sexta-feira, 7 de abril de 2023

Israel anuncia ter abatido um drone procedente do Líbano

© REUTERS

POR LUSA   07/04/23 

Israel anunciou hoje ter abatido um 'drone' (aeronave não-tripulada) que entrou no seu território a partir do Líbano, num contexto de escalada sem precedentes na frente israelo-libanesa desde o conflito de 2006.

Num curto comunicado, o exército israelita indicou que os seus soldados tinham "identificado e abatido em território israelita, perto da localidade de Zarit, um 'drone' proveniente do território libanês".

O exército "continuará a impedir qualquer tentativa de violar a soberania israelita", sublinha o comunicado.

Este incidente ocorreu depois de bombardeamentos israelitas ao sul do Líbano.

O exército israelita afirmou ter hoje atingido, antes do amanhecer, três "infraestruturas" do movimento palestiniano Hamas na zona de Rachidiye, em retaliação ao disparo na quinta-feira de 34 'rockets' do Líbano para território israelita, que feriram uma pessoa e causaram danos materiais.

Segundo o exército israelita, tais disparos, não reivindicados, eram "palestinianos", provavelmente do Hamas ou da Jihad Islâmica, outro grupo armado.

Os militares israelitas bombardearam infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, onde o movimento islâmico está no poder, num contexto de escalada da violência israelo-palestiniana e de tensão em Jerusalém oriental, em plena época de festas religiosas judaicas, cristãs e muçulmanas.

GUERRA NA UCRÂNIA: Rússia não duvida da "participação direta ou indireta" dos EUA e da ONU

© Reuters

POR LUSA  07/04/23 

O porta-voz da Presidência russa garantiu hoje que Moscovo não duvida da "participação direta ou indireta" dos EUA e da ONU na guerra da Ucrânia, após o Pentágono ter confirmado que está a investigar uma fuga de documentos secretos.

"Este nível de participação está a aumentar gradualmente", disse Dimitri Peskov, num comunicado enviado à CNN, acrescentando que o Kremlin continua "atento" ao caso dos documentos secretos sobre a guerra na Ucrânia que foram publicados em várias redes sociais.

O porta-voz da Presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak, atribuiu a fuga de documentos à Rússia com o objetivo de "tentar influenciar os planos da Ucrânia para uma contraofensiva" na frente da batalha.

"Isso é um 'bluff': poeira para os olhos", destacou o porta-voz ucraniano, no Telegram.

Conforme relatado anteriormente pelo The New York Times, algumas informações nos documentos foram alterados antes de serem publicadas, como as estimativas dos Estados Unidos sobre o número de ucranianos mortos durante o conflito, bem como as baixas russas.

Segundo analistas militares consultados pelo The New York Times, estas alterações podem sinalizar uma tentativa de Moscovo em divulgar desinformação para elevar o moral russo no conflito.

O jornal também detalhou que os documentos fotografados, que seriam pelo menos seis, são de há cinco semanas, pelo que as informações estariam desatualizadas e, embora não revelem a estratégia para uma possível contraofensiva ucraniana, mencionam que Kiev está a reunir brigadas de combate para esse fim.

ÚLTIMA HORA: Faleceu em Lisboa Augusto Olivais, destacado dirigente do PAIGC.

Por ditaduraeconsenso.blogspot.com

CERIMÓNIA DE DEPOSIÇÃO DE COROA DE FLORES NO MONUMENTO AO SOLDADO DESCONHECIDO

No âmbito da Visita Oficial que efetuou à Sérvia, o Presidente da República depositou uma coroa de flores no Monumento ao Soldado Desconhecido, dedicado aos heróis sérvios caídos na Primeira Guerra Mundial, em Belgrado.


Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Delphine Colard, porta-voz adjunta do Parlamento Europeu, afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação é "menos eficaz" onde o ambiente dos media "é forte" e destacou que a inteligência artificial (IA) é um dos grandes desafios.

© Shutterstock

POR LUSA   07/04/23 

 Desinformação "é menos eficaz" onde ambiente dos media "é forte"

Delphine Colard, porta-voz adjunta do Parlamento Europeu, afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação é "menos eficaz" onde o ambiente dos media "é forte" e destacou que a inteligência artificial (IA) é um dos grandes desafios.

"Existe a ideia de que a desinformação é algo que está a acontecer 'online' e nas redes sociais e não tem consequências na vida real e isso não é totalmente verdade", refere Delphine Colard, nomeadamente durante a pandemia de covid-19, em que se viu que a desinformação "pode prejudicar".

Questionada sobre se a desinformação aumentou nos últimos anos, Colard diz que "há um interesse crescente", recordando que há resoluções votadas no Parlamento Europeu sobre o tema desde 2015.

"Não sei dizer se está a crescer", mas há uma "perceção e a análise é mais refinada" e "incidentes" na vida real resultantes da desinformação, como por exemplo o incendiar de antenas de 5G [devido a teorias de conspiração que ligavam as antenas de quinta geração ao coronavírus].

Delphine Colard elenca o "grande trabalho" da literacia mediática em perceber como o sistema funciona nas redes sociais, a formação nas escolas, a formação nas escolas de jornalismo, como formas de combater a desinformação.

"Não há nenhuma 'silver bullet' [bala de prata] para matar" a desinformação, diz, mas é preciso "trabalhar em diferentes forças de ação para garantir que o seu impacto seja menos importante".

Depois há a parte legislativa, que é "enorme a nível europeu", em que se tem trabalhado para garantir que as plataformas das redes sociais tenham mais "obrigações" no que diz respeito à publicação de conteúdos, sendo "responsáveis pelo que lá está a ser colocado", prossegue a porta-voz adjunta do Parlamento Europeu.

Primeiro foi o código de conduta, que era voluntário, e agora uma nova versão está a ser implementada.

