terça-feira, 29 de novembro de 2022

Media - "Descordamos com este despacho porque limita a liberdade de imprensa" diz Secretário de SINJOTECS


Bissau, 29 Nov 22 (ANG) –  O Secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) declarou esta terça-feira que  a organização   descorda com o despacho conjunto do governo, que anuncia novas tarifas para alvarás de licenças de emissões  e publicações no país, porque “limita a liberdade de imprensa”

Diamantino Domingos Lopes diz que, ao abrigo desse despacho,  só pode haver  duas rádios a funcionar no país.

O Secretário-geral da Sinjotecs falava esta terça-feira à Agência de Notícias da Guiné-ANG em reação ao despacho tornado público no decurso da  passada segunda-feira e assinado pelo ministro da Comunicação Social, Fernando Mendonça e o das Finanças Ilídio Vieira Té.

Para Diamantino Lopes, a  medida é insustentável e inconsequente porque “é como uma medida que desconhece totalmente a realidade onde se inserem  tais  decisões”, e diz que, quando é assim  “ vai limitar o exercício da liberdade de expressão e consequentimente a liberdade de imprensa”.

Lopes disse que os preços que estão no despacho se for analisado o contexto socioeconómico dos órgãos de comunicação social sobretudo das rádios, “de um certo modo é impraticável, porque não há nenhuma rádio  no país que tem condições de pagar 10  milhões de franco cfa para ter uma licença e  cuja renovação determina o pagamento de dois milhões e meio  de fcfa,de dois em dois anos”.

"Antes de qualquer medida é preciso fazer uma sondagem no mercado da comunicação social, neste caso para saber qual é a receita numeral e como as rádios conseguem angariar os recursos para  pagar salários dos seus funcionários”, disse .

Sustenta que, além de mais, o Governo  não dá subvenções à estas instituições de comunicação social pelo serviço público que prestam, por isso acha que é uma “medida inconsequente”.

Disse que ninguém vai pagar porque ninguém tem recursos para pagar.

Para as  rádios comunitárias, o Alvará passa a custar  três milhões de fcfa.

Para a autorização de filmagens tem que se pagar um milhão e meio de francos cfa e Diamantino diz que são medidas que  não refletem a realidade do país, e cita  televisões  comunitárias que para terem  licenças devem agora  pagar 50 milhões de franco cfa e 12 milhões de CFA para  renovação de licenças.

Diamantino Lopes disse que é muito estranho essa madida, pelo que é necessário repensá-la, “porque, é como uma lei que quando é impraticável não deve ser assumida nem respeitada e isso apela, de um certo modo, à uma desobdiência cívil”.

"Os proprietários das rádios deviam ser os primeiros a posicionarem face a esta situação, porque são eles que vão pagar. Enquanto sindicato da classe estamos preocupados, porque se as rádios não têm dinheiro para pagar vão fechar e isso vai mexer com o interesse dos seus associados. Precisam posicionar para pôr cobro à esta situação, para exigir a justiça sobre esta matéria”, disse Lopes.

O referido despacho conjunto, estipula que de atribuição de licenças para televisão de cobertura nacional é de 500 milhões de francos CFA e a sua renovação é de 125 milhões, para os jornais a licença custa 2 milhões e a sua renovação é de 500 mil francos CFA.

ANG/MI//SG

| MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS, CAPACITA ATORES DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS

O Seminário de capacitação dos Atores sobre o quadro jurídico e atendimento sensível à criança, decorre em Bissau com duração de dois, junta 23 entidades. Entre quais, magistrados, polícias de ordem pública, parlamento infantil e demais.

Durante abertura dos trabalhos, a Ministra da tutela, Teresa Alexandrina da Silva enalteceu os esforços do governo na sensibilização para a mudança de "paradigma"

Rádio Jovem Bissau

O Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da CEDEAO regressou ao fim da tarde à Bissau após ter presidido em Abuja-Nigéria à abertura formal da Segunda Sessão Ordinária do Parlamento da CEDEAO.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

WAGNER: Investigado ataque a base do grupo Wagner na República Centro-Africana

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POR LUSA  29/11/22 

As autoridades da República Centro-Africana abriram uma investigação após um jato ter largado explosivos perto de uma base para mercenários russos que trabalhavam com os militares do país.

O ataque teve lugar nas primeiras horas de segunda-feira na base de Cotenaf, em Bossangoa, onde testemunhas disseram que tanto a base utilizada pelo Grupo Wagner, da Rússia, como as casas circundantes, tinham sido atingidas.

"Os paramilitares russos mostraram a sua indignação, disparando para o ar das 5h00 às 6h00. De momento, a cidade está tranquila, as lojas ainda não estão abertas e as pessoas têm medo de fazer negócios", disse Robert Faradanga, um jornalista comunitário local.

Não ficou imediatamente claro quem foi o responsável pela aeronave que lançou os explosivos.

O ministro da Informação, Serge Ghislain Djorie, disse numa declaração que a aeronave desconhecida se dirigiu para norte após o incidente, antes de deixar o espaço aéreo do país.

"Este ato desprezível perpetrado pelos inimigos da paz não ficará impune", avisou Djorie.

Na República Centro-Africana, os mercenários do grupo Wagner percorrem a capital Bangui em veículos militares sem marca e guardam as minas de ouro e diamantes do país. Ajudaram a manter os grupos rebeldes armados e o Presidente Faustin-Archange Touadera no poder.

Contudo, o grupo mercenário também tem sido acusado de cometer violações dos direitos humanos.

Um relatório divulgado no início deste ano pelo perito independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos na República Centro-Africana citou uma série de ataques que alegadamente foram efetuados sob as ordens das forças armadas do país e dos seus aliados do Grupo Wagner.

