sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

José Ramos-Horta faz balanço sombrio de 2013 na Guiné-Bissau e está pessimista sobre 2014


O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, faz um balanço sombrio de 2013 no país e está pessimista em relação ao próximo ano, de acordo com uma mensagem divulgada na Internet.

"Infelizmente, a população da Guiné-Bissau não vai poder celebrar um Natal em alegria, como era costume. O ano que termina foi um ano de sofrimento, desilusões, promessas quebradas, medo e impunidade", refere Ramos-Horta.

"Honestamente, não posso dizer que tenha havido progresso em direção à paz, boa governação, justiça e bem-estar", acrescenta o representante da ONU, que se diz "preocupado" com 2014, porque "nada garante que a situação venha a melhorar".

A mensagem foi divulgada na quinta-feira no portal do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas volta a alertar para a necessidade de realização de eleições.
A votação para as legislativas e presidenciais devia ter decorrido a 24 de novembro, mas foi adiada para 16 de março de 2014.

"O adiamento das eleições significa adiar a resolução dos principais problemas da Guiné-Bissau", com a comunidade internacional "muito cética" sobre a vontade dos políticos guineenses em encontrar soluções, considera Ramos Horta, alertando para que se não houver eleições a meio de março os problemas do país vão agravar

domingo, 15 de dezembro de 2013

Primeiro voo extraordinário desde a suspensão da ligação a Bissau está cheio

O voo extraordinário que a TAP organizou este sábado à noite para transportar de Bissau para Lisboa todos os que já tinham bilhete comprado para o voo da passada quinta-feira – que foi suspenso depois do embarque forçado de 74 passageiros sírios – está cheio.

Serão cerca de 140 os passageiros a fazer a viagem num avião fretado pela companhia aérea portuguesa à Senegal Airlines que os levará de Bissau até à capital senegalesa, Dacar, onde ficarão cerca de 35 minutos, e daí para Lisboa, informou a assessoria de imprensa da TAP. Em vez das cerca de quatro horas habituais, a viagem demorará mais uma hora. A hora de partida prevista de Bissau é as 20h45.

Detido suspeito de recrutar sírios que estão em Lisboa

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau deteve um homem de 51 anos suspeito de recrutar os 74 passageiros com passaportes falsos que viajaram na terça-feira num voo da TAP até Lisboa, disse hoje fonte daquela polícia à agência Lusa.

O homem, residente em Bissau e designado como um "empresário de comércio geral", foi detido na última noite e é apontado como o responsável que acompanhou os cidadãos estrangeiros, presumivelmente sírios, num voo de Marrocos até à capital guineense, referiu a mesma fonte.

Terá sido este suspeito a fazer todas as diligências no aeroporto para que o grupo entrasse na Guiné-Bissau e terá sido também ele quem os acompanhou durante a passagem pelo país, sublinhou.
O homem suspeito de ter estado no recrutamento a partir do exterior já tem um histórico de viagens até Marrocos, está agora detido nas instalações da PJ guineense e continuará a ser interrogado na segunda-feira, acrescentou.

Segundo a mesma fonte, a PJ está a tentar averiguar todos os detalhes, dado que "é natural o envolvimento de várias personalidades" e de "autoridades" no incidente com o voo da TAP de terça-feira, que levou à suspensão das ligações entre Portugal e a Guiné-Bissau.

Catherine Ashton, Alta Representante da União Europeia (UE), especificou na sexta-feira que foi "um membro superior das autoridades de transição da Guiné-Bissau acompanhado por militares" que obrigou a tripulação da TAP a transportar os 74 presumíveis cidadãos sírios com passaportes falsos.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3588431

Voo cancelado para a Guiné leva a intervenção policial

O cancelamento do voo da TAP com destino a Guiné-Bissau gerou conflitos no aeroporto de Lisboa que exigiram a intervenção da polícia. Os passageiros afirmam que não vão sair do local até que o problema seja resolvido.

