sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Campanha eleitoral na Guiné-Bissau começa a 22 de Março

O decreto diz que o presidente fixou os prazos "depois de ouvir o governo, os partidos políticos e a Comissão Nacional das Eleições”.

A campanha para as eleições presidenciais e legislativas de 13 de Abril na Guiné-Bissau vai decorrer de 22 de Março a 11 de Abril de 2014, determinou o presidente do Governo de Transição através de um decreto presidencial divulgado hoje, 27.

Os potenciais concorrentes têm até 5 de Março para entregar os as suas candidaturas junto do Tribunal Supremo.

O decreto diz que o presidente fixou os prazos "depois de ouvir o governo, os partidos políticos e a Comissão Nacional das Eleições”.

As eleições gerais foram marcadas para 13 de Abril, após dois adiamentos.

Até agora, 10 personalidades anunciaram a sua candidatura às presidenciais, sendo a metade independentes.

Entre esses últimos, figuram o economista e ex-responsável do Banco Mundial, Paulo Gomes, o ex-ministro da Educação e ex-reitor da Universidade em Bissau, Tcherno Djalo assim como o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Domingos Quades.

Entre os candidatos declarados sob a bandeira de formações políticas figuram Abel Incada, do Partido da Renovação Social (PRS, oposição), Helder Vaz, da Resistência Guiné-Bissau/Movimento Bafatá (RGB, oposição) e de Iaia Djalo, do Partido Nova Democrácia (PND, oposição).

Campanha eleitoral na Guiné-Bissau começa a 22 de Março

O decreto diz que o presidente fixou os prazos "depois de ouvir o governo, os partidos políticos e a Comissão Nacional das Eleições”.

A campanha para as eleições presidenciais e legislativas de 13 de Abril na Guiné-Bissau vai decorrer de 22 de Março a 11 de Abril de 2014, determinou o presidente do Governo de Transição através de um decreto presidencial divulgado hoje, 27.

Os potenciais concorrentes têm até 5 de Março para entregar os as suas candidaturas junto do Tribunal Supremo.

O decreto diz que o presidente fixou os prazos "depois de ouvir o governo, os partidos políticos e a Comissão Nacional das Eleições”.

As eleições gerais foram marcadas para 13 de Abril, após dois adiamentos.

Até agora, 10 personalidades anunciaram a sua candidatura às presidenciais, sendo a metade independentes.

Entre esses últimos, figuram o economista e ex-responsável do Banco Mundial, Paulo Gomes, o ex-ministro da Educação e ex-reitor da Universidade em Bissau, Tcherno Djalo assim como o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Domingos Quades.

Entre os candidatos declarados sob a bandeira de formações políticas figuram Abel Incada, do Partido da Renovação Social (PRS, oposição), Helder Vaz, da Resistência Guiné-Bissau/Movimento Bafatá (RGB, oposição) e de Iaia Djalo, do Partido Nova Democrácia (PND, oposição).

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ramos Horta diz que eleições na Guiné-Bissau não podem ser adiadas

O representante especial do secretário-geral da ONU  para a Guiné-Bissau Ramos Horta disse hoje ao Conselho de Segurança das Nações Unidas estarem criadas as condições técnicas para a realização de eleições gerais a 13 de Abril e que não se devem considerar mais adiamentos.

Polícia regista 102 crimes/dia em 2013

Ambrosio de Lemos
Luanda – A Polícia Nacional registou em 2013 uma média de 102 crimes por dia, contra 114 delitos/dia do ano anterior, informou nesta quarta-feira o comandante-geral da corporação, Ambrósio de Lemos.

Falando em conferência de imprensa, em Luanda, no quadro do 38º aniversário da polícia que se comemora nesta sexta-feira, o também comissário-geral explicou que houve um trabalho de contenção para que a criminalidade não atingisse níveis elevados.

Fez saber que a corporação está muito preocupada com a criminalidade violenta, principalmente os homicídios voluntários por espancamentos até a morte, assaltos em residências, roubos de viaturas e a violência doméstica.

“A questão dos espancamentos é muito preocupante, porque demonstra a violência com que as pessoas utilizam para resolverem os seus problemas, daí o nosso repúdio”, frisou

Notou que a primeira acção da Polícia Nacional é a prevenção de delitos criminais e posteriormente a repressão, alertando ainda que o combate à criminalidade deve envolver outras instituições e a sociedade em geral.

De acordo com o comandante-geral da PN, dos 1249 homicídios voluntários registados em 2013, 457 foram por espancamentos, 603 por desentendimentos, 244 por rixas e 203 por questões passionais.

Adiantou que outros 359 homicídios voluntários foram praticados com armas brancas, 198 com armas de fogo, 13 por asfixia, 25 por queimaduras, 58 com objectos de arremesso, 39 com objectos contundentes, 17 com objectos perfurantes, um por carbonização e outro por estrangulamento.

Reconheceu que os homicídios com armas de fogo reduziram significativamente, em função do processo de desarmamento da população que decorreu em todo o país.

O Comissário-Geral Ambrósio de Lemos considerou, por outro lado, necessário que se realize uma campanha de sensibilização da população para a redução da violência doméstica e de alguns delitos que ocorrem na via pública.