"Teremos a Lei dos Serviços Digitais que entrará em vigor no final do ano e que permitirá, também, impor obrigações adicionais" às empresas das redes sociais, salienta.

Além disso, há outras iniciativas legislativas que, por exemplo, permitem que as pessoas saibam quando estão a ser alvo de anúncios políticos.

Portanto, "este é todo um trabalho legislativo, mas eu diria que outra área fundamental é garantir que os meios de comunicação social possam trabalhar livremente" porque "são também uma garantia para o funcionamento da democracia", sublinha Delphine Colard.

Ferramentas como literacia mediática são importantes, tal como iniciativas legislativas como o ' European Media Freedom Act' [Lei Europeia da Liberdade dos Media], que visa garantir um "ambiente dos media forte", destaca.

"Vemos que a desinformação é menos eficaz a chegar às pessoas onde o ambiente dos media é forte", reforça Delphine Colard.

Depois, "teremos o relatório que está a ser finalizado, o [de Sandra] Kalniete", que "será votado em maio em plenário", destaca a responsável, que tem a ver sobre a ingerência estrangeira em processos democráticos, incluindo a desinformação.

"Não é só esse aspeto da desinformação, mas também a captura de elites, o potencial de corrupção. Portanto, é mais amplo", já que "são diferentes o tipo de táticas para garantir que nas narrativas ou as ideias de certos atores estejam presentes na nossa esfera", os quais "podem interferir" na forma de organização democrática.

Relativamente às eleições europeias, que se vão realizar na primavera no próximo ano, trata-se de um momento "importante".

"Verificamos que os desafios que preocupam as pessoas são, na maioria das vezes, desafios que têm de ser enfrentados em conjunto e que não podem ser resolvidos a nível de um Estado-membro ou região", aponta.

Exemplos disso são a crise energética, os planos de recuperação económica ou o programa de compra de vacinas na pandemia.

Por isso, "o mais importante para o Parlamento agora" é acompanhar a campanha de informação sobre o que foi feito, o que está a ser feito no Parlamento. Outro vetor é incentivar as pessoas a votar, participarem, porque são os seus votos que moldam o parlamento Europeu, as maiorias e o tipo de legislação que será definida.

"Por isso, trabalharemos lado a lado com as autoridades nacionais responsáveis por, naturalmente, acompanhar a campanha de informação", refere.

Para Delphine Colard, um dos "grandes desafios" de agora é ver como "as plataformas de redes sociais vão responder às leis", como é que o DSA - Digital Services Act [Lei dos Serviços Digitais] será implementada "e como é que realmente irá permitir ter mais clareza sobre o algoritmo, mais visibilidade para os investidores e 'fact checkers' [verificadores de factos] e jornalistas".

E, além disso, como as plataformas irão na prática 'deitar abaixo' operações de interferência ou de manipulação de informação, aponta.

O segundo grande desafio é a inteligência artificial (IA), porque a desinformação "já não é uma coisa pouco trabalhada que é óbvia".

"Há um esforço enorme para fazê-la mais credível possível", pelo que é mais "sofisticada", aponta, com conteúdos distorcidos, puramente falsos, em que se pode ir até à manipulação de vídeos ou imagens, as chamadas 'deep fakes'.

"Há um trabalho em curso sobre a inteligência artificial no Parlamento Europeu", recorda.

Apesar de admitir que a IA é uma "oportunidade" em termos de economia e de agilização de processos produtivos, entre outros, Delphine Colard alerta que se não houver nenhum aspeto humano isso acarreta riscos.


Leia Também: Inteligência artificial pode ser útil no diagnóstico de doenças cardíacas

Fórum de Paz, está na cidade de Gabú, província Leste da Guiné-Bissau, para o seguimento de iniciativa "Fanadu di cidadania" nas regiões do país. A equipa percorre depois de Gabú, a Região de OIO concretamente em Mansoa, ao encontro com um dos grupos kumpuduris di paz.

O "Fanadu di Cidadania" é uma atividade executada pelos Grupos de Kumpuduris di Paz no quadro do 16"Passo do ciclo de formação, assessorada pela equipe técnica do Projeto Fórum de Paz. É dirigida a 20 jovens eleitores em cada área de intervenção dos GKP, com a intenção de preparar um eleitorado [que pela primeira vez participa das eleições] cada vez mais consciente e proativo. 

A  atividade encontra-se associada à CAMPANHA " UDJU RIBA DI NO VOTU", iniciada em 2022 com a realização de um estudo abrangente sobre o sentido do voto e a sensibilização dos e das lideres de opinião em todos os sectores administrativos mediante o teatro legislativo.

Radio TV Bantaba

Bissau prepara recensear população e habitação – Bissau e Praia assinam acordo no domínio da Estatística no quadro dos preparativos do recenseamento geral da população e habitação.

 Radio Voz Do Povo

A pílula abortiva é segura?

Pilula abortiva nos EUA (GettyImages)

CNN Portugal, 07/04/23

Mais de cem estudos revistos pelo The New York Times confirmam a eficácia e a segurança desta pílula para interromper uma gravidez no primeiro trimestre. Mas os grupos antiaborto insistem em querer proibir este medicamento

A pílula abortiva é um método seguro para interromper uma gravidez - é o que concluem mais de cem estudos científicos, realizados em 26 países de diferentes continentes ao longo de mais de três décadas, que examinaram a eficácia e a segurança da Mifepristona e do Misoprostol, as pílulas abortivas mais usadas nos Estados Unidos.

O jornal norte-americano The New York Times reviu estes estudos que, em conjunto, focaram 124 mil interrupções realizadas no primeiro trimestre de gravidez. Na maioria dos estudos, 99% das pacientes não tiveram complicações sérias. Foram relatadas apenas uma morte por infecção relacionada com o aborto e uma morte por causas não relacionadas. Todos concluem que as pílulas são um método seguro para interromper uma gravidez.

