sábado, 12 de fevereiro de 2022

Situação de sem-abrigo em Lisboa continua "sem fim à vista"

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Notícias ao Minuto  12/02/22 

A situação de sem-abrigo em Lisboa continua a ser um problema "sem fim à vista" - inclusive agravou-se durante a pandemia - e estão identificadas hoje 3.780 pessoas, das quais cerca de 500 vivem na rua, segundo dados do município.

"São 494 pessoas que estão efetivamente na rua, ou em tendas ou nos vãos de escada. São pessoas que recusaram respostas ou que estão à espera de melhores respostas, ou que já estiveram de alguma forma acolhidas e que abandonaram", indica a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves (independente eleita pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança).

Em declarações à agência Lusa, a vereadora recorda que no início dos anos 2000 houve uma alteração da estratégia nacional em relação à saúde mental, o que "atirou muitas pessoas para a rua": a situação de sem-abrigo "mudou muito, para pior".

"Isto, que já era uma situação muito dramática, agravou-se brutalmente agora com a pandemia [...]. O problema é que não sabemos até onde é que isto vai levar muitas outras pessoas", afirma Laurinda Alves, referindo que Lisboa regista "um fluxo maior, há mais situações e as situações são mais dramáticas", com pessoas que vêm de municípios vizinhos, de outras zonas do país e também do estrangeiro.

Dados do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), estrutura coordenada pela Câmara de Lisboa, indicam que em 2018 existiam 2.473 pessoas nesta situação (inclui 516 pessoas requerentes de proteção internacional), das quais 361 sem teto.

Em 2019 foram identificadas 3.178 pessoas nesta situação (699 requerentes de proteção internacional), das quais 465 viviam na rua, no ano seguinte havia 3.811 pessoas (1.276 requerentes de proteção internacional), das quais 447 sem teto.

Comparando os dados de 2019 com os 3.780 casos atuais - início de 2022 -, o número de pessoas sem-abrigo em Lisboa aumentou 18,9%, com um acréscimo de 602. Também se registou uma subida relativamente às pessoas sem teto e que vivem na rua, na ordem de 6,2%, com mais 29 casos nesta situação.

"Há muitas pessoas que continuam na rua, que dormem em tendas. Há também um conjunto de 20 pessoas e famílias que dormem em carros", refere Laurinda Alves.

A maioria da população em situação de sem-abrigo em Lisboa é do sexo masculino e a média de idades está nos 40 anos, embora haja também pessoas mais novas e mais velhas, adianta a vereadora, assegurando que "não há crianças na rua".

Também há poucas mulheres nesta condição, porque "têm um corredor prioritário para serem encaminhadas para os serviços".

Laurinda Alves explica que as pessoas nesta condição "não têm um problema, têm um somatório de problemas", desde questões de saúde mental a dependência de drogas, "e podem ser todas estas e ainda mais outra, que são as questões financeiras de alguém que fica na rua porque perdeu o emprego, porque está endividado, porque sofreu uma penhora".

Neste equação pode-se incluir também os valores "inacessíveis" das rendas de habitação, já que "há uma esmagadora percentagem de população que sofre esta carestia de vida".

Para a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, é importante fazer o exercício de calçar os sapatos do outro: "Quando temos este olhar do 'podia ser eu' e 'são pessoas como nós', começamos a olhar para elas já de forma diferente."

Questionada sobre o tempo necessário para erradicar o problema no concelho, Laurinda Alves suportou-se nas palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que no Natal passado disse que a pandemia de covid-19 tornou impossível fixar metas temporais para retirar estas pessoas da rua.

"Neste momento, com a pandemia e com tudo aquilo que é tão avassalador, tão dramático e tão torrencial, é uma hemorragia que não conseguimos estancar, nem conseguimos ver o fim, mas temos aqui estes quatro anos para olhar para esta realidade, para fazer este atlas, para perceber quem é quem, as realidades, para concertar ainda melhor aquilo que tem sido feito e muito bem feito até aqui. Temos ainda a possibilidade de afinar estratégias", assume.

Considerando que seria "muito leviano e completamente inútil e fútil" estar a avançar com prazos, a vereadora assegura que esta é uma interrogação que tem de "desinquietar" o executivo até ao fim do mandato.

A resposta casuística às pessoas sem-abrigo "é tão complexa e tão demorada" que há que valorizar "cada vez que há um caso feliz", aponta Laurinda Alves, partilhando o caso de um cidadão que estava há sete anos a viver na rua e que há duas semanas aceitou ficar num apartamento "Housing First", e dorme numa cama em casa e tem água quente, necessidades básicas que são direitos humanos consagrados, mas que nem sempre são asseguradas para todos.

No papel de vereadora tem tratado de responder a aflições sucessivas diariamente. Reconhece que fica sempre muito por fazer, mas também há muitas concretizações, mantendo-se a prioridade de "humanizar, prevenir e concertar".