Num caso, mercenários russos impediram as forças de manutenção da paz da ONU de aceder a uma aldeia onde as forças armadas do país e os russos tinham, "alegadamente, aberto fogo sobre civis indiscriminadamente".

Num dos ataques alegadamente ordenados pelos russos, os militantes foram à aldeia de Boyo e mataram 19 civis. O relatório de Yao Agbetse, o perito independente da ONU, também declarou que os feridos tinham sido enterrados vivos.


Leia Também: Parlamento Europeu recebe marreta "ensanguentada" do Grupo Wagner

PESCAS _ Assinatura do Protocolo de Acordo para o Apoio Financeiro ao Desenvolvimento do Setor das Pescas, visando a melhoria da Segurança Alimentar e Nutricional na Guiné-Bissau. Neste quadro, o FAO disponibiliza 260 mil dólares americanos ao CIPA e ao Laboratório Nacional de Controlo de Qualidade.

Radio Voz Do Povo

MUNDIAL 2022: Qatar admite "entre 400 e 500" mortes nas construções para o Mundial

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POR LUSA  29/11/22 

O número de trabalhadores mortos no Qatar durante a preparação para o Mundial de futebol ficou entre "400 e 500", um número drasticamente maior do que anteriormente anunciado, admitiu um responsável do Qatar.

De acordo com a Associated Press, as declarações de Hassan al-Thawadi, secretário-geral do Comité Supremo para Entrega e Legado do Qatar, foram feitas durante uma entrevista com o jornalista britânico Piers Morgan.

Os comentários de Al-Thawadi poderão aumentar as críticas feitas pelos grupos de direitos humanos sobre o custo para os trabalhadores migrantes do país sediar o primeiro Mundial de Futebol no Médio Oriente, quando 200 mil milhões de dólares (19,3 mil milhões de euros) foram gastos em estádios, linhas de metro e novas infraestruturas necessárias para o torneio.

O Comité Supremo e o Governo do Qatar ainda não responderam a um pedido de comentário feito hoje pela AP sobre as declarações de Al-Thawadi.

Na entrevista - em trechos já publicados por Piers Morgan na internet -, o jornalista britânico pergunta a Al-Thawadi: "Qual é o número honesto, totalmente realista de trabalhadores migrantes que morreram, como resultado do trabalho que estão a fazer para o Mundial de Futebol, na totalidade?".

"A estimativa é de cerca de 400, entre 400 e 500", respondeu Al-Thawadi.

"Não tenho o número exato. Isso é algo que tem sido discutido", referiu o responsável.

Entretanto, esse número não foi anteriormente discutido publicamente. Os relatórios do Comité Supremo datados de 2014 até ao fim de 2021 incluem apenas o número de mortes de trabalhadores envolvidos na construção e reforma dos estádios que hoje sediam o Mundial de futebol.

O número total de mortes divulgado pelo Governo do Qatar foi de 40. Estes dados incluem 37 que as autoridades locais descrevem como incidentes não relacionados com trabalho, como ataques cardíacos, e três de incidentes no local de trabalho. Num outro relatório também surge separadamente a morte de um trabalhador devido ao novo coronavírus durante a pandemia de covid-19.

Desde que a FIFA concedeu o torneio ao Qatar em 2010, o país tomou algumas medidas para reformular as práticas de emprego. Isso incluiu a eliminação do chamado sistema de emprego 'kafala', que prendia os trabalhadores aos seus empregadores, que podiam decidir se os funcionários poderiam deixar os seus empregos ou até mesmo o país.

O Qatar também adotou um salário mínimo mensal de 1.000 riais do Qatar (275 dólares ou 265 euros) para os trabalhadores e exigiu subsídios de alimentação e moradia para funcionários que não recebem esses benefícios diretamente dos seus empregadores. Também atualizou as suas regras de segurança para os trabalhadores para evitar mortes.

"Uma morte é uma morte a mais. Puro e simples", acrescentou Al-Thawadi na entrevista.

Ativistas pediram a Doha que faça mais, principalmente quando se trata de garantir que os trabalhadores têm os salários em dia e são protegidos de empregadores abusivos.

O comentário de Al-Thawadi também renova as questões sobre a veracidade dos relatórios de Governos e das empresas privadas sobre ferimentos e mortes de trabalhadores nos Estados do Golfo Pérsico, cujos prédios foram construídos por trabalhadores de países do sul da Ásia, como Índia, Paquistão e Sri Lanka.

Mustafa Qadri, diretor executivo da Equidem Research, uma consultoria sobre trabalho que publicou relatórios sobre o custo da construção para os trabalhadores migrantes, disse que ficou surpreso com a observação de al-Thawadi.

"Para ele, vir agora e dizer que há centenas [de mortos], é chocante. Eles não têm ideia do que está a acontecer", declarou Qadri à AP.

A Guiné-Bissau recebe da França um financiamento de 5 milhões de Euros para o OGE-2022.

Radio Voz Do Povo 


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POR LUSA 29/11/22 

A França disponibilizou hoje à Guiné-Bissau um apoio orçamental de cinco milhões de euros para "reforçar a base macroeconómica" guineense, disse o embaixador francês em Bissau, Terence Wills.


"O apoio visa reforçar a base macroeconómica da Guiné-Bissau e é uma marca de confiança" no país, afirmou o embaixador de França no final da assinatura do acordo de disponibilização do apoio financeiro com o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té.

Segundo Terence Wills, o apoio visa também demonstrar que a França está a trabalhar "diretamente com o Governo" guineense, porque a consolidação macroeconómica é "importante para atrair investidores".