Os medicamentos são normalmente usados durante as primeiras 12 semanas de gravidez. Para as mulheres grávidas que consideram tomar a pílula abortiva, as alternativas seriam o parto ou uma intervenção cirúrgica.

“Pode haver uma discussão política aqui, mas não há muita ambiguidade científica sobre a segurança e eficácia deste produto”, disse ao The New York Times Caleb Alexander, professor de epidemiologia e medicina na Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg e co-diretor do Centro de Segurança e Eficácia de Medicamentos.

No entanto, apesar do extenso registo científico sobre a segurança das duas pílulas abortivas, a pílula abortiva foi já proibida em vários estados e os grupos antiaborto nos Estados Unidos pediram a um juiz federal que emitisse uma ordem para impedir que estes medicamentos fossem usados para interromper a gravidez, argumentando que são perigosos. Se confirmada pelos tribunais superiores, uma decisão a favor dos queixosos pode impedir a realização de abortos legais em todo o país, onde mais da metade dos abortos são feitos com medicamentos.

"É um retrocesso para a liberdade das mulheres, especialmente para as mais vulneráveis, que não terão recursos para ir a outro estado para obtê-la", disse à AFP o cientista francês Etienne-Emile Baulieu, de 96 anos, responsável pelo desenvolvimento da pílula do dia seguinte, sobre a decisão do Wyoming em março passado.

Na sua denúncia, os grupos antiaborto consideram que “o uso dessas duas drogas químicas abortivas causa ferimentos e danos significativos a mulheres e raparigas grávidas”. Os queixosos citam alguns estudos, mas nenhum contradiz os estudos revistos pelo The New York Times. Em vez disso, os estudos citados apontam para efeitos nos pacientes que são comuns e esperados, como sangramento e dor - quase todas as pacientes terão sangramento e dor durante um aborto medicamentoso, porque as pílulas basicamente desencadeiam um aborto espontâneo.

Em Portugal, onde a pílula abortiva está disponível desde 2007, para a realização de Interrupção Voluntária da Gravidez, a Direção-Geral de Saúde alertou que "em consequência da medicação, a mulher apresentará a mesma sintomatologia de um aborto espontâneo: dor pélvica mais ou menos intensa e perda hemática tipo menstrual que pode ser prolongada por 9 dias, ou até 45 dias em casos mais raros". Outros efeitos acessórios, referidos pela DGS, incluem náuseas, vómitos e diarreia, não sendo necessário, no entanto, receitar medicação.

“Não é uma experiência agradável. O sangramento naturalmente deixa as pessoas preocupadas”, disse ao NYT Ushma Upadhyay, professora de ciências reprodutivas da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Algumas pacientes que ficam preocupadas com a quantidade de sangue ou outros efeitos colaterais dirigem-se às urgências, mas a investigação de Upadhyay mostra que a maioria não enfrenta complicações graves.

E enquanto as pílulas têm uma eficácia de cerca de 95%, apenas cerca de 3 a 5% por cento das pacientes precisam de um procedimento adicional para remover o tecido remanescente ou interromper a gravidez. Os médicos consideram que essas não são situações tipicamente perigosas e o nível de risco é bastante baixo.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA informou que desde que aprovou a medicação, em 2000, até junho do ano passado, aproximadamente 5,6 milhões de mulheres nos Estados Unidos tomaram as pílulas. Houve 28 mortes relatadas, ou seja, 0,0005 por cento. A agência informou que algumas dessas mortes podem ter tido outras causas.

Governo dos EUA multa Microsoft em 3 milhões por ignorar sanções à Rússia

© Shutterstock

POR LUSA   07/04/23

O Governo dos EUA aplicou multas no valor de 3,3 milhões de dólares (cerca de 3 milhões de euros) à Microsoft, por violar as leis norte-americanas de controlo e sanções relacionadas com a invasão russa da Ucrânia desde 2014.

O Departamento do Tesouro norte-americano divulgou esta quinta-feira que a gigante tecnológica revelou voluntariamente as alegadas violações, colaborou na investigação e tomou medidas para evitar que estas violações se repitam, cujo número o Governo eleva para 1.339.

Em causa estão as relações da filial russa da Microsoft com empresas que colaboraram com a invasão russa da Ucrânia, noticiou a agência Efe.

Segundo o Governo, em sete ocasiões, entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, funcionários da Microsoft Rússia fizeram com que outra subsidiária da multinacional participasse ou vendesse contratos de licença de 'software' que, por sua vez, permitiam a transferência ou acesso a 'software' de empresas na lista de entidades sancionadas pelo Departamento de Comércio dos EUA.

Uma dessas entidades é a Glavgosekspertiza Rossii, que participou na construção da ponte Kerch, em 2014, para ligar a Rússia à Crimeia, após esta península ucraniana ter sido invadida por tropas russas.

A outra empresa é a United Shipbuilding Corporation, responsável pelo desenvolvimento e fabrico dos navios de guerra do Exército Russo.

"As empresas americanas devem ser responsabilizadas pelas atividades das suas filiais estrangeiras", alertou o subsecretário para o Controlo de Exportações, Matthew Axelrod, citado no comunicado.

"Foi bruta e imprópria": grávida diz ter sido mal tratada por médica no Hospital de Faro

Uma grávida no 7.º mês de gestação apresentou queixa contra o tratamento que recebeu na urgência do Hospital de Faro.

A mulher diz ter sido maltratada pela médica que a atendeu.

Foi bruta comigo, disse que não devia ter ocupado um lugar na ambulância desnecessariamente instrumento da citologia foi-me colocado de forma imprópria, 

Cnnportugal.iol.pt

_COMUNICADO_CONSELHO DE MINISTROS_

O Conselho de Ministros reuniu-se esta sexta-feira, dia 07 de abril de 2023, na Sessão Ordinária, sob a presidência do Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo.

