domingo, 4 de junho de 2023

‼ Eleições guineenses: Votação em Lisboa marcada por confusão ‼

 Os eleitores que votaram esta manhã na embaixada guineense em Lisboa enfrentaram uma longa fila e muita confusão. A CNE admitiu que não foi fácil gerir a situação, mesmo com a ajuda da polícia portuguesa.

#guinebissaueleicoes2023 

#guinebissaueleicoes2023: ‼ Botche Candé: "Peço a todos que aceitem a vontade do povo"

Botche Candé, líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) e atual ministro da Agricultura, votou esta manhã na cidade de Bafatá, leste da Guiné-Bissau. 

Apelou aos líderes políticos que aceitem os resultados da votação em curso. E espera uma sã convivência entre o Presidente Umaro Sissoco Embaló e quem for eleito.

 DW Português para África 


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As eleições guineenses são um momento de “celebração da democracia” para uma “estabilidade consistente” da Guiné-Bissau. Foi o que disse hoje Braima Camará, líder do MADEM-G15, após votar em Bissau acompanhado de apoiadores.


ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023: Primeira comunicação da Comissão Nacional das Eleições_CNE sobre a votação deste domingo nas legislativas.


@Radio Voz Do Povo 

Domingos Simões Pereira, cabeça de lista coligação PAI-TERRA RANKA, vota no Bairro de Luanda, CE 25 em Bissau.

 Radio Voz Do Povo 


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© Lusa   
POR LUSA   04/06/23 

O líder da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka disse hoje, depois de votar, que espera que nada condicione os guineenses de exercerem o seu direito de escolher "o melhor para o futuro do país".

A companhado da mulher, Paula Pereira, e de alguns dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação PAI- Terra Ranka, Domingos Simões Pereira votou numa mesa perto da sua residência no bairro de Luanda, arredores de Bissau.

Em declarações aos jornalistas, Simões Pereira afirmou que votar "é um ato especial de liberdade" pelo que, disse, os guineenses não podem ficar indiferentes.

"O meu desejo é que todos os cidadãos exerçam este momento de liberdade e que não se sintam condicionados por nada, que não seja por medo, que não seja por preguiça, que não seja, muito menos, por alguma restrição, ou condicionamento dessa sua liberdade", observou.

Domingos Simões Pereira sublinhou ainda que os guineenses são convocados hoje para dizerem aquilo que pensam ser o melhor para o futuro do país, através da escolha dos governantes, notou.

O líder da coligação PAI -- Terra Ranka disse que por aquilo que constatou durante a campanha eleitoral, em que disse ter andado por todo o país e falado com todas as franjas sociais, acredita na determinação dos guineenses em "virar a página e olhar para o futuro com confiança"

Domingos Simões Pereira afirmou que até ao momento em que falava aos jornalistas, por volta das 10h40 minutos (11h40 em Lisboa) e pelas informações de que dispunha, tudo estava a decorrer dentro da normalidade, salvo "pequenos problemas aqui e ali", mas iam sendo sanados.

Questionado sobre se tinha algo a temer após a votação de hoje, Simões Pereira espera que ninguém vá brincar com a vontade expressa pelos guineenses na urna: "O único temor é a eventualidade de alguém querer brincar com a vontade expressa pelo povo guineense. Espero que tenhamos o bom senso para não incorrer nesse tipo de brincadeiras."

Sobre se vai ser candidato ao cargo de primeiro-ministro em caso de vitória eleitoral, o líder da coligação PAI -- Terra Ranka disse que a estrutura irá indicar a sua proposta.

Cerca de 900 mil guineenses escolhem hoje os 102 deputados ao parlamento e consequentemente o futuro governo do país. As urnas encerraram às 17h00 horas de Bissau (18h00 em Lisboa).


Leia Também: Guiné. É dia para que país possa ter "estabilidade consistente"

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023: O CANDIDATO A PRIMEIRO MINISTRO DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, EXERCEU O DIREITO AO VOTO HOJE PELAS 11H NA ASSEMBLEIA DE VOTO DO CE 24.



