quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Gabú: Guine-Bissau e Senegal reafirmam a comissão tecnica mista das fronteiras entre dois países. Após 13 dias de trabalho reafirmou os eixos a nivel da fronteira entre os dois países.


 Radio Voz Do Povo

Telescópio James Webb deteta traços de estrela de neutrões numa supernova

© Lusa

POR LUSA     22/02/24

O telescópio espacial James Webb detetou traços de uma estrela de neutrões no centro de uma nebulosa em redor de uma supernova, fenómeno que os astrónomos só tinham conseguido prever em modelos, divulgou hoje a revista científica Science.

A supernova em causa é a SN 1987A, umas das mais estudadas e observada pela primeira vez em 1987 na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita uma outra galáxia, maior, a Via Láctea, onde se situa o Sistema Solar, que agrega a Terra.

Uma supernova é a explosão de uma estrela moribunda com uma massa oito a dez vezes maior do que a do Sol.

Graças ao telescópio James Webb, em órbita desde 2022, os astrónomos conseguiram observar na nebulosa da SN 1987A linhas espetrais que atribuem a uma estrela de neutrões quente ou a uma nebulosa em redor da estrela de neutrões, de acordo com um comunicado da Universidade de Estocolmo, na Suécia, que participou na investigação.

Até às observações feitas com o James Webb, o maior e mais potente telescópio no espaço, os astrónomos apenas supunham a existência de uma estrela de neutrões (corpo denso) como remanescente da supernova SN 1987A através de modelos e de simulações feitas em 1992.



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Embaixador russo em Portugal nega ambição de Moscovo de destruir UE

© Dima Korotayev/Epsilon/Getty Images

POR LUSA    22/02/24 

O embaixador da Rússia em Lisboa, Mikhail Kamynin, negou hoje que Moscovo pretenda destruir a União Europeia (UE) e acusou os líderes europeus de "desperdiçar mil milhões de euros" para militarizar Kiev.

Mikhail Kamynin respondeu hoje, num comentário publicado no 'site' da embaixada russa em Portugal, a uma entrevista na terça-feira, à agência Lusa, do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, que acusou o Presidente russo Vladimir Putin de "não quer apenas um pedaço de território ucraniano", mas sim "destruir" a UE.

Para o representante da diplomacia russa em Portugal, a Rússia "nunca procurou 'destruir o projeto europeu', do que se convenceram erradamente funcionários na UE".

"A história das nossas relações com Bruxelas, as iniciativas russas dedicadas à construção de um espaço único da cooperação e segurança de Lisboa a Vladivostok [maior cidade portuária da Rússia no oceano Pacífico], bem como o cumprimento consciente por Moscovo de compromissos de parceria no âmbito tanto político como económico, são provas ilustrativas disto", frisou.

Kamynin acusou os países ocidentais de estarem "envolvidos diretamente no atual conflito na Ucrânia".

"Não escondem que desejam uma 'derrota estratégica' da Rússia no campo de batalha ao não conseguir abafar Moscovo pelas sanções económicas ilegais e isolá-lo no palco internacional. Esta aspiração é tão forte que estão prontos para desperdiçar mil milhões de euros dos contribuintes a fim de militarizar Kiev, ao ignorar ao mesmo tempo os seus numerosos problemas internos", destacou o diplomata russo.

Na mesma publicação em resposta a Cravinho, o embaixador russo em Lisboa recuou aos protestos entre 2013 e 2014, acusando o Ocidente de provocar a "situação atual na Ucrânia".

"É óbvio que o golpe de Estado de 22 de fevereiro de 2014, que exatamente hoje faz 10 anos, não teria sido possível sem participação direta dos Estados Unidos e dalguns membros da União Europeia", realçou.

Há dez anos, os protestos que tinham irrompido em 2013 acabaram por ser reprimidos pela polícias na principal praça da capital da Ucrânia, a Praça da Independência que ficou conhecida como a "Euromaidan" (junção entre os termos euro e maidan, nome ucraniano para praça), uma onda de agitação civil que levou à renúncia do então Presidente pró-russo Viktor Yanukovych e do seu governo.

Para Mikhail Kamynin, Washington e Bruxelas apoiaram "o empenho determinado de neonazis, que chegaram ao poder, na rutura dos laços historicamente estreitos com Moscovo".

O embaixador russo salientou ainda que "a política das novas autoridades ucranianas tem sido acompanhada por assassinatos de líderes de opinião pró-russos, discriminação linguística e opressões religiosas".

