quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Bolsonaro diz que ‘Mais Médicos’ era pretexto do PT para financiar ditadura cubana

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, acusou na rede social Twitter, o Partido dos Trabalhadores de "financiar a ditadura" cubana através do programa 'Mais Médicos".


O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, acusou esta terça-feira, na rede social Twitter, o Partido dos Trabalhadores (PT) de “financiar a ditadura” cubana através do programa ‘Mais Médicos”.

“Após Cuba irresponsavelmente retirar-se do ‘Mais Médicos’ por não aceitar dar liberdade e salário integral aos seus cidadãos, quase 100% das vagas já foram preenchidas por brasileiros. Está claro que o acordo do PT era pretexto para financiar a ditadura membro do foro de São Paulo”, escreve Bolsonaro.

O futuro Presidente do Brasil acrescentou ainda: “Há outros acordos suspeitos claramente inviáveis que reforçam a ideia de que o nosso país estava disfarçadamente servindo de fonte de renda de partidos alinhados ideologicamente na América Latina, com nossa soberania dando lugar a uma verdadeira submissão ideológica. Não mais!”, declarou, sem identificar a que acordos se referia.

No entanto, para o representante da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) no Brasil, Joaquín Molina, a chegada de médicos cubanos para atuar no programa ‘Mais Médicos’ representou uma resposta de emergência ao momento que o país atravessava: o Brasil “estava desesperado” devido à falta de profissionais no interior, garantiu Molina, citado pelo jornal Folha de São Paulo.

Segundo o representante da OPAS, que está no país desde 2012 e acompanhou o programa desde o início, “a necessidade de médicos estrangeiros era óbvia”.

“Quando o Brasil criou o programa ‘Mais Médicos’, ele estava numa situação desesperada, com milhares de vagas lançadas sucessivamente todos os anos [pelos municípios] e não ocupadas. E as que estavam ocupadas eram de forma parcial. Havia médicos por oito horas, 20 horas na semana, mas nunca com jornada de 40 horas”, afirmou.

O envio de médicos cubanos para o exterior é uma tradição de longa data de Cuba, mas é também uma das principais fontes de proveito económico para o país — do qual se estima um retorno de mais de nove mil milhões de euros por ano.

Perante a repentina situação de ausência de médicos de Cuba em determinadas regiões, o atual Ministério da Saúde do Brasil, liderado Gilberto Occhi, apressou-se a arranjar uma solução de emergência para suprir a ausência dos profissionais cubanos.

Dessa forma, foram disponibilizadas 8.517 vagas para um novo edital do programa ‘Mais Médicos’, a serem ocupadas por médicos brasileiros inscritos no conselho regional de medicina ou com diploma revalidado no país, e que estejam disponíveis a atuar em 2.824 municípios do país, que eram anteriormente ocupadas por médicos da cooperação com Cuba.

A solução encontrada pelo presente Governo brasileiro parece ter sustido efeito, onde no mais recente balanço do Ministério da Saúde do Brasil é possível verificar que cerca de 97% das vagas do novo edital já foram preenchidas.

No total, 8.230 profissionais já estão alocados nos respetivos municípios para atuação imediata e, até ao momento, 40 desses médicos já se apresentaram nas unidades básicas de saúde, informou a pasta da Saúde nesta segunda-feira.

O programa “Mais Médicos” foi criado em 2013 pela então Presidente brasileira Dilma Rousseff e permitiu a milhares de médicos cubanos a prestação de cuidados às populações das áreas mais pobres e remotas do Brasil.

interlusofona.info

O avião comercial do futuro chegou. E Portugal é o primeiro a tê-lo

A TAP Air Portugal é a primeira companhia aérea do mundo a receber o novo Airbus A330neo, que começa a viajar já a partir do próximo mês.

Rita Carvalho Pereira

Para um mero passageiro, um leigo que o vê de fora, parece apenas mais um avião. Um pouco maior, sim, mas uma aeronave semelhante a todas as outras. É só quando entramos no novo Airbus A330neo que percebemos as diferenças.

O enorme espaço disponível é a primeira coisa que salta à vista. Não tem duas, mas três grandes filas de assentos. Imensos lugares distribuídos por três classes, cada uma mais confortável (e pomposa) que a outra.

Os assentos - que (percebe-se depois) podem ser transformados em camas, já que se inclinam totalmente para trás, de modo a permitir ao passageiro que se deite - estão rodeados de ecrãs por todos os lados (pode até questionar-se quem precisa de tantos visores de uma só vez).

Há espaço para comer, para ler, e tudo na maior das privacidades, com subtis divisórias entre os lugares dos vários passageiros.
Quando nos levantamos para fazer uma pequena visita à casa de banho e, depois, lavamos as mãos, a surpresa está numa torneira inteligente, que liga e desliga sozinha, sem que seja preciso tocar-lhe.

Este avião que parece igual aos outros tem, afinal, muito que se lhe diga. A TSF esteve a bordo do novo Airbus A330neo e conta-lhe o que esperar da mais recente aquisição aeronáutica portuguesa.

É espaçoso

Foto: Rita Carvalho Pereira/TSF

O avião que agora chega a Portugal dispõe de 298 lugares (com a cabine dividida em três classes: 34 lugares em "full-flat" - significa que pode, literalmente, deitar-se na sua cadeira para fazer uma sesta - em executiva; 96 lugares na classe económica plus e 168 na classe económica). Pode, no entanto, esticar a capacidade até aos 440 passageiros.

Além do espaço para os viajantes, há também mais espaço para as malas, com armários de maior capacidade para arrumar toda a bagagem de mão.

