segunda-feira, 30 de maio de 2022

Instituto Nacional de Segurança Social - NOTA DE ESCLARECIMENTO


 Instituto Nacional de Segurança Social

LICEU KWAME N'KRUMAH FECHA AS PORTAS PORQUE ALUNOS CORREM RISCO DE VIDA

Radiosolmansi.net

No liceu Nacional Kwame N'Krumah as aulas foram suspensas há duas semanas devido a degradação das infraestruturas e sendo que os alunos correm risco de vida com tetos a desabar sobre eles.


Esta realidade foi constatada, hoje, pela RSM, que esteve neste liceu e confirma que a porta principal do Liceu Nacional Kwame N'Krumah estava fechada, as janelas em estado avançado de degradação e os tetos com fendas, em algumas salas os tetos já desabaram e, por isso, os professores são obrigados a percorrer outro atalho para ter acesso ao interior da escola.

Uma fonte contou à RSM que, no passado dia 09 de Maio, o teto desabou numa das salas enquanto decorriam as aulas e na sequência um aluno foi atingido e perdeu os sentidos. A mesma fonte informou ainda que esta é a quarta vez que este tipo de incidente acontece naquele estabelecimento escolar.

Esta situação foi várias vezes relatada pela RSM que entrevistou a Associação dos alunos e a associação dos antigos estudantes do mesmo liceu público.

Confrontado com esta situação, depois de meses de denúncias, o diretor do liceu Nacional Kwame N'Krumah informou que a escola está confinada e corre-se o risco das aulas não funcionarem no próximo ano letivo.

Idrissa conta à Rádio Sol Mansi (RSM) que não tem certeza se existem mecanismos suficientes para o início das obras de reabilitação e, caso se consiga os fundos, se estas mesmas obras serão concluídas antes do início do próximo ano letivo 2022/2023.

“Mesmo que as aulas venham a funcionar será de forma parcial e vamos trabalhar com algumas partes da escola e o número dos alunos e das salas de aulas vão diminuir”, explica.

O diretor do liceu disse ainda em entrevista à RSM que para a reabilitação do edifício principal é preciso mais de 317 milhões de francos cfa e todo o esforço dependerá do executivo que neste momento está em gestão.

“Recebi um documento informado que foi autorizada a emissão do título e até agora não recebi alguma resposta”, lamenta.

Segundo o diretor, os alunos serão avaliados apenas dois períodos sendo que as aulas foram suspensas há mais de duas semanas porque, segundo disse, a escola não está me condições e os alunos correm risco de vida.

Por: Turé da Silva

ANAPI DENUNCIA ACORDO DE PESCA ENTRE GUINÉ-BISSAU E SENEGAL

Por radiosolmansi.net 

O presidente da Associação Nacional dos Armadores e Industriais de Pesca da Guiné-Bissau (ANAPI) denunciou que os empresários senegaleses pagam a licença e fundo de gestão de recursos haliêuticos mais barato em relação aos empresários nacionais.

Alberto Pinto Pereira que falava a Rádio Sol Mansi afirmou que todos os acordos de pesca rubricados pelo estado da Guiné-Bissau são maus acordos.

“ Infelizmente a Guiné-Bissau não pode absorver toda a produção de pesca industrial por falta das infra-estruturas. Falando em acordos, todos os assinados são maus acordos porque os empresários senegaleses pagam a licença de pesca e fundo de gestão de recursos haliêuticos mais barato em relação aos empresários nacionais”? Questionou ainda que o sector de pesca como primeira economia do país, o governo ao rubricar um acordo político deixa de ganhar em detrimento do outro país?

No entanto, em relação a este assunto, uma fonte junto do ministério das pescas negou as informações que davam conta de que Senegal beneficia mais do acordo de pesca assinado entre os dois países há mais de 40 anos, isto é, desde 1978.

A mesma fonte manifestou-se estranho o facto de Alberto Pinto Pereira estar a dirigir uma organização desse género sem ser proprietário de nenhum navio de pesca.

A esta preocupação, Pinto Pereira deixou claro que esta é uma estratégia de desacreditá-lo como empresário, anunciando que já foi proprietário de um navio registado no instituto marítimo portuário.

“ Esta é uma estratégia de desacreditação iniciada pelo próprio ministério das pescas” diz acrescentando que em 2016, “ fui sócio de um empresário sueco e proprietário de um navio denominado ANIKA3 registado no Instituto Marítimo Portuário e neste momento, por razões várias, o navio não está na nossa posse. Mas isso não significa que saí da área empresarial de pesca. O ministério devia estar concentrado em cimentar uma boa relação com sector privado das pescas em vez de criar outra associação fazendo-a representante do sector privado”.

O presidente da Associação Nacional dos Armadores e Industriais de Pesca da Guiné-Bissau (ANAPI), Alberto Pinto Pereira, defendeu, numa entrevista à lusa, que o país precisa de coragem para criar a sua indústria de pesca porque "99% da pesca industrial vai descarregar o pescado no Senegal, os índices económicos de tudo isso reflectem-se directamente nas contas do Senegal, vão para o PIB do Senegal. Para a Guiné-Bissau, enquanto exportação, o índice é zero.

O presidente da ANAPI denunciou igualmente a existência de um acordo entre o ministério das pescas e uma empresa petrolífera estrangeira para abastecimento dos navios de pesca deixando de lado outras empresas do género principalmente as nacionais, interessadas neste negócio.

Em Março de 2020, uma fonte do Ministério das Pescas avançou que no que respeita as vantagens, “é preciso dizer que os protocolos de pesca entre Guiné-Bissau e Senegal têm mais cariz político que comercial, pois para a Guiné-Bissau não traz nenhuma vantagem”.

O informante revelou na época que Senegal tem aproveitado deste Acordo para emitir licenças para pescadores estrangeiros que vêm pescar nas águas nacionais com a bandeira senegalesa.

“ A realidade de vender o que é nosso e a falta de informação sobre os dados da captura efectuadas, constituem um sério atentado ao interesse nacional e configuram a insustentabilidade desta cooperação, sendo imperiosa reedificá-la em novos moldes”, afirmou.

No que toca as tarifas pagas pelos armadores senegaleses, a nossa fonte revelou que “que são irrisórias se comparadas com o que paga um armador nacional que afrete um navio estrangeiro e que se sujeita ao investimento em terra, conforme a legislação em vigor, sendo que da parte do senegal, nenhum investimento está previsto”.

Por: Nautaran Marcos Có

Reunião de emergência sobre situação dos professores novo_ingresso.

