sábado, 18 de outubro de 2025
O líder da APU–PDGB, Nuno Gomes Nabiam, esclareceu este fim de semana a sua posição relativamente à recente decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e reafirmou o seu apoio ao segundo mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló... A declaração foi feita durante uma visita aos setores de Mansoa e Bissorã, no âmbito das atividades políticas da coligação. Nabiam esteve acompanhado por Félix Blutna Nandunguê, presidente do PRS, com quem partilhou momentos de contacto com as populações locais.
O Príncipe Randian, conhecido como "A Lagarta Humana" ou "O Tronco Vivo", nasceu em 1871 na Guiana Inglesa sem braços nem pernas e superou suas limitações físicas de maneira notável.
O Príncipe Randian, conhecido como "A Lagarta Humana" ou "O Tronco Vivo", superou as expectativas ao viver uma vida notável, apesar de ter nascido sem braços e pernas na Guiana Inglesa em 1871.
Ele se tornou um artista de circo talentoso e inteligente, com habilidades para escrever, pintar, barbear-se e acender cigarros com a boca, além de falar várias línguas. Sua vida também incluiu um casamento e quatro filhos, mostrando que ele viveu uma vida plena e resiliente.
Talentos incríveis: Randian possuía uma destreza e inteligência notáveis, que ele usava para entreter o público.
Habilidades: Apesar de sua condição, demonstrou habilidades notáveis usando sua boca para atividades como pintar, escrever e acender cigarros.
Falava fluentemente inglês, alemão, francês e hindi.
Resiliência e determinação: Ele não permitiu que suas limitações físicas o impedissem de ter uma vida plena.
Casou-se e teve quatro filhos.
Teve um senso de humor afiado e uma atitude otimista.
Fez sucesso em circos americanos, especialmente com P.T. Barnum.
Legado: A vida de Randian é um símbolo de inspiração e força de vontade, demonstrando como é possível superar obstáculos físicos para viver uma vida extraordinária. Ele é lembrado como uma lição de vida para aqueles que se conformam com a situação.
Tornou-se eternizado no filme de 1932, "Freaks", e é lembrado como um exemplo de como as limitações físicas podem ser transformadas em feitos extraordinários.
Netanyahu diz que guerra terminará após "desarmamento do Hamas"... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que a guerra com o Hamas terminará quando estiver concluída a segunda fase do cessar-fogo em Gaza, que prevê o desarmamento do movimento islamita.
© ABIR SULTAN/POOL/AFP via Getty Images Lusa 18/10/2025
"A segunda fase inclui também o desarmamento do Hamas, ou mais precisamente, a desmilitarização da Faixa de Gaza e, antes disso, o confisco das armas do Hamas", disse Netanyahu numa entrevista televisiva ao Canal 14.
"Quando isto for realizado com sucesso --- espero que de forma simples, mas se não, da forma mais difícil --- então a guerra terminará", acrescentou o chefe do Governo israelita.
O plano de cessar-fogo - mediado pelos Estados Unidos e apoiado pelo Egito, Jordânia e Arábia Saudita - prevê três fases: a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e a reconstrução gradual do território, sob supervisão internacional.
A segunda etapa, centrada na "desmilitarização", continua a ser a mais controversa e a que Israel considera essencial para pôr fim ao conflito.
Durante a mesma entrevista, Netanyahu confirmou ainda que se recandidatará nas próximas eleições legislativas.
Questionado sobre se tencionava candidatar-se novamente ao cargo de primeiro-ministro, respondeu positivamente e, à pergunta sobre se vencerá, respondeu da mesma forma.
Como líder do Likud e figura dominante da política israelita nas últimas três décadas, Netanyahu soma mais de 18 anos no poder, com interrupções, desde 1996 --- um recorde na história do país.
O atual mandato tem sido marcado por protestos repetidos contra a sua proposta de reforma judicial e, mais recentemente, por fortes críticas das famílias dos reféns mantidos em Gaza, que o acusam de ter demorado a negociar a sua libertação.
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Milhares de pessoas ocuparam hoje a Avenida Pensilvânia, no centro de Washington, num grande protesto contra o rumo que Donald Trump está a dar aos Estados Unidos e que juntou música, dança e muitas críticas ao Presidente norte-americano.
