram-nos que não poderíamos entrar no hospital al-Shifa. E lá estamos", acrescentou.

O hospital al-Shifa, um imenso complexo e desde há vários dias no centro dos combates entre soldados israelitas e combatentes palestinianos, representa um objetivo prioritário para Israel, que disse pretender "aniquilar" o Hamas, no poder em Gaza, desde os ataques de 07 de outubro protagonizado pelo grupo islamita em território israelita.

Intensos combates continuavam a decorrer entre forças militares israelitas e as milícias Izz ad-Din al-Qassam, o braço armado do Hamas, e outras formações armadas palestinianas no norte de Faixa de Gaza, onde 1,65 dos 2,4 milhões de habitantes do território já foram deslocados na sequência da ação militar de Israel, indicou o Gabinete de coordenação dos assuntos humanitários da ONU (Ocha).

O enclave está submetido a um cerco total por Israel desde 09 de outubro, com a população privada do fornecimento de água, eletricidade, alimentos e medicamentos.

Uma parte desta população refugiou-se no sul, perto da fronteira egípcia, mas centenas de milhares permanecem no meio dos combates, no norte do território. Segundo diversas organizações não-governamentais (ONG), a situação é "desastrosa para todos".

Na Faixa de Gaza, onde Israel afirma pretender "aniquilar" o Hamas, os bombardeamentos israelitas em represália pelo ataque de 7 de outubro já provocaram a morte de 11.320 pessoas, na maioria civis, incluindo 4.650 crianças, segundo o ministério da Saúde do Hamas.

De acordo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 pessoas foram mortas em Israel no ataque do Hamas em 07 de outubro, incluindo cerca de 350 militares e polícias.



Leia Também: Israel aprova cidadania honorária a estrangeiros mortos pelo Hamas

Guerra é contra "a identidade da terra e a identidade do povo", diz Abbas

© Reuters

POR LUSA   15/11/23 

O Presidente da Autoridade Palestiniana (AP), Mahmoud Abbas, acusou hoje Israel de travar uma guerra contra a existência dos palestinianos, num discurso que assinalou o 35.º aniversário da declaração de independência da Palestina.

"Estamos a enfrentar uma guerra bárbara de agressão e uma guerra aberta de genocídio contra o nosso povo na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém, a nossa capital eterna", afirmou Abbas.

O Presidente da AP está sediado em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, geograficamente separada da Faixa de Gaza por território israelita.

O Hamas, um grupo palestiniano extremista, controla a Faixa de Gaza desde 2007, de onde cerca de três mil dos seus militantes lançaram um ataque sem precedentes contra o sul de Israel em 07 de outubro.

O ataque causou 1.200 mortos, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma declaração de guerra ao Hamas e uma ofensiva contra Gaza que o grupo islamita disse que já matou mais de 11 mil pessoas.

"A guerra injusta e agressiva a que estamos expostos é uma guerra contra a existência palestiniana e a identidade nacional palestiniana", disse Abbas, segundo a agência palestiniana WAFA.

Abbas afirmou que se trata de uma guerra contra "a identidade da terra e a identidade do povo", naquilo a que chamou "um episódio na série de agressões que têm vindo a ocorrer há mais de um século".

Acusou Israel, "o Estado ocupante", de estar a realizar "um massacre perante os olhos do mundo para quebrar a vontade" palestiniana.

Abbas, 88 anos, disse que a Palestina é a terra onde o povo palestiniano "vive há mais de 6.000 anos" e considerou vergonhoso haver quem apoie a agressão israelita e lhe dê cobertura política e militar.

Disse que o povo palestiniano é que paga um preço elevado no conflito e referiu que as autoridades palestinianas "estabeleceram uma série de prioridades nacionais" a fim de "parar a agressão bárbara" de Israel.

"Queremos uma vida segura, digna e livre para o nosso povo na sua terra natal e num Estado livre, independente e totalmente soberano, com Jerusalém como capital. É a nossa estratégia, é o nosso objetivo e continuaremos a lutar por ele até o conseguirmos", declarou.

Abbas frisou que a Faixa de Gaza "foi e continuará a ser para sempre parte integrante do território do Estado da Palestina".

"E é parte integrante das nossas responsabilidades nacionais que não podemos abandonar", acrescentou, numa altura em que se questiona quem assumirá o controlo da Faixa de Gaza se Israel derrotar o Hamas.