Os ministros em gestão da Educação, da Administração Pública e o Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais procuram solução a situação na sequência da vigília dos professores novo_ingresso que reclamam oito meses de salários em atraso.

 Radio TV Bantaba

EUA: O marido da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi detido por suspeita de conduzir sob influência de álcool, no estado norte-americano da Califórnia.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  30/05/22 

 Marido de Nancy Pelosi detido na Califórnia por conduzir embriagado

Paul Pelosi foi detido depois de ter tido um acidente de viação, que envolveu outro carro.

O marido da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi detido por suspeita de conduzir sob influência de álcool, no estado norte-americano da Califórnia.

Paul Pelosi foi detido depois de o seu Porsche ter estado envolvido numa colisão com outro veículo, no condado de Napa, na noite de sábado, conta a CNN.

Não houve feridos a registar na sequência do acidente e o outro condutor não foi detido. O relatório da colisão não define quem terá sido o culpado pelo acidente.

O homem de 82 anos foi acusado de duas contraordenações, com uma fiança de 5 mil dólares (4.600 euros), tendo sido libertado no domingo de manhã.

A patrulha rodoviária referiu que o carro de Paul Pelosi terá sido atingido pelo Jeep do outro condutor, de 48 anos. De acordo com as leis estatais da Califórnia uma pessoa não pode operar um veículo com um nível de álcool no sangue superior a 0,08% - as autoridades não revelaram, no entanto, quanto tinha o marido da líder democrata no momento da detenção.

Paul é casado com Nancy Pelosi desde 1963 e têm cinco filhos.


Leia Também: Arcebispo quer privar Nancy Pelosi da comunhão por defender o aborto

#Russian losses as of May 30 according to @GeneralStaffUA data.

ArmyInform  #Russian losses as of May 30 according to @GeneralStaffUA data.

Veja Também:

The updated info on #RussianWarCrimes via @GP_Ukraine👇



O ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, garantiu hoje que está "fora de questão" a expropriação da casa onde Amílcar Cabral viveu parte da infância, mas que está a degradar-se porque a família não quer negociar.

© Lusa

Por LUSA  30/05/22

"Fora de questão" expropriação de casa onde viveu Amílcar Cabral

O ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, garantiu hoje que está "fora de questão" a expropriação da casa onde Amílcar Cabral viveu parte da infância, mas que está a degradar-se porque a família não quer negociar.

"Fora de questão a expropriação. Fora de questão à compra se os valores forem exorbitantes. Nenhum dos casos foi ou está em cima da mesa", garantiu o ministro, em resposta à Lusa após uma reportagem a dar conta do estado em que se encontra a moradia em Achada Falcão, concelho de Santa Catarina, de Santiago, onde o pai das nacionalidades cabo-verdiana e guineense viveu entre 1932 e 1933/34, um ano da sua infância, com os pais.

Abraão Vicente disse que o Instituto do Património Cultural (IPC) fez uma sondagem ao imóvel que, não obstante estar habitado neste momento por outra família que a comprou aos pais de Cabral, carece de uma "intervenção urgente".

"Contudo, sendo propriedade privada e não tendo a família interesse em vender ou ceder o imóvel, o Estado nada pode fazer", expressou, descartando um processo de expropriação, alegando, por exemplo, interesse público, histórico e cultural do edifício.

"O direito à propriedade privada é lei neste país. Nem mesmo em tempos do regime do partido único se fez tal coisa e não o iremos fazer agora. Nestes casos a paciência e diálogo são fundamentais", completou o também titular da pasta das Indústrias Criativas do arquipélago.

O membro do Governo disse que já fez "várias abordagens", mas a família mantém a reserva de não avançar com qualquer negociação, tendo esclarecido que não tem intenção de expropriar.

Também disse que mesmo com autorização dos familiares para o restauro, a propriedade continuará na posse da família, já que a intenção é musealizar uma parte da casa para que ela possa contar a "história relevante" que contém.

"Portanto, a intenção é que a casa continue a ser habitada. Acrescenta valor a qualquer projeto museológico que venha a haver. Da parte dos familiares não tivemos ainda qualquer comunicação formal de aceitação", prosseguiu o ministro da Cultura.

Abraão Vicente avançou que o edifício consta nos bens inventariados pelo IPC, enquanto património nacional passível de intervenção de reabilitação e restauro e estava prevista a sua inclusão na lista enviada ao Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA).

Mas devido à falta de definição dos proprietários quanto ao destino e valor, esclareceu que se optou pela não intervenção nesta fase.

"Ninguém, nem mesmo o Estado pode fazer planos e projetos para uma propriedade privada. Estamos num Estado de Direito onde a propriedade privada é sagrada", completou o ministro sobre a casa que está em elevado estado de degradação.

Uma placa ao lado da porta principal recorda que foi transformada no Núcleo Museológico Casa Amílcar Cabral, inaugurado em 20 de janeiro de 2015 pelo então primeiro-ministro, José Maria Neves, atual Presidente da República de Cabo Verde, apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição).

O ministro disse que na altura foi inaugurado uma espécie de Centro Interpretativo alusivo a Amílcar Cabral, mas que não foi apropriado nem pela família e nem pela comunidade.

"No dia em que houver entendimento entre o Estado e os familiares, será o lugar ideal para se erguer a Casa Museu Amílcar Cabral. Algo que será fundamental para deixarmos de falar de Cabral como um Mito e o aproximarmos como homem que ele foi do país real, da juventude e das comunidades", terminou o membro do Governo, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD).

Na reportagem, o vereador da Cultura da câmara municipal de Santa Catarina de Santiago, Péricles Brito, disse que a autarquia tem um projeto para transformar o local num museu da resistência Amílcar Cabral, mas está a esbarrar na inflexibilidade dos herdeiros em negociar.

Por sua vez, o presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, recordou à Lusa que a tentativa de compra da casa é um "processo antigo", que ele mesmo discutiu com dois dos herdeiros enquanto foi primeiro-ministro de Cabo Verde (1975 a 1991), mas estes faleceram.

Mas em todas as tentativas de negociar, o antigo Presidente de Cabo Verde (2001 -- 2011) recordou que os herdeiros pediram um "valor exorbitante" e o negócio caiu, tendo sido retomado mais tarde pela Câmara Municipal, que enfrentou a mesma rigidez dos donos.