Amnistia Internacional critica Portugal por proibir uso de véus que cobrem rosto... A organização Amnistia Internacional condenou hoje a aprovação, pelo parlamento português, do projeto-lei do Chega que prevê a proibição da ocultação do rosto em espaços públicos, considerando que é discriminatório e viola os direitos das mulheres.
© OMER ABRAR/AFP via Getty Images Lusa 18/10/2025
"A proposta é discriminatória e viola os direitos humanos das mulheres que optam por usar um véu para cobrir o rosto", afirma a organização em comunicado hoje divulgado.
O parlamento português aprovou na sexta-feira, na generalidade, o projeto de lei do partido Chega para proibir a utilização de burcas e outros véus que ocultem o rosto em espaços públicos, invocando os direitos das mulheres e questões de segurança.
Para a Amnistia, a aplicação desta medida tem também "implicações no direito à privacidade, no direito à liberdade de expressão e no direito à liberdade de reunião e manifestação pacíficas".
Referindo ter sérias dúvidas sobre a compatibilidade desta proibição com as obrigações do país ao abrigo do direito internacional em matéria de direitos humanos, a Amnistia sublinha que "nenhum decisor político deve ditar o que uma mulher pode ou não vestir".
Além disso, defendeu a organização, "nenhuma mulher deve ser punida por exercer a sua fé, identidade cultural ou crenças".
Para a Amnistia Internacional, esta proibição, "longe de defender os direitos das mulheres" viola "os direitos daquelas que optam por usar véus que cobrem todo o rosto, ao mesmo tempo em que pouco contribuiria para proteger aquelas que o fazem contra a sua vontade, que correm o risco de maior exclusão ou confinamento como resultado".
Embora reconheça que os véus que cobrem o rosto, como as 'burcas' e 'niqabs', podem colocar questões de segurança, a Amnistia Internacional sugere que as pessoas "podem ser obrigadas a revelar os seus rostos quando objetivamente seja necessário, por exemplo, para verificações de identidade", lembrando que isso já está previsto na lei portuguesa.
A proibição em Portugal do uso em espaços públicos de burcas e outros véus que cubram o rosto das mulheres segue uma tendência que foi adotada em mais de 20 países nos últimos anos, iniciada pela França em 2011.
Estes países, entre os quais se incluem a Espanha, Itália, Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, entre outros, justificam comummente a decisão com a necessidade de proteger os valores seculares, com o combate ao extremismo religioso ou com razões de segurança pública.
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Hamas vai entregar restos mortais de mais dois reféns... A ala militar do Hamas anunciou hoje que entregará os restos mortais de dois reféns israelitas encontrados em Gaza, depois de Israel ter condicionado a reabertura da fronteira de Rafah, à devolução dos corpos de reféns.
© Lusa 18/10/2025
As brigadas Ezzedine al-Qassam informaram que os corpos de dois prisioneiros israelitas cujos restos mortais foram hoje encontrados na Faixa de Gaza serão entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Pouco antes, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha confirmado que Rafah permanecerá encerrada "até novo aviso", e que a sua reabertura depende "do cumprimento, por parte do Hamas, das suas obrigações em relação à devolução dos reféns e dos corpos dos mortos, bem como da implementação integral do acordo de cessar-fogo".
A passagem de Rafah, considerada vital para a entrada de ajuda humanitária, encontra-se sob controlo israelita desde maio de 2024 e tem permanecido fechada, com exceção de breves períodos durante tréguas.
Entretanto, o coordenador humanitário das Nações Unidas, Tom Fletcher, visitou a cidade de Gaza, devastada por dois anos de guerra, destacando "a tarefa monumental" das agências internacionais para restabelecer serviços básicos.
Fletcher revelou um plano de 60 dias para distribuir um milhão de refeições diárias, reconstruir infraestruturas médicas e reinstalar centenas de milhares de crianças nas escolas.
Segundo o acordo de cessar-fogo, o Hamas comprometeu-se a libertar todos os reféns, vivos e mortos, até 13 de outubro.
Desde então, o grupo entregou os últimos 20 reféns vivos, mas apenas dez dos 28 corpos que mantinha em seu poder.
Telavive acusou o Hamas de "violar o acordo" por atrasos nas devoluções, garantindo que "não poupará esforços" até ao regresso de todos os reféns.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, afirmou que o movimento mantém o seu compromisso, mas alegou que "a identificação e recuperação dos corpos leva tempo" e denunciou "múltiplas violações do cessar-fogo" por parte de Israel.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a ofensiva israelita causou até agora 68.116 mortos, a maioria civis.
