quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

PAIGC: COMUNICADO A IMPRENSA

Ditaduraeconsenso.blogspot.com



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Um lote de mil toneladas de arroz oferecido pela China chega a Bissau dentro dez dias, anunciou o Embaixador Guo Ce após encontro com o Presidente da ANP. Guo Ce destacou a evolução das obras de recuperação da Assembleia Nacional Popular e a construção da autoestrada Bissau-Safim.

 Radio Voz Do Povo

Ex-banqueiro quer transformar-se no "primeiro dragão sem género" do mundo... Filho do texano não fala com o pai há sete anos.

© Instagram / Tiamat Legion Medusa

Notícias ao Minuto    02/02/23 

Um ex-banqueiro, de 61 anos, natural do Texas, nos EUA, cobriu o corpo de tatuagens e piercings, com o objetivo de se tornar no "primeiro dragão sem género" do mundo.

Richard Hernandez que dá agora pelo nome de Tiamat Legion Medusa, revelou em entrevista ao YouTuber Anthony Padilla, que, na última década, passou por uma "metamorfose épica" de forma a conseguir transformar-se num dragão.

Há dez anos, Medusa ocupava um cargo financeiro "de alto nível", mas decidiu mudar de vida. "Antes de me transformar neste ser esquisito, quando tinha 40 e tal anos, tinha 79 piercings. A maioria deles estava escondida […]. Os que não estavam, eu tirava todos os dias para trabalhar e voltava a colocá-los quando saia", contou, acrescentando, contudo, que há muito tempo que sonhava fazer outro tipo de transformações, "mais proeminentes", que não eram apropriadas para o trabalho que tinha.

Aos 50 anos, Medusa decidiu então seguir o seu sonho. Saiu do banco onde trabalhava, tatuou o rosto, dividiu a língua a meio e colocou dois implantes na testa - no valor de 80 mil dólares (cerca de 72 mil euros). Estavam dados os primeiros passos para se transformar no "primeiro dragão sem género" do mundo.

Com a sua metamorfose, Medusa garante que já ajudou outras pessoas, "presas em empregos corporativos", a assumir a sua autenticidade. Neste momento, quer provar ao mundo que é possível ter uma carreira de sucesso, sem ter de ser convencional.

Apesar de estar feliz com o seu novo aspeto, esta mudança levou a que o filho, na altura com 16 anos, se afastasse dele. "O relacionamento com o meu filho mudou. Quando iniciei a transformação, ele rejeitou-me", confessou o texano durante a entrevista. 

"O meu filho não está na minha vida há sete anos Espero que ele veja esta entrevista porque a razão de eu a estar a dar é ele", concluiu.

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O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, acusou, esta quinta-feira, o Ocidente de tentar transformar a ex-república soviética da Moldova na "próxima Ucrânia".

© EVGENIA NOVOZHENINA/POOL/AFP via Getty Images

POR LUSA  02/02/23 

 NATO. Lavrov acusa Ocidente de interferências na Moldova e na Geórgia

O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, acusou, esta quinta-feira, o Ocidente de tentar transformar a ex-república soviética da Moldova na "próxima Ucrânia".

"Agora, ('os países ocidentais') admitem que a Moldova possa vir a desempenhar esse papel", disse o chefe da diplomacia de Moscovo numa entrevista à agência RIA Novosti e à televisão Rossia-24. 

Para Lavrov, a presidente da República da Moldova, Maia Sandu, "anseia a integração do país na Aliança Atlântica".  

"Ela (Maia Sandu) tem cidadania romena e está preparada para unir (a República da Moldova) à Roménia. No geral, está disposta a tudo", acrescentou Lavrov.

Além das considerações sobre a Moldova, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse ainda que "o próximo país do espaço pós-soviético" que o Ocidente quer utilizar contra a Rússia é a república da Geórgia, no Cáucaso.  

"Eles gostavam de transformar a Geórgia num outro 'fator irritante' e voltar aos tempos agressivos (do presidente Mikhail Saakashvili). Não tenho dúvidas", disse Lavrov.

Em janeiro, a chefe de Estado da Moldova disse que é preciso "pôr fim ao avanço" da Rússia e ajudar a Ucrânia a vencer a guerra, referindo-se "aos perigos" para os países vizinhos.

Da mesma forma, a presidente da Geórgia, Salomé Zurabishvili, fez várias declarações de apoio a Kyiv.

Na mesma entrevista, o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, acusou o "Ocidente" de estar a apoiar a Ucrânia para pôr fim ao que chamou "questão russa", criticando diretamente a visita da presidente da Comissão Europeia a Kyiv.

Ursula von der Leyen "declarou que o resultado da guerra deve ser a derrota russa, e uma derrota de tal forma que não volte a levantar-se durante décadas", disse Lavrov numa entrevista transmitida pelas televisões da Rússia.

"Isto não é racismo? Nazismo? [isto não é uma] tentativa de resolver a 'questão russa'?" questionou o chefe da diplomacia da Rússia. 

Um total de 15 comissários europeus, incluindo os vice-presidentes Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, chegaram, esta quinta-feira, a Kyiv.

A delegação é chefiada pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que vai manter uma série de reuniões com o governo ucraniano.