“Às vezes algumas pessoas, só pelo facto de riscarem as suas viaturas, são capazes de entrar para agressão ou violência, quando podem muito bem resolver o pequeno ou grande incidente pela via do diálogo”, aconselhou.

Entretanto, a alta patente da PN disse que brevemente serão criadas as brigadas comunitárias de segurança.

As brigadas comunitárias de segurança são pequenos núcleos que nos bairros são organizados entre si e interagem com a PN para a denúncia de delinquentes e de comportamentos indevidos de certas pessoas. 
portalangop

Cabo-verdiano condenado a prisão perpétua nos Estados Unidos


Um cidadão cabo-verdiano residente nos Estados Unidos foi condenado a prisão perpétua por homicídio de primeiro grau.   Michael Barros, de 28 anos, foi condenado na sexta-feira após três dias de julgamento no Tribunal Superior de Brockton pelo assassinato de outro emigrante de Cabo-Verde - Moisés Vicente

Domingos Simões Pereira foi eleito legitimamente como novo líder do PAIGC - Benedito Sipandeni

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA - PRESIDENTE DO PAIGC
Luanda, - O docente universitário Benedito Sipandeni sublinhou nesta terça-feira, em Luanda, que o novo líder do PAIGC foi eleito legitimamente, em cumprimento dos estatutos deste partido guineense, já que o até então presidente, Carlos Gomes Júnior, encontra-se exilado em Portugal, na sequência do golpe de Estado que o afastou do poder, 12 de Abril de 2012.

Sipandeni foi entrevistado nesta terça-feira pela Angop para se debruçar sobre a eleição, a 10 de Fevereriro de 2014, de Domingos Simões Pereira, para a presidência do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o surgimento de vários militantes a solicitar o apoio da formação política para concorrerem nas presidenciais , previstas para 13 de Abril de 2014.

O analista sublinhou que a realização do VIII Congresso do PAIGC obedeceu aos estatutos internos deste partido histórico da Guiné-Bissau, já que o até então presidente, Carlos Gomes Júnior, encontra-se exilado em Portugal, na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, e o processo eleitoral foi considerado democrático e teve a legitimidade dos mais de 1200 delegados de todo o país que elegeram Domingos Simões Pereira à liderança do partido, entre três candidatos.

Por isso, o docente angolano acha que não deveria haver divergências sobre quem deveria ser candidato para a liderança do país, porque no conclave do PAIGC, Domingos Simões Pereira, foi eleito por 707 delegados, correspondendo a mais de 60 porcento dos votos.

"Sendo assim, Raimundo Pereira, de 50 anos de idade, será o candidato do PAIGC para o cargo de Primeiro-Ministro do próximo governo", enfatizou.

Embora a eleição na liderança do partido tenha decorrido bem, o presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Luis Melo, disse segunda-feira que no histórico partido guineense e com maior número de deputados no parlamento, registou, além do pedido de Carlos Gomes Júnior, o de nove outros companheiros.

Disse que em relação ao candidato do PAIGC à presidência da República, Domingos Simões Pereira, disse que o PAIGC não vai apoiar a candidatura de Carlos Gomes Júnior para o cargo de chefe de Estado, esta decisão, segundo o professor angolano, demonstra a existência de algumas clivagens internas no seio do partido, que já foram reconhecidas pelo novo líder, no seu discurso de vitoria no VIII Congresso.

Domingos Simões, além do exilado Carlos Gomes Júnior , refriu-se também no seu discurso, do também  ex-Presidente, Raimundo Pereira que também deixou o poder na sequencia do golpe de Estado de 2012.

Para já, caso venha a concorrer, Carlos Gomes Júnior resta-lhe apenas concorrer como candidato independente, apesar do PAIGC ainda não ter indicado o seu candidato ao cargo de Presidente da Guiné Bissau.

Esta divergência foi também confirmada por um alto quadro do partido, Luís Melo, que frisou que além do pedido de Carlos Gomes, há mais nove outros pretendentes, cuja solicitação, vai ser analisado pela plenária do Conselho Nacional de Jurisdição e o veredicto será comunicado à direcção superior do partido (uma espécie de tribunal do partido), composta por sete membros efectivos e dois suplentes.

Para o analista, as eleições em qualquer Estado democrático e de Direito servem para legitimar o poder político e as instituições do Estado, no caso concreto da Guiné-Bissau a votação foi adiada muitas vezes, devido a várias questões entre os quais a instabilidade político-militar.

 Acrescentando que Guiné-Bissau precisa de um governo e instituições fortes, para atrair os investidores estrangeiros que deverão ajudar no seu desenvolvimento, o que não daria um bom sinal, se no maior partido do país, ainda não há unanimidade a quem vai apresentar para a liderança do país.

Sublinhou que a instabilidade das eleições anteriores e o golpe de Estado de 2012  obrigou a intervenção militar da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental),  e até hoje há a falta de financiamento para a realização do escrutínio.

A Guiné Bissau tem registado uma onda de golpes de Estado e assassinatos de líderes políticos desde a sua independência de Portugal em 1974, o que não ajuda para a boa imagem do país.

