domingo, 29 de outubro de 2023

Irão não quer que a guerra enter Israel e o Hamas se alastre, diz ministro dos Negócios Estrangeiros

r Hossein Amirabdollahian 

VOA Português

WASHINGTON — O ministro dos negocios estrangeiros iraniano Hosseim Amirabdollahian disse hoje que o Irão não está interessado em que a guerra entre Israel e o Hamas se alastre.

“Nâo queremos que a guerra se alastre”, disse o chefe da diplomacia iraniana a cadeia de televisao CNN.

O ministro disse não terem qualquer fundamento as acusações de que o Irão sabia do planeado ataque do Hamas a Israel.

"Nunca escondemos que apoiamos os palestinianos”, acrescentou.

“Essa é a verdade mas no que diz respeito à operação chamada Tempestade Al Aqsa não houve nenhuma ligação entre o Irão e essa operação do Hamas com o meu goveno ou com qualquer parte do meu país”, acrescentou

Amirabdollahian rejeitou também acusações de que o seu país é responsável por recentes ataques de milícias apoiadas pelo Irão contra forças americanas no Iraque e Síria afirmando ainda que essas milícias “não recebem ordens de nós e actuam conforme os seus interesses”.

ISRAEL/PALESTINA: Manifestações em vários países contra bombardeamentos em Gaza

© Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

POR LUSA  29/10/23 

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje no Líbano, Paquistão, Marrocos e Grécia contra os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza e apelaram à proteção dos palestinianos.

No centro de Beirute, no Líbano, milhares de pessoas concentraram-se hoje em frente à mesquita Mohamed al Amin com cartazes com 'slogans' como "Parem o genocídio em Gaza" ou "Salvem as crianças em Gaza".

O protesto de apoio à Faixa de Gaza foi organizado pelo movimento islamita palestiniano Hamas e pelo partido sunita Jamaa Islamiya, ligado à Irmandade Muçulmana.

Na praça da capital, foram agitadas bandeiras palestinianas, libanesas e de outras fações, enquanto uma bandeira israelita foi queimada em sinal de rejeição aos bombardeamentos e operações terrestres na Faixa de Gaza.

Também no Paquistão, milhares de apoiantes do partido radical Jamaat-e-Islami manifestaram-se na capital, Islamabad, contra os bombardeamentos de Israel em Gaza, entoando 'slogans' antiamericanos e acusando os Estados Unidos de "apoiarem o agressor".

O partido, que tinha anunciado uma marcha até à embaixada norte-americana, foi obrigado a alterar o programa e realizar a manifestação numa rua principal da capital longe do enclave diplomático de alta segurança.

Devido ao risco de violência, a embaixada norte-americana emitiu um aviso aos cidadãos que vivem na capital e arredores para durante o dia "limitarem as deslocações desnecessárias"

No sudoeste do Paquistão, na cidade de Quetta, outro partido religioso, o Jamiat Ulema Islam, organizou também um comício, onde o seu líder, Maulana Fazlur Rehman, manifestou solidariedade e apoio para com os habitantes de Gaza.

Em Casablanca, Marrocos, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se também hoje, em solidariedade com os palestinianos e para se opor à normalização das relações entre o país norte-africano e Israel, constatou a AFP.

"Parem o genocídio em Gaza" e "Fechem o escritório de ligação sionista de Rabat", foram algumas das palavras de ordem durante esta marcha organizada ao apelo da Frente Marroquina para o Apoio à Palestina e Contra a Normalização, que reúne partidos de esquerda e islamistas.

Homens, mulheres e crianças afluíram em grande número, usando lenços 'keffieh' palestinianos ou empunhando bandeiras palestinianas, numa grande artéria da capital económica marroquina.

Já na Grécia, cerca de 5.000 pessoas manifestaram-se pacificamente em Atenas e apelaram ao "fim do massacre dos palestinianos em Gaza".

Segundo a agência noticiosa grega, Athens News Agency, os manifestantes, que marcharam até à embaixada israelita nos arredores de Atenas, acusaram Israel de ser um "Estado assassino" e denunciaram a abstenção do Governo grego numa votação da ONU sobre uma resolução da Jordânia que apela a um cessar-fogo humanitário em Gaza.

No sábado, também dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em apoio aos palestinianos em Londres, França e Nova Iorque.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, principalmente civis, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.

Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.

Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realiza há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.

Um total de 34 camiões com ajuda humanitária entraram hoje na Faixa de Gaza através da passagem egípcia de Rafah, o maior comboio humanitário a entrar no enclave desde que Israel permitiu o acesso controlado, segundo a agência EFE.