Sem precisar os valores sugeridos pelos herdeiros, Pires, que recentemente efetuou uma visita à presidente da câmara, Jassira Monteiro, fez questão de sublinhar que a Fundação que leva o nome do seu patrono não tem recursos para comprar qualquer prédio.

Filho de Juvenal Cabral e Iva Pinhel Évora, o líder histórico nasceu na Guiné-Bissau em 12 de setembro de 1924, partiu para Cabo Verde com oito anos, acompanhando a sua família, onde viveu parte da infância e adolescência, também na Praia e em São Vicente, antes de ir estudar Agronomia em Portugal.

Posteriormente, foi fundador do então Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que deu lugar ao PAICV, líder dos movimentos independentistas nos dois países, e foi assassinado em 20 de janeiro de 1973, em Conacri, aos 49 anos.

"OMS devia criar conselho psiquiátrico para avaliar palavras dos russos"

© Getty Images

Notícias ao Minuto  30/05/22 

Conselheiro presidencial ucraniano voltou a criticar o argumento dos oficiais russos de que só estão a atacar alvos militares

O conselheiro do presidente ucraniano e diplomata, Mykhailo Podolyak, voltou a criticar os diplomatas e representantes russos, que alegam que estão a atacar apenas infraestruturas militares.

Através do Twitter, Podolyak questionou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, acusando-o de ser o "ministro da justificação dos crimes de guerra".

"A Organização Mundial de Saúde tem de estabelecer um conselho psiquiátrico internacional para avaliar as declarações dos representantes russos", afirmou o diplomata.

Junto á mensagem, Podolyak publicou fotos do impacto da guerra na população civil, classificando-as ironicamente como provas dos "alvos militares".

Russos e ucranianos continuam a não conseguir negociar um cessar-fogo. A guerra tem-se intensificado cada vez mais na região do Donbass, onde os russos estão a avançar sobre Severodonetsk, uma cidade considerada crucial para a tomada do Donbass pelas forças invasoras.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 4.000 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em regiões sitiadas ou tomadas pela Rússia.

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Segundo os serviços de informação britânicos, as condições são 'ideais' para uma deterioração da moral nas forças russas.

Anova atualização dos serviços de informação do Reino Unido apontaram esta segunda-feira de manhã que a Rússia está a sofrer "baixas devastadoras" na sua geração mais jovem de oficiais, o que poderá dificultar o esforço de guerra russo ainda mais.

Segundo o ministério da Defesa britânico, os batalhões táticos e forças especiais também não estão a ter o sucesso pretendido devido à queda em combate de "uma grande proporção da geração mais jovem de oficiais profissionais", o que "vai provavelmente exacerbar os problemas em modernizar a abordagem ao comando e ao controlo".

"No imediato, os batalhões táticos que estão a ser reconstituídos na Ucrânia a partir de sobreviventes serão provavelmente menos eficientes devido à falta de líderes jovens", dizem os britânicos.

Além disso, o relatório refere que há "relatos credíveis de motins" entre as forças russas na Ucrânia.

"A falta de comandantes de companhias e pelotões credíveis e com experiência resultará provavelmente numa ainda maior redução na moral e uma contínua indisciplina", explica ainda...Ler Mais

Guiné-Bissau quer apoio do BAD para produzir mais arroz e exportá-lo

© Lusa

Notícias ao Minuto  30/05/22 

A Guiné-Bissau quer ampliar os apoios que recebe do Banco Africano de Desenvolvimento para produzir mais arroz e até exportá-lo, disse o ministro das Finanças, defendendo que "África precisa do mundo, mas o mundo também precisa da África".

"Cada dia está se evidenciando a interdependência que há entre os países e é preciso que se aproveite a potencialidade da África, por exemplo, na produção de cereais. (...) No caso da Guiné-Bissau, temos capacidade de produzir o arroz. Em vez de importarmos arroz, podíamos ser exportadores", disse João Fadiá em entrevista à Lusa à margem dos encontros anuais do BAD, que decorreram em Acra, no Gana, na semana passada.

Referindo-se ao Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência de 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) que o BAD anunciou para ampliar a produção agrícola de África e responder à crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, o ministro guineense disse que Bissau vai recorrer a este apoio.

Explicou que o país em curso projetos na área da produção de arroz apoiados pelo banco que "não chegam", pelo que o país vai "tentar obter mais fundos", através desse plano para poder ampliar a produção de arroz.

Sobre os 100 mil milhões de dólares (93,1 mil milhões de euros) que os países ricos se comprometeram a canalizar para os países em desenvolvimento para fazer face à pandemia de covid-19, e que por várias vezes ao longo dos encontros anuais o Presidente do BAD insistiu que cumprissem, Fadiá disse que mesmo esse montante não seria suficiente.

"Acho que a África precisaria de uns 200 ou 250" mil milhões, afirmou.

Disse ainda concordar "a 120%" com o apelo do BAD para que esses recursos, que provêm dos Direitos Especiais de Saque (DES) distribuídos pelo Fundo Monetário Internacional para o mundo enfrentar a pandemia, sejam canalizados através do banco africano.

Os DES, emitidos pelo FMI para ajudar a amortizar os impactos fiscais da covid-19, só beneficiaram África em 33 mil milhões de dólares (30,7 mil milhões de euros), de um total de 650 mil milhões (605 mil milhões de euros).

Alguns países desenvolvidos aceitaram realocar parte dos DES que lhes cabiam, algo que ainda não se concretizou, e o BAD tem apelado a que o façam através da instituição.

Os encontros anuais do BAD decorreram durante a semana em Acra e terminaram na sexta-feira com o anúncio de que a próxima edição, em 2023, será no Egito e com um apelo comum para que África seja compensada pelas alterações climáticas provocadas por outros.

O BAD é uma entidade financeira multilateral vocacionada para financiar o desenvolvimento, cujos acionistas são os governos africanos e outros países não regionais, como por exemplo Portugal.


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Por Rádio Jovem | maio 30, 2022 

O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, defendeu que a Guiné-Bissau está a construir-se e a aprender, mostrando-se confiante de que um dia será “um país normal”, apesar das crises políticas.

“É um Estado que se vai construindo. Um Estado não se constrói de um dia para o outro, todos têm crises e com o tempo vamos aprendendo e vamos resolvendo, até um dia passarmos a ser um país normal”, disse Fadiá em entrevista à agência de notíias Lusa à margem dos encontros anuais do BAD, em Acra, neste fim de semana.

O ministro respondia assim à pergunta sobre se as crises políticas da Guiné-Bissau afetam a imagem do país nos fóruns internacionais.

