terça-feira, 23 de maio de 2023

Mundo com défice de vacinas contra a cólera até 2025, alerta OMS

© Getty Images

POR LUSA  23/05/23 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta segunda-feira que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que um bilião de pessoas de 43 países podem ser infetadas com a doença.

Num alerta para o aumento de casos de cólera em todo o mundo, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) sublinha que esta "é uma emergência", defendendo que é necessário "intensificar a imunização para conter" este cenário.

No entanto, o maior problema é o acesso à vacina e uma parceira da OMS nessa área, a Aliança Global de Vacinação Gavi, já alertou que a falta de doses deverá persistir até 2025, noticiou o portal ONU News.

De acordo com a Gavi, é possível garantir uma entrega de doses para a vacinação preventiva em larga escala até 2026, mas para isso, os países precisam de agir com urgência.

Atualmente, 24 países registam casos de cólera e, de acordo com a OMS, a doença pode espalhar-se para 43 nações, colocando 1 bilião de pessoas em risco.

Entre os fatores para que as pessoas sejam infetadas estão a pobreza, conflitos, alterações climáticas e deslocamentos.

"As movimentações afastam as pessoas de fontes mais seguras de comida, água e assistência médica", alerta a OMS.

No ano passado, os casos e as mortes por cólera aumentaram, registando-se uma expansão para nove novas regiões, particularmente de conflito e com altos níveis de pobreza.

A situação levou a OMS e parceiros a mudar temporariamente o regime das doses administradas para prevenção de duas para uma.

No entanto, as reservas esgotaram-se em dezembro, acrescenta o portal.

Até ao final de 2022, um total de 15 países relataram casos, número que até maio chegou a 24 nações.

Moçambique é um dos países com aumento de pacientes na década de mudança sazonal nos casos de cólera.

O risco é que haja retrocessos, após avanços alcançados no controlo da doença em décadas anteriores.

A OMS calcula que mais 10 milhões de unidades de vacinas foram utilizadas para responder a surtos entre 2021 e 2022.

A procura foi maior do que a soma de toda a década anterior, acrescentou

Para o diretor administrativo da Gavi para Mercados de Vacinas e Segurança de Saúde, Derrick Sim, "a boa notícia é que existem doses para manter o atendimento a toda a procura de emergência, apesar do aumento de surtos".

Para Derrick Sim, é obrigação das autoridades "prevenir surtos", além de serem realizar esforços coletivos para revitalizar programas de prevenção.

A OMS já tinha alertado para um cenário sombrio em relação às perspetivas para controlar a doença a curto prazo.


Leia Também: Surto de cólera perto da capital sul-africana já provocou 15 mortos

Bakhmut fez de Prigozhin um herói para o povo russo e uma ameaça para as altas patentes do Kremlin. O que se segue? “Ele está mortinho por sair de lá”

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner (Foto: AP)

João Guerreiro Rodrigues   CNN  23/05/23

O grupo Wagner pode estar prestes a desaparecer da Ucrânia e a rumar a paragens ainda mais lucrativas

Foram a vanguarda da batalha mais violenta deste século. Durante 224 dias, os "músicos da orquestra", como são conhecidos na Rússia, tentaram de tudo para conquistar a pequena cidade de Bakhmut, na região do Donbass. As perdas foram “assombrosas”, milhares de vidas perdidas, com as tropas ucranianas a fazerem com que os mercenários pagassem caro cada avanço. Agora, menos de dois dias depois de anunciar a sua conquista, Yevgeny Prigozhin, líder do infame grupo Wagner, anuncia que vai dar ordem para os seus homens se retirarem da cidade no início de junho. Os especialistas consideram que as intrigas políticas, negócios em África e a incapacidade de defender o território ocupado podem levar os mercenários do Kremlin a desaparecer da guerra na Ucrânia.

“O grupo Wagner não parece ter potencial necessário para aguentar o terreno que conquistou. É preciso soldados para defender o território conquistado. Prigozhin quer sair de Bakhmut como o grande vencedor que conquistou a cidade, e não como o homem que não a soube manter. Ele está mortinho por sair de lá”, explica o major-general Isidro de Morais Pereira.

Yevgeny Prigozhin e os seus mercenários chegaram à periferia de Bakhmut no final de agosto. Tinham sido chamados pelo então líder da “operação militar especial”, o general Serguei Surovikin, que planeava direccionar para a cidade o principal golpe para tentar conquistar a região do Donbass, um dos principais objetivos militares de Vladimir Putin. O grupo comandava entre 45 a 55 mil soldados, compostos por um misto de veteranos, voluntários e muitos prisioneiros, alistados após uma controversa campanha de recrutamento em várias prisões russas, onde lhes foi prometido o alívio das sentenças em troca de seis meses de serviço militar.

Na frente de batalha, eram precisamente estes os homens colocados na linha da frente. “Continua a avançar até morrer”, recorda um dos reclusos capturados pelas forças ucranianas, nos arredores de Bakhmut, quando questionado sobre as ordens dadas pelos seus superiores. O resultado desta estratégia foi o envio de sucessivas “ondas humanas” contra as defesas ucranianas, algumas delas pre-posicionadas há mais de oito anos, depois de a cidade ter sido atacada por grupos armados apoiados por Moscovo, em 2014. Segundo o Conselho Nacional de Segurança norte-americano, estas táticas resultaram num número de baixas “assombroso”, que pode chegar aos 20 mil mortos e 80 mil feridos, apenas do lado russo.

“No auge do combate, em fevereiro e março, os homens de Prigozhin chegaram a ter cerca de 100 a 120 por dia. As perdas foram terríveis e acredita-se que agora o número de homens ao seu dispor não deve ultrapassar os 15 mil homens”, refere o major-general, que insiste que um número tão elevado de baixas fazem com que as unidades militares do Wagner sejam ineficazes do ponto de vista militar. Por isso, o futuro deste grupo paramilitar com ligações ao Kremlin deve passar por um período de reorganização, que deverá durar cerca de seis meses. “Prigozhin vai reagrupar. Ele deverá retirar-se para uma aérea mais segura para reunir os seus militares, dar-lhes descanso, recrutar novos militares e refazer o seu pequeno exército. Esse deverá ser o seu principal objetivo”, conclui Isidro de Morais Pereira.

