terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Homem mais rico de África quer investir em Moçambique

Aliko Dangote
O nigeriano Aliko Dangote, considerado o homem mais rico de África, com uma fortuna avaliada em cerca de  20,2 biliões de dólares, está interessado em montar uma fábrica de cimento em Moçambique. Para o efeito, o empresário criou em Janeiro de 2014 a empresa Dangote Quarries Mozambique Limited, subsidiária do Grupo nigeriano Dangote, líder do sector do cimento em 14 países africanos onde opera, e tem uma capacidade de produção de cerca de 30 milhões de toneladas por ano.

Fazem parte da estrutura accionista da Dangote Quarries Mozambique Limited três empresários nigerianos e uma companhia sul-africana de exploração mineira que adquiriu em 2013 cerca de 1,5% das acções do grupo Dangote, num negócio que rendeu USD 290 milhões ao homem mais rico de África.

O grupo está também de olhos noutros sectores da indústria extractiva em Moçambique, em particular, investimento em refinaria de petróleo, açúcar e sal, para além da esfera de produção de bens alimentares e financiamento de acções de apoio a causas sociais.
http://www.voaportugues.com/content/homem-mais-rico-de-%C3%A1frica-quer-investir-em-mo%C3%A7ambique/1858735.html

Crise na Venezuela continua agora nas redes sociais


Na Venezuela, manifestantes montaram barricadas na capital da Venezuela nesta segunda-feira, prejudicando o tráfego, em meio aos chamados da própria oposição por maior controle nos protestos, depois da morte de pelo menos 11 pessoas em manifestações.

A maior onda de distúrbios na Venezuela desde ha uma década é o grande desafio enfrentado pelo presidente Nicolás Maduro e o seu governo de 10  meses, mas não há sinais de que ele possa sair do poder ou que os carregamentos de petróleo do maior exportador do produto da América Latina possam ser afectados.

José Ramos-Horta concluiu visita a vários sectores de Quinará


O Representante Especial do Secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, concluiu uma visita de trabalho à região sul de Quinará, onde foi recebido pelas autoridades locais e populares nas passagens por Buba, Fulacunda, Gampara, Gamdjabela, Nova Cintra e Empada. 

Em Buba, José Ramos-Horta foi recebido pelo governador, Mamadu Aliu Camara, que o acompanhou juntamente com os administradores locais, as Forças Armadas, a Guarda Nacional, a Polícia de Ordem Pública, a sociedade civil, régulos, Homens Grandes (Conselho de Anciãos) e líderes religiosos. 

Também integraram a comitiva representantes da União Africana e de agências das Nações Unidas como o Programa Alimentar Mundial (PAM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a par dos das unidades de Estado de Direito e Segurança das Instituições (ROLSI) e Informação Pública Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

A visita de dois dias, realizada no quadro do mandato do UNIOGBIS para a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau, partiu a 20 de Fevereiro de Buba a caminho do sector de Fulacunda, onde José Ramos-Horta foi recebido com as tradições da região.

«É uma surpresa, pensei que esta seria apenas mais uma visita à região e nunca esperei encontrar tão calorosas boas-vindas de milhares de pessoas. Fico muito sensibilizado», referiu o Nobel da Paz, acrescentando que «a ONU está na Guiné-Bissau para trabalhar no sentido de levar o país a sair da transição, com um novo Parlamento, Governo e Presidente, ajudando o povo a sair da crise, em paz, a caminho de um futuro de desenvolvimento».

O Representante Especial do Secretário-geral da ONU fez uma paragem para visitar uma escola na secção de Gã-Pará, acompanhado pelo representante do PAM para a Guiné-Bissau, Ussama Osman. 

Em Fulacunda, Ramos-Horta deu os parabéns à população pelo esforço cívico que culminou com a elevada percentagem alcançada no recenseamento eleitoral. 

«A ONU e a Comunidade Internacional não querem nem podem substituir os guineenses e os seus líderes, estão presentes como amigos e parceiros para apoiar as autoridades e o povo no regresso à ordem constitucional após dois anos de incerteza, com um processo eleitoral que devolverá o país ao concerto das nações», disse José Ramos-Horta.