Abbas recordou a declaração de independência como o corolário da luta histórica da Organização de Libertação da Palestina (OLP).

Disse que o povo decidiu que a OLP "seria o seu único representante legítimo, o portador do seu estandarte nacional e o guardião do sonho da independência, do regresso e do Estado".

Yasser Arafat (1929-2004), o líder histórico da OLP, proclamou o Estado da Palestina em 15 de novembro de 1988, em Argel, 40 anos depois do estabelecimento do Estado de Israel.


PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA AS OBRAS DA ESTRADA AVENIDA AMILCAR CABRAL


 Presidência da República da Guiné-Bissau


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O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência o Embaixador dos Estados Unidos para a Guiné-Bissau, Michael A. Raynor, com quem abordou questões relacionadas com o reforço da cooperação entre os dois países, com destaque para o reforço das instituições democráticas e o crescimento económico durável.
A ocasião permitiu ainda passar em revista a situação política e os mais recentes desenvolvimentos a nível regional e sub-regional. 🇬🇼🇺🇸

ANP: Apresentação, Discussão e Votação do Programa do Governo da XI Legislatura

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RÚSSIA: Amante de Putin não é vista desde rumores da morte do presidente russo

© Getty Images/GIUSEPPE CACACE

Notícias ao Minuto   15/11/23 

No final de outubro, uma organização que afirma ter informações confidenciais sobre as atividades do Kremlin anunciou que Vladimir Putin tinha sofrido um ataque cardíaco. A informação já foi desmentida. 

Alina Kabaeva, mundialmente conhecida como sendo a 'amante ginasta' de Vladimir Putin, está desaparecida há três semanas.

A mulher, a quem muitos se referem como a 'Primeira Amante' de Putin, de 40 anos, deixou de ser vista em público desde que surgiram notícias de que o presidente russo havia sofrido um ataque cardíaco.

Alina, que se crê ser mãe de dois ou três filhos de Putin, foi vista no início de outubro, na Academia de Ginástica Rítmica Alina Kabaeva Sky Grace, em Sochi - uma base de treino de elite para futuras estrelas da modalidade. A última vez que foi vista em público foi no dia 22 do mesmo mês, no torneio 'Games of Countries' realizado na sua academia. 

Embora já tivesse tido longas ausências da vida pública, a imprensa diz ser curioso que esta tenha desaparecido no mesmo dia em que começaram a circular rumores sobre a morte do seu alegado companheiro.

As primeiras alegações sobre a morte de Putin, recorde-se, surgiram no canal Telegram 'General SVR', organização que afirma ter informações confidenciais sobre as atividades do Kremlin. Estes indicavam que o líder russo teria morrido no palácio Valdai, a norte de Moscovo, onde Alina alegadamente também vive.

Mais tarde, a notícia seria desmentida.


Leia Também: Putin indulta homicida de jornalista opositora por combater na invasão

EUA/CHINA: Presidente dos Estados Unidos diz que a China tem "sérios problemas"

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POR LUSA   15/11/23 

O presidente dos Estados Unidos disse que a China tem "sérios problemas", uma declaração que ocorre na véspera de esperado encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping.

"O presidente, Xi, é outro exemplo de como o restabelecimento da liderança norte-americana no mundo se está a impôr. Eles têm sérios problemas, amigos", disse Joe Biden, em São Francisco (costa oeste), numa angariação de fundos para a campanha de reeleição.

Biden não especificou a que se referia exatamente, mas as observações surgem numa altura em que a recuperação da China após a pandemia da covid-19 parece ter abrandado.

Num evento semelhante, em junho, o líder norte-americano chegou ao ponto de chamar "ditador" a Xi, o que causou grande desconforto em Pequim.

O encontro de hoje entre Biden e Xi terá lugar na área da baía de São Francisco, um dia antes da cimeira dos líderes das 21 economias da Cooperação Económica Ásia-Pacífico, que termina na sexta-feira.

Será a segunda reunião dos líderes das principais economias do mundo desde a chegada de Biden à Casa Branca, em janeiro de 2021. A primeira, que durou mais de três horas, teve lugar em novembro do ano passado, à margem do G20, em Bali, na Indonésia.

O encontro também representará a primeira conversa em um ano entre os dois líderes, que não tiveram nenhuma comunicação formal, nem mesmo um telefonema, desde a reunião em Bali.



