terça-feira, 16 de maio de 2023

Filial especializada da OMS encerra em Moscovo devido à guerra na Ucrânia

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POR LUSA   15/05/23 

O gabinete europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou hoje o encerramento de uma filial especializada desta agência da ONU em Moscovo e a sua transferência para a Dinamarca.

Esta decisão surge no sequência de apelos dos países membros feitos em abril de 2022, para o encerramento desta estrutura na capital russa, logo após o início da invasão da Ucrânia, noticiou a agência France-Presse (AFP).

A reunião virtual desta segunda-feira, na qual a medida foi aprovada, foi convocada depois de um grupo de 30 estados ter pedido no mês passado, através de uma carta, uma sessão extraordinária.

Estes países destacaram os "impactos de saúde imediatos e de longo prazo na Ucrânia", para além da ofensiva militar russa, que "continua a ser uma questão de extrema importância".

A região europeia da OMS compreende 53 países, vários dos quais estão localizados na Ásia Central.

A maioria dos Estados-membros aprovou a decisão de encerrar este "Gabinete de Prevenção e Controlo de Doenças Não Transmissíveis" em Moscovo e transferir as suas capacidades para o gabinete regional na Dinamarca até 1 de janeiro de 2024.

No entanto, o gabinete da OMS para a Rússia não está em risco.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


NIGÉRIA: Washington aplica sanções a nigerianos acusados de minar democracia

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POR LUSA  15/05/23 

Os Estados Unidos da América (EUA) impuseram hoje restrições de visto a vários cidadãos nigerianos acusados de tentar minar a eleição presidencial de 25 de fevereiro passado.

"Esses indivíduos estiveram envolvidos na intimidação de eleitores através de ameaças e violência física, manipulação de resultados de votação e outras atividades que prejudicam o processo democrático da Nigéria", disse o Departamento de Estado norte-americano em comunicado, sem especificar a identidade dos funcionários visados, agora banidos dos Estados Unidos.

Essas ações, sublinha a nota, são específicas para os cidadãos em questão e "não são dirigidas ao povo nigeriano ou ao Governo da Nigéria como um todo".

De acordo com a Lei de Imigração e Nacionalidade norte-americana, os visados estarão sujeitos a restrições de vistos para os Estados Unidos sob uma política que cobre aqueles considerados responsáveis ou cúmplices de minar a democracia.

"A decisão de tomar medidas para impor restrições de visto reflete o compromisso contínuo dos Estados Unidos em apoiar as aspirações nigerianas de fortalecer a democracia e o estado de direito", concluiu o Departamento de Estado.

Os candidatos da oposição Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), e Peter Obi, do Partido Trabalhista, interpuseram recurso contra os resultados eleitorais da Nigéria e denunciaram irregularidades durante as eleições, nas quais saiu vencedor o candidato governamental do Congresso de Todos os Progressistas (APC), Bola Tinubu.

A embaixadora dos Estados Unidos na Nigéria, Mary Leonard, apelou em março à comissão eleitoral para atender "prontamente" os apelos apresentados pela oposição, destacando os progressos realizados nas mais de duas décadas desde "o regresso à democracia" no país africano.

"A América não é estranha a controvérsias e conflitos relacionados a eleições. Embora possa ser insatisfatório encerrar um processo eleitoral no tribunal, numa democracia constitucional que adere ao Estado de direito, é aí que eles terminam adequadamente", disse na ocasião.


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Líder militar sul-africano na Rússia dias após acusação de envio de armas

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POR LUSA  15/05/23 

O mais importante general do exército russo e o seu homólogo sul-africano discutiram hoje a "cooperação militar" durante uma reunião em Moscovo, anunciou o Ministério da Defesa russo.

O anúncio foi feito horas depois de o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ter negado as acusações dos Estados Unidos de que o seu país estava do lado da Rússia na guerra na Ucrânia e tinha enviado armas para a ajudar.

O general Oleg Salyukov, comandante das forças terrestres russas, encontrou-se com o chefe do exército sul-africano, tenente-general Lawrence Mbatha, no quartel-general do comando geral da Rússia em Moscovo, detalhou o ministério russo.

