quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO PROSSEGUE A SUA VISITA OFICIAL À ESPANHA COM UMA AGENDA CARREGADA.

Esta tarde o Chefe de Estado guineense, General Ùmaro Sissoco Embalo recebeu e manteve uma reunião com Embaixadores dos Estados Membros da CEDEAO acreditados em Madrid.





Presenting Oscar, The Modular Body

Putin pede à Defesa que impeça bombardeamentos nas regiões fronteiriças

© Reuters

POR LUSA  01/02/23 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu hoje ao Ministério da Defesa que impeça os bombardeamentos nas regiões russas junto à fronteira com a Ucrânia, em particular Belgorod, Kursk e Briansk.

"A tarefa prioritária consiste em eliminar a possibilidade de bombardeamentos, mas esse assunto compete ao departamento militar", sublinhou o chefe do Kremlin no decurso de uma reunião sobre o apoio às populações das regiões fronteiriças.

Putin referiu-se especificamente ao apoio para os residentes da anexada península da Crimeia e das regiões de Belgorod, Kursk e Briansk, cujas "casas e apartamentos foram danificados ou destruídos devido aos bombardeamentos por parte de formações neonazis", numa referência a unidades militares ucranianas.

"Muitas pessoas encontram-se em situação difícil: perderam os seus pertences, foram forçadas a transferir-se para casa de familiares ou para residências temporárias, enfrentaram interrupções no fornecimento de água, aquecimento e eletricidade", disse.

Putin também admitiu que os problemas que enfrentam estas populações "são muito graves" e sustentou "ser necessário reparar ou compensar a perda de casas, apartamentos, outras propriedades, devolver a energia, calor e instalações de abastecimento de água e a operatividade normal".

"A solução para estes problemas não deve ser afetada por procedimentos burocráticos. É necessário atuar com rapidez e eficácia", frisou.

O governador de Belgorod, Viacheslav Gladkov, o seu homólogo de Kursk, Roman Starovoit, e de Briansk, Alexandr Bogomaz, têm denunciado ao longo do último ano múltiplos ataques atribuídos às forças ucranianas.

No decurso da reunião por videoconferência com Putin, o governador de Briansk disse que 235 habitações foram danificadas desde o início da campanha militar russa na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, enquanto em Kursk terão sido atingidos 26 edifícios de apartamentos e 379 casas, de acordo com o responsável por esta região russa.

Na Crimeia também foram registados bombardeamentos, como em agosto passado contra bases militares atribuídos à Ucrânia, e em outubro na explosão na ponte de Kerch, que ainda não foi reivindicado.

Putin também se referiu às restantes quatro regiões ucranianas anexadas em setembro passado após referendos não reconhecidos internacionalmente: Zaporijia, Kherson, Lugansk e Donetsk, onde o Governo russo iniciou a reconstrução de habitações, instalações sociais, estradas e redes de comunicação "nos locais onde terminaram as hostilidades", segundo indicou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Putin assina decreto que permite maior perseguição a 'terroristas'

Rússia denuncia ataque a estação do oleoduto de Druzhba

© Getty Images

POR LUSA  01/02/23

A empresa estatal russa Transneft, que opera os oleodutos russos, denunciou hoje um ataque perto da fronteira com a Ucrânia contra uma estação de fornecimento do oleoduto de Druzhba, que fornece petróleo à Europa.

"Em resultado do impacto do projétil em território da estação, não há feridos e os danos estão a ser sanados pelas equipas de reparação. O oleoduto Druzhba está a funcionar normalmente", disse o porta-voz da Transneft Igor Demin à agência oficial russa TASS.

A estação de Novozibkovo, localizada na região de Bryansk que faz fronteira com a Ucrânia, só arranca quando há uma sobrecarga, o que aconteceu no ano passado, disse a fonte.

Na mesma linha, o ministro da Energia russo, Nikolai Shulguinov, assegurou que o ataque não tinha alterado o funcionamento do Druzhba, que tem dois ramais, um norte (Bielorrússia, Polónia, Alemanha, Letónia e Lituânia) e um sul (Ucrânia, República Checa, Eslováquia, Hungria e Croácia).

O governador de Bryansk, Alexandr Bogomaz, acusou na terça-feira à noite o Exército ucraniano pelo ataque, que abriu uma cratera de 20 metros.

De acordo com a fonte, duas pequenas aldeias nas proximidades ficaram sem eletricidade durante várias horas.

O ataque ocorreu precisamente quando o Cazaquistão anunciou planos para fornecer petróleo cazaque à Alemanha a partir da primeira quinzena de fevereiro.

"O ministro da Energia do Cazaquistão, Bolat Akkulakov, disse à EFE que o primeiro carregamento, de 20.000 toneladas, será entregue na primeira quinzena de fevereiro.

Demin disse que o oleoduto de Druzhba já estava pronto para fornecer o petróleo cazaque "através da Rússia, Bielorrússia, Polónia até à Alemanha através do ramal norte do Druzhba".

As sanções da União Europeia (UE) incluem um embargo ao petróleo russo que chega por via marítima e isenções para o petróleo que chega por oleoduto a países sem acesso ao mar a Hungria, a República Checa e a Eslováquia.

Estima-se que o Cazaquistão poderia enviar até 300.000 toneladas de petróleo bruto por esta rota durante o primeiro trimestre de 2023, de um total de 1,2 milhões de toneladas por ano acordado pelo operador cazaque KazTransOil e Transneft.


Leia Também: Afinal, Bakhmut "ainda" não foi cercada, diz chefe do grupo Wagner


Leia Também:  Apreendidos 500 kg de droga em caixas de fruta em Espanha. Há 38 detidos

DIPLOMACIA: PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ-BISSAU INICIA HOJE A SUA VISITA OFICIAL AO REINO DE ESPANHA

Com:  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco Embaló deu esta manhã inicio a sua visita Oficial de 2 dias ao Reino de Espanha. 