O Comité Nacional de Abandono das práticas Nefastas realizou esta quarta-feira (01.02), no bairro de Antula um "DJUMBAI" sobre a irradicaçao das práticas nefastas na vida das Mulheres.

A Presente da CNAPN  Marliato Djaló Condé está preocupada com aumento da excisão femina na Guiné-Bissau.

Radio TV Bantaba

UCRÂNIA/RÚSSIA: "Não sou aquela pessoa". Ex-comandante do grupo Wagner pede perdã... Andrei Medvedev pediu que os responsáveis pela milícia russa fossem responsabilizados pela forma como os soldados são tratados.

© REUTERS/Janis Laizans

Notícias ao Minuto   02/02/23 

Andrei Medvedev, o ex-comandante russo do grupo Wagner que fugiu para a Noruega, pediu esta quinta-feira desculpas por combater na Ucrânia, apelando a que os responsáveis por crimes de guerra levados a cabo em solo ucraniano sejam levados à justiça.

Numa entrevista à agência Reuters, Medvedev procurou desculpar-se mais uma vez por ter feito parte da milícia armada russa, que tem combatido na Rússia e que é acusada de cometer atrocidades, tanto na guerra na Ucrânia, como em países como o Mali e a República Centro Africana.

“Muitos consideram-me um bandido, um criminoso, um assassino. Antes demais, queria desculpar-me novamente e repetidamente. Apesar de não saber como é que isto vai ser recebido, quero pedir desculpas", disse Medvedev.

O antigo comandante russo garante que "não é aquela pessoa" que combateu na guerra na Ucrânia, admitindo que se juntou ao grupo e que "há momentos da [sua] história que as pessoas não vão gostar, mas ninguém nasce inteligente".

Andrei Medvedev tem vindo a admitir, em entrevistas realizadas após a sua fuga para a Noruega, a falta de coordenação e a grande brutalidade sistémica que tem sido implementada nas forças armadas russas e no grupo Wagner, descrevendo ordens contraditórias pelas hierarquias mais altas e opressão violenta de pessoas que pedissem para abandonar a guerra (algumas terão sido mesmo executadas).

No entanto, o ex-comandante não confirmou a prática de crimes de guerra e de atrocidades contra civis, dizendo repetidamente que não fazia parte desses grupos.

Ainda assim, Medvedev afirmou que é "assustador perceber que há pessoas que se consideram nossos compatriotas, e que viriam matar-nos num instante ou sob as ordens de alguém".

“Eu decidi manifestar-me publicamente contra isto para garantir que os responsáveis são punidos em certos casos e tentarei dar a minha contribuição, por mais pequena que seja,", prometeu.

O ex-militar escapou da Rússia no passado dia 13 de janeiro, conseguindo atravessar a fronteira dos dois países na região do Ártico. Medvedev conseguiu fugir, apesar da apertada segurança na região, revelando que ouviu tiros e cães atrás de si enquanto atravessou o rio gelado que separa Rússia e Noruega.

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, um dos mais próximos aliados de Vladimir Putin (e uma personagem cuja influência tem sido muito criticada por entidades ocidentais), desvalorizou os testemunhos de Medvedev, considerando-o "muito perigoso" e contando que este maltratava prisioneiros quando trabalhava para a sua milícia.

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Lutar contra os homens da Wagner é como estar num "filme de zombies", diz soldado ucraniano. "Sei que o atingi mas ele não cai"

Andriy e outros da sua unidade abrigados num bunker a sudoeste de Bakhmut, a 31 de janeiro de 2023. Créditos: Matthias Somm/CNN
 CNN,   02/02/23

A sudoeste da cidade de Bakhmut, os soldados ucranianos Andriy e Borisych vivem num bunker à luz das velas escavado na terra congelada. Há várias semanas que enfrentam centenas de mercenários pertencentes ao grupo paramilitar russo Wagner.

Disfarçado com uma balaclava, Andriy relata à CNN um tiroteio aparentemente interminável quando foram atacados em grande número.

"Estivemos a lutar durante cerca de 10 horas seguidas. E não foi espaço, foi ininterrupto. Foi como se eles não parassem de vir".

As suas espingardas AK-47 ficaram tão quentes devido aos disparos constantes, diz Andriy, que tiveram de trocá-las constantemente.

"Estavam cerca de 20 soldados do nosso lado. E talvez 200 do lado deles", recorda.

O modo de guerra da Wagner é enviar uma primeira vaga de atacantes constituída principalmente por recrutas recém-saídos das prisões russas. Eles sabem pouco sobre táticas militares e estão mal equipados. A maioria espera apenas, se sobreviver ao contrato de seis meses, poder voltar para casa em vez de voltar para uma cela.

"Eles fazem o grupo - digamos de 10 soldados - avançar 30 metros, depois começam a cavar para manter a posição", descreve Andriy.

Segue-se outro grupo para reivindicar mais 30 metros. "É assim que, passo a passo, estão a tentar avançar, enquanto perdem muita gente."

Só quando a primeira vaga está exausta ou reduzida é que a Wagner envia combatentes mais experientes, muitas vezes dos flancos, num esforço para ultrapassar as posições ucranianas.