"Por fim, em 2014, o regime de Kiev desencadeou um genocídio da população do Donbass (leste) chamado "operação antiterrorista", cujas vítimas mortais foram mais de 13 mil pessoas, inclusive crianças", vincou ainda.

No sábado assinalam-se dois anos sobre a ofensiva militar russa no território ucraniano que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e declarou como anexadas à Federação Russa as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

Moscovo já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Kiev e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem as anexações.

A Ucrânia exige a retirada total das tropas russas do seu território, incluindo da Crimeia, como condição prévia para eventuais conversações de paz.



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PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE VISITA DE CORTESIA DOS ESTUDANTES DO COLÉGIO MILITAR DA NIGÉRIA

O Presidente da República recebeu alunos do Colégio Nacional das Forças Armadas da República Federal da Nigéria, que se encontram no país no âmbito de um intercâmbio educacional e cultural.


 Presidência da República da Guiné-Bissau

Ucrânia: EUA avançam com acusações contra vários oligarcas russos

Por sicnoticias.pt  22/02/2024

O objetivo é cortar “o fluxo de fundos ilegais que alimentam a guerra de Putin”. Nos últimos dois anos, o departamento de Justiça obteve ordens judiciais para a contenção, apreensão e confisco de quase 700 milhões de dólares em bens e acusou mais de 70 pessoas por violarem sanções e controlos de exportação.

Os Estados Unidos avançaram com acusações contra vários oligarcas russos, com o objetivo de cortar "o fluxo de fundos ilegais" que alimentam a guerra da Rússia na Ucrânia, adiantou o Departamento de Justiça norte-americano.

"O Departamento de Justiça está mais empenhado do que nunca em cortar o fluxo de fundos ilegais que alimentam a guerra de Putin e em responsabilizar aqueles que continuam a permitir isso", sublinhou o secretário da Justiça dos EUA, Merrick Garland, citado num comunicado.

A dois dias do segundo aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, Merrick Garland anunciou várias medidas tomadas pelo seu ministério "para processar" e "apreender os bens" destes elementos-chave para o Kremlin (presidência russa) e para o Exército russo.

De Nova Iorque à Florida, foram instaurados processos contra vários oligarcas russos, incluindo Andreï Kostin.

O patrão do VTB, o segundo maior banco russo, é acusado, entre outras coisas, de lavagem de dinheiro e de ter contornado sanções para a manutenção de dois "super iates", avaliados juntos em mais de 135 milhões de dólares (127 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), segundo o Departamento da Justiça.

Michael Khoo, codiretor do 'grupo de trabalho KleptoCapture do Departamento de Justiça, realçou, numa conversa telefónica com jornalistas, que o anúncio pretende enviar uma mensagem ao Presidente russo Vladimir Putin de que os Estados Unidos não vão desistir, enquanto a guerra continuar.

A KleptoCapture impõe as restrições económicas dentro dos EUA aplicadas à Rússia e aos oligarcas.

O Departamento de Justiça afirma que nos últimos dois anos obteve ordens judiciais para a contenção, apreensão e confisco de quase 700 milhões de dólares (646 milhões de euros) em bens e acusou mais de 70 pessoas por violarem sanções e controlos de exportação.

EUA e UE aplicam sanções contra a Rússia

Os Estados Unidos e a União Europeia aplicaram uma bateria de sanções contra Moscovo desde o início da guerra após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

O Presidente dos EUA Joe Biden prometeu anunciar esta sexta-feira "grandes sanções" contra a Rússia, em resposta à morte, na semana passada, na prisão, de Alexei Navalny, o principal opositor do Kremlin.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Proclamação de Gervasio Silva Lopes hoje, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024. …Chama a atenção...

A resposta de Putin a Biden (após ser chamado de "filho da mãe maluco")

© Contributor/Getty Images

POR LUSA      22/02/24  

O Presidente russo, Vladimir Putin, qualificou hoje de "grosseiras" as palavras que lhe dirigiu o homólogo norte-americano e ironizou ao considerar que foram motivadas por ter referido que Joe Biden era o "preferido" da Rússia para as presidenciais norte-americanas.

Durante uma ação de angariação de fundos para a reeleição presidencial que decorreu quarta-feira na Califórnia, e quando questionado sobre as ameaças de cariz nuclear feitas pela Rússia, o Presidente norte-americano, Joe Biden, chamou a Putin "filho da mãe maluco".