Radio Voz Do Povo

Mulher estava presa em casa, com correntes na porta, pelo próprio marido. Só foi descoberta porque a vizinha se queixou da roupa suja

Durante dias a fio, um homem trancava a mulher em casa, com uma corrente na porta e nas grades da janela, em Marvila, Lisboa. A vítima só tinha direito a uma pequena ração de alimentos. O mesmo homem confirmou à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) que também lhe batia. 

O caso só foi descoberto depois de uma vizinha se ter queixado à PSP, já que a mulher sequestrada lhe sujava a roupa no estendal.

Cnnportugal.iol.pt

Gtape reage a manifestação dos Brigadistas

O Diretor geral do Gtape, Gabriel Djibril Baldé reage a manifestação dos Brigadistas que reclamam o pagamento de 15 dias do recenseamento eleitoral.

Radio Voz Do Povo


Leia Também: Brigadistas do recenseamento eleitoral em fase das reclamações manifestam à frente do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral_GTAPE, para reclamar o pagamento de 15 dias de atividades.

Burkina Faso nega aproximação ao grupo Wagner mas quer ajuda da Rússia

© iStock

POR LUSA  07/04/23 

O Burkina Faso negou a aproximação ao grupo de mercenários Wagner, mas quer instrutores russos a treinar os seus soldados, após a compra de novos equipamentos a Moscovo e da expulsão dos soldados franceses.

"Pedimos ao governo russo, a propósito da colaboração bilateral entre o Burkina e a Rússia, que nos envie pessoas para treinar os nossos homens", afirmou o secretário-geral do grupo civil Save Burkina, Mamadou Drabo.

Este grupo apoia a junta militar, que governa o país desde o golpe de Estado, que ocorreu em janeiro de 2022, contra o então Presidente Roch Marc Christian Kaboré.

Os rumores de que a junta militar estaria a aproximar-se do grupo russo de mercenários Wagner surgiu algumas semanas após a expulsão de centenas de soldados franceses.

Em fevereiro, as autoridades anunciaram a utilização de 30 milhões de dólares (cerca de 27,5 milhões de euros) em ouro, alegando "necessidades públicas".

"Pode ser coincidência esta utilização do ouro, após a expulsão dos soldados franceses [...]. Ainda assim, alguns investidores temem que o Estado renegue os acordos existentes e prejudique as minas industriais para pagara aos militares russos", apontou William Linder, oficial reformado da CIA.

Um relatório da Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transacional revelou que a venda de armas e os acordos bilaterais de cooperação militar entre a Rússia e alguns países africanos foram, em alguns casos, precursores do envio de tropas mercenárias de Wagner.

O grupo Wagner, fundado por Yevgeny Prigozhin, milionário russo ligado ao Presidente Vladimir Putin, tem cerca de 1.000 soldados no Mali há mais de um ano.

Em janeiro, o Burkina Faso ordenou a saída de cerca de 400 soldados franceses do país, cortando as relações militares com Paris.

França mantém tropas na região Sahel, na África Ocidental, desde 2013, quando ajudou a expulsar extremistas islâmicos do poder.

Contudo, tem enfrentado a resistência da população, que diz que a presença militar de França tem rendido poucos resultados face ao agravamento dos ataques jihadistas.

A junta militar do Burkina Faso já referiu não ter nada contra o país, justificando a sua expulsão com a necessidade de diversificar os seus parceiros militares.


Taiwan é questão de "soberania" e não de "democracia ou autoritarismo"

© REUTERS/Thomas Peter

POR LUSA  07/04/23 

A China disse hoje que a "questão" de Taiwan não é sobre "democracia ou autoritarismo", mas que está relacionada com a "integridade territorial e soberania" do país asiático.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou, em conferência de imprensa, que "alguns países usam essa narrativa" para "apoiar a independência de Taiwan, em nome da democracia" e para "usar a ilha como forma de conter a China", algo que descreveu como "perigoso e condenado ao fracasso".

"O futuro de Taiwan está na reunificação e o bem-estar do seu povo depende do rejuvenescimento da nação chinesa", disse Mao, acrescentando que as "diferenças entre os sistemas de ambos os lados do Estreito [de Taiwan] não são um obstáculo à reunificação".

Horas antes, a China anunciou a imposição de sanções ao representante de Taiwan nos EUA, Hsiao Bi-khim, por -- segundo Pequim -- pedir o apoio dos EUA nos planos de independência da ilha.

Pequim impôs ainda sanções contra o Instituto Hudson e a Biblioteca Presidencial Ronald Reagan por "fornecer uma plataforma" para a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, "participar de atividades separatistas".

As sanções são uma das primeiras respostas da China ao encontro entre Tsai e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Kevin McCarthy.

Pequim condenou na quinta-feira a estadia de Tsai nos Estados Unidos e acusou Washington de "conluio" com Taiwan, ao mesmo tempo que garantiu "medidas resolutas e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial".

Em agosto passado, após a ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, se deslocar a Taiwan - a visita de mais alto nível realizada pelos Estados Unidos à ilha em 25 anos -, Pequim lançou exercícios militares numa escala sem precedentes, que incluíram o lançamento de mísseis e o uso de fogo real.

A China impôs também sanções a Pelosi e suspendeu o diálogo com os EUA em várias áreas importantes.

A ilha é um dos maiores motivos da tensão entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas para Taiwan e seria o seu maior aliado militar em caso de guerra com a China.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.


Leia Também: China volta a enviar navios de guerra para perto de Taiwan

Kyiv responde a Lula: "Ucrânia não faz comércio com os seus territórios"

© Oleg Nikolenko / Twitter

POR LUSA   07/04/23 

 O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou hoje que a Ucrânia "não faz comércio com os seus territórios", em resposta à sugestão do Presidente do Brasil de Kyiv desistir da Crimeia para travar a guerra.