Andriy conta que enfrentar aquele ataque foi uma experiência assustadora e surreal.

"O nosso metralhador estava a ficar louco, porque estava sempre a disparar contra eles. Ele dizia: 'Sei que o atingi, mas ele não cai'. E só depois de algum tempo, quando talvez se esvaía em sangue, é que simplesmente caía."

Andriy compara a batalha a uma cena de um filme de zombies. "Eles passam por cima dos cadáveres dos companheiros, pisando-os", afirma.

"Parece muito, muito provável que eles estejam a tomar algumas drogas antes do ataque", observa, uma afirmação que a CNN não foi capaz de verificar independentemente.

Mesmo depois das primeiras vagas de combatentes terem sido eliminadas, o ataque continuou até as forças ucranianas terem ficado sem balas. E então foram cercados.

"O problema foi que eles nos cercaram. Eles vieram do outro lado e não esperávamos que viessem dali. Estávamos a disparar até à última bala e depois atirámos todas as granadas que tínhamos. Para trás fiquei apenas eu e mais alguns companheiros. Estávamos completamente indefesos."

Mas tiveram sorte. Retidos até ao último momento, conta, a Wagner retirou-se no final do dia.

O relato de Andriy sobre a abordagem da Wagner coincide com o de um relatório dos serviços secretos ucranianos obtido pela CNN na semana passada.

De acordo com esse relatório, se as forças da Wagner conseguirem posicionar-se, o apoio da artilharia permite-lhes cavar trincheiras e consolidar os seus avanços. Também segundo os telefonemas interceptados pelos ucranianos, a coordenação entre os mercenários da Wagner e os militares russos é muitas vezes inexistente.

A CNN contactou o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, sobre as alegações de abusos na sua empresa.

Prigozhin respondeu numa declaração de tom amplamente sarcástico, através da sua assessoria, chamando à CNN de "inimigo aberto" antes de insistir que a Wagner é uma "organização militar exemplar que cumpre todas as leis e regras necessárias das guerras modernas".

Enquanto ele fala com a CNN, os terrenos acima do bunker de Andriy ressoam os bombardeamentos quase constantes. O lamuriar da artilharia é seguido de um baque distante alguns segundos depois e a poucos quilómetros de distância.

O barulho dos tiros é interrompido quando os soldados ucranianos detetam o que acreditam ser um drone russo e tentam abatê-lo.

A unidade tinha acabado de sobreviver a um ataque das tropas da Wagner, diz Andriy. Créditos: Matthias Somm/CNN

A unidade de Andriy diz ter capturado um combatente da Wagner, cuja história é tão trágica quanto as táticas são primitivas e brutais.

De acordo com uma gravação do homem a ser interrogado, era um engenheiro que começou a vender droga para ganhar algum dinheiro. Voluntariou-se para se juntar à Wagner na crença de que isso eliminaria o seu registo criminal para que a sua filha tivesse menos problemas em seguir o sonho de ser advogada.

"E quando é que se apercebeu que era apenas carne para canhão?" pergunta-lhe Andriy.

"Na primeira missão de combate. Trouxeram-nos para a linha da frente a 28 de dezembro. Enviaram-nos para a frente ontem à noite."

"Quantas pessoas estavam no grupo?"

"Dez", responde.

Andriy diz que disse ao engenheiro: "Sabes que vais ser morto em batalha. Mas tens medo de lutar pela liberdade no teu país."

"Ele respondeu: 'Sim, é verdade. Temos medo do Putin'".

Andriy comparou o presidente russo, Vladimir Puti,n com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que não há muito tempo era o principal comediante do país.

"A nossa vantagem é que, sim, podemos realmente escolher o tipo a quem os [russos] chamam palhaço. Mas, como podemos ver, este tipo é realmente o líder do mundo livre, neste momento, no nosso planeta."

Andriy, que é da cidade de Odessa, no sudoeste, e se alistou nos dias seguintes à invasão da Rússia, diz que não importa quantos mais combatentes sejam enviados para atacar as suas posições, eles irão resistir.

"A maioria dos meus homens são voluntários. Tinham bons negócios, tinham um bom emprego, tinham um bom salário, mas vieram lutar pela sua pátria. E isso faz uma grande diferença", defende.

"Esta é a guerra pela liberdade. Não é sequer a guerra entre a Ucrânia e a Rússia. É uma guerra entre um regime e a democracia."

Médicos recomendam suplementos de vitamina D para todos os idosos, grávidas e obesos

 CNN  02/02/23  

REVISTA DE IMPRENSA. Novas diretrizes alargam grupos vulneráveis a insuficiência vitamínica e reforçam os benefícios da suplementação

As pessoas com mais de 65 anos, obesos, grávidas e bebés prematuros são grupos de risco para insuficiência de vitamina D e devem tomar monitorizar os níveis de vitamina D e tomar suplementação. As diretrizes foram emitidas pelo Grupo de Estudos da Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas da Sociedade Portuguesa de Encrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), como noticiado pelo Jornal de Notícias esta quinta-feira.