Na reação às palavras do seu homólogo norte-americano, Putin recordou que, ao ser questionado recentemente sobre o favorito do Kremlin (presidência russa) nas eleições presidenciais nos Estados Unidos em novembro próximo, assinalou que trabalhariam com "qualquer Presidente", mas admitiu na mesma ocasião que a Rússia preferiria Biden.

"A julgar pelo que acaba de dizer, tenho toda a razão, porque esta é uma reação adequada ao que disse", ironizou.

"Percebemos o que está a acontecer ali [nos Estados Unidos] em termos da sua política interna, e esta reação é absolutamente adequada, o que significa que tinha razão", prosseguiu o Presidente russo citado pela agência noticiosa TASS.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, já tinha previamente comentado as declarações do chefe da Casa Branca (presidência norte-americana), que considerou uma "enorme vergonha" para os Estados Unidos.

Segundo frisou ainda Peskov, as declarações evidenciam um "comportamento próprio de um 'cowboy' de Hollywood".


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Avion fungli suma sintidu di kilis ku lebal nó terra…

Por Jorge Herbert

FRENTE COMUM PARA A SALVAÇÃO NACIONAL... BREVEMENTE MEGA-MARCHA BISSAU NA PARÁ.


Por Gervasio Silva Lopes 

Declaração do Deputado Bamba Banjai na terça-feira, 20 de fevereiro de 2024… Chama a atenção.


Burkina Faso anuncia a morte de cerca de 40 suspeitos de terrorismo

©  Lassana Bary/Twitter

Notícias ao Minuto   22/02/24 

As autoridades do Burkina Faso anunciaram a morte de cerca de 40 suspeitos de terrorismo numa série de atentados bombistas nos arredores da cidade de Djibo, a leste do país, segundo a imprensa local.

Estes atentados surgem no âmbito da operação contra grupos terroristas, que está a ser levada a cabo pelas autoridades locais, neste país africano.

De acordo com a agência noticiosa estatal do Burkina Faso, AIB, um grupo de 40 suspeitos deslocou-se ao local para "verificar os danos" após um bombardeamento efetuado dias antes contra outro "grupo de terroristas".

Os meios de comunicação social locais referem que o grupo foi seguido por aviões até "uma localidade abandonada", altura em que foram bombardeados. Alguns dos suspeitos conseguiram fugir, mas as autoridades não fizeram qualquer declaração sobre o grupo a que pertenciam.

Desde 2015, o Burkina Faso luta contra grupos extremistas filiados no Estado Islâmico e na Al-Qaida, que também atacaram nos vizinhos Mali e Níger, dois países igualmente governados por regimes militares e dos quais Ouagadougou se aproximou nos últimos meses.

Os ataques levaram a uma vaga de deslocados internos e refugiados para outros países da região.

O Burkina Faso, que é liderado, desde 2022, por uma junta militar chefiada por Ibrahim Traoré.



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Responsável da Baloba queimada no bairro Mindará em Bissau, pede engajamento por parte da autoridade nacional, no sentido de evitar confrontos religiosos no país.


  Radio TV Bantaba

Estudantes da Escola de Formação Superior Unidade Tchico Té, apontam o Governo da Guiné-Bissau, como o principal responsável por falta de professores naquele estabelecimento do ensino público do país.


   Radio TV Bantaba

Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, orientou o Governo para fixar dentro em breve o preço de comercialização da castanha de Cajú


  Radio TV Bantaba

A França disponibiliza 3 milhões de euros para apoiar o Orçamento Geral do Estado - 2024 da Guiné-Bissau.


Por: Mamadú Candé  Rádio Capital Fm   22.02.2024

Movimento Nô Djunta Mon Pa Kaba Ku Tribalismo i Religião na Política, manifesta sua preocupação, face aos últimos acontecimentos políticos constatados no país.


  Radio TV Bantaba

Governo quer controlo rigoroso em Safim. - Todas as viaturas que entram e saem da capital Bissau a partir das 19horas até às 7 horas de manhã, devem passar por uma inspeçāo para garantir a segurança, anunciou ontem em comunicado o Ministerio do Interior.

   Radio Voz Do Povo

Ucrânia. Mais de 10 mil civis mortos e 20 mil feridos em 2 anos, diz ONU

© Lusa

POR LUSA    22/02/24 

A agressão militar russa à Ucrânia iniciada há dois anos provocou mais de 10 mil mortos e cerca de 20 mil feridos entre a população civil, revelou hoje a ONU, ressalvando que, provavelmente, os números são "significativamente mais altos".