Combate o jetlag

Foto: Rita Carvalho Pereira/TSF

Dizem que é uma "iluminação de cabine inovadora". Certo é que o avião conta com 16,7 milhões de cores diferentes de luzes, sendo possível escolher variados cenários de luz, para simular diferentes períodos do dia (imitar desde a luz do dia, à luz de um pôr do sol natural).

O avião conta também com uma cabine de voo ultra silenciosa. O objetivo de tudo isto? Reduzir o cansaço e a sensação de jetlag dos passageiros, durante os voos mais longos.

Mas porque também a tripulação tem direito a descansar, o avião dispõe de dormitórios no nível inferior (sim, há mesmo uma "cavezinha" com camas, onde os tripulantes de bordo podem dormir).

Não deixa ninguém aborrecer-se

Foto: Rita Carvalho Pereira/TSF

O Airbus A330neo oferece sistemas de entretenimento e conectividade de última geração, com vídeo de alta definição, capacidade 3D e ecrãs táteis. Basicamente, sim, podemos ver os filmes que quisermos, com a maior qualidade possível.

É amigo do ambiente

Foto: Rita Carvalho Pereira/TSF

Comparado com os últimos modelos semelhantes, o avião reduz em 25% o consumo de combustível, por cada lugar. Feitas as contas, permite uma redução das emissões de CO2 que pode chegar aos 14,2%.

Foto: Rita Carvalho Pereira/TSF

O avião é produzido pela Airbus, a líder global na indústria aeronáutica e espacial, que se associou à Rolls-Royce, para o desenvolvimento de motores de última geração.

A empresa vai fornecer à TAP 21 aviões, dos quais pelo menos dois estarão operacionais até ao final deste ano. Os outros chegarão durante 2019.

Antonoaldo Neves, presidente da TAP, falou num "dia incrível para a TAP e para Portugal", durante a cerimónia de entrega do avião à companhia portuguesa, que aconteceu, esta segunda-feira, no Centro da Airbus em Toulouse, França.

A companhia, da qual o Estado português é o maior acionista (com 50% do capital), não divulgou o custo deste investimento, mas, só para ter uma ideia próxima, o preço médio do último modelo da Airbus, o A330-900, é de 296,4 milhões de dólares (qualquer coisa como 261,2 milhões de euros).

A primeira viagem do Airbus A330neo só vai acontecer a 15 de dezembro e terá como destino o Brasil.

tsf.pt

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Um engenheiro ucraniano criou o plano de um avião que tem a cabine ejetável. Ou seja: antes que uma tragédia aconteça, o piloto vai poder expulsar a cabine do veículo com um pára-quedas, salvando a vida dos passageiros.


Fatos Desconhecidos

RESISTÊNCIA DE QUEM SABE O QUE QUE QUER✊✊✊

Em segundo dia consecutivo, um grupo de alunos de algumas escolas públicas de Bissau de vigília, em frente ao Ministério da Educação, exigindo do Ministro o início das aulas. 

Mais do que simbólico, estamos perante um verdadeiro acto de patriotismo e forte consciência cívica; mas também um claro exemplo da situação de desgovernação em que a Guiné-Bissau se encontra, com um (des)governo incapaz de convencer os sindicatos para o levantamento de uma greve que dura dois meses, 60 dias! 



Fonte: isidoro.casimirosa/videos

ESTUDANTES MONTAM COLCHÕES E TENDAS À PORTA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


Estudantes das escolas públicas em colaboração com os seus colegas das privadas decidiram montar desde a tarde do domingo, 25 de novembro, colchões e tendas frente à porta do ministério da Educação Nacional, em Bissau.

De acordo com os mesmos, vão ficar acampados alí até que os seus direitos sejam respeitados, ou seja, até que se iniciem as aulas nas escolas públicas.

A iniciativa é do coletivo dos estudantes que engloba diferentes escolas públicas e privadas e algumas universidades do país, com o propósito de exigir o início das aulas nas escolas públicas e nas escolas de formação de educação. Os estudantes são unânimes em pedir igualdade de oportunidade e de tratamento por parte do Estado guineense.

Em declarações aos jornalistas, o porta-voz de Espaço de Coordenação e Concentração das Escolas Públicas e Privadas, Franique Alberto da Silva, disse que querem também ter as mesmas oportunidades de estudar, por isso “ficaremos aqui até que seja levantada a greve”.

“Proibiram os nossos pais de estudar e querem também que passemos pelo mesmo. Assim para permitir que seus filhos mandem em nós como têm feito com os nossos pais”, notou.

Para o estudante Amadu Djaló, as informações de negociações entre o governo e os sindicatos constitui um desagrado para os estudantes, porque não há nenhum sinal da abertura das aulas.


“Estamos aqui para juntarmo-nos e lutar por uma causa justa. Não faz sentido uns a estudarem e outros não. Não nos anima nem é bonito não termos a mesma oportunidade de ir à escola. Neste sentido, nós das escolas privadas viemos solidarizarmo-nos, conforme os turnos escolares, porque não podemos perder as aulas, os nossos pais labutam para isso”, contou.

“Nenhum país do mundo pode desenvolver-se com um índice alto de analfabetos. Temos constatado constantes salvamentos de anos letivos no país, e isso não é nada bom para o desenvolvimento” disse Cirilo Indjai, estudante Universitário. 

Por: Epifania Mendonça

OdemocrataGB

ALUNOS BARRICAM NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Os alunos das escolas públicas e privadas da Guiné-Bissau barricaram, desde o dia domingo (25), em frente ao Ministério da Educação Nacional para exigir do governo a abertura das aulas nas escolas públicas


A Rádio Sol Mansi (RSM) deslocou-se, esta terça-feira (27), junto do Ministério da Educação Nacional e constatou que os estudantes construíram barracas e colocaram esteiras e panos no chão onde passam a noite. No mesmo local os estudantes construíram cozinha improvisada com fogareiros e caçarolas.