"Só saio daqui para um avião com destino a Guiné", afirma ao DN a passageira Principelina Lopes, de 41 anos."Nós não somos animais, somos seres humanos", gritou um dos passageiros com voz embargada, dirigindo-se aos polícias que impediam o acesso ao balcão da empresa.

A informação do cancelamento do voo que sairia do aeroporto de Lisboa às 20.45 com destino à Guiné-Bissau, foi transmitida aos passageiros no meio da tarde. "Paguei 830 euros por um voo direto e de emergência para hoje. Por volta do meio-dia estive na agência de viagens e disseram-me para comparecer no aeroporto e fazer o check-in. Estou aqui desde as quatro da tarde e até agora [às 19.30] nada." Como Celeste Sá, de 39 anos, há dezenas de casos idênticos. As principais queixas apresentadas relacionam-se com a falta de informação, longas horas de espera para serem atendidos e os problemas causados pelo cancelamento da viagem.

Os funcionários da TAP já informaram aos passageiros que o voo será transferido para sábado, dia 14, mas ainda assim a empresa deixou claro que não é garantido. Enquanto isso, alguns passageiros estão a ser encaminhados para um hotel, em Lisboa.Outros continuam em frente ao balcão de serviços ao cliente à espera de soluções. Fonte do aeroporto disse ao DN que vários passageiros preferiram seguir viagem ainda no final da manhã no avião da Royal Air Marrocos, com destino a Guiné-Bissau com escala em Marrocos.

A situação está ainda relacionada com os problemas causados pelo voo de terça-feira com destino a Lisboa, que transportava 78 passageiros sírios com passaportes falsificados.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3585220

Declaração da Alta Representante da União Europeia Catherine Ashton através do seu porta-voz sobre a Guiné-Bissa

BRUSSELS, Kingdom of Belgium, December 14, 2013/African Press Organization (APO)/ – A Alta Representante exprime a sua profunda preocupação com o grave incidente acontecido no dia 10 de Dezembro onde um membro das autoridades de transição da Guiné-Bissau acompanhado por militares obrigaram a tripulação duma aeronave da TAP (Transportes Aéreos Portugueses) a transportar de Bissau para Lisboa 74 presumidos cidadãos sírios com alegados passaportes falsos, em total desrespeito do direito internacional.

Este incidente levanta sérias dúvidas sobre a realidade do Estado de direito na Guiné − Bissau e a vontade das próprias autoridades à respeitá-lo.

A Alta Representante exorta as autoridades de transição a tomar urgentemente as medidas adequadas para evitar qualquer repetição deste tipo de incidentes e a cumprir plenamente as suas obrigações jurídicas internacionais e nacionais.

A Alta Representante exorta igualmente as autoridades de transição a honrarem os seus compromissos para combater a impunidade e organizar eleições livres, justas e transparentes no dia 16 de Março de 2014, que permitam o regresso à Ordem

Constitucional, à Democracia e ao Estado de Direito na Guiné-Bissau.

 

A data de eleições para o dia 16 março de 2014 é imutável e inadiável” José Ramos-Horta ao Expresso Bissau


José Ramos-Horta ao Expresso Bissau
O Representante Especial do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, afirmou que a nova data marcada pelo Presidente da República de Transição para a realização das eleições é inadiável. Em entrevista exclusiva ao Expresso Bissau, o Nobel da Paz disse que se isso vier a acontecer, será um desaire para o povo guineense. Sublinhou que os guineenses devem trabalhar 24/24 horas para que a data seja cumprida, mesmo esquecendo as festividades do Natal.

Guiné-Bissau: Ministro dos Negócios Estrangeiros demite-se

Dr. Fernando Delfim da Silva
Na carta, o ministro responsabilizou "gente ligada à imigração e segurança" e avisou que o caso dos sírios não foi o único motivo que o levou a tomar a decisão.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mundial 2014: Homenagem a Nelson Mandela marca a cerimónia do sorteio



A cerimónia do sorteio para os oito grupos do Mundial de 2014, no Brasil, realizada esta sexta-feira, 6, na Costa do Sauipe, na Bahia, homenageou Nélson Mandela, falecido ontem.