HORA TCHIGA PA NO TENE NO PRIMEIRO MINISTRO ELEITO


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DECLARAÇÃO DO MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS HABITAÇÃO E URBANISMO DR. FIDELIS FORBS👇

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15


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POR LUSA   
04/06/23 

O líder do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, apelou hoje ao voto dos guineenses nas legislativas da Guiné-Bissau para que o país possa "encontrar a estabilidade consistente e duradoura".

"Quero dizer aos meus concidadãos, aos meus irmãos guineenses, que hoje é um dia muito importante, um dia particular, o dia da celebração da democracia, da paz, para que possamos encontrar a estabilidade consistente e duradoura que o país quer", afirmou Braima Camará, cujo partido está no Governo.

O líder do Madem falava aos jornalistas no centro de Bissau, junto à Praça do Heróis Nacionais, onde exerceu o seu direito de voto.

"Aproveito para fazer um apelo para que todos os guineenses votem em massa para que não possa haver quaisquer dúvidas para quem quer que seja. Esta é vez da Guiné-Bissau, está é a hora da Guiné-Bissau, esta vai ser a consolidação da mudança, da revolução histórica, que o Madem começou em 2018", sublinhou Braima Camará.

O líder do Madem-G15 afirmou também estar otimista e fiel "ao povo da Guiné-Bissau e aos princípios e valores que norteiam a sã convivência" no país.

"Paz, estabilidade, diálogo inclusivo, tolerância, humildade, são os valores e princípios que o povo da Guiné-Bissau sempre comungou e eu partilho desses valores, é a razão da minha convicção, é a razão da minha presença aqui, chegou a vez do Madem", concluiu Braima Camará.

Nas últimas legislativas, realizadas em 2019 e que o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) venceu, o Madem-G15 foi a segunda força mais votada, obtendo 27 dos 102 deputados no parlamento.

O Madem-G15 passou a integrar o Governo em 2020, após o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, ter demitido o executivo liderado pelo PAIGC e formado um novo.

Cerca de 900 mil guineenses escolhem hoje os 102 deputados ao parlamento e consequentemente o futuro governo do país.

As urnas abriram às 7h00 da manhã e encerraram às 17h00 horas de Bissau.


ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023: PRESIDENTE DA REPÚBLICA VOTOU EM GABU.

General Umaro Sissoco Embalo, exerceu o seu direito de voto, na manhã de hoje 4 de junho.

I- Circulo Eleitoral- 16,  II- Distrito Eleitoral-85,  III- Mesa de Voto- 01.


 Presidência da República da Guiné-Bissau 

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Leia Também: As urnas para as eleições legislativas de hoje na Guiné-Bissau abriram às 07h00 locais (08h00 em Lisboa) para perto de 900 mil guineenses escolherem os 102 novos deputados e o partido que vai formar Governo.


TURQUIA: PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA CERIMÓNIA DE INVESTIDURA DO PRESIDENTE DA TURQUIA, RECEP TAYYIP ERDOGAN.

 Presidência da República da Guiné-Bissau     03.06.2023 



ÍNDIA: Acidente ferroviário na Índia terá sido causado por erro humano... A garantia é dada por um funcionário anónimo da empresa responsável pelos comboios envolvidos no acidente.

© Getty Images

Notícias ao Minuto    04/06/23 

Uma colisão ferroviária na Índia resultou, até ao momento, na morte de mais de 280 pessoas, tornando-se num dos piores acidentes ferroviários do país.

A colisão entre três comboios deu-se na sexta-feira e "como aconteceu e o porquê é algo que se saberá após uma investigação minuciosa, mas, à primeira vista, parece ser um erro humano”, garantiu uma fonte anónima da empresa responsável pelos comboios, citada pelo canal televisivo NDTV.