A piorar a situação, o Kremlin fechou a porta de Prigozhin à sua principal fonte de mão-de-obra: o sistema prisional russo. Outrora uma fonte quase inesgotável de soldados com que atirar contra as linhas de defesa ucranianas, o grupo Wagner vê-se obrigado a fazer uma gestão mais cautelosa dos seus ativos. "Para o major-general Isidro de Morais Pereira, os 15 mil homens que o grupo Wagner dispõe podem não ser sequer suficientes para manter os ganhos na cidade, particularmente enquanto as tropas ucranianas continuam a avançar nos flancos da cidade, podendo mesmo acabar por cercar os homens que defendem o seu interior.

Na última semana, a Ucrânia lançou com sucesso uma série de contra-ataques contra as posições russas ocupadas nos arredores da cidade, a Norte e a Sul, que começam a ameaçar os soldados russos que se encontram no interior das ruínas desta cidade. Para o major-general, este pode ser o verdadeiro motivo pelo qual Prigozhin terá de recuar.

“Bakhmut está praticamente tomada pelas forças do grupo Wagner, mas os mercenários não têm potencial para aguentar o terreno que conquistaram. As perdas dos combates foram tremendas e o grupo ficou reduzido a uma pequena fração daquilo que era no início dos combates”, insiste o especialista militar.

Ambições maiores que a Ucrânia

O empresário russo anunciou o plano de criar posições defensivas no interior da cidade e de, entre o dia 25 de maio e 1 de junho, transferir a defesa dessas posições para o exército russo. Mas estas operações não são fáceis de executar e podem criar sérios riscos para as tropas regulares das Forças Armadas russas, aumentando as tensões numa relação muito difícil entre o líder dos mercenários e as mais altas patentes militares do Kremlin. No auge dos combates por Bakhmut, Prigozhin criticou diretamente o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e o líder das forças armadas russas, Valery Gerasimov, acusando-os de ser responsáveis pela morte dos seus homens ao não enviarem as munições de artilharia necessárias e chegou mesmo a ameaçar retirar-se da frente de combate. Para os especialistas, este tipo de declarações só são possíveis com a conivência do presidente russo, Vladimir Putin, que poderá ver alguns benefícios em “dividir para reinar”.

“Este tipo de situações protagonizadas por Prigozhin são impensáveis na Rússia atual, onde se prendem cidadãos por dizer que decorre uma guerra. Acredito que estas declarações são incentivadas pelo presidente russo. Ele não poderia repetir essas afirmações se não tivesse ordens claras para o fazer”, afirma o historiador António José Telo.

De acordo com o Institute for the Study of War (ISW), uma organização que estuda assuntos ligados à Defesa, o líder do grupo Wagner está a utilizar esta guerra para se tornar numa figura política proeminente na Ucrânia. A verdade é que esta campanha em Bakhmut valeu a Prigozhin o estatuto de herói na Rússia e essa popularidade pode transformar-se em poder político. Aos olhos das alas mais ultranacionalistas russas, o Grupo Wagner mostrou-se mais competente em conquistar território à Ucrânia do que o exército regular russo e, por isso, Prigozhin começa a ser cada vez mais uma “alternativa credível ao poder”.

Além disso, o empresário russo conta com o controlo de uma vasta rede de bloggers militares com milhões de seguidores no Telegram, que propagam e ampliam as conquistas dos mercenários e do seu líder. Esta combinação, torna-o bastante incómodo para a chefia militar russa, particularmente para o ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

“Prigozhin encarna um tipo de herói que agrada à população russa. É patriota, desafia a autoridade instalada, mas sem deixar de ser um russo que cumpre os seus deveres patrióticos. Ele também controla uma parte significativa dos bloggers militares e essa proeminência faz com que a sua imprensa seja uma boa imprensa. Tudo isto faz com que possa ser um incómodo do ponto de vista político”, afirma Diana Soller, professora e investigadora no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade NOVA de Lisboa.

Regresso a "oportunidades mais lucrativas"

Na sua essência, Yevgeny Prigozhin é um empresário e o grupo Wagner é uma ferramenta para fazer dinheiro. Isidro de Morais Pereira reforça que, apesar das perdas humanas, o líder dos mercenários é agora um homem "cada vez mais rico". Mas, ao mesmo tempo, enfraqueceu o dispositivo mercenário em alguns países onde tinha operações montadas. O perigo que este apresenta para as chefias militares russas pode fazer com que Prigozhin se veja obrigado a focar os seus esforços noutros locais, onde já fez muito dinheiro. Os especialistas apontam que o futuro do grupo de mercenários pode voltar a passar por um foco em regiões como a República Centro Africana, Líbia, Sudão, Síria ou o Mali, onde “a orquestra” tem uma parte muito significativa das suas operações.

Antes do conflito na Ucrânia, o grupo foi utilizado pelo Kremlin para fortalecer as relações russas com regimes autoritários em muitos países africanos a troco de concessões de explorações de recursos naturais, como minas de ouro, diamantes, entre outros. E o futuro do “chefe de Putin”, alcunha que ganhou quando montou um lucrativo negócio de catering com o Kremlin, pode mesmo ficar restrito a esses países até conseguir recuperar da longa batalha de Bakhmut.

“Podemos vê-lo desaparecer por razões políticas ou por razões financeiras, para se dedicar a países que lhe possam trazer o lucro que ele procura”, frisa Diana Soller.

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Chegada de Samuel Samuel Eto'o em Bissau 3

Video by:  Antonio Iaia SEidi

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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Chegada de Samuel Eto'o em Bissau 02

Video by:  Antonio Iaia SEidi

Chegada de Samuel Samuel Eto'o em Bissau

Video by:  Antonio Iaia SEidi

IMPRENSA: Guiné-Conacri. Jornalistas boicotam cobertura de atividades junta militar

© iStock

 POR LUSA  22/05/23 

As associações de imprensa guineenses anunciaram hoje que vão boicotar todas as atividades da junta militar no poder até que esta levante as restrições à divulgação da informação, nomeadamente a limitação do acesso à Internet.

