quarta-feira, 10 de maio de 2023

Conferência de Imprensa do Grupo dos Comerciantes Organizados na Fileira do Caju... Porta-voz, Bubacar Buaró

 Radio TV Bantaba 

Conflito no Sudão pode desestabilizar ainda mais a região do Sahel

Provided by Deutsche Welle  © JOK SOLOMUN/REUTERS

Por msn.com/pt-pt  10/05/23

A ONU alerta para uma crise humanitária catastrófica no Sudão que pode alastrar-se ao Corno de África. Milhares de pessoas tentam sair do país. Analistas também temem que o conflito possa espalhar-se pelo Sahel.

Os tiros continuam a soar em várias cidades sudanesas, opondo o exército sudanês e as forças paramilitares do país. E milhares de pessoas tentam sair do país. De todos os lados chegam apelos para um cessar-fogo imediato e para a criação de corredores humanitários.

"O conflito no Sudão também aumenta os riscos de circulação de armas ligeiras através das fronteiras muito porosas para outros países, que poderiam depois chegar à região do Sahel - especialmente ao Mali, Níger e Burkina Faso", alerta Henrik Maihack, chefe do departamento de África da Fundação Friedrich Ebert.

"Já existem muitos grupos armados na região e a chegada de novas armas iria piorar a situação de segurança. Há uma ameaça de propagação, de modo que, através da crise no Sudão, podemos ter duas regiões em crise ao mesmo tempo, a região do Sahel, mas também o Corno de África", explica.

Especialistas alertam para a proliferação de grupos armados nos países vizinhos do Sudão   © Inside the Resistance

Riscos de regionalização do conflito

Henrik Maihack lembra ainda que "o problema desta região é, muitas vezes, o facto de não existir um sistema de segurança coletiva, ou seja, comum, mas sim uma segurança nos países individuais, que estão sempre organizados uns contra os outros."

O analista alerta que a proliferação de grupos armados nos países vizinhos do Sudão também pode "tornar difícil regular ou acabar com o atual conflito".

Ahmed Soliman, especialista da África Oriental do grupo de reflexão Chatham House, concorda que há riscos de regionalização do conflito, tendo em conta que o Sudão faz fronteira com sete países, nomeadamente Chade, Egito, Etiópia, Eritreia, Líbia, República Centro Africana (RCA) e Sudão do Sul.

"Todos estes países vizinhos vão tentar influenciar o resultado do conflito e têm interesse em saber quem vai liderar o Sudão no futuro", diz.

Combates continuam na capital sudanesa, Cartum, e noutras cidades  © AFP

Apelos a cessar-fogo imediato

Várias organizações internacionais e governos continuam a apelar às partes em conflito no Sudão para o cessar-fogo urgente. Neste momento, estima-se que 13 milhões de pessoas já terão abandonado o país para o Sudão do Sul, Egito, Chade e RCA.

Para muitos destes países, a chegada dos refugiados constitui um desafio, alerta a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Eujin Byun.

"Mais de 70% dos refugiados que atravessam atualmente a fronteira são mulheres e crianças. Andam a pé durante 24 horas, não levam quase nada consigo e chegam à fronteira sem abrigo, sem roupa, sem comida e sem água", sublinha Byun, que apela a mais ajuda da comunidade internacional e maior empenho dos governos.

Na segunda-feira (08.05), o Programa Alimentar Mundial (PAM) denunciou o saque dos seus escritórios nos arredores da capital sudanesa, Cartum, onde foram roubados equipamentos informáticos e outros bens.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: Saúde. Especialistas avisam que IA é risco para humanidade... Notam que poderá acentuar as desigualdades sociais.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  10/05/23 

O maior mediatismo da Inteligência Artificial (IA) levou a que a tecnologia se tornasse um alvo de um debate público intenso sobre o impacto na sociedade como a conhecemos. Além da possibilidade de eliminar milhares de postos de trabalho em empresas, a IA pode ainda apresentar riscos para a saúde e colocar um risco existencial à humanidade.

O aviso é feito por especialistas e profissionais na área da saúde dos EUA, do Reino Unido, da Austrália, da Costa Rica e da Malásia que, num artigo partilhado na revista científica BMJ Global Health, indicam que (apesar dos benefícios) a IA pode ter impactos negativos.

Entre os riscos citados encontram-se “o potencial para erros que possam prejudicar os clientes, questões sobre privacidade e segurança de dados”, indicando que haverá mais desigualdades sociais.

“Com o crescimento exponencial do desenvolvimento e investigação de IA, a janela de oportunidade para evitar perigo sério e existencial está a fechar-se”, pode ler-se neste artigo de acordo com o The Guardian. “Uma forma de proteger o futuro do nosso sistema de saúde é garantir que as empresas de Internet tenham políticas claras de como identificam desinformação de saúde que aparece nas suas plataformas, assim como abordagens consistentes de como lidar com isso”.


Leia Também: Alterações climáticas? IA é um problema mais urgente, diz especialista

Mais de 62 mil crianças foram afetadas por ataques a escolas na RDCongo

© ShutterStock

POR LUSA  10/05/23

Mais de 150 escolas no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) foram atacadas por grupos armados desde janeiro, numa escalada de violência que afetou a educação de mais de 62.000 crianças, denunciou a organização Save the Children.

Os grupos armados atacam escolas e muitas vezes queimam secretárias e cadeiras, deixando os alunos sem um espaço seguro para aprender, sublinhou a organização não-governamental (ONG) num comunicado enviado à agência de notícias EFE na noite de terça-feira.