Em vésperas do segundo aniversário do início da "invasão em grande escala da Ucrânia pela Federação Russa", lançada a 24 de fevereiro de 2022, a Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia (HRMMU) publicou um relatório atualizado sobre o "custo humano horrível" da guerra entre a população civil, apontando que estão confirmadas "30.457 vítimas civis" nestes dois anos, incluindo 10.582 mortos e 19.875 feridos.

Entre as vítimas civis do conflito, que se apresta a entrar no terceiro ano, contam-se 587 crianças mortas e 1.298 feridas, aponta o relatório da missão.

"O número de vítimas civis foi particularmente elevado durante os primeiros meses após o ataque armado em grande escala, com milhares de civis mortos e feridos por mês. Embora os números tenham diminuído gradualmente ao longo de 2022 e 2023, permaneceram elevados, com uma média de 163 civis mortos e 547 feridos por mês em 2023", aponta o documento.

Os dados recolhidos pela HRMMU revelam que, efetivamente, o número de vítimas civis foi particularmente elevado nos primeiros meses do conflito, com 4.289 mortos (e mais de 3 mil feridos) em março de 2022, 840 vítimas mortais em abril, e 586 em maio, os três meses mais mortíferos para a população civil. Na primeira quinzena do corrente mês de fevereiro, foram confirmados 77 civis mortos e 169 feridos.

"Em termos de causa de morte ou ferimento, a grande maioria das vítimas civis (91 por cento) foi causada por armas explosivas com efeitos de área alargada", indica o relatório, acrescentando que "as minas e os explosivos remanescentes de guerra foram responsáveis por 3,7%" das vítimas, e "outras armas e incidentes" pelas restantes.

A missão de monitorização das Nações Unidas indica ainda que entrevistas que conduziu junto de mais de 550 antigos prisioneiros de guerra ucranianos e civis detidos "indicaram a prática de graves violações do direito internacional em matéria de direitos humanos e do direito internacional humanitário pelas forças armadas russas, incluindo execuções sumárias e tortura generalizada".

Lembrando que "este mês assinala não só dois anos desde o ataque militar em grande escala da Rússia, mas também 10 anos desde que anexou ilegalmente a República Autónoma da Crimeia e a cidade de Sebastopol, na Ucrânia", o Gabinete dos Direitos Humanos da ONU sublinha que, "desde 24 de fevereiro de 2022, a já terrível situação dos direitos humanos na Crimeia ocupada piorou, com repressão contra aqueles que criticam a ocupação" e anuncia que na próxima semana vai publicar um relatório sobre a década de ocupação russa desta região.

"A ofensiva armada da Rússia à Ucrânia, que está prestes a entrar no seu terceiro ano e sem fim à vista, continua a causar violações graves e generalizadas dos direitos humanos, destruindo vidas e meios de subsistência", comentou hoje o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

Recordando que "milhões de pessoas foram deslocadas, milhares perderam as suas casas e centenas de instituições médicas e educativas foram danificadas ou destruídas, afetando significativamente o direito das pessoas à saúde e à educação", o responsável máximo da ONU pelos Direitos Humanos observou que "o impacto a longo prazo desta guerra na Ucrânia far-se-á sentir durante gerações".

De acordo com dados da ONU, cerca de 3,7 milhões de pessoas continuam deslocadas na Ucrânia, enquanto cerca de 6,5 milhões estão refugiados noutros países.

No sábado assinalam-se dois anos sobre a ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



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Vice presidente do PRS, Mário Fambé empossa Novo Presidente da Juventude da Renovação Social-JRS, Franco Yala.


 Radio Voz Do Povo
 

Ameaça nuclear? Putin é "um filho da mãe maluco", atira Biden

© Getty Images

Notícias ao Minuto     22/02/24 

Os ataques verbais por parte de Biden têm vindo a intensificar-se. Na semana passada, o responsável atirou que a morte do opositor Alexei Navalny se deveu a "Putin e aos seus rufias".

O presidente norte-americano, Joe Biden, insultou o homólogo russo, Vladimir Putin, durante um evento de angariação de fundos em São Francisco, no estado norte-americano da Califórnia, na quarta-feira. É que, na ótica do chefe de Estado, Putin é um "filho da mãe maluco" que deixa o mundo em alerta face a uma eventual ameaça nuclear.