«Os guineenses têm pela frente desafios muito grandes para fazerem face à extrema pobreza, mas devem ter esperança porque o país é rico, e confiar que haverá uma nova fase, com tranquilidade, e esperança numa vida melhor. Depois das eleições haverá uma conferência, com o novo Governo, para mobilizar recursos com os apoios do Banco Africano de Desenvolvimento (ADB), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Europeia (UE), a União Africana (UA), a ONU e países amigos», revelou. 

Em Gampara, o cadi (juíz muçulmano), Mamadu Mané, afirmou que «No nosso tempo nunca recebemos uma visita tão importante, a marcar um dia cheio de alegria para a população camponesa desta tabanca isolada, onde só se chega depois de um grande cansaço».

Na localidade de Gamdjabela, o Representante Especial da ONU depositou uma coroa de flores no mausoléu de Quemo Mané. Em Nova Cintra, José Ramos-Horta foi recebido com tradições e um convite do Presidente do Conselho Nacional da Juventude local, em nome da população de Bolama e Bijagós, para visitar a região.

Com a ordem constitucional restabelecida e o regresso da Guiné-Bissau ao concerto das nações, José Ramos-Horta prometeu ajuda internacional para melhorar a saúde, alimentação, educação, os transportes dos camponeses, a situação dos militares e dos polícias, num processo liderado pelo Governo eleito que herdará «uma tesouraria sem dinheiro, num quadro económico muito difícil».

«A subnutrição é muito elevada no país e o futuro depende de crianças saudáveis, sendo obrigação do Estado responder às aspirações do povo sofredor e tantas vezes enganado», assinalou. 

O Nobel da Paz visitou Empada na sexta-feira, e foi constituído padrinho da tabanca pelo administrador Romualdo Bubacar Candé, a quem se seguiram intervenções dos Homens Grandes (Conselho de Anciãos) da terra. 

Ouviu queixas de que, por falta de estrada, se estragam os produtos agrícolas - com destaque para o óleo de palma -, que não podem ser permutados com as outras tabancas, nem escoados para o mercado da capital. 

O Governador da região pediu apoio para a reconstrução das estradas e prometeu a dinamização de mercados semanais nas tabancas (lumu), visando libertar as populações do isolamento. 

À partida, o Ramos-Horta prometeu regressar para observar os preparativos das eleições e a participação dos partidos políticos, das autoridades civis, militares e do povo, na tabanca de Empada, já com iluminação pública em postes dotados de painéis solares, um projecto apoiado pelo UNIOGBIS. 

PM deposto e outros nove militantes do PAIGC querem apoio à presidência da Guiné-Bissau

Carlos Gomes Júnior
O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, figura entre dez militantes que solicitaram o apoio do PAIGC para se candidatarem às eleições presidenciais de 13 de abril, disse hoje à Lusa fonte da direção do partido.

De acordo com Luís Melo, presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), histórico partido guineense e com maior número de deputados no parlamento, o pedido de Carlos Gomes Júnior (Cadogo, como é conhecido), foi entregue, em carta, pelo seu advogado, no sábado. 

"Esse pedido, como de outros militantes, vai ser analisado pela plenária do Conselho Nacional de Jurisdição e o veredicto será comunicado à direção superior do partido", afirmou Luís Melo. 

A plenária do Conselho Nacional de Jurisdição (uma espécie de tribunal do partido), composta por sete membros efetivos e dois suplentes, deve reunir-se ainda hoje e o mais tardar até terça-feira irá terminar de analisar os pedidos de apoio. 

"Vamos analisar os pedidos conforme os requisitos exigidos, se constatarmos que algum pedido tem em falta algum documento, informamos a pessoa para no prazo de 24 horas o entregar", declarou Luís Melo. 

Após a verificação da documentação, o Conselho Nacional de Jurisdição envia para a direção do partido os pré-candidatos considerados elegíveis para serem submetidos a votação pelo Comité Central (órgão máximo entre Congressos) que, por sua vez, através de voto secreto, irá escolher o candidato a ser apoiado pelo PAIGC. 

A reunião do Comité Central está marcada para 01 e 02 de março, ou seja, o próximo fim de semana. 

Instado a revelar os nomes dos dez militantes do PAIGC que solicitaram o apoio do partido para as presidenciais, Luís Melo recusou-se, alegando ser competência da direção. 

