quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje os Cumprimentos do Novo Ano do Poder Tradicional.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


Desaparecimento de militares senegaleses na Gâmbia "é deplorável"

© Reuters

Por LUSA  26/01/22 

Um dos mediadores para resolução do conflito na província de Casamansa, sul do Senegal, classificou hoje como "deplorável" o desaparecimento desde segunda-feira, na Gâmbia, de nove militares senegaleses da missão da CEDEAO, após confrontos com alegados rebeldes daquela região.

Para Robert Sagna, líder do Grupo de Reflexão pela Paz em Casamansa (GRPC), a captura dos militares é "um acontecimento deplorável que veio interromper um processo de paz que parecia estar bem avançado".

Os nove soldados senegaleses da ECOMIG, missão criada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), estão presumivelmente em poder dos rebeldes após confrontos ocorridos durante uma operação contra o tráfico de madeira em Casamansa, anunciaram na terça-feira as forças armadas do Senegal.

As buscas para encontrar os nove militares prosseguem "como no primeiro dia", disse hoje à AFP um oficial militar senegalês, sem dar detalhes sobre a área de busca nem os meios disponíveis.

Nos confrontos registou-se a morte de dois soldados senegaleses e de um dos atacantes, tendo três guerrilheiros sido aprisionados, anunciaram as forças armadas do Senegal.

A Gâmbia, país parcialmente encravado no Senegal, abriga rebeldes do Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC), que luta há quase 40 anos pela independência desta região, que faz fronteira com o norte da Guiné-Bissau.

"O processo de paz parecia definitivamente resolvido para o fim da guerra", disse Sagna, ex-ministro e ex-presidente da câmara de Ziguinchor, a maior cidade de Casamansa.

"Tudo o que pudermos fazer, faremos [para a libertação dos soldados]. O GRPC não recuará em nenhuma solução para a paz em Casamansa", continuou.

Casamansa é palco de um dos conflitos mais antigos de África desde que os separatistas passaram a combater a partir das matas após a repressão de uma marcha, em dezembro de 1982.

Depois de causar milhares de vítimas e devastar a economia senegalesa, o conflito passou a ser de baixa intensidade, com o Senegal a tentar normalizar a vida na província, tendo-se comprometido a reinstalar os deslocados.

A ECOMIG foi criada pela CEDEAO devido à crise política criada a partir da recusa do ex-Presidente e ditador gambiano, Yahya Jammeh, em deixar o poder após a sua derrota nas eleições presidenciais de dezembro de 2016.

Yahya Jammeh viu-se finalmente forçado a partir para o exílio em janeiro de 2017 por pressão internacional e tropas senegalesas entraram em território gambiano.

O Senegal fornece a maior parte dos efetivos da ECOMIG, cujo mandato foi prorrogado em várias ocasiões.

Leia Também: Nove militares senegaleses destacados na Gâmbia dados como desaparecidos

Poder tradicional - Presidente da Républica anuncia doação mensal de 150 mil francos a cada régulo

Bissau, 26 Jan 22 (ANG) – O Presidente da República anunciou apoio de 150 mil francos à cada régulo por mês a partir  de Fevereiro do ano em curso, para ajudar na compra de medicamentos caso padecem de problemas de saúde.

O chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló que falava hoje na cerimónia de cumprimento de novo ano, da parte dos régulos,  disse que até final de 2022 todo território da Guiné-Bissau vai beneficiar da corrente elétrica.

ʺEnquanto Presidente da República  cada mês, vai sair do meu bolso e não do Estado, um montante de 150 mil francos CFA para cada régulo, para quando alguém quer comprar asprina ou  paracetamol deve saber que cada mês vai ter esse montante e que fique bem claro, isso não é politica porque não estamos no momento da campanha politica, mais é dinheiro do meu bolso”, disse.

Apelou os rélugos no sentido de não banalizarem o seu papel, devido a importância que representam nas suas comunidades, acrescentando que os régulos devem conhecer os valores que têm e para se manterem unidos, e que   os seus deveres é dirimir conflitos pensando no seu povo.

O Presidente da República garantiu ainda criar condiçoes para que haja saúde e educação no país e anuncia para breve  a chegada de 70 médicos nigerianos à Guiné-Bissau para apoior os técnicos de saúde nacionais.