No entanto, verificou-se que a manifestação é apoiada por número significante dos estudantes das escolas privadas.

Numa entrevista á RSM, o presidente da Associação dos alunos das escolas públicas “congregados na nova frente denominada da carta 21” e igualmente coordenador da vigília, Franique Alberto da Silva, disse que os alunos vão continuar a manifestação enquanto a greve não for levantada.

“Não vamos sair daqui nem um segundo. Eles (governantes) já mandaram em nossos pais e nós também devemos ter acesso ao ensino para poder mandar em seus filhos”

Amadeu Belle Djalo, representante das organizações dos alunos das escolas privadas, diz que estão em solidariedade com os alunos da escola pública numa luta por uma causa nacional e exigimos a abertura das escolas públicas.

“As escolas privadas estão a funcionar e enquanto guineenses não podemos ficar de braços cruzados em relação a falta de aulas nas escolas públicas”.

Sidiri Indjai, representantes da Associação dos estudantes das Universidades privadas do país, apela o governo a ter uma atenção especial ao ensino que ajuda no desenvolvimento nacional.


“Vamos ficar com os estudantes o tempo necessário”.

A greve continua no sector do ensino público do país e os estudantes não desmarcam – criam estratégias de reivindicações e depois da marcha da semana passada uma outra parte dos estudantes está barricada desde o dia domingo em frente Ministério da Educação Nacional.

Para a segunda-feira, os estudantes agendaram uma manifestação até ao palácio do governo com o mesmo propósito.

Embora a aprovação do estatuto da carreia docente, os professores continuam em greve exigindo a implementação da lei e o pagamento dos salários em atraso. 


Por: Elisangila Raisa dos Santos

radiosolmansi.net

Campanha de Ação das Nações Unidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


Começou esta segunda-feira, na Guiné-Bissau, uma missão da Campanha de Ação das Nações Unidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esta é uma iniciativa especial do Secretário-Geral das Nações Unidas administrada pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) que visa apoiar todo o Sistema das Nações Unidas e os estados membros na promoção do engagamento dos cidadãos e advocacia dos ODS.

A missão, que fica no país até dia 29 de novembro, pretende apoiar a Guiné-Bissau a lançar o questionário MY World Survey 2030 no país, entre outras coisas.

Assim, reuniou-se na segunda-feira com representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional, que manifestaram o seu interesse e compromisso em lançar este questionário no país em 2019, de forma a ouvir a opinião de todos os cidadãos da Guiné-Bissau sobre a Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. #ODS #ACT4SDGs






ONU na Guiné-Bissau

«ORGULHO GUINEENSE» ANTIGO MINISTRO DAS FINANÇAS DA GUINÉ-BISSAU, JOÃO ALADJE MAMADU FÁDIA AGRACIADO COM UM CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA GUINÉ-BISSAU


João Aladje Mamadu Fadia, conhecido pelo rigor, capacidade técnica e de liderança, homem parco em palavras, acaba de ser agraciado com um certificado de reconhecimento pelo tribunal de contas. 

Mentor da iniciativa “ dinheiro di estado na cofre di estado” promotor de políticas públicas nas áreas sócias, nomeadamente saúde e educação é, agora reconhecido pela corte suprema de contas da Guine-Bissau pela colaboração e sobre tudo pela honestidade no âmbito da auditoria feita às contas de estado durante a sua passagem pelo Ministério da Economia e Finanças. 


conosaba.blogspot.com

ESCASSEZ DE CEBOLA NA GUINÉ-BISSAU PROVOCA DUPLICAÇÃO DO PREÇO NOS MERCADOS

O produto é visto nos mercados do país, a conta gota com preços exorbitantes. 

Um saco de cebolas de 50 kg que custava oito mil francos cfa, passa custar quinze mil francos. Que significa, uma cebola de 50 francos custa agora, 100 francos, devido a escassez do produto já uma semana no país.

Notabanca esteve no mercado de Bissau, traz as imagens dos camiões carregados de cebolas vindos do Senegal, a descarregarem em Bissau. Com tudo, se regista ainda insuficiência do produto nos mercados.

Aonde estão Camara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços e Inspetores do comércio?
Quem é o responsável de tudo isto?

 Notabanca; 26.11.2018

Japão, 30 Mil Suicídios Por Ano: Riqueza, Tecnologia, Mas… Vazio Na Alma?


Bispo do país atribui as causas à falta de sentido existencial, conectada à profunda carência de espiritualidade e religiosidade.

Uma análise do período compreendido entre 1998 e 2010 apontou que mais de 30 mil pessoas se suicidaram no Japão em cada ano desse intervalo, taxa que, aproximadamente, continua se aplicando até o presente. Cerca de 20% dos suicídios se devem a motivos econômicos e 60% a motivos relacionados com a saúde física e a depressão, conforme recente pesquisa do governo.
O assunto é abordado pelo bispo japonês dom Isao Kikuchi em artigo divulgado pela agência AsiaNews. Ele observa que o drama se tornou mais visível a partir de 1998, “quando diversos bancos japoneses se declararam falidos, a economia do país entrou em recessão e o tradicional ‘sistema de emprego definitivo’ começou a colapsar”.

Durante os 12 anos seguintes, uma média superior a 30 mil pessoas por ano tirou a própria vida num país rico e avançado. O número, alarmante, é cinco vezes maior que o de mortes provocadas anualmente por acidentes nas rodovias.

