quarta-feira, 24 de maio de 2023

Presidência da República da Guiné-Bissau: Visita à guarda Nacional

BOLÍVIA: Murros e pontapés. Deputados bolivianos agridem-se em pleno Parlamento... Agressões aconteceram durante sessão pública com o ministro Eduardo Del Castillo.

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Notícias ao Minuto    24/05/23 

Murros, pontapés e até puxões de cabelo. Vários deputados da Bolívia envolveram-se numa violenta rixa, na terça-feira, numa sessão pública do Parlamento.

Num vídeo, entretanto partilhado nas redes sociais, vê-se de um lado os parlamentares do partido do Governo e de outro os da oposição. A certa altura os ânimos começam a aquecer e ambos partem para a agressão.

O conflito aconteceu durante a apresentação de um relatório do ministro do Interior do país, Eduardo Del Castillo, sobre a prisão, em dezembro do ano passado, do governador da região de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, principal figura da oposição da Bolívia.

Enquanto defendia a legalidade da detenção, o governante criticou os deputados do Creemos, descrendo-os como "grupos radicais" e "ladrões violentos, que vieram roubar as carteiras do povo boliviano".

Ao que a oposição reagiu com cartazes com uma foto de Eduardo Del Castillo com a legenda: "ministro do terror".

A partir daí, vários deputados passaram das palavras aos atos e partiram para a agressão física, como se pode ver no vídeo acima.


Cerimónia de Lançamento da 1ª pedra para a construção do novo edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.

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POR LUSA   24/05/23 

 Chefe do grupo Wagner admite fracasso da campanha militar russa

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.

"A operação militar especial foi lançada com o objetivo de 'desnazificação', mas transformámos a Ucrânia numa nação conhecida em todo o mundo", Prigozhin na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.

O empresário, que tem estado ao comando dos mercenários do grupo Wagner na linha da frente, disse que a invasão russa fez dos ucranianos "os gregos e os romanos da época do florescimento".

Prigozhin é um aliado do Presidente Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, entre outros objetivos.

Desde o início da guerra, Prigozhin tem sido um duro crítico do estado-maior russo e do ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

O chefe do grupo Wagner considerou que a Rússia também falhou o objetivo da desmilitarização da Ucrânia.

"Se antes do início da operação especial, eles [os ucranianos] tinham, digamos, 500 tanques, agora têm 5.000. Se na altura eram capazes de combater 20.000 soldados, agora têm 400.000", afirmou.

"Acontece que estamos a militarizar a Ucrânia, e de que forma!", criticou, numa alusão ao fornecimento de armamento por parte dos aliados ocidentais de Kiev como resultado da invasão.

Prigozhin disse também que o grupo Wagner "é o melhor exército do mundo".

"Para ser correto, devo dizer que o segundo melhor exército do mundo é o exército russo. Mas penso que os ucranianos têm um dos exércitos mais fortes", afirmou.

Prigozhin disse que os militares ucranianos conseguem usar com sucesso qualquer sistema de armas, seja soviético ou da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Também comparou a motivação dos soldados ucranianos à dos soviéticos durante a guerra contra a Alemanha nazi.

"Fazem tudo para atingir o objetivo supremo, tal como nós fizemos durante a Grande Guerra Patriótica", disse.

A Grande Guerra Patriótica é a designação dada na Rússia ao período da Segunda Guerra Mundial entre o início da invasão da então União Soviética, em 1941, e a capitulação da Alemanha, em 1945.

Prigozhin criticou igualmente os filhos da elite russa pela vida de luxo que exibem nas redes sociais, quando "as pessoas comuns veem os filhos serem-lhes devolvidos em caixões de zinco, feitos em pedaços".

"E não devemos pensar que são centenas, agora são dezenas de milhares de familiares dos mortos. E serão certamente centenas de milhares", acrescentou.

Prigozhin advertiu que esta dualidade de critérios "pode acabar como em 1917, numa revolução", referindo-se ao conflito de que resultou o fim da monarquia e a tomada do poder pelos bolcheviques liderados por Vladimir Lenine.