No entanto, o Presidente Interino, Serifo Nhamadjo, ao estabelecer o dia 13 de Abril deste ano como data definitiva para a realização das eleições legislativas e presidenciais, considera que todas as condições estão reunidas para que se realizem eleições exemplares.

 Segundo fontes do PAIGC já manifestaram interesse de concorrer as presidencais de 13 de Abril, 10 pré-candidatos, entre os quais, Mário Lopes da Rosa, actual ministro das Pescas no Governo de transição, Luís Oliveira Sanca, governante desde os anos 1970 (foi ministro de várias pastas, a última das quais da Administração Territorial, até ao golpe de Estado de abril de 2012) e Francisco Benante, antigo presidente do Parlamento e antigo líder do PAIGC.
  
Estão também no mesmo grupo, Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro do PAIGC e Mário Cabral, embaixador da Guiné-Bissau no Senegal e ministro em vários governos desde os anos 1970.
Portalangop

Hélder Vaz anuncia candidatura à presidência da Guiné-Bissau

Ex-diretor-geral da CPLP e antigo ministro da Economia quer fazer do país a "Suíça de África"


O ex-diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Hélder Vaz anunciou esta quarta-feira que vai candidatar-se à presidência da Guiné-Bissau, e promete fazer "tudo diferente" para que o país se possa tornar na "Suíça de África" e concretizar o sonho de Amílcar Cabral.

"Acredito numa Guiné-Bissau positiva, com a excelência dos seus recursos humanos e recursos naturais ainda por explorar", disse Hélder Vaz à RDP África. Neste sentido, disse acreditar que a Guiné-Bissau pode "vir a tornar-se na 'Suíça de África', afirmar-se pela diferença e ser um país especial. Tudo depende dos seus filhos".  
  
Hélder Vaz referiu que a sua candidatura é "suprapartidária" e quando questionado sobre o que pode fazer pelo seu país, disse: Vou fazer tudo diferente". "Temos de nos reconciliar enquanto povo, de ter a capacidade de perdoar os infratores para que vitimas e perpetradores possam reconciliar-se na sua humanidade e acabem com os sentimentos de vingança. Temos de ser capazes de trabalhar em conjunto, de desenvolver um plano coletivo que some vontades e atenue as diferenças", escreveu o candidato na "1ª Mensagem aos Guineenses e Amigos da Guiné-Bissau", que serviu para lançar a sua candidatura.  
  
Hélder Vaz, de 54 anos, disse que é apoiado por "um conjunto de personalidades que pretendem mudar a Guiné-Bissau" e justifica assim a escolha do nome da candidatura: Aliança Patriótica para a Salvação da Guiné-Bissau. O candidato defendeu ainda que "chegou a altura de o poder político assumir o seu papel e da estrutura militar assumir o seu", considerando que "o papel dos militares é defender a Pátria das agressões externas". "Precisamos de dignificar a vida dos antigos combatentes e dar condições aos militares no ativo e na reserva para prosseguirem a sua vida com dignidade social e com oportunidades económicas para que possam ter escolha nas suas opções de vida e de futuro", disse, defendendo que os militares devem ser isentos "de influências e manipulações políticas".  
  
A Guiné-Bissau tem um historial de vários golpes de Estado nos últimos anos, tendo o último, a 12 de abril de 2012, afastado do poder o então Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que também anunciou na terça-feira a sua intenção de concorrer à presidência. 

Nascido em Bissau, licenciado em filosofia e mestre em administração e gestão publica, Hélder Vaz foi deputado no Parlamento da Guiné-Bissau (1994 -2004) e ministro da Economia e do Desenvolvimento Regional (2000-2001) no primeiro Governo de Coligação, constituído no seguimento da crise político-militar na Guiné-Bissau. Entre 1999 e 2004 foi Presidente da RGB - Movimento Bafatá, tendo sido Secretário-Geral do mesmo partido entre 1991 e 96. Após a extinção do RGB e uma derrota nas eleições legislativas de 2004, às quais se candidatou numa grande coligação de partidos da oposição, Hélder Vaz abandonou a política ativa e regressou a Portugal. De 2004 a 2007 esteve ligado à União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas e, antes disso, fora consultor de entidades como o PNUD, a USAID, o Trade and Investment Project Support e o Grupo Águas de Portugal. Assumiu o cargo de primeiro diretor-geral da CPLP a 31 de janeiro de 2008, em que se manteve até ao último dia 18.

A candidatura de Hélder Vaz às presidenciais de 24 de novembro próximo é a terceira a ser conhecida, depois de Carlos Gomes Júnior e Tcherno Djaló, antigo ministro da Educação. 
http://www.rtp.pt/rdpafrica/?t=Helder-Vaz-anuncia-candidatura-a-presidencia-da-Guine-Bissau.rtp&article=1586&visual=6&tm=10&headline=16


ONU quer novo cronograma eleitoral da Guiné-Bissau com urgência e flexibilidade


Relatório sobre a situação na Guiné-Bissau será analisado hoje, 26, pelo Conselho de Segurança da ONU.