As autoridades locais estimam que cerca de 10.000 corpos continuem soterrados sob os escombros.
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A passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e o Egito, permanecerá encerrada "até novas ordens", anunciou hoje o Governo israelita, que condicionou a reabertura à devolução dos corpos dos reféns ainda detidos pelo Hamas.
Americanos em Lisboa protestam contra Trump: "Devolvam a democracia"... A manifestação dos norte-americanos contra as polícias de Donald Trump foi organizada pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto e começou pelas 15h00, na Praça do Comércio, em Lisboa.
© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images Notícias ao Minuto com Lusa 18/10/2025
Dezenas de pessoas manifestaram-se este sábado, na Praça do Comércio, em Lisboa, em solidariedade com os americanos nos Estados Unidos, no dia em que ocorre mais um protesto 'No Kings' ('Sem Reis', em português) contra o presidente Donald Trump.
O protesto foi organizado pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto e começou pelas 15h00. Dezenas de pessoas empunhavam cartazes e gritavam em coro: "No kings, no crowns" (Nem reis, nem coroas, numa tradução livre).
Uma das cidadãs presentes na manifestação exibe um cartaz rodeado de cinco cravos vermelhos, onde se lê "America needs what Portugal knows - Fight for true liberation" (A América precisa o que Portugal sabe - Lutar pela verdadeira libertação).
"Stand up, fight back when fascists attack" (Levanta-te, luta quando os fascistas atacam) é outro dos gritos ouvidos pelos populares, ao mesmo tempo que alguns oradores pediam voluntários para discursar.
"Estamos aqui para nos solidarizarmos com os cidadãos norte-americanos que discordam da política de Trump, apesar de haver quem nos considere terroristas", disse uma das oradoras.
Gerry Walkney, de 71 anos, deslocou-se de Setúbal onde reside há quase dois anos, por ser um "democrata assumido" e considerar necessário uma "grande união de norte-americanos" para destronarem o atual Presidente que "é péssimo no cargo e só tem prejudicado o país e o mundo".
"É necessário que o Congresso faça alguma coisa para destituir este Presidente, o que não tem acontecido, já que o Congresso nada tem feito", sublinhou.
Por trás de Gerry Walkney, um manifestante empunhava alto um cartaz onde se lê: "Above us only sky" (acima de nós só o céu).
"Bring back democracy (Tragam de volta a democracia) e "No Trump/No KKK [Klu Klux Klan]/No fascists in USA" são outras palavras de ordem dos participantes no protesto, organizado pelo Americans in Portugal United in Protest - AMPT.
"Fight ignorants Not immigrants" (Combate os ignorantes, não os imigrantes), declarava-se num cartaz.
Richard Emerson, um septuagenário residente em Lisboa há 30 anos, assumiu-se como independente, nas disse à Lusa ter aderido ao protesto por o país onde nasceu "não poder continuar entregue a um fascista".
"A democracia na América corre um risco muito sério e só é possível derrotar as políticas do 'rei' Trump com um movimento de contestação em massa a nível nacional e internacional".
É a "única forma", tal como aconteceu quando se pôs fim à guerra no Vietname", citou a título de exemplo.
Com cartaz onde se lia "A Cowering Congress Tolerates Tyrannical King Trump" (Um congresso covarde tolera o tirânico rei Trump), encimado por duas pequenas bandeiras dos EUA, Emerson sustentou a necessidade de continuarem a existir protestos destes no país e em todo o mundo para depor um homem que é uma "fonte de ódio para o mundo inteiro".
Chris Dee, natural de Filadélfia, onde a Constituição norte-americana foi redigida, reside em Lisboa há dois anos e meio e foi uma das oradoras no protesto.
Em declarações à Lusa, justificou a presença no evento com dois motivos: primeiro, porque sempre viveu em liberdade, tendo-se visto obrigada a sair dos EUA devido ao regime ditador de Trump.
Sublinhando que cresceu em Filadélfia, onde foi elaborada a Constituição, cujas normas Trump agora "rejeita e deita para o lixo a todo o momento", mostrou-se receosa pelo filho de 21 anos que é estudante universitário no Hawai.
"Tal como eu, o meu filho tem uma pele escura, e receio por ele todos os dias. Porque Trump só gosta de supremacia branca", frisou.
Além disso, não gostava que o meu filho e eventuais netos "vivessem em fascismo num dos países que tem das maiores tradições democráticas do mundo", observou.