O General Umaro Sissoco Embalo é o primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau a realizar uma visita oficial a Espanha.

Foi recebido pelo Rei de Espanha Sua Majestade Filipe VI no Palácio da Zarzuerla. 

Manteve antes uma reunião com o Presidente do Governo,  Pedro Sanchez, no Palácio de Moncloa.

A cooperação guineense-espanhola e o seu actual estado, bem como o desejo comum dos dois países em alargá-lo a todos os niveis, foram os pontos mais importantes discutidos.

No decurso desta visita oficial, o Chefe de Estado guineense manterá um encontro com os maiores empresários espanhóis de diferentes ramos.


Leia Também: 

Guiné-Bissau e Espanha reiteram intenção de estreitar relaçõe

© Lusa

POR LUSA  01/02/23

Espanha e Guiné-Bissau reiteraram hoje a intenção de "continuar a estreitar" as relações bilaterais, depois de há duas semanas Madrid ter anunciado que iria retomar o programa de cooperação com Bissau.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, recebeu hoje o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Umbaló, em Madrid, e durante o encontro, os dois "sublinharam a importância de continuar a estreitar as relações políticas, económicas e de cooperação", segundo um comunicado do Governo de Espanha.

Sánchez abordou também com Sissoco Umbaló, segundo o mesmo comunicado, a presidência espanhola da União Europeia, que Espanha assume no segundo semestre deste ano e já disse que terá África entre as suas prioridades.

O Governo espanhol, na nota hoje divulgado, lembrou que a Guiné-Bissau tem neste momento a presidência rotativa da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e acrescentou que Sánchez "transmitiu o apoio de Espanha a este organismo chave na manutenção da estabilidade na região, assim como na defesa da democracia e da boa governança na África Ocidental".

Nesta passagem por Madrid, Umaro Sissoco Umbaló tem ainda na agenda de hoje um encontro e um almoço com o Rei de Espanha, Felipe VI.

Em 12 de janeiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, durante uma visita a Bissau, anunciou que Espanha iria retomar o programa de cooperação com a Guiné-Bissau.

"O primeiro objetivo desta visita é retomar esta relação entre Espanha e Guiné-Bissau num momento em que a África Ocidental se encontra numa situação complexa, difícil como não estava há muitos anos, e onde a Guiné-Bissau tem demonstrado como se pode estabilizar e caminhar para a democracia", afirmou José Manuel Albares, o primeiro chefe da diplomacia espanhola a visitar a Guiné-Bissau em 14 anos.

"Espanha quer reforçar, atualizar e revitalizar os seus laços com toda a África Ocidental e também com a Guiné-Bissau", disse, salientando a importância da Guiné-Bissau para Espanha, país que está disponível para trabalhar com a região no setor da segurança e na luta contra o tráfico humano e outros tráficos ilícitos.

A ministra dos Negócios Estrangeiros guineense destacou, no mesmo dia, a "retoma da cooperação" e a "boa vontade" para a reforçar e intensificar em diferentes setores.

"Antes de mais, isto é uma visita de diplomacia económica para ver os novos mercados que a Guiné-Bissau pode oferecer a Espanha, mas também é uma visita para fortificar os nossos laços de cooperação, os nossos laços políticos, sobretudo, porque temos muitas coisas em comum", afirmou Suzi Barbosa.

Nas declarações à imprensa, Suzi Barbosa sublinhou que a "Guiné-Bissau e Espanha podem desenvolver o setor pesqueiro, criar uma indústria transformadora de pescas, criar postos de trabalho".

Albares terminou em Bissau uma visita a três países africanos que o levou também ao Níger e à Nigéria, para realçar que o continente será uma prioridade da presidência espanhola da União Europeia.

No ano passado, foi o próprio Pedro Sánchez que visitou o Quénia e a África do Sul, depois de em 2021 ter estado no Senegal e em Angola.

Este mês, será a vez de os Reis de Espanha visitarem Angola.

O Governo espanhol apresentou em 2021 o plano "Foco África 2023", com o qual tenta marcar um ponto de viragem nas relações com o continente africano e diversificar a sua influência diplomática fora da Europa, tradicionalmente centrada na América Latina e no norte de África.

O "Foco África 2023" considera como "países âncora" Nigéria, Etiópia e África do Sul e, como "países prioritários", os lusófonos Angola e Moçambique, além de Senegal, Costa do Marfim, Gana, Quénia e Tanzânia.

Ministério da Saúde em parceria com UNICEF promove debate com técnicos da Comunicação Social no quadro de Fórum Nacional sobre os Cuidados Primários de Saúde a realizar em Bissau entre os dias 7, 8 e 9 de Fevereiro de 2023

Radio Voz Do Povo

Os restos mortais do Presidente do PRS Alberto Mbunhe Nambeia chegam à Bissau sexta-feira e, as exéquias fúnebres realizam-se sábado, seguido das cerimónias de “tocachoro”. A família do malogrado e a direção do PRS continuam a receber visitas e mensagens de condolências pela dolorosa perda. A direcção superior do PnD, através do seu lider, Abás Djaló já transmitiu a mensagem de dor e solidariedade a família e ao PRS.

Radio Voz Do Povo

Putin demite alto funcionário do Conselho de Segurança da Rússia

© Contributor/Getty Images

POR LUSA    01/02/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, demitiu hoje o secretário adjunto do Conselho de Segurança da Rússia, Yuri Averyanov, alegando problemas contratuais, demissão que ocorre em plena ofensiva militar russa na Ucrânia.

O alto funcionário irá agora desempenhar outras funções no Governo russo, como assessor parlamentar.