A província de Kivu do Norte é uma das regiões do país mais atingidas por um conflito que, no ano passado, levou cerca de um milhão de pessoas a deslocarem-se internamente devido aos confrontos violentos.

Dezoito escolas estão atualmente ocupadas por grupos armados e 113 estão a ser utilizadas como abrigo temporário para deslocados internos da província.

Os ataques a escolas na República Democrática do Congo têm um "impacto devastador" na educação das crianças, já que 4% das escolas estão ocupadas ou inutilizadas, segundo a ONG, que trabalha na RDCongo desde 1994.

Desde 1998, o leste da RDCongo vive conflitos alimentados por dezenas de grupos rebeldes armados e pelo exército congolês, apesar da presença de uma missão das Nações Unidas (MONUSCO), com cerca de 16.000 militares no local.


Leia Também: Aumento "chocante" de violência sexual em campos de refugiados na RDCongo

Militares ucranianos confirmam fuga de brigada russa de Bakhmut

© Getty Images

POR LUSA  10/05/23 

As forças armadas ucranianas confirmaram na terça-feira à noite, na rede social Telegram, que uma das brigadas russas que tentava tomar o controlo da cidade de Bakhmut deixou as suas posições, abandonando 500 soldados mortos.

"É oficial. As informações de Prigozhin [líder da brigada militar privada russa Wagner] sobre a fuga da 72.ª brigada das forças armadas russas e os cerca de '500 cadáveres' que os russos deixaram são verdadeiras", diz a mensagem publicada na conta oficial da terceira brigada de assalto ucraniana.

Num dos vídeos sobre a situação na linha da frente, Prigozhin já tinha acusado a 72.ª brigada do exército russo de abandonar as suas posições depois de perder "três quilómetros quadrados" numa área estratégica, na qual os russos perderam 500 homens.

"Agarraram nas coisas e simplesmente fugiram", disse Prigozhin.

As declarações do oligarca russo e patrão do grupo Wagner, cujos combatentes foram contratados para lutar em Bakhmut, foram difundidas na mesma altura em que decorria o tradicional desfile de 09 de maio (Dia da Vitória), que assinala a capitulação da Alemanha nazi, em 1945. 

Na terça-feira à noite, na mensagem divulgada no Telegram, a terceira brigada separada do exército ucraniano disse ter eliminado 64 combatentes russos e ferido outros 87, em dois dias, no sudeste de Bakhmut, onde as forças ucranianas continuam a defender a parte da cidade que ainda controlam.

"Entre as vítimas russas estão mercenários do grupo Wagner", diz a nota da brigada ucraniana, que também relata a captura de cinco prisioneiros de guerra russos e a destruição de equipamentos militares russos.

A Rússia lançou a sua ofensiva contra Bakhmut em agosto do ano passado. Apesar de controlar a maior parte do território desta região, as forças russas ainda não conseguiram expulsar completamente os ucranianos desta pequena cidade, onde investiram consideráveis recursos técnicos e humanos.

A Ucrânia também sofreu baixas significativas na defesa de Bakhmut. Kyiv justifica a sua insistência em defender as últimas posições na cidade com o facto de quererem desgastar as tropas russas e impedi-las de lançar ações ofensivas noutros segmentos da frente de combate.


Leia Também: Tropas russas atacam aleatoriamente à medida que a Ucrânia aumenta a pressão na linha da frente


Trump foi considerado culpado de agressão sexual. O caso e os testemunhos

© Reuters

Notícias ao Minuto   10/05/23 

Um júri considerou Donald Trump responsável por agressão sexual a E. Jean Carroll em 1996, determinando o pagamento à colunista de 5 milhões de dólares por danos.

Após um julgamento que durou duas semanas, o júri de um tribunal federal na cidade de Nova Iorque, considerou, na terça-feira, o antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responsável por agressão sexual contra a jornalista E. Jean Carroll em 1996, determinando o pagamento à colunista de 5 milhões de dólares por danos compensatórios.

A decisão foi anunciada pelas 15h00 (20h00 em Lisboa) depois dos jurados terem chegado a uma deliberação em menos de três horas.

O norte-americano de 76 anos optou por não comparecer no julgamento civil, mas referiu que nunca encontrou Carroll, de 79 anos, num vestiário de uma loja em Manhattan onde a teria atacado e não a conhecia.

O ex-presidente norte-americano acusou-a ainda de ser uma "maluca" que inventou "uma história fraudulenta e falsa" para vender um livro de memórias.

Provas e testemunhos contra Trump

Durante o julgamento assistiu-se a alegações de comportamento inadequado de Trump para com mulheres e à reprodução do famigerado vídeo do canal 'Access Hollywood', no qual Trump se gabava de agarrar os órgãos genitais das mulheres sem pedir autorização.

Natasha Stoynoff, uma antiga redatora da revista People, testemunhou, entre lágrimas, que Trump a beijou à força, contra a sua vontade, enquanto lhe mostrava a sua propriedade de Mar-a-Lago, logo após o Natal de 2005, para um artigo sobre o seu primeiro aniversário de casamento com a terceira mulher, Melania.

O testemunho de Stoynoff ocorreu um dia depois de outra mulher, a antiga corretora da bolsa Jessica Leeds, ter testemunhado que o antigo presidente norte-americano lhe apalpou os seios e tentou enfiar a mão na sua saia quando estavam sentados lado a lado num voo de uma companhia aérea no final dos anos 70.

O caso de E. Jean Carroll

E. Jean Carroll tornou públicas as suas acusações contra Donald Trump no seu livro de memórias de 2019. Carroll descreveu o encontro com Trump numa loja em Manhattan, em meados da década de 1990, onde Trump a atacou e violou num vestiário.