"No final do dia, no final do mandato, no limite no final das nossas vidas será isto que conta, o que transformamos, o que tornamos possível, o que ficou de nós na parte boa da vida dos outros", conclui a autarca, referindo que os casos felizes confirmam: "Só é impossível o que não tentamos, não podemos desistir nunca, tudo menos desistir. Não se pode desistir de ninguém, ninguém pode desistir de ninguém".

Leia Também: CML quer "humanizar, prevenir e concertar" resposta a pessoas sem-abrigo

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló recebeu em audiência o Partido da Nova Democracia - PND.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República recebeu hoje mensagens de Solidariedade pelos acontecimentos do dia 01 de Fevereiro da Confederação de Jornalistas, da Associação de Músicos profissionais guineenses e dos Moradores do bairro de Pluba




 










Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Na mensagem ao povo da Guiné-Bissau, o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira descreve o caos instaurado no país. Ameaça à paz, mortes, violência, perseguição e violações.

 PAIGC 2022

CONSELHO DE MINISTROS 1️⃣1️⃣ 0️⃣2️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣✔

Reunião extraordinária do Conselho de Ministros, convocado para analisar e deliberar sobre vários assuntos da vida nacional.

Confira na íntegra o teor do Comunicado.👇

GOVERNAR PARA TODOS 

#CHEFIADOGOVERNOGB2022

#GCPM 

1️⃣1️⃣ 0️⃣2️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣✔

Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

STJ: juízes de direito vão ser colocados nos tribunais sectoriais do país

 José Pedro Samb “ Temos problemas de recursos humanos mas estamos tentar resolver com a nomeação destes juízes minimizar a situação”.

Por: Martinho Mendes Capgb.com

O presidente do supremo tribunal de justiça (STJ) venerando juiz conselheiro, José Pedro Sambú, conferiu esta sexta-feira, 11-02-2022, a posse de doze juízes de direito, que serão colocados nos diferentes tribunais sectoriais da Guiné-Bissau para preencher as vagas existentes.

Falando a imprensa após o ato de posse que decorreu no Palácio da justiça em Bissau, José Pedro Sambú, afirmou que, há tribunais sectoriais que fecharam as suas portas muitos anos por não terem juízes e afiançou que estes novos Juízes vão fazer funcionar as instancias judiciais.

Posse de novos juizes

Sambú reconhece que não será fácil resolver todos os problemas nos tribunais mas promete para semana nomear outros juízes para os tribunais regionais para reduzir a lentidão da justiça.

“ Temos problemas de recursos humanos mas estamos tentar resolver com a nomeação destes juízes minimizar a situação”.

Por outro lado, José Pedro Sambú disse que, vão fazer funcionar a inspeção nos tribunais regionais na base de uma promoção em como fiscalizar atividades de juízes para permitir os cidadãos confiarem na justiça.

Em nome dos empossados, Nicado Teixeira Djaló promete agir na base de transparência durante o exercício da profissão.

Juiz reconhece as dificuldades com que se depara os tribunais nos setores mas admitiu uma colaboração efetiva com a instituição mãe para ultrapassar essa barreiras.

Notícias da Guiné Bissau: Atualidade Nacional ... RTP Africa Repórter


O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló presidiu hoje a sessão extraordinária do Conselho de Ministros, a primeira após os acontecimentos do passado dia 01 de Fevereiro. A reunião teve lugar na Presidência da República.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Sublevação militar - Sissoco Embaló acusa três narcotraficantes de tentativa de golpe em Bissau

Bissau, 11 Fev 22(ANG) - O Presidente da República acusou o ex-chefe da Marinha Bubo Na Tchuto e outros dois homens - condenados nos EUA por tráfico de droga -, de serem os responsáveis pelo ataque ao Palácio do Governo, a 1 de Fevereiro.

Umaro Sissoco Embaló citou à imprensa os nomes do ex-contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, líder da Marinha na primeira década dos anos de 2000, Tchamy Yalá, também ex-oficial, e Papis Djemé. 

Os três acusados foram detidos após os acontecimentos da semana passada, segundo o chefe de Estado guineense.

"Não estou a dizer que são os políticos que estão por trás disto, mas a mão que carrega as armas é de pessoas ligadas aos grandes cartéis de drogas", disse Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente da República lembrou que todos os três homens tiveram problemas com a justiça norte-americana.

Os homens foram presos em abril de 2013 por agentes da DEA a bordo de um barco em águas internacionais na costa da África Ocidental.

De acordo com a justiça norte-americana, os agora acusados tinham negociado, nos meses anteriores à detenção, com investigadores norte-americanos que se faziam passar por representantes de narcotraficantes sul-americanos, a importação para a Guiné-Bissau de cocaína que seria depois distribuída pela América do Norte e pela Europa.

José Américo Bubo Na Tchuto foi assinalado como traficante de droga pelo Tesouro dos Estados Unidos, tendo sido condenado em 2016 a quatro anos de prisão em Nova Iorque. Já Tchamy Yala e Papis Djemé foram condenados em 2014, também em Nova Iorque, a cinco e seis anos e meio de prisão, respetivamente. Desde então, regressaram à Guiné-Bissau.

No dia 1 de Fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram 11 mortos.

 O Presidente Sissoco considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".

