quarta-feira, 1 de novembro de 2017

TUGAS N'BARCA É BAI, TUGAS DI TERRA FICA...

Jorge Herbert 

Face a publicação de alguns documentos supostamente de entidades oficiais, mal redigidos em Português e opiniões de alguns iluminados e iletrados funcionais, senti necessidade de vir desmistificar alguns complexos guineenses… 

Sendo as línguas ou dialetos, para a população geral de qualquer parte do mundo (com exceção dos linguistas), simples instrumentos de comunicação, portanto de entendimento entre as pessoas, não pode nem deve ser assumido como um barómetro de inteligência ou intelectualidade.

Há um facto inegável. Apesar de ser falado apenas por cerca de 20% da população guineense, o Português continua a ser a língua oficial da Guiné-Bissau, a língua que herdamos dos cinco séculos de colonização portuguesa. Desses 20%, arrisco empiricamente a afirmar que menos de 5% falam e escrevem corretamente a língua de Camões. Os guineenses na sua maioria optam pelo uso do crioulo como meio de comunicação nas suas rotinas diárias, sendo esse o dialecto transversal à uma grande maioria dos guineenses, seja ele Balanta, Fula, Papel, Mandinga ou outra tribo, sendo o português usado apenas nas salas de aula e nas reuniões oficiais. 

A realidade sociolinguística guineense tem algumas peculiaridades, que importa aqui realçar.

A primeira peculiaridade é que a nossa língua oficial é uma língua herdada do colono que, durante a colonização, limitou o seu acesso a uns poucos que eram permitidos acederem aos empregos na administração pública e aos seus descendentes. Em suma, era permitido o acesso à língua de Camões, apenas aos “Assimilados” e, entre esses, havia uns mais e outros menos assimilados, sendo que os primeiros exigiam o uso da língua do colono, mesmo nas rotinas familiares, enquanto outros, preferiam que a família se entendesse em crioulo no seu quotidiano. O que quer dizer que, mesmo entre os “Assimilados”, existiam uns mais assimilados que outros, permitindo a alguns terem melhor domínio da língua que outros.

Aqueles cujos pais não tiveram a sorte de “atravessar a porta” da administração colonial, eram excluídos desse acesso escolar e consequentemente linguístico, independentemente de reunirem capacidades para virem a ser excelentes quadros técnicos ou superiores.

Portanto, penso ser consensual que o critério usado pelo colono no acesso `nossa atual língua oficial, não foi propriamente o mérito e a capacidade dos pais nem dos filhos dos nativos, pelo que incutiram na sociedade a ideia que, aqueles que tinham aprendido melhor os seus hábitos e costumes, principalmente a língua, eram os mais civilizados e, portanto, os superiores ou privilegiados da sociedade.

Tugas n’barca é bai, é leba alguns tugas di terra, é dissa utrus, ku bin n’contra ku santchundadi di PAIGC.

O PAIGC, o partido libertador do país e da sociedade, na sua assunção do poder, não respeitou os valores e princípios ensinados por Cabral, que a luta era para libertar todos os guineenses e que todos os guineenses teriam os mesmos direitos perante o partido e o Estado guineense. Enveredaram pela política de marginalização dos “tugas di terra ku fica”, que até essa altura eram os que asseguravam o funcionamento da máquina administrativa do país e que até seriam útil num período de transição, até o Partido/Estado conseguisse formar mais quadros. Pelo contrário, não houve qualquer política, método ou critério justo para a formação de quadros médios ou superiores, com o objetivo de ter a médio prazo uma sociedade formada e informada. Houve de facto filhos de António ou de N’Bana, mas também houve uma clara discriminação indiscriminada dos Assimilados por, segundo teoria PAIGCista, “terem comido com os tugas e não terem o direito de voltar a comer com o PAIGC”. 

Face a atribuição de bolsas de estudo pelos países amigos, que resolveram apoiar a rápidae necessária formação de quadros para a Guiné-Bissau, o PAIGC, na sua saga discriminatória, selecionou os melhores destinos para atribuição das bolsas de estudo, aos filhos dos dirigentes políticos e militares (portanto, filhos do PAIGC), aos jovens da fileira da JAAC (também previamente selecionados pelo PAIGC) e aqueles que estudaram ou lecionaram na Escola-Piloto. Depois de atribuídos esses destinos aos seus selecionados, sobravam alguns destinos menos apetecíveis, para alguns alunos, “filhos de N’Bana”…

Não tendo priorizado os melhores alunos para os melhores destinos de estudo ou melhores Universidades do mundo ocidental, num período fulcral da necessidade de rápida formação de quadros competentes para o país, o PAIGC cometeu o erro estratégico, o que faz com que o partido libertador seja o único responsável pela deriva formativa do nosso país e por alguns complexos e complexados que ainda hoje digladiam na nossa sociedade.

A sociedade guineense ainda tem outra peculiaridade, que é o fato do país encontrar-se “encravado” entre países francófonos, sofrendo portanto forte influência linguística desses países, principalmente no que concerne ao comércio transfronteiriço. Essa peculiaridade é agravada pelo facto de os nossos ex-colonizadores nunca se terem preocupado em ter uma política séria de imposição e desenvolvimento da nossa língua comum, o que faz com que a língua francesa também vá marcando a sua posição na nossa sociedade…. 

Voltando aos critérios de seleção dos estudantes para a atribuição das Bolsas de Estudo, os descendentes PAIGCistas escolhidos para a pátria de D. Afonso Henriques muito passearam, frequentaram discotecas, comeram bacalhau e ouviram fados, sendo que muitos até tiveram direito à mais que uma bolsa de estudo, até para destinos diferentes, face às consecutivas reprovações. A maioria deles não conseguiu adquirir um diploma de qualquer das Universidades frequentadas, mas voltaram à Guiné-Bissau e tiveram a facilidade de emprego, até em lugares de destaque no aparelho do Estado, não só por serem filhos ou sobrinhos de “Djintons” como também, pelo facto de tanto comerem bacalhau, ouvirem fados e namorarem umas portuguesas, conseguiram adquirir a necessária fluência na língua de Camões que, para eles e seus progenitores que, por sinal, ate correram com os colonos, bastava para intrujar uma sociedade deficitária de quadros técnicos e superiores.

Contrariamente, houve aqueles que, tendo tido uma formação de base deficitária da língua oficial do país, tiveram que ir estudar para um país de leste ou francófono e por conseguinte não comeram tantos bacalhaus nem ouviram tantos fados e as brancas com que trocaram secreções eram russas, ucranianas, francesas ou de outras nacionalidades que não lusas. Esses quadros, mesmo tendo terminado brilhantemente os seus cursos universitários, regressaram o país e são menosprezados por aqueles novos “tugas di terra”, que acham que o domínio da língua de Camões é suficiente para se sentirem superiores e são eles que se apressam em encher a boca e afirmar que se trata da nossa língua oficial, por isso é obrigatório o seu domínio! Podem até terem sido umas nódoas nas faculdades portuguesas e europeias por onde passaram, mas porque até são fluentes no uso da língua oficial, sentem-se melhores ou até superiores a muitos que passaram pelo crivo da Universidade por onde estudaram e terminaram os seus cursos com êxito!

Reactivamente, esses quadros que se formaram nos países não lusófonos, também têm os seus complexos e reservas em relação a todos “os que vêm” de Portugal, seja ele um bom ou mau quadro.
E volto a repetir que o único culpado pela existência dessa divisão social entre os quadros guineenses, foi e continua a ser o PAIGC.