Além do fornecimento de armas, os aliados ocidentais de Kiev têm decretado pacotes de sanções contra a Rússia para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Desconhece-se o número de vítimas do conflito, que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

ESCRAVIDÃO MODERNA: A Coreia do Norte, a Eritreia e a Mauritânia são os países mais afetados pela escravatura moderna, segundo o Índice Global de Escravidão publicado hoje, que assinalou também o agravamento desta situação no mundo.

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POR LUSA   24/05/23 

 Coreia do Norte e Eritreia são os países mais atingidos pela escravidão

A Coreia do Norte, a Eritreia e a Mauritânia são os países mais afetados pela escravatura moderna, segundo o Índice Global de Escravidão publicado hoje, que assinalou também o agravamento desta situação no mundo.

No relatório, estima-se que 50 milhões de pessoas estavam "em situação de escravidão moderna" em 2021, 10 milhões a mais do que em 2016. Este número inclui 28 milhões de pessoas em situação de trabalho forçado e 22 milhões de pessoas casadas à força.

Entre os fatores que explicam este agravamento, destacam-se os "conflitos armados crescentes e mais complexos" e o impacto da pandemia da covid-19.

O relatório, realizado pela associação Walk Free, define a escravidão moderna como "trabalho forçado, casamento forçado, servidão por dívida, exploração sexual" ou ainda "venda e exploração de crianças".

A Coreia do Norte tem a taxa mais alta, com 104,6 pessoas em situação de escravidão moderna por 1.000 habitantes.

Em seguida vêm a Eritreia (90,3) e a Mauritânia (32), que foi o último país, em 1981, a tornar ilegal a escravidão hereditária.

Muitos dos países mais afetados estão em regiões consideradas voláteis, passando por conflitos ou instabilidade política, com grandes populações vulneráveis, como refugiados ou trabalhadores migrantes.

Também entre os 10 países mais afetados estão a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, onde a "kafala", um sistema de tutela dos empregados, limita os direitos dos trabalhadores migrantes. Nestas posições de destaque estão também a Turquia, "que acolhe milhões de refugiados sírios", o Tajiquistão, a Rússia e o Afeganistão.

Embora o trabalho forçado seja mais comum em países pobres, tem vínculos profundos com as necessidades dos países mais ricos, aponta o relatório, constatando que dois terços dos casos de trabalho forçado estão ligados a cadeias internacionais de fornecimento de produtos.

O relatório destaca que os países do G20 atualmente importam 468 mil milhões de dólares (434 mil milhões de euros) de bens que podem ter sido produzidos com trabalho forçado, um valor acima dos 354 mil milhões (328 mil milhões) assinalados pelo relatório anterior.

Os produtos eletrónicos continuam a ser os de maior risco, seguidos por roupas, óleo de palma e painéis solares.

"A escravidão moderna permeia todos os aspetos da nossa sociedade. Está presente nas nossas roupas, nos nossos aparelhos eletrónicos e tempera a nossa comida", disse a diretora da associação Walk Free, Grace Forrest.

"Fundamentalmente, a escravidão moderna é uma manifestação de extrema desigualdade. "É um espelho erguido ao poder, que reflete quem, numa dada sociedade, tem e quem não tem este poder", sublinhou Grace Forrest.


ENCONTRO DE COORDENADOR NACIONAL DE MADEM G15 BRAIMA CAMARA E SAMUEL ETO'O NO HOTEL CEIBA






VIDEO by: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15
Fotos: G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM

Japão entrega 100 veículos militares a Kyiv

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POR LUSA  24/05/23 

O Governo do Japão anunciou hoje a entrega de uma centena de veículos militares à Ucrânia, na sequência de um acordo alcançado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Numa cerimónia organizada pelo Ministério da Defesa nipónico, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, confirmou a entrega dos veículos, especificando que são carrinhas com capacidade para uma dúzia de pessoas e máquinas.

A entrega surge na sequência de um acordo alcançado no domingo passado por Zelensky e Kishida, paralelamente à cimeira do G7 (grupo das sete democracias mais desenvolvidas), que decorreu em Hiroshima, no Japão, tal como foi noticiado pela televisão NHK.

Kishida prometeu então aumentar a ajuda à Ucrânia em plena invasão russa.