O embaixador anunciou também para setembro a abertura da nova escola francesa na Guiné-Bissau, que terá ensino em francês, inglês e português, e a formação de agrónomos para apoio ao desenvolvimento do setor agrícola.

Referindo-se à crise mundial, o diplomata disse que é "uma oportunidade para a Guiné-Bissau mudar o seu modelo económico" e aumentar a sua produção agrícola, não só para a sua autossuficiência alimentar, mas também para exportar para os países vizinhos.

O ministro das Finanças guineense, Ilídio Té, salientou que o apoio de França mostra que o país está "numa mudança de paradigma".

O governante recordou que desde o conflito político-militar de 1998/1999 que a relação diplomática entre os dois países não estava "tão dinâmica".

"A Guiné-Bissau está numa fase diferente na sua credibilidade internacional", afirmou, salientando que aquela credibilidade também está relacionada com o facto de o país estar a trabalhar com o Fundo Monetário Internacional.

Segundo o ministro, é "chegado o momento de pensar na Guiné-Bissau" e deixar de lado as "questões partidárias", porque o desenvolvimento é para todos os guineenses.


Ministério da Saúde Pública, em parceria com o programa Alimentar Mundial das Nações Unidas PAM e União Europeia, através da Acão Ianda Guiné. Celebra 6ª edição do Dia Nacional da Nutrição sob lema " NÔ KUME DRITU PA BEM DI NÓ SAÚDE KU NÓ FAMÍLIA".

 Radio TV Bantaba

Delegação de grupo empresarial dos Emirados Árabes Unidos, esteve de visita no país em missão de prospeção e identificação de áreas para investimento.

Radio TV Bantaba

Ministros da NATO reúnem-se hoje com Ucrânia e China na agenda

© Lusa

POR LUSA 29/11/22 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO iniciam hoje o primeiro de dois dias de reunião, em Bucareste, capital da Roménia, na qual deverão acordar formas de aumentar o apoio à Ucrânia e analisar "os desafios colocados pela China".

Esta reunião do Conselho do Atlântico Norte, principal organismo de decisão política da NATO, que vai juntar ministros dos Negócios Estrangeiros no Palácio do Parlamento, vai contar com a presença do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, para debater as necessidades mais urgentes do país e o apoio da NATO a longo prazo.

No centro da agenda do encontro -- no qual vai participar o chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, - estará o conflito na Ucrânia, numa altura em que a Federação Russa tem aproveitado a chegada do inverno para aumentar a sua ofensiva.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, já antecipou que a Aliança "não vai recuar" e prometeu apoio às autoridades ucranianas durante "o tempo que for necessário", reconhecendo um "início horrível do inverno" naquele país.

Stoltenberg espera que os ministros dos Negócios Estrangeiros concordem em aumentar o apoio "não letal".

Quanto à China, o secretário-geral da NATO sublinhou que esta potência "não é um adversário" mas "está a intensificar a modernização militar, aumentando a sua presença, do Ártico aos Balcãs Ocidentais, do espaço para o ciberespaço, e procurando controlar as infraestruturas críticas dos aliados da NATO".

Stoltenberg alertou para o facto de a guerra na Ucrânia ter demonstrado "a perigosa dependência" face ao gás russo e quer os Aliados a avaliar as suas dependências "de outros regimes autoritários, principalmente da China".

Foram também convidados a participar nos trabalhos os ministros dos Negócios Estrangeiros da Finlândia e da Suécia, dois países que em maio deste ano apresentaram uma proposta conjunta para aderir à NATO, abandonando décadas de não-alinhamento militar, mas cujo processo ainda não está finalizado, faltando a ratificação da Turquia e Hungria.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Bósnia-Herzegovina, Geórgia e Moldávia também vão estar presentes e o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken.

A reunião decorre na Roménia, país fronteiriço com a Ucrânia, onde Portugal tem presença militar, no âmbito da NATO.

Em outubro, partiram para a Roménia 166 militares portugueses (a 2ª Força Nacional Destacada) para participar nas "enhanced Vigilance Activities" da NATO, que têm como objetivo contribuir para o esforço de dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste.


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O Presidente da República, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, presidiu oficialmente à abertura formal da Segunda Sessão Ordinária do Parlamento da CEDEAO na companhia do Presidente da República Federal da Nigéria, General Muhammadu Buhari.


PRESIDENTE DA REPÚBLICA, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO PRESIDE À SESSÃO SOLENE DO PARLAMENTO DA CEDEAO EM ABUJA, ONDE PRONUNCIOU UM DISCURSO IMPORTANTE E INOVADOR.
Alguns dos trechos desse discurso:
--     A nossa presença aqui, hoje, é a expressão da importância que atribuímos ao papel deste órgão na defesa dos valores da Democracia, do Estado de Direito e em prol do Desenvolvimento dos países membros da nossa organização.
--     O Parlamento é o lugar por excelência do Diálogo, de trocas e confrontação pacífica de ideias e projetos, de discussões francas e construtivas, com vista a procurar as melhores vias e a criar as condições necessárias para manter a estabilidade política. 
--     Neste propósito, o Parlamento da CEDEAO deve estar em condições de melhor corresponder as expectativas, em particular no que concerne o respeito pelo Estado de Direito, as regras democráticas e a fiscalização das ações governamentais, que garantem a realização dos objetivos de desenvolvimento económicos, sociais e culturais traçados pelos Estados membros.
--     A nossa sub-região tem registado retrocessos preocupantes e inadmissíveis.  A confiscação do poder no Mali, na República da Guiné e no Burkina Faso através de golpes de estado, é uma violente regressão e deve ser condenado com máxima vigor. O retorno nestes três países irmãos da ordem constitucional é um imperativo e uma urgência que nos deve mobilizar a todos. 
--     Perante os atuais desafios, o Parlamento da CEDEAO deve estar em condição de se focalizar mais e melhor sobre os objetivos políticos, económicos e sociais da nossa Comunidade, o que nos leva     a pensar que devemos rapidamente iniciar uma reflexão sobre a sua composição e o seu funcionamento. 
--     Ao nosso ver, os membros do Parlamento da CEDEAO devem consagrar-se totalmente e exclusivamente à nossa Comunidade. Com efeito, a cumulação e dualidade de cargos de Deputado Nacional e de Membro do Parlamento Comunitário não oferecem as condições adequadas e necessárias para um empenho mais eficiente. É necessário que os membros do Parlamento da CEDEAO sejam eleitos pelos cidadãos dos países membros, através do sufrágio universal direito.
--     Parece-me ter chegado o momento de, em conjunto, analisarmos a melhor maneira de abordar esta importante questão no quadro das reformas das instituições da CEDEAO.