As organizações que representam as televisões, rádios, jornais e portais privados na Internet também declararam o porta-voz do Governo e ministro das Telecomunicações, Ousmane Gaoual Diallo, como "inimigo da imprensa guineense".

Em comunicado, anunciaram um "dia sem imprensa na terça-feira" e uma marcha de protesto em 01 de junho.

As mesmas associações denunciaram na passada quinta-feira a apreensão dos transmissores de duas estações de rádio pertencentes ao grupo de imprensa Afric Vision, a restrição ou bloqueio do acesso a populares portais de notícias e redes sociais, e os comentários do porta-voz do governo de que as autoridades iriam encerrar todos os meios de comunicação social que contribuíssem para "minar a unidade nacional" ou "incitar os guineenses uns contra os outros".

Ousmane Gaoual Diallo negou, no entanto, qualquer envolvimento das autoridades nos distúrbios na Internet e na operação contra a Afric Vision.

Estas ações coincidem com uma convocação de manifestações por parte da oposição.

Os internautas guineenses queixam-se desde o passado dia 17 da dificuldade ou impossibilidade de aceder a portais de notícias ou a redes sociais como o Facebook, WhatsApp, Instagram ou TikTok sem uma VPN.

As restrições foram confirmadas pelo serviço de monitorização da Internet NetBlocks.

A Guiné-Conacri é governada desde 2021 por uma junta militar liderada pelo coronel Doumbouya.

Os militares concordaram, sob pressão internacional, em entregar o poder a civis eleitos até ao final de 2024, enquanto procedem a reformas de grande alcance.

A junta militar deteve uma série de líderes da oposição e iniciou processos judiciais contra outros.

Paralelamente, proibiu em 2022 todo o tipo de manifestações.

A oposição denuncia a gestão autoritária e exclusiva do país por parte da junta e apela à rápida devolução do poder aos civis.


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Unicef alerta para grave "crise de fome" no corno de África

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POR LUSA  22/05/23 

Mais de sete milhões de menores de 5 anos no corno de África vivem uma "crise de fome, deslocação, escassez de água e insegurança" numa "escala sem precedentes", alertou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O alerta consta de um comunicado da agência da ONU, assinado pelo seu diretor para a África Oriental e Austral, Mohamed Fall, que reclama apoio nutricional urgente para os menores.

"Nos últimos três anos, as comunidades foram forçadas a tomar medidas extremas para sobreviver, com milhões de crianças e famílias a abandonarem as suas casas por puro desespero em busca de comida e água", lê-se na nota.

Mohamed Fall salienta que a crise humanitária "privou as crianças dos elementos essenciais da infância: ter comida suficiente, uma casa, água potável e ir à escola".

Embora as chuvas dos últimos meses estejam a permitir que a região do corno de África saia da pior seca dos últimos 40 anos, mais de 1,9 milhões de crianças ainda correm o risco de morrer "devido a uma desnutrição grave", alerta a Unicef.

Além disso, as fortes chuvas provocaram graves inundações depois de o solo ressequido não ter sido capaz de absorver a água, desencadeando uma nova vaga de deslocações e a perda de colheitas, escolas e casas.

No que diz respeito à Somália, as inundações obrigaram cerca de 219 mil pessoas a abandonar as suas casas.

Na vizinha Etiópia, onde já há cerca de 100 mil pessoas deslocadas pelas inundações, os especialistas receiam a possível propagação de um surto de cólera no país.

A Unicef calcula que 23 milhões de pessoas na Etiópia, no Quénia e na Somália sofrem de "elevados níveis de insegurança alimentar aguda".


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Grande Entrevista by Antonio Iaia SEidi

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VIDEO by: R Kelly Queba Sané

Cabo Verde quer reduzir evacuações médicas para Portugal com novo hospital

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POR LUSA  22/05/23 

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje que o processo de construção do novo hospital na Praia está "bem encaminhado", com o objetivo de reduzir os "custos elevados" com as evacuações médicas para Portugal.

"A solução que nós estamos a desenhar é a construção do novo Hospital de Cabo Verde, aqui na cidade da Praia. O processo está também bem encaminhado relativamente à criação de capacidades internas que possam reduzir as necessidades de evacuações, nomeadamente tipificando alguns tipos de intervenções que são prioritárias e este processo acontecerá. Até lá, temos que continuar a gerir o processo das evacuações com menos problemas possíveis relativamente aos doentes evacuados", avançou Ulisses Correia e Silva, questionado pelos jornalistas após uma comunicação ao país, para assinalar os dois anos de governação.

O primeiro-ministro, empossado no cargo, para um segundo mandato, em 20 de maio de 2021, disse ainda que as evacuações dependem de um quadro de cooperação que o país tem com Portugal, que responde a "milhares de situações que são canalizadas" para evacuações médicas, "mas com custos elevados" que são assumidos pelo Sistema Nacional de Saúde português e por Cabo Verde.

"Sabemos que essas questões dependem muitas vezes da disponibilidade de serviços diretos. Só há confirmação de ida quando de facto há a garantia de que o doente vai e consegue ser atendido imediatamente. E conhecemos a situação também da pressão que existe em Portugal, no Sistema Nacional de Saúde", acrescentou.

O custo com as evacuações médicas para Portugal suportadas pela segurança social cabo-verdiana - para especialidades e tratamentos indisponíveis no arquipélago - aumentou mais de 14% em 2022, face ao ano anterior, para 5,2 milhões de euros.

O Governo cabo-verdiano apresentou a 03 de março de 2021 o projeto do Hospital Nacional de Cabo Verde (HNCV), orçado em 7,2 mil milhões de escudos (65 milhões de euros), com previsão de conclusão - apesar de a obra ainda não ter sido lançada - dentro de quatro anos e o objetivo de melhorar o nível de cuidados de saúde e reduzir as evacuações externas.

O futuro hospital nacional deverá ser construído na zona de Achada Limpo, concelho da Praia, com capacidade máxima de 134 camas, sendo 12 para cuidados intensivos.