Leia Também: A China continua a ser o maior emissor de estudantes estrangeiros para universidades dos Estados Unidos, apesar do deteriorar das relações bilaterais, segundo dados do Instituto de Educação Internacional (IIE) divulgados hoje.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

ANP: 2ª Parte_Abertura da Iª Sessão Ordinária do ano Legislativo 2023-2024 da 11ª Legislatura


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Chegada do músico Guineense da nova geração FLAVNAIS KING FDB_Aeroporto International Osvaldo Vieira


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Guiné-Bissau espera começar a exportar peixe para a UE dentro de um ano

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POR LUSA  14/11/23 

O Ministério das Pescas da Guiné-Bissau conta iniciar a exportação do pescado do país para a União Europeia dentro de um ano, contando até lá ter a acreditação do laboratório de pesca.

Iça Bari, diretor geral do Instituto Nacional de Investigação das Pescas e Oceanografia, disse à Lusa que o país "já não pode esperar mais" no processo de obtenção da certificação do pescado para passar a exportar para a União Europeia.

Há vários anos que as autoridades guineenses tentam obter essa autorização, que passará, entre outras diligências, pela criação e entrada em funcionamento de um laboratório de controlo de qualidade e higiene do pescado e pela certificação.

Uma equipa de consultores da União Europeia que se encontra em Bissau para avaliar os passos já dados pelas autoridades referiu como expectativa, na melhor das hipóteses, conseguir concluir todo o processo dentro de dois anos.

O diretor-geral do Instituto Nacional de Investigação das Pescas e Oceanografia do Ministério das Pescas guineense considerou esse tempo "largo demais".

"Para as autoridades devia ser agora, mas de acordo com o nosso parceiro, União Europeia, o horizonte temporal será dentro de um ano, um ano e meio ou dois. Mas o processo está bem encaminhado", observou Iça Bari.

O responsável assinalou que Portugal vai ajudar a Guiné-Bissau na acreditação do laboratório de controlo de higiene do pescado, um dos requisitos para obter a certificação.

Bari afirmou que "as barreiras" que se colocam no processo por parte da União Europeia "são mais políticas de que técnicas", tendo em conta os passos já dados por Bissau.

"As pessoas aqui na Guiné-Bissau não entendem como é que a União Europeia pesca aqui nas nossas águas e leva o produto como produto da União Europeia, mas quando é para colocar 'made in Guiné-Bissau' ao nosso pescado já há barreiras", disse.

Para o responsável, as pessoas no país não percebem que o pescado capturado na Guiné-Bissau seja exportado para o mercado europeu a partir do Senegal.

"A única diferença é que o Senegal está na lista de países que podem exportar pescado para a União Europeia", sublinhou Iça Bari.

O responsável do Ministério das Pescas guineense notou que das 200 mil toneladas de capturas anuais, cerca de 30% passa pelo Senegal, para atingir outros mercados, nomeadamente europeu.

Henrique da Silva, sócio-gerente de uma das principais empresas de pesca da Guiné-Bissau disse à Lusa que não concorda que o país espere por mais tempo até obter a certificação para começar a exportar para o mercado europeu.

O empresário considerou necessário que a Guiné-Bissau "faça pressão" junto da União Europeia.

"Quando tivermos produto para exportar somos obrigados a descarregar no Senegal, tirar o pescado da caixa, entregar ao comprador e com o jogo dos preços ficamos sempre a perder dinheiro. Achamos que é urgente mudar isso", defendeu Henrique Silva.

O empresário disse não acreditar que as empresas pesqueiras da Gâmbia e da Guiné-Conacri tenham melhores condições para exportar para o mercado europeu do que as da Guiné-Bissau.

"É muito tempo esperar mais dois anos, vamos exigir que se encurte esse prazo", vincou Henrique Silva.


ISRAEL: Guterres "não merece" liderar ONU, diz chefe da diplomacia israelita

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 POR LUSA   14/11/23 

O chefe da diplomacia israelita, em visita oficial a Genebra para pressionar as organizações internacionais para a libertação dos reféns em Gaza, afirmou hoje que o secretário-geral da ONU, António Guterres, "não merece estar à frente das Nações Unidas".