Hoje, Kishida afirmou que o Governo decidiu prestar assistência adicional à Ucrânia, tanto a nível financeiro como em domínios como a energia, exploração mineira e agricultura, reportou o jornal The Japan Times.

O governante indicou que Tóquio planeia fornecer 470 milhões de dólares (436 milhões de euros) no âmbito do acordo alcançado pelas partes, além de 30 milhões de dólares (27,8 milhões de euros) para a compra de material não letal através de fundos da NATO.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


GUINÉ-BISSAU: A organização Midjers di Guiné, No Lanta considerou que a participação das mulheres guineenses na política, quer como candidatas, quer como governantes, ainda está muito aquém do determinado pela lei, apesar de representarem a maior parte da população.

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POR LUSA   24/05/23 

 Guiné-Bissau. Mulheres representam a maior parte dos eleitores

A organização Midjers di Guiné, No Lanta considerou que a participação das mulheres guineenses na política, quer como candidatas, quer como governantes, ainda está muito aquém do determinado pela lei, apesar de representarem a maior parte da população.

O parlamento da Guiné-Bissau aprovou no início de agosto de 2018 uma lei que fixa uma quota mínima de 36% de mulheres, que representam mais de metade da população, nas listas de candidaturas para cargos eletivos.

O recenseamento eleitoral, realizado este ano, indica que no total foram recenseados 893.618 eleitores, dos quais 459.609 são mulheres.

Apesar da lei e dos números, nas listas dos candidatos a deputados para as legislativas de 04 de junho, a presença de mulheres em lugares elegíveis é fraca, principalmente nas maiores forças políticas do país, e apenas uma mulher lidera um dos 20 partidos e duas coligações que vão disputar as eleições.

"Este é um processo, uma luta, que não é fácil, e não se pode esperar também que seja linear. Há avanços, recuos, até que possamos consolidar alguma coisa, porque se trata de um processo, não só de mudança de mentalidades, mas também de jogos de interesses", afirmou Isabel Almeida, da organização não-governamental Midjers di Guiné, No Lanta (Mulheres da Guiné, Levantemo-nos).

Segundo a responsável, é preciso perceber que para que as "mulheres possam passar a preencher determinados lugares, é preciso que a mesma quantidade de homens saia".

"Não é fácil nas formações políticas gerir esta questão", disse, salientando a importância do parlamento na monitorização da implementação da lei, bem como de outras instituições ligadas ao processo eleitoral, incluindo o Supremo Tribunal de Justiça.

Isabel Almeida explicou que as redes e as plataformas de mulheres tinham uma agenda estabelecida com a Assembleia Nacional Popular para trabalharem com "vista exatamente a preparar as condições" para que houvesse mais mulheres nas próximas legislativas, "mas não foi possível".

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, alegando uma grave crise política, decidiu dissolver o parlamento em maio de 2022.

Num mundo onde regra geral o peso demográfico das mulheres é maior, Isabel Almeida defendeu que todas as instâncias de decisão precisam de refletir essa "representatividade demográfica, assim como os interesses e ambições dessa camada".

"É bom que tenhamos esse equilíbrio e essa proporcionalidade para estarmos seguros de que os interesses de todos os grupos sociais são tidos em conta e que esses grupos têm voz e participação nas decisões", afirmou.

Questionada sobre o que condiciona as mulheres da Guiné-Bissau, Isabel Almeida explicou que são estas que assumem a "responsabilidade da sobrevivência das famílias, da resolução das questões essenciais, saúde e educação, da guarda das crianças e isso, só por si, é uma sobrecarga muito grande".

Principalmente quando se trata de um dos países mais pobres do mundo, onde a resposta dos setores como a educação e a saúde e até da própria segurança social são ineficazes, onde a luz elétrica e a água canalizada não chegam a todo o país, referiu.

"Estamos a falar de um país em que 80% da população não está vinculada à economia formal e são as mulheres que estão mais representadas na economia informal e acabam por não ter disponibilidade, fisicamente falando, além de toda a sobrecarga psicológica. Atinge-se um ponto de desgaste que não favorece essa atenção para outras questões, incluindo as questões políticas", explicou Isabel Almeida.