O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, quer um novo cronograma eleitoral da Guiné-Bissau resolvido com "urgência" e "flexibilidade" por parte de todos os intervenientes, refere no último relatório sobre o país a que a agência Lusa teve acesso.  

"Registo, em particular, o impacto do prolongamento do recenseamento eleitoral nos prazos das tarefas chave que restam e apelo a todas as partes interessadas para tratarem do assunto urgentemente e com a necessária flexibilidade",pode ler-se no documento.  

O relatório datado de 14 de Fevereiro vai ser analisado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova Iorque, nesta quarta-feira, num encontro em que o representante especial da ONU em Bissau, José Ramos-Horta, vai participar a partir da capital guineense via teleconferência.

O presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, adiou na sexta-feira as eleições gerais de 16 de Março para 13 de Abril, mas ainda não são conhecidas as datas para outras fases do processo, como a entrega de candidaturas, publicação de listas e cadernos eleitorais ou campanha.  

"É crucial que o ímpeto e entusiasmo gerados pelo recenseamento eleitoral sejam mantidos durante a votação", acrescenta o relatório.  

Apesar de considerar que a situação de segurança no país permanece "estável", o documento refere que durante o período em análise (desde 19 de Novembro) "não houve processos significativos no que respeita à defesa dos direitos humanos e luta contra a impunidade".  

É também assinalado que "a situação social e económica continuou a deteriorar-se".

Segundo o relatório das Nações Unidas, "de acordo com dados provisórios, a situação financeira do tesouro do Governo de transição agravou-se no último trimestre de 2013", deixando mais trabalhadores públicos sem salários.  

http://www.voaportugues.com/content/a-onu-quer-novo-cronograma-eleitoral-da-guin%C3%A9-bissau-com-urg%C3%AAncia-e-flexibilidade-/1859325.html

Promovidos oficiais superiores do Ministério do Interior


Bissau - O Governo de transição, através do ministro do Interior António Suca Ntchama, promoveu esta terça-feira, 25 de Fevereiro, oficiais superiores, oficiais subalternos, sargentos e praças (coronéis), tenentes-coronéis, majores, capitães, tenentes, alferes e cabos.

O acto central desta cerimónia teve lugar nas instalações do Ministério do Interior, na presença de várias pessoas, entre familiares, amigos e conhecidos.

Falando durante a cerimónia, o ministro António Suca Ntchama explicou que o gesto apenas representa uma exibição pública destes insignes, tendo em conta que, entre as pessoas agora promovidas, todas já beneficiavam dos salários correspondentes a estas categorias. 

«O Governo já não se pode preocupar com as vossas situações, uma vez que já beneficiavam destes salários», disse António Suca Ntchama.

Além dos elementos da Polícia da Ordem Pública e do Serviço de Informação do Estado, a recém-criada força da Guarda Nacional tem o maior número de promoções, contabilizadas em mais 200 oficiais distinguidos.

O Ministério do Interior anunciou ainda para breve mais uma acção de promoção dirigida às pessoas que ainda não foram alvo de nomeações.

Em relação aos Polícias de Intervenção Rápida a PNN soube que, uma vez legalizada a sua situação e tendo em conta a especificidade das suas funções, os elementos afectos a esta força vão ser igualmente alvos de promoção às categorias de 1.º Sargento.

Fonte - (c) PNN Portuguese News Network

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Homem mais rico de África quer investir em Moçambique

Aliko Dangote
O nigeriano Aliko Dangote, considerado o homem mais rico de África, com uma fortuna avaliada em cerca de  20,2 biliões de dólares, está interessado em montar uma fábrica de cimento em Moçambique. Para o efeito, o empresário criou em Janeiro de 2014 a empresa Dangote Quarries Mozambique Limited, subsidiária do Grupo nigeriano Dangote, líder do sector do cimento em 14 países africanos onde opera, e tem uma capacidade de produção de cerca de 30 milhões de toneladas por ano.

Fazem parte da estrutura accionista da Dangote Quarries Mozambique Limited três empresários nigerianos e uma companhia sul-africana de exploração mineira que adquiriu em 2013 cerca de 1,5% das acções do grupo Dangote, num negócio que rendeu USD 290 milhões ao homem mais rico de África.

O grupo está também de olhos noutros sectores da indústria extractiva em Moçambique, em particular, investimento em refinaria de petróleo, açúcar e sal, para além da esfera de produção de bens alimentares e financiamento de acções de apoio a causas sociais.
http://www.voaportugues.com/content/homem-mais-rico-de-%C3%A1frica-quer-investir-em-mo%C3%A7ambique/1858735.html

Crise na Venezuela continua agora nas redes sociais


Na Venezuela, manifestantes montaram barricadas na capital da Venezuela nesta segunda-feira, prejudicando o tráfego, em meio aos chamados da própria oposição por maior controle nos protestos, depois da morte de pelo menos 11 pessoas em manifestações.

A maior onda de distúrbios na Venezuela desde ha uma década é o grande desafio enfrentado pelo presidente Nicolás Maduro e o seu governo de 10  meses, mas não há sinais de que ele possa sair do poder ou que os carregamentos de petróleo do maior exportador do produto da América Latina possam ser afectados.

