segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Cabo Verde decretou luto nacional de dois dias após uma tempestade que causou sete mortos e danos materiais significativos nas ilhas de São Vicente e Santo Antão. O Governo declarou estado de calamidade nas duas ilhas, mobilizando recursos para responder aos estragos e apoiar as pessoas afetadas.

Por sicnoticias.pt  11 ago.2025

Cabo Verde decreta luto nacional após tempestade mortal em São Vicente e Santo Antão

Cabo Verde decretou luto nacional de dois dias após uma tempestade que causou sete mortos e danos materiais significativos nas ilhas de São Vicente e Santo Antão. O Governo declarou estado de calamidade nas duas ilhas, mobilizando recursos para responder aos estragos e apoiar as pessoas afetadas.

Cabo Verde decretou luto nacional de dois dias, a partir desta terça-feira, na sequência da passagem de uma tempestade que causou sete mortos e danos materiais nas ilhas de São Vicente e Santo Antão.

As duas ilhas foram "severamente afetadas" na madrugada de segunda-feira por chuvas intensas, ventos fortes e inundações súbitas, resultando em "elevados prejuízos materiais" e em sete mortos em São Vicente, referiu o Governo de Ulisses Correia e Silva, em comunicado.

"O Governo manifesta o seu profundo pesar e solidariedade para com as famílias enlutadas e com todo o povo cabo-verdiano, no país e na diáspora, que partilham deste momento de dor", adiantou.

Durante o período de luto oficial, iniciado às 00:00 de 12 de agosto, todos os edifícios públicos e representações diplomáticas e consulares de Cabo Verde terão a bandeira a meia-haste. Serão também cancelados todos os espetáculos e manifestações públicas.

Governo cabo-verdiano declara estado de calamidade

Pelo menos sete pessoas morreram na ilha de São Vicente devido a chuvas intensas, existindo registo de desaparecidos, danos em vias públicas, habitações e viaturas.

Num anterior comunicado, o executivo da Praia afirmou que declarou situação de calamidade nas ilhas de São Vicente e Santo Antão para poder acionar o fundo nacional de emergência e responder aos estragos provocados nas estradas, ruas e outras infraestruturas e acudir às "pessoas em situação difícil provocada pela intempérie".

O Governo afirmou que a empresa Infraestruturas de Cabo Verde estará a mobilizar meios de intervenção em parceria com as empresas locais de construção civil para ações de emergência.

Nas duas ilhas registaram-se estragos em estradas, ruas e outras infraestruturas e em património privado como viaturas, sublinhou.

"Este é um momento que exige união nacional, solidariedade e ação concertada de todos para, juntos, ultrapassarmos esta tragédia", acrescentou.

O ministro da Administração Interna cabo-verdiano, Paulo Rocha, alertou que o número de mortos pode aumentar, uma vez que ainda há pessoas desaparecidas.

"Em pouco mais de duas horas e meia de chuva intensa, acompanhada de muita trovoada, temos neste momento sete mortos confirmados", afirmou Rocha, citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV).

O Governo português já expressou "profundo pesar pelas vítimas da tempestade", apresentando "condolências às famílias, ao povo irmão cabo-verdiano e às autoridades, manifestando todas as formas de solidariedade".

PR assume escolha pessoal e unilateral de Braima Camará como Primeiro-Ministro.

Durante a cerimónia de tomada de posse do novo Governo, o Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, declarou que a nomeação de Braima Camará para o cargo de Primeiro-Ministro foi uma decisão pessoal e unilateral.

Tomada de posse do novo Governo... O Presidente da República, conferiu posse hoje aos membros do novo Governo, numa cerimónia oficial realizada no Salão Nobre “João Bernardo Vieira”, no Palácio da República, em Bissau.