Segundo o Governo, a futura infraestrutura de saúde não vai substituir os dois hospitais centrais públicos do país -- Agostinho Neto, na Praia, e Batista de Sousa, em São Vicente -- mas sim complementar a oferta disponível e maximizar os recursos.

Ulisses Correia e Silva afirmou ainda hoje, questionado pelos jornalistas, que "há estudos conclusivos que demonstram que não há possibilidade" de construir um aeroporto na ilha da Brava - nomeadamente para garantir evacuações médicas -, mas que o país quer procurar soluções alternativas, particularmente em transportes marítimos, garantindo que a disponibilidade do mesmo todos os dias.

"Nós teremos que procurar outras soluções alternativas, particularmente linhas dedicadas de transportes marítimos, que é o que vai acontecer Fogo-Brava, vai estar todos os dias disponíveis e todos os dias a fazer este circuito. Investimentos privados que estão previstos para a ilha da Brava e, eventualmente lá mais para a frente, vermos a nível da Proteção Civil e da Emergência Civil, nós estamos a trabalhar particularmente a nível da Guarda Costeira, a possibilidade de termos helicópteros que possam atuar em situações de emergência", declarou.

A ilha da Brava, considerada a mais isolada das ilhas cabo-verdianas, passou a contar em novembro passado com um meio naval da Guarda Costeira em permanência e vai receber um centro de saúde com valências de hospital.


Leia Também: Primeiro-ministro de Cabo Verde afasta introdução de taxa de IVA de 0%


Kyiv precisa de 150 caças para substituir atual frota pós-soviética

© Lusa

POR LUSA  22/05/23 

O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuri Ignat, estimou hoje em cerca de 150 o número de aviões de combate ocidentais necessários para substituir e modernizar a atual frota ucraniana de caças da era pós-soviética.

Em declarações à agência noticiosa polaca PAP, Ignat não confirmou o número exato de aviões que os aliados ocidentais prometeram fornecer à Ucrânia, indicando tratar-se de "dezenas".

Ignat referiu ainda que algumas das armas fornecidas pelo Ocidente estão a ser subutilizadas por Kyiv, como os mísseis AGM-88, atualmente lançados a partir do solo, mas cuja "potência aumentaria" se fossem lançados a partir de caças F-16

O porta-voz da força aérea ucraniana apelou às potências ocidentais para que reforcem as capacidades militares da Ucrânia, a fim de este país poder enfrentar em pé de igualdade a Rússia, que possui uma tecnologia "muito melhor e mais moderna".

"Os mísseis russos estão armados com ogivas ativas autoguiadas. Graças aos caças F-16 e aos sistemas Patriot, seremos capazes de eliminar a vantagem russa", observou Ignat, defendendo mais uma vez o "fecho dos céus" como uma tarefa prioritária para Kyiv.

"Os caças vão patrulhar os nossos céus, deslocar-se rapidamente entre aeroportos e detetar potenciais perigos [...]. Seremos capazes de efetuar ataques muito precisos contra os depósitos de armas e a logística russa", afirmou.

Sexta-feira passada, na cimeira do G7 em Hiroxima (Japão), o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que Washington apoia os seus aliados na formação de pilotos ucranianos na utilização de caças F-16, embora não tenha sido tomada nenhuma decisão concreta sobre a entrega destes aviões.

Os principais países europeus apoiaram a ideia dos Estados Unidos, tendo a Rússia alertado para o facto de a eventual entrega de caças F-16 poder representar "riscos colossais" para o Ocidente.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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DANGOTE: Refinaria da Nigéria será "uma das mais importantes em África e no mundo"

POR LUSA   22/05/23 

O presidente do grupo Dangote disse hoje, durante a inauguração da nova refinaria na Nigéria, a maior de África, que a fábrica vai ser "uma das mais importantes do continente e no mundo".

"A nossa primeira prioridade é aumentar a produção para garantir que este ano vamos ser capazes de satisfazer completamente a procura da nossa nação por produtos petrolíferos de alta qualidade, para acabarmos com a tragédia da dependência da importação e parar de uma vez por todas de ser a lixeira de produtos tóxicos e de baixa qualidade", disse Aliko Dangote.

A fábrica entrará em produção no final de julho, acrescentou o líder do grupo Dangote durante a inauguração oficial da refinaria, que será também uma fábrica de fertilizantes, com a capacidade de exportar 40% da produção.

Na cerimónia, o Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, disse, citado pela agência de notícias Associated Press, que o projeto mostra a importância das parcerias com o setor privado "para acelerar o crescimento económico em todo o continente".

Depois de anos de atrasos, a maior refinaria de África visa reduzir a importação de combustível no país mais populoso da região.

A inauguração acontece uma semana antes da saída do poder do Presidente Buhari, que abandona o cargo após dois mandatos marcados por uma grave deterioração da situação económica do país, que é a maior economia da África subsaariana.

O objetivo da refinaria é processar 650 mil barris por dia quando estiver em plena capacidade, o que faria dela um dos maiores complexos industriais do continente e poderia mudar a situação na Nigéria.

Embora o país seja um dos maiores produtores de petróleo de África, importa quase todo o seu combustível devido ao fracasso das suas refinarias estatais.

A Nigéria troca os seus milhares de milhões de dólares de petróleo bruto por combustível importado, que depois subsidia para manter o preço de mercado artificialmente baixo.

Segundo os analistas citados pela agência France-Presse, este sistema incentiva a corrupção e impede o Estado de investir fortemente em setores-chave, como a saúde e a educação, enquanto quase metade dos nigerianos vive em condições de pobreza extrema.

As novas instalações ocupam 2.635 hectares de terreno na zona de comércio livre de Lekki, e custaram cerca de 19 mil milhões de dólares, 17,5 mil milhões de euros, segundo os meios de comunicação locais, mais do dobro dos 9 mil milhões de dólares (8,3 mil milhões de euros), anunciados quando o projeto foi lançado.

O vasto complexo industrial inclui também uma fábrica de fertilizantes no valor de 2 mil milhões de dólares, com uma capacidade de produção de três milhões de toneladas por ano.


