quinta-feira, 25 de outubro de 2018

ONU recomenda a Angola a renegociação da dívida pública

As Nações Unidas recomendaram hoje a Angola que dê início a consultas com vista a fazer uma renegociação da dívida pública, interna e externa, para que o país possa investir no desenvolvimento económico inclusivo.


Em declarações à agência Lusa, em Luanda, à margem da cerimónia que marcou, em Luanda, o 73.º aniversário da ONU, o coordenador do Sistema das Nações Unidas (SNU) em Angola, Paolo Balladelli, remeteu para “um bom economista” uma resposta à questão sobre se teme que a situação económica no país, a braços com uma recessão, poderá agravar-se.

“É uma pergunta para um bom economista. A ONU está a trabalhar com as organizações financeiras internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional), o BAD (Banco Africano de Desenvolvimento) e BM (Banco Mundial), para aumentar a capacidade de Angola diversificar a economia, em particular a agricultura e pecuária, que têm um impacto muito relevante na diversificação” económica, disse.

De acordo com dados do Banco Nacional de Angola, que a Lusa noticiou hoje, o país fechou 2017 com um volume de dívida pública equivalente a mais de 71% do Produto Interno Bruto (PIB).

O também representante residente em Angola do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lembrou que “mais de 50% do OGE” (Orçamento Geral do Estado) angolano destina-se a pagar o serviço da dívida externa, “restrição importante para o país poder investir especificamente no que permite acelerar um desenvolvimento económico inclusivo”.

“Pensamos que seria importante produzir uma negociação sobre essas dívidas e aumentar um pouco o prazo, de forma a dedicar mais recursos para os investimentos nacionais. Renegociar, na medida das possibilidades, para poder respirar e investir no programa de substituições das importações pela produção nacional e começar um programa sério de exportações, que não seja só no âmbito do petróleo”, sublinhou.

Na segunda-feira, o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição angolana), Isaías Samakuva, exigiu ao Governo a realização de uma “auditoria exaustiva” à dívida pública, interna e externa, para que se saiba exatamente os valores que estão em causa e redefinir os termos de uma “renegociação que se impõe”.

Defendendo que “não deve haver pressa” para pagar uma dívida que “não se conhece”, Samakuva apelou a João Lourenço que, “em nome da transparência e da defesa do interesse nacional”, viabilize este “exercício” através da criação de uma Comissão Mista Nacional, integrada por peritos indicados pelo Governo e pelo Parlamento.

Segundo Balladelli, o Governo angolano, liderado pelo Presidente João Lourenço, “está consciente” da situação e de que tem de “melhorar o ambiente de negócio para o país ser atrativo”, não só no investimento estrangeiro, mas também no nacional.

“Estamos a trabalhar com eles para acelerar o processo”, acrescentou, salientando os “vários indicadores” que mostram que estão a ocorrer “mudanças importantes” desde que João Lourenço foi empossado como chefe de Estado, a 26 de setembro de 2017.

“Há uma atenção maior à efetividade dos programas para que se comece realmente a ter no país uma associação entre o orçamento e os programas que estão incluídos nos planos de desenvolvimento nacional, bem como de mecanismos que permitam fazer uma gestão por resultados”, sublinhou.

No entanto, avisou, é um “processo lento”, porque também necessitam de “ajustes do tipo cultural”, razão pela qual, defendeu, “não é de um dia para o outro que se irão ver mudanças na gestão”.

“Para a ONU, é evidente que a gestão e a transparência estão a melhorar. Até temos pedidos para apoiar o Governo em ações contra a corrupção, em particular a PGR (Procuradoria-Geral da República), para ver como utilizar a experiência internacional no âmbito da corrupção e eles poderem exercer as suas funções”, explicou.

Para Balladelli, outra “observação clara” é o processo de execução das autarquias em Angola, que culminará com a realização de eleições autárquicas em 2020, estando ainda por esclarecer se se realizarão simultaneamente nos 164 municípios do país, ou de forma faseada, até 2030.