Putin assinou um decreto que determinou a saída de Averyanov, de 73 anos, do atual cargo e estipulou que este passará a "desempenhar outras funções, também como funcionário" do Governo russo, segundo informação publicada pela agência de notícias russa Interfax.

Averyanov assumia as funções de secretário adjunto do vice-presidente do Conselho de Segurança russo e ex-Presidente do país, Dmitri Medvedev.

Anteriormente, Averyanov tinha ocupado vários cargos no Governo de Putin, bem como tinha trabalhado como professor no Departamento de Estratégia da Academia Militar das Forças Armadas russas.

Composto pelos principais funcionários estatais da Rússia e chefes das agências de defesa e segurança, tendo como Presidente o próprio Putin, o Conselho de Segurança é o órgão em que se tomam todas as decisões militares mais urgentes e importantes.


Leia Também: A guerra na Ucrânia foi "mal pensada" e deixou Rússia em "situação muito delicada", de que poderá sair com nova liderança após as eleições de 2024, disse à Lusa o deputado da oposição Boris Nadejdin.


Leia Também:  A Rússia acusou esta quarta-feira os Estados Unidos de estarem a provocar uma escalada das tensões se fornecerem mísseis de longo alcance à Ucrânia, mas desvalorizou o efeito dissuasor desse tipo de armamento na guerra.

Simpósio da ECOFEPA sobre a Liderança das Mulheres e dos Jovens " Libertar os Potenciais das Mulheres e dos Jovens na Política e no Empreendedorismo"

Radio Voz Do Povo

Bissau, 01.02.2023 : Encerramento da Primeira Sessão Extraordinária do ano 2023 da Quinta Legislatura, do Parlamento da CEDEAO.

Radio Voz Do Povo 

ESTUDO: Limitar o aquecimento global a 1,5ºC é improvável, alerta estudo

© Getty Images

POR LUSA  01/02/23 

Limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius (ºC) é improvável, indica um estudo hoje divulgado, que valoriza as mudanças sociais para cumprir os objetivos de redução de emissões de gases com efeito de estufa.

A investigação, "Hamburg Climate Futures Outlook", do departamento de "Clima, Alterações Climáticas e Sociedade" (CLICCS, na sigla original) da Universidade de Hamburgo, Alemanha, analisou, além de questões físicas ligadas ao clima, a política climática, os protestos e a crise devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. E concluiu que a mudança social é essencial para cumprir os objetivos do Acordo de Paris.

O Acordo de Paris, assinado em 2015 por quase todos os países do mundo, estabelece como meta para controlo do aumento da temperatura os 2ºC em relação à época pré-industrial, se possível que esse aumento não ultrapasse os 1,5ºC. Este objetivo tem sido mantido nas reuniões mundiais sobre o clima.

Segundo o estudo, as metas alcançadas até agora não são suficientes, sendo necessária uma nova abordagem sobre a adaptação às mudanças climáticas.

"Na verdade, quando se trata de proteção climática, algumas coisas já foram postas em marcha. Mas se analisarmos o desenvolvimento dos processos sociais em pormenor, manter o aquecimento global abaixo dos 1,5 graus ainda não é plausível", diz Anita Engels, do CLICCS, citada no documento.

O estudo diz nomeadamente que os padrões de consumo e as respostas empresariais não estão a contribuir para as medidas de proteção climática que são urgentemente necessárias.

Por outro lado, fatores como a política climática da ONU, legislação, protestos climáticos e desinvestimento em combustíveis fósseis estão a apoiar os esforços para atingir os objetivos climáticos.

São dinâmicas positivas que contudo não são suficientes para manter a temperatura no limite dos 1,5ºC. "A profunda descarbonização necessária está simplesmente a progredir demasiado lentamente", diz Anita Engels.

Os investigadores também analisaram processos físicos que são muitas vezes discutidos como pontos de rutura, como a perda de gelo no mar Ártico, o derretimento das calotes polares ou as alterações climáticas regionais, considerando que terão pouca influência sobre a temperatura global até 2050.

Mais importante, ainda que de forma moderada, será o descongelamento das zonas com solo sempre gelado (permafrost), o enfraquecimento das correntes superficiais e profundas do Oceano Atlântico ou a perda de floresta na Amazónia.

"O facto é que estes temidos pontos de viragem poderiam mudar drasticamente as condições de vida na Terra, mas são largamente irrelevantes para alcançar os objetivos de temperatura do Acordo de Paris", diz Jochem Marotzke, do Instituto Max Planck de Meteorologia, de Hamburgo.

O estudo analisou também a pandemia de covid-19 e a invasão russa da Ucrânia, concluindo que os programas de reconstrução económica reforçaram a dependência dos combustíveis fósseis, o que significa que as mudanças necessárias são agora menos plausíveis do que anteriormente se supunha.

Mas continua a não ser claro se os esforços para salvaguardar o fornecimento de energia à Europa e as tentativas da comunidade internacional para se tornar independente do gás russo irão minar ou acelerar a eliminação gradual dos combustíveis fósseis a longo prazo.

De acordo com o estudo, a melhor esperança para moldar um futuro climático positivo reside na capacidade da sociedade de fazer mudanças fundamentais, sendo importantes para isso as iniciativas transnacionais e não-governamentais e a continuação da pressão sobre os políticos através dos protestos.


Leia Também: Cerca de 3,6 mil milhões de pessoas vulneráveis ao aquecimento global

Taiwan lança caças e coloca marinha em alerta face a incursões da China

© SAM YEH/AFP via Getty Images

POR LUSA  01/02/23 

Taiwan lançou caças, colocou a marinha em alerta e ativou sistemas de mísseis, face às movimentações de 34 aviões militares chineses e nove navios de guerra nas suas proximidades, como parte da estratégia de intimidação de Pequim.