"Não promoveu nenhum processo de paz na região", acrescentou Eli Cohen, acompanhado por familiares de reféns raptados em Gaza, numa conferência de imprensa na sede europeia das Nações Unidas, pouco antes de se encontrar com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Guterres não merece estar à frente das Nações Unidas. Guterres não encorajou nenhum processo de paz na região. [...] Penso que Guterres, tal como todas as nações livres, deveria dizer alto e bom som: libertem Gaza do Hamas", argumentou Cohen.

Cohen, que é acompanhado nesta viagem pelo ministro da Saúde israelita, Uriel Menachem Buso, criticou ainda: "O Irão, um país que defende a destruição de Israel, não deveria ser membro das Nações Unidas, mas podemos ver como Guterres se senta com eles".

"Guterres, tal como todas as nações livres, deve dizer alto e bom som que Gaza deve ser libertada do Hamas, que o Hamas é ainda pior do que o Estado Islâmico", acrescentou o chefe da diplomacia israelita.

Cohen reuniu-se anteriormente na cidade suíça com a presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, com o objetivo de a organização utilizar a sua longa experiência na defesa de prisioneiros de guerra e civis em conflitos para tentar mediar a libertação de reféns ou, pelo menos, obter provas de que estes ainda estão vivos.

Na conferência de imprensa, Cohen realçou que a Cruz Vermelha ainda nem sequer conseguiu encontrar-se com reféns retidos em Gaza pelo movimento de resistência islâmica Hamas.

"Estou aqui com o ministro da Saúde [israelita] e com familiares dos reféns e tivemos uma reunião com a presidente do CICV. Até à data, ninguém se encontrou com os reféns. Não temos nenhuma prova de vida. Até hoje, nenhum dos nossos reféns se encontrou com a Cruz Vermelha", disse Cohen.


Finlândia está a considerar encerrar a sua fronteira com a Rússia

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POR LUSA   14/11/23 

A Finlândia anunciou hoje que está a considerar restringir o tráfego fronteiriço ou mesmo encerrar os seus pontos de passagem com a Rússia, após um aumento no número da entrada de migrantes ilegais.

O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, disse que a Rússia estava a deixar deliberadamente os migrantes atravessarem a fronteira, apesar da falta de documentos válidos, sugerindo que se tratava de uma tentativa de desestabilizar a Finlândia.

"Parece ser uma decisão deliberada", declarou o primeiro-ministro finlandês.

"A mensagem do Governo é clara: queremos garantir a segurança das nossas fronteiras", afirmou Orpo.

A Finlândia partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia.

O Kremlin prometeu em abril tomar "contramedidas" após a adesão da Finlândia à NATO, classificando o alargamento da Aliança Atlântica como um "ataque à segurança" da Rússia.

A ministra do Interior finlandesa, Mari Rantanen, disse hoje aos jornalistas que o Governo decidiu que "o Ministério do Interior vai preparar uma proposta de medidas restritivas" ao abrigo da Lei de Passagem de Fronteiras.

"O Governo pode decidir restringir o tráfego fronteiriço ou encerrar pontos de passagem", acrescentou a ministra.

"De acordo com relatórios dos guardas de fronteira finlandeses, o número de requerentes de asilo aumentou nos últimos meses na fronteira oriental" do país, declarou a ministra.

Este número permanece "relativamente baixo, mas aumentou significativamente num curto período de tempo", acrescentou.

Os guardas de fronteira registaram 39 pessoas que chegaram à fronteira sudeste na segunda-feira, mais do que as 34 registadas durante toda a semana passada.

Após o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Finlândia registou um aumento nas chegadas à sua fronteira com a Rússia de pessoas sem visto, principalmente russos e ucranianos.

"Houve mudanças nas nacionalidades das chegadas", disse Rantanen.

Agora há mais migrantes do Médio Oriente e de África, disse Mikko Lehmus, chefe da unidade de análise da Guarda de Fronteira finlandesa.

Iraque, Somália e Iémen são os três principais países de origem das chegadas de migrantes ilegais, disse Lehmus, que notou esta mudança de perfil "no final do verão".

A Finlândia revelou um plano no final de 2022 para construir uma vasta cerca ao longo de 200 quilómetros da sua fronteira -- em grande parte desabitada -- com a Rússia. O projeto deve ser concluído em 2026.



Leia Também: O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) renovou hoje, por unanimidade, o regime de sanções financeiras e de proibição de viagens ao Iémen por 12 meses.