O antigo líder dos Estados Unidos acusou-a de inventar a história para promover o seu livro e, em resposta, ela processou-o por difamação. Carroll voltou a processá-lo final de 2022, desta vez por causa de publicações que Trump tinha feito nas redes sociais.

Agora, o júri concordou unanimemente que Trump era responsável por abuso sexual e agressão, e que também tinha difamado Carroll. De ressaltar que o júri não chegou a provar que Trump a violou.

Trump afirma veredicto "vergonhoso"

Após ter sido considerado responsável por agressão sexual sobre a colunista E. Jean Carroll, Trump considerou o "veredicto vergonhoso" numa mensagem furiosa, em letras maiúsculas, na sua rede social, Truth Social

A mensagem na íntegra: "NÃO TENHO IDEIA NENHUMA DE QUEM É ESTA MULHER. ESTE VEREDITO É VERGONHOSO - UMA CONTINUAÇÃO DA MAIOR CAÇA ÀS BRUXAS DE TODOS OS TEMPOS!".

No dia seguinte à posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, em 2017, as mulheres foram para as ruas em protesto. Em vários estados de fúria e descrença, milhões de mulheres participaram na primeira Marcha das Mulheres. Os mares de chapéus cor-de-rosa nas ruas da América e do mundo tentaram recuperar o poder e derrubar um homem que, no dia anterior, se tinha tornado um dos homens mais poderosos do mundo - e que se gabava, aberta e sem vergonha, sobre agredir mulheres.

Até ao momento, 26 mulheres acusaram o antigo presidente norte-americano, mais uma vez aspirante a presidente. Da noite para o dia, pela primeira vez, cinco anos após o primeiro protesto, Trump foi responsabilizado por um deles.


Leia Também: Agressão sexual. Trump considera veredicto "uma vergonha"

Americo Gomes fez uma transmissão ao vivo.

© Americo Gomes 

SAÚDE MENTAL: Três em cada 10 portugueses já foram diagnosticados com depressão

© Lusa

POR LUSA   10/05/23

 Os dados constam de um inquérito para perceber a visão dos portugueses sobre a depressão promovido pela Lundbeck Portugal, farmacêutica especializada em doenças neurológicas e psiquiátricas.

Três em cada 10 portugueses já foram diagnosticados com depressão e seis já sentiram sinais da doença num momento da sua vida, estima um estudo divulgado esta quarta-feira, 10 de maio, números que o psiquiatra Gustavo Jesus considera "avassaladores".

Os dados constam de um inquérito para perceber a visão dos portugueses sobre a depressão promovido pela Lundbeck Portugal, farmacêutica especializada em doenças neurológicas e psiquiátricas, e indicam que 33,6% dos inquiridos respondeu que já lhe foi diagnosticada a doença por um profissional de saúde.

De acordo com o estudo, a que a agência Lusa teve acesso, 62,1% dos portugueses sentiu que estava com uma depressão em algum momento da sua vida e 77,3% tem ou já teve um amigo ou familiar próximo a quem foi diagnosticada a doença. "É de esperar que haja um elevado número de pessoas diagnosticadas com depressão porque Portugal é dos países do mundo com maiores taxas" desta doença mental, alertou Gustavo Jesus, ao salientar ainda que a pandemia da covid-19 provocou um aumento desta prevalência nos últimos anos.

Segundo adiantou o especialista à Lusa, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que está a "passar por um período de grande dificuldade", não consegue dar a resposta necessária face à elevada prevalência da depressão em Portugal, nomeadamente nos cuidados de saúde primários. "Os médicos de família estão aptos [a fazer o diagnóstico], mas o problema é que não há médicos de família. Há muitos portugueses que não têm médico de família e, os que têm, sentem o seu acesso dificultado", salientou o psiquiatra.

Já nos casos em que os doentes têm de ser referenciados dos cuidados de saúde primários para a psiquiatria hospitalar, confrontam-se com tempos de espera para a primeira consulta nos hospitais que "têm vindo a aumentar sucessivamente", sublinhou também Gustavo Jesus.

O inquérito revela ainda que os "portugueses parecem não ter grandes dúvidas sobre o facto de a depressão ser uma doença", mas 28,5% ainda consideram que se trata de um estado de espírito. Mais de 70% dos inquiridos considerou que a doença é pouco valorizada pela sociedade, enquanto 29% tem a perceção de que é crónica, ou seja, que "fica para a vida toda".

A tristeza (91,3%) e a perda de autoestima (89,6%) são os dois sintomas que maior número de inquiridos associa à depressão, seguindo-se a falta de prazer e de interesse (85,3%), a ansiedade (82,3%) e o cansaço físico ou diminuição de energia (81,9%).

De acordo com Gustavo Jesus, na maior parte dos casos, a depressão é uma doença aguda, que deve ser tratada no momento em que é diagnosticada, e que não evoluiu para uma situação crónica na maioria das situações. "É uma doença altamente frequente. Embora a depressão não seja sempre uma doença crónica, é neste momento a doença responsável por mais dias de vida doentes no mundo", salientou o psiquiatra.

O inquérito "a visão dos portugueses sobre a depressão" envolveu um total de 1.215 inquiridos, telefonicamente, entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro de 2022.


terça-feira, 9 de maio de 2023

10 Crianças mais Fortes de Todos os Tempos

Bissau e Praia assinam memorando de entendimento para a cooperação nos domínios do Trabalho e Segurança Social. De visita à Bissau, o Ministro de Estado Cabo-verdiano da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social Fernando Elisio Freire deseja que as eleições legislativas de junho na Guiné-Bissau sejam livres, justas, transparentes e pacíficas.