José Ramos-Horta concluiu visita a vários sectores de Quinará


O Representante Especial do Secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, concluiu uma visita de trabalho à região sul de Quinará, onde foi recebido pelas autoridades locais e populares nas passagens por Buba, Fulacunda, Gampara, Gamdjabela, Nova Cintra e Empada. 

Em Buba, José Ramos-Horta foi recebido pelo governador, Mamadu Aliu Camara, que o acompanhou juntamente com os administradores locais, as Forças Armadas, a Guarda Nacional, a Polícia de Ordem Pública, a sociedade civil, régulos, Homens Grandes (Conselho de Anciãos) e líderes religiosos. 

Também integraram a comitiva representantes da União Africana e de agências das Nações Unidas como o Programa Alimentar Mundial (PAM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a par dos das unidades de Estado de Direito e Segurança das Instituições (ROLSI) e Informação Pública Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

A visita de dois dias, realizada no quadro do mandato do UNIOGBIS para a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau, partiu a 20 de Fevereiro de Buba a caminho do sector de Fulacunda, onde José Ramos-Horta foi recebido com as tradições da região.

«É uma surpresa, pensei que esta seria apenas mais uma visita à região e nunca esperei encontrar tão calorosas boas-vindas de milhares de pessoas. Fico muito sensibilizado», referiu o Nobel da Paz, acrescentando que «a ONU está na Guiné-Bissau para trabalhar no sentido de levar o país a sair da transição, com um novo Parlamento, Governo e Presidente, ajudando o povo a sair da crise, em paz, a caminho de um futuro de desenvolvimento».

O Representante Especial do Secretário-geral da ONU fez uma paragem para visitar uma escola na secção de Gã-Pará, acompanhado pelo representante do PAM para a Guiné-Bissau, Ussama Osman. 

Em Fulacunda, Ramos-Horta deu os parabéns à população pelo esforço cívico que culminou com a elevada percentagem alcançada no recenseamento eleitoral. 

«A ONU e a Comunidade Internacional não querem nem podem substituir os guineenses e os seus líderes, estão presentes como amigos e parceiros para apoiar as autoridades e o povo no regresso à ordem constitucional após dois anos de incerteza, com um processo eleitoral que devolverá o país ao concerto das nações», disse José Ramos-Horta.

«Os guineenses têm pela frente desafios muito grandes para fazerem face à extrema pobreza, mas devem ter esperança porque o país é rico, e confiar que haverá uma nova fase, com tranquilidade, e esperança numa vida melhor. Depois das eleições haverá uma conferência, com o novo Governo, para mobilizar recursos com os apoios do Banco Africano de Desenvolvimento (ADB), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Europeia (UE), a União Africana (UA), a ONU e países amigos», revelou. 

Em Gampara, o cadi (juíz muçulmano), Mamadu Mané, afirmou que «No nosso tempo nunca recebemos uma visita tão importante, a marcar um dia cheio de alegria para a população camponesa desta tabanca isolada, onde só se chega depois de um grande cansaço».

Na localidade de Gamdjabela, o Representante Especial da ONU depositou uma coroa de flores no mausoléu de Quemo Mané. Em Nova Cintra, José Ramos-Horta foi recebido com tradições e um convite do Presidente do Conselho Nacional da Juventude local, em nome da população de Bolama e Bijagós, para visitar a região.

Com a ordem constitucional restabelecida e o regresso da Guiné-Bissau ao concerto das nações, José Ramos-Horta prometeu ajuda internacional para melhorar a saúde, alimentação, educação, os transportes dos camponeses, a situação dos militares e dos polícias, num processo liderado pelo Governo eleito que herdará «uma tesouraria sem dinheiro, num quadro económico muito difícil».

«A subnutrição é muito elevada no país e o futuro depende de crianças saudáveis, sendo obrigação do Estado responder às aspirações do povo sofredor e tantas vezes enganado», assinalou. 

O Nobel da Paz visitou Empada na sexta-feira, e foi constituído padrinho da tabanca pelo administrador Romualdo Bubacar Candé, a quem se seguiram intervenções dos Homens Grandes (Conselho de Anciãos) da terra. 

Ouviu queixas de que, por falta de estrada, se estragam os produtos agrícolas - com destaque para o óleo de palma -, que não podem ser permutados com as outras tabancas, nem escoados para o mercado da capital. 

O Governador da região pediu apoio para a reconstrução das estradas e prometeu a dinamização de mercados semanais nas tabancas (lumu), visando libertar as populações do isolamento. 

À partida, o Ramos-Horta prometeu regressar para observar os preparativos das eleições e a participação dos partidos políticos, das autoridades civis, militares e do povo, na tabanca de Empada, já com iluminação pública em postes dotados de painéis solares, um projecto apoiado pelo UNIOGBIS. 

PM deposto e outros nove militantes do PAIGC querem apoio à presidência da Guiné-Bissau

Carlos Gomes Júnior
O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, figura entre dez militantes que solicitaram o apoio do PAIGC para se candidatarem às eleições presidenciais de 13 de abril, disse hoje à Lusa fonte da direção do partido.