Questionada sobre se a educação é fundamental também para aumentar a participação política das mulheres, Isabel Almeida disse que "não só a escolarização, mas como a educação cívica, o empoderamento económico, são tudo fatores que vão proporcionar outra visão, mudança de mentalidade e de condições objetivas para que progressivamente as mulheres ocupem esses espaços de direito.

Com a adoção da lei da paridade em 2018, a Guiné-Bissau passou a fazer parte de um grupo de países que adotou medidas para aumentar a participação das mulheres na política e em outras esferas de decisão.

Dados da Organização das Nações Unidas indicam que os países que adotaram leis de quotas passaram a ter uma média de 25% de representação de mulheres.


OUSMANE SONKO: Procurador pede dez anos de prisão para opositor no Senegal por violação

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POR LUSA   24/05/23 

Um procurador do tribunal de Dacar pediu hoje dez anos de prisão por violação para a figura da oposição senegalesa Ousmane Sonko, que acusa o julgamento de ser manipulado por questões políticas.

A decisão deverá ser conhecida a 01 de junho, disse o presidente do tribunal criminal.

A queixosa, Adji Sarr, manteve na véspera a acusação de violação, afirmando ter sido abusada cinco vezes por Sonko no salão de beleza onde trabalhava, na capital do país, Dacar.

O procurador pediu ainda cinco anos de prisão por "corrupção de jovens".

Sarr, com pouco mais de 20 anos, denunciou ainda ameaças de morte que disse ter recebido, numa outra acusação contra o presidente do partido Pastef - Os Patriotas, terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2019.

Em relação a esta acusação, o Ministério Público pediu um ano de prisão. Foi ainda reclamado a Sonko e a Ndèye Khady Ndiaye, proprietária do salão de beleza, o pagamento de 1,5 mil milhões de francos CFA (2,3 milhões de euros).

Sonko, de 48 anos, admitiu ter ido receber uma massagem para aliviar uma dor crónica nas costas, mas sempre negou as acusações nos casos de alegada violação e difamação e afirmou que o Governo está a conspirar para o manter fora das eleições presidenciais de 2024.

Temendo pela sua segurança, o político anunciou que deixaria de responder às convocatórias do tribunal sem uma garantia do Estado para a sua integridade física. O Estado não deu qualquer sinal de ter cedido a esta exigência.

Presume-se que Sonko se encontre em Ziguinchor, a cidade de que é presidente da câmara e para onde se retirou há vários dias, a centenas de quilómetros de Dacar.

Os apoiantes mantêm uma guarda apertada à volta da casa para evitar qualquer tentativa de deter Sonko e de o obrigar a comparecer em tribunal.


SERGIY KYSLYTSYA: Russos só reconhecerão atrocidades após invasão, diz embaixador ucraniano

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POR LUSA    24/05/23 

O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, disse à Lusa que os russos perceberão apenas no final da invasão da Ucrânia as atrocidades cometidas no país-vizinho, uma "catarse" semelhante à dos alemães após o domínio nazi.

Tendo em conta a falta de liberdade de imprensa na Rússia e a disseminação de propaganda do Kremlin em alguns meios de comunicação, Kyslytsya acredita que será preciso tempo para que a população russa se aperceba da gravidade e dimensão dos ataques à Ucrânia, tal como aconteceu na Alemanha nazi.

"Não posso falar em nome da população russa, até porque há muitos anos que não vou à Rússia. Mas acho que há um paralelo muito claro entre o comportamento da população russa e o comportamento da população alemã durante o domínio nazi", disse o embaixador.

À margem da conferência anual de jornalistas ucranianos na América do Norte, focada no "jornalismo e desinformação em tempos de guerra", Kyslytsya disse à Lusa que os russos terão de ser levados aos locais onde ucranianos foram torturados para verem com os seus próprios olhos as atrocidades que lá foram cometidas.

"Até a Alemanha ter sido derrotada militarmente e os alemães levados para ver os campos de concentração [de judeus], muitos deles sinceramente não acreditavam... ou fingiam não acreditar. Por isso, acho que quando a guerra acabar, quando uma comissão for criada e quando tivermos a possibilidade de levar os russos às câmaras de tortura nos territórios anteriormente ocupados da Ucrânia, como Mariupol, Bucha... isso será parte da catarse para a nação russa", avaliou Kyslytsya.