A Ucrânia aprecia os esforços do Presidente do Brasil [Luis Inácio Lula da Silva] para encontrar uma solução para acabar com a agressão russa", declarou Oleg Nikolenko na sua conta na rede social Facebook.

"Ao mesmo tempo, temos que deixar claro: a Ucrânia não faz comércio com os seus territórios", acrescentou o porta-voz ministerial ucraniano.

Nikolenko também sublinhou que "não há alguma razão legal, política ou moral" para que desistam de "uma única polegada do território ucraniano", reafirmando que a Ucrânia mantém a sua posição sobre esta questão.

"Qualquer esforço de mediação para restaurar a paz na Ucrânia deve ser baseado no respeito pela soberania e na plena recuperação da integridade territorial da Ucrânia, seguindo os princípios da Carta da ONU", enfatizou Nikolenko.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia respondeu assim a algumas declarações recentes de Lula da Silva.

O Presidente brasileiro, que visita Pequim na próxima semana, vai propor ao homólogo chinês a promoção do diálogo entre a Rússia e a Ucrânia e afirmou que o país invadido poderá ter de ceder a Crimeia.

O Presidente da Rússia, Vladimir "Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia. Talvez se discuta a Crimeia. Mas o que ele invadiu de novo, tem que se repensar", disse na quinta-feira Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, durante um encontro com jornalistas.

Por outro lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "não pode querer tudo. A Otan [NATO] não vai poder se estabelecer na fronteira", sublinhou Lula, de acordo com a Agência Brasil.


Leia Também: Lula vai propor a Xi Jinping a promoção do diálogo entre Rússia e Ucrânia

Moscovo diz que paz depende de uma "nova ordem mundial"

© Reuters

 POR LUSA   07/04/23

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, defendeu hoje que as negociações para a paz com a Ucrânia dependem do estabelecimento de uma "nova ordem mundial", em que não se verifique um domínio americano.

"As negociações só podem ocorrer tendo em conta os interesses russos. Estes são os princípios sobre os quais a nova ordem mundial será baseada", evidenciou Sergei Lavrov em conferência de imprensa com o seu homólogo turco, realizada no âmbito da sua deslocação à Turquia.

Ainda durante o dia de hoje, a Rússia ameaçou pôr em causa o acordo que permite a exportação de cereais ucranianos, se nada for feito para acabar com os obstáculos às exportações de fertilizantes e produtos alimentares russos.

"Se não houver qualquer avanço para acabar com os obstáculos às exportações russas de fertilizantes e cereais, questionamo-nos se este acordo é mesmo necessário", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, na sua viagem a Ancara.


Leia Também: Lula vai propor a Xi Jinping a promoção do diálogo entre Rússia e Ucrânia

GUINÉ-BISSAU: Bolsas de estudo e empregos perdidos são algumas das consequências dos atrasos nos agendamentos para obter visto na Guiné-Bissau para Portugal, a menos que se pague a "intermediários", localizados frente da embaixada portuguesa, contaram à Lusa várias fontes.

© Lusa

POR LUSA   07/04/23 

 Guiné-Bissau com atrasos nos vistos para Portugal: "É preciso pagar"

Bolsas de estudo e empregos perdidos são algumas das consequências dos atrasos nos agendamentos para obter visto na Guiné-Bissau para Portugal, a menos que se pague a "intermediários", localizados frente da embaixada portuguesa, contaram à Lusa várias fontes.

"Pedi um agendamento há dois anos e ainda não o consegui", disse Leónico Silva, um guineense que, de vez em quando, precisa de viajar para Portugal. O agendamento de que fala é através de uma empresa (VFS) que trata da documentação para o pedido de visto às autoridades portuguesas.

Acontece que esta empresa apenas disponibiliza um determinado número de agendamentos, o qual na maioria dos casos vai parar à mão de "intermediários" que depois vendem o seu "serviço" a quem viajar para Portugal e não consegue, pelos seus meios, um agendamento.

Em declarações à Lusa, contou que uma vez em que precisou de viajar para Portugal com urgência, teve de pagar 100.000 francos CFA (cerca de 150 euros) a um indivíduo que estava na Praça de Bissau. Pagou e, no dia seguinte, tinha o agendamento e com ele estavam mais 11 pessoas que tinham pagado o mesmo. "Basta fazer as contas", disse.

"Não é segredo para ninguém. Qualquer guineense sabe: É mesmo preciso pagar para se conseguir um agendamento. O que ninguém explica é como, pagando, se consegue um agendamento para tratar de um visto na Embaixada de Portugal, o que não acontece se não houver pagamento", disse.

E questionou: "E a embaixada não sabe disso? Estão mesmo ali, frente à embaixada, a cobrar dinheiro pelos agendamentos".

Contactado pela Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português afirma ter tido "conhecimento de informações relativas a queixas de utentes ou de terceiros (nomeadamente intermediários e outros que açambarcam vagas no sistema de agendamento para venda a utentes sem marcação)".

Mas indicou que não foram recebidos naquele ministério "quaisquer informações devidamente fundamentadas ou com elementos de prova relativos a casos de suborno para agendamento de pedidos de visto na secção consular em Bissau".

"Se tal informação vier, em algum momento, a ser reportada, estes elementos serão, como cumpre, devidamente reportados e encaminhados às autoridades competentes", prosseguiu.

O MNE português refere que tem sido feita "uma monitorização permanente e minuciosa dos sistemas e listas de agendamento para garantir um acesso alargado a vagas pelos utentes que delas necessitam".

Por seu lado, o Governo guineense garante que "não tem responsabilidades" sobre o funcionamento da secção consular de Portugal em Bissau quanto à emissão de vistos.