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"Grupo de sabotagem" entrou na Rússia. Kyiv afirma serem paramilitares

© Reuters

Notícias ao Minuto   22/05/23 

A Ucrânia revelou que a "invasão" foi levada a cabo por dois grupos paramilitares formado por "cidadãos russos com mentalidade oposicionista".

O governador da região russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia, revelou, esta segunda-feira, que um "grupo de sabotagem" do exército ucraniano entrou no distrito de Graivoron. Kyiv já confirmou a "invasão", mas alega ser da responsabilidade de dois grupos paramilitares formado por "cidadãos russos com mentalidade oposicionista".

"Um grupo de sabotagem e reconhecimento das Forças Armadas da Ucrânia entrou no território do distrito de Grayvoron", anunciou Vyacheslav Gladkov, na plataforma Telegram.

Segundo o responsável, "as forças armadas da Federação Russa, juntamente com o serviço de fronteira, a Guarda Nacional e o FSB, estão a tomar as medidas necessárias para eliminar o inimigo".

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência de notícias RIA, revelou que o presidente russo, Vladimir Putin, tinha sido informado do ataque e estava a trabalhar para expulsar os "sabotadores". 

Segundo estação ucraniana Hromadske, que cita o porta-voz dos serviços secretos militares, Andriy Yusov, a investida foi levada a cabo pela Legião da 'Liberdade da Rússia' e pelo Corpo de Voluntários Russos.

"A responsabilidade por estes acontecimentos foi assumida por cidadãos (da Rússia), em particular pelo RDK e pela Legião 'Liberdade da Rússia'", disse o porta-voz.

"Penso que todos nós só podemos saudar as ações decisivas dos cidadãos russos com espírito de oposição, que estão prontos para uma luta armada contra o regime criminoso de Vladimir Putin", acrescentou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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TIMOR-LESTE: CNRT, de Xanana Gusmão, vence quintas eleições legislativas

© Global Imagens

POR LUSA   22/05/23 

O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, venceu as eleições de domingo em Timor-Leste, quando está praticamente concluída a contagem dos votos, faltando definir se obtém maioria absoluta.

A vitória dará ao partido uma ampla representação parlamentar, conseguindo pelo menos 31 dos 65 lugares do parlamento (mais dez do que tem atualmente), segundo os resultados nacionais provisórios do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Neste momento falta apenas concluir o apuramento em três municípios -- Bobonaro, Covalima e Manatuto -, com a contagem nos três casos já bastante avançada e o CNRT a liderar em todos.

Quando estão contados 92,73% dos centros de votação de todo o país - e se mantém a tendência que ficou praticamente inalterada desde o iníciuo da contagem-, o CNRT lidera com 263931 votos e 41,59%, um resultado superior aos votos obtidos pelas três forças políticas que compõem o atual governo .

Se não chegar à maioria de 33 cadeiras, o CNRT deverá fazer um acordo com o Partido Democrático (PD), o que daria às duas forças políticas uma maioria clara, ainda que matematicamente a maioria absoluta ainda seja possível, tendo em conta os votos que falta contar.

O Partido Democrático (PD) passou de quarta a terceira força política em número de votos, invertendo uma tendência de queda no apoio ao partido que se mantinha desde as eleições de 2007, conseguindo mais uma cadeira para um total de seis. Obteve para já 57721 votos ou 9,09%.

Em segundo lugar, ficou a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que tem atualmente 166147 votos e 26,18%, o que representa perder quatro das suas atuais 23 cadeiras.

Os resultados mostram uma punição aos partidos do Governo, em particular ao Partido Libertação Popular (PLP), do primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, que perde metade dos oito lugares no parlamento, passando de terceira a quinta força política.

Taur Matan Ruak é um dos maiores derrotados da votação de domingo, com os eleitores a fugirem da força política que se estreou como a terceira mais votada em 2017, ficando-se agora pelos 37701 votos e 7,25%.

Também a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), de Mari Alkatiri, foi penalizada, com o partido que viabilizou o executivo desde 2020 a registar a pior percentagem de apoio sempre, com uma queda de cerca de oito pontos percentuais face ao voto que obteve nas antecipadas de 2018.

Finalmente, o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) conseguiu aumentar o seu apoio, para 7,25% e deverá manter os atuais cinco lugares-


Os resultados indiciam uma fuga de voto para os maiores partidos, com o total de boletins em partidos que ficaram abaixo da barreira de elegibilidade (4% dos votos válidos) a representar menos de 10% dos votos totais.

Esse valor é mais baixo do que em 2017, quando chegou aos 14% e em 2012, quando garantiu mais de 23,13%.

O CNRT venceu em toda a diáspora, em nove dos 13 municípios de Timor-Leste já apurados (perdeu apenas para a Fretilin em Baucau e Viqueque) e ainda na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), zona que tem sido praticamente sempre administrada por um dirigente da Fretilin.

O parlamento fica agora com apenas cinco bancadas partidárias (eram oito antes do voto de domingo) com apenas duas das restantes 12 forças políticas concorrentes a chegar próximo da barreira de 4% dos votos válidos: o estreante Partido Os Verdes de Timor (PVT) e o Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático (PUDD), que tinha um lugar no parlamento.

O sufrágio de domingo foi marcado pelo aumento da participação da diáspora timorense, impulsionada em particular pelos jovens emigrantes que se recensearam no último ano, com valores nunca vistos de adesão ao voto.

Num dos centros de votação no Reino Unido a afluência foi tão elevada que os responsáveis da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do STAE tiveram de colocar uma segunda urna para receber votos.

Imagens da votação em pontos tão diversos como Melbourne, Seul, Lisboa ou Crewe mostraram grandes filas, com responsáveis eleitorais e diplomatas a referirem o entusiasmo da participação dos eleitores.

A contagem dos votos foi dificultada por problemas de internet, que atrasou a comunicação dos resultados de alguns municípios para Díli, com críticas à forma como o STAE divulgou os resultados.