“Vão realizar-se eleições autárquicas em 2020 e também recebemos pedidos da CNE (Comissão Nacional Eleitoral angolana) para que a ONU apoie e ajude a resolver todos os problemas e debilidades que foram identificadas no ato eleitoral de 2017, para que estas não ocorram em 2020”, acrescentou.

Questionado sobre se a experiência da ONU lhe permite distinguir o que será melhor para Angola, eleições simultâneas ou faseadas, Balladelli indicou que não pode entrar nessa questão “porque entraria no âmbito da soberania do país”.

No entanto, lembrou os exemplos de Moçambique, onde ocorreu uma “progressiva abrangência” eleitoral, e a de outros países, que realizaram as autárquicas simultaneamente em todo o território.

“Sabemos que, neste momento, há uma discussão bastante estendida com todos os atores da sociedade. Para as Nações Unidas, é importante que essa discussão corra bem, que vá ao encontro das aspirações de todas as entidades e que se respeite, depois, a decisão”, terminou.

interlusofona.info

Dívida pública de Angola atinge 78,57 mil milhões de dólares em 2017

A dívida pública interna e externa de Angola atingiu 78,57 mil milhões de dólares em 2017, representando 71,04% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, informou o Banco Nacional de Angola (BNA).

O BNA, no seu Relatório e Contas relativo ao ano passado, informa ainda que a dívida interna situava-se em 31 de Dezembro em 34,83 mil milhões de dólares ou 31,49% do PIB, enquanto a dívida externa ascendia a 43,74 mil milhões de dólares ou 39,55% do PIB.

O relatório refere que a dívida pública total situou-se fora do limite de 60% estabelecido pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

“Esta evolução reflectiu-se, essencialmente, no aumento do endividamento interno para fazer face às necessidades de financiamento do Tesouro para compensar a dificuldade de arrecadação de receitas face à conjuntura”, pode ler-se no documento.

Ao analisar a dívida entre 2014 e 2017 nas suas vertentes interna e externa o Banco Nacional de Angola afirma ser visível o aumento da componente interna em 2017, tendo a externa reduzido a sua representatividade em 3,05 pontos percentuais, ao ter passado de 42,60% do PIB em 2016 para 39,55% no final do ano passado.

O relatório adianta que o aumento do peso da dívida interna no PIB fez com que as taxas de juro tenham sido pressionadas em alta ao longo dos últimos três anos, uma vez que os investidores exigem prémios de risco cada vez mais elevados à medida que o rácio dívida/PIB cresce e a arrecadação quer de cambiais, quer de receita em moeda nacional vai diminuindo. 

(Macauhub)

O "terror" e a "ameaça" à democracia dos EUA chegou pelo correio

Uma série de pacotes suspeitos, contendo potenciais explosivos e um envelope com pó branco, foram enviados para várias figuras proeminentes da política norte-americana, bem como à CNN. O modus operandi é semelhante. As autoridades procuram o suspeito, ou suspeitos, de uma "ameaça" à democracia que chegou pelo correio.



Quando o alarme tocou na CNN, o canal de televisão norte-americana estava a dar conta do pacote suspeito endereçado ao casal Clinton. De forma inadvertida, a CNN tornava-se já parte da notícia que estava a reportar.

Ainda não se sabia na altura, mas tudo terá começado na terça-feira, quando foi descoberto um pacote suspeito endereçado ao multimilionário e filantropo George Soros, um conhecido apoiante dos democratas que costuma ser acusado das mais diversas teorias da conspiração – a mais recente era de que era ele a financiar a caravana de migrantes latino-americanos que continua a caminho da fronteira dos EUA.

Quem eram os alvos?

O episódio de George Soros poderia ter sido um caso isolado. Mas ao longo de quarta-feira as autoridades norte-americanas foram dando conta de novos alvos.