De acordo com Luís Melo, presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), histórico partido guineense e com maior número de deputados no parlamento, o pedido de Carlos Gomes Júnior (Cadogo, como é conhecido), foi entregue, em carta, pelo seu advogado, no sábado. 

"Esse pedido, como de outros militantes, vai ser analisado pela plenária do Conselho Nacional de Jurisdição e o veredicto será comunicado à direção superior do partido", afirmou Luís Melo. 

A plenária do Conselho Nacional de Jurisdição (uma espécie de tribunal do partido), composta por sete membros efetivos e dois suplentes, deve reunir-se ainda hoje e o mais tardar até terça-feira irá terminar de analisar os pedidos de apoio. 

"Vamos analisar os pedidos conforme os requisitos exigidos, se constatarmos que algum pedido tem em falta algum documento, informamos a pessoa para no prazo de 24 horas o entregar", declarou Luís Melo. 

Após a verificação da documentação, o Conselho Nacional de Jurisdição envia para a direção do partido os pré-candidatos considerados elegíveis para serem submetidos a votação pelo Comité Central (órgão máximo entre Congressos) que, por sua vez, através de voto secreto, irá escolher o candidato a ser apoiado pelo PAIGC. 

A reunião do Comité Central está marcada para 01 e 02 de março, ou seja, o próximo fim de semana. 

Instado a revelar os nomes dos dez militantes do PAIGC que solicitaram o apoio do partido para as presidenciais, Luís Melo recusou-se, alegando ser competência da direção. 

Contudo, adiantou que o prazo da entrega dos pedidos terminou no domingo. 

Segundo fontes do partido no grupo dos 10 pré-candidatos estão Mário Lopes da Rosa, atual ministro das Pescas no Governo de transição, Luís Oliveira Sanca, governante desde os anos 1970 (foi ministro de várias pastas, a última das quais da Administração Territorial, até ao golpe de Estado de abril de 2012) e Francisco Benante, antigo presidente do Parlamento e antigo líder do PAIGC. 

Estão também no mesmo grupo, Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro do PAIGC e Mário Cabral, embaixador da Guiné-Bissau no Senegal e ministro em vários governos desde os anos 1970. 

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=719316&tm=7&layout=121&visual=49

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

África - Cerca de 500 imigrantes tentam entrar em Melilla


Cerca de 100 imigrantes subsarianos conseguiram entrar, esta manhã, na cidade espanhola Melilla localizada no norte de África. De acordo com a agência EFE foram cerca de 500 as pessoas que protagonizaram este “assalto muito violento”, sendo que apenas 100 conseguiram mesmo entrar na cidade.

Irritado com prisão do filho, policial civil chama militar de "macaco" em delegacia de BH

Uma confusão envolvendo um policial civil tomou conta da Ceflan (Central de Flagrantes) na noite do último sábado (22), no bairro Floresta, região leste de Belo Horizonte. De acordo com informações da Polícia Militar, o homem xingou militares do 22º Batalhão que estavam no local de vários termos de baixo calão. Por fim, ainda chamou um dos agentes de "macaco".

CPLP recomenda adesão da Guiné-Equatorial e anuncia envio de observadores a Bissau


Ministros dos Negócios Estrangeiros recomendaram aos Chefes de Estados lusófonos a adesão da Guiné-Equatorial na cimeira de Dili no Timor Leste, depois da suspensão de pena de morte por Malabo.

A adesão da Guiné-Equatorial a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP) vai ser adoptada numa resolução a ser submetida aos presidentes dos países membros durante a cimeira de Dili, em Timor-Leste, a ter lugar em Julho próximo.

Hoje, os ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, reunidos em Maputo, consideraram que a situação política na Guiné-Bissau continua a suscitar "forte preocupação" e que a persistência de graves incidentes "prova a fragilidade do Estado de Direito."

Entre os oito países que integram a comunidade lusófona, Portugal foi o único que demonstrava reticências à entrada deste país.

O governo de Malabo promete formar professores, difundir programas de televisão em português e  criar centros culturais no país para promover a língua portuguesa.

Essas iniciativas serão coordenadas pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), um organismo da CPLP.

No que toca à Guiné-Bissau, a CPLP diz disponível para enviar uma missão de observação eleitoral ao país, considerando que esse gesto "demonstra o empenho da organização em contribuir para o sucesso do processo eleitoral e para a sua credibilização interna e externa."

A CPLP declarou igualmente "urgente" a necessidade de um encontro entre o seu secretariado executivo e a Comissão da Cedeao (Comunidade de Estados da África Ocidental), de modo a coordenar ações no apoio ao processo de restauração da ordem constitucional e lançamento das bases para o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau."

O que as mães ensinam para filhas adolescentes


Tudo isso para a filha não distribuir a xerek antes da hora.
Comigo funcionou.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Parabéns Mariama Florença Iyere

Parabéns Mariama Florença Iyere
           Ufffa!! Tou muito felizhoje

Presidente de transição da Guiné-Bissau marca eleições gerais para 13 de abril


O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, marcou para o dia 13 de abril a realização das eleições gerais, dando sem efeito a anterior data de 16 de março.