Disse que deve-se institucionalizar  reuniões entre o Presidente da República e régulos, duas ou quatro vezes por ano, em diferentes regiões da Guiné-Bissau.

Issuf Baldé, régulo de Ganadu e igualmente porta voz da Associaçao dos Régulos da Guiné-Bissau  (ANARE-GB) apresentou ao Presidente da República as recomendações saídas das reuniões de 4 horas que mantiveram no dia 25 do corrente mês,

sobre a situação das regiões representadas por régulos.

Baldé disse que as regiões enfrentam muitas dificuldades, nomeadamente a insegurança, conflitos por posse de terra, problemas de redes de comunicação, insuficiência de água potável e de infra-estruturas, entre outras.

Presentes  na cerimónia de cumprimento do ano novo estiveram 98 régulos vindos de todas as regiões da Guiné-Bissau, e que beneficiaram de uma oferta do Presidente Sissoco no valor de 10.000.000,00fcfa para dividirem entre si. 

ANG/MI/ÂC//SG

Leia Também:

O porta-voz dos régulos (autoridades tradicionais) da Guiné-Bissau, Issuf Baldé, pediu hoje ao chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, para ajudar a ultrapassar "problemas com as autoridades políticas" nas comunidades do país.

Jovens da Guiné-Bissau preocupados com ataques étnicos nas redes sociais

© MNPTE

Por LUSA 26/01/22 

O presidente do Movimento Nacional para Promoção da Tolerância Étnica (MNPTE) na Guiné-Bissau, Dencio Fernandes, disse hoje à Lusa que a sua organização "está bastante preocupada" com o nível de ataques étnicos nas redes sociais.

Médico recém-formado e colocado no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, Dencio Fernandes explicou à Lusa que, decidiu, juntamente com outros jovens académicos e profissionais de diferentes áreas, criar, em outubro de 2020, uma organização que juntasse "pessoas com vontade de proteger a unidade nacional".

O líder do MNPTE, que trabalhou até aqui na prevenção e resolução de pequenos conflitos entre pessoas de diferentes grupos étnicos, nomeadamente as disputas pela posse da terra, disse ter percebido "que há um claro aumento de violência verbal e incitamento ao ódio étnico" nas redes sociais.

"Esse fenómeno começou a ganhar força a partir de 2014, mas passou a ter outra proporção com as eleições gerais de 2019. O incitamento étnico, o preconceito nas redes sociais passou a ser um verdadeiro problema na Guiné-Bissau", notou Dencio Fernandes.

O ativista social dá o exemplo de pessoas que "insultam toda uma etnia, às vezes de cara tapada", numa referência ao perfil falso ou identidade escondida nas plataformas das redes sociais.

"Muitas vezes as pessoas escondem-se em perfis falsos e lançam informações que acabam por intoxicar a sociedade e incitam ao ódio étnico. Isso é muito perigoso para um país como o nosso onde a maioria da população não sabe ler e escrever", sublinhou Fernandes.

O MNPTE insta as autoridades a avançarem para a criação de legislação contra o que diz ser um "fenómeno que pode vir a incendiar" a Guiné-Bissau.

"Temos indícios fortes de que não há hora de a Guiné-Bissau ficar mergulhada em problemas de cariz étnico como os que aconteceram no Ruanda. Nós não podemos ficar de braços cruzados à espera que algo de grave aconteça ao nosso país", enfatizou Dencio Fernandes.

A partir de fevereiro, a organização vai lançar uma campanha nacional de sensibilização à população sobre os "perigos do uso indevido das redes sociais" e as suas consequências para a unidade e coesão entre os guineenses, salientou Fernandes.

A Guiné-Bissau tem cerca de dois milhões de habitantes e conta com cerca de 30 grupos étnicos.

Leia Também: Sindicato de jornalistas da Guiné-Bissau preocupado com assédio sexual

Do dono ou da adotante? Tuco é o 1º animal a beneficiar de lei espanhola

© Facebook

Notícias ao Minuto  26/01/22 

Alejandro Cofiño e Oumaima Laadam disputam em tribunal a propriedade e custódia do cão.