"Esta é a última ameaça existencial. É o clima. Temos um filho da mãe maluco como o Putin e outros, e temos de estar sempre preocupados com um conflito nuclear", disse Biden, citado pela agência Reuters.

Entretanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou que as declarações do presidente norte-americano podem ser encaradas como uma tentativa de o chefe de Estado se assemelhar a um "cowboy de Hollywood", o que o "degrada".

"É improvável que o uso de tal linguagem contra o chefe de outro Estado pelo presidente dos Estados Unidos prejudique o nosso presidente, o presidente Putin. Mas isso degrada aqueles que usam esse vocabulário", disse, citado pelo mesmo meio.

Saliente-se que os ataques verbais por parte de Biden têm vindo a intensificar-se. Na semana passada, o responsável atirou que a morte do opositor Alexei Navalny se deveu a "Putin e aos seus rufias", ainda que a presidência russa tenha negado qualquer envolvimento.

Na terça-feira, o chefe de Estado norte-americano adiantou que os Estados Unidos anunciarão um grande pacote de sanções contra a Rússia, não só pela morte de Navalny, mas também devido à guerra na Ucrânia, que se prolonga há praticamente dois anos.

Navalny, um dos principais críticos de Vladimir Putin, morreu na prisão, segundo o serviço penitenciário federal da Rússia. O opositor russo de 47 anos, que estava numa prisão no Ártico para cumprir uma pena de 19 anos de prisão sob "regime especial", ter-se-á sentido mal depois de uma caminhada e perdido a consciência.



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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

PR Umaro Sissoco Embaló visita Mercado Central de Bissau " Feira de Praça".

  Radio Voz Do Povo 

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, reage pedido de demissão do antigo Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, do cargo de Conselheiro Especial do presidente.

Por: Mamadú Candé    Rádio Capital Fm   21.02.2024

Presidente promete legislativas na Guiné-Bissau antes de junho

© Lusa

POR LUSA    21/02/24 

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prometeu hoje marcar novas eleições legislativas para antes da época das chuvas, que começa em junho, insistindo que as presidenciais se realizarão em novembro de 2025.

O Presidente dissolveu o parlamento em dezembro e ainda não há data concreta para novas eleições, que disse queria "que fossem em março ou em abril", sem adiantar uma data concreta.

"Mas não é possível não organizarmos as eleições antes da época das chuvas (junho)", afirmou, à margem de uma visita ao Mercado Central de Bissau.

O chefe de Estado descartou "juntar, em simultâneo, as eleições legislativas e presidenciais", voltando a referir a data de novembro de 2025 para as presidenciais, contestada por aqueles que defendem que devem ocorrer no final de 2024, antes de terminar o atual mandato presidencial em fevereiro de 2025.

Sissoco Embaló disse que tem pronto o decreto para marcar a data das legislativas e que aguarda apenas que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) conclua a atualização dos cadernos eleitorais e proponha uma data.

O Presidente indicou, ainda, que está "a falar com a comunidade internacional para pedir ajuda financeira" para o novo ato eleitoral, resultado da dissolução do parlamento com maioria da coligação PAI- Terra Ranka, liderada pelo PAIGC.

Alguns dos partidos da coligação já fizeram novas alianças, assim como o partido do Presidente da República, o MADEM- G15, que se juntou à Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do antigo primeiro-ministro Nuno Nabiam, que pediu a demissão de Conselheiro Especial do Presidente.

"Não se esqueçam que eu sou o Presidente do Madem, que tem um coordenador, mas eu é que sou o presidente do Madem de facto. Tenho uma autoridade moral no Madem, um partido que ajudei a criar", avisou hoje Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente da República lamentou "constatar" que o partido esteja "numa guerrilha interna".

"Não podem imaginar a tristeza que me vai na alma nesta altura. Eu penso que qualquer problema que tivessem, a começar pelo coordenador do Madem, enquanto Presidente da República e Presidente de honra, deviam falar comigo, ou com outros veteranos do partido", afirmou.

"Se me dissessem que o Madem, partido de Umaro Sissoco Embaló, iria chegar a este nível não ia acreditar. Constatar que o nosso maior opositor, o PAIGC, se ri de nós", acrescentou.

O chefe de Estado comentou ainda as denúncias de ataques e ameaças aos jornalistas, respondendo que "deviam ter orgulho do Presidente da República que têm".

