quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Bebida Cientistas europeus revelam novos benefícios do consumo de cerveja

Cientistas europeus destacaram hoje os efeitos benéficos do consumo moderado de cerveja e rejeitaram o mito da "barriga de cerveja".


"O consumo moderado de cerveja em adição a uma dieta saudável, como a mediterrânica, ajuda a prevenir problemas cardiovasculares maiores, como o enfarte do miocárdio ou os acidentes vasculares cerebrais", afirmou Ramón Estruch, do Hospital Clínic de Barcelona, durante o VII Congresso Europeu sobre Cerveja e Saúde, realizado hoje em Bruxelas.

Vários centros de investigação, entre os quais o Centro de Investigação Cardiovascular (CSIC-ICCC) da Catalunha, a Universidade de Barcelona e o Hospital Clínic de Barcelona, realçaram os possíveis benefícios da cerveja, com ou sem álcool, na saúde cardiovascular, obesidade, nutrição e prevenção do envelhecimento celular.

Linda Badimón, diretora do CSIC-ICCC, destacou que a ingestão moderada de cerveja pode "favorecer a função cardíaca global".

As quantidades consideradas moderadas seriam dois copos (40cl) para homens e um copo (20cl) para mulheres, diariamente.

A investigadora Rosa Lamuela, da Universidade de Barcelona, adiantou que os polifenóis, substâncias encontradas maioritariamente em alimentos de origem vegetal, podem reduzir os riscos de problemas cardiovasculares e cancro, devido às suas propriedades antioxidantes.

"Na cerveja encontrámos até 50 tipos de polifenóis que, ingeridos pelo organismo, possuem efeitos benéficos sobre a pressão arterial, os lípidos ou a resistência à insulina", disse Rosa Lamuela no congresso, que reuniu cerca de 160 especialistas internacionais em medicina, nutrição e dietética, provenientes de 24 países.

A médica de saúde pública do Reino Unido Kathryn O'Sullivan desmentiu a crença da "barriga de cerveja", por "não possuir nenhum fundamento científico" e acrescentou que o consumo excessivo de qualquer tipo de álcool pode levar ao aumento de peso, mas não o consumo moderado.

A reidratação que a cerveja proporciona a desportistas foi outro dos aspetos destacados durante o congresso, com participantes no congresso a defenderem que a cerveja, ao contrário de outras bebidas alcoólicas, possui pouco álcool, muita água (95%) e potássio, o que a torna apta para a reidratação após exercício físico.

Dado que o excesso de exercício físico aumenta o risco de doenças no trato respiratório superior, a cerveja pode ser utilizada para reduzir a sua inflamação e infeção, já que possui elementos polifenólicos, declarou Johannes Scherr, da Universidade de Munique.

O congresso contou ainda com a presença de médicos de centros de investigação da Irlanda, Roménia, Itália, e Holanda.
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/283605/cientistas-europeus-revelam-novos-beneficios-do-consumo-de-cerveja

Presidente indulta militares no caso 21 de Outubro

José Mário Vaz publicou o decreto que revoga, por indulto, a pena de prisão aplicada a todos os indivíduos condenados em conexão com o polémico caso de 21 de Outubro de 2012.


Os prisioneiros militares da Guiné-Bissau julgados e condenados a diferentes penas de prisão por atentado à segurança do Estado a 21 de Outubro de 2012 viram hoje, 30, as suas penas indultadas pelo presidente guineense.

Guiné-Bissau: Explosão de mina dá que pensar

Aquando do conflito político-militar de 7 de Junho de 1998, muitas zonas, palco de teatros de operações militares, foram minadas pelas então forças beligerantes.


A Guiné-Bissau já observou os dois dias de luto nacional na sequência da morte, no último fim-de-semana, de 22 pessoas vítimas da explosão de uma mina anti-tanque no troço que liga Bissorã à Encheia, localidades no norte do país.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Parceiros Guiné-Bissau vai à assembleia-geral da ONU pedir confiança renovada


Simões Pereira deverá viajar na quarta-feira para Nova Iorque para discursar na tarde de sexta-feira, dia 26.