Por seu turno, Leslie Sisman, uma das organizadoras e oradoras no protesto, sublinhou "a incompetência" do atual Presidente norte-americano.
Pode ver as imagens do protesto na galeria acima.
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Centenas de norte-americanos juntaram-se hoje em várias cidades espanholas para protestar contra o Presidente dos Estados Unidos, considerando-o "um tirano" que está a abusar da Constituição.
Ucranianos anseiam por eleições, mas "caem mil drones por noite"... O primeiro vice-presidente do parlamento da Ucrânia, Oleksandr Kornienko, afirma que os ucranianos anseiam por eleições, quase sete anos após a última votação, mas adverte que a organização de um escrutínio é incompatível com mil drones russos por noite.
Por LUSA
"É um dos principais rumores na Ucrânia: quando serão as eleições?", relata o número dois da Verkhovna Rada (parlamento), em entrevista à agência Lusa, dando conta de que os "ucranianos estão cansados" deste longo ciclo legislativo e desejam ser chamados às urnas logo que possível.
Kornienko, que foi líder entre 2019 e 2021 do partido maioritário Servo do Povo (do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky), esteve em Lisboa na sexta-feira, onde participou na conferencia internacional "Reconstrução da Ucrânia", promovida pelas representações de Kyiv e da Estónia em Portugal.
Sobre o momento politico na Ucrânia, conta como, na verdade, "é simples explicar" a ânsia de eleições, dando conta de um país que, desde a sua independência em 1991, teve numerosos ciclos legislativos interrompidos ao fim de um ano ou dois no máximo e "sete não é de todo habitual".
O responsável parlamentar de 41 anos descreve que muitos deputados apenas desejam terminar a nona e mais longa legislatura da democracia da Ucrânia e seguir outros percursos profissionais, antecedendo a convocatória para uma décima, que será "a mais difícil" da sua história.
"As pessoas já nos odeiam e nós odiamo-nos a nós próprios", declara Kornienko, lembrando o desconforto de ir ao supermercado e enfrentar outros clientes que perguntam "o que estão ainda ali a fazer?" ou das suas filhas que crescem sem assistir a uma renovação política, que, segundo defende, já pedia outro tipo de representação, como os veteranos das forças armadas.
Mais do que a lei marcial, em vigor desde a invasão russa em fevereiro de 2022, o vice-presidente da Verkhovna Rada assinala problemas técnicos e físicos que impedem a realização de uma votação em tempo de guerra.
Nesse sentido, questiona como é possível realizar eleições quando "caem mil [drones] shahed por noite" na Ucrânia, que tem cerca de 20% do seu território ocupado e que mobiliza centenas de milhares de militares nas zonas de combate, além de mais de cinco milhões de refugiados fora do país.
Kornienko acrescenta que a lei marcial prevê exceções aos direitos constitucionais, mas que "não são promovidas" pela Ucrânia, exemplificando com protestos constantes junto do parlamento de mães e familiares de prisioneiros de guerra e que não são dispersados, mesmo quando bloqueiam deputados, tal como as manifestações antigovernamentais em julho passado, quando Volodymyr Zelensky pretendia aprovar uma polémica reforma institucional na luta contra a corrupção.
"Eu fui um dos que acabou por votar a favor de uma boa decisão", recorda, a propósito da reversão da proposta presidencial, reconhecendo que a sua decisão foi reforçada pelos protestos daqueles "jovens brilhantes sem influências políticas" e que não foram reprimidos, do mesmo modo que destaca que a lei marcial não implicou a censura da comunicação social.
Dos 426 deputados em 2019, o responsável do parlamento refere que restam 395, dos quais três morreram entretanto, outros pertenciam a partidos pró-Kremlin ou tinham nacionalidade russa, havendo ainda um caso de um representante acusado de traição e que foi assassinado mais tarde em Moscovo, numa morte que vários media internacionais atribuíram aos serviços de informações de Kyiv.
Kornienko admite que já "é muito difícil motivar" uma parte dos deputados restantes a fazer mais do que as votações importantes em plenário, como o orçamento, a renovação da lei marcial a cada três meses, reformas militares no âmbito da cooperação com a NATO ou impostas pelo processo de adesão à União Europeia, apesar do bloqueio húngaro, mas que diz recolher 80% do apoio dos ucranianos.