Para o representante ucraniano, a propaganda russa vai além do seu próprio território e tem sido difundida em palcos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o seu Conselho de Segurança - onde Moscovo tem um assento permanente e direito de veto.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, vários países ocidentais têm acusado a Rússia de abusar do seu assento no Conselho de Segurança, ao qual acusam Moscovo de recorrer para disseminar desinformação e propaganda, assim como para tentar desviar as atenções dos ataques que comete contra a Ucrânia.

De acordo com o diplomata, as táticas russas têm-se tornado "mais loucas e até mais obscenas", com o tempo.

Contudo, não acredita que as narrativas apresentadas por Moscovo tenham um impacto crescente na perceção dos outros Estados-membros do Conselho de Segurança ou da própria Assembleia Geral sobre a invasão.

Prova disso, segundo Kyslytsya, é a postura dos mais variados atores regionais que procuram formas de acabar com a guerra.

Em abril passado, a Rússia deteve a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança da ONU, posição que foi amplamente contestada por Kyslytsya, mas sem sucesso.

À Lusa, o embaixador afirmou que "ter criminosos de guerra a presidir o Conselho de Segurança é como ter um pedófilo responsável por um jardim de infância".

Embora reconhecendo que impedir a Rússia de presidir ao órgão máximo da ONU seria um movimento inédito e "mais complicado do que possa parecer", o diplomata argumentou que o histórico de ações de Moscovo é incompatível não apenas com a presidência, como também com a sua permanência no Conselho.

"Se a Rússia continuar a ser a Rússia depois desta guerra, acho que isso deveria fazer parte de uma discussão mais ampla sobre qual o papel da Federação Russa na arquitetura do pós-guerra, inclusive a nível global... mas também se o assento permanente da Rússia [no Conselho de Segurança] deveria ser transferido para outros países", apontou o representante de Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais, uma ofensiva que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


terça-feira, 23 de maio de 2023

Zelensky anuncia "novas brigadas de fuzileiros navais" com armas modernas

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POR LUSA    23/05/23 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sublinhou esta terça-feira que as viagens ao estrangeiro permitem "fortalecer a defesa" e "aumentar a capacidade" dos militares ucranianos, anunciando a criação de um novo Corpo de Fuzileiros Navais.

"Novas brigadas de fuzileiros navais serão adicionadas às nossas unidades existentes e iremos fornecer-lhes armas e equipamentos modernos", destacou o chefe de Estado ucraniano durante o habitual discurso noturno diário divulgado nas suas redes sociais.

O governante, que visitou esta terça-feira a região de Donetsk, onde esteve na linha da frente perto de Vuhledar e Maryinka, explicou que a deslocação foi o elemento final "após inúmeras reuniões e negociações com parceiros que decorreram nestes dias e nas semanas anteriores".

"Todos devem entender isso: a principal tarefa do nosso país e o objetivo de praticamente todas as nossas comunicações internacionais é fortalecer a Ucrânia, fortalecer a nossa defesa, aumentar as capacidades dos nossos guerreiros e do nosso país como um todo", salientou o Presidente da Ucrânia.

Zelensky frisou ainda que "cada visita" ao estrangeiro e "quase todas as negociações" permitem que a Ucrânia "se torne mais forte".

"Agradeço a todos que dão força à Ucrânia! A força do nosso Estado agora, a força da nossa defesa agora, é a base da força da ordem internacional baseada em regras", concluiu.

Além da Crimeia, península ucraniana anexada em 2014, Moscovo declarou, desde o início da guerra, a anexação de quatro regiões da Ucrânia - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia -, embora não controle a totalidade dos respetivos territórios.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


África do Sul insiste em manter classificada carga marítima para a Rússia

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POR LUSA   23/05/23 

O partido governante na África do Sul insistiu hoje que a carga do navio cargueiro russo "Lady R", que segundo os Estados Unidos da América (EUA) terá transportado armas e munições para a Rússia, permanece "classificada".

Durante o debate parlamentar sobre o orçamento da Defesa e Militares Veteranos, na Cidade do Cabo, os deputados do Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), na oposição, instaram o Governo a explicar o que foi carregado durante a noite no navio comercial russo.