Durante a sua intervenção, o Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló, reafirmou a sua posição intransigente no combate à corrupção e à criminalidade organizada. Apelou à disciplina e ao respeito pela hierarquia, prometeu acompanhar de perto a dinâmica governativa e garantiu o seu apoio solidário e cooperação institucional. Contudo, sublinhou que se espera deste Governo trabalho, soluções e resultados.

Com esta Tomada de Posse inicia-se um novo ciclo político na Guiné-Bissau, com desafios e esperança de que o Governo responda às necessidades e aspirações da população.

Trump ordena que sem-abrigo saiam "imediatamente" de Washington

Por RTP  11 Agosto 2025

O presidente norte-americano afirmou que as pessoas em situação de sem-abrigo têm de “se mudar” de Washington, “imediatamente”. Nas redes sociais prometeu o combate ao crime na cidade e marcou para esta segunda-feira uma conferência de imprensa para apresentar o seu plano.

"Quem mora na rua tem de se mudar, IMEDIATAMENTE", escreveu Trump em sua rede social Truth Social no domingo. "Nós daremos lugares para ficarem, mas LONGE da Capital”.

“Os criminosos não têm de se mudar. Vamos colocar-vos numa prisão onde vocês pertencem”. “Não haverá mais “senhor bonzinho”. Queremos a nossa Capita DE VOLTA. Obrigada pela vossa atenção sobre a matéria”, expressou Trump na mesma publicação, ao lado de imagens de pessoas em tendas na cidade. Fotos que os media americanos dizem ter sido tiradas pelo próprio, a caminho do seu campo de golfe.

A publicação do presidente Americano surge como promoção a uma conferência de imprensa já antes anunciada sobre um plano para “essencialmente, acabar com o crime violento” em Washington. Trump acrescentou ainda que o plano “não envolverá apenas o fim do crime, assassínios e morte na capital do nosso país, mas também será sobre limpeza”.

A Community Partnership, uma organização que trabalha para os sem-abrigo em Washington disse à Reuters que há 800 pessoas a dormir na rua, na cidade de 700 mil habitantes. 3.275 pessoas usam abrigos de emergência e cerca de mil usam casas transitórias.

Uma fonte da Casa Branca revela que na sexta-feira foram mobilizados 450 polícias na cidade, na sequência de um crime com carjacking a uma funcionária da Administração, de 19 anos. Trump advogou que o “crime em Washington” está totalmente fora de controlo”.

Os planos do presidente não são claros, mas num discurso de 2022 ele propôs mudar os sem-abrigo para tendas de “alta qualidade” em terrenos sem valor fora da cidade, com acesso a casas de banho e profissionais de saúde.

Quanto à criminalidade, o mayor de Washington disse à MSNBC no domingo que houve um pico de criminalidade em 2023, “mas não estamos em 2023”. "Passamos os últimos dois anos a reduzir a criminalidade violenta nesta cidade, reduzindo-a ao menor índice em 30 anos”, argumentou Bowser.

A taxa de homicídios per capita em Washington, D.C., permanece relativamente alta em comparação com outras cidades dos EUA, com um total de 98 homicídios registados até agora este ano, revela a Reuters. A tendência de homicídios na capital americana é de aumento desde a década passada.

Mas dados federais de janeiro sugerem que Washington, D.C., registou no ano passado os menores números gerais de crimes violentos – incluindo roubos de carros, agressões e assaltos – em 30 anos.

Na sua publicação, Trump descreveu Bowser como "uma boa pessoa que tentou", acrescentando que, apesar dos esforços, a criminalidade continua a "piorar" e a cidade está "mais suja e menos atraente".

A intenção de Trump está a levantar dúvidas sobre a legalidade da ação em questões de segurança e da forma como pretenderá contornar os limites legais.

NO PROCESSO QUE ENVOLVE. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA C. REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU. PETIÇÃO Nº 012/2024 ACORDO (MEDIDAS CAUTELARES) 26 DE JUNHO DE 2025

Tribunal da União Africana chumba, por unanimidade, a queixa movida por Domingos Simões Pereira contra o Estado da Guiné-Bissau.  