Termo 'terrorista' passa a aplicar-se a pessoas e não só a organizações

© ANWAR AMRO/AFP via Getty Images

POR LUSA   29/10/23 

O governo de Israel aprovou hoje uma modificação à lei contra o terrorismo, de 2016, para lhe dar uma aplicação mais ampla, permitindo a aplicação do termo 'terrorista' a uma pessoa, e não apenas uma organização, como até agora.

De acordo com a lei israelita, a alteração é sustentada pela necessidade de impedir o financiamento de pessoas em nome individual que operam em várias organizações e, em particular, as que estão vinculadas ao grupo islâmico palestiniano Hamas, autor dos ataques contra Israel no dia 07 de outubro, nos quais morreram 1.400 pessoas e mais de 200 foram raptadas.

"Esta emenda vai melhorar as medidas administrativas que podem aplicar-se contra indivíduos acusados de terrorismo e continuará a manter a pressão sobre organizações suspeitas de serem terroristas, abordando igualmente as questões do recrutamento, financiamento e transferência de fundos para fins terroristas", indicou o governo israelita, citado pela agência EFE.

Para entrar em vigor, a emenda proposta pelo Executivo terá de passar pelo parlamento, sendo que com o atual estado de guerra com o Hamas a lei pode ser aprovada numa questão de dias ou semanas, e não meses, como seria de esperar numa situação de normalidade, acrescenta a EFE.

A lei não deverá ter problemas em garantir a maioria necessária à aprovação, dado que a coligação no poder tem 64 dos 120 assentos no parlamento.



Leia Também: Mais 24 camiões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza

Chegada da Sua Excelência o Presidente da Repúblicas após a visita de Estado a Lisboa e a sua participação na Cimeira das 3 bacias em Congo Brazzaville.

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Radio Voz Do Povo / Presidência da República da Guiné-Bissau



Leia Também: O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, pediu hoje autoestima aos guineenses e prometeu uma "surpresa" nas comemorações dos 50 anos da independência, a 16 de novembro.


Semana do cancro da mama em Lisboa arranca com duas tendas e conversas com especialistas

Segunda-feira é Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama. Em Portugal, todos os anos há sete mil novos casos desta doença e 1.800 mortes. Uma em cada sete mulheres poderá vir a ter cancro da mama ao longo da vida.

Para assinalar a "Semana do Cancro da Mama", foram montadas duas tendas na Alameda da Universidade, onde decorrem conversas com vários especialistas sobre o tema.


Cientistas alertam: a vida na Terra está "em estado de sítio" devido às alterações climáticas

Incêndios florestais no Canadá queimaram cerca de 10 milhões de hectares, deslocando 30 mil pessoas e piorando a qualidade do ar em grandes áreas do Canadá e dos EUA. Estes incêndios florestais extremos podem dever-se, em parte, às alterações climáticas, embora outros fatores estarão envolvidos. ETHAN SWOPE

Catarina Solano de Almeida   sicnoticias.pt

Uma equipa internacional de cientistas afirma num artigo publicado esta semana que os sinais vitais da Terra pioraram além de tudo o que os humanos alguma vez viram, ao ponto de a vida no planeta estar em perigo.

Um grupo de eminentes cientistas climáticos de várias instituições do mundo emitiu (mais) um alerta sobre os perigos que pairam sobre nós: as alterações climáticas representam uma "ameaça existencial" para a vida na Terra.

O aviso é feito num relatório, publicado na revista BioScience, em que os cientistas analisaram os fenómenos meteorológicos extremos que aconteceram num espaço de menos de um ano - novembro de 2022 a setembro de 2023.

O estudo examinou 35 "sinais vitais" do planeta, incluindo a poluição por CO2, o consumo de energia e carne por habitante, a desflorestação causado por incêndios e os dias de calor extremo.

Chegaram à alarmante conclusão que 20 desses 35 indicadores atingiram níveis recorde em 2023, nunca antes vistos pela humanidade.

"Estamos genuinamente chocados com a ferocidade dos fenómenos meteorológicos extremos em 2023. Entrámos em território desconhecido que nos assusta", escreveram os cientistas.

Enquanto 2023 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registado, regiões inteiras enfrentaram ondas de calor mortais, tempestades e inundações, às vezes sucedendo uma catástrofe após a outra.

No que diz respeito aos oceanos, as temperaturas "estão completamente fora dos padrões" há meses e os cientistas ainda não conseguem explicar completamente esse fenómeno, destaca Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático (PIK).

Para estes cientistas, o diagnóstico é claro: "a vida no planeta Terra está em estado de sítio".

A humanidade pouco ou nada faz

Os cientistas declaram que a humanidade fez apenas "progressos mínimos" na redução das emissões de gases de efeito estufa: as concentrações atingiram níveis recorde e os subsídios aos combustíveis fósseis dispararam.