A informação é do ministério da Defesa taiwanês.

A operação em larga escala do Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas da China, surge numa altura em que Pequim se prepara para um possível bloqueio ou ataque total a Taiwan, o que tem suscitado grandes preocupações entre os líderes militares dos Estados Unidos, o principal aliado da ilha

Num memorando enviado na sexta-feira passada, o general da Força Aérea dos Estados Unidos Mike Minihan pediu aos oficiais norte-americanos que estejam preparados para uma guerra contra a China, a partir de 2025, motivada por uma invasão chinesa de Taiwan.

Como chefe do Comando de Mobilidade Aérea norte-americano, Minihan tem uma compreensão apurada dos militares chineses. As suas observações refletem o apelo de outras altas patentes militares nos EUA para que o país esteja preparado para um conflito com a China.

O ministério da Defesa de Taiwan disse que 20 aviões militares chineses atravessaram, na terça-feira, a linha central no estreito de Taiwan, que há muito é uma zona tampão não oficial entre os dois lados, divididos desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota frente aos comunistas.

A China considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força para assumir controlo sobre a ilha.

As forças armadas de Taiwan "monitorizaram a situação (...) e reagiram às atividades" chinesas, informou hoje o ministério da Defesa.

A China tem enviado navios de guerra, bombardeiros, aviões de combate e aviões de apoio para o espaço aéreo perto de Taiwan quase diariamente, na esperança de esgotar os limitados recursos de defesa da ilha e reduzir o apoio à líder pró - independência do território, Tsai Ing-wen.

Aviões de combate chineses também confrontaram aviões militares dos EUA e dos seus aliados no espaço aéreo internacional, sobre os mares do Sul e do Leste da China, naquilo que Pequim descreveu como manobras perigosas e ameaçadoras.

Em agosto, a visita a Taipé da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA Nancy Pelosi gerou fortes protestos por parte do governo chinês, que considerou a viagem uma provocação e lançou exercícios militares em torno da ilha, numa escala sem precedentes.

A China tem ameaçado repetidamente retaliar contra países que procuram ter laços mais próximos com Taiwan, mas as suas tentativas de intimidação desencadearam uma reação em países europeus, no Japão e nos Estados Unidos, que aumentaram a frequência dos contactos oficiais com Taipé.

Taiwan vai realizar eleições presidenciais no próximo ano, mas a aproximação entre Pequim e o Partido Nacionalista do território, pró -- unificação, não conseguiram encontrar ressonância entre os eleitores taiwaneses, que nas últimas duas eleições deram a vitória ao Partido Democrático Progressista, que defende a independência do território.

Taiwan tem respondido às ameaças da China através da compra de mais armamento defensivo aos EUA e do estabelecimento de laços oficiosos com outros países, aproveitando as suas indústrias de alta tecnologia e sistema democrático.

O serviço militar obrigatório para homens foi também alargado, de quatro meses para um ano, e os inquéritos na opinião pública mostram elevados níveis de apoio ao aumento dos gastos com a defesa, para resistir às ameaças da China.

Em entrevista à agência Lusa, o almirante Lee Hsi-ming, ex-vice-ministro da Defesa de Taiwan, defendeu a mobilização e treino da população taiwanesa, para resistir a uma "iminente" invasão chinesa através de táticas de guerra assimétrica.

"Temos que nos libertar do pensamento convencional em matéria de Defesa", frisou Lee Hsi-ming, que é também investigador no Project 2049 Institute, grupo de reflexão com sede em Washington, destacando que a ilha, de quase 24 milhões de habitantes, deve manter "prontidão de combate", face a um conflito que considerou "iminente".

O militar admitiu um aumento da preocupação em Taiwan com questões de defesa e segurança, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.


Leia Também: Líderes de Taiwan e Checa despertam ira de Pequim ao reafirmarem laços

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Comunicado de Imprensa Conjunto-PAM: O Governo da Guiné-Bissau e o PAM renovam a parceria para alcançar a fome zero e apoiar o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


Charlotte ALVES World Food Programme 31 de janeiro de 2023

BISSAU – O Governo da Guiné-Bissau e o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas lançaram um novo Plano Estratégico Nacional de cinco anos (2023-2027) para alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição.

O novo Plano Estratégico do PAM centra-se em ajudar as comunidades rurais a construir resiliência face às alterações climáticas e a reforçar os meios de subsistência, ao mesmo tempo que apoia o esforço do governo para estabelecer as bases de um sistema de proteção social que seja inclusivo, sensível à nutrição, e que responda aos choques climáticos.

De acordo com o Índice de Países da Iniciativa Global de Adaptação de Notre Dame de 2022, a Guiné-Bissau é o terceiro país do mundo mais vulnerável às alterações climáticas. Os choques climáticos têm um impacto negativo nas redes que produzem, transformam e entregam alimentos aos consumidores.

"O Governo da Guiné-Bissau fez progressos louváveis para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", disse João Manja, Representante do PAM na Guiné-Bissau. "O PAM está empenhado em continuar a apoiar os esforços do Governo e a formar parcerias para ajudar os Guineenses vulneráveis a terem acesso a alimentos nutritivos, a tornarem-se mais resilientes aos choques climáticos, e a combater a pobreza e a fome".

Em colaboração com o Governo da Guiné-Bissau, o PAM irá implementar um conjunto de atividades integradas para ajudar a reduzir a desnutrição, aumentar o acesso à educação, e a alimentos seguros e nutritivos. O PAM trabalhará também com organizações não governamentais nacionais e comunidades locais para apoiar e comprar feijões e tubérculos a pequenos agricultores para alimentar crianças em idade escolar, estimulando a produção agrícola local.

