domingo, 2 de julho de 2023

Rússia ataca Kyiv e arredores, enquanto Zelensky visita Odessa

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POR LUSA   02/07/23 

A Rússia efetuou na madrugada de hoje um ataque de drones à cidade de Kyiv, o primeiro deste tipo após 12 dias, enquanto o presidente Zelensky visitava a cidade de Odessa, no sul do país, informaram as autoridades.

Segundo o chefe da administração da cidade de Kyiv, Serhii Popko, todos os drones lançados pelos militares russos contra a capital e arredores "foram detetados e abatidos" e eram armas de fabrico iraniano (Shahed).

O governador regional de Kyiv, Ruslan Kravchenko, informou que uma pessoa foi ferida por destroços de um drone destruído, não tendo revelado o número exato de drones com explosivos enviados para a área da capital ucraniana.

Contudo, a força aérea da Ucrânia informou que em todo o país foram detetados oito Shaheds e três mísseis de cruzeiro Kalibr lançados pelos russos, enquanto na zona sul um rapaz de 13 anos foi ferido em um bombardeio durante a noite na província parcialmente ocupada de Kherson, no sul da Ucrânia.

De acordo com o porta-voz da administração ucraniana daquela província, Oleksandr Tolokonnikov, a criança foi ferida quando o exército russo bombardeou a vila de Mylove, na margem do rio Dnieper, no distrito de Beryslav.

O bombardeamento à província de Kherson continuou durante a manhã de hoje, ferindo quatro pessoas na capital regional, também chamada de Kherson, tendo as autoridades locais revelado que o alvo das forças russas foi um bairro residencial e que o ataque feriu outras quatro pessoas.

Entretanto, o Presidente Volodymir Zelensky deslocou-se hoje à cidade de Odessa, no sul do país, para se reunir com o comandante da Marinha para recolher informações sobre a situação no Mar Negro, segundo uma publicação no Telegram, acompanhada de um vídeo.

Segundo a publicação, no encontro foram abordados "temas muito importantes", entre eles a situação operacional no Mar Negro, as capacidades defensivas da Marinha ucraniana e a estratégia de desenvolvimento daquele ramos das Forças Armadas durante a guerra e no período pós-guerra.

"Debatemos os resultados provisórios e as perspetivas para o desenvolvimento do programa de drones navais e o programa de mísseis", adiantou Zelensky.

Numa mensagem anterior, o Presidente já tinha felicitado os militares daquele ramo, que celebram hoje o Dia da Marinha, afirmando estar orgulhoso do trabalho por eles desenvolvido.

"Estamos orgulhosos de vós, Estamos mais fortes, estamos a ganhar", escreveu.


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Desabamento de edifício ilegal na Costa do Marfim provoca oito mortos

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POR LUSA    02/07/23 

Pelo menos oito pessoas morreram e nove ficaram feridas na sequência do desabamento, na sexta-feira, de um prédio de seis andares cuja construção estava desautorizada na capital da Costa do Marfim, indicou hoje o portal de notícias marfinense Abidjan.net.

Segundo o portal, que cita fontes do Ministério da Construção, Habitação e Planeamento Urbano marfinense, o incidente ocorreu no bairro de Cocody, no leste de Abidjan.

"As primeiras conclusões revelam o desmoronamento de um edifício de seis andares cuja construção não estava autorizada", declarou o ministério em comunicado.

O ministério explicou que a construção foi sujeita a numerosos controlos desde 2021, que obrigou a múltiplas medidas cautelares notificadas ao organismo contratante e à paragem dos trabalhos.

"No entanto, em 24 de maio de 2023, as nossas equipas [de fiscalização] puderam constatar novamente o reinício ilegal e não autorizado dos trabalhos de construção do edifício, desta vez atingindo o sexto andar", indica o ministério.

Segundo a mesma fonte, nessa altura foi enviada uma notificação para a paragem dos trabalhos, que não obteve resposta.

O edifício acabaria por desabar na passada sexta-feira, prosseguiu o ministério, que disse ter apelado aos proprietários para que "deem provas de maior civismo e responsabilidade", cumprindo as exigências dos regulamentos de construção.


Educação - Presidente da República defende mudança de rumo no sector

Bissau 02 jul 23 (ANG) - O Presidente da República defendeu uma mudança de rumo no sector de  educação de forma a  fazer com que a juventude actual e as gerações vindouras sejam mais preparadas para os grandes desafios do desenvolvimento do país.

Umaro Sissoco Embalo fez esta afirmação no final da visita que efetuou na sexta-feira, as obras de transformação das antigas instalações da “Cimeira dos Cinco”, em Bissau, numa Escola Francesa Internacional, com capacidade para albergar cerca de 300 alunos de jardim ao 12 ano de escolaridade.

A referida Escola conta com 15 salas de aulas, dois laboratórios, uma biblioteca, cantina escolar e serviços administrativos para o ensino básico e liceal e dois campos de prática desportiva.

Nesse Liceu para além da língua francesa, as línguas portuguesa e inglesa serão também lecionadas.

Depois de percorrer vários espaços da Escola, Úmaro Sissoco Embaló na companhia do Embaixador de França no país, aproveitou para falar sobre o desafio de mudar o rumo da educação no país.

Segundo o Chefe de Estado, a educação é prioridade e a missão de todos é fazer com que os filhos e netos da pátria de Amílcar Cabral, sejam mais preparados que as atuais gerações.

“Um povo sem escola é como se estivesse dentro de um envelope, porque os insultos que se fazem nas redes sociais contra alguns políticos têm a ver com falta de preparação académica”, afirmou.

Por isso, disse que é preciso mudar a situação do sector do ensino, através de algumas reformas nos Centros de Formação dos Professores para adotá-los de capacidade de transmitir os seus respetivos conhecimentos adquiridos durante formação.