Contudo, adiantou que o prazo da entrega dos pedidos terminou no domingo. 

Segundo fontes do partido no grupo dos 10 pré-candidatos estão Mário Lopes da Rosa, atual ministro das Pescas no Governo de transição, Luís Oliveira Sanca, governante desde os anos 1970 (foi ministro de várias pastas, a última das quais da Administração Territorial, até ao golpe de Estado de abril de 2012) e Francisco Benante, antigo presidente do Parlamento e antigo líder do PAIGC. 

Estão também no mesmo grupo, Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro do PAIGC e Mário Cabral, embaixador da Guiné-Bissau no Senegal e ministro em vários governos desde os anos 1970. 

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=719316&tm=7&layout=121&visual=49

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

África - Cerca de 500 imigrantes tentam entrar em Melilla


Cerca de 100 imigrantes subsarianos conseguiram entrar, esta manhã, na cidade espanhola Melilla localizada no norte de África. De acordo com a agência EFE foram cerca de 500 as pessoas que protagonizaram este “assalto muito violento”, sendo que apenas 100 conseguiram mesmo entrar na cidade.

Irritado com prisão do filho, policial civil chama militar de "macaco" em delegacia de BH

Uma confusão envolvendo um policial civil tomou conta da Ceflan (Central de Flagrantes) na noite do último sábado (22), no bairro Floresta, região leste de Belo Horizonte. De acordo com informações da Polícia Militar, o homem xingou militares do 22º Batalhão que estavam no local de vários termos de baixo calão. Por fim, ainda chamou um dos agentes de "macaco".

CPLP recomenda adesão da Guiné-Equatorial e anuncia envio de observadores a Bissau


Ministros dos Negócios Estrangeiros recomendaram aos Chefes de Estados lusófonos a adesão da Guiné-Equatorial na cimeira de Dili no Timor Leste, depois da suspensão de pena de morte por Malabo.

A adesão da Guiné-Equatorial a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP) vai ser adoptada numa resolução a ser submetida aos presidentes dos países membros durante a cimeira de Dili, em Timor-Leste, a ter lugar em Julho próximo.

Hoje, os ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, reunidos em Maputo, consideraram que a situação política na Guiné-Bissau continua a suscitar "forte preocupação" e que a persistência de graves incidentes "prova a fragilidade do Estado de Direito."

Entre os oito países que integram a comunidade lusófona, Portugal foi o único que demonstrava reticências à entrada deste país.

O governo de Malabo promete formar professores, difundir programas de televisão em português e  criar centros culturais no país para promover a língua portuguesa.

Essas iniciativas serão coordenadas pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), um organismo da CPLP.

No que toca à Guiné-Bissau, a CPLP diz disponível para enviar uma missão de observação eleitoral ao país, considerando que esse gesto "demonstra o empenho da organização em contribuir para o sucesso do processo eleitoral e para a sua credibilização interna e externa."

A CPLP declarou igualmente "urgente" a necessidade de um encontro entre o seu secretariado executivo e a Comissão da Cedeao (Comunidade de Estados da África Ocidental), de modo a coordenar ações no apoio ao processo de restauração da ordem constitucional e lançamento das bases para o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau."

O que as mães ensinam para filhas adolescentes


Tudo isso para a filha não distribuir a xerek antes da hora.
Comigo funcionou.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Parabéns Mariama Florença Iyere

Parabéns Mariama Florença Iyere
           Ufffa!! Tou muito felizhoje

Presidente de transição da Guiné-Bissau marca eleições gerais para 13 de abril


O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, marcou para o dia 13 de abril a realização das eleições gerais, dando sem efeito a anterior data de 16 de março.

Através de um decreto presidencial divulgado pelo gabinete de Serifo Nhamadjo a que a Lusa teve acesso, o chefe de Estado guineense anunciou que, ouvido o Governo de transição, os partidos políticos com ou sem assento parlamentar e as organizações da sociedade civil, é fixada a data de 13 de abril para a ida às urnas.

O Presidente considerou estarem reunidas todas as condições necessárias, nomeadamente após a realização "com sucesso" do recenseamento de raiz dos potenciais eleitores, um processo que atingiu 93 por cento.