Para terminar, reforço a ideia que, a fluência numa língua, mesmo sendo ela a nossa língua oficial, nunca deve ser o principal critério para validar o conhecimento e a capacidade de um quadro, Podemos ter quadros excelentes nas suas áreas de formação, mas não serem fluentes na língua oficial, da mesma forma que podemos ter quadros paupérrimos nas suas áreas de formação mas com facilidade na articulação verbal e escrita da nossa língua oficial.

Quem não percebe isso, percebe pouco da realidade social e formativa da Guiné-Bissau.

Djitu ka tem, mas i tem k tem gora dê!

Fonte: Jorge Herbert

A Tap muda o sistema de despacho de bagagem e adota novo modelo tarifário


A TAP inicia nesta sexta-feira (02) o novo sistema de cobrança de bagagem despachada  com preços diferenciados nos voos com taxas que variam entre 20 e 65 euros. Serão dois tipos de cobranças – para voos na Europa e Intercontinentasi – e cinco tipos de taxas.A empresa aerea portuguesa também inicia um novo modelo tarifário com preços promocionais que são a Discount, Basic, Clássica e Plus na classe econômica..

A tarifa Discount,  não permite bagagem desapchada e a tarifa Básica, que  é a normal  permite o despacho de uma bagagem, além da de mão (uma maior com 8kg e uma menor com 2 kg). Na tarifa Discount – a única que não está incluso o transporte de porão – ainda assim você pode adquirir uma bagagem se você mudar de opinião. Com antecedência de 37 horas você paga US$ 45, se você for comprar no check in US$ 80 e se for na hora de embarcar US$ 175

A tarifa Clássica na econômica permite o despacho de duas bagagens com até 23 kg além da de mão. A tarifa Plus na econômica permite o despacho de três bagagens até 23 kg cada. Na executiva vale o despacho de duas malas de 32 kg cada e no caso da executiva Top até três malas com 32 kg cada.

.Os voos na Europa, passam a estar divididos por três zonas e os voos intercontinentais de longo curso terão uma divisão entre os voos pertencentes ao  Médio Curso de África”, que especifica serem Abidjan (ABJ), Gana (ACC), Dakar (DKR), Boavista (BVC), Sal (SID), Cidade da Praia (RAI), São Vicente (VXE), Guiné Bissau (OXB), Lomé (LFW) e São Tomé (TMS) e restantes voos intercontinentais”, ou seja, designadamente Angola, Moçambique, Brasil e Estados Unidos.

E a TAP especifica ainda que numa situação em que duas zonas diferentes estão envolvidas, o valor a ser cobrado será sempre o mais elevado Um passageiro que voe de Bruxelas para Roma via Lisboa, que terá que pagar os preços da Zona 2, enquanto um passageiros que voe de Madrid para o Porto paga pela Zona 1.Uma tabela publicada no portal da TAP relativa aos preços para uma bagagem despachada até  23Kg e máximo de 158cm  em pré-compra será de 20 euros nas rotas de Portugal, Espanha e Marrocos, que são Zona 1,. Já a taxa de 25 euros vale para rotas Benelux, Suíça, Alemanha, França, Reino Unido e Itália, que são Zona 2.

O valor de 30 euros será cobrado nas rotas de Áustria, República Checa, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Noruega, Polónia, Romenia, Rússia e Suécia, que são Zona 3. Já a taxa de 60 euros vale no médio curso África, incluindo Costa do Marfim, Cabo Verde, Gana, Guiné Bissau, Senegal, São Tomé e Togo, que são Zona 4. Para o valor de 65 euros nas restantes rotas intercontinentais (Angola, Moçambique, Estados Unidos, Brasil e Venezuela), que são Zona 5. Se se tratar de bagagem adicional em pré-compra, os valores sobem para 45 euros na Zona 1, 50 na 2, 55 na 3, 60 na 4 e 65 euros na 5.

Se a compra for no check-in, uma FBAG custa 35 euros na Zona 1, 40 na Zona 2, 45 na Zona 3, 70 na Zona 4 e 75 na Zona 5 e quando é bagagem adicional os preços são 55 euros na Zona 1, 60 na Zona 2, 65 na Zona 3, 70 na Zona 4 e 75 na Zona 5. A situação mais onerosa é a compra à porta de embarque, em que a TAP tem dois preços, de 70 euros para as Zonas 1, 2 e 3 e 90 euros para as Zonas 4 e 5.

Segundo nota oficial da TAP as novas regras dizem respeito a uma nova política de produtos  estruturada para favorecer todos os tipos de viajantes, desde os que tradicionalmente levam muitas bagagens até os que não colocam como foco principal a quantidade de peso da mala. Como por exemplo, os que desejam realizar compras no exterior, que podem optar em sair do país apenas com a bagagem de mão e retornar com seus objetivos, pagando um tipo de tarifa na ida e outro na volta.

Mercadoeeventos

terça-feira, 31 de outubro de 2017


Humor e Piadas


Ensino público - Sindicatos do sector ameaçam com paralisação de quinze dias

Bissau, 31 Out 17 (ANG) - Os dois sindicatos do sector do ensino ameaçam avançar com uma greve de quinze dias úteis, com inicio no dia  6  de Novembro, para exigir do governo o cumprimento do Memorando de Entendimento assinado há quatro meses. 


Segundo o Pré-Aviso de greve do SINDEPRORF e SINAPROF, à que a ANG teve acesso, os sindicatos exigem ao governo a resolução de vários problemas, dentre os quais, a conclusão do processo de validação e aplicação efectiva do Estatuto de Carreira do Docente e a conclusão do processo de efectivação e reclassificação doa professores em curso.

Os sindicatos exigem ainda a conclusão do pagamento dos salários aos professores contratados referentes ao ano lectivo 2016/17, nas regiões de Oio, Quinara e no sector Autónomo de Bissau, e dos retroactivos aos docentes que saíram nos diferentes centros de formação.

No mesmo documento, os dois sindicatos acusam o executivo de falta de vontade no cumprimento de 17 pontos do memorando rubricado em Junho que na altura permitiu o levantamento da greve.

Apesar de o governo ter feito a  abertura do novo ano lectivo há duas semanas, as portas das escolas públicas continuam fechados sem presença de alunos e muito menos dos professores.

Instada a pronunciar sobre a situação, a Secretária de Estado do Ensino Básico e Profissional, Iracema de Rosário disse que a instituição que dirige desconhece os motivos de não início das aulas até ao momento.

Iracema de Rosário afirmou que existem condições para o funcionamento das aulas, porque não receberam nenhum Pré-Aviso de greve, por isso disse que não sabe o motivo de não arranque das aulas.

Segundo a Rádio Jovem, a Secretária de Estado do Ensino Básico e Profissional falava esta segunda-feira durante o acto de recepção de viaturas, motorizadas e equipamentos informáticos oferecidos ao Ministério da Educação pelo Programa Alimentar Mundial PAM. 

ANG/LPG/ÂC/SG

Emissões da RDP e da RTP na Guiné-Bissau retomadas a 8 de Novembro

A radiotelevisão pública portuguesa está inacessível na Guiné-Bissau desde Junho.


As emissões da RDP e da RTP África na Guiné-Bissau vão ser retomadas a 8 de Novembro, anunciaram hoje os ministros da tutela guineense e português, após terem assinado um acordo político nesse sentido.

A decisão foi anunciada pelo ministro da Cultura português, Luís Filipe Castro Mendes, e pelo ministro da Comunicação Social guineense, Vítor Pereira, após uma reunião realizada hoje em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas no final, os dois ministros indicaram que foi criada uma comissão luso-guineense que vai definir agora os passos a dar para que todos os aspetos ligados à renovação do acordo nessa área entre os dois países sejam reanalisados e renovados.