Situação que levou mesmo o Presidente timorense, José Ramos-Horta, a afirmar que vai solicitar uma auditoria internacional ao processo de divulgação dos dados eleitorais que, mais de 30 horas depois do fecho das urnas, ainda não eram conhecidos.


Mulher engravida duas vezes num mês graças a um fenómeno raro... Sophie achava que as filhas eram gémeas. Afinal, 28 dias separavam o seu momento de concepção.

© Facebook/Sophie Small

Notícias ao Minuto   22/05/23 

Uma mulher, grávida de gémeas, viria a descobrir que as suas filhas tinham, afinal, sido concebidas com vários dias de diferença.

Sophie Small e Jonathan acharam estranho o facto de as suas filhas Darcy e Holly terem nascido com uma diferença relativamente grande em termos de comprimento. Já durante  a gravidez os médicos estranharam a diferença de tamanho dos dois embriões e a explicação para o sucedido viria depois de as crianças nascerem.

"Quando nasceram apresentavam uma diferença de crescimento de 35% o que é enorme. Foi aí que a equipa médica percebeu que elas tinham sido concebidas com quatro semanas de diferença", recorda Sophie,  de Leominster, Reino Unido

A mulher, de 30 anos, concebeu Holly e Darcy, agora com dois anos, com um mês de diferença devido a um fenómeno raro conhecido como superfetação, fenómeno em que uma mulher grávida, volta a engravidar no espaço de dias ou semanas após a primeira gravidez.

Sophie, que assume ser muito fértil, diz que o nascimento das filhas não foi fácil, dado que tiveram de ficar internadas à nascença e que, em plena pandemia, a presença constante no hospital foi uma grande preocupação. Ainda hoje, as meninas apresentam uma diferença de tamanho, mas ao The Mirror a família garante que são a sua alegria.


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Presidente da Nigéria inaugura maior refinaria de África

POR LUSA   22/05/23 

O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, inaugura hoje, depois de anos de atrasos, a maior refinaria de África, lançada pelo empresário Aliko Dangote, para reduzir a importação de combustível no país mais populoso da região.

A inauguração, hoje em Lagos, da refinaria, acontece uma semana antes da saída do poder do Presidente Buhari, que abandona o cargo após dois mandatos marcados por uma grave deterioração da situação económica do país, que é a maior economia da África subsaariana.

De acordo com a agência francesa de informação, a France-Presse (AFP), a cerimónia deverá contar com vários chefes de Estado africanos, que vão testemunhar a inauguração da refinaria anunciada pela primeira vez em 2013 e que deverá começar a funcionar em junho.

O seu objetivo é processar 650 mil barris por dia quando estiver em plena capacidade, o que faria dela um dos maiores complexos industriais do continente e poderia mudar a situação na Nigéria.

Embora o país seja um dos maiores produtores de petróleo de África, importa quase todo o seu combustível devido ao fracasso das suas refinarias estatais.

A Nigéria troca os seus milhares de milhões de dólares de petróleo bruto por combustível importado, que depois subsidia para manter o preço de mercado artificialmente baixo.

Segundo os analistas citados pela AFP, este sistema incentiva a corrupção e impede o Estado de investir fortemente em setores-chave, como a saúde e a educação, enquanto quase metade dos nigerianos vive em condições de pobreza extrema.

As novas instalações ocupam 2.635 hectares de terreno na zona de comércio livre de Lekki, e custaram cerca de 19 mil milhões de dólares, 17,5 mil milhões de euros, segundo os meios de comunicação locais, mais do dobro dos 9 mil milhões de dólares, cerca de 8,3 mil milhões de euros, anunciados quando o projeto foi lançado.

O vasto complexo industrial inclui também uma fábrica de fertilizantes no valor de 2 mil milhões de dólares, com uma capacidade de produção de 3 milhões de toneladas por ano.


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Exclusivo CNN Internacional: o impacto devastador das "armas secretas" da Ucrânia

Especialistas britânicos em explosivos e contra-ataque partilham décadas de conhecimentos sobre o fabrico de bombas com as tropas ucranianas na linha da frente. As bombas artesanais são as armas secretas do arsenal da Ucrânia. 

A reportagem é de Nic Robertson.

CNN

INOVAÇÃO: A China inaugurou hoje um sistema de pagamento mediante biometria da palma das mãos num sistema ferroviário, inédito a nível mundial, na linha do Aeroporto de Daxing, em Pequim.

© Getty Images

POR LUSA   22/05/23 

 China estreia sistema inovador que permite pagar com palma das mãos

A China inaugurou hoje um sistema de pagamento mediante biometria da palma das mãos num sistema ferroviário, inédito a nível mundial, na linha do Aeroporto de Daxing, em Pequim.

Os passageiros podem agora "entrar facilmente na estação e apanhar o comboio" de alta velocidade sem precisarem de bilhetes ou utilizar cartões de pagamento ou carteiras digitais, segundo a imprensa oficial.

Esta iniciativa representa "um avanço significativo no transporte ferroviário, ao simplificar o processo de entrada e melhorar a experiência de viagem", acrescentaram os órgãos oficiais.

Os viajantes podem passar a palma das mãos sobre o dispositivo de reconhecimento biométrico para entrar na estação, eliminando a necessidade de utilizar bilhetes ou outras formas de pagamento.

Como cada pessoa tem um padrão único de veias na palma da mão, esta tecnologia de identificação biométrica é uma das mais precisas do mundo.

A Comissão Municipal de Transportes de Pequim instalou dispositivos de registo e leitura das palmas da mão na área de bilheteira e alterou as máquinas de acesso para permitir este método de pagamento inovador.

A China é líder mundial no mercado de pagamentos biométricos, recorrendo ao uso de tecnologias como reconhecimento facial, reconhecimento de íris, análise de batimentos cardíacos e mapeamento de veias.

Empresas como a Ant Group, que detém o serviço de pagamentos eletrónicos Alipay, e a Tencent, proprietária da carteira digital WeChat Pay, têm impulsionado a adoção dessas tecnologias, tanto em estabelecimentos físicos quanto em plataformas digitais, levando praticamente ao desaparecimento do dinheiro físico no país.