Através de um decreto presidencial divulgado pelo gabinete de Serifo Nhamadjo a que a Lusa teve acesso, o chefe de Estado guineense anunciou que, ouvido o Governo de transição, os partidos políticos com ou sem assento parlamentar e as organizações da sociedade civil, é fixada a data de 13 de abril para a ida às urnas.

O Presidente considerou estarem reunidas todas as condições necessárias, nomeadamente após a realização "com sucesso" do recenseamento de raiz dos potenciais eleitores, um processo que atingiu 93 por cento.

Serifo Nhamadjo assinalou, no decreto presidencial, que o país se viu obrigado a mudar a data da realização das eleições de 16 de março para 13 de abril, tendo em conta os atrasos no fim do recenseamento tanto na Guiné-Bissau como na diáspora.

No dia 13 de abril, os guineenses vão escolher os deputados ao parlamento e um novo Presidente da República, acabando o processo de transição iniciado em abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado militar que destituiu os órgãos eleitos.

Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, promete "tolerância zero" a fraudes eleitorais


O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, prometeu hoje "tolerância zero" à fraude nas próximas eleições gerais.

O general falava aos jornalistas momentos após o encerramento de uma reunião de chefes militares de 14 países da África Ocidental, reunidos em Bissau desde segunda-feira.

"A fraude não poderá ter lugar. A segurança das próximas eleições será total. Serão eleições transparentes. Seremos duros contra a fraude. Vamos vedar todos os locais para que não haja fraude", declarou Indjai.

Segundo referiu, os militares estarão vigilantes em relação a quem perturbe a ordem pública.

O líder militar guineense foi saudado pelos seus pares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que lhe recomendarem medidas de segurança em relação às próximas eleições.

O chefe das Forças Armadas guineenses afirmou que vai tomar medidas em colaboração com os soldados da ECOMIB (contingente militar da CEDEAO instalado na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012) no sentido de tranquilizar o país.

António Indjai prometeu ainda garantir segurança a todos os candidatos concorrentes às eleições, marcadas para 16 de março, mas que os partidos políticos e o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, admitem sejam adiadas.

Entretanto, o presidente do comité de chefes de Estado-Maior de Forças Armadas da CEDEAO, o general Soumaila Bakayoko, da Costa do Marfim, afirmou no discurso de encerramento da 33.ª reunião que tudo indica que as eleições serão realizadas no dia 13 de abril.

Analisando a situação política na Guiné-Bissau, os chefes militares da CEDEAO concluíram que "o ambiente é calmo" e que as eleições estão a ser preparadas "com serenidade" para que venham a ter lugar a 13 de abril, disse Soumaila Bakayoko.

Os responsáveis militares da CEDEAO enalteceram igualmente o nível de cooperação existente entre as Forças Armadas da Guiné-Bissau e o contingente da ECOMIB (cerca de 750 militares e polícias), destacando as disposições elaboradas para assegurar o bom desenrolar das eleições.

Enfatizaram também as ações em curso no âmbito da reforma das forças armadas guineenses, nomeadamente as obras de reparação das casernas levadas a cabo por soldados do Senegal integrados no contingente do ECOMIB.

Fonte: Lusa

CPLP debate adesão da Guiné-Equatorial e situação na Guiné-Bissau


O encontro de Maputo dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é dominado pelo debate em torno da adesão da Guine Equatorial à CPLP e o apoio à Guiné-Bissau, que está em processo de preparação de eleições gerais.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Políticos são principais responsáveis por estado da Guiné-Bissau, diz Ramos-Horta


Porém, Ramos-Horta vê “uma esperança real de mudança” em alguns dos líderes mais novos, “altamente instruídos”, que agora estão a candidatar-se a cargos de poder
O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau responsabiliza, em primeiro lugar, as elites políticas pelo estado de um país "falhado em todos os sentidos”. 

“Os políticos é que manipulam os militares, incitando-os a apoiar uma fação ou outra”, acusa José Ramos-Horta, em entrevista publicada na edição de fevereiro/março da revista “The World Today”, do Chantham House, instituto britânico de análise internacional. 

As forças armadas guineenses têm sido “responsabilizadas por tudo o que se passa” no país, mas o representante especial do secretário geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau assume “uma visão ligeiramente diferente”. 

Ramos-Horta explica: “As elites políticas são os principais culpados pelo trágico estado de coisas, pela má gestão, pelo desperdício, pela corrupção e pelo empobrecimento da população. Os militares vêm em segundo lugar na minha lista de atribuição de responsabilidades.” 

O ex-Presidente de Timor-Leste vai mais longe e diz que “os militares apenas se juntaram ao grande assalto” levado a cabo pelas elites políticas que governam o país desde a independência. 

“A Guiné-Bissau é um Estado falhado em todos os sentidos”, classifica, enumerando “as qualidades de um Estado falhado” que encontra no país africano lusófono: serviços públicos “corruptos”, que “nem sequer pagam os salários aos seus funcionários”, forças de segurança sem controlo, uma justiça “incapaz” de julgar os “envolvidos no roubo atrevido e escandaloso do erário público” ou outros “acusados de crimes graves”. 

