domingo, 4 de fevereiro de 2018

Como e por que PhD em biologia afirma que viveremos mil anos sem envelhecer?


Existe um homem que acredita na imortalidade. Para ele, as pessoas vão viver mais de mil anos, e iremos morrer apenas por acidentes catastróficos e fatais. Causas naturais de morte, doenças e, principalmente, envelhecimento, serão erradicados da história humana.

Para Aubrey de Grey, isso não é uma previsão, mas sim uma certeza. Tanto que o biomédico e gerontologista, com PhD pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, vem dedicando boa parte de sua vida em encontrar formas de reparar os danos celulares que podem causar um colapso no corpo humano.

"Existem muitos tipos diferentes de dano celular, por isso há também muitos métodos diferentes de reparo. Eles incluem células-tronco, terapia genética, imunoterapia e produtos farmacêuticos", explicou em entrevista ao VIX. Seu trabalho é focado em desenvolver tecnologias que revertam o envelhecimento.

Terapias de Grey para vencer o envelhecimento

Foi por isso que de Grey fundou a organização SENS Research Foundation, que promove pesquisas com células-tronco e outras terapias com objetivo de "ajudar a construir uma indústria que irá curar as doenças da idade", segundo o site oficial.

Sua ideia é que toda pessoa na Terra, a partir dos 50 anos de idade, comece a tomar as terapias e se mantenha jovem para sempre. Isso evitaria todas as doenças relacionadas ao colapso celular, como câncer e Alzheimer. Para o biomédico, o envelhecimento é um mal que precisa ser combatido.

"Há muitas outras causas de morte em que não trabalhamos! Nosso objetivo principal é vencer o envelhecimento porque ele causa muito sofrimento. Como alguém poderia pensar que existe um objetivo mais importante?", questionou ao VIX.

Seu pensamento é que "ficar velho" seja uma consequência física. Sendo assim, biologicamente haveria como reverter isso na escala celular. Seria o mesmo que rejuvenescer suas células para que elas não adoecessem com o passar dos anos.

"Em outras palavras, ao invés de simplesmente diminuir o acúmulo de danos ao envelhecimento em nossos tecidos, as biotecnologias de rejuvenescimento removerão, repararão, substituirão ou tornarão inofensivas nossa maquinaria molecular e celular danificada, retornando a saúde a tecido e órgãos envelhecidos" - Reporte anual da SENS Research Foundation.

7 causas da morte e como revertê-las, segundo Aubrey de Grey
SOLUÇÃO: 
Terapia celular para substitui-las por células-tronco
CAUSA:
Perda e atrofia de células
SOLUÇÃO:
Usar anticorpos para eliminá-los
CAUSA:
Dejetos extracelulares
SOLUÇÃO:
Usar enzimas para remoção
Causa: 
Dejetos intracelulares
SOLUÇÃO:
Usar drogas ou treinar o sistema imune para matar as células velhas
CAUSA:
Envelhecimento
celular
SOLUÇÃO:
Reparação com colágeno e moléculas/enzimas antienvelhecimento
CAUSA:
Enrijecimento da parede celular, impedindo comunicação entre elas
SOLUÇÃO:
Impedir alongamento de telômeros - processo que, segundo Grey, faria parte do surgimento da doença
CAUSA: 
Mutações no núcleo celular em casos de câncer
SOLUÇÃO:
Terapia específica nas mitocôndrias que realiza "backup" das informações genéticas de 13 proteínas. Processo chamado de "Allotopic Expression" (AE)
CAUSA:
Mutações mitocondriais

Como seriam aplicadas tais terapias?

De Grey defende que a medicina atual esteja muito focada em curar doenças já instaladas, sendo o trabalho deveria ser evitar que elas se iniciassem no corpo. Porém, ele não chega a detalhar um método ou formato para as suas terapias.

"Definitivamente, não podemos saber EXATAMENTE quais formas essas terapias terão porque estão muito distantes. Mas provavelmente serão como as atuais - injeções, pílulas, talvez transplante de órgãos", conjetura ao VIX.

Estágio atual da pesquisa antienvelhecimento

Aubrey de Grey afirma que a ciência já tem conhecimento teórico para conseguir realizar as proezas em que trabalha e acredita. O problema está nos recursos financeiros para iniciar os testes em ratos de laboratório. "Estamos fazendo progresso o tempo todo", disse.

"Essa é uma pesquisa muito difícil, então ainda há um longo caminho a percorrer. Mas estamos acelerados! O melhor de tudo é que estamos publicando muitos artigos nas principais publicações científicas, para informar nosso progresso", relatou ao VIX.