“Cabe-nos, enquanto Secretaria de Estado da Cooperação Internacional, uma estrutura que está dentro do Ministério dos Negócios Estrangeiros, trabalhar no seguimento deste importante programa que foi assinado para que os resultados almejados sejam sentidos pela população”, disse Udé Fati, Secretária de Estado da Cooperação Internacional.

De acordo com a mais recente análise de segurança alimentar do Quadro Harmonizado, estima-se que 108.000 pessoas não conseguiram satisfazer as suas necessidades alimentares e nutricionais básicas no quarto trimestre de 2022, representando um aumento de 1,7 porcento em relação ao mesmo período em 2021. Prevê-se que este número aumente para 117.000 pessoas que sofrem de fome entre junho e agosto de 2023, a menos que sejam tomadas medidas urgentes para enfrentar os principais motores da segurança alimentar.

"Acreditamos que este programa é o impulso para que juntos, a Guiné-Bissau, o PAM e os seus parceiros, possamos criar as condições para que a população sinta menos os efeitos das problemáticas que têm ameaçado a nossa população e também o mundo", acrescentou Udé Fati.

O novo plano estratégico está alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento (2020-2023) e a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento, Emprego e Promoção Industrial 2020-2024 também conhecida como "Hora Tchiga". O plano do PAM é também coerente com o Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para a Guiné-Bissau 2023-2027.

O Plano Estratégico Nacional para a Guiné-Bissau foi aprovado em novembro de 2022 pelo Conselho Executivo do PAM em Roma, Itália, e entrou em vigor em janeiro de 2023. Foi desenvolvido em consulta com o governo e outros parceiros.

EUA acusam Rússia de não respeitar acordo de desarmamento nuclear

© SAUL LOEB/AFP via Getty Images

POR LUSA   31/01/23 

Os Estados Unidos afirmaram hoje que a Rússia não respeita o designado tratado New Start, o último acordo de desarmamento nuclear que une os dois países.

A diplomacia norte-americana censurou Moscovo por ter suspendido as inspeções e anulado as conversações previstas no âmbito deste acordo, sem no entanto acusar o país rival de ter ampliado o seu arsenal nuclear para além dos limites estipulados.

Os Republicanos, com maioria na Câmara de Representantes, pediram ao chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, para indicar até terça-feira uma eventual violação deste tratado pela Rússia.

"A Rússia não respeita a obrigação que lhe impõe o tratado New Start de facilitar as inspeções no seu território", considerou um porta-voz do Departamento de Estado.

Assegurou ainda que o país "dispõe de um caminho traçado para regressar a uma total conformidade".

Moscovo anunciou em 2022 o adiamento de uma reunião prevista para finais de novembro entre russos e norte-americanos sobre as inspeções no âmbito do tratado, acusando Washington de "hostilidade" e "toxicidade".

As relações entre as duas potências nucleares estão no seu nível mais baixo desse o início da guerra da Ucrânia em fevereiro de 2022.

A última reunião desta comissão consultiva remonta a outubro de 2021.

Através de uma carta publicada na semana passada, os chefes de diversas comissões do Congresso norte-americano afirmaram que as ações e declarações da Rússia "colocam no mínimo sérias inquietações quanto à sua conformidade com o New Start".

Este tratado é o último acordo bilateral nesta área que juntou as duas potências.

Logo após a sua eleição em janeiro de 2021, o Presidente norte-americano Joe Biden prolongou-o por cinco anos, até 2026.

Assinado em 2010, limita os arsenais dos dois países a um máximo de 1.550 ogivas na posse de cada uma das partes, uma redução de cerca de 30% em relação ao precedente limite fixado em 2002. Fixa ainda até 800 o número máximo de rampas de lançamento e bombardeiros pesados.

Em paralelo, o vice-ministro da diplomacia russa, Serguei Ribkov assinalou recentemente que na atual situação não existem condições para uma reunião da comissão bilateral sobre o tratado de desarmamento New Start, que expira em 2026.

O responsável russo atribuiu a situação à retórica e ações dos Estados Unidos, o maior fornecedor de armamento à Ucrânia, que também acusou de provocar incessantemente Moscovo.

Washington suspendeu o diálogo sobre o controlo de armamento com Moscovo após o início da "operação militar especial" russa na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Em dezembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, advertiu que o congelamento pelos Estados Unidos do diálogo sobre estabilidade estratégica multiplica os riscos.

Em simultâneo, recordou que o último resultado palpável dos esforços conjuntos da Rússia e Estados Unidos foi o acordo destinado a prolongar, por cinco anos, o tratado de redução de armas estratégicas START até 05 de fevereiro de 2026.

O chefe da diplomacia de Moscovo também frisou que a política dos EUA e da NATO aponta na prática para um conflito armado com a Rússia, representando "uma grave ameaça" com "consequências catastróficas".


PAM alerta para aumento de insegurança alimentar na Guiné-Bissau em 2023

© Lusa

POR LUSA    31/01/23 

O representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) na Guiné-Bissau, João Manja alertou hoje para a possibilidade de aumentar o número de guineenses em situação de insegurança alimentar em 2023.

O alerta foi feito no ato de assinatura, em Bissau, do acordo do reforço do plano estratégico entre o PAM e o Governo da Guiné-Bissau para vigorar até 2027.

O acordo foi rubricado, pela parte guineense, por Ude Fati, secretária de Estado da Cooperação Internacional.

Citando as palavras do diretor-executivo do PAM, João Manja afirmou que este alertava sobre a possibilidade de o ano de 2023 ser escasso em termos de comida em todo o mundo.

A situação seria potenciada por "impactos convergentes", nomeadamente os conflitos, as consequências da pandemia de covid-19, as alterações climáticas e a inflação.

"Em 2023, o número de guineenses em situação de insegurança alimentar deverá aumentar com mais de 117 mil pessoas a sofrer de fome", adiantou o moçambicano João Manja.