“Um minuto de silêncio em memória do grande líder sul-africano Nelson Mandela. O Brasil e o povo brasileiro se inclinam diante da sua memória”, disse a presidente brasileira Dilma Roussef, antes de fazer a sua intervenção na cerimónia de abertura.

Ex-ministro finanças faleceu aos 56 anos



Abubacar Demba Dahaba
 O ex-ministro das Finanças da Guiné-Bissau Abubacar Demba Dahaba faleceu esta quinta-feira vítima de ataque cardíaco. O antigo governante ainda foi levado durante a tarde de ontem para a clínica das Nações Unidas em Bissau, mas não sobreviveu. 


Nelson Mandela death: South Africa and World Mourn

Nelson Mandela 1918 - 2013
South Africans have gathered in Johannesburg and Soweto to mourn their former leader, Nelson Mandela, who died on Thursday aged 95.

Crowds paid tribute, dancing and singing in front of Mr Mandela's former home in Soweto throughout the night.

Flags flew at half mast after President Jacob Zuma announced his death in a late night national TV address.

Mr Mandela spent 27 years in jail before becoming South Africa's first black president in 1994.
His administration replaced the racist white-minority regime that had enforced segregation of black and white people in a policy known as apartheid.

Mr Mandela went on to become one of the world's most respected statesmen.

A service of national mourning is expected to be held at a 95,000-seater stadium on the outskirts of Johannesburg on Monday.
His body will then lie in state for three days in the capital, Pretoria, before being taken for a state funeral in the village of Qunu in the Eastern Cape, where he grew up.

"God was so good to us in South Africa by giving us Nelson Mandela to be our president at a crucial moment in our history," said long-time ally Archbishop Emeritus Desmond Tutu.
At a service in Cape Town on Friday, he said Mr Mandela had "taught a divided nation to come together".

Mr Mandela had been suffering from a lung illness for a long time. He had been receiving treatment at home since September, when he was discharged from hospital.

As soon as the news broke, small crowds began to gather in Soweto's Vilakazi Street, where Mr Mandela lived in the 1940s and 1950s.

They chanted apartheid-era songs, including one with the lyrics: "We have not seen Mandela in the place where he is, in the place where he is kept."

The announcement of Mandela's death was made by President Jacob Zuma By daybreak, dozens more had gathered.

"We are celebrating his life and all that he did for us," said one of the mourners, Terry Mokoena.
Across the world, leaders, celebrities and members of the public have been paying tribute.

Queen Elizabeth II said she was "deeply saddened" to learn of Mr Mandela's death. "He worked tirelessly for the good of his country, and his legacy is the peaceful South Africa we see today," a statement issued by Buckingham Palace said. "Her Majesty remembers with great warmth her meetings with Mr. Mandela and sends her sincere condolences to his family and the people of South Africa at this very sad time."

When Africans mourn, they do it through song, dance and music. So as South Africans awoke to news of Nelson Mandela's death, crowds had begun gathering outside his homes in Houghton and Soweto.

They are mourning him through songs of struggle and church hymns. One of the songs is "Nelson Mandela ha hona ea tshwanang le yena" which in Sotho means there is no-one like Nelson Mandela.

This song and many others like it encapsulate the deep sense of loss here and the realisation that his passing marks the end of an era. Even South Africans who had never met him had made a special place for him in their hearts. They will remember him as the father of the nation, who brought an end to apartheid and delivered the nation from the brink of civil war.

The mood is a combination of sombreness and reflection. His passing has brought unity amongst South Africans as black and white speak of their love for him.
Many here will be drawing on that same spirit for strength, that "Madiba magic" over the next few days and weeks.

"He achieved more than could be expected of any man. Today, he has gone home," said US President Barack Obama.

UN Secretary General Ban Ki-moon called him "a giant for justice and a down-to-earth human inspiration".