As autoridades guineenses anunciaram a 30 de Junho último a suspensão das emissões da rádio e televisão públicas portuguesas, exigindo uma renegociação com o Governo português do acordo na área da comunicação social entre os dois países.

"Foi assinado um acordo, mediante o qual Portugal assume o compromisso de rever, analisar e estudar um novo acordo de cooperação na área da comunicação social com a Guiné-Bissau e constituir uma comissão técnica bipartida, luso-guineense, para trabalhar na conclusão desse novo acordo de cooperação na área do audiovisual", afirmou Castro Mendes.

A parte guineense comprometeu-se a retomar as emissões da RTP África e da RDP África, acrescentou Castro Mendes, com Vítor Pereira a confirmar, logo a seguir, que as emissões serão retomadas a 8 de Novembro e que apenas por razões burocráticas tal não acontecerá mais cedo.

"A partir do dia 8 retomaremos as emissões da RTP África e da RDP África no território guineense", indicou, frisando que a decisão de suspender as emissões foi tomada em Conselho de Ministros, razão pela qual terá de ser o órgão governamental a mandatar o ministro da Comunicação Social guineense para efectivar a medida.

Vítor Pereira explicou que a próxima reunião do Conselho de Ministros decorre quarta-feira e, como não estará presente, só na próxima semana, precisamente a 8 de Novembro, é que tal será possível.

Questionado sobre quais eram as "condições" para que este acordo chegasse a bom porto, o ministro guineense discordou da ideia de que existissem.

"O que se passa é que o devíamos ter feito há mais tempo, até muito antes de mim (como ministro da Comunicação Social). O acordo anterior ainda datava do tempo dos faxes e dos telexes. Revisitamos um acordo caduco. Só isso", afirmou Vítor Pereira.

"Ninguém impõe condições a parceiros e a amigos. Este acordo responde às pretensões das duas partes (...) A Guiné-Bissau vai, dentro de um ano, se tanto, entrar na era da digitalização. Logo, são necessários instrumentos legais e de cooperação adequados às novas realidades", acrescentou Vítor Pereira.

Castro Mendes e Vítor Pereira indicaram também, por outro lado, que o novo acordo, ainda a ser trabalhado, deverá permitir também que as emissões da Rádio e Televisão da Guiné-Bissau (RTGB) possam ser transmitidas em Portugal, em moldes a definir.

"Comprometemo-nos neste acordo (político) a mediar, facilitar e cooperar com a parte guineense para o objectivo de difundir o sinal da sua televisão nas plataformas nacionais. Como são privadas, terão de haver negociações da televisão da Guiné-Bissau com essas plataformas", sublinhou, por seu lado o governante português.

Castro Mendes destacou que "o importante era existir um acordo político", o que aconteceu hoje, razão pela qual agora caberá à Comissão Técnica Luso-Guineense, ainda a criar, elaborar um cronograma para definir calendários a temas em discussão.

"Com todas as partes, com todos os países, há sempre momentos melhores e outros mais difíceis, pelo que o mais importante é que os problemas se resolvam num espírito construtivo (...) Os dois povos exigem-nos que mantenhamos essas boas relações e isso é o nosso trabalho, construir soluções", conclui Castro Mendes.

Publico.pt

Carlos Gomes Júnior poderá regressar em breve à Guiné-Bissau - Movimento Cívico

O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau Carlos Gomes Júnior e o líder do Partido de Solidariedade e Trabalho Iancuba Djola Indjai deverão regressar ao país em breve, disse hoje Fernando Gomes.


"É convicção do movimento que estão reunidas as condições mínimas para regressarem ao país em segurança", afirmou Fernando Gomes, do Movimento Nacional Cívico "Vamos juntar as mãos para os filhos regressarem a casa".

Falando aos jornalistas em conferência de imprensa, após um encontro com o primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, e o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, Fernando Gomes disse ter recebido garantias para o regresso ao país dos dois homens, que deixaram a Guiné-Bissau após o golpe de Estado de 2012.

"O primeiro-ministro disse que está disposto a acionar todos os mecanismos necessários para garantir a segurança daqueles cidadãos. Aliás, segundo o primeiro-ministro, é um dever do Estado e pediu para transmitir que podem voltar com a certeza que o Governo vai tentar garantir a segurança deles", afirmou.

Questionado pela Lusa sobre as datas previstas para o regresso do antigo primeiro-ministro e de Iancuba Djola Indjai, Fernando Gomes preferiu não avançar uma data.

"O que posso confirmar é que o regresso dos exilados é para breve e logo anunciarei as datas de regresso de cada um", disse.

MSE // FPA
Lusa/Fim

O COLECTIVO DE MOVIMENTOS DE APOIO AO PRS PEDE ABERTURA DA ANP

O colectivo de movimentos de apoio ao Partido da Renovação Social apelam a abertura da Assembleia Nacional Popular para se poder sair da crise. Apelam a Cipriano Cassama que ponha o país em primeiro lugar em vez dos interesses político partidários.

Guineendade.blogspot.sn

Guiné-Bissau: consumidores denunciam produtos estragados

Mercado de Bandim, Bissau
Liliana Henriques

Volta estar na agenda noticiosa da Guiné-Bissau os produtos fora do prazo ou sem informações sobre o prazo de validade, a serem comercializados no mercado. A Associação de defesa do consumidor pede a intervenção do Ministério do comércio, antes que seja tarde.

Até aqui as denúncias eram feitas pelos cidadãos nos órgãos de comunicação social, mas agora a Associação de defesa do consumidor (Acobes) que vem ao público afirmar que existem produtos fora do prazo ou sem indicações de prazo de validade a serem comercializados no mercado guineense.

Bambo Sanhá, secretario-geral da Acobes pede a intervenção urgente do governo sob pena de o caso ganhar outros contornos a nivel de prejuízos à saúde pública.

O responsável dá como o exemplo a venda de farinha de trigo e manteiga, produtos que disse estarem a ser vendidos no mercado guineense, mesmo sabendo-se que estão fora do prazo para o consumo humano.

Segundo Bambo Sanhá, vários estabelecimentos comerciais em Bissau estão a receber de volta alguns produtos que venderam aos consumidores.

Fonte do ministério da Saude Pública disse à RFI que há relatos de produtos fora do prazo.

Segundo a mesma fonte, em caso de apreensão desses produtos, o Ministério da Saúde Pública aconselhará imediatamente a sua incineração para evitar que sejam apropriados de novo pela população se estes produtos fossem deitados no lixo.

RFI

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

ELEIÇÕES - Presidente do Quénia reeleito com 98,26% dos votos

O chefe de Estado cessante do Quénia, Uhuru Kenyatta, foi reeleito na repetição das eleições presidenciais quenianas de quinta-feira passada, boicotadas pela oposição, obtendo 98,26% dos votos, anunciou hoje a Comissão Eleitoral local.


Segundo o presidente da Comissão Eleitoral, Wafula Chebukati, a taxa de participação foi de apenas 38%, dando a Kenyatta 4,483 milhões de votos, contra apenas 73.228 do líder da oposição, que, apesar do boicote, não abandonou oficialmente a corrida presidencial.

Nas presidenciais de 08 de agosto último, anuladas a 01 de setembro pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) queniano por terem sido dadas como provadas as acusações de ilegalidade e irregularidades cometidas pela própria Comissão Eleitoral, a taxa de participação foi de 79%.