Pacotes semelhantes com os potenciais explosivos foram intercetados pelas autoridades. Barack Obama e o casal Clinton eram os alvos. De seguida foi a vez da CNN, cuja sede no ‘coração’ de Manhattan teve de ser evacuada. Equipas especializadas em engenhos explosivos e em contraterrorismo tomaram conta do caso. Todos os pacotes incluam um potencial engenho explosivo e um envelope com pó branco.

Debbie Wasserman Schultz recebeu o quinto pacote suspeito, que foi encontrado no escritório da congressista democrata, mas que estaria endereçado ao antigo procurador geral Eric Holder. 

Seguiu-se Andrew Cuomo, governador de Nova Iorque. Foi o próprio Cuomo quem deu conta de que tinha sido um dos alvos, em plena conferência de imprensa.

As investigações iniciais ao pacote suspeito enviado para o escritório do governador de Nova Iorque dão conta de que o pacote teria uma compilação de "ficheiros de computador sobre o grupo de ódio 'The Proud Boys', que recentemente surgiu em Nova Iorque".

Entretanto, junta-se outro nome à lista de potenciais alvos: Maxine Waters democrata congressista. Era o sétimo alvo, segundo as contas do FBI. Número que poderá ter subido para oito ao confirmarem-se as suspeitas sobre um pacote que poderá ter sido enviado para o antigo secretário de Estado Joe Biden.


Dir. Wray: “We ask anyone who may have information to contact the FBI. Do not hesitate to call; no piece of information is too small to help us in this investigation.”
In addition to the five packages referenced in our earlier statement, we have now confirmed two additional packages, both addressed to Rep. Maxine Waters, that are similar in appearance.

As autoridades não põem de parte a possibilidade de mais pacotes suspeitos terem sido enviados.

Todas estas figuras têm em comum o facto de serem figuras frequentemente criticadas por parte da direita norte-americana, uma circunstância que não está a ser vista como mera coincidência. O comissário da polícia de Nova Iorque admitiu desde logo que essa era uma das linhas de investigação.

A dada altura chegou a ser noticiado por alguns meios que a Casa Branca também poderia ter sido destinatária de um destes pacotes. Mas os serviços norte-americanos acabaram por negar a informação.

As reações

Bill de Blasio, mayor de Nova Iorque, não teve dúvidas em declarar o caso como “um ato de terror” e apelou ainda aos cidadãos nova-iorquinos para que não deixem que este tipo de "atos influenciem a forma como tentam viver em paz uns com os outros".

Donald Trump condenou pública e veementemente o caso. "Qualquer ato ou ameaça de violência política é uma ameaça à nossa democracia. Nenhuma nação poderá ser bem-sucedida se tolerar a violência ou a ameaça de violência como um método de intimidação política ou coerção", afirmou, deixando ainda um apelo à união dos norte-americanos contra a violência

O mesmo discurso, porém, serviu para Trump voltar a criticar os media, a quem acusou de contribuírem para o clima de crispação. "Os media têm a responsabilidade de definir um tom civilizado e acabar com a hostilidade interminável, ataques constantes e notícias negativas e às vezes falsas", acrescentou.

Donald Trump e a tensão com a CNN

No caso da CNN, embora não se enquadre no perfil político dos restantes potenciais alvos, tem sido o principal alvo de críticas de Donald Trump aos media.

No passado, Donald Trump chegou a considerar - em declarações públicas - a CNN e outros órgãos de comunicação social como "inimigos do povo".

A CNN em particular foi alvo de um ‘gif’ publicado pelo presidente dos EUA em que se recordavam imagens de uma passagem sua pelo ringue de wrestling. Só que no lugar da figura que Trump na altura placou no programa de entretenimento, era o símbolo da CNN que surgia.




A CNN subiu agora o tom do debate pela voz do seu presidente: "há uma total e completa falta de noção da Casa Branca sobre a gravidade dos seus contínuos ataques aos meios de comunicação social", escreveu Jeff Zucker, numa publicação feita através da conta oficial da CNN na rede social Twitter.