"Vamos pedir que nos deem uma nova chance, que acreditem nos novos desígnios da nação", referiu em declarações feitas na segunda-feira.

O novo governo assumiu funções no início de julho após as eleições gerais deste ano que puseram fim ao regime de transição que tomou o poder depois do golpe de Estado de abril de 2012.

Em representação do país, Domingos Simões Pereira pretende consolidar o reatamento das relações diplomáticas com a comunidade internacional e garantir que há uma viragem no país rumo à estabilidade duradoura e desenvolvimento.

A comunidade internacional "precisa dar um sinal de confiança neste país e neste governo", destacou.

"A Assembleia Geral das Nações Unidas é o maior palco do concerto das nações. Vamos encontrar os nossos parceiros, tanto multilaterais [no quadro de organizações internacionais] como bilaterais [os próprios países], e vamos fazer uma advocacia a favor do país", explicou Domingos Simões Pereira.

Um apelo aos outros países "para que permitam realmente que o nosso programa seja implementado e possamos ir para a próxima mesa redonda numa condição de confiança", referiu.

O fim das sanções à Guiné-Bissau e a apoio "às necessidades mais básicas" do país são dois pontos essenciais, acrescentou o líder do governo guineense.

Domingos Simões Pereira viaja acompanhado por uma comitiva que inclui, entre outros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Lopes da Rosa.

Para além do discurso em representação da Guiné-Bissau marcado para sexta-feira estão previstas outras atividades, entre as quais um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete.
Noticiasaominuto

Governo exonera direcção da Câmara Municipal de Bissau


O ministro da Administração Interna exonerou o presidente e o vice-presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), António Artur Sanha e Marciano Indi, das funções que exerciam desde o período do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

Um despacho assinado pelo titular da pasta da Administração Interna refere que a medida se enquadra na necessidade de reestruturação do Ministério em causa na implementação das exigências do actual Governo, de forma a responder aos desafios que se impõem na instituição.

Em consequência, o ministro da Administração Interna indicou ao secretário de Estado do Ordenamento do Território no sentido de assumir, de forma transitória, a direcção da Câmara Municipal de Bissau até à escolha dos novos titulares.
VOA

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Reforma das Forças Armadas dominam o debate na Guiné-Bissau

Na Guiné-Bissau, depois da nomeação e tomada de posse do novo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Biague Na Tan, aguarda-se agora a indicação dos chefes dos ramos do exército.

Brigadeiro-general Biague Na Ntan nomeado novo Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas


O Brigadeiro-general Biague Na Ntan (na reserva) foi nomeado o novo Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

O decreto presidencial 41 foi divulgado nas primeiras horas da quarta-feira em Bissau, depois de um dia de consultas entre as chefias militares e civis guineenses.

Durante a noite de terça-feira, o Conselho de Ministros esteve reunido numa sessão extraordinária, para analisar a escolha submetida pelo Conselho Superior da Defesa Nacional (CSDN) que recaiu sobre Biague Na Ntan. A sua tomada de posse está marcada para esta quarta-feira, por cerca das 14 horas locais e terá lugar no Palácio da República.

Biague Na Ntan, natural de uma pequena aldeia chamada Finete (nos arredores de Bambadinca), era até aqui o actual Chefe da Casa Militar da Presidência da República da Guiné-Bissau. Na Ntan tinha sido nomeado para o cargo no passado dia 17 de Julho, pelo decreto Presidencial número 39 assinado pelo Presidente da República José Mário Vaz.

Militar na reserva, Biague Na Ntan era Comandante-geral do Corpo da extinta Guarda-fiscal, na altura quando Mário Vaz era ministro das Finanças, no governo de Carlos Gomes Júnior deposto a 12 de Abril de 2012.

Biague Na Ntan — que muitos consideram como “amigo pessoal” de José Mário Vaz — já desempenhou as funções do vice-Chefe do Estado-maior do Exército.