"Devemos mudar a nossa perspetiva sobre a urgência climática, que não é mais um problema ambiental isolado, mas uma ameaça sistémica e existencial", afirma o relatório, a um mês da 28ª conferência climática das Nações Unidas no Dubai.

O objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris - limitar o aquecimento a 1,5°C em relação à era pré-industrial - está em risco. Essa meta pode agora ser ultrapassada anualmente, adverte William Ripple, professor da Universidade de Oregon e co-autor do estudo, abrindo caminho para um círculo vicioso de agravamento do aquecimento: derretimento das calotas polares, desflorestamento, descongelamento dos depósitos de carbono no permafrost, extinção de corais, …

"Uma vez ultrapassados, estes pontos de inflexão podem alterar o nosso clima de uma maneira difícil, senão impossível, de reverter", alertam os cientistas..

 


Algassimo Balde vítima de agressão dum agente da Polícia de Interversão Rápida.


 Radio TV Bantaba

Moscovo ameaça confiscar bens se UE atribuir fundos russos à Ucrânia

© Contributor/Getty Images

POR LUSA    29/10/23 

O presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, avisou hoje que a Rússia confiscará os bens de países hostis se a União Europeia canalizar para a reconstrução da Ucrânia os lucros dos ativos russos congelados ao abrigo das sanções de guerra.

"Tal decisão exigirá uma resposta simétrica da Rússia. Nesse caso, serão confiscados muitos mais ativos pertencentes a países hostis do que os nossos recursos congelados em território europeu", afirmou Volodin na sua conta do Telegram.

Volodin acusou os representantes europeus, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de tentarem manter, a todo o custo, os seus cargos com tais medidas.

"A partir da má situação financeira a que conduziram os seus países, começaram novamente a falar em roubar os recursos congelados do nosso país para continuar, à sua custa, a militarização de Kiev", afirmou.

Ursula von der Leyen revelou na sexta-feira que apresentará "uma proposta para encontrar uma forma de utilizar a receita destes ativos que beneficiam atualmente um número limitado de instituições financeiras na União Europeia".

"Estes lucros inesperados já são bastante substanciais. A ideia é juntá-los e canalizá-los através do orçamento da União Europeia 'em bloco' para a Ucrânia e para a reconstrução do país", explicou Von der Leyen.

E acrescentou: "o valor destes ativos soberanos ascende a 211 mil milhões de euros. Politicamente, acordamos que, em última análise, a Rússia deve pagar pela reconstrução a longo prazo da Ucrânia".

As autoridades russas já classificaram "de roubo" a decisão dos Estados Unidos da América de atribuir 5,4 milhões de dólares de ativos congelados a oligarcas russos para apoiar os veteranos ucranianos.

A União Europeia congelou cerca de 19 mil milhões de euros a oligarcas russos nos primeiros meses da operação militar que a Rússia iniciou na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Além disso, o ocidente bloqueou um total de 300 mil milhões de dólares em reservas de ouro e divisas do Banco Central da Rússia.



Leia Também: Parlamento russo prepara revogação de tratado que proíbe testes nucleares

Guterres alarmado com situação "cada vez mais desesperada" em Gaza

© Lusa

Notícias ao Minuto    29/10/23 

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, mostrou-se hoje alarmado com a situação "cada vez mais desesperada" na Faixa de Gaza, lamentando que Israel tenha "intensificado as suas operações militares" na região.

"A situação em Gaza está a tornar-se mais desesperada a cada hora que passa. Lamento que, em vez de uma pausa humanitária extremamente necessária, apoiada pela comunidade internacional, Israel tenha intensificado as suas operações militares", disse Guterres durante uma visita a Katmandu, a capital do Nepal.

Guterres descreveu como "totalmente inaceitável" o número de civis mortos e feridos na guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.

Reiterando o seu apelo a um "cessar-fogo humanitário imediato" na Faixa de Gaza, o secretário-geral da ONU apelou "à entrega de ajuda humanitária sustentada numa escala que satisfaça as necessidades da população" do território palestiniano.

"O mundo está a testemunhar uma catástrofe humanitária que se desenrola diante dos nossos olhos", afirmou António Guterres.

"Mais de dois milhões de pessoas, que não têm para onde ir em segurança, são privadas dos bens básicos da vida -- comida, água, abrigo e cuidados médicos -- enquanto são sujeitas a bombardeamentos implacáveis", acrescentou o secretário-geral das Nações Unidas.

O grupo islamita Hamas desencadeou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, matando mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e sequestrando mais de 200.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Dez nepaleses já morreram na guerra entre Israel e o Hamas e um décimo primeiro foi dado como desaparecido.