Por: Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


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Radio Voz Do Povo 

TEERÃO: General iraniano reconhece mais de 300 mortes durante os distúrbios

© Reuters

POR LUSA  28/11/22 

Um general iraniano reconheceu hoje a morte de mais de 300 pessoas durante os protestos que decorrem em todo o país em defesa dos direitos humanos, sendo as primeiras declarações oficiais sobre o número de baixas em dois meses.

Esta estimativa é consideravelmente menor do que o número relatado pela organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, um grupo com sede nos EUA que acompanha de perto os protestos desde que estes eclodiram após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da chamada polícia da moral em Teerão, por ter legalmente violado o código rígido de imposto de vestuário às mulheres na República Islâmica.

O grupo ativista refere que 451 manifestantes e 60 elementos das forças de segurança foram mortos desde o início dos choques e que mais de 18.000 pessoas foram detidas.

Os protestos em todo o país foram desencadeados pela morte desta jovem, mas rapidamente se transformaram em apelos à queda da teocracia islâmica que governa o Irão desde a revolução de 1979.

O general Amir Ali Hajizadeh, comandante da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, corpo paramilitar do Irão, adiantou a um 'site' próximo desta força de segurança interna que mais de 300 pessoas foram mortas, incluindo "mártires", uma aparente referência às forças de segurança.

A mesma fonte também sugeriu que muitos dos mortos eram iranianos comuns não envolvidos nos protestos.

Hajizadeh não forneceu um número exato ou revelou quais os dados que sustentam a sua estimativa.

Este comandante reiterou a alegação oficial de que os protestos foram fomentados por inimigos do Irão, incluindo países ocidentais e a Arábia Saudita, sem fornecer provas.

No entanto, os manifestantes dizem estar fartos de décadas de repressão social e política e negam ter qualquer agenda estrangeira.

Os protestos se espalharam por todo o país e atraíram o apoio de artistas, atletas e outras figuras públicas.

A sobrinha do líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, pediu recentemente às pessoas que pressionem os seus governos a cortar os laços com Teerão por causa da violenta repressão às manifestações.

Num vídeo divulgado 'online' pelo seu irmão que mora na França, Farideh Moradkhani instou "pessoas conscientes do mundo" a apoiar os manifestantes iranianos.

O vídeo foi partilhado esta semana, após a alegada detenção de Moradkhani em 23 de novembro, de acordo com o grupo ativista.

Os protestos, agora no seu terceiro mês, enfrentaram uma repressão brutal das forças de segurança iranianas que utilizaram munições reais, balas de borracha e gás lacrimogéneo para reprimir as manifestações.

O Governo do Irão anunciou hoje que não vai cooperar com a missão independente das Nações Unidas que se prepara para investigar as violações contra as liberdades fundamentais no país após a morte do jovem Mahsa Amini.

"O Irão não vai cooperar de nenhuma forma com a missão sobre certos problemas com os direitos humanos", disse em conferência de imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani.

"Teerão condena o uso impulsivo das questões sobre direitos humanos contra nações independentes", sublinhou o porta-voz diplomático iraniano.

A resolução estabelece a criação de uma missão independente de investigação que vai ter como objetivo "recolher e analisar provas" de violação dos direitos humanos na sequência da repressão.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

FRANÇA: Central a carvão francesa volta a produzir eletricidade após encerramento

© Getty Images

POR LUSA  28/11/22 

A central a carvão Emile-Huchet em Saint-Avold, no leste de França, que encerrou em março, voltou a produzir eletricidade na manhã de hoje, disse à agência de notícias AFP o diretor da infraestrutura, Philippe Lenglart.

"(...) Fomos chamados a produzir desde as 09:00 [08:00, em Lisboa] (...) da manhã", disse.

A central Emile-Huchet ia encerrar no final de março, mas o Governo francês não fez por "precaução", de modo garantir o fornecimento de eletricidade no país devido ao conflito na Ucrânia e aos contratempos da frota nuclear da Électricité de France (EDF).

No final de junho, o Governo de França anunciou a sua vontade em reabrir na época do inverno, uma reabertura que "faz parte do plano de encerramento", sublinhou então o Ministério da Transição Energética.

O ministério insistiu que o compromisso do Presidente francês, Emmanuel Macron, de fechar todas as centrais a carvão tem permanecido "inalterado".

A lei do poder de compra aprovada no início de agosto também incluiu uma medida que permite ao fornecedor de gás e eletricidade GazelEnergie recontratar funcionários neste inverno. Mais de metade iria reformar-se e os mais novos iram ser reclassificados nos novos projetos da empresa.