Na segunda-feira, o Presidente da República afastou António Indjai do cargo de Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Militar - Presidente da Guiné-Bissau exonerou Chefe das Forças Armadas

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, exonerou na segunda-feira o general António Indjai do cargo de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), de acordo com um decreto presidencial.

O líder militar esteve à frente do golpe de Estado de 2012 e a sua substituição era admitida por círculos políticos e militares na sequência da eleição de novas autoridades, que tomaram posse em junho e julho.

"É o general António Indjai exonerado do cargo de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas. Este decreto entra imediatamente em vigor", referem os dois únicos artigos do decreto presidencial lido pelas 21:30 de segunda-feira na Rádio Difusão Nacional.

O decreto é justificado "considerando que o processo de transição política terminou com a tomada de posse de órgãos de soberania democraticamente eleitos", refere o parágrafo que introduz os artigos.

De acordo com fonte presidencial, José Mário Vaz deverá marcar para hoje o Conselho Nacional da Defesa para realizar auscultações com vista à nomeação de um novo CEMGFA.

António Indjai era vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e passou a liderar os militares guineenses quando a 01 de abril de 2010 destituiu o então CEMGFA, Zamora Induta - tendo também detido, por algumas horas, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, em mais um episódio da crónica instabilidade política e militar do país.

Entre outros motivos, Indjai acusou Induta de desrespeito às normas militares e uso de bens do exército em proveito próprio.

A 12 de abril de 2012 e após vários momentos de tensão com o governo, o general liderou os militares num golpe de Estado em que depôs o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o presidente da República interino, Raimundo Pereira.

Na altura, acusou-os de prepararem a entrada de forças militares estrangeiras no país, ao passo que os governantes diziam querer garantir a estabilidade no país.

O golpe de 2012 acabaria por interromper a segunda volta das eleições presidenciais.

A 18 de abril de 2013, António Indjai foi acusado pela justiça dos EUA de participação numa operação internacional de tráfico de drogas e armas, acusação que se mantém, recaindo sobre o general um mandado de captura norte-americano.

A acusação surgiu depois de um antigo líder da Marinha guineense, Bubo Na Tchuto, ter sido detido dias antes, a 04 de abril, em águas internacionais, perto de Cabo Verde, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana, juntamente com outros quatro guineenses.

Indjai permaneceu em Bissau e tem o seu papel tem sido comentando por diferentes figuras nos últimos meses.

Em junho, o então representante das Nações Unidas no país, José Ramos-Horta, defendeu o levantamento das sanções internacionais contra o general considerando ser a melhor forma de agir, "com pragmatismo e prudência, na reforma das forças armadas e na consolidação da estabilidade política no país".

Outra referência a Indjai foi feita por Elisabete Azevedo-Harman, analista da Chatham House, considerando que "o mandado de captura norte-americano pode precisar de ser atenuado, talvez mostrando através de canais diplomáticos que ele não será ativamente perseguido desde que permaneça em Bissau".

Num texto de análise publicado em maio no portal do Instituto Real de Relações Internacionais britânico, aquela investigadora em assuntos africanos acredita que vai ter quer ser "moldado um compromisso" para os militares se afastarem da esfera política e cortarem ligações com o crime organizado.

http://www.noticiasaominuto.com/mundo/276123/presidente-da-guine-bissau-exonerou-chefe-das-forcas-armadas?utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed

quarta-feira, 30 de julho de 2014

quinta-feira, 17 de julho de 2014

União Europeia ajuda Guiné-Bissau com 60 milhões de euros


Antes do anúncio, o Conselho da União Europeia suspendeu as medidas que limitavam a cooperação da UE com a Guiné-Bissau.

O Conselho da União Europeia suspendeu hoje as medidas que limitavam a cooperação da União Europeia(UE) com a Guiné-Bissau, na sequência da realização de eleições livres e credíveis. O anúncio foi feito poucas horas antes de a UE revelar a aprovação de um pacote de ajuda financeira à Guiné-Bissau, de médio prazo, no valor de 60 milhões de euros. 

O anúncio foi feito esta manhã, 16, em Bruxelas pelo ainda presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, numa conferência de imprensa juntamente com o primeiro-ministro da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira.