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Guiné-Bissau: Deus obrigado pela primeira chuva ⛆, hoje terça-feira, 22 de maio de 2023

 

GUERRA NA UCRÂNIA: Chefe da diplomacia da UE felicita G7 por decidir enviar caças F-16

© dw.com

POR LUSA    22/05/23 

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros felicitou hoje os países do G7 por decidirem avançar com o envio de caças F-16 para a Ucrânia, após meses de insistência do Presidente ucraniano.

"É uma boa ideia, finalmente decidiram preparar o terreno para providenciar à Ucrânia os caças de que precisa, espero que em breve consigamos enviá-los", afirmou Josep Borrell, em declarações aos jornalistas antes do início de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

Durante a cimeira do G7, que se realizou nos últimos dias em Hiroxima, no Japão, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o democrata Joe Biden, anunciou que Washington autorizou os aliados a disponibilizarem caças F-16 às Forças Armadas da Ucrânia.

Biden disse que teve a garantia do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que estas aeronaves de combate seriam utilizadas exclusivamente para defender o território que a Rússia invadiu há mais de um ano.

A reunião de hoje surge depois de, no início de maio, a Comissão Europeia ter enviado aos Estados-membros uma proposta sobre o 11.º pacote de sanções à Rússia, que está desde então em discussão entre os embaixadores dos 27 junto da UE.

A proposta inclui o combate à evasão das sanções da UE, disse a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen aquando de uma visita à capital ucraniana, Kyiv, admitindo abranger países terceiros que ajudem a Rússia.

À semelhança dos 10 pacotes de sanções anteriores, também este terá de ter unanimidade entre os Estados-membros da UE para ser aprovado.

Segundo fontes europeias, a proposta visa um alargamento das listas de pessoas e entidades abrangidas pelas medidas restritivas para proibir que países terceiros ajudem a Rússia a contornar intencionalmente as sanções da UE, podendo estar em causa empresas da China, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão, Síria e Irão.

Além disso, a proposta visa o alargamento das listas de artigos sujeitos a restrições para os controlos das remessas em trânsito através da Rússia, como produtos de tecnologia avançada e peças de aeronaves, bem como restrições à venda de determinados artigos para países terceiros específicos onde haja o risco de serem utilizados para contornar as regras.

Este será um "mecanismo de último recurso para ser usado com prudência e na base da análise do risco", adiantou Ursula von der Leyen.

Estão ainda em causa novas proibições à importação de petróleo russo e ainda ao acesso de navios russos considerados suspeitos (por conter produtos sancionados) nos portos da UE.

A UE impôs sanções à Rússia em resposta à guerra de agressão desencadeada contra a Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022, e à anexação ilegal das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.

O objetivo das sanções económicas é provocar consequências graves à Rússia pelas suas ações e impedir eficazmente a capacidade de Moscovo de prosseguir a ofensiva militar contra a Ucrânia.


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Uma pesquisa da Universidade de Harvard revelou que dinheiro traz sim a felicidade!

 Fatos Desconhecidos 

A discussão se dinheiro compra (ou não) felicidade é antiga. E é um fato que o dinheiro, sim, compra felicidade para quem esse estado de espírito envolve jantares caros e férias luxuosas, por exemplo. Mas um novo estudo de Harvard foi além, e mostrou que o dinheiro é fundamental de outra maneira importante: ajuda as pessoas a evitar muitos dos aborrecimentos do dia-a-dia que causam estresse. Então, de forma direta, o dinheiro ajuda a evitar o estresse.

Professor da Harvard Business School, Jon Jachimowicz disse que o dinheiro pode fornecer calma e controle, permitindo, por exemplo, comprar a saída para alguns obstáculos imprevistos da vida, seja um pequeno incômodo, como evitar uma tempestade pedindo um Uber, ou uma preocupação maior, como lidar com uma conta hospitalar inesperada.

“Se focarmos apenas na felicidade que o dinheiro pode trazer, acho que estamos perdendo alguma coisa”, afirmou Jachimowicz, professor assistente de administração de empresas no departamento de comportamento organizacional da HBS. “Também precisamos pensar em todas as preocupações das quais o dinheiro pode nos libertar.”

‼️ Ucrânia: Kiev diz que neutralizou ataque de mísseis russos contra Dnipro

 DW Português para África 

A cidade ucraniana de Dnipro foi atacada durante a noite com 16 mísseis e 20 aparelhos aéreos não tripulados (drones) russos, disse o Exército de Kiev que neutralizou o bombardeamento. 

Durante o "ataque noturno quatro mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555 e 20 drones Shahed foram destruídos pela defesa a antiaérea", disse o Exército ucraniano através de um comunicado difundido na plataforma digital Facebook. 

As últimas informações oficiais de Kiev sobre o ataque ainda não foram comentadas pela Rússia e ainda não foram verificadas por entidades independentes.   

A cidade de Dnipro, (Dnioropetrovsk entre 1926 e 2016), localizada no centro da Ucrânia, a menos de 400 quilómetros a sul de Kiev, era habitada por um milhão de habitantes de acordo com os dados anteriores à última invasão da Rússia em fevereiro de 2022.

#eleições2023 #HoraTchiga #Vota_MademG15 Bamba Coté

 

@Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

Rússia? Diplomatas da UE reúnem-se hoje e discutem 11.º pacote de sanções

© Lusa

POR LUSA   22/05/23 

Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) reúnem-se hoje para discutir o novo pacote de sanções à Rússia, visando evitar a evasão das medidas restritivas e abranger, como último recurso, países terceiros que estejam a apoiar Moscovo.

A discussão surge depois de, no início de maio, a Comissão Europeia ter enviado aos Estados-membros uma proposta sobre o 11.º pacote de sanções à Rússia, que está desde então em discussão no Coreper (acrónimo de Comité de Representantes Permanentes dos Governos dos Estados-Membros da UE, ou seja, os embaixadores dos 27).

Apesar de não ter sido oficialmente apresentada à imprensa, a proposta inclui o combate à evasão das sanções da UE, disse a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, aquando de uma visita à capital ucraniana, Kyiv, admitindo um mecanismo de "último recurso" para abranger países terceiros que ajudem a Rússia.