Rússia vendeu mais de 4,2 mil milhões em armas a países africanos

© Geem Drake/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   14/11/23 

A empresa estatal russa de exportação de armas Rosoboronexport assinou este ano contratos no valor de mais de 4,5 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) com países africanos, anunciou hoje o presidente da empresa, Alexander Mikheyev.

"Em 2023, foram assinados documentos contratuais (com países africanos) no valor de mais de 4,5 mil milhões de dólares e planeamos assinar novos contratos antes do final do ano", afirmou Mikheyev, citado pela agência noticiosa russa Interfax, nos Emirados Árabes Unidos, onde o gestor se encontra a participar no Dubai Air Show.

As exportações para os países africanos representarão mais de 30 por cento do total de fornecimentos da Rosoboronexport este ano e que estão em curso consultas sobre novos projetos, acrescentou.

Segundo Mikheyev, a cimeira Rússia-África, realizada na cidade russa de São Petersburgo em julho deste ano, permitiu "identificar áreas de interação crescente" com os países africanos.

A Rosoboronexport é o único intermediário estatal da Rússia para a exportação de toda a gama de bens, tecnologias e serviços militares e de dupla utilização.


Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, aprovou mudanças na lei que rege as eleições presidenciais, colocando novas restrições à cobertura dos meios de comunicação, noticiaram hoje as agências de notícias locais.


Juventude do PRS, está em conferência de Imprensa para reagir sobre o espancamento de Deputado Farid Michel Tavares Fadul (Cuca)

 Radio TV Bantaba

Força de Ordem impede a realização de marcha de ANAPROMED-GB.

 Radio Voz Do Povo 

Mulheres são as mais vulneráveis, mas são as motoras da Guiné-Bissau

© Lusa

POR LUSA  14/11/23 

As mulheres são as mais pobres e vulneráveis na Guiné-Bissau, mas são elas as motoras da economia familiar e as que deitam mão a todo o tipo de pequeno negócio para "ganhar o pão" de cada dia.

Da água à fruta, vendem de tudo na rua para sustentar a família, carregam os filhos nas costas e à cabeça o peso de um dia-a-dia que as obriga a "todos os dias estar de pé para ir procurar o que faz falta".

"Começam desde as cinco horas da manhã até ao pôr-do-sol para ir procurar dar de comer à família", enfatiza à Lusa Antónia Adama Djaló, presidente da Associação de Mulheres das Atividades Económicas (AMAE).

Os 50 anos de independência que o país completou em 24 de setembro, e festeja na quinta-feira, pouco alteraram nas rotinas, mas trouxeram novos modelos de organização que realçaram o papel das mulheres na sociedade guineense.

Continuam a ser as mais vulneráveis à pobreza, continuam afastadas da escola, com mais de 70% das mulheres adultas analfabetas, e a viver dos pequenos negócios, mas ganharam fôlego.

Em 1992, foi criada a AMAE, uma organização das mulheres, copiando um modelo do Brasil, que apoia a criação de cooperativas, alfabetização, planeamento familiar, gestão financeira e crédito.

A associação atua em todo o território nacional sob o lema "produzir e vender para sustentar a família e desenvolver a nação".

Com pequenos negócios, como vender água, mancarra (amendoim) e outros produtos locais, são as mulheres que todos os dias fazem dinheiro "para poder dar o sustento aos filhos [e estes] irem à escola, para a saúde e tudo mais", segundo a dirigente.

Antónia aponta o exemplo dela, que é funcionária no Ministério da Defesa, mas viu que o salário não é suficiente para sustentar a família e fez um anexo em casa, onde começou a vender peixe.

"Eu sou vendedeira de peixe. Saio às cinco da manhã, começo a vender até seis e meia, sete horas, vou para o serviço, às sete e meia tenho que estar lá", conta à Lusa.

Se não fizesse isto, com o salário de funcionária pública "nem sequer comia, e muitas outras mulheres fizeram isso para poderem aguentar a família", enquanto outras o único recurso que têm é a venda de rua.

Antónia dirige há 31 anos a AMAE, que tem entre os membros mulheres de todas as atividades económicas, até juristas, e que já mudou a vida de várias associadas.

"Sou o que sou hoje graças a essa organização. Consegui construir uma casa, pus os filhos a estudar, eu e outras mulheres", vinca.

A associação está presente em todo o território guineense com vários projetos económicos e também de sensibilização e informação, nomeadamente contra doenças como a sida.