KS Anand, diretor de relações públicas da South Eastern Railway, o comboio 'Coromandel Express' deveria estar a circular na linha principal, mas recebeu um sinal para que mudasse para a linha circular. De seguida,  acabou por colidir a 127 km/h com um comboio de carga que estava estacionado no local.

Tal foi a força do impacto que as carruagens espalharam-se pelos dois lados da ferrovia e as que permaneceram na linha principal causaram, ainda, uma colisão com um terceiro comboio, o 'Howrah Superfast Express'.

Pelo menos 288 pessoas morreram e quase 900 ficaram feridas neste acidente, que ocorreu no estado indiano de Odisha.


Leia Também: EUA lamentam acidente de comboio na Índia que fez pelo menos 288 mortos

O Departamento da Defesa dos Estados Unidos denunciou hoje as ações "cada vez mais arriscadas" do exército chinês na Ásia, após dois incidentes entre as forças dos dois países nos últimos dias.

© Kevin Dietsch/Getty Images

Notícias ao Minuto  04/06/23 

Pentágono denuncia ações "cada vez mais arriscadas" da China na Ásia

O Departamento da Defesa dos Estados Unidos denunciou hoje as ações "cada vez mais arriscadas" do exército chinês na Ásia, após dois incidentes entre as forças dos dois países nos últimos dias.

"Continuamos preocupados com as atividades cada vez mais arriscadas e agressivas do Exército de Libertação Popular [chinês] na região, incluindo nos últimos dias", disse o porta-voz do Pentágono, o general Pat Ryder, que participa com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, no Diálogo de Shangri-La, uma conferência de segurança a decorrer em Singapura.

As declarações surgem após dois incidentes que envolverem, nos últimos dias, as forças armadas dos EUA e da China no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China.

A Marinha dos Estados Unidos acusou no sábado um navio chinês de fazer um movimento perigoso perto de um contratorpedeiros dos EUA que navegava no Estreito de Taiwan, acompanhado por uma embarcação canadiana.

A China não mencionou este incidente, mas acusou os Estados Unidos e o Canadá de "causarem problemas intencionalmente no Estreito de Taiwan".

Washington também acusou um piloto chinês de realizar "uma manobra agressiva injustificada" perto de um avião de reconhecimento dos EUA que sobrevoava o Mar do Sul da China.

Nos vídeos difundidos pelo Comando para o Indo-Pacífico dos Estados Unidos, o avião chinês, um J-16, é visto a voar nas proximidades do avião norte-americano, um RC-135, modelo normalmente utilizado para vigilância.

O evento ocorreu no dia 26 de maio, quando o piloto chinês se posicionou à frente do RC-135, que foi forçado a voar através da turbulência provocada pelo caça chinês.

Segundo os EUA, o seu avião "estava a realizar operações seguras e de rotina no espaço aéreo internacional sobre o Mar do Sul da China, de acordo com o direito internacional".

Na mesma nota, o Comando para o Indo-Pacífico dos Estados Unidos assegurou que os EUA "vão continuar a voar, navegar e operar com segurança e responsabilidade onde quer que os regulamentos internacionais o permitam", incluindo na região do Indo-Pacífico.

O porta-voz do Comando do Teatro de Operações Sul do exército chinês, o coronel Zhang Nandong, acusou no comunicado os EUA de "misturarem preto e branco e fazerem falsas acusações, na tentativa de confundir o público".

"Pedimos solenemente aos EUA que restrinjam conscientemente as ações das forças navais e aéreas da linha da frente, cumpram com rigor as leis internacionais relevantes e os acordos relevantes e evitem acidentes no mar e no ar", disse Zhang.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos. Os EUA também não reconhecem as reivindicações de Pequim sobre um território marítimo estratégico, através do qual passam cerca de cinco biliões de dólares (cerca de 4,68 biliões de euros) em comércio internacional todos os anos.


Leia Também: O ministro da Defesa chinês deixou hoje em Singapura críticas a "alguns países" que tentam impor regras a outros, argumentando que o fazem em defesa da ordem internacional, num momento de escalada de tensões entre Pequim e Washington.