Serifo Nhamadjo assinalou, no decreto presidencial, que o país se viu obrigado a mudar a data da realização das eleições de 16 de março para 13 de abril, tendo em conta os atrasos no fim do recenseamento tanto na Guiné-Bissau como na diáspora.

No dia 13 de abril, os guineenses vão escolher os deputados ao parlamento e um novo Presidente da República, acabando o processo de transição iniciado em abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado militar que destituiu os órgãos eleitos.

Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, promete "tolerância zero" a fraudes eleitorais


O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, prometeu hoje "tolerância zero" à fraude nas próximas eleições gerais.

O general falava aos jornalistas momentos após o encerramento de uma reunião de chefes militares de 14 países da África Ocidental, reunidos em Bissau desde segunda-feira.

"A fraude não poderá ter lugar. A segurança das próximas eleições será total. Serão eleições transparentes. Seremos duros contra a fraude. Vamos vedar todos os locais para que não haja fraude", declarou Indjai.

Segundo referiu, os militares estarão vigilantes em relação a quem perturbe a ordem pública.

O líder militar guineense foi saudado pelos seus pares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que lhe recomendarem medidas de segurança em relação às próximas eleições.

O chefe das Forças Armadas guineenses afirmou que vai tomar medidas em colaboração com os soldados da ECOMIB (contingente militar da CEDEAO instalado na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012) no sentido de tranquilizar o país.

António Indjai prometeu ainda garantir segurança a todos os candidatos concorrentes às eleições, marcadas para 16 de março, mas que os partidos políticos e o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, admitem sejam adiadas.

Entretanto, o presidente do comité de chefes de Estado-Maior de Forças Armadas da CEDEAO, o general Soumaila Bakayoko, da Costa do Marfim, afirmou no discurso de encerramento da 33.ª reunião que tudo indica que as eleições serão realizadas no dia 13 de abril.

Analisando a situação política na Guiné-Bissau, os chefes militares da CEDEAO concluíram que "o ambiente é calmo" e que as eleições estão a ser preparadas "com serenidade" para que venham a ter lugar a 13 de abril, disse Soumaila Bakayoko.

Os responsáveis militares da CEDEAO enalteceram igualmente o nível de cooperação existente entre as Forças Armadas da Guiné-Bissau e o contingente da ECOMIB (cerca de 750 militares e polícias), destacando as disposições elaboradas para assegurar o bom desenrolar das eleições.

Enfatizaram também as ações em curso no âmbito da reforma das forças armadas guineenses, nomeadamente as obras de reparação das casernas levadas a cabo por soldados do Senegal integrados no contingente do ECOMIB.

Fonte: Lusa

CPLP debate adesão da Guiné-Equatorial e situação na Guiné-Bissau


O encontro de Maputo dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é dominado pelo debate em torno da adesão da Guine Equatorial à CPLP e o apoio à Guiné-Bissau, que está em processo de preparação de eleições gerais.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Políticos são principais responsáveis por estado da Guiné-Bissau, diz Ramos-Horta


Porém, Ramos-Horta vê “uma esperança real de mudança” em alguns dos líderes mais novos, “altamente instruídos”, que agora estão a candidatar-se a cargos de poder
O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau responsabiliza, em primeiro lugar, as elites políticas pelo estado de um país "falhado em todos os sentidos”. 

“Os políticos é que manipulam os militares, incitando-os a apoiar uma fação ou outra”, acusa José Ramos-Horta, em entrevista publicada na edição de fevereiro/março da revista “The World Today”, do Chantham House, instituto britânico de análise internacional. 

As forças armadas guineenses têm sido “responsabilizadas por tudo o que se passa” no país, mas o representante especial do secretário geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau assume “uma visão ligeiramente diferente”. 

Ramos-Horta explica: “As elites políticas são os principais culpados pelo trágico estado de coisas, pela má gestão, pelo desperdício, pela corrupção e pelo empobrecimento da população. Os militares vêm em segundo lugar na minha lista de atribuição de responsabilidades.” 

O ex-Presidente de Timor-Leste vai mais longe e diz que “os militares apenas se juntaram ao grande assalto” levado a cabo pelas elites políticas que governam o país desde a independência. 