Flags are flying at half-mast on government buildings in Washington DC, Paris and across South Africa. World football body Fifa also ordered its flags to be lowered.

The parliament in Pretoria is expected to hold a special joint session to reflect on Mr Mandela's life and legacy. Books of condolence will be opened at public buildings in South Africa and at the country's embassies throughout the world.

Next Monday is expected to be the start of South Africa's official mourning, with a service in Soweto's FNB stadium. Mr Mandela's body will lie in state for three days at the Union buildings in Pretoria before a funeral is held on Saturday in Qunu, the village in Eastern Cape where he was born.

The BBC's Mike Wooldridge in Johannesburg says South Africa will never have seen a state funeral like it, with leaders, dignitaries and other admirers of the former president expected from all over the world.

It will be a huge logistical challenge, especially given the remoteness of Qunu, our correspondent adds.

In his TV address, Mr Zuma said Mr Mandela had died shortly before 21:00 local time (19:00 GMT).

"Our nation has lost its greatest son," Mr Zuma said. "Although we knew that this day would come, nothing can diminish our sense of a profound and enduring loss."

Mr Mandela won admiration around the world when he preached reconciliation after being freed from almost three decades of imprisonment.

He was awarded the Nobel Peace Prize in 1993 along with FW de Klerk, South Africa's last white president. Mr de Klerk, who ordered Mr Mandela's release from jail, called him a "unifier" and said he had "a remarkable lack of bitterness". He told the BBC that Mr Mandela's greatest legacy was that "we are basically at peace with each other notwithstanding our great diversity, that we will be taking hands once again now around his death and around our common sadness and mourning".

Mr Mandela had rarely been seen in public since officially retiring in 2004. He made his last public appearance in 2010, at the football World Cup in South Africa.

Roving diplomat Born in 1918, Nelson Mandela joined the African National Congress (ANC) in 1943, as a law student. He and other ANC leaders campaigned against apartheid.

Initially he campaigned peacefully but in the 1960s the ANC began to advocate violence, and Mr Mandela was made the commander of its armed wing.

He was arrested for sabotage and sentenced to life imprisonment in 1964, serving most of his sentence on Robben Island.

FW de Klerk: Mandela "was a great unifier" It was forbidden to quote him or publish his photo, but he and other ANC leaders were able to smuggle out messages of guidance to the anti-apartheid movement.

He was released in 1990 as South Africa began to move away from strict racial segregation - a process completed by the first multi-racial elections in 1994.

Mr Mandela served a single term as president before stepping down in 1999.

After leaving office, he became South Africa's highest-profile ambassador, campaigning against HIV/Aids and helping to secure his country's right to host the 2010 football World Cup.
He was also involved in peace negotiations in the Democratic Republic of Congo, Burundi and other countries in Africa and elsewhere.

A service of national mourning will be held at the FNB stadium in Soweto before Mr Mandela's body lies in state in the capital Pretoria. A state funeral will then take place in the village of Qunu, near his childhood home Mvezo.

1918 Born in the Eastern Cape
1943 Joins ANC
1956 Charged with high treason, but charges dropped after a four-year trial
1962 Jailed for five years for incitement and leaving country without a passport
1964 Charged with sabotage, sentenced to life
1990 Freed from prison
1993 Wins Nobel Peace Prize
1994-99 Serves as president
2004 Retires from public life
2010 Last major public appearance at football World Cup in Johannesburg

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Operation Dead-Mouse Drop



In this photo taken on Feb. 5, 2013, a Brown Tree Snake is held by U.S. Department of Agriculture wildlife specialist Tony Salas
 A group of 2,000 dead mice equipped with cardboard parachutes have been airdropped over a United States Air Force base in Guam in order to poison brown tree snakes.

It may sound like the plot to an animated movie starring the vocal talents of Gilbert Godfried, but we assure you this is actually happening.