As novas orientações são baseadas em estudos que sugerem que os grupos vulneráveis já não são apenas idosos sujeitos a fraca exposição solar ou com tendência de insuficiência vitamínica, mas todas as pessoas acima dos 65 anos - idade em que o corpo passa a ter menor capacidade de produção de vitamina D, o que pode reforçar a tendência para atrofia muscular. A suplementação é também indicada a bebés prematuros, a raparigas adolescentes em amenorreia (ausência de menstruação), a mulheres grávidas ou a amamentar, e ainda a crianças e adultos obesos, uma vez que a gordura dificulta a absorção da hormona.

O grupo vai apresentar as diretrizes esta sexta-feira, que espera virem a ser acolhidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) por alagarem o conhecimento científico sobre os benefícios da vitamina nos grupos com insuficiências (66% da população, de acordo com as estimativas referidas pelo JN, sendo que 21% têm deficiência grave). Para além da suplementação, são ainda recomendados comportamentos como uma exposição solar diária moderada e uma dieta adequada e rica em alimentos como peixes gordos, ovos ou laticínios.

EUA: Uma tempestade que cobriu de gelo e neve o sul dos EUA, desde o sudeste do Novo México até Virgínia Ocidental, causou pelo menos três mortos e levou ao cancelamento de cerca de 1.900 voos, divulgaram as autoridades norte-americanas.

© Reuters

POR LUSA  02/02/23 

 Três mortos e quase 2 mil voos cancelados por tempestade nos EUA

Uma tempestade que cobriu de gelo e neve o sul dos EUA, desde o sudeste do Novo México até Virgínia Ocidental, causou pelo menos três mortos e levou ao cancelamento de cerca de 1.900 voos, divulgaram as autoridades norte-americanas.

O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) referiu esta quarta-feira que um núcleo sólido de ar frio, com temperaturas muito abaixo do normal, continua a interagir com o aumento da humidade, criando uma vasta faixa de gelo.

"Esta situação continuará até quarta-feira, com a adição de gelo especialmente em partes do Texas", acrescentou o NWS.

"Tempestade de gelo prolongada e significativa continuará a ocorrer em grande parte das planícies do sul", acrescentou.

A tempestade, apelidada de "Marta", matou três pessoas no Texas, incluindo uma mulher que morreu devido ao gelo numa estrada na cidade de Eldorado. Um homem morreu quando o seu veículo se despistou numa ponte em Arlington e outra pessoa morreu numa colisão de dez veículos.

Desde quarta-feira de manhã, mais de 185.000 residências e empresas no Texas, Arkansas e outros estados do sul estavam sem energia, segundo o 'site' powerhouse.us, sendo que mais de 174.000 desses clientes estavam no Texas.

O Departamento de Polícia de Austin, Texas, informou que respondeu a 215 chamadas para acidentes rodoviários na terça-feira.

Segundo a plataforma flightware.com, na quarta-feira de manhã registaram-se mais de 1.890 voos cancelados, dos quais 750 permaneceram no Aeroporto Internacional Dallas-Fort Worth e outros 300 no Dallas Love Field.

A governadora do Arkansas, Sarah Huckabee Sanders, declarou estado de emergência, apontando para "a probabilidade de queda de várias linhas de energia" e sublinhou que as condições nas estradas criaram um atraso na entrega de mercadorias.

Também esta quarta-feira, escolas e universidades no Arkansas suspenderam as aulas ou adotaram o ensino à distância.


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Justiça italiana dita que netos não são obrigados a ver os avós

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  01/02/23 

O Tribunal de Menores e o Tribunal de Recurso de Milão obrigaram as crianças a manter contacto com os avós, apesar de os pais alegarem que os menores não gostavam.

O Supremo Tribunal de Justiça de Itália decidiu, na terça-feira, que as crianças não são obrigadas a conviver com os avós ou com outros familiares se não quiserem. A decisão da última instância judicial reverte as decisões do Tribunal de Menores e do Tribunal de Recurso de Milão, que obrigavam dois netos a manter contacto com os avós, apesar de os pais alegarem que os menores não gostavam.

O caso teve início em 2019, quando os avós e um tio paterno das crianças foram a tribunal pedir encontros periódicos entre as crianças e os familiares, com o argumento de que estavam impedidos de ver os menores “devido a obstáculos colocados pelos pais” e que o afastamento poderia causar danos psicológicos, revela o jornal britânico The Guardian.

Na altura, a justiça estipulou que os encontros deveriam ser acompanhados por um assistente social.

Segundo os pais, as crianças não gostavam de estar com os avós devido às “tensões e conflitos na família”.

O Tribunal de Menores de Milão decretou que a avó paterna deveria provar que estava a receber tratamento psiquiátrico, uma vez que a mulher tinha uma “postura agressiva” com os pais, o que incomodava as crianças. 

O caso seguiu para o Tribunal de Recurso, onde o juiz considerou que a avó não deveria ser submetida a tratamentos. O mesmo tribunal alertou para os “danos psicológicos” causados pela privação da relação e indicou a realização de terapia para toda a família.

Já o Supremo Tribunal de Justiça, considerou que, apesar de uma relação entre avós e netos ser “benéfica”, as crianças não podem ser obrigadas a manter contactos, sobretudo num ambiente conflituoso. Na ótica do Supremo, deve prevalecer a vontade das crianças sobre a dos familiares, se estas tiverem pelo menos 12 anos.