Leia Também: "Em vez de pausa, uma escalada". Guterres volta a pedir "cessar-fogo"

𝗠𝗜𝗡𝗜𝗦𝗧𝗥𝗢 𝗗𝗢 𝗖𝗢𝗠É𝗥𝗖𝗜𝗢 𝗘𝗫𝗜𝗚𝗘 𝗙𝗜𝗠 𝗗𝗘 "𝗕𝗔𝗥𝗥𝗘𝗜𝗥𝗔𝗦 𝗡Ã𝗢 𝗧𝗔𝗥𝗜𝗙Á𝗥𝗜𝗔𝗦" 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗙𝗔𝗖𝗜𝗟𝗜𝗧𝗔𝗥 𝗔 𝗖𝗢𝗠𝗘𝗥𝗖𝗜𝗔𝗟𝗜𝗭𝗔ÇÃ𝗢 𝗘 𝗖𝗢𝗡𝗦𝗨𝗠𝗢 𝗗𝗘 𝗣𝗥𝗢𝗗𝗨𝗧𝗢𝗦 𝗟𝗢𝗖𝗔𝗜𝗦


Jamel João Handem falava no final da tarde deste sábado em Bissau durante cerimónia de encerramento da feira "Outubro mês de consumo de produtos locais" no espaço da UEMOA.

O titular da pasta de Comércio guineense apelou à todas entidades envolvidas no processo para abdicaram na criação de barreiras não tarifárias em diferentes zonas do país.

Para Handem, os postos de controlo chamados "cordas" colocados nas diferentes regiões do país devem ser suspendidos para facilitar a comercialização e o consumo dos produtos localmente produzidos.

 Rádio Jovem Bissau

PRESIDENTE DA RÉPUBLICA PARTICIPA NA CIMEIRA DAS TRÊS BACIAS

O Presidente,Umaro Sissoco Embaló participou, na "Cimeira das Três Bacias Florestais", em Brazzaville.

A Cimeira reuniu mais de trinta Chefes de Estados e de Governos, com o objectivo de promover a cooperação entre os três ecossistemas - que representam 80% da biodiversidade global - e procurar formas de proteger as suas florestas da desflorestação financiando a sua protecção, no âmbito da Década das Nações Unidas para a Restauração dos Ecossistemas.🇵🇹🇧🇷🇨🇩🇨🇬

 Presidência da República da Guiné-Bissau    28.10.23


O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebido pelas autoridades Congolesas, no Aeroporto Internacional Maya-Maya, em Brazzaville, capital da República do Congo, onde representa o País na “Cimeira das Três Bacias de Ecossistema da Biodiversidade e das Florestas Tropicais", que iniciou na quinta-feira e termina hoje.

A presença do Chefe de Estado responde ao convite formulado por Denis Sassou N’Guessu, Félix Tchissekedi e Lula da Silva, respectivamente Presidentes da República do Congo, da República Democrática do Congo e República Federativa do Brasil.🇬🇼🇧🇷🇨🇩🇨🇬


Milhares invadem centros de ajuda e levam comida em Gaza, diz ONU

© MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto     29/10/23 

O fornecimento de ajuda a Gaza foi bloqueado desde que Israel começou a bombardear o enclave em resposta ao ataque do Hamas.

Milhares de cidadãos de Gaza invadiram armazéns e centros de distribuição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) levando farinha e "itens básicos de sobrevivência", revela a organização este domingo, dia 29.

"Este é um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a ruir após três semanas de guerra e de um cerco apertado a Gaza. As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas. As tensões e o medo são agravados pelos cortes nos telefones e nas linhas de comunicação pela Internet. Elas sentem que estão sozinhas, isoladas das suas famílias dentro de Gaza e no resto do mundo", afirmou a UNRWA em comunicado.

Um dos armazéns, em Deir al-Balah, é onde a UNRWA armazena suprimentos dos comboios humanitários vindos do Egito, informou ainda a UNRWA.

Recorde-se que o fornecimento de ajuda a Gaza foi bloqueado desde que Israel começou a bombardear o enclave em resposta ao ataque do Hamas.



Leia Também: Exército indica ataque a mais de 450 alvos do Hamas nas últimas 24 horas

Ministro da Saúde anuncia a deslocação de mais de 100 médicos à Venezuela para especialização


 Radio TV Bantaba

G7 condena restrições comerciais da Rússia e da China

© Getty

POR LUSA    29/10/23 

O grupo das principais democracias industrializadas (G7) condenou hoje a pressão russa sobre as exportações de cereais da Ucrânia e as recentes restrições às importações de produtos do mar japoneses, sem nomear a China.