 Radio Voz Do Povo

Decorre em Bissau de 09 a 11 de Maio atalier de capacitação dos técnicos de diferentes instituições públicas e privadas subordenado a lema: igualdade do oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres no mundo de trabalho.

 Radio TV Bantaba

Presidente da Comissão Regional de eleições de Gabú, recebeu na segunda'feita 08.04.2023, os partidos políticos sedeadas na região, depois de ter os visitados na semana passada.

A saída de encontros,  o presidente Adulai Balde, disse ter pedido aos partidos, que continuem depositar a confiança na aquela instituição, desde a condução do processo até na divulgação dos resultados.
 Radio TV Bantaba

Deputados franceses querem Grupo Wagner na lista de terroristas da UE

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POR LUSA  09/05/23 

A Assembleia Nacional francesa aprovou hoje por unanimidade uma resolução pedindo a inclusão do grupo paramilitar russo Wagner, acusado de cometer atrocidades na Ucrânia e em África, na lista da União Europeia (UE) de organizações terroristas.

O texto, sem caráter vinculativo, insta o Governo francês "a mobilizar-se diplomaticamente" para que a UE aceda a este pedido, que permitirá sancionar mais eficazmente os mercenários membros do Grupo Wagner e os seus patrocinadores, em especial no plano financeiro.

Apresentada por um deputado do partido presidencial Renascimento, a resolução é sobretudo motivada pelas "muitas atrocidades contra a população civil" cometidas na Ucrânia por esse grupo de mercenários, algumas das quais poderão ser classificadas como "crimes de guerra".

"A atividade do Grupo Wagner corresponde à definição europeia de terrorismo", sustentou o deputado, Benjamin Haddad, descrevendo-o como um "exército do caos" posicionado "do lado da Rússia de [presidente Vladimir] Putin" e cujos membros "semeiam a instabilidade e a violência".

Além da Ucrânia, a resolução, que foi aprovada com os votos da oposição de esquerda, de direita e de extrema-direita, salienta também atrocidades atribuídas ao Grupo Wagner na Síria e em vários outros países africanos, como o Mali ou a República Centro-Africana.

A ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, saudou no hemiciclo a resolução dos deputados, depois de ter enumerado as sanções já impostas pela UE àquele grupo de mercenários russo.

"Do ponto de vista estritamente jurídico", a classificação do Grupo Wagner como terrorista não terá "efeitos adicionais diretos", explicou.

"[Mas] não devemos subestimar a importância simbólica de tal designação, nem o caráter dissuasivo que poderia ter junto dos Estados que estivessem tentados a recorrer" aos seus serviços, argumentou.

Em meados de março, o parlamento lituano já tinha aprovado uma resolução classificando o Grupo Wagner como "uma organização terrorista", o que lhe valeu agradecimentos de Kyiv.

Os deputados franceses expressaram no fim de março o seu apoio à Ucrânia adotando uma resolução em que reconheciam como genocídio o Holodomor, a Grande Fome causada no início da década de 1930 (entre 1932 e 1933) na Ucrânia pelas autoridades soviéticas, que fez milhões de mortos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu-lhes pelo gesto, que correspondeu a uma forte expectativa de Kyiv.

Por seu lado, a Rússia reagiu criticando o "zelo antirrusso" da Assembleia Nacional francesa.

Outra resolução relativa à guerra na Ucrânia que poderá ser em breve analisada em plenário visa condenar as deportações forçadas de pelo menos 16.000 crianças ucranianas para a Rússia desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado.


Leia Também: Prigozhin foi informado que Wagner será "traidor" se abandonar Bakhmut

Associação dos ex- Combatentes Deficientes das Forças Armadas Portuguesa na Guiné-Bissau "ADECOFARP GB" realizaram hoje uma Conferência de Imprensa para reagir a situação do um dos antigos combatentes no país que está doente e precisa de controlo médico em Portugal.

 Radio Voz Do Povo

Polícia suspeita de tráfico de órgãos nas mortes em seitas no Quénia

© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

POR LUSA  09/05/23 

Nairobi, 09 mai 2023 (Lusa) - As autoridades que investigam a morte de mais de cem membros de uma seita religiosa no Quénia suspeitam de tráfico de órgãos humanos, já que vários cadáveres exumados tinham falta de alguns órgãos.

De acordo com a Direção de Investigação Criminal (DIC) do Quénia, que conduz as operações, existe um "tráfico bem coordenado de órgãos humanos envolvendo vários atores", lê-se num documento citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), mas não avança mais detalhes.

Em causa está a investigação à morte de mais de uma centena de crentes de duas seitas religiosas que se reuniam na floresta de Shakahola, no leste do Quénia, com práticas extremas como o jejum até à morte, alegadamente como forma de encontrar Jesus Cristo.

De acordo com as autópsias efetuadas a 112 corpos, a maioria das vítimas morreu de fome, provavelmente depois de ter seguido a recomendação de Paul Nthenge Mackenzie, um autoproclamado pastor da Igreja Internacional da Boa Nova.

Algumas das vítimas, incluindo crianças, foram estranguladas, espancadas ou sufocadas, afirmou na semana passada o responsável das operações forenses, Johansen Oduor.

Para além disso, as autópsias também "revelaram a falta de órgãos nalguns dos corpos exumados", refere um documento judicial consultado hoje pela AFP.