Sublinhe-se que, em Itália, os avós podem recorrer à Justiça na eventualidade de os pais proibirem o contacto com os netos para decidir se a privação da relação é, ou não, prejudicial para o bem-estar das crianças.


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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO PROSSEGUE A SUA VISITA OFICIAL À ESPANHA COM UMA AGENDA CARREGADA.

Esta tarde o Chefe de Estado guineense, General Ùmaro Sissoco Embalo recebeu e manteve uma reunião com Embaixadores dos Estados Membros da CEDEAO acreditados em Madrid.





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Putin pede à Defesa que impeça bombardeamentos nas regiões fronteiriças

© Reuters

POR LUSA  01/02/23 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu hoje ao Ministério da Defesa que impeça os bombardeamentos nas regiões russas junto à fronteira com a Ucrânia, em particular Belgorod, Kursk e Briansk.

"A tarefa prioritária consiste em eliminar a possibilidade de bombardeamentos, mas esse assunto compete ao departamento militar", sublinhou o chefe do Kremlin no decurso de uma reunião sobre o apoio às populações das regiões fronteiriças.

Putin referiu-se especificamente ao apoio para os residentes da anexada península da Crimeia e das regiões de Belgorod, Kursk e Briansk, cujas "casas e apartamentos foram danificados ou destruídos devido aos bombardeamentos por parte de formações neonazis", numa referência a unidades militares ucranianas.

"Muitas pessoas encontram-se em situação difícil: perderam os seus pertences, foram forçadas a transferir-se para casa de familiares ou para residências temporárias, enfrentaram interrupções no fornecimento de água, aquecimento e eletricidade", disse.

Putin também admitiu que os problemas que enfrentam estas populações "são muito graves" e sustentou "ser necessário reparar ou compensar a perda de casas, apartamentos, outras propriedades, devolver a energia, calor e instalações de abastecimento de água e a operatividade normal".

"A solução para estes problemas não deve ser afetada por procedimentos burocráticos. É necessário atuar com rapidez e eficácia", frisou.

O governador de Belgorod, Viacheslav Gladkov, o seu homólogo de Kursk, Roman Starovoit, e de Briansk, Alexandr Bogomaz, têm denunciado ao longo do último ano múltiplos ataques atribuídos às forças ucranianas.

No decurso da reunião por videoconferência com Putin, o governador de Briansk disse que 235 habitações foram danificadas desde o início da campanha militar russa na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, enquanto em Kursk terão sido atingidos 26 edifícios de apartamentos e 379 casas, de acordo com o responsável por esta região russa.

Na Crimeia também foram registados bombardeamentos, como em agosto passado contra bases militares atribuídos à Ucrânia, e em outubro na explosão na ponte de Kerch, que ainda não foi reivindicado.

Putin também se referiu às restantes quatro regiões ucranianas anexadas em setembro passado após referendos não reconhecidos internacionalmente: Zaporijia, Kherson, Lugansk e Donetsk, onde o Governo russo iniciou a reconstrução de habitações, instalações sociais, estradas e redes de comunicação "nos locais onde terminaram as hostilidades", segundo indicou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Rússia denuncia ataque a estação do oleoduto de Druzhba

© Getty Images

POR LUSA  01/02/23

A empresa estatal russa Transneft, que opera os oleodutos russos, denunciou hoje um ataque perto da fronteira com a Ucrânia contra uma estação de fornecimento do oleoduto de Druzhba, que fornece petróleo à Europa.

"Em resultado do impacto do projétil em território da estação, não há feridos e os danos estão a ser sanados pelas equipas de reparação. O oleoduto Druzhba está a funcionar normalmente", disse o porta-voz da Transneft Igor Demin à agência oficial russa TASS.

A estação de Novozibkovo, localizada na região de Bryansk que faz fronteira com a Ucrânia, só arranca quando há uma sobrecarga, o que aconteceu no ano passado, disse a fonte.

Na mesma linha, o ministro da Energia russo, Nikolai Shulguinov, assegurou que o ataque não tinha alterado o funcionamento do Druzhba, que tem dois ramais, um norte (Bielorrússia, Polónia, Alemanha, Letónia e Lituânia) e um sul (Ucrânia, República Checa, Eslováquia, Hungria e Croácia).

O governador de Bryansk, Alexandr Bogomaz, acusou na terça-feira à noite o Exército ucraniano pelo ataque, que abriu uma cratera de 20 metros.

De acordo com a fonte, duas pequenas aldeias nas proximidades ficaram sem eletricidade durante várias horas.

O ataque ocorreu precisamente quando o Cazaquistão anunciou planos para fornecer petróleo cazaque à Alemanha a partir da primeira quinzena de fevereiro.

"O ministro da Energia do Cazaquistão, Bolat Akkulakov, disse à EFE que o primeiro carregamento, de 20.000 toneladas, será entregue na primeira quinzena de fevereiro.

Demin disse que o oleoduto de Druzhba já estava pronto para fornecer o petróleo cazaque "através da Rússia, Bielorrússia, Polónia até à Alemanha através do ramal norte do Druzhba".