Os ministros do Comércio dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido, reunidos na cidade japonesa de Osaka, consideraram necessário "uma concorrência leal nas relações comerciais internacionais" e sublinharam a importância de um "sistema de comércio livre" e equitativamente baseado no Estado de direito.

Os responsáveis do G7 "deploraram e condenaram a destruição da infraestrutura de exportação de cereais ucraniana pela Rússia", depois de Moscovo se ter recusado em julho a renovar o acordo que permitiria a Kiev retomar as exportações, cruciais para a segurança alimentar global.

Os ministros do G7 apelaram à "revogação imediata de todas as medidas que restringem desnecessariamente o comércio", em particular as importações de produtos alimentares japoneses, visando Pequim e Moscovo, mas sem os nomear.

A China e a Rússia suspenderam recentemente as importações de mais produtos japoneses em retaliação pelas descargas de resíduos da central nuclear de Fukushima Daiichi (nordeste do Japão).

"É importante que as restrições à importação de produtos alimentares sejam baseadas em dados científicos" e cumpram as regras internacionais, afirmou o G7, depois de a descarga de água de Fukushima ter sido validada pela Agência Internacional da Água. Energia Atómica (AIEA).

As discussões durante a cimeira de dois dias também se centraram na "coação económica" e nas práticas anticoncorrenciais através das quais certos países utilizam sanções económicas para pressionar outros, mais uma vez uma alusão implícita à China.

O G7, cujos países desejam reduzir a sua dependência das importações, especialmente da China e da Rússia, sublinhou também a "necessidade de continuar os esforços para estabelecer cadeias de aprovação resilientes e fiáveis para bens essenciais, como minerais críticos, semicondutores e baterias".

Os debates do fim de semana centraram-se também na segurança alimentar, nas alterações climáticas e na reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC).



Leia Também: G7 condena inequivocamente ataques do Hamas contra israelitas

Israel volta a ordenar a palestinianos que fujam para o sul de Gaza

© Lusa

POR LUSA   29/10/23 

O exército de Israel voltou a ordenar aos palestinianos que se desloquem para o sul da Faixa de Gaza, prometendo que a ajuda humanitária vinda do Egito será hoje reforçada nessa zona.

"Civis do norte de Gaza e da Cidade de Gaza devem deslocar-se temporariamente para o sul de Wadi Gaza, para uma área mais segura onde possam receber água, alimentos e medicamentos", disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

As IDF prometeram na rede social X (antigo Twitter) que "os esforços humanitários em Gaza, liderados pelo Egito e pelos Estados Unidos, serão reforçados" nessa zona, através do posto fronteiriço de Rafah, entre Gaza e o Egito.

Em 09 de outubro, Israel impôs um "cerco total" a Gaza, cortando o fornecimento de água, eletricidade e alimentos. O território já estava sujeito a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo israelita desde a chegada ao poder do movimento islamita Hamas em 2007.

Em 15 de outubro, o exército israelita já tinha ordenado à população que se deslocasse para o sul do enclave palestiniano, em preparação para uma ofensiva terrestre contra o Hamas.

Na sexta-feira, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

No total, 84 camiões de ajuda humanitária conseguiram chegar a Gaza através do Egito desde 21 de Outubro, de acordo com as Nações Unidas, que estima que sejam necessários 100 por dia para as 2,4 milhões de pessoas que vivem no território.

Milhares de palestinianos regressaram ao norte de Gaza, lamentou a ONU, devido à falta de abrigo e ajuda no sul, onde várias centenas de milhares de civis se concentram perto da fronteira com o Egito, que permanece fechada.

O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa) reconhecer hoje ter poucos dados sobre a situação no enclave, devido ao corte dos serviços de comunicações, telemóvel e internet desde sexta-feira.

"A pouca informação disponível indica que nas últimas 24 horas [Gaza] sofreu os mais intensos bombardeamentos aéreos e de artilharia desde o início das hostilidades", indicou a OCHA, que mencionou confrontos entre grupos armados palestinianos e equipas de infantaria israelita, apoiadas por veículos blindados.

Num comunicado, o gabinete da ONU sublinhou ainda que o corte das telecomunicações, devido os intensos bombardeamentos israelitas, interrompeu também o "já difícil trabalho" de distribuição de ajuda humanitária.

O acesso à Internet está a ser restabelecido em Gaza, disse hoje a plataforma Netblocks, que monitoriza a conectividade dos utilizadores e a censura na Internet, e a empresa palestiniana de telecomunicações Paltel, a única operadora que presta serviço no enclave.

Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 229 reféns, os intensos bombardeamentos da retaliação israelita sobre Gaza fizeram, desde então, pelo menos 7.703 mortos e cerca de 19.000 feridos no enclave palestiniano.