Riqueza, tecnologia e… vazio na alma

Rodeados por riquezas materiais de todo tipo, os japoneses têm tido graves dificuldades em encontrar esperança no próprio futuro: perderam esperança para continuar vivendo, avalia o bispo.
Paradoxo: após histórica tragédia nacional, suicídios diminuíram

Um sinal de mudança, embora pequeno, foi registrado por ocasião do trágico terremoto seguido de tsunami que causou enorme destruição em áreas do Japão no mês de março de 2011: a partir daquele desastre, que despertou grande solidariedade e união no país, o número de suicídios, de modo aparentemente paradoxal, começou a diminuir. Em 2010 tinham sido 31.690. Em 2011, foram 30.651. Em 2012, 27.858. Em 2013, 27.283. A razão da diminuição não é clara, mas estima-se que uma das causas esteja ligada à reflexão sobre o sentido da vida que se percebeu entre os japoneses depois daquela colossal calamidade.

Motivos para o suicídio

Dom Isao recorda a recente pesquisa do governo que atrela 20% dos suicídios a motivos econômicos, enquanto atribui 60% a fatores de saúde física e depressão. Para o bispo, os estopins do suicídio são complexos demais para se apontar uma causa geral. No entanto, ele considera razoável e verificável afirmar que uma das razões do fenômeno é a falta de sentido espiritual na vida cotidiana dos japoneses.
O prelado observa que a abundância de riquezas materiais e o acesso aos frutos de um desenvolvimento tecnológico extraordinário são insuficientes para levar ao enriquecimento da alma. A sociedade japonesa focou no desenvolvimento material e relegou a espiritualidade e a religiosidade a um plano periférico da vida cotidiana, levando as pessoas a se isolarem e se sentirem vazias, sem significado existencial. E é sabido que o isolamento e o vazio de alma estão entre as principais causas do desespero que, no extremo, leva a dar fim à própria vida.

Com informações da edição em espanhol da agência Gaudium Press

OS CIDADÃOS GUINEENSES DEVEM ESTAR COMPROMETIDOS EM CUMPRIR OS DIREITOS FUNDAMENTAIS CONSAGRADOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.

Iaiá Djaló falava no ato de lançamento da coletânea de textos internacionais de Direitos Humanos que tornou possível graças a parceria entre o Governo e  o Gabinete Integrado de Apoio de Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos defendeu esta segunda-feira a necessidade de satisfação dos  direitos fundamentais  consagrados na Constituição da República da Guiné-Bissau. 

“Os cidadãos guineenses devem estar comprometidos em cumprir os direitos fundamentais consagrados na Constituição de República, porque a justiça é uma das prioridades para o bem-estar de um país”, disse aquele governante. 

Salientou ainda que, estão a lutar no sentido de combater a criminalidade transnacional ou seja, de tráfico de seres humanos e violação contra direitos das crianças. 

O titular do ministério da justiça informou que vai ser organizado na Guiné-Bissau uma Conferência Internacional sobre os Direitos Humanos entre os dias 5 e 6 de Dezembro próximo devido a importância que o país tem demostrado em relação aos direitos humanos. 

“No Ministério da Justiça já se criou uma Comissão Interministerial que envolve todos os magistrados, quer do Ministério Público, quer dos judiciais, assim como dos técnicos da Polícia Judiciaria, com a finalidade de elaboração de diretrizes e adoção de mecanismos para o combate a criminalidade transnacional”, contou. 

Por sua vez, o representante do Secretário-geral das Nações Unidas para Guiné-Bissau José Viegas Filho assegurou que, o tema de Direitos Humanos é extremamente cara para quem é diplomata e igualmente para quem quer ter o conhecimento sobre Direito Internacional.

A declaração universal dos direitos humanos é um dos documentos mais importante na história da humanidade. Expirou e abriu caminho para adoção de mais de 100 tratados aplicados hoje, informou, José Viegas Filho. 

Para ele, o lançamento da coletânea de textos internacionais de Direitos Humanos será prosseguida com uma formação em elaboração e apresentação dos relatórios aos órgãos dos tratados e seguimento das recomendações, destinada à um grupo  de funcionários de Estado e organizações da Sociedade Civil. 

Noémia Gomes da Silva

Rádio Nossa, 26 11 18


MAIDUGURI - Boko Haram mata quatro agricultores na Nigéria

Um grupo composto por membros do grupo jihadista Boko Haram matou hoje quatro agricultores, perto de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, de acordo com testemunhas citadas pela agência France-Presse.


Segundo uma das testemunhas, dezenas de islamitas armados atacaram hoje um grupo de agricultores que trabalhavam nos campos, perto de Jiddari-Polo.

"Eles capturaram seis de nós enquanto os outros escapavam. Então cortaram quatro com um machete, que morreram diante dos meus olhos, enquanto uma quinta vítima está gravemente ferida", contou à AFP o único sobrevivente do grupo, Mala Umara.

O homem de 75 anos terá sido poupado pelos jihadistas, que o incumbiram de transmitir a mensagem a militares na região da iminência de um ataque contra os seus postos.

"Eles repetiram essa mensagem três vezes para garantir que eu entendia bem o que comunicar", explicou Umara.

Um outro agricultor, Abba Muhammad, que escapou aos membros do Boko Haram, confirmou o ataque, tal como uma responsável de uma força pró-governamental de Maiduguri.

O Boko Haram tem intensificado os seus ataques contra agricultores e madeireiros, que acusam de fornecer informações ao exército sobre os movimentos do grupo jihadista.