O The Guardian dá conta que nas redes sociais surgiram já teorias da conspiração, sem provas, procurando culpar os democratas. Embora nada na investigação até ao momento aponte para tal, numa ação política na Florida, um dos estados que vai a voto nas eleições intercalares de novembro, surgiam já cartazes a sugerir que o caso era invenção dos liberais. “Fake News Fake Bombs” (‘notícias falsas, bombas falsas’), lia-se num dos cartazes.



DeSantis supporters carrying signs that say “fake news, fake bombs” outside tonight’s debate.

Investigação prossegue, tal como o clima de tensão

Neste momento, e perante as semelhanças, as autoridades norte-americanas estão a investigar os diferentes engenhos como iniciativa de uma só pessoa ou de um grupo. Estão também a analisar as componentes dos pacotes suspeitos.

A polarização da vida política norte-americana poderá ter sido um dos catalisadores para um caso que, devido à intervenção das autoridades, terminou sem qualquer dano ou vítima. Alexander Soros, filho do multimilionário George Soros, alertou mesmo o que descreve como a “demonização” do debate político, algo de que o seu pai terá sido alvo.

As investigações prosseguem. Certo é que este é mais um caso que promete agitar a já de si agitada vida política norte-americana. Tudo isto quando estamos a menos de duas semanas das decisivas eleições intercalares.

NAOM

Legislativas na Guiné-Bissau serão adiadas para respeitar a lei

Os atrasos no processo de recenseamento eleitoral acabam por adiar as eleições legislativas guineenses e a nova data depende do Presidente da República. CNE quer que o processo decorra dentro da lei eleitoral.


Os guineenses aguardam com expectativa que o Presidente da República, José Mário Vaz, anuncie a nova data para a realização das eleições legislativas, para repor a normalidade constitucional e acabar com a profunda crise político-institucional que paralisou o normal funcionamento das instituições do Estado, desde 2015.

Em entrevista à DW África, o presidente da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau (CNE), José Pedro Sambú, avisa que a marcação da nova data para as eleições legislativas, que compete ao chefe de Estado, deverá respeitar os prazos legais previstos na lei eleitoral do país.

"A posição que a CNE defende é no sentido de respeitar os prazos legais previstas na lei eleitoral. Nós, inclusive, estamos a trabalhar neste sentido. Agora, não posso confirmar se teremos eleições em janeiro ou fevereiro, isto é da competência do Presidente da Guiné-Bissau", sublinhou.

Recenseamento termina a 20 de novembro

Com a prolongação do período de recenseamento eleitoral por mais 20 dias, e devido aos atrasos no início do processo por falta de equipamento de registo biométrico de eleitores, a data das legislativas, inicialmente marcadas para 18 de novembro, tornou-se inviável.

Agora, o recenseamento eleitoral termina a 20 de novembro. Daí que vários setores da vida pública guineense defendam a marcação das eleições para finais de janeiro ou fevereiro. Mas cabe agora a José Mário Vaz decidir se vai remarcar a data das legislativas ou derrubar o governo de Aristides Gomes, que tinha por objetivo organizar eleições a 18 de novembro.

Vários partidos políticos da oposição denunciam irregularidades, dizem que o processo não é transparente e está viciado. E também falam na falsificação de cartões de eleitor.

Os partidos políticos sem assento parlamentar também pedem a nulidade de todo o processo do recenseamento eleitoral e pedem a demissão do primeiro-ministro.

Processo não será anulado

A CNE, que está a supervisionar e fiscalizar o recenseamento eleitoral, diz que não constatou irregularidades. E Pedro Sambú lembra que a legislação em vigor não permite anular todo o processo. "Temos uma legislação que permite que os partidos políticos recorreram por via administrativa e judicial para protestar. Informamos a comunidade nacional e internacional que a CNE durante a supervisão não constatou nenhuma constatação ou protestos nas brigadas de recenseamento, onde juridicamente devem ser requeridas essas queixas sobre alegadas irregularidades, o que não constatamos", disse à DW África.