A GazelEnergie planeia, entre outras coisas, construir uma caldeira de biomassa para substituir a central a carvão.

No total, serão necessárias mais de 500.000 toneladas de carvão para o local até o final de março que, trabalhando em plenas capacidades, produz até 600 Megawatts-hora e pode abastecer um terço das residências da região de Grand-Est.

Apenas existe mais uma central a carvão, em Cordemais (oeste), ainda em funcionamento em França.

No país, mais de 67% da eletricidade produzida é de origem nuclear, tendo a quota dos combustíveis fósseis sido em 2020 de 7,5%, dos quais 0,3% de carvão e 6,9 de gás.

O Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam visita armazéns de fertilizantes em Bissau e, elogia o Ministro de Estado da Agricultura pelo trabalho para melhoria da produção agrícola do país.

Radio Voz Do Povo

A governadora da região de Gabú, Elisa Tavares Pinto, ordena desmantelamento de locais improvisados de negócios de sexo _ PROSTITUIÇÃO_ por questão de saúde pública.

Radio Voz Do Povo

A exportação de cerca cem mil toneladas da castanha de caju que se encontram estocadas em Bissau constitui preocupação do Governo e do setor privado. O Ministro do Comércio Abás Djaló chamou os atores da fileira de caju, agricultores, Intermediarios e exportadores, para uma solução viável.

Radio Voz Do Povo

Ucranianos acusam Rússia de deportar mais de 12 mil crianças... Cerca de 440 crianças morreram na guerra e 329 estão dadas como desaparecidas.

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Notícias ao Minuto   28/11/22 

A procuradoria-geral ucraniana disse, esta segunda-feira, que já foram dadas como desaparecidas 329 crianças, denunciando que a Rússia terá deportado outros 12.034 menores.

Numa publicação no Telegram, a autoridade diz que foram encontradas e devolvidas às famílias mais de 7.800.

"Estes números não são definitivos, pois o trabalho segue em locais de conflito ativo, em territórios temporariamente ocupados ou libertados", acrescenta a procuradoria.

As autoridades ucranianas têm acusado os russos de raptar crianças e adolescentes, de territórios ocupados ucranianos para o interior de fronteiras russas, como forma de as doutrinar para a propaganda do Kremlin.

Segundo os dados apresentados pelos ucranianos, terão sido mortas ao longo da guerra 440 crianças e outras 1.291 ficaram feridas, um número ligeiramente superior ao valor calculado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que dá conta de 419 menores mortos.

As autoridades ucranianas apontam que a maioria das baixas de menores foram registadas na região de Donetsk, que está maioritariamente ocupada pela Rússia, e em Kyiv e Kharkiv, as duas maiores cidades do país.

A procuradoria-geral acrescenta ainda que foram atingidas por ataques russos 2.719 instituições de ensino; dessas, 332 foram contadas como destruídas.

O conflito na Ucrânia já fez quase 6.600 mortos civis, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a entidade adverte que o real número de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos, como em Mariupol, por exemplo, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.


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UCRÂNIA/RÚSSIA: "Tudo está a ser feito para evitar que África sofra" devido à guerra

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POR LUSA  28/11/22 

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, reconheceu hoje, em Bruxelas, que a guerra na Ucrânia levantou novos problemas na relação União Europeia (UE)-África, garantindo, porém, que nada afetará a ajuda monetária ao continente.

"Tudo está a ser feito para evitar que África sofra com consequências da guerra na Ucrânia do ponto de vista dos recursos", disse Borrell, acrescentando que "nem um único euro que foi atribuído a África será desviado para a Ucrânia".

O Alto Representante para a Política Externa da UE salientou ainda, em declarações aos jornalistas à entrada de um Conselho de Ministros do Desenvolvimento, que há novos desafios lançados pela crise alimentar e energética em África e ainda pelas consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro deste ano.

Hoje reúnem-se também, em Bruxelas, representantes da Comissão Europeia e da Comissão da União Africana (UA) para debater compromissos de investimento assumidos na cimeira dos dois blocos, em fevereiro, e as relações geopolíticas, no contexto da guerra na Ucrânia.

A reunião, que acontece pela 11.ª vez, vai abordar, ao abrigo da parceria entre a UE e a UA, temas como segurança alimentar, energia, clima, segurança e multilateralismo, e ainda as consequências da agressão russa à Ucrânia, nomeadamente no mercado de cereais e óleos alimentares.

Os compromissos assumidos com a UA na cimeira de fevereiro, ao abrigo da estratégia Portal Global da UE, estarão também em debate na reunião conduzida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo líder da UA, Moussa Faki Mahamat, e na qual participam mais de duas dezenas de comissários dos dois blocos.

A Comissão Europeia apresentou em dezembro de 2021 a estratégia "Global Gateway" (Portal Global) de ajuda da UE ao desenvolvimento, programa que ambiciona mobilizar 300 mil milhões de euros em projetos de infraestruturas em todo o mundo até 2027, em resposta ao investimento chinês.

Cabo Verde restringe acesso e uso de viaturas do Estado

© Lusa

POR LUSA  28/11/22 

Praia, 28 nov 2022 (Lusa) - O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje regras mais apertadas no acesso e uso de viaturas do Estado, com a aprovação de um novo decreto-lei nesse sentido e o aumento da fiscalização.

"Há uma definição clara e restritiva das entidades que podem ter direito a viaturas de representação e do uso pessoal. Irá ter um impacto na redução de viaturas do Estado fora dos horários fixados, em fins de semana e feriados", afirmou esta manhã Ulisses Correia e Silva, durante uma declaração ao país, a partir da Praia, sobre a aprovação, na madrugada de sábado, da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023.