“A Guiné-Bissau é um Estado falhado em todos os sentidos”, classifica, enumerando “as qualidades de um Estado falhado” que encontra no país africano lusófono: serviços públicos “corruptos”, que “nem sequer pagam os salários aos seus funcionários”, forças de segurança sem controlo, uma justiça “incapaz” de julgar os “envolvidos no roubo atrevido e escandaloso do erário público” ou outros “acusados de crimes graves”. 

Porém, Ramos-Horta vê “uma esperança real de mudança” em alguns dos líderes mais novos, “altamente instruídos”, que agora estão a candidatar-se a cargos de poder. 

“Se eles forem eleitos, a comunidade internacional tem de os apoiar verdadeiramente. Doutra forma, estarão condenados. Existem demasiados interesses enraizados que vão resistir à mudança radical”, antecipa. 

Também há sinais de “esperança” nas forças armadas, onde existem “boas pessoas”, que defendem “a mudança”, acrescenta. 

Sobre as próximas eleições, agendadas para 16 de março, Ramos-Horta admite que “poderá haver um adiamento de uma semana ou duas”, mas isso “não será um problema”. 

O representante das Nações Unidas reconhece que o problema do tráfico de droga na região é “muito sério”, mas realça que, “se países poderosos, como Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China não conseguem eliminá-lo, não se pode esperar que os países da África Ocidental façam melhor”. 

O tráfico de estupefacientes, trazido às costas africanas por "gente de fora", destaca, “está a corroer países já bastante frágeis”. Recusando classificar a Guiné-Bissau como um “narco-Estado”, Ramos-Horta garante que, no último ano que passou no país, não viu “sinais de grande tráfico de droga”. 

Questionado sobre as similitudes entre a ajuda internacional à Guiné-Bissau e ao seu país de origem, Timor-Leste, Ramos-Horta reconhece que “os dadores estão cansados de 40 anos de golpes e instabilidade, corrupção e incompetência”, mas lamenta que a Guiné-Bissau seja um país “quase esquecido” e “subfinanciado”. 

Na sua opinião, “Portugal é dos poucos países que realmente se preocupa com a Guiné-Bissau”. Angola “tem os meios financeiros para investir realmente na Guiné-Bissau”, mas os políticos e militares locais “conseguiram antagonizar e alienar os angolanos, lamenta

http://www.ionline.pt/artigos/mundo/politicos-sao-principais-responsaveis-estado-da-guine-bissau-diz-ramos-horta/pag/-1

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Grande Entrevista: Balanço sucinto do período de transição – Porta-voz do governo de transição

Fernando Vaz
 O ministro de Estado, da Presidência de Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e Porta-voz do Governo reconheceu, na semana passada, num balanço antecipado do período transitório, que o Governo de Transição foi vítima de quase todos os parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, mas mesmo assim, segundo o governante, conseguiu cumprir com a sua missão prioritária.

VIII Congresso do PAIGC elege seus três vice-presidentes em Cacheu

Os três vice-presidentes são, designadamente, Carlos Correia, Hadja Satu Camará e Baciro Djá, noticiou a Rádio Difusão Nacional, a emissora pública nacional da Guiné-Bissau.

Entretanto, de acordo com a agência noticiosa PNN, o antigo líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior, considerou Domingos Simões Pereira, eleito líder do partido no domingo, dia 9, a pessoa certa para unir a família partidária e para a estabilidade da Guiné-Bissau.

Guiné-Bissau: Presidente do PRS felicita eleição de Domingos Simões Pereira


Numa carta datada de 10 de Fevereiro, em nome do Presidente do PRS, Alberto Nambeia, o partido disse ter conhecimento do expressivo acto de votação que ditou a eleição de Domingos Simões Pereira para Presidente do PAIGC. 

«Peço-lhe que aceite, em nome do PRS e em meu nome próprio, as mais calorosas felicitações e os votos de maior sucesso no exercício deste mandato que lhe foi confiado», lê-se na mensagem.

O PRS disse estar disponível para compartilhar politicamente com a nova direcção do PAIGC, para encontrar soluções urgentes e profundas sobre as graves crises que a Guiné-Bissau atravessa. 

Novo presidente do PAIGC apela à união e reconciliação do partido

Sede do PAIGC em Bissau

Domingos Simões Pereira, antigo secretário executivo da CPLP, foi eleito presidente durante o oitavo congresso do partido.