NBC News reports that the dead mice were pumped full of acetaminophen, the active ingredient in Tylenol. The hope is that the snakes, which are invasive to the area and cause harm to exotic native birds and the island's power grid, will be drawn to the toxic rodents, eat them, and then croak. Other animals face minimal risk, reports the Air Force Times.

Dan Vice, the Agriculture Department's assistant supervisory wildlife biologist for Guam, told KUAM that the mice are dropped in a time sequence from low-flying helicopters. Each rodent is strung up to a tiny parachute made of cardboard and tissue paper. "The cardboard is heavier than the tissue paper and opens up in an inverted horseshoe," Vice said. "It then floats down and ultimately hangs up in the forest canopy. Once it's hung in the forest canopy, snakes have an opportunity to consume the bait."

So how will workers know if the plan is working? After all, it's not like the mice can radio back to base. Or can they? The workers behind the plan told NBC News that some of the mice will have data-transmitting via radios.

The mission is part of an $8 million program from the Interior and Defense departments, Phys.org reports. If the mission is successful, experts may expand it to other parts of Guam. In other words, maybe a sequel is forthcoming.

Violência Contra a Mulher: Angola regista cerca de dois mil casos todos os dias

Mulheres angolanas contra a violência contra a Mulher

No âmbito dos 16 dias de activismo pelo fim da violência contra a mulher, uma campanha da Amnistia Internacional, falámos com Delma Monteiro e Susana Mendes, duas mulheres angolanas que têm estado envolvidas em campanhas nacionais sobre questões do género.

Delma Monteiro defende que as instituições angolanas “ainda não estão preparadas para dar resposta aos casos de violência doméstica que ocorrem no país todos os dias” e, na perspectiva campanha da activista da Associação Justiça Paz e Democracia, também consultora para as questões do género e do VIH-SIDA, existem duas esferas distintas de violência contra a mulher: Institucional, quando é desrespeitada nos serviços públicos, nos hospitais, etc., e a doméstica, quando é desrespeitada pelo seu parceiro e muitas vezes com a conivência da família, que considera justa a punição pelo companheiro sempre que aquela não cumpre com as tarefas domésticas.

Delma Monteiro descreve que a mulher é duplamente vitimizada: “ela é agredida pelo parceiro e quando vai prestar queixa é questionada pela polícia por que motivo fez algo que o marido não gosta”.

O panorama de violência doméstica e contra a mulher ainda não é o melhor, na óptica das entrevistadas. Apesar das estatísticas “precárias”, segundo Delma, os últimos números apontam para cerca de dois mil casos diários, revela Susana Mendes, directora do gabinete de projectos do Fórum das Mulheres Jornalistas angolanas.

Ambas concordam que o trabalho tem sido feito, mas que ainda é um processo longo, que precisa de mais organismos envolvidos, além do Ministério da Família, e que os interlocutores “sejam as pessoas certas para fazê-lo”.

A lei não chega

Susana Mendes chama ainda a atenção para o número de casos não denunciados e Delma Monteiro destaca o município do Cazenga, em Luanda, como um dos municípios que regista mais casos de agressão contra a mulher.

Igualmente preocupante é a falta de preparação das autoridades para lidar com estes casos, muito embora exista uma lei, Delma Monteiro diz que é um documento genérico que precisa de regulamentação, que Angola ainda não tem.

“A lei por si só de nada serve”, acrescenta Susana Mendes, reforçando que “a impunidade gera violência”.

“As agressões continuam porque continua a haver impunidade do agressor. Muitos dos casos não são devidamente tratados, ficamos a saber que houve agressão através dos media, mas depois não temos a noção de como terminou o caso”, relata, reagindo também à morte de Márcia Salupendo, jornalista da Rádio 5 na Lunda Norte, que foi brutalmente espancada pelo seu companheiro, Chimbalanga Mariano, Secretário para a Informação do MPLA, no Lucapa. Márcia não resistiu aos ferimentos e morreu a 23 de Novembro, tinha 29 anos.

Os 16 dias de activismo pelo da violência contra a mulher tiveram início a 25 de Novembro e terminam a 11 de Dezembro.