O mais emblemático projeto é a caixa de residência, lançado há seis anos, para poupança e solidariedade.

No ano passado, "pelas caixas do sul passaram à volta de 12 milhões de francos cfa [cerca de 18.000 euros] e, apenas em Mansôa, 20 caixas movimentaram 318 milhões [cerca de 485 mil euros], na época do caju", uma das maiores riquezas da Guiné-Bissau.

Os valores e periodicidade das entregas para esta caixa-poupança depende da possibilidade de cada membro, e, numa caderneta, ficam registadas as entradas, com a supervisão de um comité.

O acumulado serve para investir, emprestar uns aos outros ou conseguir desenvolver a subsistência de cada um.

Com a poupança, como conta Antónia, "há mulheres que compram camas, outras preparam a casa, até há aquelas que ajudaram o marido a comprar maquinaria para carpintaria".

"Agora até os homens estão a aderir", diz.

O projeto está mais presente nas zonas remotas do país, onde o Estado não consegue ir e dá apoio à associação para lá chegar, tendo esta como parceiros e dadores outras organizações, nomeadamente das Nações Unidas.

A Guiné-Bissau autoproclamou a sua independência de Portugal em 24 de setembro de 1973, mas as comemorações oficiais estão marcadas para 16 de novembro, dia das Forças Armadas.

Entre os líderes convidados para as cerimónias oficiais estão o Presidente e primeiro-ministro portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, mas o programa oficial ainda não foi divulgado.



Leia Também: O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal chega hoje à Guiné-Bissau para participar nas comemorações do 50.º aniversário da independência do país, tendo previstas audiências com o Presidente e o primeiro-ministro guineenses, além de reunir com o seu homólogo.

Cerca de 40% dos portugueses com diabetes não sabe que tem a doença

Por sicnoticias.pt

No Dia Mundial do Diabetes, o endocrinologista Davide Carvalho alerta que, em Portugal, cerca de 40% dos diabéticos estão por diagnosticar. Na faixa etária entre os 30 e os 40 anos a percentagem pode ascender aos 60%.

Cerca de 40% dos portugueses com diabetes tipo 2 não sabem que têm a doença, porque, segundo o endocrinologista Davide Carvalho, habitualmente não têm sintomas e não vão ao médico.

Em entrevista à agência Lusa, no âmbito do Dia Mundial da Diabetes e sobre o livro do médico britânico Roy Taylor "Um guia simples para reverter a diabetes tipo 2", editado em Portugal pela Porto Editora, Davide Carvalho explicou esta terça-feira que faz parte das análises de rotina dosear a glicose.

"Quando nós analisamos, por exemplo, a percentagem de doentes que estão por diagnosticar, em média, anda à volta dos 40%, mas, por exemplo, entre os 30 e os 40 anos pode atingir os 60%, porque estas pessoas são ativas profissionalmente e não vão ao médico e não fazem análises", adiantou.

De acordo com o também professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, os sintomas da diabetes "são mais ou menos conhecidos" -- como ter muita sede, urinar muito e ter tendência a beber muitos líquidos, que aparecem numa fase doença "mais avançada", em que já é sintomática.

Aconselhando avaliações periódicas ao estado de saúde, Davide Carvalho referiu que as pessoas deveriam fazer análises idealmente uma vez por ano, mas, observou, se fizerem entre três e cinco anos, a maioria acabaria por ser diagnosticada.

"Devem fazer avaliações de acordo com o contexto, porque muitas vezes estes doentes ou têm história familiar de diabetes ou nasceram com excesso de peso ou (...) têm também obesidade ou outras doenças, como, por exemplo, hipertensão, e, portanto, nesses casos, deve ser feito o doseamento da glicose para se diagnosticar diabetes", sustentou.

Segundo o relatório anual do Observatório da Diabetes 2023, mais de um milhão de portugueses vive com a doença, ampliada, sobretudo, por erros alimentares e falta de atividade física, além dos fatores hereditários.

"Nas pessoas que aparecem com diabetes com 70 anos, a probabilidade de virem ter retinopatia, nefropatia, resultantes da diabetes, é menor do que aqueles que aparecem aos 30/40 [anos], porque [esses] vivem mais anos com açúcar elevado e, eventualmente, descompensado e o risco de terem complicações é maior. É por isso que diz que a diabetes pode encurtar a esperança de vida em cerca de sete anos em cada doente diabético, se for relativamente cedo", afirmou.