"As partes discutiram questões de cooperação militar e a execução de projetos destinados a aumentar a prontidão de combate dos exércitos dos dois países", lê-se no comunicado russo.

"A reunião entre os comandantes militares resultou em acordos sobre a expansão da cooperação entre as forças terrestres em várias áreas", acrescenta-se.

Na nota anuncia-se que a delegação sul-africana tem em agenda visitas a várias unidades do exército russo "de formação e treino".

O exército sul-africano disse que a viagem foi planeada muito antes de o embaixador dos EUA na África do Sul ter alegado, na semana passada, que o país tinha fornecido armas à Rússia quando um navio sob sanções dos EUA fez uma paragem secreta numa base naval sul-africana em dezembro de 2022.

O governo sul-africano negou que a paragem do cargueiro russo tenha envolvido uma venda oficial de armas, embora não tenha excluído categoricamente a possibilidade de uma transação de armamento.

Ramaphosa afirmou que está a decorrer uma investigação para determinar se foram carregadas armas no navio de carga "Lady R", de bandeira russa, na base naval de Simon's Town, perto da Cidade do Cabo.

O Presidente sul-africano aproveitou hoje a sua mensagem semanal à nação para reafirmar a posição não alinhada da África do Sul em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A declaração do Presidente foi vista como uma resposta ao embaixador dos EUA na África do Sul, Reuben Brigety, que questionou a neutralidade da África do Sul na guerra da Ucrânia ao fazer as alegações sobre um carregamento de armas.

Brigety foi posteriormente convocado para uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul.

"Não aceitamos que a nossa posição não alinhada favoreça a Rússia em detrimento de outros países", escreveu Ramaphosa na sua mensagem semanal.

"Nem aceitamos que isso ponha em risco as nossas relações com outros países", vincou, acrescentando: "Temos sido firmes neste ponto: A África do Sul não foi, e não será, arrastada para uma disputa entre potências mundiais".

Ramaphosa também deu a entender que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, visitará a África do Sul para uma cimeira dos líderes do bloco económico BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] em agosto.

O Kremlin ainda não confirmou se Putin participa na cimeira.

Tal viagem envolveria a África do Sul noutra confusão diplomática porque o país é signatário do tratado que criou o Tribunal Penal Internacional, que emitiu um mandado de captura de Putin em março por alegados crimes de guerra envolvendo o rapto de crianças da Ucrânia.

Desde a emissão do mandato, Putin tem viajado raramente, e apenas para países aliados próximos da Rússia.

Os países signatários do tratado estão obrigados a deter o líder russo.

Embora a Rússia e a África do Sul tenham descrito a reunião de hoje entre os dois generais como parte de uma viagem bilateral normal, a mesma deverá aumentar o escrutínio da economia mais desenvolvida de África, que é vista como uma nação influente no mundo em desenvolvimento.

Para além das alegações sobre as armas, a África do Sul também recebeu navios de guerra russos e chineses e participou em exercícios navais ao largo da sua costa oriental em fevereiro, que coincidiram com o aniversário de um ano da invasão russa da Ucrânia.

Brigety disse na semana passada que os funcionários dos EUA "respeitam a política de neutralidade e não-alinhamento da África do Sul nos assuntos internacionais", mas "notaram uma série de questões que sugerem que, na prática, o governo da África do Sul não está de facto não-alinhado".

A Associated Press verificou de forma independente que o "Lady R" parou na base naval sul-africana durante pelo menos três dias em dezembro.

Segundo a agência noticiosa norte-americana, o "Lady R" está ligado a uma empresa que foi sancionada pelos EUA por transportar armas para o governo russo e ajudar o seu esforço de guerra na Ucrânia.


segunda-feira, 15 de maio de 2023

Abertura da conferência internacional da JUADEM - Jornadas da Juventude


 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

TIMOR-LESTE: Ramos-Horta defende compra de equipamento naval a Portugal

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POR LUSA  15/05/23 

O Presidente da República timorense defendeu hoje que Timor-Leste deve comprar equipamento naval e 'know-how' a Portugal para estabelecer um pequeno estaleiro no país para garantir a manutenção das embarcações timorenses.