GUINÉ-BISSAU: Perto de 900 mil eleitores guineenses escolhem hoje os novos deputados e o partido que vai formar o Governo entre 20 partidos e duas coligações, nas sétimas legislativas desde a abertura ao multipartidarismo.

© Lusa

POR LUSA   04/06/23 

Guineenses escolhem hoje os novos deputados e partido do Governo

Perto de 900 mil eleitores guineenses escolhem hoje os novos deputados e o partido que vai formar o Governo entre 20 partidos e duas coligações, nas sétimas legislativas desde a abertura ao multipartidarismo.

As urnas abrem às 07h00 locais (08h00 em Lisboa) e encerram às 17h00 (18h00 em Lisboa) e haverá 3.524 mesas de voto, no país e na diáspora.

Os principais partidos são o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), atualmente no Governo, a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, na oposição), o Partido de Renovação Social (PRS) e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), de Botché Candé, atual ministro da Agricultura.

A Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, tem tido uma presença mais discreta na campanha eleitoral e o chefe do Governo perspetivou já que nenhum partido vai conseguir a maioria, sendo necessário um consenso para formar o executivo.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento em 16 de maio de 2022 e marcou inicialmente as eleições para 18 de dezembro desse ano, mas as legislativas foram depois remarcadas para 04 de junho. 

A oposição acusou o Presidente de interferência na campanha eleitoral a favor do Madem-G15, que usa cartazes com fotos do líder do partido, Braima Camará, ao lado do chefe de Estado e tem contestado as dificuldades em obter acreditações e livre-trânsito para os representantes dos partidos nas assembleias de voto.

No sábado, a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Felisberta Moura Vaz, destacou que este órgão assina os livre-trânsito em conjunto com o Ministério do Interior, que alegou "questões de segurança e que tem de controlar todas as viaturas que vão circular".

O líder do PRS, Fernando Dias, já avisou que o partido irá colocar os seus militantes nas ruas em caso de "fraude" para "defender a verdade democrática das urnas".

Ao todo estão no país cerca de 200 observadores, ainda de acordo com a CNE, nomeadamente 60 da missão de curta duração da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderada pelo ex-presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, além dos 15 que já estão no terreno, 29 da União Africana, chefiados pelo ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano, enquando a missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), composta por 27 elementos, é chefiada pelo ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Alberto Carlos.

sábado, 3 de junho de 2023

O comando-geral da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau fez esta noite uma conferência de imprensa para anunciar as medidas que vão vigorar este domingo, dia das eleições legislativas, para preservar a ordem pública no país.

Perto de 900 mil eleitores guineenses são chamados  às urnas para escolherem os novos deputados e o partido que vai formar Governo. A estas eleições concorrem 20 partidos e duas coligações. 


GUERRA NA UCRÂNIA: Líder do Grupo Wagner acusa fações do Kremlin de destruírem Estado russo

© Getty Images

Notícias ao Minuto   03/06/23 

"Algumas torres do Kremlin decidiram fazer jogos perigosos", acusou Yevgeny Prigozhin, referindo-se a determinadas fações internas da liderança russa.

O líder dos mercenários russos, Yevgeny Prigozhin, acusou este sábado as diferentes fações do Kremlin de estarem a destruir o Estado russo, ao tentarem semear a discórdia entre ele e os combatentes tchetchenos, reporta a Reuters. Nas suas palavras, tal disputa já foi resolvida, embora as lutas internas na liderança russa tenham aberto uma "Caixa de Pandora".

O chefe máximo do Grupo Wagner começou por explicar que uma disputa entre os mercenários e as forças tchetchenas, que também lutam ao lado do exército russo na Ucrânia, tinha sido culpa de algumas fações não identificadas do Kremlin - a que decidiu chamar "torres" na sua argumentação. 