O Presidente da República sustentou que a transformação das antigas instalações da “Cimeira dos Cinco, numa Escola Francesa Internacional é para permitir não só abertura de novas Embaixadas aqui no país, mas também crias as condições indispensáveis para que os embaixadores residirem no país com as suas famílias.

Porque neste momento de acordo com Umaro Sissoco Embalo há vários países que já  manifestaram interesse em abrir as suas representações diplomáticas no país, tais como Egipto, Argélia, Qatar, Emiratos Árabes unidos, Arábia Saudita entre outros, mas que sempre alegam que não existem condições para trazerem as famílias por falta de meios para que os seus filhos estudem aqui.

Na ocasião, revelou que todas as salas de aulas do liceu Agostinho Neto e de Salvador Allende serão remodelados, com apoio financeiro da Agência Francesa do Desenvolvimento num valor de 30 milhões de euros.

O Embaixador da França na Guiné Bissau, Terence Willis revelou que a Escola vai funcionar na base do currículo escolar francesa, ao seja de jardim ao 12 ano.

Isso conforme o Diplomata, isso vai permitir os alunos que concluíram o 12 ano entrar para curso superior em qualquer universidade no mundo.

“Vamos introduzir uma parte da história da Guiné Bissau no currículo escolar para os alunos que frequentam conhecer um pouco o passado do país”, revelou Terence Willis.

Disse ainda que vão apoiar na requalificação dos liceus Agostinho Neto e Salvador Allende e dos campos desportivos ao redor, não porque são vizinhos, mas para   melhorar imagem daquele Bairro.

O Engenheiro da obra, que está a ser executada pela empresa Ercano, Fernando Medina Lobato, disse que os trabalhos de reconstrução vão terminar neste mês de julho e o da instalação de todos os equipamentos necessários para funcionamento das aulas é no mês de agosto para que as aulas possam iniciar em setembro como disse o Embaixador Terence Willis

Agradeceu ao Presidente da República por ter autorizado a transformação dessa instalação numa escola, frisando que perderam 15 dias  de trabalho para remover o lixo na referidas instalação.

ANG/LPG/ÂC

Governo de Israel aprova compra de mais 25 aviões F-35 aos Estados Unidos

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POR LUSA   02/07/23 

O Ministério da Defesa de Israel anunciou hoje a aprovação para compra de um terceiro esquadrão de 25 aviões de combate F-35 aos Estados Unidos da América, elevando para 75 o número destes aviões na frota israelita.

O responsável pela pasta, Yoav Gallant, aprovou o negócio, no valor de cerca de 3.000 milhões de dólares (2,75 mil milhões de euros), por recomendação do chefe do Estado-Maior do Exército, o general Herzi Halevi, de acordo com um comunicado divulgado pelo Times of Israel e citado pela Europa Press.

O acordo envolve Israel e a construtora Lockheed Martin e torna o Estado no segundo país do mundo a receber autorização para efetuar as suas próprias modificações aos aviões, depois dos EUA.

Israel já tinha acordado com a empresa a compra de 50 F-35 que serão entregues em grupos de dois e três aviões em prazos que vencem no próximo ano.

O Governo israelita financiará parte do negócio através da ajuda económica militar que recebe dos EUA, segundo a agência de notícias.


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ÁFRICA DO SUL: Rei Zulu da África do Sul hospitalizado (com suspeita de envenenamento)

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POR LUSA    02/07/23 

O rei Zulu, o mais poderoso governante consuetudinário da África do Sul, cuja coroação em 2022 desencadeou uma guerra de clãs no seio da família real, foi hospitalizado na vizinha Essuatíni, com o palácio a referir um possível envenenamento. 

Num comunicado divulgado no sábado à noite, o Palácio Real refere que Misuzulu Zulu, 48 anos, também conhecido como Misuzulu kaZwelithini, "foi hospitalizado em Essuatíni depois de ter adoecido" na manhã do mesmo dia.

Mangosuthu Buthelezi, primeiro-ministro zulu e membro influente da família real, afirmou no comunicado que a hospitalização do rei Zulu se seguiu à morte súbita do seu principal conselheiro, pelo que manifestou "grande preocupação". 

"[O conselheiro do rei] morreu subitamente e suspeita-se que tenha sido envenenado. Quando Sua Majestade começou a sentir-se mal, suspeitou-se que também tinha sido envenenado", explicou Buthelezi.

O rei preferiu procurar tratamento em Essuatíni, antiga Suazilândia e a última monarquia absoluta de África, do que na África do Sul, onde os seus pais "foram tratados e morreram".

"Sua Majestade foi colocada sob cuidados médicos e está de boa saúde", disse o palácio, acrescentando que deixaria às autoridades a tarefa de investigar um eventual caso de envenenamento.

Segundo várias fontes policiais de Essuatíni, o soberano está a ser tratado no hospital privado de Ezulwini, a poucos quilómetros da residência real de Ludzidzini - a Aldeia Real de Ludzidzini é o lar da Casa de Dlamini, a família real de Essuatíni, atualmente liderada por Ngwenyama Mswati III e Ndlovukati Ntfombi. 

"Foram criados bloqueios de estrada e agentes armados no hospital", disse uma das fontes à agência noticiosa France-Presse (AFP). 

Na África do Sul, os soberanos e os chefes tradicionais são reconhecidos pela Constituição. Apesar de reis sem poderes executivos, exercem uma profunda autoridade moral e são venerados pelo seu povo.

Misuzulu Zulu foi coroado no ano passado na província de KwaZulu-Natal, no sudeste do país, numa cerimónia a que assistiram muitos dos cerca de 11 milhões de zulus, quase um em cada cinco sul-africanos.

Filho do falecido rei Goodwill Zwelithini e um dos favoritos, a coroação desencadeou uma guerra palaciana liderada em especial pela primeira mulher do antigo rei, que teve seis esposas e pelo menos 28 filhos. 

Em setembro de 2022, um conselheiro de Misuzulu Zulu foi misteriosamente morto a tiro à margem de uma cerimónia tradicional.


