As Nações Unidas, através das suas diversas áreas de intervenção na Guiné-Bissau, nunca tiveram a coragem de seleccionar, referenciar e apoiar, iniciativas multidisciplinares, no âmbito da Cidadania Política, de simples cidadãos guineenses, cujos trabalhos, foram sucessivamente aproveitados, para melhor conhecimento e posicionamento, sobre a Guiné-Bissau, por diversos representantes do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau!
Por que razão as Nações Unidas atribuem estatutos de "Embaixador" a músicos, a promotores de projectos de limpeza, ignorando completamente, iniciativas no âmbito da Cidadania Política, de cidadãos que põem em causa e risco, suas vidas, face às suas ideias, opiniões e posicionamentos, sobre o que está mal, no Sistema e no dirigismo político do nosso Estado?
Infelizmente, os milhões contabilizados como investimentos, ou gastos, das Nações Unidas na Guiné-Bissau, nunca serviram para apoiar ou promover iniciativas de Cidadania Política, de cidadãos guineenses, no País e na Diáspora!
É vergonhoso que uma Organização Mundial que gere milhões, de milhões disponibilizados pelos Estados-membros, ignore/exclua, a intelectualidade de um Estado-membro, ainda que, aproveite, de forma oportunista, as análises, as perspectivas e os posicionamentos de cidadãos, filhos da Guiné-Bissau, por quem nunca tiveram respeito e consideração.
A minha questão é: onde se enquadra a perspectiva da Cidadania Política na Organização das Nações Unidas, no Geral, e, em particular, na Guiné-Bissau?
Positiva e construtivamente.
Didinho 06.08.2019