O responsável cita estes dados a partir do quadro harmonizado de 2022.

João Manja afirmou que o PAM conta com o Governo e demais parceiros da Guiné-Bissau para enfrentar a situação e alertou sobre o facto de nenhuma instituição ser capaz de fazer face ao problema de forma isolada.

"Nunca será possível na Guiné-Bissau qualquer agência (das Nações Unidas), qualquer organização vencer esta luta se não for através de ter um plano estratégico enraizado nos objetivos primordiais da visão do Governo", observou Manja.

A secretária de Estado da Cooperação Internacional da Guiné-Bissau compreendeu o alerta do PAM, mas disse que o Governo conta com as sinergias e com os parceiros internacionais para enfrentar o problema.

No caso do PAM, Udé Fati espera que o programa rubricado possa trazer alívio à população guineense, confrontada com os efeitos dos problemas nefastos que afetam todo o mundo.


Leia Também: Milhares de pessoas na África Ocidental podem enfrentar situação de fome

Rapaz de 13 anos esfaqueia mãe da namorada por ter tirado o telemóvel à filha

Polícia espanhola (Getty)

 cnnportugal.iol.pt   31/01/2023 

Na origem do ataque estará um castigo que a mulher aplicou à filha, de 12 anos

Um rapaz de 13 anos foi identificado pelas autoridades espanholas, por ter esfaqueado a mãe da namorada no rosto, no bairro Carabanchel, em Madrid, Espanha, na passada quinta-feira, confirmaram fontes policiais aos meios de comunicação locais.

O rapaz terá atacado a mulher, de 40 anos, porque esta tirou o telemóvel à filha, de 12. Atingida na face, mãos, pescoço e orelha, a vítima teve de receber assistência hospitalar.

Segundo os dados recolhidos, o ataque terá sido instigado pela filha da vítima, que tinha ficado sem telemóvel como castigo, pelo seu mau comportamento. A jovem terá contado ao namorado, que atacou a mulher e fugiu.

O suposto agressor foi identificado no dia a seguir ao ataque.

Apesar da gravidade do crime, o menor não foi detido. Por ter menos de 14 anos, é considerado inimputável. Assim, as autoridades apenas o identificaram e informaram o Tribunal de Menores.

Acidente rodoviário

Radio Voz Do Povo 

 2.49pm

Na ocasião da celebração do dia da Mulher Guineense 30 de Janeiro, Movimento Mindjer Ika tambur vai proporcionou debate a partir das reflexões do Documentário Bota Banu! Produzido no âmbito do Projeto Suta Mindjer kaba Dja.

Radio Voz Do Povo

Ministério das pescas apresenta resultados da implementação do período de repouso Biológico

 Radio Voz Do Povo

Moscovo revela pedido dos EUA para a retirada das forças russas

© YURI KADOBNOV/AFP via Getty Images

POR LUSA  31/01/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, revelou hoje que o homólogo norte-americano, Antony Blinken, enviou uma mensagem em que apela a Moscovo para retirar as tropas que se encontram na Ucrânia.

A mensagem de Blinken foi enviada através do chefe da diplomacia egípcia, Sameh Shukri, com quem Lavrov se reuniu hoje em Moscovo.

Blinken esteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito durante uma deslocação ao Cairo na segunda-feira. 

"Confirmo (...) Ouvimos mais uma vez que a Rússia deve acabar ..., que a Rússia deve sair..., e que depois tudo pode vir a ficar bem", disse Lavrov numa conferência de imprensa, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito. 

Lavrov frisou que a "Rússia está disposta a escutar qualquer proposta séria no sentido de solucionar a situação atual, num contexto mais amplo". 


Shukri recordou que Blinken visitou o Egito na segunda-feira, onde se reuniu com o presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi, tendo debatido "as relações bilaterais e também a crise entre a Ucrânia e a Rússia" e "em particular", os aspetos militares. 

"Transmiti ao meu colega Lavrov, os pontos de vista que escutei dos colegas norte-americanos", disse referindo que o Egito defende uma solução política e negociada, assim como defende o fim dos confrontos armados. 

"Enquanto o 'Ocidente' continua a mandar armas mais potentes para a Ucrânia, a Rússia toma medidas para impedir as tentativas para se transformar a Ucrânia numa ameaça ainda maior para a nossa segurança", afirmou Lavrov.

O ministro dos Negócios Estrangeiros voltou a afirmar que que "há muito tempo" que a NATO está envolvida numa guerra contra a Rússia, criticando o abastecimento de material bélico às forças de Kyiv.   

Por isso, concluiu, as Forças Armadas da Rússia e as chefias militares russas "tomam todas as medidas necessárias para que os planos do 'Ocidente' não se concretizem".


Leia Também: Putin quer criar centros de treino miltar conjuntos com Bielorrússia

Ministro do Interior, Sandji Fati, inaugura “Esquadra_modelo” no Bairro de Sintcham Tombom em Gabú.

Radio Voz Do Povo

Líder do PND, Abás Djaló visita Centro de Saúde de Dandum, setor Boé e, constata que o único funcionário em serviço suspenso assistiu uma grávida que acabou por dar luz a gémeos_ um menino e uma menina.

Radio Voz Do Povo

Vídeo mostra uma (estranha) espiral voadora nos céus do Havai... O fenómeno pode não ter uma origem natural.

© YouTube / _SubaruTel_StarCamAdmin

Notícias ao Minuto  31/01/23 

Uma estranha espiral voadora foi observada perto do Observatório Mauna Kea, no Havai, no dia 18 de janeiro. Mas não se deixe enganar, uma vez que o fenómeno poderá não ser de origem natural.