Hoje ele diz que estamos em um cenário bem mais promissor do que quando fundou a SENS, há cerca de 15 anos. "Há vinte anos, ninguém estava muito interessado porque não achavam que alguma coisa poderia ser feita", recorda. "As coisas são muito diferentes agora: todos sabem que a ideia de derrotar o envelhecimento é realista, mesmo que ainda seja muito difícil".

vix.com/pt


O novo presidente do PAIGC será anunciado oficialmente por volta das 11:00 horas desta manhã

©SC Photo by Marcelo Na Ritchi

Os delegados ao IX (nono) Congresso do PAIGC legitimam neste momento o seu líder cessante, Domingos Simões Pereira, o único candidato a sua própria sucessão na liderança dos libertadores.

Se tudo correr como previsto, o novo presidente do PAIGC será anunciado oficialmente por volta das 11:00 horas desta manhã.

Mais tarde o partido libertador agendou um comício popular na sua sede, onde será anunciado os nomes dos novos membros que compõem a nova direção que Domingos Simões Pereira irá liderar por mais quatro anos, ou seja, até 2022.

Saliente-se que os delegados ao nono congresso, votaram as alterações dos Estatutos do PAIGC com apenas um voto contra, o do Octávio Lopes, opositor solitário dentro do partido.

Os congressistas decidiram banir o Artigo 6.° (sexto) tido como o ponto dos conflitos no seio do partido, sendo o artigo em causa o que admite as sensibilidades no seio do PAIGC, mas que aos olhos dos libertadores está a ser mal interpretado nos últimos anos.

O primeiro-ministro recém-nomeado Artur Silva está a assistir os trabalhos do nono congresso como delegado por inerência, sendo ele o membro do Bureau Político dos libertadores.

Os elementos dos '15' deputados dissidente do PAIGC, apenas Bacai Sinho marcou a sua presença no IX Congresso que termina hoje, 04 de Fevereiro 2018, em Bissau na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde.

No novo estatuto, o órgão até aqui denominado de Conselho Nacional de Juridição passa a ser Conselho Nacional de Juridição e Fiscalização, com estruturas regionais e, sede mãe em Bissau passará a ser um órgão de recurso, quando as estruturas das regiões não conseguem sanear uma situação.

Para a nova era dos libertadores, o Comité Central contará uma estrutura auxiliar, a Comissão Permanente que passará tomar decisões administrativas, assim como ajudar Comité Central em alguns trabalhos.

Sene Camará

ONU e União Africana criticam obstrução à resolução da crise na Guiné-Bissau

As Nações Unidas e a União Africana expressaram hoje a sua "preocupação com a prolongada crise política" na Guiné-Bissau, criticaram as ações que "procuram obstruir e evitar uma resolução da crise" e admitiram "medidas adicionais".


Numa declaração conjunta, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, "expressam a sua preocupação com a prolongada crise política na Guiné-Bissau, apesar das múltiplas oportunidades oferecidas aos principais interessados políticos para chegar a um acordo consensual".

Os dois responsáveis "criticam as ações que estão a ser tomadas por aqueles que procuram obstruir e evitar uma resolução da crise".

Além disso, a ONU e a UA condenam "as recentes medidas tomadas pelas autoridades nacionais para evitar que o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reúna e realize o seu congresso, incluindo a ordem dada aos serviços de segurança nacional para evacuar e fechar a sede do partido".

A polícia guineense desalojou algumas centenas de militantes e dirigentes da sede do PAIGC, na segunda-feira passada, alegando cumprimento de ordens judiciais, em virtude de disputas entre alas antagónicas daquele partido.

O cerco da sede do PAIGC vigorou entre a madrugada de segunda-feira e a tarde de quinta-feira. O congresso do partido, que devia ter começado na terça-feira, só ocorreu na quinta-feira à noite.

Na declaração, Guterres e Mahamat apelam "a todas as autoridades relevantes para que respeitem rigorosamente os direitos humanos internacionais e o direito humanitário e removam imediatamente todas as restrições ao direito à reunião pacífica, à participação política e à liberdade de expressão".

As duas instituições advertem também que estão preparadas para aplicar "medidas adicionais, caso a situação o justifique".

Os dois líderes afirmam ainda subscrever "plenamente" as recentes decisões da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que impôs desde quinta-feira sanções às individualidades e instituições da Guiné-Bissau que estejam a impedir que se acabe com a crise política no país lusófono.