Em comunicado divulgado esta terça-feira (23.10), a CNE assinala a ocorrência de alguns incidentes nas mesas do recenseamento, nomeadamente na vila de Fulacunda, no sul, que culminou com a retenção ilegal dos materiais de registo, por um responsável partidário local. Os equipamentos seriam recuperados pela polícia horas depois.

Um outro incidente ocorreu em Bissau, quando militares ordenaram aos agentes de recenseamento para que entrassem para os aquartelamentos para registar soldados, contrariando a lei eleitoral, refere ainda o comunicado da CNE.

Segundo informações recolhidas pela equipa de supervisão da CNE, já foram recenseadas cerca de 230 mil pessoas, aproximadamente 25% dos potenciais eleitores.

dw.com/pt

GUARDA PRISIONAL SUSPENDE GREVE DANDO BENEFÍCIO AO GOVERNO

O Sindicato Nacional do Corpo de Guarda Prisional suspendeu, nesta tarde (24), a greve de 10 dias que paralisava as actividades nas prisões do país, desde segunda-feira (22), para dar benefício de dúvida ao governo. o sindicato exigia do executivo cumprimento de memorando assinado, no mês de Janeiro de 2018


Durante três horas de negociação com o ministro da Justiça, Iaia Djaló, foi conseguido um acordo para o levantamento da greve de 10 dias.

A suspensão foi tornada pública pelo presidente da comissão negocial, Demba Só, que alertou que contudo a suspensão da greve o encontro da próxima sexta-feira é decisivo para acabar com as paralisações no sector.

“Suspendemos a greve para até a próxima sexta-feira onde a negociações tripartida irá ser retomada. Caso as negociações falharem as reivindicações vão ser tomadas”, adverte.

Antes do encontro negocial, os familiares dos detidos, ouvidos pela Rádio Sol Mansi (RSM), pediram ao governo a resolução da greve “porque os reclusos enfrentam situações difíceis nas prisões do país”.

Perante a situação, o director-geral dos Serviços Prisionais, Ibraima Djaló, também ouvido pela RSM, mostrou-se preocupado com a paralisação das actividades nas prisões devido a greve da guarda prisional.

O Sindicato Nacional do Corpo de Guarda Prisional iniciou, na segunda-feira a segunda vaga de greve de 10 dias, depois de uma vaga de paralisação de 5 dias, para exigir do governo a melhoria de condições de trabalhos nas prisões e durante as paralisações os familiares dos reclusos realizaram manifestações pedido o cumprimento do direito dos reclusos. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

GUINÉ-BISSAU REDUZIU MAIS DE METADE DA MORTALIDADE INFANTIL

Segundo dados do último inquérito aos indicadores múltiplos, a taxa de mortalidade infantil na Guiné-Bissau diminuiu significativamente de 200/1000 para 55/1000 nados-vivos



Os dados foram divulgados, esta quarta-feira (24), na celebração dos 72 anos da fundação das Nações Unidas. Para comemorar a data teve início desde ontem (23) e terminou hoje (24) um fórum sob o lema “Uma visão compartilhada para o desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau - UNPAF”.

No encerramento das actividades, o adjunto Secretario Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, David McLachlan-Karr, diz que a taxa de mortalidade infantil diminuiu na Guiné-Bissau.

“Em 2019, vamos entrar no quarto ano da entrada em vigor da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. É certo que avanços significativos foram feitos no país e que contribuem para o alcance dos 17 Objectivos do Desenvolvimento Sustentável”, afirma.

David avança ainda que o país conseguiu proteger 26.3 por cento do território como área protegida e, no entanto, mostra que os avanços conseguidos são insuficientes para atingir os 17 objectivos do desenvolvimento sustentável.

“A lei da paridade foi votada por unanimidade no parlamento, em Agosto, podendo vir a abrir caminho para uma maior participação política das mulheres já nas próximas eleições que se avizinham. A não interferência da classe castrense na crise política e institucional recente é um sinal positivo do respeito pelo Estado de Direito democrático. Contudo, esses avanços são insuficientes para atingir os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030”, explica.