Questionado sobre como é que a Guiné-Bissau vai conseguir gerir a crise provocada pela guerra na Ucrânia quando o Governo está em gestão, após o Presidente ter dissolvido o Parlamento, Fadiá disse que a “dor de cabeça” de gerir a crise e o aumento global dos preços dos combustíveis e dos alimentos é a mesma, esteja o Governo em plenas funções ou em gestão.

O ministro disse que Governo já tomou algumas medidas: “Baixou alguns impostos sobre produtos de primeira necessidade, sobre os combustíveis, para poder manter o preço em certo nível, para não afetar muito o bolso da população”.

“Isso acarreta perda de receitas, o que vai ter as suas consequências, naturalmente, mas não havia outra alternativa, senão fazer um gesto para manter a população com capacidade para pelo menos comprar o arroz, comprar açúcar, comprar farinha, o pão e também pagar o transporte a nível que seja ainda aceitável”, acrescentou.

Dissolução do Parlamento

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o Parlamento no passado dia 16, alegando que os deputados estavam a transformar a Assembleia Nacional Popular num “espaço de guerrilha”, e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

Na sequência da dissolução do Parlamento, o chefe de Estado emitiu um decreto a manter o primeiro-ministro guineense, Nuno Nabiam e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, no cargo.

A sociedade civil guineense criticou esta decisão de Embaló, acusando o chefe de Estado de colocar em causa a estabilização política, social e económica da Guiné-Bissau por ter “dificuldades” em respeitar os princípios constitucionais.

Apoio do BAD

A Guiné-Bissau quer ampliar os apoios que recebe do Banco Africano de Desenvolvimento para produzir mais arroz e até exportá-lo, disse o ministro das Finanças, defendendo que “África precisa do mundo, mas o mundo também precisa da África”.

“Cada dia está se evidenciando a interdependência que há entre os países e é preciso que se aproveite a potencialidade da África, por exemplo, na produção de cereais. (…) No caso da Guiné-Bissau, temos capacidade de produzir o arroz. Em vez de importarmos arroz, podíamos ser exportadores”, disse João Fadiá à margem dos encontros anuais do BAD.

Referindo-se ao Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência de 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) que o BAD anunciou para ampliar a produção agrícola de África e responder à crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, o ministro guineense disse que Bissau vai recorrer a este apoio.

Explicou que o país em curso projetos na área da produção de arroz apoiados pelo banco que “não chegam”, pelo que o país vai “tentar obter mais fundos”, através desse plano para poder ampliar a produção de arroz.

Fonte: DW

Primeiro-ministro de Cabo Verde afasta aumento dos salários

© Getty Images

Por LUSA  30/05/22 

O primeiro-ministro cabo-verdiano reconheceu, no domingo, os efeitos da subida de preços no poder de compra, mas afastou a possibilidade de aumentos salariais, face à quebra nas receitas do Estado e ao crescimento da despesa para conter a inflação.

"Quando temos todas estas prioridades, não creio que possamos colocar, dar prioridade, à atualização salarial. Virá no seu tempo, quando podermos acomodar essas despesas adicionais", afirmou o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, numa entrevista coletiva a vários órgãos de comunicação social em Cabo Verde, na noite de domingo, a partir da Praia.

O líder do executivo salientou que, devido à pandemia de covid-19 e aos efeitos da crise da guerra na Ucrânia, "as finanças públicas estão fortemente atingidas por uma quebra de receitas e por um aumento de despesas que estão vocacionadas e priorizadas para a proteção".

"Proteção social, proteção dos mais pobres, para a inclusão, o que exige avultados recursos [...] entre a proteção e mitigação do efeito da alta de preços de produtos alimentares e combustíveis estamos a falar de abril a dezembro de mais de cinco milhões de contos [mais de 45 milhões de euros]", apontou.

Os preços em Cabo Verde aumentaram 0,1% no mês de abril e acumulam uma subida de 7,6% no espaço de um ano, indicam dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de 16 de maio.

"Não há dúvida que a inflação faz quebrar o poder de compra. Aquilo que nós estamos a fazer é que estamos a acomodar uma grande parte dessa inflação, não a transferindo diretamente para as empresas e para os cidadãos", reconheceu o chefe do Governo.

Cabo Verde não possui capacidade de refinação e importa todos os produtos petrolíferos de que necessita - cerca de 80% da produção de eletricidade é garantida por centrais gasóleo ou fuelóleo -, bem como 80% dos alimentos, devido à seca que o arquipélago vive há mais de três anos.

O gasóleo e a gasolina em Cabo Verde aumentaram quase 9% no dia 01 de maio, o limite definido pelo Governo, que suspendeu no final de março o mecanismo de fixação de preços máximos ao consumidor devido à escalada de preços dos combustíveis no mercado internacional, decisão que implicou ainda, este mês, o congelamento do preço do gás butano, tal como em abril.

Já as tarifas da eletricidade, igualmente condicionadas pelos preços dos combustíveis, aumentaram em média 30% em outubro passado.

"Temos que ter foco. Prioridade em absoluto para aqueles que não têm emprego, não têm rendimentos e que precisam de uma mão do Estado. E temos que garantir isso. Depois, na segunda linha, virão aqueles que já têm emprego, que estão com salário, mas estão com um nível salarial mais reduzido em termos de poder aquisitivo, por causa da inflação", acrescentou.

"Chegará o momento em que voltaremos a crescer e criaremos as condições para fazer a atualização [salarial] na função pública e nas pensões", disse ainda.

Na mesma entrevista, o primeiro-ministro apontou o objetivo de reduzir nesta legislatura (até 2026) a taxa de desemprego -- que em 2020 se aproximou dos 20%, devido aos efeitos económicos da pandemia de covid-19 -- "para níveis à volta de 10%", próximos do que se verificava em 2019, mas recusou quantificar objetivos de criação de postos de trabalho, depois de na legislatura anterior (até 2021) ter prometido 45.000 novos empregos.

"Não nos comprometemos com números absolutos. O nosso objetivo é reduzir a taxa de desemprego", concluiu.

Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do PIB do arquipélago - desde março de 2020, devido às restrições impostas para controlar a pandemia de covid-19.

O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, e um crescimento económico de 7% em 2021, impulsionado pela retoma da procura turística no quarto trimestre.

ONU: Ásia bate recorde de apreensões de metanfetaminas em 2021

© Lusa

Por LUSA  30/05/22 

A produção de drogas sintéticas continua a intensificar-se na Ásia, com o crime organizado a tirar proveito da pandemia da covid-19 e da instabilidade política em Myanmar para aumentar os lucros, advertiu hoje a ONU.