"Não podemos dar ordens à embaixada de Portugal para a emissão de vistos, nem para autenticação de documentos ou de qualquer outro serviço", afirmou aos jornalistas o diretor dos Assuntos Jurídicos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Guiné-Bissau, Cândido Barbosa, na terça-feira.

Para a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Rosa Teixeira Ribeiro, a situação "não é novidade".

"Isto existe, o açambarcamento das senhas. De todos os lados há queixas", afirmou, lamentando que a opção para melhorar os serviços tenha sido o recurso a empresas exteriores, neste caso a VFS.

Esta empresa internacional é responsável pela preparação dos pedidos de vistos para Portugal em 18 dos 21 países que disponibilizam este serviço, o que para o sindicato é "um risco" e uma situação de "monopólio".

As críticas estendem-se à metodologia, pois os pedidos são feitos através de uma plataforma informática que "parte do pressuposto que os candidatos estão todos extremamente habilitados para preencherem os requisitos para pedirem o agendamento".

Sobre os alegados "subornos" para obter um agendamento, Rosa Teixeira Ribeiro lembrou que este é "um país de brandos costumes. Todos sabem, ninguém faz nada".

"Estão a esvaziar as funções do Estado. Se o Estado não controla e não faz -- é a empresa que faz a seleção. Mas atenção, só chega à embaixada o que a empresa escolhe. Quem garante ao Estado português que a empresa dá seguimento a todos os pedidos", questionou.

Tal como Leónico Silva, muitas outras pessoas, que não se quiseram identificar, viram-se obrigadas a pagar aos "intermediários" para conseguirem um agendamento e posterior visto para virem para Portugal, como disseram à Lusa outras alegadas vítimas deste esquema que nenhuma autoridade reconhece.

Outros, sem possibilidades de pagar os montantes pedidos, num país onde o ordenado mínimo é cerca de 50.000 francos CFA (cerca de 75 euros), perdem oportunidades de estudo e de emprego, porque os lugares não esperam.

Eduardo Júnior, um guineense que vive em Portugal há seis anos, desespera pela vinda de um primo, a quem arranjou trabalho em Portugal. Tratou de todos os documentos do familiar, que entretanto estão em risco de caducar, pois o agendamento nunca mais chega.

"É um caso urgente. O meu primo tem um lugar numa empresa de construção civil para uma obra que tem prazos e o dono da obra não pode continuar a esperar. Ninguém responde nem dá sinais de vida e, entretanto, o meu primo não começa a trabalhar e o dono da obra continua a precisar do seu trabalho", lamentou.

Outras pessoas contactadas pela Lusa disseram que esta demora já prejudicou estudantes, que não conseguem chegar a Portugal a tempo de usufruírem de bolsas de estudo.

Este tipo de casos tem vindo a ser denunciado há meses nas redes sociais.

"Quem não tem dinheiro, pede o agendamento e não consegue. Nunca mais ninguém lhe diz nada. Há pessoas, como eu, que esperam mais de dois anos por um agendamento. E há quem cobre 250.000 francos CFA (cerca de 381 euros), quando esse é o valor que custa tratar do visto, que é o passo seguinte ao agendamento, num total de 500.000 francos CFA (cerca de 762 euros). Quem tem dinheiro para isso", questionou Leónico Silva.

A situação parece estender-se aos agendamentos para atos consulares: "Uma vez tentei autenticar um documento de uma sobrinha que está em Portugal e não consegui. Os sujeitos pediram-me dinheiro (60.000 francos CFA) para agendar este pedido de autenticação de documento, mas não tinha. Não consegui tratar do assunto", adiantou.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português, por seu lado, garante que "acompanha atentamente as necessidades sentidas em toda a rede consular, sendo prática habitual proceder ao reforço de recursos nas situações em que se regista maior afluência".


Leia Também: Estudantes guineenses inscritos nas universidades em Lisboa_Portugal decidiram falar a imprensa sobre a situação que atravessam.

VISITA DO PRESIDENTE À SÉRVIA

  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

A convite do seu homólogo, Sua Excelência o Presidente da República da Sérvia, Aleksandar Vucic, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló efetuou uma Visita de Estado à Sérvia. Durante a visita, os dirigentes dos dois países avaliaram os desenvolvimentos no relacionamento entre Guiné-Bissau e a Sérvia, caracterizado por uma amizade que remonta aos primórdios da nossa Independência, e trocaram impressões sobre as relações bilaterais, os temas internacionais e regionais de interesse comum. 

Nesse contexto, reiteraram a intenção de aprofundar e intensificar o diálogo bilateral, com o objetivo de promover e fortalecer as relações bilaterais entre os dois países. Durante a visita foram assinados dois acordos pelos respectivos Ministros dos Negócios Estrangeiros,  um referente à supressão de vistos para passaportes Diplomáticos e outro referente a Consultas Políticas.


Estudantes guineenses inscritos nas universidades em Lisboa_Portugal decidiram falar a imprensa sobre a situação que atravessam.

Radio Voz Do Povo


Brigadistas reclamam diante do GTAPE_

Brigadistas do recenseamento eleitoral em fase das reclamações manifestam à frente do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral_GTAPE, para reclamar o pagamento de 15 dias de atividades.

O recenseamento eleitoral decorreu 60 dias, mas depois o Governo decidiu prolongar por mais 15 dias. Segundo o Porta-voz do Colectivo dos Brigadistas, Abduramane Bari, o Governo liquidou os 60 dias, faltando os 15 dias da ADENDA.

Radio Voz Do Povo

Comer um ovo por dia aumenta o colesterol?

Ovos (Pexels)

Wilson Ledo  cnnportugal.iol.pt  07/04/23

Cozido, mexidos, estrelados, escalfados ou em omelete. Os ovos são um aliado cada vez maiores das dietas e muitas pessoas optam por consumi-los diariamente. É este um hábito saudável?