"Porque não contactamos com as autoridades portuguesas (...) e encontramos uma fórmula (...) em que Portugal nos venda, não é dar, nos venda equipamento naval, 'know-how', e construímos aqui um estaleiro naval", questionou José Ramos-Horta em entrevista à Lusa.

"Por amor de Deus, eu peço aos governantes para pensarem com seriedade nesta questão de manutenção: não há um exército, não há uma polícia séria sem uma manutenção na retaguarda, muito, muito boa", afirmou.

Ramos-Horta presidiu hoje à inauguração do recém-recuperado Centro de Operação Marítima (COMAR) instalado na base naval de Hera, a leste da capital timorense, estrutura recuperada com apoio da cooperação australiana e que acolhe a Autoridade Marítima Nacional.

O Programa de Cooperação Australiano para a Defesa forneceu cerca de 375 mil dólares americanos (345 mil euros) com apoio técnico adicional a nível de engenharia.

O Presidente saudou os progressos conseguidos pela componente naval das Forças de Defesa timorense (F-FDTL), com mais de 800 elementos e cada vez mais equipamento, considerando que é essencial evitar os erros do passado.

Notou, por exemplo, que anualmente o Estado gasta entre 600 e 800 mil dólares para a manutenção do seu ferry de passageiros, feita na Indonésia e sem "controlo de que se faz mesmo a manutenção" nesse valor.

O Estado comprou ainda dois navios da Xangai Class, à China, "por 30 milhões de dólares, sem manutenção", recebendo três outras embarcações da Coreia do Sul, também sem manutenção, das quais uma "vai ser afundada" e as outras foram entregues à polícia.

"É necessário pensar muito na manutenção. Não há uma instituição que pode funcionar sem uma manutenção rigorosa. Refiro-me a uma manutenção de segurança e de defesa. Temos tantas embarcações, algumas compradas sem se pensar duas vezes", disse.

O chefe de Estado defendeu ainda que o país trabalhe com a Austrália e com a Indonésia, de forma bilateral ou trilateral, para garantir a segurança nas águas do país, considerando "romântico ou irrealista" Timor-Leste pensar que o pode fazer sozinho.

"É caríssima a segurança marítima. E é romantismo ou irrealismo total pensar que um país pequeno como Timor-Leste, ou de maior dimensão, pode fazer segurança marítima da sua orla económica exclusiva sozinho. Austrália, que é a Austrália, uma potência mundial, potência regional, só consegue controlar 10% da sua zona económica exclusiva, incluindo no mar de Timor. Quanto mais Timor-Leste", afirmou.

"Sempre insisti: para fazermos acordo, ou trilateral (Austrália, Timor-Leste e Indonésia) ou bilateral (Austrália e Timor-Leste). A Indonésia de uma maneira geral não gosta desses acordos tripartidos. Prefere o princípio da coordenação, em vez de acordo trilateral. Muito bem. Timor-Leste e Austrália, façamos o acordo de cooperação e coordenamos com a Indonésia, entregamos à Indonésia a coordenação para a patrulha no mar de Timor", afirmou.

Intervindo na cerimónia de hoje, a Encarregada de Negócios da Embaixada da Austrália em Díli, Caitlin Watson -- que está no país há apenas 15 dias -- reafirmou a importância que Camberra dá às suas relações com Timor-Leste.

"A nossa amizade assenta no respeito mútuo. As nossas nações partilham a ambição de um Timor-Leste mais forte, mais próspero e mais resiliente", disse.

"As vossas conquistas como nação -- num período relativamente curto -- são verdadeiramente notáveis. É testemunho da determinação do vosso povo e dos vossos líderes que Timor-Leste seja hoje democrático, soberano, estável e livre", afirmou.

Watson destacou o contexto internacional de segurança, e vincou que a Austrália quer uma "região com previsibilidade, que opere com regras, padrões e leis acordadas", onde "nenhum país domina, nem nenhum país é dominado".

Nesse sentido, disse, a região deve respeitar a soberania e todos os países devem beneficiar de "equilíbrio estratégico", o que para a Austrália implica trabalhar com parceiros e amigos na região.

"Queremos uma região aberta e inclusiva, baseada em regras acordadas, onde países de todas as dimensões podem escolher o seu próprio destino", sublinhou.