Mais de mil milhões de comprimidos de metanfetaminas - 172 toneladas - foram apreendidos em 2021, no leste e sudeste da Ásia, tratando-se de um recorde, de acordo com dados preliminares do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

As apreensões eram sete vezes inferiores há uma década.

"A escala e o âmbito do comércio (...) são impressionantes", disse o representante regional do UNODC para o Sudeste Asiático e o Pacífico, Jeremy Douglas, em comunicado.

O "Triângulo Dourado", nas fronteiras de Myanmar (antiga Birmânia), Laos e Tailândia, tem sido, durante décadas, o ponto nuclear da produção de drogas na região.

Desde a crise da covid-19 e o golpe militar em 2021, em Myanmar, que mergulhou o país no caos, as organizações criminosas "têm todos os ingredientes de que necessitam para continuar a desenvolver a atividade", observou Jeremy Douglas.

Dada a abundância da oferta, os preços dos mercados grossista e retalhista caíram para níveis historicamente baixos em países como a Tailândia e a Malásia.

A droga "tornou-se muito mais acessível àqueles que antes não a podiam pagar", notou um analista regional da UNODC Kavinvadee Suppapongtevasakul.

"As consequências sociais do aumento do consumo são significativas, especialmente porque os serviços adequados de saúde e redução de danos permanecem limitados em toda a região", acrescentou.

A partir de laboratórios clandestinos nas selvas do estado de Shan em Myanmar, grupos criminosos deste país, de Hong Kong e de Macau transportam a droga para Tailândia, Laos e Malásia, que, por sua vez, fornecem Indonésia, Filipinas, Japão, Austrália e Nova Zelândia.

domingo, 29 de maio de 2022

Quora: O que é a síndrome de Williams?

Por Filipe AssunçãoEstudou Medicina em Universidade Federal do Pará (UFPA)

Em poucas palavras: A síndrome de Williams seria o "oposto" do Autismo.

A Síndrome de Williams-Beuren (SWB) é uma desordem genética que, talvez, por ser rara, com uma incidência estimada em 1 caso a cada 20.000 nascimentos, freqüentemente não é diagnosticada. É um transtorno genético raro que torna as crianças extremamente extrovertidas, por isso sendo muitas vezes considerada o extremo oposto dos transtornos do espectro autista.

Além da extrema sociabilidade, a síndrome de Williams é caracterizada fenotipicamente pela "face de duende” (uma denominação um tanto quanto inadequada e cruel) , nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso freqüente. Crianças afetadas por essa condição normalmente têm problemas de coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso psicomotor. Estudos com testes psicométricos para avaliação do quociente intelectual (QI) mostraram que os sujeitos com SWB apresentavam QI entre 50 e 70, o que caracteriza deficiência mental leve a moderada.

Lisboa: Médico acusado de traficar medicamentos para a Guiné-Bissau

Medicamentos apreendidos são usados para tratar doenças do foro psiquiátrico. Foto: Arquivo

Jn.pt

Um médico e a companheira foram detidos pela Polícia Judiciária quando tentavam viajar para Guiné-Bissau com dezenas de embalagens de medicamentos que têm substâncias estupefacientes. Já foram acusados do crime de tráfico e outras atividades ilícitas, anunciou, sexta-feira, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa.

Segundo a acusação, o médico e a mulher levavam consigo medicamentos com substâncias ativas como Alprazolam, Diazepam e Metilfenidato, para depois os vender a terceiros. São remédios usados, normalmente, para tratar doenças do foro psiquiátrico.

Pena de médico agravada

Os arguidos teriam comprado os medicamentos em farmácias portuguesas e embarcado no aeroporto do Porto, mas fariam escala e mudariam de avião no aeroporto de Lisboa. Só aqui é que os medicamentos terão sido detetados e a Polícia Judiciária abordou os arguidos sobre o que levavam nas malas de porão.

A acusação por tráfico e outras atividades ilícitas foi deduzida no dia 19 de maio, pelo Ministério Público Departamento de Investigação e Ação penal de Lisboa. A moldura penal daquele tipo de crime (quatro a 12 anos) é agravada em um quarto (para cinco a quinze anos) quando o mesmo é cometido por um médico, farmacêutico ou outro profissional de saúde, trabalhador de serviços prisionais, dos correios ou de instituições de ensino.

Guiné-Bissau: Comerciantes estão em pé de guerra com a Câmara Municipal de Bissau e denunciam perseguição e, ameaçam paralisar atividades comerciais em protesto contra aquilo que consideram cobranças ilegais.

A decisão foi anunciada pelo Presidente da Associação dos Retalhistas e Comerciantes dos Mercados, Aliu Seidi após uma reunião de emergência no Mercado-Bandim.👇

 Radio TV Bantaba

ECONOMIA ÁFRICA: Banco Africano de Desenvolvimento rejeita críticas de má governação

© Lusa

Por LUSA  29/05/22 

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tentou, nos encontros anuais do banco, na semana passada em Acra, afastar suspeitas de má governação que surgiram na imprensa, apelando a participantes e jornalistas que "contem as histórias do banco".

"Vão para casa e contem as nossas verdadeiras histórias, as histórias do vosso banco, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), um banco que está a quebrar barreiras e a estabelecer novos padrões com humildade", disse Akinwumi Adesina, na cerimónia final dos encontros, na sexta-feira, e que repetiu depois na conferência de imprensa.

O apelo surgiu na sequência de um artigo da revista Economist, de 19 de maio, que refere que incidentes dos últimos dois anos levantam questões sobre a forma como o banco é gerido e se os fiscalizadores internos têm supervisão suficiente sobre os executivos do banco.

O artigo questiona ainda se o banco mantém a confiança dos seus credores, doadores e acionistas.

Ao longo da semana, Adesina insistiu na ideia de que o BAD é "muito bem gerido".

"Os nossos conselhos estão a funcionar e são eficientes e rigorosos em cumprir as suas funções de supervisão. A nossa gestão está a funcionar, os nossos sistemas de governação, controlo e supervisão estão a funcionar, os nossos sistemas de gestão de risco estão a funcionar", disse.

E foi secundado por outros oradores, como o Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, que sublinhou que o BAD é "um banco com reputação banco de reputação global, mantendo, mesmo em tempos difíceis, as suas excelentes classificações AAA, a única instituição financeira africana com classificações de crédito globais AAA".