ANG/DW

Estradas de acesso e saída de Bissau patrulhadas por militares

Por LUSA  11/02/22 

As estradas de acesso a Bissau e de saída da capital guineense, bem como de entrada nas cidades e povoações do interior da Guiné-Bissau encontram-se sob vigilância militar.

Desde a saída de Bissau, a partir da zona do aeroporto Osvaldo Vieira, passando por Safim, Bula, São Vicente e Ingoré, localidade próxima à fronteira com o Senegal, militares guineenses armados montaram postos de controlo onde exigem que todos os ocupantes de veículos desçam e apresentem documentos de identificação.

De forma demorada, os veículos são inspecionados, sobretudo, as bagageiras.

Um agente do Comando Norte da Guarda Nacional no posto de controlo de São Vicente disse à Lusa que a mesma operação ocorre em todas as vias de acesso do país, após homens armados terem atacado o Palácio do Governo, onde se encontrava o Presidente da República e membros do Governo, em 01 de fevereiro.

A mesma fonte precisou que têm ordens para revistar os veículos, analisar os documentos à "procura de pessoas envolvidas na tentativa de golpe de Estado".

As forças armadas suspeitam que alguns dos militares e polícias envolvidos nos ataques ao Palácio do Governo guineense poderão estar a tentar fugir em direção às florestas de Casamansa, no Senegal, precisou a mesma fonte.

Os militares recomendam que os motoristas circulem com "velocidade moderada" e parem sempre que encontrarem postos de controlo que são sinalizados com uma corda a atravessar a estrada nas duas bermas.

No dia 01 de fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram oito mortos.

O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".

O porta-voz do Governo adiantou no sábado, em conferência de imprensa, que o ataque foi feito por militares, paramilitares e que estarão envolvidos elementos dos rebeldes de Casamansa, bem como várias personalidades, que não especificou.

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.

Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país


COMUNICADO A IMPRENSA DO UDEMU


 Gervasio Silva Lopes

COLIDE-GB - Comunicado N°01/2022

 Radio TV Bantaba

Que a sua sexta feira seja abençoada...

A cada nova manhã, nasce junto uma nova chance.

Que a sua sexta feira seja abençoada.

Deputado da Nação e Coordenador do Madem g-15 Braima Camará " Ba di Povo "
Fonte: Alfussene Ture 

JORNALISTA MAIMUNA BARI É EVACUADA HOJE PARA LISBOA

Por Odemocratagb.com

A jornalista da Rádio Capital, Maimuna Bar, será evacuada esta sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022, para Lisboa, onde deverá ser submetida a um diagnóstico mais especializado, anunciou Fátima Tchuma Camará, vice-presidente do SINJOTECS para os órgãos públicos.

A jornalista, que se encontra hospitalizada no Hospital Principal Militar em Bissau, ficou ferida na tentativa de fuga ao ataque à Rádio Capital, no dia 7 do mês em curso.

Em entrevista telefónica ao jornal O Democrata, Tchuma Camará destacou a sensibilidade do cônsul da e da secretária do embaixador de Portugal na Guiné-Bissau pela prontidão em responder à solicitação do SINJOTECS para emissão de visto para Bari.

“Foi-nos pedido apenas o relatório médico, a marcação de uma consulta médica em Portugal e o passaporte de Maimuna Bari. De meditado acionamos diligências junto de uma pessoa em Portugal e conseguimos uma consulta no mesmo dia”, informou.

Fátima Tchuma Camará anunciou que Maimuna Bari deveria ter sido evacuada na quinta-feira (10.02), mas, segundo o boletim clínico dos médicos que a assistem no Hospital Militar, não pode viajar sozinha, por contrair também uma fratura na zona do quadril.

Perante estes fatos e condicionalismos, Bari terá que ser evacuada acompanhada de um médico assistente e um familiar (a irmã), porque tem dificuldades em se locomover.

“Mas a irmã foi mais ágil do que o médico assistente e acreditamos que poderá concluir todo o processo de documentação ainda hoje e seguir a viagem com a Maimuna Bari sem o médico”, frisou e disse que a jornalista já tem o visto emitido pela embaixada e bilhete de passagem de avião pago pela direção executiva da Rádio Capital.      

Lamentou que tenha visto Maimuna numa situação deplorável, que chega a não reconhecer pessoas com quais, em estado normal antes do ataque, não tinha fronteiras.

“Não pude conter lágrimas, quando uma senhora cheia de vida começou a não nos reconhecer, por estar inconsciente. Foi a partir desse momento que tomamos a iniciativa de tomar diligências para salvar a vida da nossa colega e companheira da trincheira” , enfatizou.

 A vice-presidente do SINJOTECS para os órgãos públicos agradeceu os apoios recebidos de algumas ONG´S e instituições, da embaixada de Portugal e de pessoas singulares para evacuação da jornalista Maimuna Bari.  

Por: Filomeno Sambú

@Alison Cabral ...A jornalista Maimuna Bari, ferida gravemente durante o ataque armado contra a Rádio Capital FM, viajou hoje para Lisboa, Portugal, para ser tratada no Hospital de Santa Maria.