A nível bilateral, Timor-Leste e a Austrália assinaram no ano passado o novo acordo quadro de cooperação no setor da defesa, que o parlamento em Camberra deverá ratificar este ano e que assenta numa parceria "moderna, respeitosa e mútua".

"Dada a nossa fronteira marítima comum e proximidade geográfica, não é surpresa que a segurança marítima seja o principal foco de esforço na nossa relação de defesa. Reconhecemos que Timor-Leste, tal como a Austrália, também procura contribuir e responder aos desafios de segurança comuns da região", notou.

A diplomata relembrou que as capacidades do país neste setor têm contado ainda com a colaboração de Portugal e do Brasil e que, no âmbito da cooperação australiana, o país deverá receber ainda dois navios da classe Guardian, oferecidos pela Austrália, que permitirão reforçar o controlo das suas águas territoriais.

Uma capacidade que ajudará a responder a "incidentes de busca e salvamento, pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, ameaças à segurança das infraestruturas de petróleo e gás 'offshore', pirataria e tráfico de pessoas e de estupefacientes".

"Uma capacidade marítima mais forte ajudará a proteger os vossos recursos naturais, mitigar os efeitos do aumento das catástrofes naturais, apoiar a vossa resiliência económica e contribuir para a segurança da região", disse.

"É igualmente necessária uma estreita cooperação entre os parceiros regionais em matéria de segurança marítima para que estas questões possam ser abordadas de forma coerente. E é por isso que o envolvimento prático com parceiros com ideias semelhantes, como a Indonésia, Portugal, Estados Unidos e outros, é tão importante", defendeu.


Leia Também: Ramos-Horta defende cessar-fogo e abertura dos portos ucranianos

Prigozhin ofereceu-se para dar informações sobre tropas russas a Kyiv

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Notícias ao Minuto  15/05/23 

Informação, que não era conhecida, consta em documentos confidenciais que tinham sido divulgados.

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ofereceu-se para revelar a posição das tropas russas a Kyiv, avança o Washington Post, que cita documentos da inteligência norte-americana que foram divulgados na plataforma Discord.

O diário escreve que esta oferta aconteceu no final de janeiro e esteve relacionada com a luta por  Bakhmut, que ainda continua. 

Yevgeniy Prigozhin ter-se-á oferecido para revelar ao governo ucraniano informações sobre as tropas russas se a Ucrânia retirasse os seus soldados da área ao redor de Bakhmut. A proposta foi transmitida aos seus contactos da inteligência militar da Ucrânia.

Kyiv rejeitou a oferta. Os documentos não especificam as posições das tropas russas que o líder do grupo Wagner se ofereceu para divulgar e, ao Post, duas autoridades ucranianas confirmaram os contactos de Prigozhin com a inteligência ucraniana, acrescentando ainda que a Ucrânia não confia em Prigozhin, acreditando que este poderia ceder informações falsas.

O jornal norte-americano refere que estas informações constam em documentos que foram revistos, na sequência da divulgação de documentos classificados por parte de Jack Teixeira no Discord.

O jovem lusodescendente, de 21 anos, é suspeito de divulgar documentos altamente classificados com implicações internacionais, onde são mencionadas ações de espionagem dos Estados Unidos da América a aliados e a inimigos e dados sensíveis de serviços secretos militares sobre a guerra na Ucrânia.


Leia Também: Kyiv afirma ter recuperado mais de 10 posições nos arredores de Bakhmut

TURQUIA: Kiliçdaroglu promete vitória "na segunda volta" das presidenciais na Turquia

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POR LUSA  15/05/23

O candidato da oposição na Turquia, o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, prometeu hoje derrotar o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan "na segunda volta" das eleições realizadas no domingo.

"Se a nossa nação pedir uma segunda volta, aceitaremos com prazer. E com certeza venceremos essa segunda volta", disse Kiliçdaroglu de madrugada, na capital Ancara, rodeado por representantes da coligação inédita de seis partidos da oposição que o apoiam.

Erdogan, que está há 20 anos no poder na Turquia, tendo maioria absoluta desde 2014, "não conseguiu obter o resultado que esperava, apesar de todos os insultos" proferidos contra os rivais, sublinhou o opositor.