"Ontem fui recebido pelo Presidente francês, falei com vários presidentes que me pediram para ir a Israel e Gaza. Têm que ter orgulho disso. No dia que deixar de ser Presidente é que vão saber qual é o valor de Umaro Sissoco Embalo", declarou. 


Leia Também: Conselheiro Especial do Presidente da Guiné-Bissau pede demissão

UE chega a acordo de princípio para o 13.º pacote de sanções à Rússia

© Reuters

Notícias ao Minuto    21/02/24 

Será o pacote de sanções mais abrangente desde que a União Europeia começou a penalizar Moscovo. Contudo, só será apresentado no dia 24.

Os chefes da diplomacia europeia chegaram esta quarta-feira a um acordo de princípio para o 13.º pacote de sanções a aplicar à Rússia, no quadro da invasão da Ucrânia.

Segundo a Euronews, trata-se do pacote de sanções mais abrangente já acordado pela UE desde o início da guerra.

A presidência belga do Conselho da União Europeia, que dá conta do acordo, avança que este será formalmente aprovado a 24 de fevereiro.


Um funcionário da UE já tinha avançado que "o segundo ano da guerra" seria marcado com "um pacote de sanções, com mais pessoas e mais entidades acrescentadas à lista [de sanções que já existe]". 

Em dezembro, os 27 aprovaram o 12.º pacote de sanções, que pela primeira vez 'fechou a torneira' ao dinheiro que Moscovo arrecadava através da comercialização de diamantes.

A Comissão Europeia alertou ao longo do ano passado que a Rússia estava a contornar os pacotes de sanções anteriores e a venda dos diamantes era uma das formas que encontrou para o fazer.

Em 24 de fevereiro de 2024 faz dois anos desde o início da invasão em larga escala à Ucrânia, que começou por chegar às portas de Kyiv, capital do país da antiga União Soviética, mas que acabou por ser repelida para Donetsk e Lugansk, regiões onde a Rússia controla porções significativas do território e que até já proclamou com repúblicas independentes, com referendos que apenas o Kremlin reconhece como legítimos.

A guerra está hoje num impasse: o conflito é um de atrito, com poucos avanços de ambas as partes e os ataques a concentrarem-se com bombardeamentos a infraestruturas civis.

A União Europeia permanece como o grande apoio que Kyiv tem, mas o bloqueio de um pacote de 50 mil milhões de euros entre 2024 e 2027, motivado pela Hungria, e a incapacidade de os países europeus fornecerem atempadamente o armamento necessário, estão a frustrar as expectativas ucranianas.



Leia Também: Navalny morreu com "murro no coração" após horas ao frio, diz ativista

O novo Presidente da Câmara de Comércio da Guiné-Bissau, Fernando Jorge Gomes, afirma que a instabilidade política e governativa reduziu drasticamente nível de confiança de investimento dos empresários no país.


Por: Mamadú Candé  Rádio Capital Fm  21.02.2024

O Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau lamenta a ausência de política concreta de imprensa guineense virada aos direitos das crianças.

Antonio Nhaga falava, ontem, no âmbito do lançamento da Primeira Edição do Congresso Nacional das Crianças na Midia, organizada pela RCJJ.


Por: Mamadu Dabó   Rádio Capital Fm  21.02.2024

MADEM G15 : QUADROS TECNICO. Conferência de imprensa sobre situação sócio-Politico no País.

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15  /G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM

Nuno Nabiam pede demissão do cargo de Conselheiro do PR

 
Fonte: Malafi  Cámara

Ucrânia? "Depois da vitória esperamos três milhões de veteranos"

© Reuters

POR LUSA    21/02/24 

A Ucrânia terá três milhões de veteranos em resultado da invasão russa, estima a vice-ministra da tutela, estando a ser preparada nova legislação que apoie desde já centenas de milhares de combatentes na sua reintegração na vida civil.

Em entrevista à agência Lusa, Oksana Syvak, uma médica obstetra que encontrou a vocação política nos protestos Euromaidan, em Kyiv há uma década, e logo a seguir na guerra no Donbass, leste da Ucrânia, dá conta de uma realidade em grande escala, que já existia antes da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, e substancialmente agravada desde então.

"É preciso explicar que já tínhamos muitas pessoas na nossa base de dados desde 2014 [ano da eclosão da crise no Donbass] e que quase todos os veteranos são combatentes que regressaram ao campo de batalha após a invasão em grande escala da Rússia", explica a vice-ministra para os Assuntos dos Veteranos.