Em Portugal, cerca de 90% a 95% dos diabéticos têm diabetes tipo 2, tendo uma menor frequência de diabetes tipo 1 em comparação, por exemplo, com os suecos e os finlandeses.

Com o aumento da obesidade durante a pandemia de covid-19, Davide Carvalho, citando Roy Taylor, ressalvou que para reverter a diabetes, numa primeira fase, é necessário iniciar "uma dieta muito restritiva".

"[Perder] cerca de 800 quilocalorias pode fazer com que o indivíduo perca peso e reverta a sua diabetes. (...) É preciso não esquecer que para a diabetes tipo 2, os cuidados alimentares e a diminuição da ingestão calórica são fundamentais", frisou.

O endocrinologista lembrou ainda que a covid-19, que provoca a covid-19, pode levar à destruição da célula-beta (que produz insulina no pâncreas), originando uma diabetes "muito parecida" a com a diabetes tipo 1, insistindo em campanhas de sensibilização, de modo a prevenir o aumento de doentes diabéticos, que poderá chegar aos 1.300 milhões em 2050 no mundo.

"Acho que tem de haver campanhas, e já tem havido algumas medidas (...), como taxação aplicada aos produtos, como refrigerantes, com excesso de açúcar, as taxas maiores nos produtos que contêm excesso de sal também. Tem havido algumas medidas. Claro que não chegam. Passa muito também por uma atitude individual. (...) Cada um é um pouco médico de si mesmo e, portanto, tem de tomar as medidas que lhe permitam reduzir o seu peso, vigiar o seu peso, manter-se fisicamente ativo e ter opções alimentares adequadas à sua situação", destacou.


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Cerca de 20% dos jovens timorenses não estudam, nem trabalham

© Lusa

POR LUSA    14/11/23 

Cerca de 20% dos jovens timorenses não estudam, nem trabalham devido à falta de educação, limitações na prestação da saúde e ineficácia da proteção social, refere um relatório sobre capital humano do Banco Mundial (BM).

"Vinte por cento dos jovens timorenses entre os 15 e os 24 anos não estudam, nem trabalham, uma taxa que não diminui desde 2010, causada por uma educação abaixo da média, por limitações na prestação de serviços de saúde e por uma ineficaz proteção social durante a infância e a adolescência", pode ler-se no documento que avalia a situação do capital humano no país.

O relatório, divulgado na página oficial do BM na Internet, refere que a "frequência escolar média de apenas 6,3 anos é sintomática dos fracos resultados de aprendizagem".

A superlotação das salas de aula, bem como a falta de professores e competências, tem resultado em distorções em relação à idade e ano de frequência escolar, a uma taxa de 20% de abandono escolar e em desmotivação, indica o BM.

"Os serviços de proteção social, que visam estimular a frequência escolar, enfrentam falhas consideráveis e apresentam taxas de sucesso varáveis. Isso é agravado por barreiras significativas de acesso a serviço essenciais de saúde", salienta o Banco Mundial.

O relatório indica que meninas e mulheres com menos de 20 anos "por vezes não têm acesso a serviços de saúde reprodutiva", e "apenas 19% das mulheres solteiras sexualmente ativas" usam contraceção.

O documento refere também que a taxa de desemprego é alta, 14% em 2021, sobretudo devido aos "fracos sistemas de formação profissional e exacerbada pela baixa procura de mão-de-obra no setor privado".

"A oferta de trabalhadores com formação universitária é o dobro da procura no mercado de trabalho, mas distribuída de forma desigual entre setores, com a oferta de mão-de-obra estrangeira a preencher lacunas críticas", salienta o relatório.

O BM refere também que 72% da população emprega trabalha no setor informal, o que "faz com que a maioria dos trabalhadores em Timor-Leste seja particularmente vulnerável a crise laborais", até porque, o "sistema de pensões contributivo cobre apenas 34% da força de trabalho e enfrenta problemas de sustentabilidade".

"O sistema de proteção social também não oferece benefícios de desemprego, essenciais para manter os meios de subsistência durante os períodos de desemprego", sublinha a organização.

"Timor-Leste necessita de uma economia diversificada que permita a criação de emprego num setor privado resiliente, que complemente as despesas do Governo, sustentado por um sistema de proteção social mais bem direcionado", defende o BM.



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