Se nenhum dos candidatos conseguir ultrapassar 50% dos votos, realizar-se-á uma segunda volta das eleições presidenciais, em 28 de maio.

"A necessidade de mudança na sociedade é superior [a] 50%; temos absolutamente de vencer e instalar a democracia neste país", disse Kiliçdaroglu.

Horas antes, Erdogan afirmou ter uma "clara vantagem" na corrida presidencial, não tendo afastado ainda a hipótese de obter a maioria absoluta na primeira volta.

"Embora os resultados não sejam ainda claros, lideramos a contagem com uma clara vantagem", disse o chefe de Estado turco, perante uma multidão de apoiantes reunidos de madrugada em Ancara, acrescentando que graças ao voto no estrangeiro ainda tem a possibilidade de obter novamente a maioria absoluta.

Apesar disso, acrescentou que, se for necessário, está pronto para disputar uma segunda volta, afirmando: "Respeitamos este escrutínio e respeitaremos o resultado da próxima eleição".

"Não sabemos se isto vai acabar na primeira ou na segunda volta", disse o islamista Erdogan.

O resultado provisório dá-lhe, por enquanto, apenas 49,4% dos votos, mas indicou que há ainda que contabilizar os boletins dos cidadãos turcos residentes no estrangeiro, que costumam maioritariamente apoiá-lo.

Na Alemanha, onde residem aproximadamente metade dos cidadãos turcos no estrangeiro, Erdogan obteve 65% dos votos.

Segundo a contagem parcial divulgada pela agência de notícias oficial Anatólia, Kemal Kiliçdaroglu obteve até agora 45% dos votos.

Será a primeira vez em 20 anos, desde que está no poder na Turquia, que Erdogan se verá obrigado a disputar uma segunda volta.

"Pouco importa o resultado; 27 milhões de pessoas preferiram votar em nós", insistiu Erdogan perante os apoiantes, enquanto a contagem dos votos prossegue.

"Penso que terminaremos esta eleição com mais de 50% dos sufrágios -- o povo escolheu a estabilidade e a segurança nestas eleições presidenciais", sustentou.

Kiliçdaroglu denunciou durante a noite eleitoral que o partido de Erdogan, o AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento), "está continuamente a impugnar as atas da votação e a bloquear o sistema" de apuramento dos resultados nas regiões onde a oposição é mais forte.


Leia Também: Erdogan não afasta ainda vitória presidencial à primeira volta

O líder da Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, avisou que os "discursos incendiários" só trazem problemas à estabilidade do país e que não está disposto a fazer "confusão".

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POR LUSA   15/05/23 

 Discursos "incendiários" ameaçam estabilidade da Guiné-Bissau

O líder da Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, avisou que os "discursos incendiários" só trazem problemas à estabilidade do país e que não está disposto a fazer "confusão".

"Não podemos estar com discursos incendiários, que isso não ajuda. Esses discursos trazem problemas e o país é que sofre", afirmou Nuno Gomes Nabiam, em entrevista à Lusa, quando questionado sobre a questão da segurança e estabilidade na Guiné-Bissau.

"Eu, Nuno, ninguém conte comigo para criar confusão. Não estou para isso. Eu tenho capacidade para fazer outras coisas. Se não for na política, vou fazer outro trabalho. Temos de moderar a nossa forma de estar e de fazer a política", pediu o líder da APU-PDGB.

O partido, que faz parte do Governo, iniciou no sábado a campanha eleitoral para as legislativas de 04 de junho em Bissorã, no norte do país, bastião de Nuno Gomes Nabiam, onde nas últimas legislativas, realizadas em março de 2019, conseguiu fazer eleger dois dos seus cinco deputados.

A sociedade civil guineense tem feito vários apelos aos líderes políticos para evitarem discursos de ódio e extremistas durante a campanha eleitoral e para se focarem na apresentação dos seus programas eleitorais aos eleitores.

Os partidos políticos assinaram na sexta-feira em Bissau um código de conduta, patrocinado pelas Nações Unidas, no qual se comprometem, entre vários pontos, a aceitar os resultados eleitorais apresentados pela Comissão Nacional de Eleições.