Tuco tem cinco anos e é arraçado de pit bull com belgian shepherd. Vive em Oviedo, em Espanha, e é o primeiro animal no país cujo caso foi julgado ao abrigo da nova reforma do Código Civil, que considera os animais como seres sencientes.

Mas o que está em causa? O proprietário deixou o cão ao cuidado de outra pessoa por mais de dois anos antes de reclamar o animal de volta. A cuidadora afeiçoou-se a Tuco e não o quer entregar. Agora, Alejandro Cofiño e Oumaima Laadam disputam, em tribunal, a propriedade e custódia do cão.

Um primeiro julgamento criminal não teve resultado, mas, ao recorrer a um processo civil, Cofiño conseguiu que um tribunal o reconhecesse como o proprietário do animal. A sentença foi objeto de recurso. E é aqui que entra a nova reforma do Código Civil, a denominada Lei do Bem-Estar dos Animais.

O advogado de Cofiño solicitou uma medida cautelar para que o animal voltasse à custódia do seu cliente até ao julgamento. No início foi concedido, mas o tribunal de Oviedo rejeitou o pedido, numa ordem que já é histórica, argumentando que o cão é um ser sensível e que o seu bem-estar deve ser tido em conta e que este é garantido com aquele que tem sido o seu cuidador nos últimos anos.

"Foi um choque, estávamos desesperados", diz ao El Periódico Oumaima Laadam, que afirma ter estabelecido uma ligação extraordinária com 'Tuco' desde que está sob a sua tutela: "Ele é o meu bebé, ele vai comigo para todo o lado".

As versões de Cofiño e Laadam diferem radicalmente em muitos pontos, incluindo na definição da relação que os unia em 2018 quando o homem deixou o Tuco aos cuidados da mulher. "Ela era a minha melhor amiga, eu era ingénuo", diz ele. "Era amigo de um amigo, eu mal o conhecia. Uma noite, numa festa, estava a perguntar nos bares quem queria ficar com o cão porque ia fazer Erasmus no México, e através daquele amigo eu aceitei", diz ela.

Cofiño terá passado cinco meses no México, e regressou brevemente às Astúrias, onde permaneceu durante dois meses, antes de regressar. A segunda estadia de Cofiño no México durou pouco mais de um ano e meio, até Dezembro de 2020. Quando voltou, quis reaver Tuco, e obteve um "não" como resposta.

Tuco ainda está com Oumaima Laadam, que vai lutar até ao fim pelo animal que, nestes três anos e meio, se tornou parte da sua família. A decisão cabe agora ao Tribunal Provincial das Astúrias.

Em Portugal, os animais são entendidos como seres sensíveis desde 1 de maio de 2017. 

BISSAU: Assinala-se o Dia Internacional das Alfândegas sob o lema “Acelerar a transformação digital das alfândegas”.

 RadioBantaba 

O Ministro de Administração Territorial e Poder Local, Fernando Dias, recebe dirigentes da Comissão Nacional das Eleições para apreciação das propostas apresentadas pela CNE, sobre recenseamento eleitoral.

Salienta-se que as eleições legislativas deverão acontecer no próximo ano 2023.👇

Rádio Jovem Bissau

Afinal tinham o plano de dividir? ...Estamos a Trabalhar

Por Estamos a Trabalhar

Todo esse convulsão político é armado por Botche e toda discórdia no ceio da aliança era minuciosamente encomendado por ele e até ofensas! aliás, um delinq..uen..te do seu b..ando de claque que desata a ofender ativistas de Madem-g15 com palavreado (oiçam o áudio) e para depois anunciar aquilo que sempre almejaram “ kuma Umaro Sissoco na larga Madem” afinal a muito tempo que o Botche Cande estava a preparar plano para afastar os reais apoiantes de Presidente da república para só ele tirar proveito. E, Ninguém esqueceu que O botche foi carrasco de Sissoco a quando ele era primeiro-ministro e hoje pretende afundá-lo como sempre afundou, recentemente PRS e Jomav que o diga. 

