segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

LICEUS PÚBLICOS DE BISSAU TENTAM FURAR A GREVE, MAS PROFESSORES RECUSAM COLABORAR


Os liceus públicos da capital Bissau, em particular os três do centro da cidade, Rui Barcelo Cunha, Dr. Agostinho Neto e Kwame N’Krumah, tentaram furar a nova greve de um mês decretada pelas duas organizações da classe dos professores (SINAPROF e SINDEPROF), mas a maioria dos professores destes estabelecimentos escolares recusaram colaborar, o que levou a que a maioria das salas de aulas se mantivessem fechadas.

A repórter do semanário O Democrata constatou a ausência total dos alunos nas escolas visitadas. O Liceu Kwame N’Krumah está vazio, sem alunos nem professores, enquanto os outros dois (Dr. Agostinho Neto e Rui Barcelo Cunha) registam, no seu perímetro e em algumas salas, um número insignificante de alunos a assistirem as aulas. Na escola do ensino básico complementar “Salvador Allende” (ciclo) também notou-se alguma presença de alunos e professores.

O liceu “Rui Barcelos Cunha” é a escola com maior número de alunos, que das quatro escolas visitadas pela repórter, ainda assim não conseguiu funcionar normalmente.

O director da escola “Rui Barcelos Cunha”, Horácio Lourenço Mendes, exortou em entrevista aos pais que estes mandassem os filhos à escola, justificando que existem professores com vontade de dar aulas e que seja dado o benefício de dúvida ao governo por parte dos sindicatos.

“A iniciativa de alguns professores de irem às salas de aulas é louvável, apesar de 21 professores não a terem subscrito, de um total de 147 professores que lecionam na escola”, contou.

Assegurou que o governo liderado por Aristides Gomes não tem capacidade para resolver certos pontos constantes nas reivindicações dos sindicatos. Acrescentou que só um governo saído das eleições de Março terá as condições para satisfazer gradualmente as preocupações dos sindicatos dos professores.

O diretor do liceu “Dr. Agostinho Neto”, Samuel Fernando Mango, diz temer a nulidade deste ano escolar, razão pela qual pediu às partes que privilegiem o diálogo no sentido de encontrar soluções que permitam a suspensão da greve e consequentemente a reabertura das salas de aulas.

Por: Epifânea Mendonça

OdemocrataGB

Sem comentários:

Enviar um comentário