Com esta ajuda, o Governo saído das eleições de 13 de Abril vai conseguir pagar parte dos salários dos funcionários públicos em atraso há sete meses, preparar o ano agrícola e a campanha da castanha e do cajú e ainda continuar o ano escolar que estava ameaçado de nulidade.

O pacote também vai contribuir para a distribuição regular de energia eléctrica e água às populações.

Entretanto, antes deste anúncio, o Conselho da União Europeia suspendeu as medidas que limitavam a cooperação da UE com a Guiné-Bissau.

A  Alta Representante da União Europeia  para os Negócios Estrangeiros e  Política de Segurança Catherine Ashton e o Comissário da UE responsável pelo Desenvolvimento Andris Piebalgs disseram  estar muito satisfeitos com esta decisão, uma vez que permite à União Europeia apoiar as autoridades no processo de reconstrução e estabilização do país.

A UE diz esperar que as autoridades da Guiné-Bissau dêem um carácter prioritário à execução dos seus compromissos, os quais foram assumidos durante o processo de consultas com o bloco em 2011 e que se referem, por exemplo, à reforma do sector da segurança, à renovação da hierarquia militar e à luta contra a impunidade.

Aliás, na conferência de imprensa de hoje em Bruxelas o primeiro-ministro da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira abordou a reforma do sector de defesa e segurança, dizendo que as decisões serão tomadas no seu devido tempo e depois de um amplo debate.
VOA.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Bruxelas Barroso recebe hoje primeiro-ministro da Guiné-Bissau


O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, recebe hoje, em Bruxelas, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, num encontro que marca o regresso à normalidade das relações entre as duas partes.

De acordo com o executivo comunitário, "esta visita é particularmente importante, pois marca o regresso à normalidade das relações entre a UE e Guiné-Bissau", e tem lugar apenas dois dias depois de o Conselho da União Europeia ter decidido retomar a cooperação plena com Bissau, levantando as medidas restritivas impostas em 2011.

Segundo a Comissão, José Manuel Durão Barroso e Domingos Simões Pereira discutirão apoio ao desenvolvimento e assistência, a necessidade de uma reforma do setor da segurança, e pescas.

No final do encontro, haverá lugar a uma conferência de imprensa conjunta na sede do executivo comunitário.

Depois da sua deslocação a Bruxelas, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, que tomou posse a 04 de julho passado, ruma a Lisboa, para uma visita a Portugal entre quinta-feira e domingo.
Noticiasaominuto

sábado, 12 de julho de 2014

Simão Mendes:Um hospital que carece de tudo


BISSAU - O primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira escolheu hoje,11, “Simão Mendes”, a maior unidade hospitalar do país, para abrir uma agenda de visitas a instituições públicas e privadas da Guiné-Bissau.

Trata-se de um hospital que carece de tudo.

Grave é a palavra encontrada pelo Chefe do Governo para descrever o que viu no Hospital Nacional “Simão Mendes”.

Domingos Simões Pereira esteve nas diferentes unidades clínicas do maior centro hospitalar do país. Um hospital que suporta situações de dificuldades extremas.

Presentemente, Simão Mendes enfrenta uma grave crise energética.

Mesmo com um grupo gerador autónomo, em muitas situações, a indisponibilidade financeira interna, porquanto o Governo não o atende, leva com que reiteradamente haja falta de gasóleo para o seu funcionamento, o que tem provocado mortes dos pacientes, sobretudo de crianças e mulheres.. Isto, porque, também, não há fornecimento regular da energia por parte da única e carente Empresa da Electricidade e Aguas da GB.

Confrontado com a situação, enquanto decoria ainda a visita, o Chefe do Governo instruiu, de imediato, ao secretário de Estado do Tesouro para  desbloquear um fundo de emergência para atender os problemas que actualmente afectam o funcionamento do referido hospital.