Leia Também: "Falsas alegações". Netanyahu nega ter sido avisado de ataques do Hamas


Leia Também: Acesso à Internet restabelecido na Faixa de Gaza

sábado, 28 de outubro de 2023

Gaza é "campo de batalha" e residentes devem "partir", diz Israel

© Lusa

POR LUSA   28/10/23 

O exército israelita avisou hoje que considera a cidade de Gaza e a região circundante como um "campo de batalha" e ordenou aos residentes que "partam imediatamente" para o sul, através do rio Wadi Gaza.

"A província de Gaza tornou-se um campo de batalha; as zonas de abrigo e toda a província não são seguras", lê-se nos folhetos que o exército israelita afirma ter lançado no território palestiniano, de acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

"Devem partir imediatamente para as zonas a sul de Wadi Gaza", o rio que atravessa o território de leste a oeste, acrescenta-se ainda no texto da AFP.


Leia Também: O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita condenou hoje "qualquer ação terrestre" de Israel contra a Faixa de Gaza, considerando que constitui uma ameaça para a vida dos civis que vivem encurralados no enclave.

ONU adverte para "novo nível de violência e dor" na guerra com o Hamas

© Lusa

POR LUSA    28/10/23 

O conflito entre Israel e o Hamas alcançou "um novo nível de violência e dor" desde que as forças israelitas intensificaram os bombardeamentos e cortaram a internet e outras telecomunicações na Faixa de Gaza, advertiram hoje as Nações Unidas.

O bombardeamento de infraestruturas de telecomunicações em Gaza e o seu isolamento do mundo exterior, intensificado desde sexta-feira, "põe a população civil em grave perigo", alertou hoje, num comunicado, o alto comissário da ONU para os Refugiados, Volker Türk.

Para o Alto-Comissariado, citado pela agência Efe, o 'apagão' dificultará, entre outras coisas, a busca por vítimas entre os escombros, por parte das equipas de resgate.

Além disso, "os civis não podem receber informação atualizada sobre onde podem aceder a ajuda humanitária", nem de quais são os lugares mais e menos perigosos no território, explicou o alto comissário.

Os jornalistas no interior de Gaza também já não podem informar acerca da situação naquele território palestiniano, acrescentou Türk, antes de manifestar preocupação quanto aos trabalhadores do próprio Alto-Comissariado da ONU, com os quais já perdeu o contacto.

"Tinham sofrido dias e noites de incessantes bombardeamentos em Gaza, perderam famílias, amigos e lares", disse o responsável máximo da ONU para os refugiados.

No comunicado, Türk advertiu para as "catastróficas consequências" que podem ter as novas operações militares em grande escala sobre Gaza, "com o risco de que milhares de civis continuem a morrer".

"Peço a todas as partes, assim como a Estados terceiros com influência sobre os lados em conflito, que façam tudo o que esteja ao seu alcance para desescalar as hostilidades e trabalhar para que israelitas e palestinianos possam desfrutar dos direitos humanos e viver juntos uns dos outros em paz", concluiu.

O ministro da Defesa de Israel disse hoje que "o solo tremeu em Gaza" e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.

"Passamos para a próxima etapa da guerra", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.

"Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (...) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso."

As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.

Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.



Leia Também: "Solo tremeu em Gaza". Guerra entrou em nova etapa, diz Yoav Gallant

Acompanhe o video_resumo da participação da Guiné-Bissau na reunião 147ª da Assembleia Geral da UIP_União Inter-parlamentar que juntou em Luanda, Angola, cerca de 150 delegações do mundo, sob o lema "Acção Parlamentar pela Paz, Justiça e Instituições Fortes".

  
Radio Voz Do Povo

O Presidente da União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau, Aladje Tcherno Suleimane Baldé, fala em Conferência de Imprensa sobre dos últimos acontecimentos (caso Mbantonha) e pede paz, tolerância e a união inter-religiosa no país

 Radio Voz Do Povo

Hezbollah reivindica 5 ataques a Israel em mais um dia de fogo cruzado

© FADEL SENNA/AFP via Getty Images

POR LUSA   28/10/23 

O grupo xiita libanês Hezbollah afirmou hoje ter lançado cinco ataques contra o norte de Israel, a maioria deles com foguetes, em mais um dia de intenso fogo cruzado.

De acordo com um comunicado do movimento xiita, a primeira ação desta tarde foi levada a cabo com mísseis teleguiados e "armas apropriadas" contra uma série de postos militares nas quintas de Chebaa e nas colinas de Kfar Chouba, territórios controlados pelos israelitas que o Líbano reclama como seus.