Durante a sua visita a Lisboa, o vice-presidente da Verkhovna Rada viajou com deputados e autarcas sobretudo proveniente da região de Jitomir, na Ucrânia central, onde Portugal e Estónia apoiam projetos de reconstrução, salientando que alguns membros da delegação pertencem à oposição mas partilham "um consenso de responsabilidade".
Na essência, trata-se da recuperação de infraestruturas sociais, como escolas, hospitais, centros sociais, não só em resultado da destruição dos bombardeamentos russos, como da degradação de instalações da herança soviética, destacando um amplo projeto de abrigos antiaéreos nos estabelecimentos de ensino, "porque infelizmente precisam deles".
Na mesma linha, existem também iniciativas para dotar estas instalações civis com maior autonomia energética, "uma vez que há alertas e ataques aéreos a toda a hora".
"Só com a Unicef, equipámos mais de cem hospitais com painéis solares e armazéns, e faremos mais com os outros parceiros", observa, ao elogiar a cooperação com Portugal e Estónia em Jitomir e que prevê uma reforma educativa, tal como já tinha sido anunciado na primeira conferência sobre reconstrução da região, realizada no ano passado na cidade ucraniana.
A reconstrução da Ucrânia implica "muitos desafios" e não apenas provocados pela destruição, o que enquadra os atuais apoios em "caridade social" e não em investimento.
O político ucraniano assinala problemas colocados por "riscos de seguros de guerra", que está a merecer atenção das autoridades de Kyiv, mas que, mesmo para empresas internacionais experientes, "é algo novo" e sem paralelo em termos de escala com outros casos no passado, como o Iraque ou o Afeganistão.
Por outro lado, Kornienko lamenta que o seu país esteja a passar por falta de mão de obra, enquanto mantém uma "indústria agrícola brilhante, uma industria energética brilhante" e um PIB a crescer: "Não estamos a trabalhar mal em tempo de guerra".
Apesar do conflito, frisa que foi possível alcançar um grande acordo de investimento com os Estados Unidos, que pode ser útil na atração de novos investidores, embora reconheça que será mais fácil fazê-lo no oeste da Ucrânia e longe da linha de contacto com a invasão russa do que, por exemplo, na região de Kyiv, que é saturada por bombardeamentos persistentes.
"Temos de resolver a questão do seguro de risco e estamos a trabalhar nesse sentido com a Comissão Europeia e com os americanos", afirma, além de insistir na questão da falta de força de trabalho, em particular nas comunidades mais pequenas, e essa e uma das partes em que considera que o apoio português pode ser importante.
Kornienko elogia aliás a relação entre os dois países e o acolhimento de cerca de 40 mil ucranianos antes da guerra, a que somaram entretanto cerca de 60 mil refugiados, segundo dados da ONU, e o apoio constante a Kyiv desde o início da invasão russa: "Estamos sempre gratos a Portugal".
Hamas não se compromete com desarmamento e quer manter-se no terreno em Gaza... Está em vigor na Faixa de Gaza, desde há uma semana, um cessar-fogo, acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas. Mas o grupo revela não tencionar cumprir os pressupostos enunciados por Trump para um futuro de paz no território.
Por SIC Notícias
O Hamas quer manter o controlo em Gaza no período de transição. Em entrevista à agência Reuters, o grupo não se compromete com o desarmamento.
“Esta é uma fase de transição. A nível civil, haverá uma administração tecnocrática. Mas o Hamas estará presente no terreno”, assegurou Mohammed Nazzal, membro do gabinete político do Hamas, na entrevista à Reuters,
Questionado se o Hamas vai entregar as armas, o membro político do Hamas responde que não pode dizer “sim” ou “não”.
“Sinceramente, depende da natureza do projeto”, declarou.
Mohammed Nazzal defendeu também que, “após a fase de transição”, “será necessário” realizar eleições na Faixa de Gaza.
Está em vigor na Faixa de Gaza, desde há uma semana, um cessar-fogo, acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, promovido pelo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e negociado com a mediação do Egito, do Qatar, da Turquia e da Arábia Saudita.
O acordo implica, numa fase inicial, a retirada das forças israelitas do território de Gaza, a entrada de ajuda humanitária na região e a troca dos reféns israelitas por prisioneiros palestinianos. No futuro, o plano deveria passar pelo desarmamento do Hamas e pela entrega da governação da região a uma administração pós-guerra da qual o grupo estaria excluído.