Além disso, as duas organizações internacionais reiteram o seu apoio ao Acordo de Conacri -- celebrado em outubro de 2016 -, recordando que prevê, entre outros aspetos, "a nomeação de um primeiro-ministro consensual".

A ONU e a UA apelam ainda aos principais atores políticos que implementem "de forma fiel e urgente o acordo, bem como o roteiro da CEDEAO que todos subscreveram".

O PAIGC, partido vencedor das últimas legislativas, rejeitou esta semana o nome de Artur Silva, o sexto primeiro-ministro nomeado pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, desde que demitiu o Governo deste partido, liderado por Domingos Simões Pereira, em agosto de 2015.

O líder do PAIGC já anunciou que o seu partido não iria aceitar qualquer nome que não fosse o do seu dirigente Augusto Olivais, proposto no quadro do Acordo de Conacri.

Na mensagem, o presidente da Comissão da União Africana e o secretário-geral das Nações Unidas reafirmam o seu "empenho em continuar a acompanhar de perto todos os desenvolvimentos políticos e apoiar a CEDEAO nos seus esforços para assegurar uma rápida resolução da crise prolongada na Guiné-Bissau".

JH (MB) // JNM

Lusa/fim

PRS move queixa-crime contra Rádio Bombolom FM

Foto Arquivo: Sede do PRS

O Partido da Renovação Social (PRS) diz que vai mover uma queixa-crime contra a Rádio Bombolom FM, por ter difundido a notícia em como o PRS teria felicitado a nomeação de Artur Silva ao cargo de Primeiro-ministro.

Segundo os “renovadores”, a nota citada pelo órgão de comunicação social não foi da sua autoria, pelo que decidem avançar para a justiça.

O Porta-voz do Partido, Vítor Pereira, que falou este sábado em conferência de imprensa, considera “mentira ” a notícia difundida pela Rádio e pelo seu jornalista.

Entretanto, questionado se o PRS vai dar o seu apoio ao atual Primeiro-ministro, Vítor Pereira disse que o assunto será abordado e tomada uma posição pela Comissão Política dos “renovadores”.

Contudo, o dirigente não avançou com a data da reunião daquele órgão do PRS.

Recordo que, na terça-feira, 30 de janeiro, depois de uma audiência com o Presidente da República, o Secretário-geral do PRS, Florentino Mendes Pereira, havia garantido que o Partido aceitaria a nomeação de qualquer figura ao cargo de Primeiro-ministro, por José Mário Vaz.

cfm87.net

PAIGC NÃO PODE PACTUAR COM A LÓGICA DA DIVISÃO E DA CONSPIRAÇÃO, DIZ O LÍDER CESSANTE DO PARTIDO


O Presidente cessante do Partido da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), afirmou sexta-feira (02.02), que um partido com responsabilidades nacionais como o PAIGC não pode pactuar com a lógica da divisão e da conspiração, numa alusão ao comportamento dos militantes expulsos do partido.

“Um partido com responsabilidades como o PAIGC não pode pactuar com a lógica da divisão e da conspiração. Por isso mesmo, o partido defendeu-se accionando os mecanismos sancionatórios previstos nos seus estatutos. Os militantes faltosos foram sancionados, na sequência de processos transparentes conduzidos pelo conselho nacional de jurisdição do partido”, afirmou Domingos Simões Pereira.

Segundo Simões Pereira, o mau comportamento de um grupo de militantes do PAIGC, associado a esta prática que levou o partido ser arredado do poder pelo Presidente da República, sendo assim o partido simplesmente decidiu accionar os mecanismos sancionatórios previstos nos seus estatutos.

O líder cessante do partido fundado por “Amílcar Cabral”, disse que depois do congresso de Cacheu, cidade situada no norte da Guiné-Bissau, a direção eleita tudo fez para unir o partido e criar as melhores condições políticas para cimentar a sua coesão. Neste sentido, e no imediato, foram tomadas medidas importantes, com o propósito de criar espaços de diálogo para convencer as vozes dissonantes a seguirem a orientação do PAIGC, ou utilizarem os meios democráticos internos a sua disposição para reivindicarem as suas posições.

Para Pereira, apesar do esforço da direção superior do PAIGC, as sementes da desordem, da indisciplina e de uma rebelião começaram a ganhar proporções alarmantes que culminou com expulsão de quinze deputados do partido e demais dirigentes do PAIGC.

“Infelizmente isso nem sempre aconteceu, saímos de Cacheu com a esperança de que o léxico politico tinha mudado, de que a palavra crise desapareceria gradualmente do nosso vocábulo para dar lugar a expressões como unidade, coesão, solidariedade e desenvolvimento, mas na verdade estávamos enganados”, argumentou Domingos Simões Pereira.