Antes do anúncio dos resultados, Chebukati disse acreditar que a votação de quinta-feira última decorreu de forma "livre, justa e credível", depois de, na semana passada, três dias antes da votação, ter afirmado que não podia garantir a credibilidade das eleições.

A votação foi boicotada em 25 das 291 circunscrições nacionais, o que representa cerca de 9% do eleitorado de todo o país. O boicote acabaria repetido sábado, dia em que a Comissão Eleitoral tentou organizar a votação nas circunscrições em falta.

O líder da oposição, Raila Odinga, 72 anos e três vezes candidato derrotado às presidenciais quenianas (1997, 2007 e 2013), boicotou a repetição da votação por não terem sido concretizadas reformas na Comissão Eleitoral.

Desconhece-se ainda se e quando Odinga irá comentar o anúncio dos resultados.

Mergulhado na incerteza, o Quénia conheceu nos últimos dias atos de violência em todo o país que, segundo balanços oficiosos, causaram nove mortes, maioritariamente na região oeste do país e nos arredores da capital, Nairobi.

Já no período pós-eleitoral de 08 de agosto, a violência também assolou o país, provocando pelo menos 49 mortos e dezenas de feridos, na maioria devido à repressão policial.

A repressão da polícia foi, por outro lado, criticada hoje pela Amnistia Internacional (AI), que, num comunicado, condenou a "brutalidade" com que atuou contra apoiantes da oposição a seguir à votação de quinta-feira, sobretudo em Nairobi e em Kisumu, a terceira maior cidade do país.

NAOM

TRIBUNAL REGIONAL DE BISSAU ANULA DESPACHO DE EXONERAÇÃO DE MARCIANO MENDES

O mandatário judicial do antigo director executivo do Fundo de Conservação Rodoviária considera, esta segunda-feira (30 de Outubro), que o Tribunal Regional de Bissau decidiu anular o despacho Nº24 do gabinete do Ministro das Obras Públicas Construção Urbanismo de 2016 que exonerou o antigo director, Marciano Mendes

O caso de Marciano Mendes criou polémica no ano passado por ter denunciado alegadas irregularidades cometidas pelo então ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo, na utilização de fundos destinados à reabilitação pontual das rodovias da capital.

Em conferência de imprensa realizada, no escritório de Advocacia & Consultoria Jurídica, o advogado, Halen Armando Napoco, afirma que Marciano Mendes é por direito o director executivo do Fundo Rodoviária uma vez que a nomeação feita nesta instituição é ilegal.

O ex-director executivo de Fundo de Conservação Rodoviária, Marciano Mendes, foi afastado por despacho nº24 do gabinete do então Ministro das Obras Públicas Construção Urbanismo Malam Banjai em 2016.

Perante a decisão do tribunal, Halen Armando Napoco exorta ao actual ministro das obras públicas o cumprimento da decisão do Tribunal uma vez que “não há outro caminho”.

Segundo o advogado, Halen Armando Napoco, o ministério das Obras Públicas Construção Urbanismo não tem competência de nomear e exonerar o director Executivo de Fundo de Conservação Rodoviária.

O Conselho de Ministros, na altura, deu orientações ao ministro das Obras Pública para exonerar Marciano Mendes das funções do director executivo do Fundo Rodoviário por alegado “desvio de fundos e de administração danosa”.

Por: Marcelino Iambi
Radiosolmansi

Crise Política: COLETIVO DE PARTIDOS POLÍTICOS ANUNCIA MARCHA PARA ‘SALVAR’ A DEMOCRACIA GUINEENSE

Coletivo de Partidos Políticos Democráticos “Unidos contra a ditadura na Guiné-Bissau” (CPPD), manifestou no domingo, 29 de Outubro 2017, a intenção de realizar para breve uma marcha pacífica com o intuito de exigir o cumprimento do Acordo de Conakry e “salvar” a democracia guineense.

A intenção do Colectivo foi anunciada pelo líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU – PDGB), Nuno Gomes Nabiam durante o comício realizado ontem, no ‘Campo de Kacoma’, Bairro de Bandim, periferias da capital Bissau.

O Coletivo terminou assim a sua primeira fase de manifestações populares decorridas nos dias 27, 28 e 29 do mês em curso. Os comícios, segundo os organizadores, visam protestar contra o incumprimento do Acordo de Conakry e exigir o fim da crise que assola o país há mais de dois anos.


Durante os três dias de comícios nos diferentes círculos eleitorais do Setor Autónomo de Bissau, designadamente o circulo 24 – ao largo do Serviço de Meteorologia; círculo 25 – no campo de futebol de bairro de lala kema (Antula) e no círculo 26 – bairro de Bandim, campo de Kacoma. Os comícios decorreram sem incidente, nem confronto entre as forças de segurança e manifestantes. A Guarda Nacional e a Polícia de Intervenção Rápida estiveram presentes.

Dirigindo-se aos presentes, Nuno Gomes Nabiam, o presidente da APU – PDGB, explicou que a anunciada marcha pacífica será realizada pelos filhos desta terra, porque conforme disse “a Constituição da República da Guiné-Bissau lhes dá esse direito”.

“A marcha não é contra o Presidente José Mário Vaz, mas sim é para repor a lei e ordem no país bem como para exigir o funcionamento das escolas e evitar que as duas mulheres grávidas deitem numa cama no hospital. A marcha visa também advertir o Chefe de Estado José Mário Vaz, sobre a sua atuação. Nós vamos estar na linha de frente da marcha e veremos quem vai nos lançar gás lacrimogêneo e muito menos deter-nos porque estamos a lutar para a restauração da democracia”, assegurou o político, que entretanto, avançou que se houver a tentativa de deter um único elemento do colectivo no dia da marcha, seguirão várias detenções, durante dia e noite.

Nabiam acusou o Presidente José Mário Vaz de participação em muitas atrocidades que ocorreram no país. Acrescentou ainda que os assassinatos de algumas figuras públicas aconteceram no período em que o Presidente Vaz exercia as funções do ministro das Finanças.

“Para que aconteça um assassinato é preciso mobilizar fundos. Onde saía o dinheiro para as despesas de matar pessoas? O dinheiro saía das finanças, portanto o Presidente José Mário Vaz deve muitas explicações ao povo guineense, sobre muitas situações que ocorreram nesta terra”, afirmou Nuno Gomes Nabiam.

PAIGC MOSTRA-SE DISPONÍVEL A  CAMINHAR COM PARTIDOS MEMBROS  DO COLETIVO


Para o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, o resultado da luta em prol da restauração da democracia e consequentemente o cumprimento do Acordo de Conakry, dependerá do engajamento e da determinação do povo guineense.

“Desta vez o povo guineense tem a sua situação resolvida, porque se realmente quer que os recursos da Mesa Redonda resolvam os problemas da Guiné-Bissau, então é preciso escolher aqueles que conhecem o caminho, o procedimento e têm o compromisso com o povo”, notou o político.

Simões Pereira disse que os actuais governantes já provaram que não podem fazer nada e mesmo fazendo vários anos no poder não conseguirão resolver os problemas do povo.

Aproveitou a ocasião para pedir os guineenses desculpa pelo erro cometido pelo seu partido em escolher José Mário Vaz  como candidato presidencial em 2014, tendo assegurado que o partido jamais voltará a cometer esse tipo de erro.

Serifo Baldé, presidente do Partido Jovem, disse na sua intervenção que a Guiné-Bissau custou muito sacrifício aos combatentes da liberdade da pátria, por isso todos os guineenses devem levantar-se para resgatar e salvaguardar a democracia das mãos do Presidente da República, José Mário Vaz e Primeiro-ministro Umaro Sissoco Embaló.