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Acidente no cruzamento de Bairro de Ajuda... Condutor de mercedes benz desrespeitou o Semáforo.

© Cabral Santiago

Parque aquático e 20 decks: Conheça o maior navio de cruzeiro do mundo

O navio Icon of the Seas, da Royal Caribbean International, fez seu primeiro passeio em águas abertas, na última quinta-feira. O maior cruzeiro do mundo, com um total de 20 decks, oito bairros e 365 metros de comprimento, fará sua primeira viagem em janeiro de 2024.

PR recebe em audiência o Sr. Don Simeón OYONO ESONO ANGUE- Ministro de Assuntos Exteriores, cooperação Internacional- (enviado especial da Guiné Equatorial).



© Presidência da República da Guiné-Bissau   01/07/23

Alto cargo da Defesa de Kyiv afastado. Tinha sido comentador na TV russa

© Getty Images

POR LUSA   02/07/23 

O Ministério da Defesa ucraniano anunciou no sábado a destituição do diretor do Departamento de Provisões, Ruslan Rigavanov, três dias após a tomada de posse e depois de ter-se descoberto que participou em programas de televisão russos como comentador.

"A demissão foi imediata, depois de terem vindo a lume informações controversas sobre esta pessoa. Está em curso um inquérito interno sobre os factos publicados. Anunciaremos os resultados em breve", afirmou o Ministério da Defesa, num comunicado divulgado pela agência noticiosa ucraniana UNIAN.

A declaração oficial não mencionou o motivo específico do despedimento, mas foi divulgado nas redes sociais que Rigovanov tinha participado como comentador em programas políticos "anti-ucranianos" na televisão russa.

"Rigovanov participou regularmente como perito político num programa televisivo de propagandistas do Kremlin e tem agora acesso a uma grande quantidade de documentação", afirmou o ativista ucraniano Oleg Simoroz.

No final de junho, outro escândalo abalou a estrutura de decisão ucraniana, após a descoberta que o chefe do Centro Regional Territorial de Recrutamento e Apoio Social de Odessa, Yevgeni Borisov, possuía uma mansão em Marbella, Espanha, paga com subornos. Borisov foi também afastado de funções.

Anteriormente, o diretor do Centro Territorial Regional de Recrutamento e Apoio Social de Ivano-Frankivsk também já tinha sido destituído, após ter sido acusado de enviar militares para tratamento hospitalar sem um diagnóstico.


Leia Também: Pelo menos 718 pessoas foram detidas e 45 polícias ficaram feridos na quinta noite consecutiva de distúrbios em França por causa da morte de um adolescente abatido na terça-feira pelas forças de segurança, indicou hoje o Ministério do Interior.

sábado, 1 de julho de 2023

Roménia expulsa 40 diplomatas russos

Bucareste, Roménia CANVA

Por   SIC Notícias

Onze diplomatas e 29 funcionários técnicos e administrativos, acompanhados das suas famílias, "deixarão a Roménia a bordo de um avião civil pertencente a uma companhia aérea russa", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno.

Quarenta diplomatas e funcionários da embaixada russa em Bucareste vão deixar este sábado a Roménia, a pedido do Governo, num contexto de deterioração das relações entre os dois países desde o início do conflito na Ucrânia.

Onze diplomatas e 29 funcionários técnicos e administrativos, acompanhados das suas famílias, "deixarão a Roménia a bordo de um avião civil pertencente a uma companhia aérea russa", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno, em comunicado.

Os meios de comunicação social mostraram um avião Ilyushin Il-96 a aterrar na pista do aeroporto de Bucareste, de onde deverá descolar no final da tarde, segundo fontes do aeroporto citadas pela imprensa local.

O ministério explicou na nota informativa que esta decisão "reflete o atual nível das relações bilaterais, drasticamente reduzidas pela Roménia depois da eclosão por Moscovo da guerra de agressão contra a Ucrânia".

O Governo romeno emitiu o pedido de saída dos funcionários diplomáticos a 08 junho, dando à Rússia 30 dias para cumprir.

Após a invasão da Ucrânia, a Roménia, membro da NATO, expulsou muitos diplomatas russos suspeitos de espionagem, o mesmo acontecendo com outros países europeus.

No total, o pessoal da embaixada russa em Bucareste foi reduzido em mais da metade, segundo o Governo.

PRESIDENTE EM LAGOS PARA SE REUNIR COM O SEU HOMÓLOGO BOLA TINUBU

O Presidente da República e Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, viajou hoje para Lagos, Nigeria, para se reunir com o seu homólogo, Bola Ahmed Tinubu.🇬🇼🇳🇬

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Confrontos em Paris: "Alguns destes manifestantes ferem a polícia com tiros"

 José Filipe Pinto, especialista em relações internacionais, analisa os conflitos gerados em França após a morte de um jovem de 19 anos pela polícia. O professor catedrático reitera que o problema está nas falhas na política de integração francesa.




Veja Também:  45 mil polícias nas ruas de França

Campo militar para albergar grupo Wagner em construção na Bielorrússia

© Press service of "Concord"/Handout via REUTERS

POR LUSA     01/07/23 

Imagens de satélite analisadas hoje pela Associated Press (AP) revelam a construção recente de um campo militar na Bielorrússia e admite-se que possa vir a albergar mercenários do grupo Wagner, adiantou a agência de notícias.

As imagens sugerem que dezenas de tendas foram erguidas ao longo das duas últimas semanas numa antiga base militar nos arredores de Osipovichi, uma cidade a 230 quilómetros a norte da fronteira com a Ucrânia.

Uma fotografia de satélite datada de 15 de junho passado não mostrava qualquer sinal das linhas de estruturas verdes e brancas claramente visíveis em imagens posteriores, de 30 de junho.