O Fórum de dois dias reuniu tomadores de decisão, o sector privado e a sociedade civil que reflectiram a implementação da agenda de 2030, suas ligações com o plano de desenvolvimento nacional e a estrutura de parceria da ONU com o Governo, bem como sua harmonização com o Agenda 2063 africana. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bíbia Mariza Pereira

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"TASK FORCE" DA CEDEAO QUER IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS DE LIVRE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS E BENS

A comissão da força tarefa (task force) sobre esquema de Liberalização das Trocas Comerciais da CEDEAO solicitou a intervenção dos parlamentares no sentido de ajudar na implementação dos protocolos sobre a livre circulação de pessoas e bens no espaço comunitário.

A solicitação foi apresentada esta quarta-feira pelo presidente da comissão Selou Djibo junto ao presidente de Assembleia Nacional Popular Cipriano Cassama.

«O objectivo da nossa deslocação a Assembleia Nacional Popular é para solicitar o apoio do parlamento através do seu presidente. O presidente do parlamento guineense nos garantiu que a sua instituição estará pronto a nos apoiar porque “a livre circulação das pessoas deve ser uma realidade a nível nacional e a nível comunitário”. A nossa missão é de assegurar a efectivação de livre circulação de pessoas e bens e de resolução amigável de litígios entre os estados membros da CEDEAO bem como a advocacia e a mediação junto das autoridades políticas dos estados membros para uma boa aplicação das tarefas comunitário», explica.

A comissão foi criada a 25 de Novembro de 2015.

A missão foi recebida igualmente pelo presidente da República José Mário Vaz.

Por: Nautaran Marcos Có

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Centenas de pessoas fizeram fila em Macau para estrearem mega ponte

Centenas de pessoas esperaram hoje impacientemente no posto fronteiriço de Macau para estrearem a maior travessia do mundo sobre o mar: entre pais, avós e netos, funcionários e polícias, era visível o entusiasmo de participar num "momento histórico".


© Lusa

Há muitas expectativas sobre o que pode mudar com a nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

Uns disseram acreditar que a economia desta região vai crescer exponencialmente e que os preços dos produtos vão baixar. Para outros, o sonho é viver em Macau e trabalhar em Hong Kong ou em Zhuhai. Uma coisa é certa: na região acredita-se que nada vai ser como dantes.

"É um dia histórico para Macau", declarou à Lusa João Afonso, enquanto esperava que as portas do edifício abrissem para comprar bilhete para Hong Kong e viajar nos três primeiros autocarros que esta manhã iniciaram a ligação na nova ponte.

"Como vivo em Macau e nasci em Macau acho que vai ser um dia muito importante para mim e para esta área da Ásia", afirmou empolgado João Afonso, confiante que a identidade de Macau não será perdida com a aproximação à China. "A identidade de Macau vai continuar", apontou.


ANTHONY WALLACE/ AFP

A fazer lembrar a abertura de um festival ou mesmo de uma 'Black Friday' [temporada de compras natalícias com significativas promoções em muitas lojas e armazéns], assim que as portas abriram às 09:00 (02:00 em Lisboa), as pessoas começaram a entrar de forma acelerada e entusiasmada.

Muita gente tirava fotografias para assinalar o momento histórico, esperado há cerca de nove anos.

"Eu sou da China, mas vivo em Macau, e para mim este é um momento muito especial porque a abertura desta ponte vai pôr-me mais em contacto com o interior da China", disse Trang Zhang, de 28 anos, enquanto empunhava o bilhete de ida e volta, de Macau a Hong Kong, pelo qual pagou pouco mais de 13 euros.

Com informações também em português no posto fronteiriço, a viagem de autocarro para a antiga colónia britânica demorou menos de 45 minutos. Durante o percuro, poucos veículos circulavam na mega ponte, numa extensão total de 55 quilómetros.

"Saí da minha casa, na Avenida da Amizade [Macau] às 08:50 e cheguei a Hong Kong às 10:15 (...), a ponte fez-me poupar pelo menos uma hora para chegar ao aeroporto", explicou à Lusa, durante a viagem, Kavi Kchemlani.