As sanções da União Europeia (UE) incluem um embargo ao petróleo russo que chega por via marítima e isenções para o petróleo que chega por oleoduto a países sem acesso ao mar a Hungria, a República Checa e a Eslováquia.

Estima-se que o Cazaquistão poderia enviar até 300.000 toneladas de petróleo bruto por esta rota durante o primeiro trimestre de 2023, de um total de 1,2 milhões de toneladas por ano acordado pelo operador cazaque KazTransOil e Transneft.


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DIPLOMACIA: PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ-BISSAU INICIA HOJE A SUA VISITA OFICIAL AO REINO DE ESPANHA

Com:  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco Embaló deu esta manhã inicio a sua visita Oficial de 2 dias ao Reino de Espanha. 

O General Umaro Sissoco Embalo é o primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau a realizar uma visita oficial a Espanha.

Foi recebido pelo Rei de Espanha Sua Majestade Filipe VI no Palácio da Zarzuerla. 

Manteve antes uma reunião com o Presidente do Governo,  Pedro Sanchez, no Palácio de Moncloa.

A cooperação guineense-espanhola e o seu actual estado, bem como o desejo comum dos dois países em alargá-lo a todos os niveis, foram os pontos mais importantes discutidos.

No decurso desta visita oficial, o Chefe de Estado guineense manterá um encontro com os maiores empresários espanhóis de diferentes ramos.


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Guiné-Bissau e Espanha reiteram intenção de estreitar relaçõe

© Lusa

POR LUSA  01/02/23

Espanha e Guiné-Bissau reiteraram hoje a intenção de "continuar a estreitar" as relações bilaterais, depois de há duas semanas Madrid ter anunciado que iria retomar o programa de cooperação com Bissau.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, recebeu hoje o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Umbaló, em Madrid, e durante o encontro, os dois "sublinharam a importância de continuar a estreitar as relações políticas, económicas e de cooperação", segundo um comunicado do Governo de Espanha.

Sánchez abordou também com Sissoco Umbaló, segundo o mesmo comunicado, a presidência espanhola da União Europeia, que Espanha assume no segundo semestre deste ano e já disse que terá África entre as suas prioridades.

O Governo espanhol, na nota hoje divulgado, lembrou que a Guiné-Bissau tem neste momento a presidência rotativa da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e acrescentou que Sánchez "transmitiu o apoio de Espanha a este organismo chave na manutenção da estabilidade na região, assim como na defesa da democracia e da boa governança na África Ocidental".

Nesta passagem por Madrid, Umaro Sissoco Umbaló tem ainda na agenda de hoje um encontro e um almoço com o Rei de Espanha, Felipe VI.

Em 12 de janeiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, durante uma visita a Bissau, anunciou que Espanha iria retomar o programa de cooperação com a Guiné-Bissau.

"O primeiro objetivo desta visita é retomar esta relação entre Espanha e Guiné-Bissau num momento em que a África Ocidental se encontra numa situação complexa, difícil como não estava há muitos anos, e onde a Guiné-Bissau tem demonstrado como se pode estabilizar e caminhar para a democracia", afirmou José Manuel Albares, o primeiro chefe da diplomacia espanhola a visitar a Guiné-Bissau em 14 anos.

"Espanha quer reforçar, atualizar e revitalizar os seus laços com toda a África Ocidental e também com a Guiné-Bissau", disse, salientando a importância da Guiné-Bissau para Espanha, país que está disponível para trabalhar com a região no setor da segurança e na luta contra o tráfico humano e outros tráficos ilícitos.

A ministra dos Negócios Estrangeiros guineense destacou, no mesmo dia, a "retoma da cooperação" e a "boa vontade" para a reforçar e intensificar em diferentes setores.

"Antes de mais, isto é uma visita de diplomacia económica para ver os novos mercados que a Guiné-Bissau pode oferecer a Espanha, mas também é uma visita para fortificar os nossos laços de cooperação, os nossos laços políticos, sobretudo, porque temos muitas coisas em comum", afirmou Suzi Barbosa.

Nas declarações à imprensa, Suzi Barbosa sublinhou que a "Guiné-Bissau e Espanha podem desenvolver o setor pesqueiro, criar uma indústria transformadora de pescas, criar postos de trabalho".

Albares terminou em Bissau uma visita a três países africanos que o levou também ao Níger e à Nigéria, para realçar que o continente será uma prioridade da presidência espanhola da União Europeia.

No ano passado, foi o próprio Pedro Sánchez que visitou o Quénia e a África do Sul, depois de em 2021 ter estado no Senegal e em Angola.

Este mês, será a vez de os Reis de Espanha visitarem Angola.

O Governo espanhol apresentou em 2021 o plano "Foco África 2023", com o qual tenta marcar um ponto de viragem nas relações com o continente africano e diversificar a sua influência diplomática fora da Europa, tradicionalmente centrada na América Latina e no norte de África.

O "Foco África 2023" considera como "países âncora" Nigéria, Etiópia e África do Sul e, como "países prioritários", os lusófonos Angola e Moçambique, além de Senegal, Costa do Marfim, Gana, Quénia e Tanzânia.