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e os seus mercenários evitaram ser processados, negociando uma saída para a Bielorrússia na semana passada, depois de o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ter mediado uma solução para pôr fim à insurreição liderada por Prigozhin, que liderou uma rebelião e conduziu uma coluna militar quase até Moscovo.

Lukashenko disse que o seu país, aliado de Moscovo e muito dependente do regime russo, poderia usar a experiência e conhecimento do grupo Wagner e anunciou a oferta aos mercenários de uma "unidade militar abandonada" para montar um campo.

Aliaksandr Azarau, líder do grupo de guerrilha BYPOL, anti-Lukashenko e composto por antigos militares, disse à AP na quinta-feira, por telefone, que a construção do campo estava a decorrer, próximo de Osipovichi.

Mais de oito mil mercenários do grupo Wagner podem ser colocados na Bielorrússia, disse um porta-voz das força fronteiriça ucraniana ao jornal Ukrainska Pravda. Andriy Demchenko disse que a Ucrânia iria, em resposta, reforçar a fronteira de 1.084 quilómetros com a Bielorrússia.

Já antes Lukashenko tinha autorizado o Kremlin a usar território bielorrusso para enviar tropas e armas para a Ucrânia. Também acolheu uma presença militar contínua da Rússia, com campos militares e exercícios conjuntos, aceitando também receber armas nucleares táticas russas.

Segundo afirmou Demchenko, cerca de 2.000 militares russos continuam estacionados na Bielorrússia.

Na sexta-feira, Lukashenko afirmou que as forças armadas da Bielorrússia beneficiaram de treino dado pelo grupo Wagner e garantiu que os mercenários não representam uma ameaça aos cidadãos.

Também disse "estar certo" que a Bielorrússia não teria de usar as armas nucleares táticas enviadas para o território, e que não teria de se envolver diretamente na guerra contra a Ucrânia.

"Quanto mais vivemos, mais nos convencemos que [as armas nucleares] devem estar connosco, na Bielorrússia, num lugar seguro. E estou certo que nunca teremos de as usar enquanto as tivermos e que o inimigo nunca pisará o nosso solo", disse Lukashenko.

O Grupo Wagner, liderado por Prigozhin, iniciou há uma semana uma rebelião com a captura sem resistência da cidade russa de Rostov, sede do comando sul do Exército, com a intenção de se dirigir a Moscovo para afastar as lideranças militares em resposta a um alegado bombardeamento contra os soldados mercenários na Ucrânia.

Em pleno conflito com o Kremlin e a 200 quilómetros da província de Moscovo, uma coluna militar do Grupo Wagner deu meia-volta, na tarde de sábado passado, após mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, num acordo para travar a revolta, amnistiar os mercenários e enviar Prigozhin e alguns dos seus homens para o exílio na Bielorrússia, e oferecendo a outros a possibilidade de serem integrados nas forças regulares da Rússia.

O grupo Wagner esteve na linha da frente desde o início da invasão, tendo assumido protagonismo na conquista de Bakhmut, na província de Donetsk (leste), na mais longa e sangrenta batalha da guerra da Ucrânia, à custa de elevadas baixas, entre acusações abertas de Prigozhin de falta de apoio militar por parte de Moscovo.


Europa lança hoje telescópio que vai estudar lado oculto do Universo

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POR LUSA   01/07/23 

A Europa lança-se hoje, a partir dos Estados Unidos, à "conquista" do lado oculto do Universo com o envio para o espaço do telescópio Euclid, numa missão com "cunho" português de cientistas, empresas e engenheiros.

A missão da Agência Espacial Europeia (ESA), com participação da congénere norte-americana NASA, tem lançamento marcado para as 16h11 (hora de Lisboa) da base da NASA de Cabo Canaveral.

O telescópio, que tem o nome do matemático Euclides e está equipado com dois instrumentos científicos, irá para o espaço acoplado a um foguetão Falcon 9, da empresa aeroespacial norte-americana SpaceX, do magnata Elon Musk.

Portugal, Estado-membro da ESA desde 2000, ocupa pela primeira vez um lugar de destaque numa missão espacial da ESA, ao fazer parte de um consórcio que foi criado para desenvolver, construir e explorar o telescópio.

De Portugal são oriundos cientistas, engenheiros e empresas que contribuem para a missão em diversos domínios, desde o controlo das operações de voo até ao fabrico de diversos componentes do telescópio espacial e ao planeamento das observações.

Tiago Loureiro, engenheiro aeroespacial que há 19 anos trabalha na ESA, vai codirigir as operações de voo a partir da Alemanha, onde funciona o Centro Europeu de Operações Espaciais da ESA.

Trata-se da primeira missão espacial concebida para tentar compreender o que está, efetivamente, a acelerar a expansão do Universo e que, segundo as teorias cosmológicas, se deve à energia escura, uma misteriosa força que se opõe à atração gravitacional.

Juntas, a energia escura e a matéria escura (matéria invisível, que não emite nem absorve luz) compõem 95% do Universo que continua por desvendar.

Para ajudar a "fazer luz" sobre o Universo oculto, o telescópio Euclid vai, durante os seis anos que duram a sua missão, fazer cerca de 50 mil observações de galáxias, um trabalho que teve no seu planeamento o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

O telescópio vai observar milhares de milhões de galáxias, sobre as quais a matéria e a energia escuras geram efeitos na sua estrutura, forma, distribuição, movimento e evolução, em mais de um terço do céu e "recuando" até 10 mil milhões de anos.

O Euclid será colocado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, num ponto estável, sem interferência da luz do planeta, da Lua e do Sol, onde chegará um mês depois do lançamento.

Espera-se a primeira divulgação de imagens em novembro e os primeiros dados científicos em dezembro de 2024.

Caso o lançamento de hoje falhe há uma segunda oportunidade no domingo.

O lançamento do telescópio Euclid chegou a estar previsto para 2020 e posteriormente para 2022, da base da ESA, na Guiana Francesa, num foguetão russo Soyuz.