Invasão de Taiwan? China "arrastará as Filipinas para o conflito"... O presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., afirmou hoje que uma invasão de Taiwan pela China "arrastará" as Filipinas para o conflito, reiterando uma posição assumida há uma semana, que levou Pequim a dizer-lhe que está a "brincar com fogo".

Por LUSA 

"Inevitavelmente, apesar do nosso fervoroso desejo de evitar qualquer confronto em qualquer lugar, a guerra por Taiwan arrastará as Filipinas contra a sua vontade para o conflito", afirmou hoje Marcos Jr. numa conferência de imprensa.

Nos últimos meses, as Filipinas têm dado sinais de aproximação a Taiwan, 50 anos depois de ambas as nações terem encerrado as suas relações diplomáticas.

Em abril, Marcos Jr. flexibilizou as restrições às visitas oficiais a Taipé e abriu as portas a encontros entre membros dos dois governos com fins económicos.

Os comentários de hoje do Presidente filipino reiteram declarações feitas na semana passada a um órgão de comunicação social indiano, o Firstpost, sobre Taiwan, onde residem cerca de 200 000 cidadãos do arquipélago.

"A proximidade geográfica" e "o grande número de filipinos em Taiwan" "não são desculpas para interferir nos assuntos internos de outros", reagiu na sexta-feira passada o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros chinês, instando Manila a "respeitar sinceramente o princípio de uma só China" e a "abster-se de brincar com fogo em questões que afetam os interesses centrais da China".

"Não sei do que estão a falar, 'brincar com fogo'? Eu só estava a expor os factos", replicou hoje Marcos Jr.

"Não queremos entrar em guerra, mas acho que, se houver uma guerra por Taiwan, seremos arrastados para ela, quer queiramos quer não, aos gritos e pontapés", afirmou Marcos. "Seremos arrastados e puxados para essa confusão. Espero que isso não aconteça, mas, se acontecer, temos que nos preparar para isso", acrescentou.

Às tensões causadas pela aproximação entre as Filipinas e Taiwan soma-se o conflito territorial entre Manila e Pequim pela soberania de territórios no Mar da China Meridional, uma região estratégica por onde passa aproximadamente 30% do comércio global, que abriga 12% das zonas de pesca mundiais e possui reservas potenciais de petróleo e gás.

O secretário de Defesa do arquipélago, Gilberto Teodoro, sublinhou hoje num comunicado que Manila "não pode ignorar a China e as suas ações" e deve defender a sua "integridade territorial reconhecida por quase todo o mundo".

Vietname, Malásia, Brunei e Taiwan também reivindicam partes das águas disputadas.

Estas tensões territoriais traduzem-se frequentemente em confrontos entre embarcações de ambos os países, como o que ocorreu hoje.

As relações entre a China e as Filipinas têm ficado cada vez mais tensas à medida que Marcos, que assumiu o cargo em meados de 2022, e o seu governo se tornaram alguns dos críticos mais veementes da Ásia em relação às ações, cada vez mais agressivas da China no Mar da China Meridional.

O governo Marcos, por outro lado, aprofundou compromissos de aliança com os Estados Unidos e começou a ampliar as alianças de segurança com outros países ocidentais e asiáticos, como Japão, Austrália, Índia e alguns Estados-membros da União Europeia, para fortalecer a dissuasão contra a assertividade de Pequim.

"Não existe uma solução milagrosa que, se aplicada, resolveria todos os nossos problemas", afirmou hoje Marcos.

"O que vai acontecer é que continuaremos presentes, continuaremos a defender o nosso território, continuaremos a exercer os nossos direitos soberanos e, apesar de qualquer oposição de quem quer que seja, continuaremos a fazer isso como temos feito nos últimos três anos", assegurou.


Leia Também: China afirma ter expulsado barcos filipinos por “invadir” águas disputadas