Em áreas separadas, o movimento armado reivindicou a responsabilidade por três outros ataques com mísseis contra duas posições e uma "força de infantaria" nas proximidades de um quartel, bem como uma quinta ação não especificada contra uma "congregação de soldados sionistas inimigos".

O Hezbollah afirmou que alguns dos ataques de hoje provocaram baixas nas fileiras do exército israelita, e detalhou que um deles foi em resposta ao alegado "ataque" de sexta-feira à noite contra civis e jornalistas, pertencentes a uma equipa de imprensa iraniana, durante o qual um cidadão iraniano foi morto.

As Forças Armadas israelitas informaram que a sua aviação atacou hoje a infraestrutura militar do grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Exército israelita precisou que estes bombardeamentos ocorreram em resposta à tentativa do Hezbollah, na sexta-feira, de lançar foguetes contra território israelita, que acabaram por atingir a vizinha Síria.

A troca de disparos entre Israel e o Hezbollah começou um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado solo israelita, em 07 de outubro, causando 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.

No dia seguinte, começaram as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, na fronteira entre Israel e o Líbano.

Estes incidentes fizeram pelo menos 63 mortos até agora: 06 em Israel - 05 soldados e um civil - e pelo menos 57 no Líbano, incluindo 08 civis - entre eles um jornalista da agência Reuters -, 43 membros do Hezbollah e 06 membros de milícias palestinianas.

Nos últimos dias, a organização xiita libanesa reconheceu um número significativo de vítimas nas suas fileiras, 43.

Esta semana, os líderes do Hamas e da Jihad islâmica da Palestina reuniram-se em Beirute com o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, cujo grupo é apoiado pelo Irão.

A escalada aumentou os receios de que o Líbano se possa tornar uma segunda frente na guerra entre Israel e as milícias de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contactos a nível nacional e internacional para tentar contê-la.


NOMEAÇÕES NO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

 

 Notabanca

Israel anuncia morte de chefe do Hamas que planeou ataque de 7 de outubro

© Lusa

POR LUSA   28/10/23 

O exército de Israel anunciou hoje que um ataque com caças levou à morte do chefe do comando aéreo do Hamas, Ezzam Abu Raffa, que terá participado no planeamento do ataque de 07 de outubro.

"Abu Raffa foi responsável pela gestão dos sistemas de veículos aéreos não tripulados, drones, deteção aérea, parapentes e defesa aérea" do movimento islamita palestiniano, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

"Como parte da sua posição, participou no planeamento e execução do massacre assassino nos colonatos ao redor de Gaza em 7 de Outubro", acrescentou o exército na rede social X (antigo Twitter).

Num outro comunicado, as IDF afirmaram hoje que atingiram cerca de 150 alvos subterrâneos em Gaza, incluindo túneis e postos de combate subterrâneos, levando à morte de vários membros do Hamas.

"Durante a noite, aviões de guerra das FDI atingiram 150 alvos subterrâneos no norte da Faixa de Gaza, incluindo túneis usados por terroristas, locais de combate subterrâneos e outras infraestruturas subterrâneas. Terroristas do Hamas foram mortos", disse o exército.

As IDF tinham anunciado na sexta-feira que iriam ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos que têm atingido o enclave desde 07 de outubro.

O Hamas relatou na sexta-feira estar envolvido em "violentos combates" na Faixa de Gaza com as forças israelitas, que terão feito incursões terrestres em dois setores do território.

"Estamos a enfrentar incursões israelitas em Beit Hanoun (norte) e Boureij (centro) e há combates violentos", indicou o braço armado do Hamas, as brigadas Izz al-Din al-Qassam, em comunicado.

Também na sexta-feira, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os bombardeamentos israelitas sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no território palestiniano.



Leia Também: Corte da internet em Gaza pode ocultar "atrocidades em massa", alerta ONG


Leia Também: Centenas de edifícios ficaram "completamente destruídos" na Faixa de Gaza na sequência dos bombardeamentos israelitas realizados durante a noite de sexta-feira, informou hoje a Defesa Civil palestiniana.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Telavive volta a criticar ONU após votação que pede trégua humanitária

© Lusa

POR LUSA    27/10/23 

Israel voltou hoje a atacar as Nações Unidas (ONU) na sua própria sede, em Nova Iorque, após a Assembleia-Geral ter aprovado uma resolução não vinculativa que pede uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza.

Após a votação, com 120 votos a favor da resolução proposta pela Jordânia, o embaixador israelita, Gilad Erdan -- que na terça-feira pediu a demissão do secretário-geral da ONU, António Guterres -- voltou a desqualificar a ONU, uma instituição que diz já "não ter um pingo de legitimidade ou relevância". 