Contudo, em 2022, a ESA cortou relações com a Rússia quando o país invadiu a Ucrânia, em fevereiro.


Guiné-Bissau numa incerteza se vai ou não participar no VII° Congresso Internacional da Educação Ambiental da CPLP, a ter lugar em Maputo, de 4 à 7 deste mês.

O ponto focal da Rede Luso Guiné-Bissau indignado com as autoridades nacionais.

 Radio TV Bantaba

PAUL RUSESABAGINA: Ruandeses são "prisioneiros no seu próprio país"

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 POR LUSA    01/07/23 

Paul Rusesabagina, um dos maiores críticos do Presidente do Ruanda, afirmou hoje num vídeo publicado no YouTube que os ruandeses são "prisioneiros no seu próprio país" e acusou o regime de Paul Kagamé de "autoritário".

Na primeira mensagem pública desde que foi libertado, em 25 de março, após mais de 900 dias numa prisão ruandesa, o herói do filme "Hotel Ruanda", conhecido internacionalmente por ter salvado centenas de pessoas durante o genocídio dos tutsis em 1994, agradeceu aos Estados Unidos por terem organizado a sua libertação surpresa do que descreveu como "inferno".

Rusesabagina explicou que a mensagem no YouTube coincide com a proclamação da independência do Ruanda, em 01 de julho de 1962.

"Infelizmente, hoje, 61 anos depois, os ruandeses ainda não são livres. Os ruandeses são prisioneiros no seu próprio país", afirmou o opositor ruandês a partir da sua residência em San Antonio, Texas (Estados Unidos).

"[O Governo ruandês] é autoritário, não concede direitos aos seus cidadãos e não tolera a dissidência", acrescentou, acusando o regime de Kagamé de, desde o lançamento do filme em 2014, o ter tentado silenciar "através da política, da vigilância e da violência".

"Eles raptam, prendem à força, torturam, matam e organizam julgamentos forjados para todos os que discordam deles. Tive a sorte de não ter sido morto como tantos outros. O meu julgamento fez manchetes em todo o mundo, mas não sou o único entre milhares de pessoas que passam por esta situação todos os anos", prosseguiu.

Rusesabagina, 69 anos, ficou conhecido pelo filme "Hotel Ruanda", que conta como este hutu moderado, que geria o Hotel das Mil Colinas, na capital do Ruanda, salvou cerca de 1.200 pessoas durante o genocídio dos tutsis em 1994. 

Rusesabagina, de nacionalidade belga e residente permanente nos Estados Unidos, foi libertado em março, após 939 dias de detenção, depois de ter visto a sua pena de 25 anos de prisão por "terrorismo" comutada por decreto presidencial.

A condenação, em setembro de 2021, suscitou a condenação internacional. Os ativistas dos direitos humanos acusam o Ruanda -- governado com mão de ferro por Kagamé desde o fim do genocídio (morreram cerca de 800.000 pessoas) -- de reprimir a liberdade de expressão e a oposição.

Rusesabagina vivia exilado nos Estados Unidos e na Bélgica desde 1996, antes de ser detido em Kigali, em 2020, em circunstâncias obscuras, ao sair de um avião que julgava ter como destino o Burundi.

O opositor foi julgado entre fevereiro e julho de 2021, acusado de "terrorismo" por atentados perpetrados pela Frente de Libertação Nacional (FLN), uma organização classificada como terrorista por Kigali, que fizeram nove mortos em 2018 e 2019.

Os apoiantes do crítico de Kagamé consideram que o julgamento foi uma farsa marcada por irregularidades.

Rusesabagina admitiu ter participado na fundação, em 2017, do Movimento Ruandês para a Mudança Democrática (MRCD), do qual a FLN é considerada o "braço armado", mas sempre negou qualquer envolvimento nos ataques.


Nucleares na Polónia? "Essas armas serão utilizadas", ameaça Medvedev

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Notícias ao Minuto   01/07/23 

A decisão de colocar armas nucleares na Polónia será tomada, no fundo, pelos Estados Unidos. O pedido foi feito por Varsóvia, que pediu uma decisão "célebre".

O antigo presidente da Rússia Dmitry Medvedev comentou, este sábado, o pedido do primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, que disse ontem que queria que o país - vizinho da Ucrânia - entrasse no programa de partilha de armamento nuclear da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

As declarações do chefe de governo polaco surgem na sequência da colocação de armas nucleares russas na Bielorrússia, país que faz também fronteira com a Polónia. O responsável disse ainda que a decisão de ter este tipo de armas em território polaco cabe, sobretudo, aos Estados Unidos, e fez um apelo para que o país presidido por Joe Biden tome uma decisão "célere".

Questionado sobre este assunto, Dmitry Medvedev considerou que a liderança polaca é atualmente "constituída por degenerados".

"Um pedido para instalar armas nucleares na Polónia ameaça apenas uma coisa. Essas armas serão utilizadas", respondeu à agência de notícias Tass. O também ex-primeiro-ministro russo sublinhou ainda que esta era uma decisão que que seria tomada "pelos idiotas que estão por detrás do oceano", referindo-se aos Estados Unidos.

"Mas há um lado positivo nisto tudo. Todos os Duda, Morawiecki, Kaczynski e outras escórias desaparecerão. Outros também desaparecerão, infelizmente...", rematou, referindo-se, também ao presidente da Polónia, Andrzej Duda, e ao vice-primeiro ministro polaco, Jarosław Kaczyński.


Leia Também: O desmantelamento do Grupo Wagner (GW), ou a sua integração no Ministério russo da Defesa ou outra estrutura estatal russa, "em teoria", não mudará o "modus operandi" da política externa de Moscovo em África, afirmaram vários analistas.

Líder da oposição em Timor-Leste contesta composição do novo executivo

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POR LUSA    01/07/23 

O líder da oposição timorense considera que o novo Governo é "antidemocrático" porque o partido da maioria deveria governar sozinho, procurando apenas incidência parlamentar pontual, em vez de uma aliança pós-eleitoral.