Porém, Ramos-Horta vê “uma esperança real de mudança” em alguns dos líderes mais novos, “altamente instruídos”, que agora estão a candidatar-se a cargos de poder. 

“Se eles forem eleitos, a comunidade internacional tem de os apoiar verdadeiramente. Doutra forma, estarão condenados. Existem demasiados interesses enraizados que vão resistir à mudança radical”, antecipa. 

Também há sinais de “esperança” nas forças armadas, onde existem “boas pessoas”, que defendem “a mudança”, acrescenta. 

Sobre as próximas eleições, agendadas para 16 de março, Ramos-Horta admite que “poderá haver um adiamento de uma semana ou duas”, mas isso “não será um problema”. 

O representante das Nações Unidas reconhece que o problema do tráfico de droga na região é “muito sério”, mas realça que, “se países poderosos, como Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China não conseguem eliminá-lo, não se pode esperar que os países da África Ocidental façam melhor”. 

O tráfico de estupefacientes, trazido às costas africanas por "gente de fora", destaca, “está a corroer países já bastante frágeis”. Recusando classificar a Guiné-Bissau como um “narco-Estado”, Ramos-Horta garante que, no último ano que passou no país, não viu “sinais de grande tráfico de droga”. 

Questionado sobre as similitudes entre a ajuda internacional à Guiné-Bissau e ao seu país de origem, Timor-Leste, Ramos-Horta reconhece que “os dadores estão cansados de 40 anos de golpes e instabilidade, corrupção e incompetência”, mas lamenta que a Guiné-Bissau seja um país “quase esquecido” e “subfinanciado”. 

Na sua opinião, “Portugal é dos poucos países que realmente se preocupa com a Guiné-Bissau”. Angola “tem os meios financeiros para investir realmente na Guiné-Bissau”, mas os políticos e militares locais “conseguiram antagonizar e alienar os angolanos, lamenta

http://www.ionline.pt/artigos/mundo/politicos-sao-principais-responsaveis-estado-da-guine-bissau-diz-ramos-horta/pag/-1

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Grande Entrevista: Balanço sucinto do período de transição – Porta-voz do governo de transição

Fernando Vaz
 O ministro de Estado, da Presidência de Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e Porta-voz do Governo reconheceu, na semana passada, num balanço antecipado do período transitório, que o Governo de Transição foi vítima de quase todos os parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, mas mesmo assim, segundo o governante, conseguiu cumprir com a sua missão prioritária.

VIII Congresso do PAIGC elege seus três vice-presidentes em Cacheu

Os três vice-presidentes são, designadamente, Carlos Correia, Hadja Satu Camará e Baciro Djá, noticiou a Rádio Difusão Nacional, a emissora pública nacional da Guiné-Bissau.

Entretanto, de acordo com a agência noticiosa PNN, o antigo líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior, considerou Domingos Simões Pereira, eleito líder do partido no domingo, dia 9, a pessoa certa para unir a família partidária e para a estabilidade da Guiné-Bissau.

Guiné-Bissau: Presidente do PRS felicita eleição de Domingos Simões Pereira


Numa carta datada de 10 de Fevereiro, em nome do Presidente do PRS, Alberto Nambeia, o partido disse ter conhecimento do expressivo acto de votação que ditou a eleição de Domingos Simões Pereira para Presidente do PAIGC. 

«Peço-lhe que aceite, em nome do PRS e em meu nome próprio, as mais calorosas felicitações e os votos de maior sucesso no exercício deste mandato que lhe foi confiado», lê-se na mensagem.

O PRS disse estar disponível para compartilhar politicamente com a nova direcção do PAIGC, para encontrar soluções urgentes e profundas sobre as graves crises que a Guiné-Bissau atravessa. 

Novo presidente do PAIGC apela à união e reconciliação do partido

Sede do PAIGC em Bissau

Domingos Simões Pereira, antigo secretário executivo da CPLP, foi eleito presidente durante o oitavo congresso do partido.

Domingos Simões Pereira mereceu a confiança de 707 delegados, contra 436 de Braima Camara e 15 de Aristides Ocante da Silva.

Além de expressar o seu agradecimento e respeito pelos seus adversários, Domingos Simões Pereira lançou um apelo de união e reconciliação no seio do PAIGC.

Numa abordagem analítica à vitória de Domingos Simões Pereira, Rui Landim, uma das vozes notáveis no panorama de comunicação sobre o contexto político guineense, perspectivou três cenários em presença.

"Transmite um novo fôlego à vida política no país, é um ponto de viragem para as novas gerações que estão em vias de assumir a liderança do partido e, do ponto de vista democrático, foi dada agora uma lição nessa área", resumiu.

Os dois candidatos, Braima Camara e Aristides Ocante da Silva, reconheceram logo a derrota.

Uma atitude política que para Rui Landim representa uma lição democrática extraordinária, num país onde historicamente as contestações de resultados de disputas democráticas internas ou de dimensão nacional regem a actuação dos autores políticos.

O analista avança com perspectivas do que que será o PAIGC nos tempos que vem, em caso dos protagonistas deste congresso convergirem as suas posições em volta do interesse comum.