Com que, capital político pretendem afastar Madem da rota da conquista? Não é esse grupelho que se dizem partido e que tem a única missão atacar regime sem nexo e sem moral. Estranha-se que o maior beneficiário e quem sempre foi esquadrão da proibição dos protestos dos alunos, agora sai em publica para dizer “ Skola ka tem” mas perguntamos o quê, é que o Botche ainda faz no governo? 

Madem-G15, PRS e APU devem exigir saída compulsivo de Botche no governo. Ponto final

Direitos das crianças - AMIC prevê reforço de sensibilização para incentivar mais denúncias de casos de violação de menores

@AMIC
Bissau, 25 Jan 22 (ANG) -  O administrador da Associação de Amigos da Criança (AMIC),disse que prevêm, para o ano em curso, o reforço do programa de sensibilização, para incentivar a população no sentido de denunciar mais casos de violação dos direitos das crianças.

Fernando Cá  que falava esta terça-feira em entrevista à ANG em jeito de  balanço do ano findo, disse que o ano passado não pode ser considerado de positivo, uma vez que o Centro de Acolhimento da orgabnização recebeu 162 casos de crianças vitimas de violência, número que considerou de elevado.

ʺO balanço do ano findo não pode ser considerado positivo  já que temos 162 casos de crianças vitimas de violências nas familias. Contudo, em termos de trabalhos realizados podemos qualificar o ano findo de positivo, e que orgulhamos como a organização  defende a promoção de direitos da criança, disse.ʺ

O administrador disse que a AMIC pretende continuar na mesma rotina de trabalho, de forma a reforçar mais as acções de  sensibilização.

Acrescentou que, durante os últimos tempos, tem sido notório um despertar de consciência dos cidadãos que ligam para denunciar casos de violações de Direitos de menores, ao contrário dos tempos atrás em que as pessoas deixavam tudo passar.

Fernando Cá realçou que, de tanto falar na sensibilização, têm a certeza de que alguma coisa está a mexer com as pessoas, no sentido de ganhar a consciência sobre a importância da denúncia de violações contra crianças, mesmo que a vítima não seja  da sua familia.

Cá agradeceu, na ocasião, aos  cidadãos que têm estado a denunciar situações de casamento forçado, violação sexual, maus tratos entre outras e garante que  a indentidade do denunciante nunca vai ser  revelado.

 Fernando Cá  pede ao governo para repor o fundo de apoio ao Centro de Acolhimento suspenso. Disse que acrianças acolhidas com necessidade de assistência sanitária são apoiadas por Organizações Não Governamental, inclusivé a Unicef. 

ANG/MI/ÂC//SG

Resistência antimicrobiana já está entre as principais causas de morte no mundo

Superbactérias e a resistência antimicrobiana estão entre as principais causas de óbitos por doenças no mundo (Imagem: Reprodução/Raman Oza/Pixabay)
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | canaltech.com.br 24 de Janeiro de 2022

Resistência aos medicamentos disponíveis, principalmente aos antibióticos, é considerada como a principal causa de morte por doenças no mundo, segundo dados da Pesquisa Global sobre Resistência Antimicrobiana (Gram). Por dia, 3,5 mil pessoas morrem em decorrência da resistência antimicrobiana (RAM) em todo o mundo, mas a intensidade é maior em países de baixa renda.

Mais de 1,2 milhão de pessoas morreram, oficialmente, em 2019 como resultado direto dessas infecções. Só que estes números oficiais são bastante limitados, segundo os cientistas. Isso porque, na realidade, os impactos podem ser maiores.

Por exemplo, a equipe estima que 4,95 milhões de mortes foram associadas somente à RAM bacteriana no mesmo ano. Esta estimativa são dos óbitos causados por superbactérias, que resistem aos remédios disponíveis para o controle de determinadas infecções, como os antibióticos.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), casos de resistência antimicrobiana ocorrem quando microrganismos — como bactérias, fungos, vírus e parasitas — sofrem alterações e mutações, quando expostos a antimicrobianos — como antibióticos, antifúngicos, antivirais, antimaláricos ou anti-helmínticos — e se tornam mais resistentes. As bactérias representam os patógenos mais perigosos para esta questão.