A DCI pediu o congelamento das contas bancárias do famoso pastor Ezekiel Odero, detido a 28 de abril no âmbito deste caso e libertado sob fiança na quinta-feira passada.

Segundo a DCI, este influente pastor recebeu "avultadas transações em dinheiro" provenientes de Mackenzie, que terá conseguido este dinheiro através da venda de alguns imóveis dos fiéis.

Na segunda-feira, um tribunal de Nairobi ordenou o congelamento de mais de 20 contas pertencentes a Ezekiel Odero, líder do Centro de Oração e Igreja para uma Nova Vida, durante 30 dias.

Depois de terem sido interrompidas devido ao mau tempo, as buscas na floresta onde os fieis das duas seitas se reuniam recomeçou, com os investigadores a procurarem mais 20 novas valas comuns "que podem conter várias vítimas", disse o ministro do Interior, presente no recomeço das buscas.

"Receio que tenhamos muitas mais valas nesta floresta e isso leva-nos a concluir que se tratou de um crime altamente organizado", disse Kithure Kindiki, acrescentando que, até à data, 65 pessoas foram resgatadas com vida.

"O que temos aqui em Shakahola é uma das piores tragédias que o nosso país já viu", acrescentou.

Paul Nthenge Mackenzie, um antigo taxista que se tornou pastor no início da década de 2000, será processado por "terrorismo", anunciaram os procuradores em 2 de maio.

Na quarta-feira, um tribunal da cidade de Mombaça deverá decidir se prorroga a sua detenção e a de 17 coacusados, incluindo a sua mulher, por 90 dias.

O massacre reacendeu o debate sobre a regulamentação do culto religioso no Quénia, um país predominantemente cristão com 4.000 "igrejas", segundo dados oficiais.

O escândalo também colocou as autoridades sob fogo por não terem conseguido impedir as acções do Pastor Mackenzie, que foi preso várias vezes pela sua pregação extremista, conclui a AFP.


Leia Também: Pastor queniano suspeito de morte de crentes vai continuar detido

Conflito no Sudão já fez mais de 600 mortos, revela a OMS... Confronto armado já deixou também mais de 5.000 pessoas feridas.

© Reuters

Notícias ao Minuto  09/05/23 

O conflito armado que tem assolado o Sudão no último mês já causou a morte de mais de 600 pessoas, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Contabilizam-se 604 mortes resultantes dos combates entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês). Há, ainda, pelo menos 5.127 feridos.

Já a 5 de maio, o ministério da Saúde do Sudão tinha anunciado que 554 pessoas tinham morrido vítimas destes confrontos.

A 15 de abril, confrontos armados entre estas duas fações militares rivais eclodiram perto de uma base militar em Merowe e na capital, Cartum, gerando um êxodo de milhares de sudaneses, que procuraram refúgio dos conflitos nos países vizinhos.

Pelo menos 700 mil pessoas terão fugido, disse também a OMS.


Leia Também: Pelo menos 37 pessoas foram mortas entre segunda-feira e hoje no Chade em confrontos entre pastores e agricultores numa localidade do sudoeste do país, anunciaram as autoridades locais.

O Ministro da Coesão Social e Solidariedade de Cabo-verde encontrou-se hoje com a Ministra da Mulher e Solidariedade Social da Guine-Bissau Saozinha Ramos, no final do encontro foi rubricado um memorando de entendimento entre os dois estados.

 O Governo através da Ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria da Conceição Évora assinou hoje com o Ministro de Estado da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social de Cabo-Verde, Fernando Elísio Freire, um memorando de entendimento para o reforço da cooperação nos respectivos setores.

Radio Voz Do Povo

PR Umaro Sissoco Embaló recebeu está Terça-feira (09.05) em audiência conjunta com Vice-primeiro-ministro, ministro das finanças e missão de Fundo Monetário Internacional.

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, recebeu hoje, em audiência a delegação do FMI, acompanhado pelo Vice-primeiro-ministro,  Ministro das Finanças e a equipa da coordenação económica do governo. 

O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou o desembolso de 3.16 milhões de dólares na sequência da conclusão da primeira avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do Programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF) iniciado em Janeiro.




Veja Também:  O Conselho de Administração do FMI anunciou o desembolso 3.16 milhões de dólares na sequência da conclusão ontem da primeira avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do Programa de Facilidade de Crédito Alargado iniciado em Janeiro.



Leia Também: Presidente da Guiné-Bissau diz que todos partidos podem usar a sua imagem


Leia Também: Guiné-Bissau pode receber mais três milhões de dólares do FMI

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não tem cultura de violência e lamentou o ataque contra o dirigente do Partido de Renovação Social e conselheiro de Estado Fransual Dias.

© Radio Voz Do Povo

POR LUSA   09/05/23 

 "Não tenho cultura de violência". Embaló lamenta ataque a político

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não tem cultura de violência e lamentou o ataque contra o dirigente do Partido de Renovação Social e conselheiro de Estado Fransual Dias.

Radio Voz Do Povo.  PR Umaro Sissoco Embalo reage acusações de Fransual Dias e reafirma a realização das eleições legislativas a 04 de Junho próximo.☝

"Não fui educado na cultura e não tenho cultura de violência. Lamento. Eu não sou violento, não venho de uma estrutura de violência, nem a minha religião permite. Sempre o tratei com muita estima, fui eu que o convidei para conselheiro de Estado", disse o chefe de Estado.

O Presidente guineense falava aos jornalistas após uma reunião com a equipa de coordenação económica do Governo e o Fundo Monetário Internacional, que decorreu na Presidência, em Bissau.