À semelhança dos 10 pacotes de sanções anteriores, também este terá de ter unanimidade entre os 27 Estados-membros da UE para ser aprovado.

Segundo fontes europeias, a proposta visa um alargamento das listas de pessoas e entidades abrangidas pelas medidas restritivas para proibir que países terceiros ajudem a Rússia a contornar intencionalmente as sanções da UE, podendo estar em causa empresas da China, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão, Síria e Irão.

Além disso, de acordo com as mesmas fontes, a proposta visa o alargamento das listas de artigos sujeitos a restrições para os controlos das remessas em trânsito através da Rússia, como produtos de tecnologia avançada e peças de aeronaves, bem como restrições à venda de determinados artigos para países terceiros específicos onde haja o risco de serem utilizados para contornar as regras.

Estão ainda em causa novas proibições à importação de petróleo russo e ainda ao acesso de navios russos considerados suspeitos (por conter produtos sancionados) aos portos da UE.

A UE impôs sanções à Rússia em resposta à guerra de agressão desencadeada contra a Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022, e à anexação ilegal das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.

As sanções já em vigor incluem medidas restritivas específicas (sanções individuais), sanções económicas e medidas em matéria de vistos e acrescem às medidas impostas à Rússia desde 2014, na sequência da anexação da península da Crimeia e da não aplicação dos acordos de Minsk (relativos ao conflito no leste ucraniano entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos).

O objetivo das sanções económicas é provocar consequências graves à Rússia pelas suas ações e impedir eficazmente a capacidade de Moscovo de prosseguir a ofensiva militar contra a Ucrânia.

As sanções individuais visam as pessoas responsáveis pelo apoio, financiamento ou execução de ações que comprometam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia, ou que beneficiam dessas ações.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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BACAR CAMPEÃO AFRICANO DE LUTA DE PRAIA 80KG

 Federação de Luta da Guiné-Bissau FLGB

Depois de perder ontem na final do Campeonato Africano de Luta Livre, na categoria de 74 kg, Bacar Ndum pisou arena hoje numa outra competição (Campeonato Africano de Luta de Praia), já na categoria superior [80kg], e conseguiu com bravura chegar a final e derrubar o gigante senegalês.

O jovem de Nhacra, sobrinho do "Campeão das medalhas”, Augusto Midana, que está a dirigir a caravana como treinador, vai trazer para a Guiné-Bissau duas medalhas no pescoço, sendo de ouro conquistado hoje (Luta de Praia)  e de prata como Vice-campeão Africano de Luta Livre.

Entre os três lutadores guineenses que se encontram no solo tunisino, só o Diamantino é que ficou de fora nesta competição devido à categoria de peso exigida.

Caetano António Sá, também competiu na categoria de 80 kg, e venceu 5 combates iniciais, mas não resistiu à segunda ronda e foi afastado da prova.

A caravana nacional chefiada pelo treinador Augusto Midana, vai chegar ao solo guineense no dia 27 deste mês, com três medalhas, sendo duas de Ouro [Diamantino e Bacar] e uma de prata [Bacar].

® GCIFLGB 🇬🇼🇬🇼🇬🇼🇬🇼🇬🇼🇬🇼🇬🇼🇬🇼🇬🇼🇬🇼

A viatura de EAGB foi posto à disposição de diretoria do PRS no círculo 25 para fixação de bandeiras na poste pública, algo que se verificou no troço que liga zonas de blola a retunda de Antula concretamente ao lado de sede do círculo 25 do MADEM-G15 como se pode ver nas imagens.

O que lamentamos, já que foi emitido um comunicado pelo ministro das finanças em circunstâncias nenhumas deve-se envolver as viaturas do estado nas campanhas eleitorais.



ARN: “REDES DE TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NÃO CUMPREM RECOMENDAÇÕES”

 O DEMOCRATA  21/05/2023  

A Chefe de Departamento de Fiscalização e Vistoria da Autoridade Reguladora Nacional das  Tecnologias de Informação e Comunicação (ARN-TIC), Cigeia de Almada Vieira Lopes, revelou na semana passada que as redes móveis de telecomunicações que operam no país não estão a cumprir as recomendações daquela entidade reguladora no que diz respeito a qualidade da experiência na ótica do utilizador.

Cigeia de Almada Vieira Lopes falava à imprensa no quadro da troca de experiência com as suas congéneres de Portugal em relação a qualidade do serviço das telecomunicações móveis no domínio de utilizador no qual disse que faz quatro anos que a ARN fez aquele trabalho de medição da qualidade da experiência como utilizador e e vem constatando que as redes de telecomunicações no país não cumprem as recomendações, mas estão a fazer esforços, melhorando a cada ano que passa.

Lopes informou que a troca de experiência com os técnicos portugueses irá facilitar a equipa técnica da ARN, para que possa ter mais bagagem e experiência. Acrescentou que no passado, faziam aquele trabalho com equipamentos pequenos, mas neste momento estão a trabalhar com outros equipamentos desenvolvidos por técnicos portugueses, o que está a facilitar o serviço que estão a realizar no terreno. 

Sobre os parâmetros das operadoras, a responsável do Departamento de Fiscalização e Vistoria da ARN disse que é prematuro falar abertamente sobre aquele assunto, porque não dispõe de dados completos do trabalho levado a cabo. Adiantou que o trabalho que estão a fazer baseia-se mais nos níveis das performances que a Autoridade Reguladora Nacional tinha predefinido, de acordo com as orientações da União Internacional das Telecomunicações.

Por seu lado, o engenheiro de telecomunicações de Autoridade Nacional das Comunicações de Português, José Joaquim Palma Alveres assegurou que estão no país para trabalhar com as autoridades nacionais para ajudar a conseguir os objetivos da fricção, verificação dos parâmetros, qualidades da rede na ótica de utilizador, permitindo às pessoas saberem os locais que não tem rede no país de forma simples, rápido e eficiente no sentido de poder exigir das operadoras para melhorarem a qualidade do serviço.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A