Ora, falar ainda do hospital Simão Mendes é reportar a falta de alimentação adequada para os pacientes. Fode Caramba Sanha é dos mais antigos técnicos responsáveis de saúde. Ele nos confirmou a dramática situação do hospital

Os problemas que condicionam ainda o quadro deficitário que se assiste há vários anos na maior unidade hospital do país tem a ver não só com as dificuldades do seu funcionamento, devido arazões administrativas, mas também com a ausência de um profissionalismo sério e responsável por parte do pessoal técnico.

Os relatos são preocupantes. Muitos pacientes morrem porque são desprezados ou porque os familiares não dispõem de meios financeiros para pagar os custos. As gravidas morrem nos partos. E como a culpa não morre solteira, o dedo acusador é apontado aos próprios tecnicos de saúde.  

No meio de tudo isso, conforme denuncia Fode Caramba Sanha, figuram as constantes violações das normas administrativas por parte dos técnicos de saude.
VOA

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Guiné Novo governo de Bissau integrado maioritariamente por figuras do PAIGC


O novo Governo constitucional da Guiné-Bissau hoje anunciado é integrado na sua maioria por figuras do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), mas também por elementos de partidos da oposição.

Governo da Guiné-Bissau não se limita ao PAIGC

Entrada em funções do executivo liderado por Simões Pereira completa formalmente regresso à democracia, após o golpe de 2012. Pasta da Defesa foi entregue a uma médica militar.


O novo Governo da Guiné-Bissau liderado pelo PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que tem maioria absoluta, inclui representantes da segunda força política do país, o PRS (Partido da Renovação Social), de pequenas forças partidárias e independentes. A sua entrada em funções completa formalmente o processo de regresso à democracia, após o golpe de Estado de Abril de 2012.

Entre os 16 ministros e 15 secretários de Estado do Governo liderado por Domingos Simões Pereira – cuja composição foi na tarde desta sexta-feira anunciada por decreto presidencial – está o secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, como ministro da Energia e Indústria.

A segunda figura do excecutivo é Baciro Djá, ministro da Defesa do primeiro-ministro Gomes Júnior, derrubado há dois anos pelos militares, que ocupará a pasta da Presidência e Assuntos Parlamentares.O ministro da Economia e Finanças é Geraldo Martins, ministro da Educação entre 2001 e 2003 e quadro do Banco Mundial. Os Negócios Estrangeiros foram confiados a Mário Lopes da Rosa, membro do PAIGC e ministro das Pescas do governo de transição, que agora cessa funções.

A delicada pasta da Defesa foi entregue a uma mulher, Cadi Mané, médica militar. Carmelita Pires, do pequeno Partido Unido Social-Democrático, que se distinguiu no combate ao narcotráfico, regressa ao cargo de ministro da Justiça, que ocupou entre 2007 e 2009.

Na campanha eleitoral, o primeiro-ministro Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tinha confidenciado a intenção de incluir no Executivo políticos não pertencentes ao PAIGC, que nas eleições do passado mês de Abril elegeu 57 dos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.

“Com a minha tomada de posse começa a tocar no sentido regressivo o relógio do período que pedimos para, em quatro anos mudarmos a sorte e o destino desta nação. Que Deus nos ajude e abençoe a Guiné-Bissau”, disse, citado pela agência guineense ANG, na quinta-feira, quando foi empossado.

O Presidente da República, José Mário Vaz, pediu-lhe “acção urgente” para retirar da “insustentável letargia” em que se encontra um país que, nos últimos anos, foi notícia quase só por más razões – pela violência político-militar, por assassinatos e golpes de Estado e por se ter tornado plataforma do tráfico internacional de droga. Para o regresso à democracia contribuíram a pressão internacional, o isolamento das autoridades pós-golpe e as dificuldades financeiras.

Um das incertezas do processo político guineense continua a ser o relacionamento entre o poder político e os militares que há dois anos derrubaram o Governo constitucional do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, Cadogo, à época líder do PAIGC, num golpe liderado por António Indjai, que permanece na chefia das Forças Armadas. Na campanha eleitoral Simões Pereira procurar tranquilizar a cúpula militar anunciado que não haveria “caça às bruxas”.  