Como nota o Observatório Astronómico Nacional do Japão no Twitter, este fenómeno “parece estar relacionado com o lançamento de um novo satélite pela empresa SpaceX”. Coincidentemente, conta o site LiveScience que esta espiral foi observada no mesmo dia em que a SpaceX lançou um foguetão Falcon 9 de forma a colocar em órbita um novo satélite.

Ainda assim, o vídeo que pode ver acima - captado com a Subaru-Asahi Star Camera - é quase hipnótico e vale bem a pena ser admirado.


CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES GUINEENSE EM PARCERIA COM A WANEP-GB ESTÃO A LEVAR AO CABO, A JORNADA DA CELEBRAÇÃO DO DIA DA MULHER GUINEENSE, DE 30 E 31 JANEIRO 2023, BISSAU.

SOB LEMA: ALCANÇAR UM FUTURO IGUALITÁRIO NO MUNDO DIGITAL DE NOVAS TECNOLOGIAS.

Radio TV Bantaba

Burkina Faso. Violência de grupos extremistas fez 32 mortos desde sábado

© iStock

 POR LUSA  31/01/23 

O número de mortos nos múltiplos ataques atribuídos a extremistas islâmicos no Burkina Faso, desde o fim de semana passado e até hoje, aumentou para 32 indica a Associated Press, que cita fontes governamentais.

Inicialmente, o Exército referiu, em comunicado, que um ataque jiadista fez hoje 13 mortos, entre os quais 10 polícias e dois elementos da milícia Voluntários Pela Pátria que integra as forças militares regulares. 

Entretanto, a Agência de Informação do Estado esclarece que além do ataque de hoje que matou as 13 pessoas em Falangountou, outras 20 pessoas morreram na sequência de várias ações armadas atribuídas a extremistas islâmicos durante o fim de semana passado. 

O maior ataque - que fez 13 mortos - ocorreu em Falangountoun no norte do país, onde se registam com frequência confrontos entre os militares e grupos extremistas islâmicos.

No sábado, quatro pessoas morreram quando homens armados intercetaram o veículo onde seguiam as vítimas, próximo das povoações de Tenkodogo e Ouragaey. 

No domingo, de acordo com o coronel Jean Charles, governador da região de Cascades, um homem armado sequestrou os ocupantes de um autocarro.

Segundo o governador, oito pessoas foram libertadas mas os restantes (16) foram mais tarde "encontrados mortos", tendo sido executados com uma bala na cabeça.

A violência dos extremistas islâmicos ligados à Al Qaeda e ao grupo Estado Islâmico tem atingido vários países da África Ocidental e da zona do Sahel que atravessa a Gâmbia, Senegal, Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Argélia, Níger, Nigéria, Camarões, Chade, Sudão, Sudão do Sul e Eritreia. 

Ao longo dos últimos anos, milhares de pessoas morreram na sequência de atividades de extremistas armados registando-se mais de dois milhões de refugiados, muitos dos quais tentam alcançar a Europa cruzando o Mediterrâneo.

Desde 2015, mais de cinco mil civis foram mortos, de acordo com o organismo Armed Conflict Location and Event Data Project (ACLED).

No Burkina Faso, Ibrahim Traore que assumiu o poder no passado mês de setembro prometeu soluções para combater os grupos extremistas, mas as vagas de violência agravaram-se nos últimos meses. 

Traore mobilizou milhares de civis para o combate aos jiadistas, muitos dos quais estão infiltrados no próprio Exército.

Analistas consultados pela Associated Press referem que as novas milícias integradas nas Forças Armadas são acusadas de matarem civis que acusam, sem provas, de estarem a colaborar com os jiadistas, facto que está a provocar uma série de atos de vingança e de retaliação. 

"As atrocidades que estão a ocorrer eram expectáveis devido ao envolvimento de civis nos combates e ao aumento da 'mobilização' de voluntários. As execuções, sem provas nem julgamentos, têm aumentado nos últimos meses", disse Heni Nsaibia, investigador do ACLED. 

"Com o aumento da violência de Estado não é surpreendente o agravamento dos ataques dos extremistas e atos de retaliação aconteçam", no país, disse Nsaibia.    


Leia Também: Treze mortos em ataque atribuído a extremistas islâmicos no Burkina Faso

FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL, FMI APROVA O DESEMBOLSO DE 38,4 MILHÕES DE DÓLARES EM ASSISTÊNCIA FINANCEIRA À GUINÉ-BISSAU.

Radio Voz Do Povo

- O Fundo Monetário Internacional, (FMI) anunciou esta segunda-feira (30.01) que financiará um programa ampliado para a Guiné-Bissau nos próximos três anos, no valor de 38,4 milhões de dólares para garantir a sustentabilidade da dívida e o crescimento econômico,  no âmbito de Facilidade.de Crédito Alargado, ECF, suspenso há quatro anos.

"Este novo programa financiado pelo FMI terá vários objetivos bem definidos, como garantir a sustentabilidade da dívida ao mesmo tempo que apoia a recuperação económica, melhorar ainda mais a boa governação e reduzir o risco de corrupção e criar espaço fiscal para apoiar o crescimento inclusivo", referiu o Fundo após a deliberação do seu Conselho de Administração.

 A duração deste programa é de 36 meses e o Fundo Monetário Internacional decidiu de imediato desembolsar 3,2 milhões de dólares, ou cerca de 3 milhões de euros.

" O programa de financiamento expandido é necessário para melhorar a confiança dos doadores e do setor privado e catalisar o financiamento concessional muito necessário da comunidade internacional, que relata a aprovação do novo acordo, que segue um programa de nível técnico que estava em vigor em 2021 e 2022.", sublinhou o FMI.