Riscos para saúde global

Diante desses números, pesquisadores alertam que a resistência antimicrobiana representa uma ameaça significativa para a humanidade. “Esses novos dados revelam a verdadeira escala da resistência antimicrobiana em todo o mundo e são um sinal claro de que devemos agir agora para combater a ameaça”, afirmou Chris Murray, pesquisador e professor da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

“Precisamos aproveitar esses dados para corrigir o curso e impulsionar a inovação se quisermos ficar à frente na corrida contra a resistência antimicrobiana”, destacou Murray em entrevista para o The Guardian. É necessário investir em novas pesquisas para o desenvolvimento de remédios e também reduzir o uso "abusivo" de antibióticos, por exemplo.

Estudo sobre resistência antimicrobiana

Publicado na revista científica The Lancet, o relatório do Gram engloba dados sobre a saúde pública de 204 países e territórios, referentes ao ano de 2019. No total, mais de 470 milhões de registros individuais foram usados na extensa pesquisa. A partir desses dados, os autores concluem que, por exemplo, a resistência antimicrobiana (1,27 milhões de óbitos) mata, anualmente, mais que o HIV (860 mil) e a malária (640 mil).

A análise rigorosa que abrange mais de 200 países e territórios foi publicada no Lancet. Diz que a RAM está matando mais pessoas do que HIV/Aids ou malária. Muitas centenas de milhares de mortes estão ocorrendo devido a infecções comuns anteriormente tratáveis, diz o estudo, porque as bactérias que as causam se tornaram resistentes ao tratamento.

No levantamento, os óbitos ligados diretamente por RAM foram estimadas como mais altas na África Subsaariana e no sul da Ásia, consideradas áreas de menor renda. Respectivamente, foram calculadas 24 mortes por 100 mil habitantes e 22 mortes por 100 mil habitantes.

Segundo os autores, a RAM representa uma ameaça para pessoas de todas as idades, mas as crianças com até 5 anos correm risco mais alto de complicações para essas infecções que, em muitos casos, não têm tratamento.

Fonte: The Lancet, Opas e The Guardian      

Mali. União Africana disponível para acompanhar processo de transição

© iStock

Por LUSA  25/01/22

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, reuniu-se hoje com o líder do governo de transição do Mali, coronel Assimi Goita, e sublinhou a disponibilidade da organização em acompanhar o processo de devolução do poder aos civis.

Mahamat iniciou segunda-feira uma visita a Bamaco e reuniu-se, além de Goita - que liderou dois golpes militares, em agosto de 2020 e maio de 2021 - e com o primeiro-ministro de transição, Choguel Kokalla Maiga.

"Mobilizamos o continente e os seus parceiros para apoiar o Mali a ultrapassar a atual crise e estabelecer um Estado forte no interesse do povo maliano, da região e de todo o continente", disse à imprensa o dirigente africano no final do encontro com Goita.

Mahamat pediu a Goita que tenha em conta a situação de segurança "multidimensional e particular" que o Mali atravessa há uma década.

Relativamente às sanções impostas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) contra o Mali após o governo de transição ter decidido adiar as eleições marcadas para o próximo mês de fevereiro, Mahamat salientou que "o mais importante é ver como apoiar a transição no Mali".

O responsável da União Africana insistiu na importância de, "numa base consensual, se alcançarem entendimentos que preservem os interesses fundamentais" do Mali, "tendo em conta os textos que regem" a União Africana.

Por seu lado, o primeiro-ministro do Mali disse também à imprensa, após o encontro com Mahamat, que o seu país conta com a União Africana para sair da atual crise.

"Estamos convencidos de que com eles [União Africana] e com a CEDEAO encontraremos uma forma de entendimento para que o Mali ocupe o lugar que nunca deveria deixar na organização da CEDEAO", disse o primeiro-ministro do Mali, que tinha ao seu lado nas declarações à imprensa o presidente da Comissão da União Africana.

Maiga acrescentou que a prorrogação do período transitório até cinco anos foi decidida pelos malianos nos Encontros Nacionais de Refundação, o que, segundo o primeiro-ministro, permitiu ao governo de transição determinar os projetos prioritários.

"Pedimos à comunidade internacional que respeite a soberania do nosso país, respeite os interesses supremos do país", concluiu.