De acordo com o chefe do Governo, o novo decreto-lei que regula o uso de viaturas do Estado foi aprovado em Conselho de Ministros há cerca de duas semanas, elencando as entidades e órgãos de soberania que "podem ter acesso e o uso de viaturas para representação e uso pessoal".

"Tudo o resto, incluindo dirigentes da administração pública, de institutos públicos, agências de regulação e de empresas públicas terão viaturas para o uso em serviço durante o horário de expediente do serviço. Durante os fins de semana e feriados as viaturas poderão ser utilizadas com condutores", explicou.

"Isto permite-nos fazer uma maior racionalização do uso das viaturas e uma distinção muito clara entre aquilo que é uso pessoal e que é muito restrito para entidades que são órgãos de soberania e aquilo que são usos para fins de serviço, que só podem ser realizados em determinadas condições que de facto obedeçam ao requisito do serviço", acrescentou o chefe do Governo.

Ulisses Correia e Silva garantiu que "haverá fiscalização" das novas regras: "A grande vantagem é que as regras, agora muito mais claras, são muito mais vinculativas. E faz uma diferenciação muito clara que permite com que haja também uma fiscalização mais efetiva".

Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do PIB do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.

Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística. Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo cabo-verdiano baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, agora para mais de 8%.

"Em 2023, o Governo aprovará uma nova lei de estrutura orientada para a racionalização e eficiência da administração pública. A transformação digital da administração pública irá aumentar o nível de serviços 'online', a interoperabilidade entre os serviços, a transparência e a interação com os utentes e os cidadãos", anunciou ainda.

Ulisses Correia e Silva acrescentou que a lei do Orçamento de Estado para 2023 -- aprovada na madrugada de sábado apenas com os votos a favor do Movimento para a Democracia (MpD, maioria) -- "define e restringe as entidades que podem viajar em classe executiva", o que não estava previsto na versão inicial do documento, que só admitia viagens em classe económica.

"Para viagens em avião de duração inferior a quatro horas e meia, com exceção do Presidente da República, do primeiro-ministro e do presidente da Assembleia Nacional, as viagens são em classe económica", disse igualmente.

A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023 está avaliada em 77,9 mil milhões de escudos (712 milhões de euros), inclui o aumento dos salários mais baixos da Administração Pública e prevê um crescimento económico de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano e uma inflação inferior a 4%, contra os mais de 8% esperados para este ano.

"O crescimento económico e as políticas ativas de emprego, através da formação profissional, estágios profissionais e empreendedorismo, vão criar seguramente mais e melhores condições de emprego e de rendimento, e particularmente dirigidos aos jovens. As empresas podem continuar a contar com o Governo. Juntos, passamos por momentos muito difíceis", afirmou o primeiro-ministro, na mesma mensagem.

"Apoios à recuperação das empresas, estímulos e incentivos fiscais e financeiros ao investimento, ecossistema de financiamento mais robusto e melhoria do ambiente de negócios continuam e vão ser reforçados em 2023. Um novo acordo estratégico de médio prazo com os parceiros sociais, estamos a falar de entidades patronais e sindicatos, será celebrado em sede do Conselho de Concertação Social", acrescentou.

Ulisses Correia e Silva defendeu que Cabo Verde precisa de um "tecido empresarial mais dinâmico, com atitude empreendedora, qualidade de gestão e capacidade de inovação" e que "do lado do Governo, todos os ministérios vão orientar-se para os objetivos de melhoria do ambiente, de negócios e de condições para o fomento do investimento privado, com uma atitude mais proativa, mais eficiência e maior efetividade" em 2023.

"O momento é de reforçar a confiança no país. Cabo Verde é um país com uma boa reputação internacional", sublinhou.

União Africana - Chefes de Estado e de Governo aprovaram Relatório do BAD sobre Industrialização de África

Bissau, 28 nov 22 (ANG) - Os Chefes de Estado e de Governo da União Africana presentes em Niamey(Niger) no dia 24 do corrente mês, analisaram e aprovaram com algumas emendas o Relatório do Banco Africano de Desenvolvimento(BAD) e de parceiros sobre a Industrialização de África.

Segundo a página oficial da Presidência da República no facebook,  37 países africanos se industrializaram na última década, e os países com melhor desempenho não são necessariamente aqueles com as maiores economias, mas sim, os que geram um elevado valor acrescentado de produção per capita.

“Trinta e sete dos 52 países africanos tornaram-se mais industrializados nos últimos onze anos, de acordo com um relatório recentemente divulgado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, a União Africana e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO)”, refere a página.

O relatório do Índice de Industrialização de África (AII) fornece uma avaliação a nível nacional dos progressos de 52 países africanos através de 19 indicadores-chave.

O relatório permitirá aos Governos africanos  identificar países comparáveis para aferir o seu próprio desempenho industrial e identificar as melhores práticas de forma mais eficaz.

O Banco Africano de Desenvolvimento, a União Africana e a UNIDO lançaram conjuntamente a edição inaugural do AII à margem da Cimeira da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica, em Niamey, no Níger.

 A Cimeira Extraordinária da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica e a Sessão Extraordinária da organização sobre a Área de Comércio Livre Continental que decorreu em Niamey, Níger, entre os dias 24 e 25 de novembro de 2022, foi dedicado ao tema: "Industrialização da África: Compromisso Renovado para a Industrialização Inclusiva e Sustentável e a Diversificação Económica".

ANG/LPG/ÂC//SG

Sublevação militar - Presidente da República condena tentativa de golpe de Estado em São Tomé e Príncipe

Bissau, 28 Nov 22 (ANG) - O Presidente da República e igualmente Presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, condena a tentativa de golpe de Estado ocorrida no dia 25 de Novembro do ano em curso em São Tomé e Príncipe.