Lembrando as eleições presidenciais de 2014, nas quais perdeu a segunda volta para José Mário Vaz, Nuno Gomes Nabiam recordou a importância de aceitar os resultados eleitorais.

"Quando anunciaram que perdi, aceitei os resultados, dói, mas é a realidade", afirmou, considerando ser fundamental que sejam criadas condições de segurança e estabilidade no país para que haja desenvolvimento.

"Se não há segurança, não há desenvolvimento. Os homens de negócios não querem pôr dinheiro onde há problemas. O que aconteceu no 01 de fevereiro se tivesse de facto provocado uma reviravolta ia desencorajar os empresários, os homens de negócios", insistiu.

O primeiro-ministro referia-se ao ataque de 01 de fevereiro de 2022 contra o Palácio do Governo, onde decorria uma reunião do Conselho de Ministros, com a presença dos membros do executivo e do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e que provou mais de uma dezena de vítimas mortais, considerado pelas autoridades como uma tentativa de golpe de Estado.

Nuno Gomes Nabiam afirmou também que as legislativas de 04 de junho vão ser das mais disputadas da história da Guiné-Bissau e que ninguém vai ganhar com maioria.

"Vai haver necessidade de uma nova geringonça na Guiné-Bissau", afirmou, referindo-se à designação do acordo de incidência parlamentar realizado em Portugal entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, após as legislativas realizadas em 2015.

Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram no sábado a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas da Guiné-Bissau, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido em 18 de maio de 2022.

A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.


Leia Também: Guiné-Bissau. Sindicato pede a jornalistas que deixem discursos de ódio

domingo, 14 de maio de 2023

VISITA DE ESTADO: Chegada a Bissau do Presidente da República do Gana Nana Addo Dankwa Akfo-Addo para uma visita oficial de trabalho.


A Plataforma de Aliança Inclusiva_PAI TERRA RANKA esteve no CE-29. A caravana foi dirigida por Califa Seidi, vice-presidente do PAIGC, em substituição do líder Domingos Simões Pereira.

 Radio Voz Do Povo

BAFATA - COORDENADOR NACIONAL DE MADEM-G15, BRAIMA CAMARA EM BAFATA PARA ABERTURA DA CAMPANHA ELEITORAL PARA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023.

















Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15  / ALADJI MANÉ MANÉ/ Malafi Camara

BAMBADINCA IV - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, A CAMINHO DE BAFATÁ PARA MARCAR O INICIO OFICIAL DA CAMPANHA PARA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2023.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que a Rússia "perdeu geopoliticamente" a guerra na Ucrânia e está a entrar "numa forma de vassalagem em relação à China".

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POR LUSA  14/05/23 

 Rússia? "Perdeu geopoliticamente" e está a entrar em "vassalagem à China"

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que a Rússia "perdeu geopoliticamente" a guerra na Ucrânia e está a entrar "numa forma de vassalagem em relação à China".

"A Rússia já perdeu geopoliticamente", afirmou Macron, citado pela agência France-Presse (AFP), referindo-se às ligações de Moscovo com os seus aliados tradicionais, a China, e ao alargamento da NATO à Suécia e à Finlândia.

"Sejamos claros, não se trata de uma 'operação especial' porque Vladimir Putin decidiu mobilizar-se. A Rússia pôs em causa os seus aliados históricos, o seu espartilho de primeira linha. Iniciou, de facto, uma forma de vassalagem perante a China e perdeu o acesso ao Báltico, que era fundamental para si, uma vez que precipitou a escolha sueca e finlandesa de aderir à NATO", explicou o Presidente francês ao diário L'Opinion.

De acordo com Macron, estes desenvolvimentos eram "impensáveis ainda há dois anos", pelo que já se configura como "uma derrota geopolítica".

De acordo com Macron, que de acordo com várias fontes se prepara para receber hoje o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenski, a Rússia "não deve ganhar a guerra militar".

"Aí cabe-nos ver como ajudar os ucranianos na sua contraofensiva, como preparar a questão das garantias de segurança para as negociações que inevitavelmente terão lugar", acrescentou o chefe de Estado à publicação francesa.