Mas foi num encontro com jornalistas que Adesina foi mais contundente, recordando que um inquérito independente realizado por uma empresa de recursos humanos registou 85% de satisfação entre os funcionários do banco.

"As nossas conquistas, gestão excecional, sistemas de boa governação do Banco não podem ser negados ou deturpados com base em inverdades fabricadas externamente, distorções, desinformação e uma campanha de calúnia deliberadamente orquestrada para tentar manchar a nossa imagem", disse então.

O artigo da Economist refere casos de funcionários do banco com funções de supervisão que terão sido alvo de assédio, intimidação e até vigiados pelo banco, referindo que um deles tem mesmo um processo em curso num tribunal criado pelo banco mas que funciona de forma independente.

Em 2020, Adesina, político nigeriano que está no cargo desde 2015 e foi reeleito nesse ano, foi acusado por denunciadores de abuso de poder, de favorecer outros nigerianos e de pagar a aliados acima do estipulado, além de usar os recursos do banco para ganhos privados.

Um relatório feito pelo conselho de ética em abril afastou as suspeitas, mas os Estados Unidos, o segundo maior acionista do BAD, pediu uma revisão do caso por um painel independente.

O painel, liderado pela ex-presidente irlandesa Mary Robinson, acabou por concordar com a decisão do conselho de ética, mas com a nota de que "a falta de provas não significa prova de ausência" e que "não decorre necessariamente do indeferimento de uma reclamação que não haja matérias dignas de investigação".


PLANO ALIMENTAR: Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe tencionam recorrer ao mecanismo de 1,5 mil milhões de dólares anunciado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para aumentar a produção agrícola de África e combater a crise alimentar.

© faladepapagaio

Por LUSA  29/05/22 

"Já estamos a trabalhar com a nossa equipa cabo-verdiana, mas também do BAD e vamos rapidamente apresentar um projeto para podermos aumentar a capacidade de produção alimentar em Cabo Verde", disse o ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, em declarações à Lusa em Acra, à margem dos encontros anuais do banco africano.

O homólogo são-tomense, Engrácio Graça, disse que também São Tomé e Príncipe já está a trabalhar no sentido de aproveitar a iniciativa do BAD e o ministro guineense, João Fadiá, manifestou a intenção de fazer o mesmo.

"Temos neste momento projetos na área da agricultura, para produção do arroz, com o BAD que não chegam. Neste momento, as avaliações que temos é que não é suficiente, queremos ampliá-lo. Portanto, vamos tentar obter mais fundos sobre esse projeto para podemos ampliar a produção do arroz", afirmou Fadiá.

Anunciado na semana passada, o Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência, promovido pelo BAD e pela Comissão da União Africana, no valor de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) irá beneficiar 20 milhões de agricultores com sementes e fertilizantes, bem como outros insumos agrícolas para produzir 38 milhões de toneladas de alimentos, no valor de 12 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de euros).

Isto incluirá 11 milhões de toneladas de trigo, 18 milhões de toneladas de milho, seis milhões de toneladas de arroz e 2,5 milhões de toneladas de soja.

Em entrevista à Lusa durante os encontros, a vice-presidente do BAD para a agricultura e o desenvolvimento humano e social, Beth Dunford, disse que todos os países africanos são elegíveis para recorrer ao mecanismo, e o BAD está já a aceitar pedidos de Governos.

"O mecanismo acaba de ser lançado e estamos a trabalhar nele neste momento (...). Estamos a lançá-lo muito, muito rapidamente, usando métodos de desembolso muito rápidos para levar essa assistência aos governos que realmente precisam dele agora", afirmou.

Num encontro com jornalistas durante os encontros anuais, o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, mostrou-se confiante de que este mecanismo permitirá evitar uma crise alimentar e defendeu que África deve apostar numa agricultura moderna e tecnológica.

No mesmo sentido, o ministro das Finanças cabo-verdiano defendeu para Cabo Verde "uma agricultura empresarial, que aposte no rendimento e não uma economia de subsistência, que continue nas malhas da pobreza".

"Nós temos de reformar a agricultura introduzir novas tecnologias e uma nova visão empresarial para que a agricultura seja um setor produtivo e rentavel e garanta melhores confições para aqueles que vivem no campo e do campo", afirmou


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ELEIÇÕES - Nigéria: A oposição nigeriana indicou o ex-vice-presidente nigeriano Atiku Abubakar como candidato às eleições presidenciais marcadas para fevereiro de 2023, com o partido no poder a adiar as suas primárias por uma semana.

© Lusa

Por LUSA  29/05/22 

"Hoje estamos a fazer história, uma história que acreditamos trará mudanças fundamentais", disse Abubakar aos seus apoiantes reunidos na capital, Abuja, onde a votação foi realizada.

Abubakar, de 75 anos, um muçulmano do norte do país, foi escolhido nas primárias do Partido Democrático do Povo (PDP) e tentará pela sexta vez ser eleito presidente do país mais populoso de África.

O Congresso dos Progressistas (APC), partido no poder, vai realizar as suas primárias entre 6 e 8 de junho, para escolher um candidato a suceder ao presidente Muhammadu Buhari, que anunciou que não concorrerá novamente, após completar dois mandatos.

A Nigéria, com 215 milhões de habitantes e dividido quase em partes iguais entre o norte, predominantemente muçulmano, e o sul, maioritariamente cristão, é um dos países mais religiosos do mundo.

Na tentativa de conciliar um país onde vivem cerca de 250 grupos étnicos, uma regra tácita prevê a rotação da presidência, a cada dois mandatos, entre candidatos do norte e do sul.

No entanto, Abubakar, ex-chefe das alfândegas e vice-presidente entre 1999 e 2007, é do norte, assim como o presidente Buhari, ao contrário da maioria dos principais candidatos do APC, partido no poder, que são do sul.

No APC, o ex-governador de Lagos Bola Tinubu e o atual vice-presidente Yemi Osinbajo são os dois principais candidatos, enfrentando ainda Rotimi Amaechi, que renunciou recentemente ao cargo de ministro dos Transportes no governo de Buhari.

Buhari não apoiou até ao momento nenhum candidato e alguns analistas acreditam que o atual presidente esteja à procura de um candidato de consenso para manter as fações do APC unidas antes das eleições gerais de fevereiro de 2023.

A segurança será uma questão importante, pois há mais de 10 anos que o nordeste da Nigéria tem sido afetado por uma insurreição extremista. Bandos armados têm também levado a cabo frequentes ataques e raptos no noroeste do país.