Oksana Syvak não avança números alegando razões de segurança nacional, mas estão em causa centenas de milhares de pessoas, das quais uma parte diz respeito a militares diminuídos fisicamente, ou que sofreram traumas psicológicos profundos e já não podem lutar.

Estas pessoas "terminaram o seu serviço e entraram na vida civil e, naturalmente, os maiores problemas estão relacionados com a sua saúde física e psicológica", segundo a governante, cujas projeções apontam para uma escala sem precedentes.

"Após a vitória, no final da guerra, esperamos três milhões de pessoas. Não se trata apenas de veteranos mas também as suas famílias", adianta Oksana Syvak, comentando que "será um número enorme", com os dados a indicarem que 31% estarão abaixo dos 30 anos, a precisar de alguma forma de apoio.

Além dos problemas de saúde, a política elenca o emprego e a habitação, quando, nesta fase, muitos se encontram na condição de deslocados, porque as suas casas ficaram destruídas em resultado da invasão russa, ou estão localizadas em regiões ocupadas pelas forças de Moscovo.

Este problema é inclusivamente sentido em Kyiv, que permanece sob a mira dos bombardeamentos russos há dois anos, com estragos acumulados em edifícios residenciais e deixando vários combatentes sem morada.

Por outro lado, "assim que eles [veteranos] regressam, devem ter dinheiro para sobreviver e sustentar as suas famílias", aponta Oksana Syvak, frisando um trabalho em curso com o Ministério da Educação e da Política Social no sentido de os alojar e também garantir um emprego.

A vice-ministra foca ainda que devido ao estado físico ou traumas psicológicos destes veteranos, "alguns deles, claro, perderam capacidades", sendo necessário requalificá-los "para terem novas competências e encontrarem outros empregos", envolvendo-se igualmente as empresas e a tarefa de lhes explicar a importância de adaptar esta força de trabalho tão diferenciada.

"Temos de compreender que os nossos soldados e os nossos veteranos não vêm carreira militar. Trata-se de professores, economistas, o que quer que seja, que não tinham de todo o sonho construir esta carreira", adverte a vice-ministra, destacando que é preciso "dar-lhes tempo para voltarem a compreender a vida civil e integrarem-se".

O trabalho a desenvolver acaba portanto por ser individual com cada um dos veteranos, atendendo à particularidade de cada um, em que, por exemplo, empresas indicam quais as competências que precisam - e algumas até se oferecem para as garantir -, e noutros casos o Governo encaminha os combatentes para universidades ou outros locais de ensino para receberem formação adequada.

"Todos devem compreender que muitas pessoas voltarão e que precisarão de emprego, um sítio para viver, bons serviços de saúde, apoio psicológico e tudo o que é preciso para favorecer um ambiente inclusivo", refere, contrariando o princípio de se pagar um subsídio e "nunca mais ninguém se preocupar com elas".

Apesar de o Ministério que integra ter sido criado há pouco tempo, em 2018, está em curso uma revisão da legislação, segundo a vice-ministra, que contemple esta nova realidade imposta pela guerra: "Queremos que as pessoas compreendam os seus direitos e os seus benefícios, e quem é responsável pelo quê, porque este trabalho não é apenas nacional, é transversal às comunidades locais".

Nos planos do Ministério, prossegue Oksana Syvak, estão previstos 107 centros de apoio a veteranos no país, mas metade existe apenas no papel devido à falta de fundos, "e muitos outros estão desatualizados" para a abordagem que se pretende e perante um cenário em que nem todos têm as mesmas necessidades: "Uns precisarão de casa, uns de emprego, outros de apoio psicológico, e outros ainda de tudo um pouco".

Para isto, a vice-ministra alerta que a Ucrânia precisa de ajuda, "porque, financeiramente não é suficientemente forte e é conhecida a situação atual", tendo recebido com a satisfação a aprovação do financiamento de 50 mil milhões de euros da União Europeia (UE) a Kyiv, e a possibilidade de dedicar parte desse pacote aos veteranos. Ainda assim, e apesar de os contactos já terem sido iniciados com as instituições comunitárias, "não é suficiente".

Ao fim de dois anos de guerra, a governante reconhece que não só os veteranos mas a população no seu todo "apresenta cansaço físico e mental".

Quando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) preveem que um em cada quatro ucranianos enfrentará um distúrbio psicológico, a resposta da vice-ministra expressa firmeza: "Mas não há outra hipótese" a não ser combater a Rússia.