O aumento de ataques do grupo também tem atingido o exército nigeriano, que nos últimos meses tem sofrido várias baixas nas suas fileiras.

Desde julho, a AFP contou pelo menos 17 ataques contra bases militares, a maioria perto do lago Chade.

Pelo menos 44 soldados morreram na semana passada em Metele, no nordeste do país, segundo as forças de segurança, que rejeitam a ideia passada pelas autoridades de que os integrantes do Boko Haram estavam "tecnicamente derrotados".

Mais de 27.000 pessoas morreram desde o início da revolução jihadista em 2009, tendo provocado um grande número de deslocados, com cerca de 1,8 milhões de pessoas a não conseguir regressar a sua casa.

NAOM

AGÊNCIA DE TIMOR ENTREGA 50 KITS AO GTAPE PARA APOIAR O REGISTO ELEITORAL

O Governo timorense, através da sua Agência de Cooperação para o Desenvolvimento em Bissau, entregou esta segunda-feira, 26 de novembro 2018, aoGabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) 50 kits para apoiar o processo de recenseamento eleitoral. Esta iniciativa associa-se ao apoio de 500 mil dólares norte-americanos concedidos recentemente pelo governo daquele país asiático da expressão de língua portuguesa ao executivo guineense para a realização do processo de recenseamento eleitoral.

Encarregado da Missão de Agência de Cooperação timorense, José Turquel, lembrou na sua comunicação que ao longo da luta do povo timorense para a conquista da sua liberdade teve apoio do povo da Guiné-Bissau, por isso “estamos aqui precisamente por estes laços históricos”.

Em representação do governo guineense, Agnelo Augusto Regala, ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, mostrou-se satisfeito e assinala que os “apoios que são feitos de corações são sempre positivos”, referindo-se ao gesto de Timor-Leste.

“O processo de recenseamento eleitoral está a decorrer da melhor forma. Já ultrapassamos a barreira dos 700 mil eleitores recenseados e com estes equipamentos de impressões digitais, vai aumentar ainda mais a capacidade do governo e concluir brevemente o processo de registo de potenciais eleitores”, assegurou.

Cristiano na Bitam, diretor-geral interino do GETAPE, realçou a importância destes KITs adicionais para aumentar a taxa de cidadãos recenseados que diz situar-se a cima de 80 por cento, sem contar com dados da diáspora. Em relação à diáspora, explica que os equívocos registados tinham a ver com transferência de fundos e desentendimento entre a embaixada da Guiné-Bissau em França e agentes recenseadores enviados de Bissau. Essa situação, segundo Na Bitam, fora ultrapassada com a intervenção do GTAPE, ministério de negócios estrangeiro e o governo guineense. 

Por: Carolina Djeme

Foto: Marcelo Na Ritche

OdemocrataGB

EMBAIXADOR DE INGLATERRA PEDE RESPEITO À CONSTITUIÇÃO E À REALIZAÇÃO DE ELEIÇÕES AINDA ESTE ANO

O embaixador do Reino Unido de Grã-Bretanha para a Guiné-Bissau e o Senegal, George Hodgson, apelou aos guineenses, esta segunda-feira 26 de novembro de 2018, aos políticos em particular, a respeitarem a constituição da república e trabalharem para que as eleições legislativas possam ter lugar ainda em 2018.

O desejo do governo do Reino Unido foi tornado público pelo seu embaixador à saída de uma audiência com o Presidente da República, José Mário Vaz, a quem foi transmitir a posição do seu país quanto à realização das eleições legislativas em 2018 e as presidenciais em 2019, na Guiné-Bissau.

George Hodgson explicou aos jornalistas que está no país para se informar junto das autoridades guineenses e melhor inteirar-se da atual situação da Guiné-Bissau, em particular do processo eleitoral. Acrescentou que, na audiência com o Presidente José Mário Vaz, abordaram assuntos de interesse dos dois países no âmbito da cooperação bilateral.

O diplomata do Reino Unido referiu que o seu país é um parceiro da Guiné-Bissau e que tem mantido uma relação bilateral com o governo guineense, tendo por outro lado assegurado que o governo britânico trabalha igualmente com outros parceiros que apoiam a Guiné-Bissau, como é o caso da União Europeia, que considera um dos maiores doadores do governo guineense neste processo eleitoral.

“Somos também um dos maiores contribuintes das Nações Unidas representada aqui pelo UNIOGBIS e outras agências, como o PNUD”, observou. 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A 

OdemocrataGB

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Evolução do recenseamento eleitoral por círculo

O ministro da Presidência e do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, Agnelo Regala, disse hoje que o número de cidadãos eleitores recenseados já ultrapassou os 700.000.



Braima Darame

Guiné-Bissau: Tribunal de Contas analisa 32 contas de gerência pública para efeito de julgamento


O presidente do Tribunal de Contas (TC) Dionísio Cabi revelou que está a levar a cabo neste momento um trabalho de análise de 32 contas de gerência pública para efeito de audiência, discussão e julgamento.

Num discurso esta segunda-feira 26 de Novembro, por ocasião do 26º aniversário da instituição, que se assinala dia 27 de novembro, Dionísio Cabi referiu que estas acções de fiscalização demonstram que embora com insuficiência de meios para fazer face à corrupção, o TC esteve à altura de cumprir com a sua missão.

O presidente do TC queixou-se todavia da falta de colaboração do cidadão comum nas denúncias, não obstante uma grande parte dos guineenses criticam as práticas de corrupção na administração pública e os seus serviços.

“Na realidade a população não colabora com frequência na sua denúncia e consequente no combate à prática, excepto nos casos em que uma pessoa se figura como vítima de um certo caso”, disse.