O político disse ainda que o Presidente não pode pretender fazer escolha do Primeiro-ministro com base na estima ou negócio pessoais, mas sim obedecendo a Constituição da República que estipula que chefe do executivo é nomeado de acordo com os resultados eleitorais. 

Por: Assana Sambú
Foto: Marcelo Na Ritche
OdemocrataGB

ESCOLAS PÚBLICAS AINDA NÃO INICIARAM AULAS

Embora a abertura do ano lectivo feito pelo governo na segunda semana de Outubro, os directores das escolas públicas dizem que a fraca presença dos alunos nas salas de aulas de aulas está a dificultar o arranque das aulas

De acordo com informação recolhida, na manhã desta segunda-feira (30,) pela Rádio Sol Mansi (RSM) junto das direcções dos principais liceus públicos da capital Bissau “todas as questões logísticas e administravas estão criada para o inicio das aulas”.

Numa entrevista exclusiva á RSM o director do liceu Rui Barcelos da Cunha, Demba Baldé, confirma que a fraca presença dos alunos nas salas de aulas é o que está a dificultar o funcionamento das aulas.

Já no liceu Augustinho Neto, também o funcionamento das aulas é morta divido a não presença dos alunos nas salas de aulas segundo a subdirectora daquele liceu, Fato Sonco.

No Liceu Kwame N`Krumah a rádio não conseguiu obter declarações da direcção tendo em conta a indisponibilidade do seu responsável que se encontrava em encontros de trabalho.

Entretanto no liceu Jorge Ampa Cumelerbo, segundo a declaração do vice-presidente do conselho técnico do ensino secundário, Júlio Badanhe, os professores já manifestaram as suas disponibilidades junto da direcção em começar as aulas mas o que continua a dificultar é a ausência dos alunos.

Portanto, no liceu Jorge Ampa Cumelerbo, no qual o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, tinha prometido a construção do pavilhão acabando desta forma com todas as barracas que “kirintin”, a RSM tentou falar com a direcção que recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto, limitando apenas a dizer que a promessa vai se concretizar.

A Rádio Sol Mansi constatou que no recinto da escola ainda continuam algumas turmas com kirintin e alguns pavilhões em construção. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga
Radiosolmansi

Política - Líder da UPG diz que o Acordo de Conacri não aponta soluções claras para a saída da crise

Bissau, 30 Out 17(ANG) – O líder do partido União Patriótica Guineense(UPG), afirmou que o Acordo de Conacri não aponta soluções muito claras para a saída da actual crise política que assola o país.

Fernando Vaz em declarações exclusivas à ANG, disse contudo que a primeira solução que devia contar, bastante clara e inequívoca, era a nomeação de um primeiro-ministro de consenso.

“Falou-se em três nomes e o próprio Acordo não traz qual dos três foi escolhido pelos signatários. Daí ter gerado logo a chegada à Bissau várias interpretações dos subscritores. O que não abonou em nada que o Acordo de Conacri fosse um instrumento credível e que pudesse possibilitar a solução da crise”, explicou.

Fernando Vaz disse que o Acordo de Conacri falhou ao não indicar de forma clara um nome entre os três escolhidos para as funções de primeiro-ministro.

“Se não o faz, deixa em aberto aquilo que era essencial da crise ou seja escolha de um primeiro-ministro aceite pelas partes. Pelo menos isso não está plasmado no referido Acordo”, sublinhou.

Segundo o líder da UPG, o que ouviram dos subscritores do Acordo de Conacri são as trocas de mimos de quem de facto foi escolhido para ser o chefe do executivo, situação que até hoje não ficou esclarecida.

“Por isso, a nossa posição é que o Acordo de Conacri não constitui um instrumento capaz de resolver a crise”, salientou.

O Presidente da UPG frisou que é do conhecimento de todos que o Acordo de Conacri tem dez pontos e um dos quais fala do regresso incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC.

“O próprio Acordo foi contraditório neste capítulo porque diz regresso incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC observando os estatutos do partido. Se o regresso é incondicional e logo a seguir diz respeitando os estatutos. Como é incondicional. Assim é complicado”, considerou.

Fernando Vaz sublinhou que a saída da actual crise deverá ser encontrada pelos representantes do povo na Assembleia Nacional Popular.

“Portanto que se abra a Assembleia Nacional Popular para que a maioria dos deputados que representam o povo guineense  pronuncie qual é o caminho que quer para o país”, disse, referindo-se que é assim que se funciona nos países democráticos.

Vaz afirmou que um órgão da soberania como ANP não pode fazer greve, salientando que aquilo que estamos a assistir é uma greve de zelo de um órgão da soberania.

“Se existir interpretações dúbias e que não são coincidentes sobre  determinada matéria, a plenária da ANP é quem deve decidir sobre a matéria não são as partes. Portanto que se convoca a ANP para que se pronuncie maioritariamente”, revelou.

O político sublinhou que não é uma Comissão Permanente que vai decidir pela plenária da ANP ou seja um universo de 102 deputados que representa todo o povo. 

ANG/ÂC/SG

Religião - “Os vícios passaram a ocupar lugar de valores morais na sociedade guineense”, diz Vice-Pároco da Igreja de Santa Luzia

Bissau, 30 Out 17 (ANG) - O Vice-Paroco da igreja de Santa Luzia afirmou esta segunda-feira  que os vícios dos homens passaram a ocupar o lugar dos valores morais na sociedade guineense e que estes estão a desaparecer cada vez mais. 

Vista da Sê Catedral de Bissau
Citado pela  Rádio Sol Mansi , o Padre Francisco Fernandes falava num encontro com os jovens e adolescentes académicos da referida paróquia destinado a reflexão sobre a situação dos valores morais no país.

“O objectivo deste encontro consiste igualmente em propostar as soluções para recuperar valores morais e social que estão a desaparecer no país”, informou.

Para o padre Francelino Nhaga, o valor significa honestidade, amor e respeito pela vida.

Nhaga sublinhou que o mesmo significa fazer bem e ter a consciência de aconselhar os outros a seguirem um bom caminho.

Por sua vez, o coordenador da Universidade Aberta, Inácio Badinca disse que criaram a referida instituição do ensino aberta na perspectiva de promover um espaço de reflexão e de debates entres os jovens académicos religiosos de forma a encontrarem solução para melhorar a situação do país no que toca com a situação dos valores morais.

“Iniciamos essa sessão com a igreja católica e o próximo será com os muçulmanos e vamos fechar o ciclo com a comunidade evangélica”, disse aquele responsável. 

ANG/AALS/ÂC/SG

CUIDADOS - Comer ovo cru, sim ou não? Nutricionistas explicam

Da tradicional gemada ao café com ovo, são muitas as formas de consumir esta proteína de origem animal ainda crua. Mas será seguro fazê-lo?


O ovo é um dos alimentos de origem animal com mais benefícios para a saúde. Ainda cru, oferece três gramas de proteína, vitamina A, B2, B5, B12 e E, minerais e ainda antioxidantes que atuam a favor do sistema imunitário, do cérebro, dos olhos e da pele.


Quando cozinhado, o ovo continua a ser um aliado da boa saúde, embora possa ficar nutricionalmente menos interessante quando é, por exemplo, frito. Mas é este um bom motivo para comer ovos crus? Nem por isso.

Como explica o site da revista norte-americana Women's Health, a capacidade do organismo absorver os nutrientes do ovo - em particular, a proteína - é de cerca de 90% quando este alimento é cozinhado, ao contrário dos 50% quando ainda está cru.