 ANTHONY WALLACE/ AFP

A ligação vai ser assegurada por mais de 200 viagens diárias, a partir de Macau para Hong Kong e Zhuhai. Nas horas de maior movimento, o tempo de espera para apanhar o autocarro rondará os cinco minutos. Fora destes períodos, os autocarros sairão com um intervado de entre 10 a 15 minutos e de 15 a 30 minutos durante o horário noturno (00:00 e 06:00).

"Ao encurtar o tempo entre as três cidades isso vai ter um impacto muito positivo na economia e no turismo", argumentou o economista que vive em Macau há cerca de 20 anos, acrescentando que para os empresários e para os trabalhadores "vai ser ainda mais importante".

Contudo, Kavi Kchemlani disse acreditar que Macau "pode perder um pouco do seu charme".

"O que os observadores dizem e pelo que tenho ouvido, a China com esta ponte pode querer ganhar mais controlo e influência tanto em Hong Kong como em Macau", explicou.



Mas, por outro lado, com maior número de turistas "Macau pode ganhar outro tipo de charme", acrescentou.

No regresso a Macau, um estudante de marketing em Hong Kong, que se identificou como Chan, referiu que a mega ponte vai ter um impacto muito significativo na sua vida. "Tenho imensos amigos e alguma família em Macau, vai ser muito mais fácil estar com eles. Agora posso simplesmente ir almoçar a Macau e voltar no mesmo dia".

Chan afirmou que, por enquanto, não tem medo que a China ganhe mais força em Hong Kong, mas admitiu estar "expectante".

Vários observadores consideraram que o objetivo desta ponte, assim como de uma nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China, inaugurada a 22 de setembro, é aumentar o controlo da China sobre Hong Kong, que tal como Macau, goza de autonomia alargada, liberdade de expressão e poder judicial independente.


A ponte é um marco do projeto de integração regional da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing).

A mega ponte, que não vai ser de livre circulação (sujeita a quotas), custou aos três governos, cerca de 1,9 mil milhões de euros, de acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

noticiasaominuto

O Processo Eleitoral Guineense!

Podemos acreditar por via política e diplomática que a PNUD- Guiné-Bissau, Legítimou a lealdade monetária do Jomav no procedimento administrativo nas preparativas às legislativas.


O Presidente da República da Guiné Bissau José Mário Vaz, acaba de ser tacitamente legítimado pela PNUD, através da nota informativa do Ministério das Finanças Públicas, como um dos presidentes mais sério da Guiné-Bissau, no que diz respeito controle monetário.

(...) nos passados meses, Jomav declarou que a Guiné tem capacidade monetária de financiar suas próprias eleições, com seus próprios meios através dos fundos (receitas internas); algumas pessoas acham que era só boato político. 

Segundo a Rádio Jovem Bissau; o executivo guineense anunciou, em comunicado divulgado à imprensa, que o fundo mobilizado pelo então governo liderado por Umaro Sissoco Embaló para apoiar ao processo eleitoral no país, foi entregue ao PNUD pelo antigo primeiro-ministro, Artur Silva.

Ora bem, esse fundo podia comprar os ditos Kits, alugar e reabilitar todas as CREs, formar e pagar as agentes brigadistas e as publicidades eleitorais radiofônicas; alugar viaturas e criar meios adequados para aseguar essse processo eleitoral sem que hajam algumas anomalias como tem sido visto desde início do processo. Não obstante, por falta de meios financeiros e materiais, agentes brigadistas e as viaturas alugadas estão abandonar local de serviço da Brigada da CREs.

Ora bem!

Como foi gerido esse fundo?

Será que esses dinheiros foram usados só para reabilitar a CNE?

Porquê que agentes e prioritários de viaturas não recebem até hoje, seus restos de dinheiros?

Como serão usados e onde estão restos desses dinheiros depositados na PNUD?

Nha mantenhas

Fonte:  Walter Félix Da Costa