 O Drector-executivo adjunto do FMI, Bo Li, disse que "a Guiné-Bissau tem demonstrado um forte empenho na implementação das reformas, num ambiente difícil, conseguindo levar a cabo satisfatoriamente o programa seguido pela equipa técnica, que durou nove meses", sublinhou.

 No entanto, o Sr. Li também expressou sua preocupação para os próximos meses por causa dos vários desafios que teriam de ser enfrentados, mesmo que a economia se recupere.

 “As perspetivas estão sujeitas a riscos significativos relacionados com a diminuição do poder de compra, a volatilidade das exportações de castanha de caju e sobretudo os impactos da guerra na Ucrânia, que poderão ter influência nos preços dos bens alimentares e da energia”, disse o Diretor Executivo do FMI.

 A Guiné-Bissau também não escapou à crise sanitária ligada ao COVID-19 e aos impactos negativos da guerra na Ucrânia.

In página MF

CORRUPÇÃO: Transparência Internacional vê mundo como lugar mais corrupto e inseguro

© Shutter Stock

POR LUSA  31/01/23 

A associação Transparência Internacional considera que o mundo é um lugar cada vez menos seguro e liga a origem do problema ao aumento da corrupção, na edição 2023 do Índice de Perceção de Corrupção (IPC) hoje divulgado,

Os dados deste índice, em conjugação com os dados do Índice de Paz Global, também organizado pela Transparência Internacional, pretendem demonstrar que a paz mundial está em declínio consistente e que existe uma clara conexão entre violência e corrupção.

Para a organização, os valores do IPC hoje divulgados comprovam que a corrupção está a prejudicar os governos e a impedir a sua capacidade de proteger os cidadãos, ao mesmo tempo que alimenta o descontentamento público e provoca o aumento da violência.

A presidente da Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, defende que a solução para este problema passa por os governos trabalharem em conjunção de esforços para erradicar a corrupção em todos os níveis da sociedade, bem como por evitar discriminações.

"Os governos falharam coletivamente ao não conseguirem fazer progressos contra esta situação, alimentando o aumento da violência e do conflito e colocando pessoas em perigo em todos os lugares", argumenta Rubio no comentário à edição de 2023 do IPC.

O Índice, lançado em 1995, tornou-se a principal referência global da corrupção no setor público, avaliando 180 países e territórios com base nos seus níveis de corrupção, usando dados de 13 fontes diferentes, como o Banco Mundial, o Fórum Económico Mundial, empresas privadas de avaliação de risco, 'think tanks' e outros.

O IPC classifica os países com base nos níveis percebidos de corrupção no setor público, numa escala de zero (altamente corrupto) a 100 (muito limpo).

A edição deste ano do relatório revela que a pontuação média global permaneceu inalterada em 43 países e territórios pelo décimo primeiro ano consecutivo, e mais de dois terços dos países têm sérios problemas com corrupção, com pontuação abaixo de 50.

A Dinamarca lidera a lista dos países menos corruptos com 90 pontos, seguida pela Finlândia e Nova Zelândia, ambos com 87 pontos.

Estes países apresentam-se com fortes instituições democráticas e com elevado respeito pelos direitos humanos, o que os torna também os países mais pacíficos do mundo, de acordo com o Índice de Paz Global.

Por contraste, e a encabeçar a lista dos países mais corruptos do mundo, aparecem o Sudão do Sul (13 pontos), a Síria (12 pontos) e a Somália (12 pontos), todos envolvidos em conflitos armados prolongados.

Oito países melhoraram as suas pontuações no mesmo período, incluindo Irlanda, Coreia do Sul e Maldivas, com dados que sugerem que a luta contra a corrupção é eficaz com a aplicação de medidas corretas e equilibradas, segundo a Transparência Internacional.

Este ano, 26 países, incluindo o Qatar, Guatemala e Reino Unido atingiram os valores mais baixos de sempre no Índice.

O Reino Unido (73 pontos) caiu cinco pontos para sua pontuação mais baixa de sempre, depois de ter estado envolvido em vários escândalos políticos, incluindo revelações sobre má conduta ministerial.

Sobre Portugal (62 pontos), a Transparência Internacional considera que os factos de a "nova estratégia anticorrupção" ter sido lançada sem grandes orientações e o programa de Vistos Gold se manter aumentou os riscos de corrupção.

Para a Transparência Internacional, o relatório prova ainda que os países da União Europeia que negligenciaram ou reverteram medidas anticorrupção continuaram a cair no IPC, como foram os casos da Hungria e da Polónia.

A Transparência Internacional acredita que a relação entre violência e corrupção é um ciclo vicioso, alegando que os governos corruptos não têm capacidade de proteger os cidadãos e que o descontentamento público tem maior probabilidade de se transformar em violência.

Para a Transparência Internacional, a invasão russa da Ucrânia serve como um lembrete dos perigos representados pela corrupção e pela falta de responsabilidade dos governos, recordando que os cleptocratas russos acumularam grandes fortunas ao serviço do Presidente Vladimir Putin, o que resultou em contratos lucrativos com o Estado, na proteção dos seus interesses económicos.

Um outro exemplo é o do Sudão do Sul, onde décadas de conflito e corrupção conduziram a uma profunda crise humanitária, com mais da metade da população a enfrentar insegurança alimentar, sabendo-se que um relatório recente revelou um esquema de fraude por parte de uma rede de políticos corruptos que desviaram ajuda destinada a alimentos, combustível e remédios.

Também a combinação de corrupção, autoritarismo e crise económica no Brasil provou ser uma mistura volátil, levando o mandato do ex-Presidente Jair Bolsonaro a ficar marcado pelo desmantelamento de estruturas anticorrupção e ao uso de esquemas corruptos para favorecer aliados políticos, concluiu a Transparência Internacional.


Leia Também: Índice de Corrupção: Só a Guiné-Bissau desceu entre os PALOP