 Gomes Júnior, que tinha vencido a primeira volta das presidenciais, está exilado e viu a sua candidatura presidencial inviabilizada pelo partido a que pertence, para não hostilizar a hierarquia militar. Do seu governo fazia parte, como ministro das Finanças, o novo Presidente da República, José Mário Vaz, que tomou posse na semana passada.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/governo-da-guinebissau-nao-se-limita-ao-paigc-1661680?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29

Novo executivo de Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira

O governo da Guiné-Bissau foi anunciado hoje, sexta-feira, um dia depois do empossamento de Domingos Simões Pereira como o novo primeiro-ministro do país.

O decreto do presidente guineense, José Mário Vaz, foi tornado público e o novo executivo de Domingos Simões Pereira conta com 16 ministérios, e 15 secretarias de Estado. Num total de 31 pastas, 5 são mulheres (ministras) e uma Secretária de Estado.

Ministros:

Baciro Dja, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares
Botche Candé, Ministro da Administração Interna
Mario Lopes da Rosa, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades 
Daniel Gomes, Ministro dos Recursos Naturais 
Geraldo Martins, Ministro da Economia e Finanças 
Cadi Mané, Ministra da Defesa Nacional
José António Almeida, Ministro das Obras Publicas, Construções e Urbanismo
Valentina Mendes, Ministra da Saúde Publica
Odete Semedo, Ministra da Educação Nacional
João Aníbal Pereira, Ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural
Bilony Nhassé, Ministra da Mulher, Família e Coesão Social
Florentino Mendes Pereira, Ministro da Energia e Industria 
Carmelita Pires, Ministra da Justiça
Agenlo Regala, Ministro da Comunicação Social
Ademiro Nelson Belo, Ministro da Função Publica e Reforma Administrativa
António Serifo Embalo, Ministro do Comerico e Artesanato 

Secretários de Estado:

Tomas Barbosa, Secretario de Estado da Juventude, Cultura e Desporto
Barros Bacar Banjai, Secretario de Estado do Ambiente
Vicente Fernandes, Secretario de Estado do Turismo
João Bernardo Vieira, Secretario de Estado dos Transportes e Comunicações
Ildefonso de Barros, Secretario de Estado das Pescas e Economia Marítima
Idelfrides Gomes Fernandes, Secretario de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades
José Dju, Secretario de Estado do Tesouro
Tomasia Manjuba, Secretaria de Estado do Orçamento e Assuntos e Fiscais
Degol Mendes, Secretario de Estado do Plano e Integração Regional
Domenico Sanca, Secretario de Estado da Ordem Publica
Abu Camará, Secretario de Estado do Ordenamento e administração do Território
Carlos Nhaté, Secretario de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria
Fernando Dias, Secretario de Estado do Ensino e investigação Cientifica
Domingos Malú, Secretario de Estado da Gestão Hospitalar
Filipe Quessangue, Secretario de Estado da Segurança Alimentar

Domingos Simões Pereira é o novo primeiro-minsitro da Guiné-Bissau


O chefe de Estado guineense garante todo o apoio ao Governo e quer que Domingos Simões Pereira apresente o mais urgentemente possível o seu elenco governativo.

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, tomou posse hoje.

A cerimónia decorreu no palácio presidencial na presença de várias individualidades nacionais e internacionais que assim quiseram testemunhar o regresso em plenitude à ordem constitucional no país.

Na sua intervenção, o Presidente da Republica José Mário Vaz começou por contextualizar o quadro politico da nomeação de Simões Pereira para o cargo do primeiro-ministro na sequência das eleições legislativas de Abril.

O chefe de Estado guineense garantiu todo apoio ao Governo emergente, daí ter instado Domingos Simões Pereira a apresentar o mais urgente possível o seu elenco governamental. 

Com a promessa de traçar os eixos prioritários da sua administração após a nomeação por decreto presidencial e consequente tomada de posse dos novos membros do Governo, que poderá acontecer nas próximas horas, o primeiro-ministro agora empossado, descreveu o significado do dia de hoje
VOA