No fundo, vinca, "é uma luta de uma sociedade inteira", em que todos "têm a responsabilidade de participar em qualquer atividade, mesmo longe da primeira linha dos combates",tornando cada um dos cerca de 40 milhões de ucranianos num veterano em potência.

Mais não seja porque cada família tem alguém na frente ou já experimentou uma perda, como se atesta no átrio do Ministério para os Assuntos dos Veteranos, onde estão expostos retratos de soldados tombados e flores em sua homenagem, um cenário frequente nos edifícios públicos do país.

Oksana Syvak é uma obstetra e ginecologista que assumiu uma participação ativa na Revolução da Dignidade, há uma década na praça Maidan, no coração de Kyiv e muito perto do local onde agora trabalha em funções governativas.

Logo após os protestos que ficaram conhecidos como EuroMaidan e que afastaram o Governo pró-russo, começou a guerra no Donbass quando a médica chegou à conclusão de que "não podia ajudar os soldados feridos na maternidade" e mudou-se para a área de traumatologia.

"Em 2015, apercebi-me de que na Ucrânia temos muitos bons cirurgiões e traumatologistas, mas não um bom sistema de reabilitação", recorda, contando que, em cinco anos (em que chegou a ocupar cargo de vice-ministra da Saúde), começou a trabalhar com outros colegas e a recolher experiências nos Estados Unidos e noutros países europeus e foi possível abandonar "velhas práticas de estilo soviético".

Oksana Syvak fala com "muito orgulho" deste legado e também de outro que encetou de remodelar a saúde mental, face à proliferação de traumas psicológicos, marcando o ano de 2014 em que começou a abandonar a prática de medicina e a abraçar "uma nova família", a dos veteranos: "Compreendo a sua cultura e as suas necessidades e estou aqui para ajudá-las. Esta é a minha história".


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Senegal. Ministra da Justiça deixa em aberto libertação de Sonko e Faye

© Adnan Farzat/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   20/02/24 

A ministra da Justiça senegalesa refutou hoje critério político na recente libertação de centenas de detidos, deixando em aberta a eventual libertação de dois dos principais opositores do país, em plena crise ligada ao adiamento das eleições presidenciais.

Aïssata Tall Sall disse à imprensa que as recentes libertações provisórias tinham sido decididas pela justiça "caso a caso, de acordo com os elementos objetivos" dos processos, e não segundo critérios políticos, e que o mesmo princípio se aplicaria aos opositores antissistema Ousmane Sonko e ao seu braço direito, Bassirou Diomaye Faye.

Este último é candidato às eleições presidenciais que deveriam realizar-se no próximo domingo, mas que foram adiadas, ainda sem data prevista.

Várias centenas de opositores foram libertados nos últimos dias, no contexto da crise política provocada pelo adiamento da eleição.

Um assessor da ministra calculou o número de libertações provisórias em 344, indicando que mais de 200 outros casos estavam a ser examinados.

Centenas de pessoas foram detidas desde 2021 no âmbito da agitação política.

Todos foram detidos por "perturbação da paz" e "as razões pelas quais foram enviados para a prisão nunca foram políticas", insistiu Aïssata Tall Sall, refutando "a descrição de preso político".

"Nunca libertámos arbitrariamente pessoas em massa porque a política assim o exigia. Longe disso", afirmou.

As libertações respondem ao seu desejo de aliviar a sobrelotação das prisões e ao pedido do Presidente, Macky Sall, no passado dia 07, num momento de grande tensão, de medidas para "pacificar o espaço público".

"Estamos a reduzir as tensões, a aliviar as tensões políticas e sociais", disse, sublinhando, no entanto, que a justiça seguirá o seu curso para os libertados.

Questionada sobre a possível libertação de Sonko e Faye, a ministra respondeu que "não há distinção entre pessoas conhecidas e desconhecidas".

"Tudo é possível de acordo com a lei, tudo é possível de acordo com o procedimento", disse, acrescentando que "o facto de ser candidato não é uma condição para a liberdade provisória".

Os apoiantes de Faye exigiram a sua "libertação imediata" em nome da "igualdade de tratamento" para todos os candidatos presidenciais.

O Senegal entrou em crise no início de fevereiro, na sequência do adiamento destas eleições para 15 de dezembro, um adiamento invalidado pelo Conselho Constitucional, que exigiu que as eleições se realizassem "o mais rapidamente possível".



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