Segundo Heather Mangieri, porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos, consumir o ovo cru - ou com a gema ainda crua - compromete também a capacidade do organismo absorver a biotina (uma vitamina do complexo B), podendo, a longo prazo, trazer alguns problemas de saúde.

Além de serem menos digeríveis, os ovos crus portam um sério risco de contaminação de bactérias - mesmo quando a casca não é partida na taça ou recipiente em que a clara e a gema são colocadas. "O principal risco de consumir ovos crus ou pouco cozidos é a infeção por Salmonela, que causa sintomas de intoxicação alimentar, como cólicas, diarreia, náuseas, febre e dor de cabeça", explica a dietista Lauren Antonucci, que revela ainda que os sintomas podem aparecer apenas 48 horas depois de comer o ovo cru e perdurar por cerca de sete dias.

Apesar de a ação nociva da Salmonela apenas desaparecer com o calor da cozedura, há uma forma de continuar a comer ovos crus, minimizando ligeiramente os riscos. Diz a especialista que "os ovos pasteurizados são a escolha mais segura quando se trata de comer ovos crus", esclarece a especialista, destacando a importância de não consumir ovos com a casca rachada.

NAOM

TERRORISMO - Estado Islâmico ameaça matar príncipe George

A organização terrorista admite uma ataque à escola frequentada pelo filho de William e Kate. A ameaça terá sido colocada no serviço de mensagens Telegram.


O Daesh terá ameaçado matar o príncipe George na sua escola, avança o Mirror. As ameaças terão sido colocadas num serviço de mensagens, o Telegram.

Este é um dos serviços utilizados pelos terroristas já que o Telegram permite encriptar as mensagens e manter secreta a origem do utilizador.

Num canal que se sabe ser utilizado pelo Daesh, foi publicada uma fotografia do príncipe George junto à sua escola em Battesea, Londres. A acompanhar a imagem aparece a frase ‘A escola começa mais cedo’.

Recentemente a segurança da escola foi posta causa depois de uma mulher ter-se filmado a andar pelos corredores da escola dias antes do ano letivo começar sem que alguém a abordasse. Semanas depois a polícia londrina prendeu uma mulher na escola por suspeita de tentativa de roubo.

NAOM

Espanha Refugiados Alborão - Autoridades marítimas espanholas resgatam mais de 70 migrantes perto da ilha de Alborão

As autoridades marítimas espanholas resgataram 73 pessoas, entre as quais nove mulheres, de dois barcos localizados ao largo da ilha de Alborão, situada entre Espanha e Marrocos.


Um porta-voz da Polícia Marítima informou a agência de notícias espanhola que, pelas 13:25 locais (12:25 em Lisboa), foi emitido um aviso sobre a saída de Tensamán, em Marrocos, de um barco.

Os resgatados informaram depois as autoridades da existência de outro barco que transportava migrantes, tendo sido também recolhido durante o trajeto.

As autoridades estão ainda a averiguar se saíram mais barcos de Marrocos nas últimas horas.

24.sapo.pt

Ex-PM cabo-verdiano quer consenso sobre nome para a Comunidade da África Ocidental

O ex-primeiro-ministro cabo-verdiano defendeu hoje que o nome para a presidência da CEDEAO deve resultar de "alargado consenso nacional", considerando que as candidaturas individuais surgidas estão a promover a "folclorização" de "uma importante iniciativa política".


"O Governo deve procurar o mais alargado consenso, envolvendo os outros órgãos de soberania e os partidos políticos, sobre o nome que deverá ser escolhido para candidatar-se ao cargo de presidente da comissão [da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO)]. Trata-se de um cargo de elevada responsabilidade política, que terá de concitar o mais amplo entendimento nacional, devendo-se, por isso, afastar para longe as tentações de partidarização da candidatura", sustentou José Maria Neves.

Numa publicação na sua página pessoal da rede social Facebook, o ex-primeiro-ministro, que liderou o país durante 15 anos e deixou o poder em 2016, apelou para a "contenção e sobriedade" num processo que está a ser marcado pelo surgimento de várias candidaturas individuais.

Cabo Verde espera poder assumir a presidência da CEDEAO em 2018 e a escolha do nome a indicar será feito por concertação entre o Governo e o Presidente da República, no entanto são já vários os candidatos a um lugar, que não é ainda seguro venha a ser ocupado pelo país.

"Devemos optar, internamente, pela contenção e sobriedade, evitando a 'folclorização' desta importante iniciativa política nacional, através de peregrinas candidaturas individuais e campanhas eleitorais domésticas, nunca vistas em idênticas circunstâncias", declarou.

Para José Maria Neves, Cabo Verde "tem de definir uma estratégia para a colocação de seus quadros em instâncias de governança global, num quadro de consensos e de compromissos, afastado das clivagens partidárias e sustido nos interesses nacionais".

Considerou ser também o momento de todos os órgãos de soberania, os partidos políticos e outras instituições económicas e sociais, os cidadãos e a sociedade civil "agirem no sentido de assumir a presidência da comissão da CEDEAO" e apelou para a mobilização de todos em torno deste objetivo.

"Trata-se não só de uma questão de justiça, como também de prestígio e projeção em África, onde ainda se constata um grande défice de conhecimento mútuo", acrescentou.

As quotas em dívida na organização são um dos aspetos que poderá ser um obstáculo a uma futura candidatura cabo-verdiana e José Maria Neves admitiu que os seus governos sempre tiveram "dificuldades em cumprir os compromissos com a comunidade, designadamente os financeiros".

O cargo de presidente da comissão da CEDEAO, equivalente ao presidente da Comissão Europeia, é ocupado por ordem alfabética dos 15 países membros e, respeitando esse critério, caberá, na próxima eleição, a Cabo Verde assumir o posto.

Contudo, não é um processo automático e a personalidade que Cabo Verde vier a apresentar, pode não ser aceite se os países entenderem que não reúne as condições.

Há também outros critérios a respeitar, nomeadamente ter as quotas em dia dentro da organização, requisito que Cabo Verde não preenche.

Há ainda divergências no seio da comunidade quanto à duração do mandato do atual presidente, Marcel de Souza, do Benim, que termina em 2018, estando, no entanto, a decorrer diligências para que seja prolongado.

Ainda que prevaleça um cenário de incerteza, o Presidente da Republica Jorge Carlos Fonseca escreveu, há cerca de dois meses, ao presidente em exercício da CEDEAO, o chefe de Estado do Togo, para lhe dar conta da intenção de Cabo Verde apresentar uma candidatura ao lugar.

Jorge Carlos Fonseca traçou também já o perfil do candidato ideal: "Tem que ter experiência política forte. Ser um político com credibilidade. Se tiver experiência governativa e conhecer a CEDEAO, tanto melhor", disse.

Sublinhou igualmente a importância de ser tecnicamente qualificado e não ter "handicaps" (limitações) políticos ou morais que possam dificultar a eleição.

CFF // JNM
Lusa/Fim

PARTIDOS DEMOCRÁTICOS CONSIDERAM PRESIDENTE MÁRIO VAZ DE UM “PSICOPATA”


O presidente da APU-PDGB qualifica chefe de Estado guineense de um “Psicopata altamente desorientado” sem preparação básica para ser primeiro magistrado da Nação.

Num comício popular promovido pelo Coletivo de Dezassete Partidos Políticos Democráticos Contra a Ditadura no campo de “Cacóma” circulo-26 em Bissau, Nuno Gomes Nabian exorta ao José Mário Vaz que ainda é hora de inverter o cenário político a luz do acordo de Conacri, antes que tudo piore.