Segundo Dionísio Cabi é notório que muitas pessoas praticam corrupção de forma espontânea, pela ignorância em perceber que estão a fazer um algo errado, ou seja pelo conformismo quando entendem que nada pode acontecer com eles.

A situação de longas crises políticas no país com constantes mudanças dos titulares de órgãos de soberania, fraca colaboração das entidades públicas nas acções de fiscalizações bem como resistência das entidades em aceitar a realização de auditorias, com maior destaque nos órgãos de gestão financeira dos tribunais, constam entre outras dificuldades apontadas por Dionísio Cabi que o TC enfrenta.

Em termos de auditoria, o responsável do TC informou que neste momento estão em curso auditorias em 9 entidades públicas entre as quais se destacam Cofre Geral dos Tribunais, Hospital Nacional Simão Mendes, Direcção-geral de Floresta e Fauna, Direcção-geral de Migração e Fronteiras, Direcção-geral de Viação e Transportes Terrestres e o Conselho Nacional de Carregadores.

A terminar, o TC fez o balanço de 32 inquéritos levados a cabo nos liceus públicos, escolas de formação, Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Serviço de Assistência Aeroportuária, Hospital Militar Principal Sino-Guineense, Imprensa Nacional – INACEP e o Fundo do Turismo.

Sumba Nansil

© e-Global Notícias em Português

Portugal nega pressões sobre Guiné-Bissau para demitir antigo primeiro ministro Baciro Djá

Baciro Djá, que ocupou o cargo de chefe do Governo em 2015 e 2016, afirmou num comício na aldeia de K3 que foi demitido por pressões do executivo português sobre o Presidente guineense.

RODRIGO SURA/EPA

O ministro dos Negócios Estrangeiros português negou esta segunda-feira qualquer interferência na demissão do ex-primeiro-ministro Baciro Djá, garantindo que o Governo nunca exerceu pressão sobre as autoridades guineenses e “não se imiscui” nos assuntos internos deste país.

Baciro Djá, que ocupou o cargo de chefe do Governo em 2015 e 2016, afirmou esta segunda-feira num comício na aldeia de K3, no centro da Guiné-Bissau, que foi demitido por pressões do executivo português sobre o Presidente guineense, José Mário Vaz.

Num esclarecimento enviado à Lusa, o gabinete de Augusto Santos Silva rejeitou as acusações, afirmando que o Governo “nunca exerceu qualquer pressão sobre qualquer autoridade da Guiné-Bissau no sentido de nomear ou demitir qualquer membro de qualquer dos órgãos de soberania da República da Guiné-Bissau”.

O ministro sublinha ainda que “Portugal não se imiscui nos assuntos internos deste país irmão” e garante que “a única coisa que deseja” é “estabilidade política e institucional” que permita à Guiné-Bissau percorrer “os caminhos do desenvolvimento e tirar todo o partido da cooperação com países terceiros, incluindo Portugal, em favor do seu próprio povo e no quadro das escolhas políticas que soberanamente entenda fazer”.

Djá, de 45 anos, afirmou que José Mário Vaz recebeu pressões de vários chefes de Estado para o tirar da chefia do Governo, nomeadamente por parte de Portugal que não gostou do facto de ter substituído Domingos Simões Pereira.

“Vão dizer ao ‘Jomav’ [como é conhecido o Presidente guineense] que sei que ele me tirou do cargo de primeiro-ministro porque recebeu pressões de alguns chefes de Estado, sobretudo de Portugal”, defendeu Baciro Djá.

Baciro Djá, agora líder da Frente Patriótica de Salvação Nacional (Frepasna), foi primeiro-ministro entre 20 de agosto e 17 de setembro de 2015, e mais tarde, entre 27 de maio a 18 de novembro de 2016.

O antigo governante disse também que o ex-primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira foi condecorado por Portugal e “quando assim é esse país não gosta de ver cair a pessoa”.

Para o líder da Frepasna, Domingos Simões Pereira “é um agente português na Guiné-Bissau”.

“Disse ao Presidente que os fascistas portugueses nunca me vão perdoar”, acrescentou Djá, para sublinhar não ser contra o Governo e o povo portugueses, mas sim contra os neocolonialistas que também disse existirem na Guiné-Bissau.

NAOM

Comunicações - “Correios continuam a ser um meio de comunicação importante para o país”, diz Director-geral

Bissau, 26 Nov 18 (ANG) – O Director-geral dos Correios da Guiné-Bissau disse que apesar da evolução desfavorável de alguns tipos de tráfego postal a instituição continua a ser um meio de comunicação importante, dando contribuição para coesão social e o desenvolvimento económico do país.

Em entrevista exclusiva à Agência de Noticias de Guiné (ANG), sobre  os Correios da Guiné-Bissau e a concorrência das agências de transferências de dinheiro e de outros serviços de envio de encomendas, Fernando Lacerda disse que aquela instituição tem um papel de muita relevância em todos os domínios em que actua, mas que necessita de se posicionar melhor no mercado.

Afirmou que a sua estratégia empresarial consiste na melhoria da eficiência e promoção do crescimento e desenvolvimento de negócio.

Aquele responsável sustenta que a missão atribuída aos correios permite-lhe actuar, com muita dinâmica, em diversas áreas de negócio, tais como os serviços de expresso, encomendas e logísticas, serviços de transferência de dinheiro e pagamento electrónicos, entre outras.

Destacou  o papel reservado aos Correios na qualidade de operador designado para fornecer o serviço Postal Universal (SPU) , ser distribuidor dos serviços financeiros na União Económica Monetária Oeste Africana (UEMAO),visando uma contribuição  na implementação da estratégia global de inclusão financeira.