Desde que regressou ao governo civil em 1999, após uma ditadura militar, a Nigéria realizou seis eleições nacionais, muitas das quais foram marcadas por fraudes, dificuldades técnicas, violência e disputas legais.

A maior economia da África, enfraquecida pelo impacto da pandemia de covid-19, está a sofrer as consequências da guerra na Ucrânia, que elevou os preços dos combustíveis e alimentos em todo o continente.

Pelo menos 31 pessoas morreram no sábado durante um evento de distribuição de ajuda alimentar numa igreja na cidade de Port Harcourt, no sul da Nigéria.


Leia Também: Nigéria. Pelo menos 31 pessoas morrem após confusão em fila para comida

Pelo menos 35 pessoas morreram devido às fortes chuvas no nordeste do Brasil

Lusa e SIC Notícias  29 Maio, 2022

Pelo menos 35 pessoas já morreram em Pernambuco, devido às fortes chuvas que afetam o estado do nordeste do Brasil desde o início da semana, informaram fontes oficiais.

Pelo menos 20 vítimas morreram durante um deslizamento de terras numa vila no bairro do Ibura, na zona sul de Recife, capital do estado de Pernambuco, segundo o último boletim da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) brasileira.

A autarquia da cidade de Camaragibe confirmou mais seis mortos, na sequência de um deslizamento de terras numa área arborizada da cidade.

Pelo menos 500 pessoas ficaram desalojadas, pelo que a autarquia do Recife abriu escolas e creches para acomodar famílias que tiveram de deixar as suas casas.

As autoridades aconselharam ainda 32 mil famílias a retirarem-se de áreas de risco e ofereceram refúgio em instalações municipais, enquanto outras ficaram em casas de amigos ou parentes.

As chuvas causaram vários deslizamentos e inundações em todo o estado de Pernambuco, principalmente no Recife e região metropolitana.

Em apenas 24 horas, entre as 23:00 de sexta-feira e as 11:00 de sábado (entre as 3:00 e as 15:00 de sábado em Lisboa), a cidade de Recife registou 70% da previsão de chuvas para todo o mês de maio, sublinhou a SEDEC.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, anunciou a nomeação de 92 novos membros do Corpo de Bombeiros, que tomarão posse a partir de 6 de junho, para reforçar o resgate das vítimas das enchentes, avançou o jornal O Globo.

O governador solicitou ainda o apoio de efetivos das Forças Armadas, além de embarcações e aeronaves do exército brasileiro.

sábado, 28 de maio de 2022

Guiné-Bissau - Última hora: Abulai Djaura é o novo presidente da RENAJ

Em atualização...

CEDEAO TRANSFORMA ECOMIG NUMA FORÇA POLICIAL PARA NORMALIZAÇÃO DA GUINÉ-BISSAU

 JORNAL ODEMOCRATA  28/05/2022

O Presidente da Comissao da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean Claude Kassi Brou, disse que a CEDEAO decidiu acelerar o destacamento da missão de apoio à estabilização da Guiné-Bissau e transformar progressivamente as Forças ECOMIG numa força policial com vista a contribuir para sustentar a normalização no país. 

Em mensagem, consultada por O Democrata, por ocasião da comemoração do 47° aniversário  da CEDEAO que hoje assinala-se, sob o tema “reforcar a resiliência e a estabilidade regional”, Kassi Brou fez um balanço da situação na região, reconhecendo que o ressurgimento de ataques terroristas e certas crises pos-eleitorais criaram a instabilidade no Burkina Fasso, na Guiné Conakri e no Mali com a ocorrência de golpes de Estado militares. Contudo informou que estão a trabalhar ativamente para acompanhar esses países a voltarem a uma ordem constitucional.

Em relação à paz e à seguranca na região, Kassi Brou lembrou que os ataques de terroristas continuam a levar muitas famílias à morte e a agravar a situação humanitária nos países afetados, afiançado que, face à essa ameaça, a CEDEAO vai continuar os seus esforços nacionais e dar uma resposta coletiva. 

“Ao mesmo tempo, estamos a trabalhar para provomer o diálogo intercomunitário, construir infraestruturas socioeconómicas de base em prol das populações civis afetadas por esta crise, especialmente mulheres e crianças” disse.

Sobre a saúde, o Presidente da comissão da CEDEAO afirmou que, após dois anos difíceis de gestão da pandemia do coronavirus, notou que a região foi capaz de adaptar as suas respostas a diferentes vagas da pandemia da covid 19, assim como foi capaz de as conter e limitar os seus efeitos. 

Lembrou que após um ano difícil em 2020 com uma ligeira recessão económica decorrente da covid 19, a região conseguiu encontrar recursos para retomar o caminho do crescimento económico em 2021 com uma taxa estimada de 4,1%, sublinhando que as perspetivas para 2022 são também muito boas.

Por: Tiago Seide

Rússia "pronta" para ajudar a uma exportação de cereais "sem entraves"

© Lusa

Por LUSA  28/05/22 

A Rússia está "pronta" para ajudar a uma exportação "sem entraves" de cereais da Ucrânia, assegurou hoje o presidente russo, alertando para os riscos de uma maior "desestabilização" da situação se continuarem as entregas de armas ocidentais em Kyiv.

"A Rússia está pronta para ajudar a encontrar opções para uma exportação de cereais sem entraves, incluindo cereais ucranianos a partir dos portos situados no mar Negro", informou o Kremlin, num comunicado divulgado após uma conversa telefónica entre o presidente russo, Vladimir Putin, o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, que ocorreu no contexto dos receios de uma grave crise alimentar devido à ofensiva russa na Ucrânia.

Putin considerou que as dificuldades relacionadas com as entregas de alimentos foram causadas por "uma política económica e financeira errada dos países ocidentais, assim como pelas sanções antirrussas" impostas por esses países, segundo o comunicado de imprensa.

Um aumento das entregas de fertilizantes e de produtos agrícolas russos poderia diminuir as tensões no mercado agrícola internacional "o que exigirá obviamente o levantamento das sanções apropriadas" contra Moscovo, sublinhou o presidente russo.

A Ucrânia, grande exportadora de cereais, sobretudo de milho e trigo, vê a sua produção bloqueada pelos combates no seu território devido à invasão militar por parte da Rússia.

Por sua vez, a Rússia, outra potência na produção de cereais, não pode vender a sua produção e os seus fertilizantes por causa das sanções ocidentais que afetam os setores financeiro e logístico.