De certeza que já ouviu esta frase: “Ai, não comas ovo, olha o colesterol”. É verdade, o ovo é rico em colesterol. Mas não é por isso que o deve tirar da sua vida.

“Antigamente, defendia-se que não se podia comer ovos. Pensava-se que o seu consumo diário iria levar ao aumento do colesterol no sangue, que é um fator de risco para as doenças cardiovasculares. Mas hoje sabe-se que o colesterol não está diretamente direcionado com os níveis de colesterol no sangue e que a sua principal origem são as gorduras saturadas e gorduras trans de ingredientes processados”, explica a nutricionista Bárbara Oliveira.

Há muita coisa dentro de um ovo, incluindo “1,4 gramas de gorduras saturadas e 215 miligramas de colesterol”, acrescenta Bárbara Oliveira. Mas também há água, vitaminas D, B12, B2, B6, A e E, fósforo, ferro ou substâncias antioxidantes como a luteína, zeaxantina, “importantes na promoção da saúde cardiovascular”, junta Lilian Barros.

“Cada vez mais, o mito do colesterol e do ovo já está descurado”, resume Neide Rangel. Concluindo: se tiver uma dieta equilibrada, e hábitos de vida não sedentários, não é o consumo moderado de ovos que lhe vai ‘entupir’ as veias.

Quantos por dia?

Apesar de se saber que os ovos podem ser aliados de uma boa alimentação, há uma questão que costuma levantar dúvidas: afinal quantos ovos se pode ou deve comer por dia?

“O ovo é um alimento muito rico na nossa alimentação, mas não indico mais do que um por dia. Como não se sabe, ao certo, a quantidade de ovos que se pode comer até que haja uma alteração significativa do colesterol, a minha recomendação é que não se mais do que um por dia", assegura Bárbara Oliveira, garantindo: "Mas, efetivamente, pode-se comer um ovo todos os dias".

Um é o número da moderação e da cautela. A quantidade deve ser avaliada, avisa Neide Rangel, tendo em conta a saúde, o estilo de vida, os hábitos de treino e as patologias de cada pessoa.

“O ovo é um alimento muitas vezes tido como proibido em casos de dislipidemia pelo seu elevado teor de colesterol. Contudo, os estudos demonstram que consumir até um ovo por dia não parece aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Existe inclusive um estudo a sugerir que o consumo de três ovos por dia é benéfico. Desde que o seu consumo se enquadre num padrão alimentar saudável aliado a um estilo de vida ativo. O que parece aumentar os níveis de colesterol é uma dieta desregrada, com elevado consumo de gorduras saturadas e trans, muito presentes nos alimentos processados”, insiste Lilian Barros.

O lanche do ovo cozido

Por ser fácil de transportar, é comum o ovo cozido ser usado para matar a fome ao lanche. Um hábito saudável, na opinião das nutricionistas.

“Levar ovos cozidos para o lanche é mais fácil do que frango cozido”, brinca a nutricionista Neide Rangel. E há um motivo para esta comparação: é que ambos, ricos em proteína, ajudam no “reforço da massa muscular”. Daí que haja quem consuma o seu ovo cozido logo a seguir ao treino, para tentar torná-lo mais efetivo.

“É sempre uma boa opção, um ovo cozido ao lanche. Mas deve-se sempre avaliar o que já se comeu durante o dia. Não faz sentido comer panquecas com ovo de manhã e comer um ovo cozido ao lanche. No que respeita ao reforço da massa muscular, claro, o ovo é uma fonte de proteína e pode contribuir para isso. Mas não é o ovo sozinho que faz com que isso aconteça”, descreve Bárbara Oliveira.

Já Neide Rangel pede que se olhe para o ovo “como uma refeição e não tanto como um acompanhamento”, como tantas vezes nos habituámos. Ele pode, por exemplo fazer o lugar do peixe e da carne no prato principal. E não apenas ser a companhia, como acontece no bitoque, na francesinha ou na salada de atum.

China volta a enviar navios de guerra para perto de Taiwa

©BM&C NEWS   CHINA MOBILIZA NAVIOS DE GUERRA PERTO DE TAIWAN

Com  LUSA   07/04/23 

A China voltou hoje a enviar navios de guerra, um helicóptero e um caça para perto de Taiwan, após o encontro entre a líder da ilha e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos.

Três navios de guerra chineses cruzaram as águas em torno do território insular, informou o ministério da Defesa taiwanês, acrescentando que um caça e um helicóptero antissubmarino também passaram pela Zona de Identificação de Defesa Aérea (Adiz) de Taiwan.

Taiwan já tinha detetado a passagem de três navios de guerra e um helicóptero antissubmarino chinês na quinta-feira.

Horas antes do encontro na Califórnia entre a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e Kevin McCarthy, a terceira figura de Estado nos EUA, o porta-aviões chinês Shandong atravessou as águas a sudeste de Taiwan a caminho do Pacífico Ocidental.

O Shandong é o segundo porta-aviões da China, o primeiro fabricado internamente, e entrou o ano passado em serviço.

Pequim avisou antes que iria dar uma resposta "firme" e "enérgica" para "defender a sua soberania nacional e integridade territorial", caso Tsai reunisse com McCarty. A China considera qualquer contacto entre líderes taiwaneses e autoridades estrangeiras como uma violação do princípio "Uma só China", já que o reconhecimento de Pequim como o único governo legítimo de toda a China exclui automaticamente contactos oficiais com Taipé.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.

Nos últimos anos, as incursões de jatos da Força Aérea chinesa no espaço aéreo de Taiwan intensificaram-se e, após a ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, se deslocar a Taiwan, em agosto passado - a visita de mais alto nível realizada pelos Estados Unidos à ilha em 25 anos - Pequim lançou exercícios militares numa escala sem precedentes, que incluíram o lançamento de mísseis e o uso de fogo real.