Macron insistiu que, a longo prazo, "a arquitetura de segurança europeia terá de garantir de forma plena a segurança da Ucrânia" do futuro, ao mesmo tempo que "terá de conceber uma não-confrontação com Moscovo e "reconstruir equilíbrios saudáveis".

"Mas ainda faltam muitos passos para lá chegar", assertou.

Zelensky fez este fim de semana um pequeno périplo pela Europa, passando por Roma, Berlim e Aachen -- onde recebeu o Prémio Internacional Carlos Magno --, sendo agora esperado em Paris.


Zelensky distinguido com o Prémio Carlos Magno. As imagens da cerimónia


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Notícias ao Minuto   14/05/23 

Veja aqui os principais momentos que marcaram a comemoração, que teve lugar na cidade alemã de Aachen.

Decorreu este domingo, na cidade alemã de Aachen, a cerimónia de entrega do Prémio Carlos Magno ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e ao povo residente no país invadido pela Rússia.

O evento contou com declarações do primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawieck, e do chanceler alemão, Olaf Scholz, e culminou com a entrega do Prémio Carlos Magno, recebido pelo chefe de Estado ucraniano.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, proferiu algumas palavras nesse momento de distinção, afirmando: "A Ucrânia encarna tudo aquilo que o ideal europeu representa".

A presidente da Comissão Europeia elogiou ainda todas as partes pela "coragem" demonstrada na defesa das suas "convicções, dos valores da liberdade", e pelo "empenho e a luta pela paz e pela unidade", mostrando-se confiante de que tal fará com que Kyiv saia vencedora do confronto contra as tropas russas.

Nesse momento, Volodymyr Zelensky deixou ainda uma palavra de apreço aos soldados ucranianos, elaborando: "todos os nossos heróis, e cada um deles, mereciam estar aqui a receber este prémio". Isto porque, nas palavras de Volodymyr Zelensky, "os ucranianos contribuirão para uma Europa mais forte".

Veja, na galeria acima, os principais momentos que marcaram a comemoração, que teve lugar na cidade alemã de Aachen.

Primeira imagens do comício de Madem-g15 em Bafatá



 Por  Alfussene Ture Activista 

Kyiv afirma ter recuperado mais de 10 posições nos arredores de Bakhmut

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 POR LUSA   14/05/23 

Kiev, 14 mai 2023 (Lusa) - A Ucrânia afirmou hoje ter recuperado "mais de 10 posições" russas nos arredores de Bakhmut, epicentro de combates desde há vários meses e alvo de avanços ucranianos nos últimos dias.

"Hoje, as nossas unidades capturaram mais de 10 posições inimigas no norte e no sul dos arredores de Bakhmut", disse na rede social Telegram a vice-ministra da Defesa Ganna Maliar, segundo a qual "os combates ferozes" continuam no centro da cidade.

Segundo a vice-ministra ucraniana, citada pela agência France-Presse (AFP), "foram capturados soldados inimigos".

Kiev afirma há vários dias estar a progredir à volta de Bakhmut depois de vários meses de combates, ao passo que Moscovo afirma registar avanços na cidade, que controla maioritariamente.

De acordo com Ganna Maliar, as tropas russas "reuniram-se lá e estão a tentar avançar, destruindo tudo à sua passagem".

A batalha por aquela cidade do Donbass é a mais sangrenta e a mais longa desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Os observadores duvidam do alcance estratégico da conquista da cidade para a Rússia, mas permite a Moscovo registar uma vitória após vários revezes.

No local, o grupo paramilitar Wagner é apoiado pelo exército russo, embora o seu líder, o empresário Evgeny Prigozhin, acuse regularmente a hierarquia militar de não dar munições suficientes aos seus homens para poderem conquistar Bakhmut.


Leia Também: O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou hoje, em Aachen, na presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que a Ucrânia "faz parte da família europeia".


Leia Também: Resolver a guerra na Ucrânia em 24h? Zelensky deixa 'lembrete' a Trump

Cerimónia da abertura de Balanço, que simboliza as Primeiras entradas de Castanha de Caju à Bissau

Radio Voz Do Povo