Os dois países, Ucrânia e Rússia, produzem um terço do trigo produzido a nível mundial.

O conflito prejudicou o equilíbrio alimentar mundial, levantando a temores de uma grave crise que afetará particularmente os países mais pobres.

Durante a conversa por telefone, Vladimir Putin também "enfatizou a natureza perigosa de continuar a inundar a Ucrânia com armas ocidentais, alertando para os riscos de uma maior desestabilização da situação e um agravamento da crise humanitária", segundo o comunicado do Kremlin.

O presidente russo confirmou que a Rússia continua "aberta à retoma do diálogo" com Kyiv para resolver o conflito armado, enquanto as negociações de paz com a Ucrânia estão paralisadas desde março, de acordo com a mesma fonte.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

O Presidente da República da Guiné-Bissau 🇬🇼 General Umaro Sissoco Embalo manteve encontro com seu homólogo Denis Sassou-N'Guesso em Malabo sobre terrorismo e mudanças inconstitucionais em África.

 

BANCO AFRICANO DE DESENVOLVIMENTO: África tem potencial para ser solução para a crise alimentar global

© Reuters

Por LUSA  28/05/22 

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento defendeu que África tem potencial para se tornar a solução para a crise alimentar global, porque 65% de toda a terra arável por cultivar está no continente.

"O que África fizer com a agricultura vai determinar o futuro da alimentação no mundo, porque 65% de toda a terra arável que não está ainda cultivada está em África", disse Akinwumi Adesina na sexta-feira ao final do dia, na conferência de imprensa de encerramento dos encontros anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorreram esta semana em Acra, capital do Gana.

Para o banqueiro, "África deve tornar-se a solução para a crise alimentar global" e o BAD está a apostar na agricultura africana, para garantir que, mesmo enquanto lida com a atual emergência alimentar, África impulsiona a transformação estrutural da agricultura.

"O mais importante para nós é que a agricultura vai diversificar as nossas economias, transformar o nosso meio rural, que infelizmente se tornou um local sem esperança, e criar empregos", disse.

O responsável defendeu ainda uma agricultura moderna, com tecnologia apropriada, produtividade e enquadrada com as infraestruturas necessárias, rodoviárias, de energia, de irrigação, logísticas.

"Chegou o tempo de África, não só produzir comida, mas também processar comida. Embalar comida. África deve ter padrões de qualidade nos alimentos que produz e deve exportar. Quando falamos de agricultura, não falamos de agricultura para manter a pobreza, mas sim para criar riqueza para áfrica", disse.

Adesina acrescentou que ao longo dos encontros anuais, os governadores do BAD também falaram sobre a questão da segurança, sublinhando que "o desenvolvimento só acontece quando há segurança".

"Devemos apoiar os países a abordarem a segurança, por isso deve haver uma ligação entre segurança, investimento, crescimento e desenvolvimento", afirmou.

O BAD anunciou na semana passada um Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência, promovido em conjunto com a Comissão da União Africana, no valor de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) e que irá beneficiar 20 milhões de agricultores com sementes e fertilizantes, bem como outros insumos agrícolas para produzir 38 milhões de toneladas de alimentos, no valor de 12 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de euros).

Na segunda-feira, primeiro dia dos encontros do BAD, Adesina mostrou-se confiante de que África vai conseguir evitar a crise alimentar iminente com esse apoio.

O plano visa responder aos desafios que a guerra na Ucrânia provocou em África, "especialmente em termos dos elevados preços da energia, elevados preços dos fertilizantes e perturbações nas importações de alimentos", explicou Adesina.

"Com 30 milhões de toneladas de importações de alimentos, especialmente trigo e milho, que não chegarão da Rússia e da Ucrânia, África enfrenta uma crise alimentar iminente", lembrou o banqueiro, para justificar a iniciativa do BAD.


Leia Também: "A Europa devia olhar para África. A África tem imenso gás"

CIMEIRA EXTRAORDINÁRIA: União Africana debate hoje golpes de Estado e terrorismo em cimeira

Por LUSA  28/05/22 

Os recorrentes golpes de Estado em África e a ameaça terrorista extremista islâmica são os dois temas da cimeira extraordinária que a União Africana (UA) realiza hoje em Malabo.

Sob o lema "Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Regime em África", é esperada a participação de mais de uma dezena de chefes de Estado ou de Governo - entre os quais, os Presidentes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe - que vão debater as causas do aumento de golpes no continente em 2021 e 2022 e as implicações para a governança.

África foi palco em 2021 e 2022 de cinco golpes de Estado - dois no Mali e um na Guiné-Conacri, Sudão e Burkina Faso -, e uma tentativa de golpe fracassada na Guiné-Bissau.

Durante a cimeira, o Conselho de Paz e Segurança da UA apresentará propostas de políticas baseadas na sua deliberação de 19 de maio sobre as causas que contribuíram para a frequência de golpes no continente.

Na sua deliberação de 19 de maio, o Conselho identificou a natureza das relações civis-militares em muitos países do continente como o cerne do problema que causa mudanças inconstitucionais de governos.

Assim, o Conselho enfatizará na cimeira a importância da adoção de normas jurídicas mínimas que separem claramente o papel dos governos e dos militares e interrompam as relações entre ambos pautadas por interesses políticos.

Este órgão da UA irá também propor a supervisão civil obrigatória das Forças Armadas e a necessidade de descrever as circunstâncias em que os exércitos são destacados para gerir os desafios de segurança interna.

Na XXXV Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da UA, realizada em fevereiro em Adis Abeba, a organização reafirmou "tolerância zero" com a "vaga" de golpes que assolou o continente e convocou a reunião de hoje para discutir o problema.

Na ocasião, o Presidente do Senegal, Macky Sal, cujo país detém a presidência rotativa da UA, disse que "África não pode aceitar este estado de coisas".

A ameaça do terrorismo extremista islâmico será também objeto de análise na cimeira, como recordou esta semana o presidente da Comissão da UA (secretariado), Moussa Faki Mahamat.

"Da Líbia, no norte da África, a Moçambique, na África Austral, do Mali, na África Ocidental, à Somália, no Corno de África, passando pelo Sahel, a bacia do lago Chade, ao leste da República Democrática do Congo, na África Central, o terrorismo continua a espalhar uma teia mortal com consequências consideráveis ??para as finanças, economias e segurança das pessoas", disse Mahamat, na quinta-feira, em Malabo, na Guiné Equatorial.

Segundo a agenda, está prevista a divulgação de uma Declaração Final.


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