Nas declarações aos jornalistas, o chefe de Estado lamentou também que alguns dirigentes do Partido da Renovação Social (PRS) falem mal de si, salientando que se o antigo presidente do partido Alberto Nambeia, que morreu em janeiro deste ano, estivesse vivo ninguém falaria mal.

"Sempre os tratei com distinção e amizade. Agora todos os atos isolados são do Presidente da República? Eu não sou ingrato, posso ser colado a tudo menos à violência", disse Umaro Sissoco Embaló.

O dirigente do PRS e membro do Conselho de Estado Fransual Dias foi na madrugada sexta-feira vítima de um ataque a tiro à sua residência que culminou com a sua viatura incendiada.

Fransual Dias disse aos jornalistas que foi atacado depois de ter dito que o Presidente guineense estaria a preparar um golpe palaciano para adiar eleições.

"Podemos esperar que vão acontecer mais outros atos, porque Sissoco elegeu a violência como forma de governar", disse Fransual Dias.

O presidente do PRS, Fernando Dias, considerou também na sexta-feira que o ataque ao dirigente do partido é uma "tentativa de intimidação" e disse que não aceita adiamento das eleições legislativas, marcadas para 04 de junho.

Secretaria executiva da CNE confere posse a novos membros não permanentes

"A CNE é a única entidade competente para organizar as eleições"_ afirmou o Presidente em Exercício da CNE, Mpabi Kabi durante a cerimónia de posse dos novos membros Não-Permanentes da Comissão Nacional das Eleições.

 Radio Voz Do Povo

MADEM-G15 felicita O presidente da república por conseguir crédito alargado através da FMI

 Estamos a Trabalhar

LICEU JOÃO XXIII - Informação

Por LICEU JOÃO XXIII 

NO COMMENT!


Criador do Facebook, Mark Zuckerberg, vence torneio de jiu-jitsu... O presidente executivo da Meta começou a treinar durante a pandemia de Covid-19.

© Twitter / @lucaatalla

Notícias ao Minuto  09/05/23 

Ao longo dos anos temos visto vários memes relacionados com o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, com as piadas mais frequentes a referirem a ocasião em que foram captadas fotografias do fundador do Facebook com a cara cheia de protetor solar.

Mas parece que as razões para fazer piadas com Zuckerberg já lá vão, uma vez que o presidente executivo da Meta é agora vencedor de uma competição de jiu-jitsu. Além da medalha de ouro, diz o The Guardian que Zuckerberg também conquistou uma medalha de prata

“Completei o meu primeiro torneio de jiu-jitsu e ganhei algumas medalhas”, escreveu Zuckerberg no respetivo perfil de Facebook, onde ainda aos treinadores que o ajudaram a preparar-se para esta competição.

Um dos treinadores de Zuckerberg é Dave Camarillo, um conhecido lutador de jiu-jitsu que também é conhecido por trabalhar com o ator Keanu Reeves. Recorde-se que Zuckerberg começou a treinar jiu-jitsu durante a pandemia de Covid-19.

Pode ver acima um vídeo de Zuckerberg numa luta de um destes torneios.

UE avalia sancionar países que ajudem Rússia a contornar sanções

© Getty Imagens

POR LUSA   09/05/23 

A União Europeia (UE) está a equacionar a possibilidade de sancionar países que ajudem a Rússia a contornar as sanções aplicadas por causa da invasão à Ucrânia, anunciou hoje a presidente da Comissão Europeia.

"O nosso foco é impedir a evasão [às sanções da UE contra a Federação Russa], em conjunto com os nossos parceiros internacionais", disse Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kyiv.

A presidente da Comissão Europeia acrescentou que o mecanismo em causa vai fazer parte do 11.º pacote de sanções contra a Rússia e apenas vai ser utilizado "em último recurso", mas "não deve haver dúvidas" da determinação dos 27 Estados-membros em fazê-lo cumprir se necessário.

Na segunda-feira, a Comissão Europeia confirmou que apresentou ao Conselho da UE o 11.º pacote de sanções à Rússia.

O Coreper (acrónimo de Comité de Representantes Permanentes dos Governos dos Estados-Membros da União Europeia, ou seja, os embaixadores dos 27 junto da UE) começa a analisar o novo pacote na quarta-feira.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


REUNIÃO DE PONTOS FOCAIS a margem da Reunião de Assembleia dos Ministros de Saúde de CEDEAO... Sob lema: "Recursos Humanos para a saúde na Região da CEDEAO - Formação, Emprego e Retenção"

 Radio TV Bantaba 

Ucrânia: Putin acusa Kiev de provocar uma catástrofe ao seu próprio povo

© Getty Images

POR LUSA  09/05/23 

O chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, acusou hoje o poder ucraniano de ser um "regime criminoso" instaurado por um golpe de Estado e dobrigar o seu próprio povo a viver uma catástrofe.

Rejeitando que a atual situação na Ucrânia foi provocada pela mais recente invasão russa (fevereiro de 2022), Putin disse num discurso na Praça Vermelha, em Moscovo, que o povo ucraniano "é refém de um golpe de Estado, do regime criminoso que foi instaurado, e dos poderes ocidentais".

"Foi a moeda de troca pelos planos lucrativos que quiseram levar a cabo", afirmou Putin, que se mostrou orgulhoso dos participantes da "operação militar especial", como é designada na Rússia a invasão da Ucrânia. 

Segundo Vladimir Putin, "todo o país apoia os heróis". 