Dirigindo-se aos militantes e delegados ao IX congresso ordinário do partido, defendeu que é fundamental que as vozes dissonantes reconheçam que em todas as democracias do mundo é politicamente sensato que se respeite a legitimidade de uma direcção escolhida democraticamente.

“Podemos facilmente imaginar que o processo de consolidação da unidade interna não tenha sido perfeito e que muitos camaradas se sentiram frustrados por não terem obtido do partido as posições que almejavam, mas também há que reconhecer que em todas as democracias do mundo é politicamente sensato que se respeite a legitimidade de uma direção eleita democraticamente, e que se lhe dê tempo para de forma dinâmica liderar um diálogo construtivo com todas as partes para o bem do partido” declarou Simões Pereira, num discurso  durante o congresso do PAIGC na presença de vários convidados internacionais, organismos internacionais e o colectivo dos partidos democráticos.

Olhando para o processo sócio político da Guiné-Bissau, numa altura em que faltam três meses para o fim desta legislatura, o líder cessante do PAIGC, reconhece que foi uma legislatura marcada por uma longa crise política, que acentuou ainda a fragilidade das instituições políticas e econômicas e minou os esforços para a estabilização do país.

”Em condições o país estaria a preparar-se para a realização de eleições legislativas em Abril ou Maio deste ano, mas aqueles que usurparam o poder não só insistem em não cumprir o Acordo de Conacri e em não respeitar a Constituição da República, como estão com o receio de devolver a palavra ao povo, invocando todo tipo de argumentos para tentar adiar as eleições”, referiu Simões Pereira.

Visivelmente desapontado com a actual situação da Guiné-Bissau, Pereira considera que foram quatro anos de uma vil desonesta campanha contra o PAIGC, afastamento da governação, perseguições políticas e judicias aos dirigentes, ataques aos símbolos, assaltos as sedes, proibições de manifestações e tentativas desesperadas de impedir a realização do IX Congresso do PAIGC.

Para Domingos Simões Pereira, os promotores desta campanha tinham um único objectivo fazer vergar o PAIGC para poderem materializar os seus propósitos de instaurar um regime autoritário, contra a vontade popular. Contudo falharam redondamente.

“Essas pessoas não contavam com a capacidade de resiliência dos militantes do partido. Não perceberam a verdadeira dimensão do PAIGC porque não conhecem a história deste partido nem a da Guiné-Bissau. Desafiaram-nos, afrontaram-nos de todas as formas, apoquentaram a nossa tranquilidade, tiraram a cada um de nós várias horas de sossego, mas não conseguiram. E não conseguirão porque este partido é o PAIGC”, afirmou o líder cessante do maior partido do país.

Relativamente ao IX congresso, Simões Pereira, relembrou que o lema do congresso, “PAIGC Unido na Disciplina e Pelos Ideiais de Amílcar Cabral, ao serviço da paz, estabilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau”, é um forte apelo a unidade interna e ao reforço da coesão, baseada no respeito e observância da disciplina e, ao assumir da responsabilidade de herdar ideologicamente Amílcar Cabral.

“Deste congresso vão, pois, sair os futuros dirigentes do partido, mulheres e homens que terão a responsabilidades de dirigir o PAIGC nos próximos quatros anos, assumindo os desafios de curto e médio prazo, mas também preparando o partido para os desafios de longo prazo. Sonhamos com um PAIGC forte e voltado para o futuro. Um partido aberto, com processos modernos e transparentes. Um partido onde haja mais lugares para os jovens e onde mais mulheres possam ter posições de destaques, por isso mesmo a nossa responsabilidade é enorme”, rematou o Presidente do partido.

De recordar que o IX congresso do PAIGC, ficou marcada com ausência de um grupo de militantes do partido que foi expulso do PAIGC devido a posição que assumiram nesta crise politica que já dura a mais de dois anos.

Apesar dos esforços internos e internacionais, o grupo acabou por ficar de fora, apesar de um dos elementos voltar a reintegrar o partido.

Segundo a informação disponível, Domingos Simões Pereira é único candidato a liderança do partido, um situação fortemente contestada pelos militantes expulsos do PAIGC.

O IX congresso do partido termina no dia 04 do mês em curso, segundo a indicação do presidente da comissão organizadora.

// Alison Cabral
Radiojovem

Votação - Os delegados ao nono Congresso estão já a votar para a escolha do presidente do PAIGC. Domingos Simões Pereira, atual presidente do partido, encabeça a única lista apresentada hoje.


Braima Darame