O esquema ficou, a certo ponto, tão fora de controlo que o presidente russo, Vladimir Putin, foi obrigado a repreender essas mesmas fações numa reunião recente do Conselho de Segurança, disse ainda Yevgeny Prigozhin.

"A Caixa de Pandora já está aberta - e não fomos nós que a abrimos", elaborou o líder dos mercenários, numa mensagem divulgada pela sua assessoria de imprensa, aqui citada pela Reuters. E acrescenta: "Algumas torres do Kremlin decidiram fazer jogos perigosos".

"Os jogos perigosos tornaram-se comuns nas torres do Kremlin... Estão simplesmente a destruir o Estado russo", referiu ainda Yevgeny Prigozhin, que não deixou claro sobre quais fações fazia referência. Porém, se continuassem a tentar semear a discórdia, teriam "um inferno para pagar".

O Kremlin não fez, até ao momento, qualquer comentário a estas declarações. Porém, a reunião do Conselho de Segurança de sexta-feira tinha sido, de facto, dedicada ao que se diziam ser as relações "interétnicas" dentro do país.

Prigozhin afirmou ainda que qualquer batalha entre as forças especiais Akhmat, lideradas pelo tchecheno Ramzan Kadyrov, e entre o Grupo Wagner resultaria num intenso derramamento de sangue, mas que não havia dúvidas sobre quem venceria.

Recorde-se que o líder destes mercenários é, também ele, membro do círculo mais alargado do presidente Vladimir Putin, tendo ganho uma maior notoriedade com a guerra na Ucrânia, que continua sem fim à vista.


As táticas transfronteiriças da Ucrânia têm como objetivo desestabilizar a Rússia. A julgar pela resposta, estão a funcionar

Prédio de vários andares danificado após um alegado ataque de drones em Moscovo, Rússia. Lev Sergeev/Reuters

Por CNN,  Análise de Sam Kiley  03/06/23

Porque os esforços da Ucrânia para abalar a Rússia estão a funcionar

A Ucrânia abriu uma nova frente na sua batalha para expulsar o invasor russo - na Rússia. Mas é estranhamente tímida em admitir que enviou tropas, disparou artilharia e pilotou drones para o território do seu vizinho.

As operações de cidadãos russos, com identificação militar ucraniana, vestindo uniformes ucranianos e atacando a partir da Ucrânia, permanecem oficialmente opacas. É a contribuição de Kiev para o que se tornou conhecido como "guerra híbrida" na "zona cinzenta" do conflito contemporâneo.

Os dois termos geraram livros e um tsunami de opiniões entusiasmadas de um exército de especialistas quando a Rússia invadiu a Ucrânia pela primeira vez, em 2014.

Nessa altura, apareceram na Crimeia "homenzinhos verdes" com peculiares uniformes de caça desportiva de dois tons - e fardas militares russas.

Quando foi sugerido que talvez, apenas talvez, estes homens fossem de facto tropas russas, Vladimir Putin gracejou: "Pode ir a uma loja e comprar qualquer tipo de uniforme."

A posição oficial de Moscovo era que os homens que hastearam a bandeira russa sobre Simferopol e invadiram o parlamento local da Crimeia eram "unidades de autodefesa" de ucranianos pró-russos ansiosos por colocar o seu território sob o domínio de Moscovo.

Quando Moscovo admitiu que as suas tropas estavam realmente na Ucrânia, uma grande parte da antiga nação soviética, com 14 anos de existência, já estava sob o controlo de Putin.

Combatentes do Corpo de Voluntários Russos e do grupo aliado, a Legião da Liberdade da Rússia, ao lado de um veículo blindado apreendido, em 24 de maio de 2023. Sergey Bobok/AFP/Getty Images

Agora, em pequena escala, a Ucrânia está a adaptar essas mesmas táticas para tentar garantir um efeito estratégico.

O Corpo de Voluntários Russos e a Legião da Liberdade para a Rússia - que estão sob a alçada da estrutura dos Serviços de Informações de Defesa da Ucrânia - têm efetuado pequenos ataques transfronteiriços à Rússia.