A informação consta numa nota de condenação e de solidariedade, da Presidência da República feita no dia 25 de Novembro de 2022, à que a ANG teve acesso hoje, e enviada  as instituições da República de São Tomé e Príncipe, na qual o chefe de Estado guineense considerou inadmissível e inaceitável qualquer tipo de acção que ponha em causa o Estado de Direito Democrático.

Segundo a nota, Umaro Sissoco Embaló declarou na nota a sua  total solidariedade ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e ao seu Governo , bem como ao povo irmão de São Tomé e Príncipe.

O chefe de Estado guineense disse sedejar  que as instituições democraticamente eleitas se mantenham coesas, unidas e determinadas em prol do desenvolvimento e bem-estar dos são-tomenses.

Úmaro Sissoco Embaló ainda exaltou o posicionamento republicano assumido pelas Forças Armadas e policiais de S. Tomé e Príncipe e exorta-os a prosseguirem e a reforçarem cada vez mais essa postura constitucional.

Na madrugada de sexta-feira, quatro homens atacaram o quartel das Forças Armadas, na capital são-tomense, num assalto que se prolongou por quase seis horas, com intensas trocas de tiros e explosões, e em que fizeram refém o oficial de dia, que ficou ferido com gravidade devido a agressões, dos quatro atacantes, três morreram, bem como o suspeito Arlécio Costa.

O ataque foi neutralizado pelas 06:00 locais  da sexta-feira, com a detenção dos quatro assaltantes e de alguns militares suspeitos de envolvimento na ação.

Foram também detidos pelos militares o antigo presidente da Assembleia Nacional Delfim Neves (que concluiu igualmente o mandato este mês) e Arlécio Costa, antigo oficial do 'batalhão Búfalo' que foi condenado em 2009 por uma tentativa de golpe de Estado, alegadamente identificados pelos atacantes como mandantes. 

ANG/MI/ÂC//SG

A delegação dos Emirados Árabes Unidos está em missão de prospeção económica para futuros investimentos na Guiné-Bissau. O Ministro da Economia, Plano e Integração Regional, José Casimiro Varela destaca setores prioritários da missão.

 Radio Voz Do Povo

Guiné-Bissau: Manifestação em Bissau contra a Violência dos homens

A sociedade guineense está confrontada com atos violentos práticados pelas mulheres contra os homens. A manifestação visa travar este novo comportamento que deixou todos surpresos e indignados.

 Radio Voz Do Povo 

CABO VERDE: Na praia de Moiá-Moiá, a areia branca está praticamente coberta de algas, empurradas pelas correntes da baía cabo-verdiana onde investigadores descobriram um campo de corais de cerca de 1.000 metros quadrados que precisa ser preservado.

© Lusa

POR LUSA  28/11/22 

 Cabo Verde. Investigadores descobrem campo de corais e pedem preservação

Na praia de Moiá-Moiá, a areia branca está praticamente coberta de algas, empurradas pelas correntes da baía cabo-verdiana onde investigadores descobriram um campo de corais de cerca de 1.000 metros quadrados que precisa ser preservado.

"A zona é particularmente rica em corais e outros elementos de biodiversidade por causa do constante fluxo de água. Aqui as correntes costumam ser muito fortes e sempre renovam as águas, trazendo peixes e eliminando uma eventual poluição", descreve à Lusa Wlodzimierz Szymaniak, polaco residente há muitos anos em Cabo Verde e que mergulhou até às profundezas da baía de Moiá-Moiá, no concelho de São Domingos, na parte oriental da ilha de Santiago, para descobrir o campo de coral duro.

Uma monitorização feita durante meses em parceria com a Associação Cabo-verdiana de Ecoturismo (ECOCV), que considerou que esta foi uma das "descobertas mais notáveis" deste ano, estimando que o campo tem aproximadamente uma área de até 1000 metros quadrados.

"Aqui foi uma boa surpresa porque mergulhando, pesquisando sobre as ervas marinhas, descobrimos uma zona muito grande dos corais pétreos, com nome científico 'Sidastrea radians'", precisou Edita Magileviciute, bióloga marinha e vice-presidente da ECOCV.

Szymaniak, que é reitor da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde e um dos maiores entusiastas e praticantes do mergulho nas costas do arquipélago, disse que a descoberta só foi possível depois de muito trabalho de preparação e de pesquisa.

"Neste caso, eu descobri a baía de Moiá-Moiá através dos livros antigos, por exemplo, os livros do Cristiano de Sena Barcelos", explica, em entrevista no local, que a norte tem a igreja de Alcatraz e mais a sul o farol da Ponta Leste, do século XIX.

"Atualmente esta zona é quase completamente esquecida e degradada pela apanha ilegal de areia, mas antigamente foi bem descrita nos livros de navegação e mencionada nos mapas, por ser extremamente perigosa para os navios", diz, apontando o Pentalina B, que encalhou nessa baía em junho de 2014, e cujo casco ainda se encontra no local.

O nome Moiá-Moiá, segundo o investigador, vem do português 'molhado', lembrando que quando um navio naufragava no local, geralmente as populações nas imediações, atualmente de cerca de duas centenas, mostravam-se pouco solidárias e pilhavam a carga.

"Muitas vezes era o milho, cereais, que, molhados, tinham de ser vendidos a preços muito convidativos porque estragavam muito facilmente, daí surgiu a palavra crioula 'moiá', que significa preço baixo e o nome da baía e da aldeia", explica Wlodzimierz Szymaniak.