Nabian acusa Presidente da Republica de projectar instalar uma unidade militar e um aeroporto em “Calequisse”, sua terra Natal.O líder apuano afirma que chegou a hora de promover uma marcha pacífica para pressionar o atual regime.

“Se alguém for preso na marcha, muitas pessoas também serão presas até ao alvorada,”. Advertiu Nabian.


Para o líder do PAIGC, não se pode responsabilizar governantes que não podem porque já comprovaram que não têm capacidades de dirigir o país.

“Recursos de Mesa Redonda não sumiram. Estão ali conservados a espera daqueles que sabem governar,”. Disse DSP.

Simões Pereira refere que uma semana antes da queda do seu Governo veio ao país, uma equipa de técnicos para financiar vinte cinco milhões de dólares. Com o efeito, tiveram encontro com chefe de Estado, no qual José Mário Vaz disse que não era necessário, porque o executivo de DSP “está a prazo” (será demitido em breve).


DSP lembra aquando da escolha de José Mário Vaz como candidato do PAIGC às presidenciais muitas vozes reagiram contra mas, por agora assume todas as consequências por ter defendido, José Mário Vaz para ser candidato presidencial escolhido pelo PAIGC, onde vários dirigentes do partido questionavam a sua transparência e idoneidade.

“Assumo erros na escolha de José Mário Vaz como candidato do PAIGC às presidências. Jamais erros de género acontecerão”, prometeu DSP.

Por Notabanca; 29.20.2017
Nota à imprensa 

O movimento PRS Verde + 1 é uma organização recentemente criada por um grupo de Jovens quadros, cidadãos e simpatizantes do Partido, com o objetivo de promover a boa governação e ajudar o PRS na sua caminhada para o próximo pleito eleitoral. O Movimento está aberto a todos os quadros, filiados ou não, que queiram dar o seu contributo para o enriquecimento de um projeto político consistente e sustentável, simbolizado pelo verde da esperança. Todos e todas estão convidados a participar do grupo de reflexão que se debruça regularmente sobre a situação política do país: temos sempre lugar para mais 1.

Nos últimos tempos, temos vindo a assistir a uma onda de ataques caluniosos contra os dirigentes do PRS que exercem cargos no Governo, nomeadamente o Engenheiro Orlando Mendes Viegas, Ministro das Pescas;  Carlitos Barai, Ministro da Saúde; e, mais recentemente, contra o Ministro da Energia e Indústria, Dr. Florentino Mendes Pereira. Estes inqualificáveis ataques apresentam um cunho vincadamente político, e têm por objetivo desgastar a imagem pessoal dos visados, tentando veicular uma ideia generalizada de incompetência.

 A EAGB tem registado, de uns dias a esta parte, vários problemas de ordem técnica, que estiveram na origem de alguns cortes de energia (tal como acontece, sobretudo na nossa sub-região, em muitos países com maior capacidade técnica e financeira), causando transtornos na vida da população de Bissau.  Políticos sem escrúpulos têm tentado manipular a insatisfação causada por esta situação para desinformar as pessoas, parecendo ignorar que certos problemas transcendem a própria gestão ou sequer a tutela da EAGB.

É de uma grande injustiça, ingratidão e dar provas de memória curta, colocar em causa a capacidade ou a competência do Ministro Florentino Mendes Pereira, que é de facto o verdadeiro responsável pela regularização do fornecimento de energia eléctrica, que arrancou o país às trevas e foi por isso considerado o Ministro do ano no primeiro governo da atual legislatura.

Será que o sector da água e da eletricidade é aquele que apresenta maiores dificuldades, a ponto de se tentar instigar pessoas a realizarem manifestações contra a EAGB? Pelo contrário, na nossa opinião, este é o setor que, desde que o Ministro Dr. Florentino assumiu a pasta em 2014, mais tem estado a contribuir para o desenvolvimento do país e sobretudo para uma substancial redução da pobreza e aumento do nível de vida da população de Bissau. Julgamos, por isso, que a sua importância estratégica merece um debate sereno, responsável e informado. Neste contexto, este Ministro, ao invés de ser denegrido, devia ser encorajado e apoiado a continuar o seu esforço com vista a implementar a sua visão e providenciar soluções globais para o setor.

O Movimento PRS Verde + 1 vem, pela presente nota de imprensa, manifestar a sua indignação perante as declarações irresponsáveis de mercenários políticos, com dificuldade em aplaudir o sucesso alheio. Os nossos adversários já nos habituaram a este discurso de terra queimada, mas não passam de políticos frustrados e sem projeto, que se sentem incomodados com a obra realizada, estando principalmente preocupados em retirar os louros a quem os merece para disfarçar a sua própria mediocridade.

Os guineenses sabem distinguir, entre aqueles políticos que sustentam a sua reputação exclusivamente sobre palavras e meios de comunicação social, ao contrário do Ministro da Energia e Indústria, que deu bastantes provas de empenho e competência. Essa foi a razão pela qual a tentativa de instigar uma manifestação contra a EAGB não teve qualquer adesão.

Recomendamos por isso a Florentino Mendes Pereira, que não ligue importância a esses invejosos e intriguistas, que colocam os seus interesses particulares acima dos interesses do país, e que estão principalmente preocupados com a grande vaga de adesões que o PRS tem registado. Se julgam que, visando o Secretário-Geral do Partido, recentemente legitimado no V Congresso com uma maioria histórica e esmagadora, conseguem com isso desacreditar a dinâmica vencedora para as próximas eleições, estão redondamente enganados. O medo desses invejosos é que Florentino Mendes Pereira com Alberto Nambeia consigam aquilo que não conseguiram, ou seja, que mantenham a unidade do Partido, e se revelem uma aposta demasiado forte no futuro embate eleitoral.

Para terminar, o movimento apela à população em geral para se manter atenta e vigilante em relação a manobras antipatrióticas, mantendo-se confiante no projeto político de renovação tranquila do PRS, e na dinâmica vencedora da dupla Nambeia-Florentino, rumo à vitória nas próximas eleições. 

Bissau, 29 de Outubro de 2017

Publicada por didi lopes à(s) 23:07 

MANIFESTO DAS ONGs NA GUINÉ-BISSAU / 3ª Conferência_2017

Nós, as organizações participantes na 3ª Conferência das ONGs que intervêm na Guiné-Bissau, após 3 dias de reflexão, intercâmbio e debate intensos, decidimos:

1 O NOSSO COMPROMISSO

Renovar o nosso compromisso com a Guiné-Bissau, engajando-nos, com determinação, no processo de promoção de um desenvolvimento durável e justo neste país, assim como na defesa dos direitos humanos e do pleno exercício da cidadania, prestando atenção particular às camadas mais vulneráveis da sua população.

2 A NOSSA AGENDA

Assumir e enfrentar coletivamente cinco grandes desafios que se colocam ao futuro da Guiné-Bissau, a curto e médio prazo, investindo todas as nossas energias e recursos no sentido de vencê-los:

  • No que concerne à liderança e governação das ONGs

Defendemos a concertação e o fortalecimento coletivo das ONGs, com atenção particular para o aprofundamento das práticas democráticas no seio das nossas organizações, para a atualização do quadro legal que rege as ONGs, assim como para a criação de condições favoráveis à fixação dos quadros e técnicos das ONGs;

  • No respeitante à promoção da Boa Governação

Defendemos o Estado do Direito, a promoção de uma cultura da Paz e do Diálogo com as instituições do Estado e demais atores relevantes da sociedade guineense;

  • Relativamente à promoção da Justiça social e redução das desigualdades

Advogamos a convergência dos nossos esforços para as prioridades seguintes: educação, saúde, igualdade de género, juventude, acesso a serviços públicos, ambiente, cultura e economia solidária;

  • No que diz respeito à Cooperação para o desenvolvimento

Afirmamos a necessidade premente de readequar os dispositivos de financiamento existentes à realidade das ONGs e do país, de criar mecanismos de monitorização, avaliação e prestação de contas quer das ONGs, como também das instituições financiadoras e de instituir espaços de diálogo e concertação entre as ONGs e estas instituições;

  • Reafirmamos ainda, que a inovação, a informação e a comunicação são meios privilegiados contribuindo para a promoção da educação para a cidadania, da capitalização e sistematização das experiências das ONGs e da adoção de práticas colaborativas efetivas.