O primeiro-ministro de Taiwan, Chen Chien-jen, disse hoje que os órgãos de defesa e de segurança nacional de Taiwan estão a monitorar de perto os desenvolvimentos e pediu ao "público que se mantenha tranquilo".

Taiwan quer "evitar a interferência chinesa" nas suas águas territoriais, disse Tsai na quinta-feira, antes de deixar os Estados Unidos.

Pequim deve escolher o caminho da "diplomacia" e não o da "pressão" sobre Taiwan, instou Vedant Patel, porta-voz do departamento de Estado norte-americano.

"Continuamos a exortar Pequim a cessar a sua pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan e, em vez disso, optar por exercer uma diplomacia construtiva", disse.


COREIA DO NORTE: Seul, Tóquio e Washington pedem repatriamento de norte-coreanos

© Lusa

POR LUSA  07/04/23 

Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos pediram hoje à comunidade internacional para repatriar trabalhadores norte-coreanos no estrangeiro para reduzir as remessas utilizadas para financiar o programa de armas de destruição maciça de Pyongyang.

Os três diplomatas, Kim Gunn (Coreia do Sul), Takehiro Funakoshi (Japão) e Sung Kim (EUA), emitiram uma declaração no final da reunião trilateral, em Seul, na qual condenaram os repetidos lançamentos de mísseis balísticos do regime norte-coreano, "bem como a retórica desestabilizadora relacionada com a utilização de armas nucleares".

A reunião decorreu dez dias depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter inspecionado ogivas nucleares táticas, um tipo de armamento que Pyongyang nunca antes exibira, quando a Coreia do Norte procura desenvolver armas atómicas de curto alcance para potencial utilização contra a Coreia do Sul ou países vizinhos, como o Japão.

Na declaração, os três diplomatas sublinharam "que, de acordo com a resolução 2397 de 2017 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Estados-membros devem repatriar todos os trabalhadores da República Popular Democrática da Coreia [RPDC, nome oficial da Coreia do Norte] que estejam a gerar rendimentos nas jurisdições" respetivas.

O texto "deplora as violações dos direitos humanos" envolvidas no desvio dos rendimentos destes trabalhadores para financiar o programa nuclear e de mísseis e destaca não só trabalhadores físicos, geralmente em atividades como exploração florestal ou construção, mas também o número crescente de engenheiros de comunicações norte-coreanos que estão a ser recrutados sob falsas nacionalidades.

"Estamos também profundamente preocupados com a forma como a RPDC está a financiar estes programas - armas - através do roubo e branqueamento de fundos, bem como a recolha de informação através de atividades cibernéticas maliciosas", acrescentou.

Só em 2022, calcula-se que a Coreia do Norte tenha conseguido roubar moedas criptográficas no valor de 1,7 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) através de um exército de 'hackers'.


Leia Também: China impõe sanções contra representante de Taiwan nos Estados Unidos

Juiz de Nova Iorque responsável por processo contra Trump recebeu ameaças

© Reuters

POR LUSA   07/04/23 

A maioria das ameaças e telefonemas difamatórios, que aparentemente foram realizadas desde fora do Estado, estão a ser investigadas, de acordo com diversos órgãos de comunicação social norte-americanos.

Estas ocorreram 24 horas depois de Juan Merchán ter lido as 34 acusações apresentadas pela Procuradoria de Manhattan contra Trump, das quais o ex-presidente se declarou inocente.

Ao saber que Merchán seria o juiz que leria as acusações da procuradoria, Trump escreveu na sua rede social Truth que o magistrado o odiava.

Merchán, que emigrou da Colômbia para Nova Iorque quando tinha seis anos, presidiu anteriormente ao julgamento de fraude fiscal da Trump Organization, de propriedade do ex-presidente.

Também supervisionou um caso contra o ex-conselheiro de Trump, Steve Bannon, e sentenciou a pena de prisão Allen Weisselberg, um dos escudeiros mais leais do magnata republicano, noticiou a agência Efe.

O procurador de Manhattan, Alvin Bragg, que liderou a investigação contra o ex-presidente, e outros funcionários do seu gabinete, continuam a receber ameaças, razão pela qual a polícia aumentou a segurança, ainda de acordo com os 'media' norte-americanos.

Segundo a acusação, o ex-presidente orquestrou um esquema para pagar o silêncio de três pessoas que poderiam prejudicar a sua campanha à presidência em 2016, entre elas a atriz pornográfica Stormy Daniels.

Alvin Bragg detalhou em comunicado que os pagamentos a troco de silêncio foram feitos a um porteiro da Trump Tower que alegou ter informações sobre um caso de paternidade extraconjugal de Trump (recebeu 30.000 dólares), a uma mulher que se apresentou como ex-amante (150.000 dólares) e à atriz pornográfica Stormy Daniels.

Numa conferência de imprensa em Miami, após ouvir as acusações, Trump realçou que "os lunáticos, maníacos e pervertidos da esquerda radical" o acusaram e detiveram sem motivo algum.

A Casa Branca condenou esta quinta-feira "qualquer tipo de ataque" a juízes e procuradores públicos, no âmbito do caso de Donald Trump.

"Condenamos qualquer tipo de ataque a qualquer juiz, como os que vimos acontecer nos últimos anos", particularmente desde que o Presidente Joe Biden assumiu o cargo, disse a porta-voz do Governo norte-americano, Karine Jean-Pierre.

Na sua conferência de imprensa diária, a porta-voz referiu que não podia falar sobre o caso de Trump, mas sublinhou: "É algo que condenamos definitivamente."

A porta-voz assegurou ainda que Biden não está focado nesta questão, mas sim "no povo americano".


Leia Também: Republicanos querem ouvir um procurador que liderou investigação a Trump