Leia Também: Mali. França está a fazer"consulta aprofundada" com parceiros europeus

Burkina Faso: Empresário próximo de Putin elogia golpe de Estado

© iStock

Notícias ao Minuto  25/01/22 

O empresário russo Yevgeny Prigozhin, alegadamente próximo do Presidente Vladimir Putin e suspeito de estar ligado ao grupo paramilitar Wagner, saudou hoje o golpe de Estado no Burkina Faso, considerando-o um sinal de uma "nova era de descolonização" em África.

"Todos estes chamados golpes de Estado são devidos ao facto de o Ocidente estar a tentar governar os Estados e suprimir as suas prioridades nacionais, para impor valores estrangeiros aos africanos, por vezes zombando-os claramente", disse Prigozhin, num comentário publicado na rede social russa VK pela sua empresa, Concord.

"Não é surpreendente que muitos Estados africanos estejam à procura de libertação. Isto está a acontecer porque o Ocidente está a tentar manter a população destes países num estado semi-animal", disse o empresário.

Saudando o golpe militar no Burkina Faso, Prigozhin disse que estava a ter lugar em África um "novo movimento de libertação" e uma "nova era de descolonização".

Apelidado de 'cozinheiro de Putin', por ter sido um dos fornecedores do Kremlin com a sua empresa de catering, Yevgeny Prigozhin é também acusado de financiar a empresa militar privada Wagner, que tem sido identificada como estando envolvida nos conflitos na Ucrânia, Síria, Líbia e vários países da África Subsaariana.

A Wagner, com o qual as autoridades russas negam qualquer ligação e que tem sido alvo de sanções da União Europeia, desde dezembro, fornece serviços de manutenção de equipamento militar e de formação, mas é acusada, particularmente pela França, de agir em nome do Kremlin onde as autoridades russas não querem aparecer oficialmente.

Prigojine, ele próprio sob sanções europeias e americanas, nega qualquer ligação ao grupo Wagner.

Hoje, Alexandre Ivanov, conhecido como um dos representantes dos "instrutores" russos na República Centro-Africana, também elogiou os golpistas de Ouagadougou num comunicado publicado no Twitter, dizendo que a França não tinha conseguido "nenhum sucesso" na luta contra o terrorismo na região.

Ivanov disse estar pronto a "partilhar a experiência" dos "instrutores" russos na República Centro-Africana para treinar o exército do Burkina Faso, caso as autoridades o solicitassem.

Na segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse estar "preocupado com a considerável complicação da situação política interna" no Burkina Faso, dizendo que "espera uma rápida estabilização" do país.

Centenas de manifestantes manifestaram apoio nas ruas da capital burquinabê, Ouagadougou, à ação dos militares e ao derrube de Kaboré, cuja "libertação imediata" foi exigida pela ONU em Genebra.

Os militares que iniciaram no domingo um golpe de Estado no Burkina Faso confirmaram na segunda-feira, também numa declaração na televisão estatal, que tomaram o poder e anunciaram a dissolução do Governo e do parlamento, pondo fim ao poder do Presidente Roch Kaboré, que governava este país da África ocidental desde 2015.

Na mensagem, o chamado Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração anunciou que iria trabalhar para estabelecer um calendário "aceitável para todos" para a realização de novas eleições, sem adiantar mais pormenores.

O Presidente Kaboré, no poder desde 2015 e reeleito em 2020 com a promessa de lutar contra os terroristas, vinha a ser cada vez mais contestado por uma população atormentada pela violência de vários grupos extremistas islâmicos e pela incapacidade das forças armadas do país responderem ao problema da insegurança.

Kaboré chegou ao poder após uma revolta popular que expulsou o então presidente, Blaise Compaoré, no poder durante quase três décadas.

Os ataques ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico têm vindo a aumentar sucessivamente desde a sua chegada ao poder, reclamando já milhares de vidas e forçando a deslocação de um número estimado pelas Nações Unidas de 1,5 milhões de pessoas.

Também os militares vêm a sofrer baixas desde que a violência extremista começou em 2016. Em dezembro último, mais de 50 elementos das forças de segurança foram mortos na região do Sahel e nove soldados foram mortos na região centro-norte em novembro.