Em Luanda realizou-se também uma conferência nacional de dois dias sobre Violência contra a Mulher e Violência Doméstica, aberta pelo ministro da saúde, José Van-Dúnem.
http://www.voaportugues.com/content/violencia-contra-a-mulher-angola-regista-cerca-de-dois-mil-casos-todos-os-dias/1802838.html 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Chikoti mentiu", acusa dirigente islâmico

“Quando uma ministra afirma nos órgãos públicos que o Islão não faz parte da nossa cultura as entidades não podem vir refutar que não estão contra o islão”

Ramos-Horta denuncia partidos políticos com milícias armadas



Bissau - O Representante do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, denunciou, este fim-de-semana, 30 de Novembro e 1 de Dezembro, que existem no país formações políticas com «milícias armadas».

José Ramos-Horta afirmou que há elementos armados no país, para além das Forças Armados da Guiné-Bissau e da Polícia de Ordem Pública, sublinhando a necessidade de se proceder ao desarmamento deste grupo que classificou como «milícias armadas».

«É necessário que os partidos políticos, aqueles que tiverem elementos ou milícias armadas, se desarmem, porque não podem haver num país como a Guiné-Bissau ou num país civilizado, milícias armadas.

Neste país há elementos armados além das polícias e dos militares», confirmou José Ramos-Horta. Neste sentido, o Chefe do gabinete da ONU em Bissau apelou aos militares, enquanto autores do golpe de Estado do ano passado, no sentido de prestigiarem a imagem do tempo da luta armada de libertação, e de mudarem dando um passo em frente rumo ao reencontro do povo, alterando o comportamento e evitando imiscuir-se na vida pública.

Segundo Ramos-Horta deve evitar-se qualquer comportamento de indisciplina e de ameaça à população civil, o que não exige muito, apenas uma declaração pública de compromisso solene, passando aos actos e visando o respeito ao Estado de direito e à democracia, de forma a não intervir no processo democrático, no poder judicial e na actividade dos jornalistas.

O Representante do Secretário-geral da ONU deu a entender que tem sido ouvido pelas chefias militares e citou o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, sublinhando que o sinal de esperança seria muito maior se os responsáveis militares o ouvissem e seguissem os seus conselhos, de forma a alterarem os seus comportamentos e não se envolverem na vida política.

José Ramos-Horta pretende que a liderança militar não continue a ser uma ameaça que paira no ar para os políticos, tendo sublinhado o factor «diálogo» para eliminar as dúvidas, os medos e as desconfianças.

O ex-Presidente timorense disse que os militares guineenses são temidos pelo seu povo, o que não deve acontecer no pleno século XXI.

«Os militares devem reconciliar-se com a nação porque não pode haver Exército que seja temido pelo povo. Este deve ser respeitado conforme rege a Constituição mas, no caso da Guiné-Bissau, os militares são temidos pelos guineenses devido aos seus actos ou pelos recentes acontecimentos», explicou o Nobel da Paz, em declarações à rádio on-line «gumbe.com».

sábado, 30 de novembro de 2013

Presidente José Eduardo dos Santos internado em Espanha

Segundo a RTP, canal de televisão português, o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos está internado numa clínica em Barcelona.

Recenseamento eleitoral guineense arranca no domingo

O Governo de Timor Leste entregou hoje às autoridades guineenses de transição um cheque de 500 mil dólares para custear as operações do recenseamento eleitoral, que devem arrancar no domingo com registo do presidente de transição, Serifo Nhamadjo, no bairro militar em Bissau.

Entrevista: “Não pode haver um exército em pleno século XXI que seja temido pelo povo” – José Ramos-Horta

Bissau (GBissau.com, 30 de Novembro de 2013) – Numa entrevista recente com a GBissau.com e a Rádio Gumbe.com, o Representante Especial das Nações Unidas na Guiné-Bissau teceu fortes críticas contra as Forças Armadas do país.