“Tudo isso exige uma melhor organização, rigor na gestão dos recursos e aposta na formação do pessoal”, disse.

Nesta entrevista concedida à ANG, Lacerda enumerou os desafios que os Correios da Guiné-Bissau enfrentam, com destaque para o declínio do tráfego de correspondências, assegurar a viabilidade do negócio num contexto de concorrência acrescida e o desenvolvimento de competências de gestão.

Instado a falar das  estratégias para fazer face aos desafios acima referidos, o Director-geral dos Correios indicou a aposta  em novos negócios e serviços de valor, procura da liderança no negócio actual para promoção do crescimento sustentado .

Interrogado como os Correios pode voltar a ter serviço bancário como antigamente, Fernando Joaquim Ferreira de Lacerda disse que o sector dos serviços financeiros é composto por bancos, empresas seguradoras, instituições de pagamentos e demais outros.

Afirmou que dado ao declínio contínuo do tráfego, os Correios da Guiné-Bissau deve concentrar-se no crescimento do portfólio de serviços financeiros e na ampliação dos recursos adicionais no desenvolvimento deste segmento de negócio a curto e médio prazo, através da expansão dos negócios baseados nas suas principais competências, bem como na sua vasta rede de serviço e produtos financeiros que consiste na distribuição de produtos de poupança, serviço de pagamento e cobrança (incluindo pagamento nas lojas de correios e as suas agências) e transferências internacionais de fundos, entre outros.

Acrescenta que o Correios pode ainda constituir parcerias com contrapartida locais e internacional com instituições financeiras, por forma a aumentar a sua quota no mercado através da oferta de novos produtos financeiros.

Quanto aos serviços financeiros postais disse que este se  encontra suspenso há vários anos, devido a falta de condições, e promete  o seu relançamento a curto prazo, com uma aposta forte nos serviços de transferência de dinheiro e pagamento electrónico.

Fernando Joaquim de Lacerda relacionou a complexidade do processo da criação do banco postal com os níveis de organização e eficiência que possam garantir a sustentabilidade da empresa.

Por isso, revelou para breve o inicio de um estudo, para o qual será necessário o recurso à assistência técnica externa que irá permitir a tomada de decisão de prosseguir ou não com projecto de criação do banco postal, que deve ser visto numa óptica de produção de maior impacto possível para justificar a sua criação.

Existe , segundo Lacerda, um  ponto de equilíbrio entre os dois objectivos gerais que devem ser considerados para que a inclusão financeira seja uma realidade.

“Caso os serviços financeiros postais continuassem a ser fornecidos apenas nos grandes centros, onde existe acesso aos serviços bancários ou a preços proibitivos para as camadas mais pobres da população, os Correios terá um impacto muito limitado sobre a inclusão financeira postal”, admitiu.

ANG/LPG/ÂC//SG 

CELINUNUNU OFFICIAL


Número de recenseados na Guiné-Bissau já ultrapassou os 700.000, diz Governo

O ministro da Presidência e do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, Agnelo Regala, disse hoje que o número de cidadãos eleitores recenseados já ultrapassou os 700.000.


"O processo vai a bom ritmo, neste momento, já se ultrapassou o número de 700.000 recenseados, o que quer dizer que estamos a entrar na fase final", afirmou o ministro.

Agnelo Regala falava na sede da cooperação timorense em Bissau, onde se deslocou para receber mais equipamentos doados por Timor-Leste, incluindo computadores, máquinas fotográficas e aparelhos de recolha de impressões digitais.

"Em breve devemos chegar ao número de eleitores recenseados, tendo em conta as estimativas que tinham sido feitas, que vão permitir ao Presidente da República marcar as eleições legislativas", afirmou o ministro da Presidência e do Conselho de Ministros guineense.

O número total de eleitores recenseados estimados pelo Instituto Nacional de Estatística é de cerca de 886 mil.

Timor-Leste apoiou o processo eleitoral na Guiné-Bissau com um total de 472,3 mil dólares.

Além do arranjo dos equipamentos de registo biométrico, que tinham sido doados em 2013 para as eleições gerais de 2014, Timor-Leste vai dar também à Guiné-Bissau 10 novo `kits` para atualizar o recenseamento para as presidenciais, previstas para 2019.

As legislativas na Guiné-Bissau estavam marcadas para 18 de novembro, mas dificuldades técnicas e financeiras levaram a atrasos no início do recenseamento, que acabou por ter de ser prolongado para além da data prevista para a realização das eleições.

O Presidente guineense, José Mário Vaz, anunciou já que só marcará a nova data das legislativas após o recenseamento estar completo.

O Governo guineense tem apelado a todos os cidadãos eleitores para fazerem o seu recenseamento para participarem nas eleições.

RTP

Baciro Djá diz que foi demitido de PM na Guiné-Bissau por pressões de Portugal

O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau Baciro Djá disse hoje que foi demitido do cargo de chefe de governo, funções que ocupou em 2015 e 2016, por pressões de Portugal, sobre o Presidente guineense, José Mário Vaz.


Num comício na aldeia de K3, no centro da Guiné-Bissau, Djá, de 45 anos, afirmou que José Mário Vaz recebeu pressões de vários chefes de Estado para o tirar da chefia do Governo, nomeadamente por parte de Portugal que não gostou do facto de ter substituído Domingos Simões Pereira, disse.

"Vão dizer ao Jomav que sei que ele me tirou do cargo de primeiro-ministro porque recebeu pressões de alguns chefes de Estado, sobretudo de Portugal", defendeu Baciro Djá, referindo-se ao diminutivo pelo qual é também conhecido o Presidente do país.