Leia Também: Burkina Faso. "Golpes de Estado são inaceitáveis", diz António Guterres

EXPO-DUBAI: Associação dos Músicos da Guiné-Bissau está em conferência de imprensa.

Fórum da sociedade civil da África ocidental na Guiné Bissau contra sanções impostas ao Mali...RTP Africa Reporter.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Burkina Faso/Quem é Paul-Henri Sandaogo Damiba?

Bissau, 25 Jan 22 (ANG) - O tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba preside o movimento que concretizou o golpe militar, esta segunda-feira, no Burkina Faso.

Desconhecido do grande público, foi nomeado, em Dezembro, como  responsávelpela luta antiterrorista no leste do Burkina e encarregue da segurança em Ouagadougou.

Ele é também autor do livro “Exércitos da África Ocidental e Terrorismo: RespostasIncertas?”, no qual analisa as estratégias antiterroristas na região do Sahel.

O comunicado lido na televisão pública, esta segunda-feira, e que confirmou o golpe militar no Burkina Faso estava assinado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, presidente do Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauro. O MPSR foi descrito como "reunindo todas as componentes das forças de defesa e segurança que decidiram pôr fim ao poder de Marc Roch Christian Kaboré a 24 de Janeiro de 2022”.

Paul-Henri Sandaogo Damiba é um tenente-coronel de infantaria do exército do Burkina Faso. A 3 de Dezembro, foi nomeado comandante da terceira região militar do país, responsável pelo dispositivo antiterrorista na zona leste do Burkina e responsável pela segurança da capital Ouagadougou.

A nomeação, feita pelo Presidente Roch Marc Christian Kaboré, aconteceu depois de uma vasta reorganização na hierarquia militar, na sequência do ataque jihadista a Inata, em Novembro, no qual morreram 57 pessoas, nomeadamente 53 soldados. Nessa altura, intensificaram-se as manifestações para exigir mais meios para os militares lutarem contra o terrorismo.

O tenente-coronel é autor do livro “Exércitos da África Ocidental e Terrorismo: Respostas Incertas?”, publicado em Junho, pela editora francesa Trois Colonnes. A obra analisa e questiona as estratégias antiterroristas na região do Sahel.

De acordo com a editora, Paul-Henri Sandaogo Damiba estudou na Escola Militar de Paris, fez um mestrado em Ciências Criminais no Conservatoire National des Arts et Métiers e participou em várias operações antiterroristas entre 2015 e 2019 “enquanto assumia responsabilidades operacionais nas regiões do Sahel e do Norte”.

Em 2019, durante o processo do General Diendéré (condenado a 20 anos de prisão pela tentativa de golpe militar em 2015), Paul-Henri Sandaogo Damiba distanciou-se desse movimento, levado a cabo por elementos do antigo RSP, Regimento de Segurança Presidencial.

De acordo com várias fontes, ele teria convivido, durante a sua formação no exército burquinabê, com o coronel Zoungrana, que foi detido há duas semanas por ser suspeito de estar a preparar um golpe de Estado.

ANG/RFI

ACORDO DE MOBILIDADE DA CPLP

 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, informa de que o Acordo de Mobilidade da CPLP entrou efectivamente em vigor no dia 1 de Janeiro de 2022 entre os 4 países que ratificaram o Acordo,  nomeadamente, Portugal, Cabo-Verde, São Tomé e Guiné-Bissau.  

Doravante, todos os passaportes Diplomáticos, de Serviço e Especial, da Guiné-Bissau, ficam ISENTOS de VISTO nesses países.  

O documento que certifica a aplicação do Acordo pelas Autoridades portuguesas.


Guine Bissau - Atualidade Nacional ...RTP Africa Reporter

MUADEM - Distribuição de donativos para a Maternidade e Pediatria do Hospital Nacional Simão Mendes e para centros de saúde do SAB

 Distribuição de donativos a Centro de Saúde de Cuntum, e fim da distribuição.👇

Distribuição de donativos a Centro de Saúde de Bairro de Plack-ll👇

Distribuição de donativos a Centro de Saúde de Bairro Militar.👇

Distribuição de donativos a Centro de Saúde de Bairro de Ajuda.👇

Distribuição da donativos para a Maternidade e Pediatria do Hospital Nacional Simão Mendes.👇

 CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Entrega de donativos a Centro Materno Infantil👇

 Veja Também:

MUADEM - AGENDA DO EVENTOS DO MÊS DE JANEIRO 

Na luta para empoderamento da Mulher Guineense e sua reafirmação na política. 