Num tom muito irritado, Erdan disse que "hoje é um dia negro para a ONU e para a humanidade" porque "a maioria da comunidade internacional mostrou que prefere defender os terroristas nazis do Hamas em vez do Estado de Israel, que cumpre as leis para defender os civis."

A resolução não tem qualquer poder vinculativo, mas tem um elevado valor simbólico, razão pela qual Erdan manifestou indignação face a uma resolução que considerou "ridícula" e "terrível" e cujo objetivo, disse, é "fazer com que Israel deixe de se defender".

Mesmo no dia em que a Faixa de Gaza ficou sem internet e sem serviços telefónicos, Erdan afirmou que "Israel está a acompanhar de perto a situação em Gaza" e disse saber "que não há crise humanitária de acordo com o direito internacional", em contradição com relatórios da ONU.

O embaixador acusou ainda a comunidade internacional de aceitar todas as versões do Hamas sobre o que acontece em Gaza: "E continuam a repetir as suas mentiras. Vocês não têm vergonha?", questionou, perante o corpo diplomático presente na Assembleia-Geral da ONU.


Leia Também:  O movimento Hamas saudou hoje a resolução da Assembleia Geral da ONU que apela a uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza, bombardeada por Israel desde 7 de outubro, mas qualificou a votação como "infame".


Leia Também: O Presidente brasileiro, Lula da Silva, acusou hoje o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de "querer acabar com a Faixa de Gaza" e de se esquecer que lá vivem mulheres e crianças e não apenas "soldados do Hamas".

Justiça - OAGB se disponibiliza para mediar a “crise” no Supremo Tribunal de Justiça


Bissau, 27 Out 23 (ANG) - A Ordem dos Advogados  da Guiné-Bissau (OAGB) disse estar preocupado com situação do conflito prevalecente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e se disponibiliza a faciliatr a mediação, com base num diálogo profícuo para encontrar uma saida pacífica para o crsie.

A disponibilidade da Ordem vem expressa numa nota à imprensa desta organização,assinado pelo seu Bastonário, Januário Pedro Correia, a que a ANG teve acesso hoje

Para o efeito, de acordo com nota, a Ordem dos Advogados constitui uma comissão de contato composta por Basílio Sanca, Waldemar Martins, Fátima Camará, Sãozinho Malaca, Joel Aló Fernandes, Alex Bassuco e Ricardino Nancassa.

Justificou  a disponibilização  com o fato de o conflito prevalecente poder  gerar bloqueios com consequencias graves ao normal funcionamento da administração da Justiça.

O Conselho Superiro da Magistratura decidiu recentemente suspender José Pedro Sambú das funções de Presidente da instituição com alegações de cometimento de  “grosseiro atropelo ao decoro e danosa da imagem da justiça e graves violações dos procedimentos e da lei do processo”.

Reagindo a esta deliberação, a assessoria de imprensa do presidente do STJ  emitiu o comunicado no dia 23, no qual se alega à inexistência jurídica da deliberação Nº 05/20237CSMJ,por absoluta inobservância da formalidade da convacatória da reunião e de deliberação em causa,uma vez que foi  desconvocada e sobejamente notificada aos membros.

Por seu lado, José Pedro Sambú por Despacho numero 15/PSTJ 2023, de 25, de Outubro mandou suspender e instaurar procedimento disciplinar a todos os magistrados que tomaram parte na referida deliberação do CSMJ,por “usurpação de competências e insubordinação”.

“Na desinência dos imbroglioS acima espostos e da gravidade da situação prevalecente no STJ e CSUMJ,a OAGB na qualidade de um dos intervenientes activos e de um dos maiores interessados na preservação da boa imagem da justiça, no normal funcionamento do sector judiciário pede que seja esclarecida a alegada inexistência juridica da deliberação nº 05 CSMJ,por usurpação de competência e insubordinação,bem como o processo crime em curso no Ministério Público contra o José Pedro Sambú”, refere a nota.

ANG/LPG//SG

Exército israelita lança intenso bombardeamento e corta Internet em Gaza

© Ahmad Hasaballah/Getty Images

POR LUSA   27/10/23 

O Exército israelita realizou hoje intensos bombardeamentos, sem precedentes desde o início da guerra, no norte da Faixa de Gaza, particularmente na cidade de Gaza.

De acordo com o grupo islamita Hamas, as comunicações e a Internet foram cortadas na Faixa de Gaza, após o início dos ataques israelitas que começaram há poucas horas.

Os bombardeamentos por ar, mar e terra são, de acordo com o Governo do Hamas, "os mais violentos desde o início da guerra", em 07 de outubro, obrigando as forças militares do grupo islamita a uma resposta "aos massacres contra civis" com disparos de "salvos de foguetes contra as terras ocupadas".