Funcionando como o 'barómetro' da poluição e importante para salvaguardar o equilíbrio biológico, o professor universitário aponta para o "autêntico tapete" de corais de Moiá-Moiá, zona onde também descobriu muitos vestígios arqueológicos subaquáticos, nomeadamente âncoras antigas e canhões dos séculos XVI e XVII.

"É uma zona muito rica cultural e biologicamente, e que merece mais atenção de todos nós", pede, garantindo que vai continuar a mergulhar no local, para descobrir as "muitas surpresas" em Cabo Verde.

Um trabalho sempre em parceria com a ECOCV, que desde 2015 tem um plano de gestão e conversão de corais em Cabo Verde, mas que precisa de ser posto em prática.

"Por isso, o segundo passo é fazer mais investigação, identificar a gravidade dos impactos, como poluição e extração de areia na zona costeira, o impacto destas algas e fazer um mapeamento específico destes corais e outras espécies associadas", indicou Edita Magileviciut, considerando que a baía é muito importante para a biodiversidade dos corais no arquipélago cabo-verdiano.

Tal como existe nas ilhas de São Vicente e Boa Vista, a bióloga marinha não descarta a hipótese de ter uma enseada de corais em Moiá-Moiá, mas vai alertando para as muitas ameaças a essas espécies, com poluição de todo o tipo, desde sacos e garrafas de plástico, redes de pesca, mas também a apanha ilegal da areia, que está a descaraterizar o local.

"Este habitat é muito sensível, pelo que temos de fazer mais investigação, educar as populações, sensibilizar, aumentar atividades de conservação. Porque senão vamos perder sem descobrir", avisa a membro da ECOCV, criada em 2015 por um grupo de profissionais de diversas áreas para conservar o meio ambiente em Cabo Verde.

O mais importante, segundo a investigadora, é que estes corais "são mais ou menos saudáveis", mas nesta época as algas 'sargassum' reproduzem-se muito, cobrem a superfície do mar, impedindo a penetração da luz na água, provocando a morte dessas espécies.

"A mensagem muito importante é que todas as espécies, no mar, tal como na terra, estão ligados, se perdermos os corais, perdemos as nossas costas, perdemos áreas de reprodução de peixes de importância comercial, peixes endémicos, e tudo isso. Portanto, protegendo uma espécie de corais, protegemos o ecossistema", insiste a bióloga.

CHINA: Jornalista da BBC "espancado" pela polícia ao cobrir protestos em Xangai

© Twitter

POR LUSA  28/11/22 

Um jornalista da BBC foi "espancado e pontapeado pela polícia", antes de ser detido, em Xangai, no domingo, enquanto cobria um dos protestos contra medidas de prevenção da covid-19 impostas na China.

A emissora pública britânica, através de um porta-voz, mostrou-se "muito preocupada" ao confirmar que o repórter de imagem Edward Lawrence "foi atacado" em Xangai no domingo, como demonstram imagens partilhadas nas redes sociais, nas quais se vê agentes da policia a arrastarem o jornalista algemado pelo chão.

"É muito preocupante que um dos nossos jornalistas tenha sido atacado desta maneira no desempenho das suas funções", acrescentou o porta-voz, em declarações à estação de rádio britânica LBC, citadas pela agência de notícias Europa Press.

A BBC criticou o facto de não ter recebido nenhuma explicação oficial nem um pedido de desculpas por parte das autoridades, "além de uma declaração de que ele teria sido detido para seu próprio bem, caso fosse contagiado com o coronavírus no meio da multidão".

"Não consideramos uma explicação credível", afirmou o porta-voz da BBC.

Edward Lawrence, que trabalha na delegação da BBC em Pequim, viajou para Xangai para cobrir os protestos dos últimos dias.

As medidas de prevenção epidémica da China são as mais restritivas do mundo, ao abrigo da política de 'zero casos' de covid-19. A estratégia inclui o isolamento de todos os casos positivos e contactos próximos, o bloqueio de bairros ou cidades inteiras e a realização constante de testes em massa.

Nos últimos dias, manifestações contra as restrições espalharam-se por grandes cidades da China como Pequim, Xangai e Nanjing.

Os protestos intensificaram-se na quinta-feira, após a morte de dez pessoas num incêndio num edifício alvo de confinamento em Urumqi.

De acordo com o jornalista agredido, em publicações partilhadas na sua conta no Twitter, a polícia bloqueou estradas e não deixava passar as pessoas, depois de a multidão ter aumentado.

"Vi a polícia a deter três pessoas, duas das quais confrontaram os agentes. Há uma tensão silenciosa até alguém gritar, depois a multidão canta e aplaude em sinal de apoio", explicou, depois de assinalar que os protestos eram pacíficos e com grande controlo policial.

A capital chinesa, que tem estado especialmente protegida contra surtos desde 2020, está agora a experimentar os níveis mais elevados de contágio: de acordo com o último relatório oficial, mais de 4.300 novos casos foram detetados no sábado, 82% dos quais assintomáticos.

Estes números, baixos pelos padrões internacionais, mas intoleráveis para as autoridades chinesas, resultaram em restrições e confinamentos que afetam uma grande parte da população da capital.

De acordo com dados da Comissão Nacional de Saúde, a China bateu no sábado o número recorde de infeções, detetando quase 40.000 novos casos, embora mais de 90% se tratem de casos assintomáticos.

Os números oficiais mostram que cerca de 1,8 milhões de pessoas estão atualmente sob quarentena, uma vez que a diretriz é transferir os casos - incluindo assintomáticos - e também, mas separadamente, aqueles que tiveram em contacto com os infetados, para hospitais ou centros de isolamento.