"Tendo em consideração os resultados confirmados pelo Tribunal de Recurso, sem contestação, o CNRT foi o grande vencedor das eleições, conquistando 31 mandatos dos 65 no Parlamento Nacional. Mais dois mandatos, e teria tido a maioria absoluta", escreveu Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), numa publicação no Facebook.

"Numa situação como esta, e em democracia construtiva do Estado de Direito Democrático, os ditos 'aliados naturais´ deveriam simplesmente garantir através da incidência parlamentar, pontual ou não, a viabilização da governação durante todo o mandato, reservando para todos entendimento e consenso em áreas estruturantes na consolidação do Estado de Direito Democrático e construção da Nação como uma "Uma Lisan" [casa tradicional] de todo o povo, una, sólida e indivisível", referiu.

A composição do IX Governo, considerou, "é, nada mais, o contrário de todo isto".

Mari Alkatiri publicou o texto no dia da tomada de posse do IX Governo constitucional, formado por elementos do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), de Xanana Gusmão, o primeiro-ministro, e do Partido Democrático (PD).

As duas forças políticas controlam 37 dos 65 lugares no Parlamento Nacional, onde a Fretilin é a segunda força política, com 19 assentos.

No texto, publicado na sua página oficial no Facebook, Mari Alkatiri saúda o CNRT e o novo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, mas considera que "Timor-Leste entrou nitidamente no caminho da viabilização da equação do poder executivo de uma forma deturpada".

"Tudo começou em 2007 onde se negou ao Partido mais votado, Fretilin, a liderança, e mais ainda a participação no Governo. O segundo partido mais votado, o CNRT, reunindo ao seu redor os pequenos partidos, constituiu uma aliança pós-eleitoral maioritária, e recebeu do então Presidente da República o mandato de constituir o IV Governo", recordou.

Segundo Alkatiri, nesse momento começou "o império dos pequenos partidos na democracia multipartidária" timorense, que "atingiu o seu cúmulo, a sua afirmação mais aberrante, mais antidemocrática neste IX Governo".

"Por isso, é tempo de uma reflexão profunda a nível nacional sobre o Estado e a nação. É tempo de se pensar muito seriamente sobre Timor-Leste, o seu povo, as suas gerações vindouras. Vamos todos devolver a vitória ao povo", acrescentou.

O novo Governo, que entra hoje formalmente em funções, é formado, na sua maior parte, por elementos que já estiveram em anteriores executivos em Timor-Leste.

Entre os mais veteranos da governação em Timor-Leste está o novo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira, que integrou os últimos cinco executivos (ainda que o VIII apenas durante parte do mandato).

Os membros do Governo incluem vários elementos que estavam, até aqui, a exercer funções na Presidência da República, incluindo o chefe da Casa Civil, Bendito Freitas, que é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros.


Leia Também: Governo timorense toma posse. Quem não cumprir "será substituído"

TIMOR-LESTE: Governo timorense toma posse. Quem não cumprir "será substituído"

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POR LUSA   01/07/23 

O Presidente da República de Timor-Leste deu hoje posse aos membros do IX Governo constitucional, afirmando que vai acompanhar a sua atuação e que quem não cumprir adequadamente as funções será substituído.

"Vou acompanhar o desempenho de cada ministério. Dentro de alguns meses poderemos fazer uma primeira avaliação do desempenho de cada membro do IX Governo. E como o disse muito claramente o senhor primeiro-ministro, quem não executar o seu programa ministerial e ou setorial será substituído", avisou José Ramos-Horta.

"A missão dos deputados, membros de Governo, assessores e funcionários é de servir o povo, e servem implementando com celeridade, competência e honestidade o programa aprovado pelo parlamento nacional", vincou.

José Ramos-Horta falava perante centenas de convidados nacionais e internacionais na cerimónia de tomada de posse dos 47 elementos do IX Governo, liderado por Xanana Gusmão, que volta assim às funções que ocupou na liderança do V Governo constitucional.

O chefe de Estado deixou várias recomendações ao Governo e ao Parlamento, apelando a todos para que "sirvam com honestidade, humildade, profissionalismo, contribuam para o desenvolvimento integrado e sustentável do país".

E recordou que o processo de adesão de Timor-Leste à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é "um objetivo estratégico nacional" que exige "mobilizar todas as atenções e recursos nacionais", sendo o tema que "em matéria de política nacional e internacional (...) prevalece sobre todas as outras prioridades".

No que toca em concreto ao Governo, Ramos-Horta pediu reforço da coordenação setorial e interministerial, sob liderança de Xanana Gusmão, procurando cumprir as metas do roteiro fixado pela organização regional para a adesão.

E ao parlamento recomendou a criação de uma "Comissão Parlamentar para ASEAN, para acelerar o processo legislativo necessário, nomeadamente a ratificação de tratados".

Aos deputados, que começaram em junho o seu mandato, pediu ainda uma autorização legislativa "para dar capacidade jurídica ao Governo para realizar todos os atos legislativos necessários, como eliminação de dupla tributação, proteção de investimentos, comissão de arbitragem para resolução célere e justa de disputas".

"Todo o esforço deve ser feito para que a adesão formal de Timor-Leste a ASEAN seja celebrada durante a Presidência da Indonésia, isto é, em 2023", considerou.

A importância do processo de adesão é reconhecida na própria estrutura do Governo, com a designação de Milena Rangel como vice-ministra dos Negócios Estrangeiros para assuntos da ASEAN.

No discurso que hoje proferiu, José Ramos-Horta inverteu o protocolo nas saudações habituais, referindo-se, depois de dar as boas-vindas aos visitantes internacionais de vários países, aos "convidados de honra": centenas de crianças, vendedores ambulantes e outros timorenses.