Domingos Simões Pereira mereceu a confiança de 707 delegados, contra 436 de Braima Camara e 15 de Aristides Ocante da Silva.

Além de expressar o seu agradecimento e respeito pelos seus adversários, Domingos Simões Pereira lançou um apelo de união e reconciliação no seio do PAIGC.

Numa abordagem analítica à vitória de Domingos Simões Pereira, Rui Landim, uma das vozes notáveis no panorama de comunicação sobre o contexto político guineense, perspectivou três cenários em presença.

"Transmite um novo fôlego à vida política no país, é um ponto de viragem para as novas gerações que estão em vias de assumir a liderança do partido e, do ponto de vista democrático, foi dada agora uma lição nessa área", resumiu.

Os dois candidatos, Braima Camara e Aristides Ocante da Silva, reconheceram logo a derrota.

Uma atitude política que para Rui Landim representa uma lição democrática extraordinária, num país onde historicamente as contestações de resultados de disputas democráticas internas ou de dimensão nacional regem a actuação dos autores políticos.

O analista avança com perspectivas do que que será o PAIGC nos tempos que vem, em caso dos protagonistas deste congresso convergirem as suas posições em volta do interesse comum.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Futuro da Guiné-Bissau passa por "reforma profunda" do setor da segurança, defende analista

Paulo Gorjão, investigador, salienta que novo presidente do PAIGC, Domingos Pereira, é uma "figura credível", mas defende que o país e a comunidade internacional devem criar condições para a candidatura de Gomes Júnior. 

Governo pede a assessores da venda da TAP que reavaliem dispersão em bolsa

Presidente da TAP defende que “talvez não seja o melhor momento para a privatização ocorrer
O Governo pediu aos assessores que estão a apoiar o Estado na privatização da TAP para reavaliarem o cenário de aumento de capital da transportadora aérea através da dispersão em bolsa. Apesar de o modelo não ser consensual, o executivo quer testar todos as possibilidades antes de tomar uma decisão definitiva sobre a venda da companhia. O pedido foi feito em Janeiro, ao mesmo tempo que foi solicitada uma actualização financeira do valor da empresa, com base nos resultados de 2013.

PS quer ouvir Rui Machete sobre incidente dos passageiros ilegais vindos da Guiné-Bissau

O ministroé ouvido à porta fechada sobre incidente com Guiné Bissau
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, vai ser ouvido na terça-feira no Parlamento, a pedido do PS, sobre as diligências realizadas pelo Governo português após o embarque forçado de 74 passageiros ilegais num avião da TAP na Guiné-Bissau.

O incidente, ocorrido há dois meses em Bissau, levou à suspensão das ligações aéreas entre Lisboa e Bissau pela TAP e foi fortemente criticado pelas autoridades portuguesas, desde logo pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que o classificou como "muito próximo dos actos de terrorismo".

A audição do governante, que decorre na comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas à porta fechada, foi pedida pelos deputados socialistas, que pedem esclarecimentos sobre "as diligências feitas e eventuais posteriores iniciativas que venham a ser tomadas".

"A permeabilidade da fronteira guineense é claramente um motivo de preocupação para Portugal e para a União Europeia. A suspensão dos únicos voos que ligavam a Guiné-Bissau ao continente europeu é por si só também motivo de preocupação", afirma o requerimento, subscrito pelo deputado do PS Paulo Pisco.

Rui Machete afirmou recentemente que o Governo português fará "alguns esforços" para que sejam retomadas as ligações aéreas com a Guiné-Bissau, interrompidas em Dezembro, "em prol" dos guineenses e dos portugueses.

"Não esqueço que os recentes incidentes que aconteceram em Bissau têm também de ser superados e faremos alguns esforços (...) para encontrar as vias para que se restabeleça também aí a normalidade, que é muito desejada", disse o ministro, durante uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.

No entanto, é necessário ultrapassar "algumas situações jurídicas -- derivadas da situação de o Governo [da Guiné-Bissau] ser um governo 'de facto' - em prol sobretudo dos guineenses e do povo português, se possível", disse o ministro, aludindo ao embarque forçado de 74 passageiros, alegadamente de nacionalidade síria, com passaportes falsos, em Bissau, num voo da TAP com destino a Lisboa, no dia 10 de Dezembro passado.