O principal objetivo? Desestabilização.

Embora a terminologia e os métodos possam ter evoluído, a tática não tem nada de novo. Para além da Rússia, os regimes de apartheid da África do Sul utilizaram técnicas semelhantes durante as décadas de 1970 e 1980, atacando os Estados na linha da frente - Angola, Zâmbia, Zimbabué e Moçambique.

Pretória enviou tropas em incursões transfronteiriças para desestabilizar as nações africanas independentes que se opunham ao seu regime racista. Faziam-se frequentemente passar por combatentes da libertação local em ataques clássicos de "falsa bandeira" contra civis, tentando minar o apoio aos movimentos de libertação.

Estes grupos eram frequentemente formados por combatentes de Angola ou do Zimbabué, para dar "autenticidade" às atrocidades que esperavam atribuir a outros. Eram muitas vezes liderados por homens brancos camuflados de negros.

O objetivo a longo prazo - e, muitas vezes, o resultado - era manter permanentemente desequilibradas as nações que apoiavam a luta de libertação interna da África do Sul.

Rússia agitada

Na Ucrânia, convém a Kiev que os russos invadam a Rússia em seu nome.

Os resultados táticos podem ser limitados. Breves incursões em pequenas aldeias fronteiriças. Mas o efeito desejado de desestabilização da Rússia é conseguido.

A televisão russa tem sido inundada por relatos sem fôlego, e aterrorizados, de jornalistas locais sobre os ataques de artilharia contra cidades russas.

O governador de Belgorod - a região mais atingida pela última campanha ucraniana - retirou centenas de civis, tem estado em contacto telefónico pessoal com Putin e já recebeu um elogio de bravura pelos seus esforços.

Entretanto, a Legião da Liberdade para a Rússia está a publicar anúncios no seu canal Telegram para pilotos de drones se juntarem às suas fileiras.

Pode, ou não, estar por detrás do número crescente de ataques com drones que têm atingido o território russo, desde o Kremlin e os subúrbios de Moscovo preferidos dos aliados de Putin, até às cidades de Kursk, Smelensk e Krasnador.

O objetivo é fazer com que os ataques dentro da Rússia pareçam ter um sabor russo significativo - para sugerir que mais russos estão a seguir o dissidente "Grito de Liberdade" e a juntar-se a um esforço interno para depor Putin.

Tanto o Corpo de Voluntários Russos como a Legião da Liberdade para a Rússia afirmam ter apoiantes no seu país de origem.

É possível que tenham, de facto. Alguém soltou a bandeira azul e branca do movimento de oposição russo sobre Moscovo na semana passada. Alguém está a ajudar a pilotar, ou a treinar, drones para alvos russos.

No que diz respeito à Ucrânia, quanto mais os russos pensarem que os seus compatriotas estão envolvidos no ataque ao regime russo, melhor. A dúvida é, por si só, desestabilizadora.

A julgar pela retórica que vem da Rússia, está a funcionar.

Na abertura de uma reunião com o seu Conselho de Segurança na sexta-feira, Putin disse que os "malfeitores" devem ser impedidos de desestabilizar a Rússia.

Putin disse que o Conselho se iria concentrar em garantir a segurança política interna, tendo em conta os esforços intensificados do inimigo "para agitar a situação dentro da Federação Russa".

"Temos de envidar todos os esforços possíveis para não permitir que o façam em circunstância alguma", acrescentou Putin.

A guerra a regressar a casa

Nesta estratégia, a Ucrânia não poderia pedir um maior aliado do que Yezgeny Prigozhin, o líder do grupo mercenário russo Wagner.

"O Grupo Wagner quer, pelo menos, um mês de recuperação, porque foi um trabalho difícil, um ano difícil... E depois haverá os próximos confrontos, penso eu, muito provavelmente em território russo", disse após as incursões e os ataques com drones contra a Rússia.