"Alguns representantes humildes do povo estão aqui como convidados de honra do Presidente da República. As frutas expostas à vossa frente foram compradas aos "Ai-lebas", "tiga rodas" [dois tipos de vendedores ambulantes], pés descalços, subnutridos, convidados de honra do Presidente da República", explicou.

"Mães pobres, mães vendedeiras, mães agricultoras, mães que são pequenas comerciantes. Chefes de suco e de aldeias, professores, académicos, intelectuais, enfermeiros, médicos, estudantes, jovens, são convidados de honra", disse.

Representantes de vários setores da sociedade muitas vezes ignorados que o líder considerou "verdadeiros heróis e mártires, heróis de luta pela sobrevivência e pelo desenvolvimento, mártires acorrentados à pobreza secular".

"Aprendamos a respeitar esses desafortunados da sociedade e pedimos desculpas, penitenciamos pela nossa incapacidade em não termos a inteligência adequada e dedicação genuína para os ajudar eficazmente a libertarem-se da pobreza secular a qual estão acorrentados", afirmou.

O chefe de Estado deixou ainda palavras de agradecimento ao primeiro-ministro cessante, Taur Matan Ruak, que "soube manter-se sereno e determinado na prossecução do programa do seu Governo" apesar de várias crises, incluindo a situação política interna, a pandemia da covid-19, os efeitos da guerra na Ucrânia e desastres naturais.

O novo Governo, que hoje entrou formalmente em funções, é formado, na sua maior parte, por elementos que já estiveram em anteriores executivos em Timor-Leste.

Entre os mais veteranos da governação em Timor-Leste destaque para o novo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira, que integrou os últimos cinco executivos (ainda que o VIII apenas durante parte do mandato).

Os membros do Governo incluem vários elementos que estavam, até aqui, a exercer funções na Presidência da República, incluindo o chefe da Casa Civil, Bendito Freitas, que é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros.


sexta-feira, 30 de junho de 2023

"Estamos a entrar numa zona particularmente perigosa" com a Polónia a querer armas nucleares no seu território

Em resposta à presença do Grupo Wagner e de armas nucleares tácticas na Bielorrússia, a Polónia quer responder à letra. O major-general Arnaut Moreira acredita que estamos a entrar numa altura perigosa deste conflito.

Tvi.iol.pt

PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA AS OBRAS DA ESCOLA FRANCESA : O Presidente da República, visitou as obras da antiga Cimeira, futuras instalações do Liceu Francês.




 Presidência da República da Guiné-Bissau

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE EMBAIXADOR DA FRANÇA


 Presidência da República da Guiné-Bissau

Presidente da República na reza de sexta-feira com o corpo de segurança e alguns funcionários da presidência.


 Presidência da República da Guiné-Bissau
 

Pelo menos 48 mortos em acidente rodoviário no Quénia

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Notícias ao Minuto   30/06/23 

A Cruz Vermelha do Quénia informou que o camião abalroou mais de seis veículos e atropelou vários peões. Mais de 20 vítimas foram levadas para hospitais locais.

Pelo menos 48 pessoas morreram num acidente rodoviário em Londiani, na zona oeste do Quénia, na noite desta sexta-feira, quando um camião que transportava um contentor saiu da estrada onde seguia e embateu em vários veículos, segundo a polícia e testemunhas citadas pela Reuters.

Imagens que estão a ser difundidas na televisão mostram os destroços resultantes do acidente, que causou danos em veículos ligeiros, motociclos e vários camiões.

No mais recente balanço sobre a ocorrência, o comandante da polícia regional, Tom Odera, deu conta de que foram contabilizados 48 mortos.

"Vi um reboque em excesso de velocidade em sentido contrário. Desviei-me e evitei bater de frente com ele. A pessoa que estava atrás de mim pensou que eu queria comprar alguma coisa. Ele ultrapassou-me e foi aí que foi atingido. O reboque saiu da estrada e embateu noutros veículos", relatou Peter Otieno, um condutor que presenciou o incidente. 

E acrescentou: "Vi cerca de 20 corpos com os meus próprios olhos. Havia outros corpos debaixo do veículo".

A Cruz Vermelha do Quénia informou que o camião abalroou mais de seis veículos e atropelou vários peões. Mais de 20 vítimas foram levadas para hospitais locais, segundo a fonte aqui citada.

O presidente do Quénia, William Ruto, também já reagiu ao incidente, através de uma publicação na rede social Twitter. "O país está de luto com as famílias que perderam entes queridos num terrível acidente rodoviário em Londiani", escreveu.

O chefe de Estado apontou ainda ser "angustiante que algumas das vítimas mortais sejam jovens com um futuro promissor e empresários que estavam a fazer as suas tarefas diárias".

O acidente é um dos mais mortíferos nas estradas do Quénia nos últimos anos. No ano passado, 34 pessoas também morreram no centro do Quénia, quando um autocarro se desviou de uma ponte e caiu no vale de um rio.


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Austrália autoriza uso médico de 'ecstasy' e de cogumelos alucinogénicos

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POR LUSA   30/06/23 

A Austrália torna-se este sábado um dos primeiros países do mundo a autorizar o ecstasy e os cogumelos alucinogénicos para fins médicos, na esperança de combater determinadas patologias mentais.

Apartir de 01 de julho os psiquiatras poderão prescrever estas substâncias, conhecidas pela designação de MDMA e psilocibina, para o tratamento de estados de 'stress' pós-traumático e certo tipo de depressões, segundo uma decisão adotada em fevereiro pelo organismo australiano de vigilância das drogas.

O Canadá e alguns estados dos Estados Unidos autorizaram o uso médico de psilocibina e/ou de MDMA, mas apenas no quadro de ensaios clínicos ou autorizações especiais.

A Austrália vai reclassificar estas substâncias, após os ensaios da Therapeutic Goods Administration australiana (TGA), avaliando-as como "relativamente seguras" quando forem utilizadas "em ambiente médico controlado".