3 OS VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS QUE PARTILHAMOS

Adotar e defender, no nosso seio, estes valores e princípios éticos, que guiarão a nossa ação e servirão de balizas no estabelecimento e desenvolvimento de parcerias entre nós, ONGs nacionais e estrangeiras, com as comunidades de base com quem trabalhamos, com o Estado guineense, assim como com as instituições de cooperação internacional que apoiam a Guiné-Bissau:

  • Centrar as nossas intervenções nas prioridades das comunidades e sectores mais vulneráveis da nossa sociedade, evitando estratégias baseadas prioritariamente no crescimento das nossas organizações;
  • Adotar e defender princípios e práticas colaborativas, combatendo a tendência de competição e concorrência entre ONGs, quer nacionais, quer estrangeiras;
  • Recentrar as nossas ações em valores de solidariedade, resistindo às tentações das lógicas de mercado;
  • Promover e cultivar parcerias baseadas no respeito mútuo, confiança, transparência, reciprocidade e dignidade;
  • Cultivar a autonomia, mantendo posicionamento de equidistância em relação às forças partidárias e confessionais.

4 A NOSSA DECISÃO DE CRIAR UM ESPAÇO DE CONCERTAÇÃO E AÇÃO DAS ONGS DA GUINÉ-BISSAU

Iniciar, aqui e agora, o processo de criação de um espaço de concertação e ação das ONGs da Guiné-Bissau, que terá como objetivos:

  • A partilha de informações, de reflexões e de concertação de agendas entre as ONGs;
  • O diálogo com instituições do Estado e da Cooperação Internacional para a influência de políticas que afetam o bem-estar das populações, a paz, a democracia e o desenvolvimento do país;
  • A promoção do maior conhecimento e da solidariedade entre as ONGs.

Constituir um Grupo de Trabalho que deverá diligenciar as ações necessárias permitindo a organização, constituição e instalação, dentro do prazo máximo de um ano, do espaço de concertação e ação das ONGs da Guiné-Bissau.

Designar estas ONGs para integrarem um Grupo de Trabalho, devendo elas ser representadas pelo seu dirigente máximo, no caso das nacionais ou pelo Representante da ONG na GB, no caso das estrangeiras:

  • AD, Guiné-Bissau
  • ACEP, Portugal
  • AIDA, Espanha
  • AMIC, Guiné-Bissau
  • DIVUTEC, Guiné-Bissau
  • Handicap Internacional, França
  • OGD, Guiné-Bissau
  • Plataforma das ONGs de Bafatá, Guiné-Bissau
  • RENLUV, Guiné-Bissau
  • Tiniguena, Guiné-Bissau

Como suplentes: Plataforma Política das Mulheres, a RESSAN e a ANADEC.

EsteGrupo de Trabalho deverá funcionar por consenso e realizar a sua primeira reunião na primeira semana de Novembro de 2017.

A Casa dos Direitos, que organizou esta Conferência, é incumbida de preparar e convocar esta primeira reunião.

Dois dos 3 elementos da equipa que realizou o estudo sobre redes das ONGs na Guiné-Bissau deverão assegurar a animação do Grupo de Trabalho.

5 O ROTEIRO DO NOSSO COMPROMISSO

Adotar um roteiro para a operacionalização das ações a realizar, permitindo a organização e criação, dentro de um ano, do Espaço de Concertação e Ação das ONGs da Guiné-Bissau, que inclua:

  • Um processo de informação e auscultação às ONGs;
  • A preparação de uma proposta de documento fundador;
  • A partilha desta proposta com antecedência (cerca de três meses) com as ONGs;
  • A preparação e realização do ato público de constituição do Espaço de Concertação e Ação das ONGs da Guiné-Bissau.


Feito em Bissau, a 20 de Outubro de 2017.

VER O DOC COMPLETO:
Conferencia das ONG GB_Manifesto_2017_OD

OdemocrataGB

Opinião: ECONOMIA GUINEENSE FINALMENTE A CRESCER! E AGORA ?

Quando a economia cresce, o Estado deve gastar menos para não exacerbar o ciclo económico e ganhar folga financeira para poder gastar mais quando vier novo ciclo negativo. Chama-se a isto gestão contra-cíclica.

Neste momento, o crescimento económico está nos 5,8%, acima de alguns países da UEMOA. O deficit público parece controlado e a Guiné-Bissau ganhou maior credibilidade junto das instâncias financeiras internacionais (FMI, BANCO MUNDIAL, BAD, BOAD, entre outros).

A que se devem estes bons resultados ? Em primeiro lugar, gostaria de alertar para um erro típico de analistas e comentadores que é tentarem explicar fenómenos económicos estruturais com base em políticas conjunturais. Tal crescimento é impulsionado principalmente pela consolidação fiscal, e por uma melhor gestão da Tesouraria Pública, que são dois vectores importantíssimos para este crescimento. O debate sobre qual é o Governo que tem o mérito destes resultados é um debate inútil e contraproducente pois sugere que as dinâmicas económicas reagem imediatamente a políticas orçamentais. Infelizmente, este governo não dispõe destes instrumentos e a gestão do país está a ser feita com base em duodécimos.

Não vale a pena, portanto, debater qual governo tem mais mérito, mas vale a pena debater o que deve o actual governo fazer neste novo contexto. É que o acelerar do crescimento económico desde o terceiro trimestre deste ano, o que acontece pela primeira vez em seis anos, significa que o governo guineense tem finalmente opções políticas e económicas de fundo à sua disposição, em vez de apenas tentar gerir uma crise financeira sem dispor de margem de manobra nenhuma.

Congratulo-me, pois, com a gestão das nossas finanças públicas efetuada pelo atual ministro das Finanças, Dr. João Aladje FADIA. Em momentos de crise financeira corta-se nas despesas para se evitar o agravamento do deficit e do consequente endividamento, e em alturas de crescimento económico, com maiores receitas fiscais e menos despesas, tem-se margem para gastar mais, aumentando salários e realizar despesas adiadas, sem aumentar muito o deficit público.

Precisamente porque a economia está a crescer, o Estado tem uma oportunidade única de conter os seus gastos de forma a conseguir anular o deficit público. O Estado pode também aproveitar para acumular uma almofada financeira elevada para reduzir o risco inerente à gestão da dívida.  Sobrará, ainda, folga para relançar uma política criteriosa de investimentos públicos estratégicos pois, essa sim, exige um debate aprofundado e um consenso alargado entre os diferentes órgãos da soberania.

Se este crescimento se mantiver o país estará em condições de contra-atacar a próxima crise, quando ela aparecer, seja a mesma provocada por uma nova crise financeira ou por qualquer crise politica. E se a crise não aparecer tão cedo, podemos finalmente começar a corrigir os erros do passado, reduzir o peso da divida e ganhar autonomia para o futuro. 

Por : Aliu Soares CASSAMA, mestre em economia
OdemocrataGB