Ministério da Saúde em parceria com UNICEF promove debate com técnicos da Comunicação Social no quadro de Fórum Nacional sobre os Cuidados Primários de Saúde a realizar em Bissau entre os dias 7, 8 e 9 de Fevereiro de 2023

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Os restos mortais do Presidente do PRS Alberto Mbunhe Nambeia chegam à Bissau sexta-feira e, as exéquias fúnebres realizam-se sábado, seguido das cerimónias de “tocachoro”. A família do malogrado e a direção do PRS continuam a receber visitas e mensagens de condolências pela dolorosa perda. A direcção superior do PnD, através do seu lider, Abás Djaló já transmitiu a mensagem de dor e solidariedade a família e ao PRS.

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Putin demite alto funcionário do Conselho de Segurança da Rússia

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POR LUSA    01/02/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, demitiu hoje o secretário adjunto do Conselho de Segurança da Rússia, Yuri Averyanov, alegando problemas contratuais, demissão que ocorre em plena ofensiva militar russa na Ucrânia.

O alto funcionário irá agora desempenhar outras funções no Governo russo, como assessor parlamentar.

Putin assinou um decreto que determinou a saída de Averyanov, de 73 anos, do atual cargo e estipulou que este passará a "desempenhar outras funções, também como funcionário" do Governo russo, segundo informação publicada pela agência de notícias russa Interfax.

Averyanov assumia as funções de secretário adjunto do vice-presidente do Conselho de Segurança russo e ex-Presidente do país, Dmitri Medvedev.

Anteriormente, Averyanov tinha ocupado vários cargos no Governo de Putin, bem como tinha trabalhado como professor no Departamento de Estratégia da Academia Militar das Forças Armadas russas.

Composto pelos principais funcionários estatais da Rússia e chefes das agências de defesa e segurança, tendo como Presidente o próprio Putin, o Conselho de Segurança é o órgão em que se tomam todas as decisões militares mais urgentes e importantes.


Leia Também: A guerra na Ucrânia foi "mal pensada" e deixou Rússia em "situação muito delicada", de que poderá sair com nova liderança após as eleições de 2024, disse à Lusa o deputado da oposição Boris Nadejdin.


Leia Também:  A Rússia acusou esta quarta-feira os Estados Unidos de estarem a provocar uma escalada das tensões se fornecerem mísseis de longo alcance à Ucrânia, mas desvalorizou o efeito dissuasor desse tipo de armamento na guerra.

Simpósio da ECOFEPA sobre a Liderança das Mulheres e dos Jovens " Libertar os Potenciais das Mulheres e dos Jovens na Política e no Empreendedorismo"

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Bissau, 01.02.2023 : Encerramento da Primeira Sessão Extraordinária do ano 2023 da Quinta Legislatura, do Parlamento da CEDEAO.

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ESTUDO: Limitar o aquecimento global a 1,5ºC é improvável, alerta estudo

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POR LUSA  01/02/23 

Limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius (ºC) é improvável, indica um estudo hoje divulgado, que valoriza as mudanças sociais para cumprir os objetivos de redução de emissões de gases com efeito de estufa.

A investigação, "Hamburg Climate Futures Outlook", do departamento de "Clima, Alterações Climáticas e Sociedade" (CLICCS, na sigla original) da Universidade de Hamburgo, Alemanha, analisou, além de questões físicas ligadas ao clima, a política climática, os protestos e a crise devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. E concluiu que a mudança social é essencial para cumprir os objetivos do Acordo de Paris.

O Acordo de Paris, assinado em 2015 por quase todos os países do mundo, estabelece como meta para controlo do aumento da temperatura os 2ºC em relação à época pré-industrial, se possível que esse aumento não ultrapasse os 1,5ºC. Este objetivo tem sido mantido nas reuniões mundiais sobre o clima.

Segundo o estudo, as metas alcançadas até agora não são suficientes, sendo necessária uma nova abordagem sobre a adaptação às mudanças climáticas.

"Na verdade, quando se trata de proteção climática, algumas coisas já foram postas em marcha. Mas se analisarmos o desenvolvimento dos processos sociais em pormenor, manter o aquecimento global abaixo dos 1,5 graus ainda não é plausível", diz Anita Engels, do CLICCS, citada no documento.

O estudo diz nomeadamente que os padrões de consumo e as respostas empresariais não estão a contribuir para as medidas de proteção climática que são urgentemente necessárias.

Por outro lado, fatores como a política climática da ONU, legislação, protestos climáticos e desinvestimento em combustíveis fósseis estão a apoiar os esforços para atingir os objetivos climáticos.

São dinâmicas positivas que contudo não são suficientes para manter a temperatura no limite dos 1,5ºC. "A profunda descarbonização necessária está simplesmente a progredir demasiado lentamente", diz Anita Engels.

Os investigadores também analisaram processos físicos que são muitas vezes discutidos como pontos de rutura, como a perda de gelo no mar Ártico, o derretimento das calotes polares ou as alterações climáticas regionais, considerando que terão pouca influência sobre a temperatura global até 2050.

Mais importante, ainda que de forma moderada, será o descongelamento das zonas com solo sempre gelado (permafrost), o enfraquecimento das correntes superficiais e profundas do Oceano Atlântico ou a perda de floresta na Amazónia.