                                ATIVIDADES 

25 DE JANEIRO 

Distribuição de donativos para a Maternidade e Pediatria do Hospital Nacional Simão Mendes e para centros de saúde do SAB

Hora de encontro: 08h00'

Sede Nacional do Madem-G15 

LOCAIS DE ENTREGAS:

1° Maternidade e pediatria de HNSM

2° Centro Materno Infantil:

3° Centro de Saúde de Bairro de Ajuda

4° Centro de Saúde de Bairro Militar

5° Centro de Saúde de Plack-ll

6° Centro de Saúde de Cuntum

VIVA MADEM-G15 ESPERANÇA DE POVO🇬🇼

VIVA MUADEM

Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática 

Botche Cande foi mentor da exoneração de Sissoco como primeiro-ministro (foi ele que caluniou aquele governo junto ao Jomav) e hoje criou partido e quer enganar os fulas! ?

E sai dizendo viva “pursudenti Sissoco” quando o Braima Camara e Madem-G15 estava a apoiar Sissoco, onde estava “nhu” Botche? Completou deputado Zé-Carlos👇

Madem-G15 é partido que apoiou General, e o Botche estava noutro lado e, hoje ele quer mostrar que é mais apoiante de Sissoco? Diz o deputado José Carlos Macedo
Ele, disse que Umaro Sissoco é de Madem-G15👇


BURKINA FASO: Militares do Burkina Faso confirmam tomada de poder

© Lusa

Por LUSA   24/01/22  

Os militares que iniciaram no domingo um golpe de Estado no Burkina Faso confirmaram hoje, numa declaração na televisão estatal, que tomaram o poder e anunciaram a dissolução do Governo e do parlamento.


Na aparição televisiva, em que surgiram mais de uma dúzia de militares, um porta-voz, o capitão Sidsoré Kader Ouédraogo, leu dois comunicados, dando conta que os militares puseram fim ao poder do Presidente burquinabê, Roch Kaboré, que governava este país da África ocidental desde 20215.

Na mensagem, o chamado Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração anunciou que iria trabalhar para estabelecer um calendário "aceitável para todos" para a realização de novas eleições, sem adiantar mais pormenores.

As organizações internacionais, nomeadamente a União Europeia, União Africana e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), bem como os EUA, já sublinharam a sua preocupação com os acontecimentos no Burkina Faso e responsabilizaram as forças armadas pela integridade física do Presidente Kaboré.

O Presidente Kaboré, no poder desde 2015 e reeleito em 2020 com a promessa de lutar contra os terroristas, tem vindo a ser cada vez mais contestado por uma população atormentada pela violência de vários grupos extremistas islâmicos e pela incapacidade das forças armadas do país responderem ao problema da insegurança.

Vários quartéis no Burkina Faso foram este domingo palco de motins de militares, que exigiram a substituição das chefias militares e os "meios apropriados" para combater os grupos terroristas, que atacam o país desde 2015.

Kaboré lidera o Burkina Faso desde que foi eleito, em 2015 (reeleito em 2020), após uma revolta popular que expulsou o então Presidente, Blaise Compaoré, no poder durante quase três décadas.

Ainda que reeleito em novembro de 2020 para mais um mandato de cinco anos, Kaboré não conseguiu combater a frustração que tem vindo a crescer devido à sua incapacidade de conter a propagação da violência terrorista no país.

Os ataques ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico têm vindo a aumentar sucessivamente desde a chegada ao poder do atual Presidente, reclamando já milhares de vidas e forçando a deslocação de um número estimado pelas Nações Unidas de 1,5 milhões de pessoas.

Também os militares vêm a sofrer baixas desde que a violência extremista começou em 2016. Em dezembro último, mais de 50 elementos das forças de segurança foram mortos na região do Sahel e nove soldados foram mortos na região centro-norte em novembro.

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