Como bónus para Kiev, Prigozhin criticou a liderança militar russa. A cadeia de comando russa é "controlada por palhaços que apenas tratam os homens como carne para canhão", disse, acrescentando: "por isso, não faremos parte desta cadeia".

Prigozhin fotografado à saída de um cemitério, antes do funeral de um bloguista militar russo, que foi morto num ataque à bomba num café de São Petersburgo, em Moscovo, Rússia, a 8 de abril de 2023. Yulia Morozova/Reuters

Sobre os ataques com drones a Moscovo na semana passada, disse o seguinte aos generais russos: "Seus animais fedorentos, o que estão a fazer? Vocês são uns porcos! Levantem o rabo dos gabinetes onde foram colocados para defender este país."

Dmitry Medvedev, um aliado próximo de Putin, ficou igualmente abalado com o facto de a guerra ter chegado à Rússia. Reagiu com algo próximo da histeria.

"É clara a resposta que é necessária: eles têm de ser aniquilados, não apenas a título pessoal, mas temos de os destruir no próprio ninho de vespas. O regime que se desenvolveu na Ucrânia deve ser exterminado", disse Medvedev.

Pode parecer um nazi, mas as suas palavras continham ecos sinistros do genocida Holodomor dos anos 30, quando, sob a União Soviética, cerca de três milhões de ucranianos foram deliberadamente mortos à fome, os agricultores da classe média foram erradicados e a língua ucraniana proibida.

Mas tais fulminações podem não impressionar os russos comuns.

O governador de Belgorod afirma que dezenas de ataques atingiram distritos fronteiriços dentro da Rússia durante o último dia.

Numa longa publicação no seu canal Telegram, Vyacheslav Gladkov afirmou que grande parte do fogo recebido era de artilharia e morteiros contra os distritos fronteiriços. Houve danos em estradas, propriedades e veículos, acrescentou, e 12 pessoas ficaram feridas em 24 horas na cidade fronteiriça de Shebekino.

Uma mulher que falou para um canal pró-russo do Telegram disse que Shebekino estava "a arder, as batalhas estão a decorrer", acrescentando: "Fugimos da cidade. "

"Há muito poucos dos nossos lá. Nos dias anteriores, com todos os bombardeamentos, não houve quase nenhuma resposta, nenhum militar (russo). Fomos deixados por nossa conta", disse a mulher anónima. A CNN não pôde verificar a sua versão dos factos.

Mas as suas opiniões podem espalhar-se. E a reação da Rússia à campanha no seu território pode desestabilizar a sua campanha militar na Ucrânia - e com ela a política interna.

Legislativas: COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES LAMENTA A VIOLAÇÃO DO PERÍODO DE REFLEXÃO

 O DEMOCRATA  03/06/2023  

A secretária executiva adjunta e porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) lamentou a violação do período de reflexão iniciado à meia noite deste sábado. Contudo disse não ter informação sobre um evento específico que configurasse a violação do período de reflexão, mas a ter acontecido “a CNE lamenta e garante tomar medidas para corrigir a situação”.

“Temos delegados em todo o território nacional a monitorizar o processo. Estamos a ser informados de forma empírica, não temos meios tecnológicos para detetar essas anomalias. Garanto-vos que os nossos delegados estão a fazer o seu trabalho e que fique claro que as consequências jurídicas desses atos estão previstas na lei “, afirmou.

O Partido da Renovação Social denunciou, ontem, sexta-feira, 02 de junho de 2023, que não tinha recebido crachás para os seus delegados às assembleias de voto.

Questionado sobre o que está a acontecer, Felisberta Moura Vaz disse não ter informações, apenas recebeu alguma reclamação concernente à demora na entrega de livre trânsito.

“Está cá o representante do PRS. Falamos ontem e informamos os representantes que os livre trânsito não estavam disponíveis e que o assunto estava a ser tratado a nível do comando conjunto de asseguração das eleições, no Comissariado Nacional da Polícia da Ordem Pública”, esclareceu.