Os defensores desta decisão esperam que estas substâncias possam permitir avanços decisivos no tratamento de determinadas perturbações mentais.

Mike Musker, investigador em saúde mental e em prevenção do suicídio na universidade Austrália-Meridional, declarou à agência noticiosa AFP que o MDMA pode ser útil para tratar o 'stress' pós-traumático, enquanto a psilocibina pode ajudar no combate à depressão.

Nas suas declarações, explicou que a MDMA fornece aos pacientes "um sentimento de conexão" que lhes permite o contacto com o terapeuta e discutir as suas experiências traumáticas.

O "efeito psico-espiritual" da psilocibina, "que não se obtém com medicamentos tradicionais", disse, "pode alterar a vossa perceção de vós próprios e da vossa vida (...) e com alguma sorte, pode fornecer-vos o desejo de viver".

Musker duvida que estas drogas sejam "amplamente utilizadas" pelos doentes antes de 2024, e declarou que o processo não consiste em "tomar um comprimido e desaparecer na Natureza".

O ecstasy, por exemplo, necessitará provavelmente de três tratamentos num período de cinco a oito semanas, com cada sessão a prolongar-se por cerca de oito horas.

Precisou ainda que os terapeutas permanecerão com os doentes enquanto estiveram sob o efeito da droga e durante sessões que poderão custar, cada uma, cerca de 1.000 dólares australianos (609 euros).

O doutor David Caldicott, consultor em medicina de urgência e investigador em substâncias clínicas na Universidade nacional australiana de Camberra, declarou à AFP que esta decisão permite à Austrália uma vantagem na exploração dos benefícios médicos das drogas.

No entanto, Susan Rossel, neuropsicóloga cognitiva na universidade de Swinburne, declarou que apesar de estes tratamentos "possuírem um potencial", a Austrália "está a avançar em cinco anos antes de o dever fazer".

"Para outros tipos de doença, seja uma doença cardiovascular ou um cancro, é impossível colocar um medicamento no mercado de forma tão rápida como foi feito no caso presente", indicou à AFP.

"Não existem medicamentos no mercado que não tenham sido objeto de ensaios clínicos de fase três e de fase quatro -- e é o que fazemos aqui".

Um porta-voz do ministério da Saúde declarou à AFP que a decisão "tem em consideração o facto de as provas relacionadas com a utilização destas substâncias no tratamento de doenças mentais ainda não terem sido totalmente estabelecidas".

"As vantagens para certos doentes (...) sobrepõem-se aos riscos, e existe atualmente uma ausência de opções para os doentes resistentes aos tratamentos que sofrem de doenças mentais específicas".

"Penso ser necessário advertir o doente, antes de participar no programa, que [as 'bad trips' (más viagens)] constituem em efeito secundário potencial", assinalou Musker.

MALI: Conselho de Segurança da ONU encerra missão no Mali após 10 anos

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POR LUSA   30/06/23 

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje o fim do mandato da sua missão no Mali (Minusma) a partir de 30 de junho e a sua retirada do país após 10 anos de serviço.

"Sou funcionário público há 15 anos e vivo aqui há 30. Nunca vi nada igual. Nem os octogenários se lembram de algo assim", afirmou Sahane Yusuf Barjadle, comissário da aldeia de Magalo Qaran no município etíope-somali de Wajale.

A região afetada regista agora um colapso das temperaturas acompanhado de "neve, também em forma de granizo pedras, e ainda ventos gelados", descreveu o mesmo responsável.

As autoridades estimam que pelo menos 10 quilómetros de estradas entre as cidades de Gobyarrey e Haroreys estão obstruídos pela neve.

Há ainda registo de danos materiais nos telhados das casas, bem como em alguns veículos, mas não de pessoas feridas em resultado da tempestade.


Senegal. Amadou Ba garante eleições "transparentes" e "pacíficas" em 2024

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POR LUSA   30/06/23 

O primeiro-ministro senegalês, Amadou Ba, garantiu hoje que o Governo vai organizar eleições "transparentes, inclusivas e pacíficas" em 2024, apesar das críticas da oposição sobre a alegada intenção do Presidente Macky Sall concorrer a um terceiro mandato, proibido constitucionalmente.

"O Presidente pediu ao Governo que preparasse e lhe enviasse o mais rapidamente possível os textos das leis necessárias para criar pontos de convergência para que o país avance, de acordo com o interesse geral, para eleições transparentes, inclusivas e pacíficas", disse Ba, citado pela agência noticiosa senegalesa APS.

Macky Sall vai reunir-se em breve com representantes do setor económico e empresarial do país, acrescentou Ba, salientando que "o diálogo nacional não é apenas político".

"As conclusões do diálogo nacional serão examinadas e aplicadas de forma diligente", afirmou ainda.

A comissão de diálogo propôs na semana passada alterações à legislação eleitoral para permitir que figuras proeminentes da oposição, Khalifa Sall e Karim Wade, condenados por corrupção, concorram à Presidência, numa aparente tentativa de reduzir as tensões.

Sall afirmou durante o fim de semana que irá dirigir-se à nação "muito em breve" para esclarecer se irá candidatar-se a um terceiro mandato, tendo em conta o recrudescimento dos protestos contra essa possibilidade e a recente condenação a dois anos de prisão do líder da oposição Ousmane Sonko por "corrupção da juventude", que este considera uma tentativa de o afastar da corrida presidencial.

O líder senegalês nunca esclareceu se iria concorrer a um terceiro mandato, mas indicou que essa decisão, a acontecer, estaria dentro da lei, apesar de a Constituição do país vizinho da Guiné-Bissau limitar o número de mandatos a dois.

A repressão dos protestos dos apoiantes de Sonko, que é também presidente da câmara de Ziguinchor, sul do país, pelas forças de segurança senegalesas causou mais de 15 mortos e levou as Nações Unidas a pedir investigações "independentes e exaustivas" sobre os incidentes.