Dois meses após o incidente, ainda ninguém foi responsabilizado na Guiné-Bissau, apesar de um inquérito ter concluído que o ministro do Interior, Suka Ntchama, deu a ordem de embarque forçado.

Apesar de Suka Ntchama ter colocado o lugar à disposição, contínua em funções, com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, a referir que cabe ao Ministério Público apurar todas as responsabilidades criminais.

Depois da sessão à porta fechada, Rui Machete será ouvido também na terça-feira à tarde pela comissão de Negócios Estrangeiros, "para debater a política geral do ministério e outros assuntos de actualidade", segundo informação disponibilizada na página da internet do Parlamento.
LUSA 10/02/2014

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

NÚMEROS DOS VOTOS:

          Domingos Simões Pereira, 707 votos; 

                    Braima Camará, 436 votos 

            Aristides Ocante da Silva, 15 votos.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Domingos Simões Pereira e novo Presidente do PAIGC no VIII Congresso do PAIGC, em Cacheu

O Presidente do PAIGC para os próximos anos é DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

Domingos Simões Pereira e novo Presidente do PAIGC no VIII Congresso do PAIGC, em Cacheu

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Juiz espanhol quer a detenção de ex-Presidente chinês

O juiz da Audiência Nacional espanhola Ismael Moreno decidiu hoje iniciar o processo que levará à emissão de um mandado de captura internacional contra cinco antigos líderes comunistas chineses, incluindo o ex-Presidente Jiang Zemin. Na providência, Moreno afirma "ditar as resoluções pertinentes para dar cumprimento imediato à emissão das ordens internacionais de detenção" contra Zemin e quatro outros antigos dirigentes chineses pela repressão no Tibete.

Os ex-dirigentes chineses foram acusados pelas vítimas de participarem num ataque "generalizado e sistemático contra a população tibetana", entre finais da década de 1980 e princípios de 1990. Moreno emitiu esta providência, depois de a quarta secção da Audiência Nacional ter recusado na quarta-feira o pedido da procuradoria de anulação das ordens de detenção, que causaram um forte "mal-estar" no Governo chinês.

Presidente ONU defende que Guiné-Bissau terá que mudar chefias militares


O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, defendeu hoje que o primeiro passo do presidente a ser eleito nas eleições de março terá de ser a remodelação das chefias das Forças Armadas.

Para Ramos-Horta, o presidente terá que contar com o primeiro-ministro e o partido vencedor das eleições legislativas na tarefa que diz ser "essencial e crucial" para a modernização da estrutura militar.

O representante das Nações Unidas falava à margem de uma visita à sede da Rede das Mulheres contra a Violência de Género (Renluv), em Bissau.

A unidade dos titulares de cargos públicos na tarefa da reforma do setor militar "é uma condição primordial" para o sucesso da iniciativa, observou Ramos-Horta.

"Têm que estar unidos. Porque senão, o Governo propõe a reforma das Forças Armadas e o presidente faz politiquice e diz que não", enfatizou o responsável do gabinete integrado das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

Ramos-Horta não entende a reforma das Forças Armadas como oportunidade para "expulsar ninguém".

O responsável da ONU aconselha os políticos e a sociedade civil guineenses a serem inteligentes nessa tarefa.

Ainda que o objetivo final seja a modernização das Forças Armadas, Ramos-Horta diz que a alteração da atual chefia "é a condição principal" para se atingir esse fim.

"Seria uma reforma com honra e com dignidade. Ninguém vai ser perseguido", referiu, considerando importante manter privilégios.

"A paz faz-se assim, não é com perseguições", sublinhou o chefe da UNIOGBIS.

José Ramos-Horta referiu que estava previsto o fim da sua missão na Guiné-Bissau no próximo domingo, mas já anunciou que continuará no país durante o processo eleitoral.

http://www.noticiasaominuto.com/mundo/170992/onu-defende-que-guine-bissau-tera-que-mudar-chefias-militares#.UvT0VfldW8A

Recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau termina no Sábado, 8 de fevereiro de 2014 às 21:00


O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau termina no sábado às 21:00, prologando-se por mais dois dias na diáspora, anunciou hoje o governo de transição em comunicado. 