"Neste momento, nada é mais importante que o vosso desempenho (...) Em vocês radica a segurança do país (Rússia), de vocês depende o futuro do nosso Estado e do nosso povo", disse o chefe de Estado da Rússia dirigindo-se aos militares. 

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse ainda que apesar de ter sido desencadeada uma "verdadeira guerra" contra a Rússia garantiu vitória e considerou "criminosa" a supremacia dos líderes ocidentais. 

"Outra vez, contra a nossa Pátria foi desencadeada uma guerra verdadeira. Mas nós vamos resistir ao terrorismo internacional e vamos também defender os habitantes do Donbás (leste da Ucrânia) e garantir a nossa segurança", disse Putin durante os desfiles militares na Praça Vermelha que assinalaram os 78 anos sobre a capitulação da Alemanha nazi, em 1945. 

Putin afirmou que a Rússia "não tem povos inimigos nem a Ocidente nem a Oriente" e como a maior parte dos países do mundo, o país aspira "um futuro pacífico, livre e estável". 

Ao mesmo tempo, acusou o Ocidente de esquecer o que aconteceu quando a Alemanha nazi tentou dominar o mundo ao desencadear uma guerra advertindo que a "ambição sem limites, a arrogância e permissividade acabam em tragédia". 

"Consideramos que qualquer ideologia de supremacia é por natureza repugnante, criminosa e mortal. As elites globais continuam a defender a exclusividade enfrentando as pessoas e a dividir a sociedade. Provocam conflitos sangrentos e golpes de Estado, semeiam o ódio, a russofobia e o nacionalismo agressivo", disse. 

Putin acusou as potências ocidentais " de imporem regras" e de, na realidade, forjarem "um sistema de pilhagens, violência e opressão" em que também se estão a destruir "os valores tradicionais".

"Parece que se esqueceram de quem dirigiu a aspiração demente dos nazis pelo domínio mundial e de quem destruiu esse monstruoso mal (...) e quem deu a vida pela libertação dos povos da Europa", disse Putin referindo-se ao Exército Vermelho da era soviética.

No final da parada militar, Putin e os únicos dirigentes estrangeiros presentes depositaram um ramo de flores no monumento ao Soldado Desconhecido, junto às muralhas do Kremlin.

Estiveram presentes os líderes da Bielorrússia, Arménia, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão, Tajiquistão e Turquemenistão. 

A Rússia assinala hoje o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi.

O Dia da Vitória comemora a vitória europeia dos Aliados sobre o regime nazi, no final da Segunda Guerra Mundial, em 08 de maio 1945.

Nos países sob influência da antiga União Soviética, a partir de 1967, o Dia da Vitória começou a ser comemorado nos dias 09 de maio, referindo-se ao dia da capitulação das forças nazis perante as tropas soviéticas, e passou a ser considerado um dia feriado.

Na Rússia é assinalado oficialmente, todos os anos, desde 1995.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia desfilaram hoje no centro de Moscovo, dez mil soldados e foram exibidos 125 equipamentos militares, incluindo os tanques T-90; T-72 e T-14, além de peças de artilharia, baterias antiaéreas e mísseis de cruzeiro. 

Na Grande Guerra Patriótica, como é conhecida a campanha soviética durante a Segunda Guerra Mundial morreram 26 milhões de cidadãos soviéticos, entre os quais oito milhões de soldados, de acordo com os dados históricos oficiais. 


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GUINÉ-BISSAU: Fransual Dias demite-se do Conselho de Estado

DW (Deutsche Welle)   09/05/23 

Após ataque armado à sua residência, o analista político Fransual Dias, dirigente do Partido de Renovação Social (PRS), apresentou hoje o pedido de demissão do cargo do membro do Conselho de Estado da Guiné-Bissau.

"É com muita mágoa que decidi apresentar o meu pedido de demissão do cargo do membro do Conselho de Estado", escreve Fransual Dias na sua página no Facebook. Um pedido dirigido ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, já confirmado pelo analista à DW.

Na madrugada da passada sexta-feira (05.05), indivíduos armados atacaram a tiro a residência de Fransual Dias e uma viatura do analista foi incendiada em frente à sua casa. O ataque aconteceu depois de vários casos em que as vítimas foram órgãos de comunicação social, jornalistas e até líderes políticos.

Na altura, Fransual Dias responsabilizou a Presidência da República pelo ataque à sua residência. A DW África contactou a entidade visada, mas não foi possível obter uma reação a esta acusação.

"Tendo chegado ao ponto de mandar homens armados para me atacar em minha própria residência, com vários tiros dirigidos ao portão e à parede, cujos sinais são visíveis, não restam mais condições para eu me continuar a vergar ao título de membro do Conselho de Estado perante este humilde e inteligente povo", escreve o dirigente do PRS.

Demissão "irrevogável"

Este pedido de demissão "é irrevogável", sublinha ainda Fransual Dias, que diz ter "resistido contra ventos e marés, apesar do cúmulo de tristonhos de desgovernação sucessiva".

Entretanto, o dirigente do PRS já retomou a campanha pré-eleitoral para as próximas eleições legislativas de 4 de junho.

O presidente em exercício do PRS, Fernando Dias, ainda espera uma reação da comunidade internacional "à tentativa de assassinato de um indivíduo na sua residência". E também disse que não irá aceitar o adiamento das eleições.

Dia da Vitória. Desfile militar em Moscovo e discurso de Putin em imagens

© Reuters

Notícias ao Minuto  09/05/23 

O Dia da Vitória comemora-se esta terça-feira, assinalando a derrota da Alemanha nazi em 1945, colocando fim à Segunda Guerra Mundial na Europa.