Guiné-Bissau: Militares põem reservas a reforço da ECOMIB

As Forças Armadas guineenses consideram ser o Governo quem deve decidir se vale ou não a pena reforçar o contingente militar da CEDEAO na Guiné-Bissau, perante o delicado processo eleitoral em

Nigéria apoia processo eleitoral na Guiné-Bissau

Entre os bens doados pela Nigéria à CNE da Guiné-Bissau constam vinte e uma viaturas todo-o-terreno, vinte e cinco computadores e um cheque no valor de 6 milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros), destinados a contribuir para o Orçamento eleitoral guineense, avaliado em cerca de 20 milhões de dólares (perto de 15 milhões de euros).

Guiné-Bissau: Governo questionado no Parlamento

Na Guiné-Bissau, os parlamentares interpelaram os membros do Governo de Transição sobre vários assuntos de governação em curso no país.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ex-fumante, garoto indonésio de 5 anos agora luta contra obesidade


Aldi Rizal é um garoto indonésio que hoje tem 5 anos e já é conhecido no mundo todo. O motivo, porém, não é dos melhores: ele chocou a todos quando teve divulgado vídeo no qual, com apenas 3 anos, fumava cigarros sem parar. Livre do vício na nicotina, hoje ele luta contra a obesidade.

Após tratamento psiquiátrico financiado pelo governo da Indonésia, que inclusive resolveu fazer campanha contra o fumo infantil por conta de Aldi, o garoto largou os cerca de 40 cigarros diários. Desde então, porém, ele desenvolveu compulsão por comida e passou a preocupar por conta da obesidade.

“Muitas pessoas ainda oferecem cigarros a Aldi, mas ele recusa. Quando ele parou de fumar, pedia muitos brinquedos. Ele batia sua cabeça contra a parede se não conseguisse o que queria. Foi por causa do seu temperamento que comecei a dar cigarros. Agora eu não dou cigarros, mas ele come muito. Morando com tantas pessoas, é difícil impedi-lo de conseguir comida”, afirma Diane Rizal, mãe de Aldi, ao britânico Daily Mail.

Com 24kg, Aldi deveria pesar apenas 17kg segundo os médicos e pode ver seu quadro piorar por conta da compulsão por comida. Especialistas acreditam que apenas tratamento psiquiátrico intensivo seria capaz de livrar a criança de sua compulsão, seja ela por cigarros ou comida.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

domingo, 17 de novembro de 2013

Guiné-Bissau/tráfico de menores: pobreza faz com que pais entreguem os filhos -UNICEF

Em 2012 esse número foi de 308 e em 2011 foram detetados 540 casos.

Eleições na Guiné-Bissau marcadas para 24 de Novembro de 2013

No passado dia 28 de Junho o governo provisório da Guiné Bissau, saído do golpe de estado de 12 de Abril de 2012, apoiado pelos militares, definiu o dia 24 de Novembro de 2013 como a data para as eleições e o início da reposição de um Estado democrático. Após um ano de impasse, e de muita pressão internacional, o actual governo viu-se obrigado a mostrar progressos tendentes à reposição de uma legalidade política, aceite interna e externamente. Neste sentido os dois principais partidos acordaram, num “Pacto de Regime” para a partilha do poder, marcar eleições e prosseguir as reformas e reconstrução do Estado, a fim de fortalecer a governação, a justiça e a normal actuação das instituições. Tudo isto conseguido com a marginalização de alguns líderes políticos, mais ambiciosos, e o afastamento dos militares do processo, medida imposta pelos EUA e por pressões regionais.

Guiné-Bissau: Presidente de transição anuncia data das eleições Gerais

Bissau - O Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, anunciou, esta sexta-feira, 15 de Novembro, que as eleições Gerais na Guiné-Bissau vão decorrer a 16 de Março de 2014.

Crianças guineenses salvas da mendicidade e prostituição

As autoridades da Guiné-Bissau recuperaram seis dezenas de crianças que estavam a ser transportadas ilegalmente para a vizinha Gâmbia