CNE CONVIDA OS ELEITORES A DAREM PROVAS DA SUA MATURIDADE CÍVICA E POLÍTICA

Em mensagem lida pela secretária executiva adjunta e porta-voz da Comissão Nacional (CNE), Felizberta Moura Vaz, a instituição que organiza as eleições nacionais convida os eleitores a darem prova da sua maturidade cívica e política no dia da votação.

Enfatizou que o momento convoca todos a uma reflexão profunda e a um exame de consciência sobre os seus atos e as responsabilidades que pendem sobre todos, enquanto administradores eleitorais, membros das assembleias de voto, fiscais, dirigentes, militantes, simpatizantes, apoiantes dos partidos e coligações de partidos políticos concorrentes, enquanto observadores que irão acompanhar   e fiscalizar passo a passo, estas eleições legislativas.

“O apuramento dos resultados eleitorais depende apenas da contagem dos votos validamente expressos nas mesas de voto, contabilizados nas assembleias de voto, na presença  de todos os interessados  e em estrito cumprimento da lei eleitoral”, lembrou, acrescentando que os resultados apurados são transcritos em atas síntese,assinadas pelas principais partes  interessadas- membros da mesa e delegados de listas (fiscais dos partidos políticos às mesas), pois “são essas  as garantias legais  da transparência  e que impossibilitam, de forma inequívoca, contrariar a vontade popular”. 

A porta-voz da CNE alertou, na mesma mensagem, que é da competência exclusiva do órgão gestor das eleições divulgar os resultados do apuramento nos diversos órgãos de comunicação social.

“Vamos votar em consciência. O nosso voto deve ser claro, correto e certo, porque apenas os votos válidos produzem efeitos desejáveis no apuramento. Os votos nulos e brancos não têm valor nenhum para o apuramento, por isso façam um voto correto e certo”, aconselhou, para de seguida afirmar que a participação cívica e ordeira dos cidadãos na votação de domingo vai testemunhar a “vontade inabalável“ do povo, de construir uma Guiné-Bissau de todos e para todos.

Por: Filomeno Sambú

Senegal continua sob tensão com 15 mortos desde quinta-feira

© Lusa

POR LUSA   03/06/23 

O Senegal continua hoje sob tensão, um dia após confrontos que fizeram seis mortos, elevando para 15 o número de mortes desde a condenação a dois anos de prisão do opositor Ousmane Sonko, na quinta-feira.

"Registámos no dia 02 de junho seis mortos, incluindo quatro na região de Dacar e dois na região de Ziguinchor", disse à AFP o porta-voz do ministro do Interior.

Os confrontos opuseram na noite de sexta-feira pequenos grupos de jovens manifestantes e as forças da ordem em Dacar, nos arredores da capital e no sul do país.

O Ministério do Interior ainda não assinalou qualquer incidente que tenha ocorrido hoje, até ao início da tarde.

Mas, durante a manhã havia ainda pneus queimados e pedras nas ruas, onde vários locais foram saqueados, incluindo lojas e bancos.

Várias redes sociais, como Facebook, WhatsApp ou Twitter, estão sem funcionar, uma medida que o governo diz ter sido adotada para evitar a "difusão de mensagens de ódio e subversivas".

O exército foi destacado para pontos estratégicos e também é visível a presença policial na capital, segundo a AFP.

A violência eclodiu após a condenação a dois anos de prisão do opositor Ousmane Sonko, candidato declarado às presidenciais de 2024, acusado de ter levado à "devassidão" uma jovem com menos de 21 anos, uma sentença que o impede de ser elegível.

Sonko diz desde o início deste caso que se trata de uma conspiração do presidente Macky Sall para o eliminar politicamente e afirma que está "sequestrado" na sua residência pelas forças de segurança, que impedem a aproximação de qualquer pessoa.

Ousmane Sonko pode ser detido "a qualquer momento", afirmou o ministro da Justiça Ismaïla Madior Fall.