"O que foi carregado e descarregado à meia-noite", questionou o deputado Kobus Marais (DA), acrescentando que "se for inocente, divulguem o manifesto de carga".

"O silêncio contínuo sobre esse assunto ameaça as relações comerciais muito importantes com o Ocidente", frisou Marais, citado pela imprensa local.

Na ótica do deputado Thabo Mmutle, do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, "o DA parece obcecado com o 'Lady R'".

"E é um sinal de desespero. Vocês sabem que algumas operações da Força de Defesa são classificadas", referiu Mmutle, reiterando que o manifesto de carga do navio russo "é classificado".

O principal partido na oposição sul-africana questionou também a utilização da base naval militar em Simon's Town perto da Cidade do Cabo, acusando o governo sul-africano de conceder autorização a um navio comercial russo para "contornar portos comerciais e abusar" da base naval nacional.

"Quem autorizou e porquê? As licenças de importação de 2019 e 2020 para as munições russas ainda são válidas? Algo foi carregado no 'Lady R'. Eram munições? Se não, desclassifiquem o manifesto de carga da embarcação para se confirmar", instou o deputado Kobus Marais.

Por seu lado, a ministra da Defesa e Veteranos Militares, Thandi Modise, reiterou que o navio russo "foi carregado com nada" na África do Sul.

"Talvez devêssemos ser avisados de que deveríamos abandonar todos os relacionamentos que temos, e talvez devam nos dizer, ilustres membros, se os 40 membros do secretariado de defesa e militares que vão visitar nas próximas semanas os EUA, devem ser impedidos de o fazer porque então vão dizer que também estamos a bajular os EUA", referiu a governante sul-africana.

Na semana passada, o embaixador dos Estados Unidos em Pretória acusou a África do Sul de fornecer apoio militar à Rússia, apesar da sua declarada neutralidade no conflito com a Ucrânia.

De acordo com Reuben Brigety, que falava num encontro com os meios de comunicação social locais, os EUA estão convencidos de que "armas e munições foram carregadas" a bordo do cargueiro russo, que atracou na base naval de Simon's Town, perto da Cidade do Cabo, no início de dezembro "antes de partir para a Rússia".


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O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exortou hoje as Forças Armadas a garantir segurança no país durante o processo eleitoral e até à tomada de posse dos deputados a serem escolhidos nas legislativas de 04 de junho.

POR LUSA  23/05/23 

 Guiné. PR exorta Forças Armadas a dar segurança até à posse de deputados

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exortou hoje as Forças Armadas a garantir segurança no país durante o processo eleitoral e até à tomada de posse dos deputados a serem escolhidos nas legislativas de 04 de junho.

Sissoco Embaló falava aos militares, em parada, no Estado-Maior General das Forças Armadas, no Quartel-General, na Fortaleza da Amura, no centro de Bissau.

Acompanhado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Biague Na Ntan, o Presidente guineense disse visitar o local enquanto comandante-em-chefe e não como político, para rever antigos colegas.

Umaro Sissoco Embaló serviu as Forças Armadas guineenses nos anos de 1990.

"Vim falar com os meus camaradas de trincheira, dizer-lhes para se afastarem dos políticos porque todas as sublevações que aconteceram neste país foram promovidas por políticos, mas quem acaba por pagar somos nós, os militares", defendeu Embaló.

Dirigindo-se ao general Biague Na Ntan, o Presidente exortou-o para que todos os elementos das Forças Armadas trabalhem no sentido de garantir que o processo eleitoral decorra com tranquilidade até à tomada de posse dos novos deputados.

"Incumbi ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas para que as coisas corram bem. Penso que as eleições serão justas, livres e transparentes e quem perder vai saber respeitar a expressão da vontade da maioria", observou Sissoco Embaló.

O Presidente guineense aproveitou para esclarecer que não se envolve na campanha eleitoral, por ser "árbitro do processo" e que ninguém o viu com "a camisola vestida ou a apelar ao voto para um determinado partido".

Umaro Sissoco Embaló considerou que "talvez alguns partidos" estejam a interpretar mal as suas palavras durante a campanha eleitoral em curso e que deverá terminar em 02 de junho.