Baciro Djá, agora líder da Frente Patriótica de Salvação Nacional (Frepasna), foi primeiro-ministro entre 20 de agosto a 17 de setembro de 2015, e mais tarde, entre 27 de maio a 18 de novembro de 2016.

Expressando-se em crioulo, o antigo primeiro-ministro guineense explicou aos presentes no comício que José Mário Vaz o teria inquirido uma vez sobre os motivos pelos quais alguns dirigentes de Portugal não gostavam dele (Baciro Djá), ao ponto de pedir a sua exoneração.

Baciro Djá disse também que Domingos Simões Pereira foi condecorado por Portugal e "quando assim é esse país não gosta de ver cair a pessoa".

Para o líder da Frepasna, Domingos Simões Pereira "é um agente português na Guiné-Bissau".

"Disse ao Presidente que os fascistas portugueses nunca me vão perdoar", acrescentou Djá para sublinhar não ser contra o Governo e o povo portugueses, mas sim contra os neocolonialistas que também disse existirem na Guiné-Bissau.

Baciro Djá defendeu ainda ter indicações de que "muitos interesses" se conjugaram para exigir a sua saída da chefia do Governo guineense.

"Há países que não ficaram contentes quando ameacei retirar licenças de pesca a 18 navios que pescam nas nossas águas, mas que descarregam o pescado no Senegal", afirmou Djá, realçando ter consciência de que algum país não ficou contente com aquela ameaça.

O líder da Frepasna disse que o seu partido está pronto para ir às eleições, agora, em dezembro, em janeiro ou no início de fevereiro, mas que não ia aceitar para além daquela data.

MB // PJA

Lusa/Fim

NOVOS TRATAMENTOS - Ciência aposta em genes de peixe para regenerar corações

O gene lrrc10 parece ser resposta – ou ferramenta em falta - para uma questão que teimava em persistir há décadas – a da necessidade de reparação do coração.


Esta que era a peça até então em falta pertence aos peixes, em específico o Astyanax Mexicanus, espécie que se encontra nos rios a norte do México e que foi estudada por anos.

A necessidade de adaptação a novos meios, por culpa das correntes, nomeadamente de ambientes mais abertos para espaços escuros, como grutas, foi o aspeto que chamou a atenção de vários especialistas que repararam que aquela espécie passou a contar com alterações a nível fisiológico, entre os quais a essencial reparação do coração.

A resposta para tal aspeto parecia estar no gene lrrc10, que já havia sido relacionado a uma condição do coração no caso humano – a cardiomiopatia dilatada – que se envolve no processo de contração celular a cada batimento cardíaco. Agora, apontam-se mais vantagens, nomeadamente a regeneração de tecido deste órgão.

Tal é essencial, principalmente em casos de ataque cardíaco que levam a inevitáveis repercussões negativas no coração que por vezes obrigam a um transplante de coração. Com a injeção do gene de origem em peixes (já analisada noutras espécies), espera-se que o próprio coração de quem sofreu algum problema cardíaco seja totalmente recuperado e num curto período de tempo.

NAOM

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"Lugar mais perigoso para as mulheres"? A própria casa

Mais de metade das mulheres assassinadas no mundo em 2017 foram mortas pelo companheiro ou familiares, o que faz da própria casa "o lugar mais perigoso do mundo para uma mulher", indica um estudo da ONU.


Neste estudo difundido por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalado no domingo, o gabinete da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC) calculou que de um total de 87 mil homicídios de mulheres registados em todo o mundo no ano passado, cerca de 50 mil (58%) foram cometidos por companheiros ou familiares.

Cerca de 30 mil (34%) homicídios foram perpetrados pelo parceiro da vítima.

"Isto significa que cerca de seis mulheres são mortas em cada hora por alguém que elas conhecem", observou o gabinete da ONU, com sede em Viena.

A grande maioria (cerca de 80%) das vítimas de homicídios no mundo são homens e "as mulheres continuam a pagar o preço mais elevado em termos de desigualdade entre homens e mulheres, de discriminação e de estereótipos negativos", declarou o chefe do gabinete da ONU, Iuri Fedotov.

"Elas são também aquelas com mais probabilidade de serem mortas pelo companheiro ou familiares (...) o que faz do domicílio o local mais perigoso para uma mulher", sublinhou.

"O facto das mulheres continuarem a ser vítimas deste tipo de violências mais que os homens denota um desequilíbrio nas relações de poder entre homens e mulheres na esfera doméstica", acrescentou.

De acordo com os cálculos do UNODC, a taxa global de mulheres vítimas de homicídio eleva-se a 1,3 vítimas por 100 mil mulheres.

A África e as Américas são as regiões do mundo onde as mulheres correm maior risco de serem mortas pelo companheiro ou familiar.

Em África, a taxa é de 3,2 vítimas por 100 mil mulheres. Nas Américas, 1,6, na Oceânia 1,3 e na Ásia 0,9.

A taxa mais baixa observa-se na Europa, onde é de 0,7.

A ONU acrescentou que "nenhum progresso tangível" para combater este crime foi conseguido nos últimos anos, "apesar das legislações e de programas desenvolvidos para erradicar a violência contra as mulheres".

As conclusões do relatório "sublinham a necessidade de uma prevenção da criminalidade e de uma justiça penal eficazes para enfrentar a violência contra as mulheres".

O documento defendeu também uma melhor coordenação entre a polícia e a justiça para que os autores da violência sejam responsabilizados pelos atos.

O relatório sublinhou ainda a importância de implicar os homens nas soluções, nomeadamente através da educação nas idades mais jovens.

NAOM