No documento, subscrito pelo ministro da administração do território e poder local, Baptista Té, é também feito um apelo "a todos os cidadãos com idade de votar e que ainda não fizeram a sua inscrição" para que se dirijam a uma das mesas de recenseamento. 

De acordo com uma tabela com cada um dos 44 setores em que se divide a Guiné-Bissau, o recenseamento atingiu hoje 91 por cento do universo estimado de cerca de 811 mil eleitores.

A região de Quinará, no sul da Guiné-Bissau, é a que regista maior percentagem de eleitores registados, 98 por cento, enquanto o valor mais baixo é o da região de Gabú, a leste, com 86 por cento.

Na diáspora estão registados 19.960 eleitores. 

As eleições gerais na Guiné-Bissau estão marcadas para 16 de março, mas a data está em risco. 

Devido a diversos problemas de implementação no terreno, o recenseamento (que devia ter decorrido em dezembro) foi prolongado, o que deverá obrigar o parlamento a alterar as leis eleitorais para encurtar prazos legais. 

Mesmo encurtando prazos, poderá já não ser possível manter a data da votação. 

O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, classificou na terça-feira a operação de recenseamento como "um sucesso" e admite que as eleições possam ser adiadas, "no máximo", duas semanas. 

O presidente de transição, Serifo Nhamadjo, iniciou esta semana uma ronda de contactos com diferentes forças vivas do país e com a comunidade internacional para tomar uma decisão sobre o assunto

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Cada vez mais bebés e crianças sujeitas à mutilação genital feminina na Guiné


Há cada vez mais bebés e crianças com menos de quatro anos sujeitas à mutilação genital feminina na Guiné-Bissau, alertou a delegação no país do Fundo das Nações Unidas para as Crianças.

"Infelizmente, os dados mostram que, cada vez mais, a prática é feita nas meninas menores de quatro anos e bebés com idade inferior a 12 meses", refere o Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF) em comunicado, a propósito do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que se assinala esta quinta-feira.

Os dados do Inquérito de Indicadores Múltiplos na Guiné-Bissau, documento estatístico relativo a 2010, indicam que metade das mulheres do país "com idades compreendidas entre os 15 e 49 anos ainda sofrem desta prática".

"Estima-se que entre 272 a 500 mil meninas e mulheres estão exposta à mutilação genital", acrescenta.

Apesar dos números, "vários progressos foram conseguido no país", destaca o UNICEF, realçando a aprovação pela Assembleia Nacional Popular de uma lei que proíbe e o compromisso dos líderes religiosos para abandono da mutilação genital.

A excisão ou mutilação dos órgãos genitais femininos é uma prática com tradições seculares que persiste em muitas comunidades com o objetivo de condicionar a liberdade sexual das mulheres até ao casamento - que em muitos casos é negociado pela família, sendo a mutilação um requisito.


A prática é responsável pela morte de crianças e mulheres devido a problemas como hemorragias ou infeções, pela falta de condições em que é praticada, e é causa frequente de traumas físicos e psicológicos para quem sobrevive.

"Alta probabilidade" de extração de petróleo nas águas da Guiné-Bissau


A empresa Australiana FAR limited considera que há uma alta probabilidade de extração de petróleo, a custos comercialmente atrativos, nas águas ao largo da Guiné-Bissau. 

Segundo a empresa FAR limited, descobertas feitas na prospeção ao largo da costa guineense mostram que "a possibilidade de sucesso de exploração" num poço cuja perfuração está prevista "para final de 2014, é relativamente alta". 

Tendo em conta que se trata de uma zona de águas pouco profundas, "os custos de exploração e desenvolvimento são comercialmente atraentes", sublinha a empresa no mesmo comunicado. 

"A avaliação de recursos de hidrocarbonetos da FAR confirma um potencial da ordem dos milhares de milhões de barris de petróleo na zona 'off-shore' (no mar) da Guiné-Bissau para a qual a FAR possui licenças" acrescenta. 

A FAR partilha as licenças para a zona ao largo da Guiné-Bissau com outras firmas do ramo. 

O anúncio da empresa surge depois de um estudo independente encomendado pela CAP Energy a uma consultora francesa, divulgado no início de janeiro, confirmar o potencial de blocos de prospeção nas águas guineenses.

Na altura, um comunicado da empresa dirigido ao mercado referia que o potencial está "acima das expetativas".