Em carta aberta hoje dirigida ao chefe de Estado, a coligação eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka exigiu ao Presidente da Guiné-Bissau que pare de interferir na campanha eleitoral e cumprir a lei.

Integrada por cinco partidos, a coligação PAI-Terra Ranka é liderada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), cujo presidente, Domingos Simões Pereira, o chefe de Estado já avisou que não irá nomear primeiro-ministro em caso de vitória eleitoral.

O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias também tem feito apelos no sentido de Umaro Sissoco Embaló se afastar da campanha eleitoral por não serem eleições para a escolha do Presidente da República.

O chefe das Forças Armadas guineenses, o general Biague Na Ntan, garantiu que "nada vai acontecer" durante o processo eleitoral e prometeu a paz e a tranquilidade na Guiné-Bissau.


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O presidente russo, Vladimir Putin, insistiu hoje que a Ucrânia nunca existiu "na história da humanidade" até à sua "criação" pela União Soviética (1922), uma das razões para justificar a intervenção militar no país vizinho.

© REUTERS/Turar Kazangapov

POR LUSA   23/05/23 

 Putin: "Até essa altura [União Soviética] não existia uma Ucrânia"

O presidente russo, Vladimir Putin, insistiu hoje que a Ucrânia nunca existiu "na história da humanidade" até à sua "criação" pela União Soviética (1922), uma das razões para justificar a intervenção militar no país vizinho.

As autoridades soviéticas criaram a Ucrânia soviética. Isso é uma coisa conhecida. E até essa altura não existia uma Ucrânia na história da humanidade", defendeu Putin, durante um encontro com o presidente do Tribunal Constitucional da Rússia, Valeri Zorkin.

Putin fez o comentário enquanto olhava para o mapa do Império Russo desenhado na França no século XVII, oferecido por Zorkin, que recebeu hoje um prémio no Kremlin.

De acordo com os 'media' russos, neste mapa, vários territórios foram marcados como entidades independentes, como a Polónia ou a Lituânia, mas não a Ucrânia.

Durante a cerimónia realizada no Kremlin, Putin sublinhou que parte do povo russo foi separada do resto do Estado devido a uma "injustiça histórica", aludindo à divisão da URSS em 15 países independentes em 1991.

"Mas eles nunca deixaram de ser o nosso povo", explicou Putin, usando o mesmo argumento que tem repetido há vários anos.

O atual líder russo acredita que Kiev deveria agradecer ao fundador da URSS, Vladimir Lenine, por permitir a criação da República Socialista Soviética da Ucrânia.

A URSS nasceu em dezembro de 1922 como um estado federal, quando o ponto 26 do tratado contemplava o direito de cada república de sair livremente da união, deixando russos e ucranianos em pé de igualdade.

Esta opção foi aproveitada por várias repúblicas para romper com o controlo do Kremlin no final dos anos 80 do século passado, o que levou ao desaparecimento da URSS.

Putin não hesitou em acusar Lenine de ter colocado "uma bomba atómica sob o prédio chamado Rússia", que "explodiu mais tarde", ao reconhecer o direito à autodeterminação dos povos.

Recentemente, o Ministério da Educação russo anunciou o desenvolvimento de um novo manual de história para o último ano do ensino secundário com capítulos dedicados à ofensiva na Ucrânia.

A imprensa independente russa denunciou que referências positivas à Ucrânia desapareceram em várias descrições históricas, especialmente no que diz respeito ao primeiro reino eslavo medieval, com a capital na atual Kiev, e que tanto russos como ucranianos consideram ter sido o precursor primordial dos seus respetivos estados.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - CHEGADA DE COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARA, A ILHA DE BUBAQUI

Bubaque, foi a última ilha de “ TCHOM DI BIDJUGU” escolhida pela comitiva do MADEM-G15 no seu périplo pelo arquipélago.




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Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15: #vota_mademg15 #HoraTchiga ...Suzi Barbosa



VIDEO by: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

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Hora Tchiga Pa Kumpu Guiné (Bubaque) ...Dia 4 de Junho no bai Vota (7) pa muda bu futuro. ...Futuro 1º Ministro (Braima Camará)

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Braima Camará