"O facto é que estes temidos pontos de viragem poderiam mudar drasticamente as condições de vida na Terra, mas são largamente irrelevantes para alcançar os objetivos de temperatura do Acordo de Paris", diz Jochem Marotzke, do Instituto Max Planck de Meteorologia, de Hamburgo.

O estudo analisou também a pandemia de covid-19 e a invasão russa da Ucrânia, concluindo que os programas de reconstrução económica reforçaram a dependência dos combustíveis fósseis, o que significa que as mudanças necessárias são agora menos plausíveis do que anteriormente se supunha.

Mas continua a não ser claro se os esforços para salvaguardar o fornecimento de energia à Europa e as tentativas da comunidade internacional para se tornar independente do gás russo irão minar ou acelerar a eliminação gradual dos combustíveis fósseis a longo prazo.

De acordo com o estudo, a melhor esperança para moldar um futuro climático positivo reside na capacidade da sociedade de fazer mudanças fundamentais, sendo importantes para isso as iniciativas transnacionais e não-governamentais e a continuação da pressão sobre os políticos através dos protestos.


Leia Também: Cerca de 3,6 mil milhões de pessoas vulneráveis ao aquecimento global

Taiwan lança caças e coloca marinha em alerta face a incursões da China

© SAM YEH/AFP via Getty Images

POR LUSA  01/02/23 

Taiwan lançou caças, colocou a marinha em alerta e ativou sistemas de mísseis, face às movimentações de 34 aviões militares chineses e nove navios de guerra nas suas proximidades, como parte da estratégia de intimidação de Pequim.

A informação é do ministério da Defesa taiwanês.

A operação em larga escala do Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas da China, surge numa altura em que Pequim se prepara para um possível bloqueio ou ataque total a Taiwan, o que tem suscitado grandes preocupações entre os líderes militares dos Estados Unidos, o principal aliado da ilha

Num memorando enviado na sexta-feira passada, o general da Força Aérea dos Estados Unidos Mike Minihan pediu aos oficiais norte-americanos que estejam preparados para uma guerra contra a China, a partir de 2025, motivada por uma invasão chinesa de Taiwan.

Como chefe do Comando de Mobilidade Aérea norte-americano, Minihan tem uma compreensão apurada dos militares chineses. As suas observações refletem o apelo de outras altas patentes militares nos EUA para que o país esteja preparado para um conflito com a China.

O ministério da Defesa de Taiwan disse que 20 aviões militares chineses atravessaram, na terça-feira, a linha central no estreito de Taiwan, que há muito é uma zona tampão não oficial entre os dois lados, divididos desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota frente aos comunistas.

A China considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força para assumir controlo sobre a ilha.

As forças armadas de Taiwan "monitorizaram a situação (...) e reagiram às atividades" chinesas, informou hoje o ministério da Defesa.

A China tem enviado navios de guerra, bombardeiros, aviões de combate e aviões de apoio para o espaço aéreo perto de Taiwan quase diariamente, na esperança de esgotar os limitados recursos de defesa da ilha e reduzir o apoio à líder pró - independência do território, Tsai Ing-wen.

Aviões de combate chineses também confrontaram aviões militares dos EUA e dos seus aliados no espaço aéreo internacional, sobre os mares do Sul e do Leste da China, naquilo que Pequim descreveu como manobras perigosas e ameaçadoras.

Em agosto, a visita a Taipé da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA Nancy Pelosi gerou fortes protestos por parte do governo chinês, que considerou a viagem uma provocação e lançou exercícios militares em torno da ilha, numa escala sem precedentes.

A China tem ameaçado repetidamente retaliar contra países que procuram ter laços mais próximos com Taiwan, mas as suas tentativas de intimidação desencadearam uma reação em países europeus, no Japão e nos Estados Unidos, que aumentaram a frequência dos contactos oficiais com Taipé.

Taiwan vai realizar eleições presidenciais no próximo ano, mas a aproximação entre Pequim e o Partido Nacionalista do território, pró -- unificação, não conseguiram encontrar ressonância entre os eleitores taiwaneses, que nas últimas duas eleições deram a vitória ao Partido Democrático Progressista, que defende a independência do território.

Taiwan tem respondido às ameaças da China através da compra de mais armamento defensivo aos EUA e do estabelecimento de laços oficiosos com outros países, aproveitando as suas indústrias de alta tecnologia e sistema democrático.

O serviço militar obrigatório para homens foi também alargado, de quatro meses para um ano, e os inquéritos na opinião pública mostram elevados níveis de apoio ao aumento dos gastos com a defesa, para resistir às ameaças da China.

Em entrevista à agência Lusa, o almirante Lee Hsi-ming, ex-vice-ministro da Defesa de Taiwan, defendeu a mobilização e treino da população taiwanesa, para resistir a uma "iminente" invasão chinesa através de táticas de guerra assimétrica.

"Temos que nos libertar do pensamento convencional em matéria de Defesa", frisou Lee Hsi-ming, que é também investigador no Project 2049 Institute, grupo de reflexão com sede em Washington, destacando que a ilha, de quase 24 milhões de habitantes, deve manter "prontidão de combate", face a um conflito que considerou "iminente".

O militar admitiu um aumento da preocupação em Taiwan com questões de defesa e segurança, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.


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