Na sequência da comemoração do Dia da Vitória, na Rússia, o presidente do país, Vladimir Putin, fez um discurso na Praça Vermelha, em Moscovo, assinalando a efeméride, destacando que "foi desencadeada uma autêntica guerra contra a nossa Rússia".

"Nós resistiremos ao terrorismo internacional e também defenderemos os habitantes do Donbass [território anexado na Ucrânia] assim como vamos garantir a nossa segurança", afirmou Putin no seu discurso perante as tropas em parada na Praça Vermelha, em Moscovo.

"Estamos prontos para defender o nosso país", referiu ainda Putin, nas declarações iniciais, parabenizando os comandantes da "operação militar especial" da Rússia neste dia importante para o país, que é uma celebração para homenagear "os avós do nosso pai" que "lutaram pela pátria" e "salvaram o mundo do nazismo".

O líder russo acrescentou que "hoje o mundo está em jogo novamente", salientando que a Rússia está a defender-se contra o "terrorismo internacional".

"Vamos defender os cidadãos", afirmou, esclarecendo que "qualquer ideologia de supremacia não é aceitável" para Moscovo e acusando as elites ocidentais e os globalistas de "provocar conflitos" e destruir "os valores tradicionais da família".

Putin diz que as nações ocidentais se "esqueceram de quem destruiu aquele mal, quem defendeu a sua pátria, quem libertou o povo da Europa", delatando que outros países tentam "apagar a memória de verdadeiros heróis" destruindo memoriais de combatentes e generais soviéticos, o que considera ser "um verdadeiro culto ao nazismo".

"Tentaram cancelar os resultados da Segunda Guerra Mundial e desestabilizar o sistema de segurança internacional e o direito internacional. Estamos a honrar aqueles que lutaram contra os nazistas, aqueles que lutaram como aliados nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha e também honramos a contribuição da China", afirmou Putin, referindo que o povo ucraniano se tornou refém das ambições do Ocidente, antes de um minuto de silêncio.

O silêncio ecoou na Praça Vermelha pelas vidas russas perdidas durante o conflito na Ucrânia e, após 60 segundos, voltou a discursar na Praça Vermelha, ressalvando estar a seguir "os passos dos nossos ancestrais".

"Estamos orgulhosos dos participantes da operação militar especial, aqueles que estão a lutar na linha de frente e a salvar os feridos", disse Putin, realçando que o "futuro do nosso estado e do nosso povo" depende "de quem está a lutar pela Rússia", dirigindo-se aos soldados russos.

"Todo o país se uniu para apoiar os nossos heróis, todos querem ajudar, todos estão a rezar por eles", destacou o líder de Moscovo, elogiando, por fim, "aqueles que entraram no exército com a mobilização e milícia, FSB e outras forças".

"Estamos a dar as boas-vindas a todos vocês, dando as boas-vindas a todos que lutam pela Rússia, todos os que cumprem o seu dever militar. Durante a Grande Guerra Patriótica, os nossos ancestrais provaram que não há nada mais forte do que o nosso amor pela nossa pátria, pela Rússia, pelos nossos militares, pela vitória", concluiu Putin, ao fim de 10 minutos.

Após o final do discurso do presidente russo, este fica em silêncio e, de seguida, soa o hino nacional russo e é disparada uma salva de tiros.

De acordo com o New York Times, antes do líder russo começar a discursar, a televisão russa fez menção à guerra da Ucrânia comparando-a, falsamente, com a luta contra os nazis, cuja efeméride se assinala hoje.

Encontram-se presentes os líderes da Bielorrússia, principal aliado da Rússia na campanha contra a Ucrânia e os chefes de Estado da Arménia, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquemenistão.

De recordar que a habitual marcha do 'Regimento Imortal', como é conhecido na Rússia, foi cancelada por "receio de atos terroristas de Kyiv".  

Numa decisão sem precedentes, a Praça Vermelha foi encerrada há duas semanas, mesmo antes do alegado ataque com aparelhos aéreos não tripulados (drones) contra o Kremlin que as autoridades russas atribuíram à Ucrânia. 

Várias paradas militares em mais de duas dezenas de cidades da zona oeste da Rússia foram canceladas pelos mesmos motivos, assim como nos Urais e na Sibéria e na Península da Crimeia, território ucraniano anexado por Moscovo na invasão de 2014. 

Contudo, segundo o Ministério da Defesa da Rússia, desfilaram hoje no centro de Moscovo, 10 mil soldados e foram exibidos 125 equipamentos militares, incluindo os tanques T-90; T-72 e T-14, além de peças de artilharia, baterias antiaéreas e mísseis de cruzeiro, como pode ver na galeria de imagens.

A Rússia assinala esta terça-feira o Dia da Vitória em segurança máxima, devido ao momento de alta tensão que está a ser vivido entre Moscovo e Kyiv, com acusações mútuas de ataques aéreos.

O Dia da Vitória, que celebra a derrota da Alemanha nazi em 1945, colocando fim à Segunda Guerra Mundial na Europa, tem o centro das comemorações em Moscovo, com um desfile militar na Praça Vermelha, cujo acesso está fechado há vários dias, mas em pelo menos noutras 21 cidades russas, ou regiões ocupadas na Ucrânia, as paradas foram canceladas.

Nos países sob influência da antiga União Soviética, a partir de 1967, o Dia da Vitória começou a ser comemorado nos dias 09 de maio, referindo-se ao dia da capitulação das forças nazis perante as tropas soviéticas, e passou a ser considerado um dia feriado.


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