terça-feira, 7 de maio de 2013
Guiné-Bissau Ensino Público Paralisado Divido Greve.
As escolas públicas da Guiné-Bissau voltam a paralisar a partir de hoje devido a greve de 30 dias que se iniciou nas primeiras horas desta terça-feira, decretada pelos dois sindicatos dos professores, SINAPROF e SINDEPROF, a terceira desde abertura do ano lectivo.
A frente da Assembleia Nacional Popular (ANP) os alunos das diferentes escolas publicas, cujas associações filiaram na Confederação Nacional da Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), promoveram hoje uma vigília com o propósito de protestar pelas constantes paralisações no sector do ensino público guineense.
A manifestação, com palavras de ordem como "queremos ir à escola, o ano não será nulo, devolvam o nosso direito", decorreu sem incidentes sob presença do corpo policial, constatou a nossa reportagem.
"O ano lectivo 2012/13, que devia de ser um sucesso, agora parece-nos que vai ser dos piores anos lectivos", porque "as greves constantes não vão permitir que o ano possa ser validado tecnicamente, a não ser que o seja politicamente, como é costume", disse o presidente da CONAEGUIB, Mamadu Lamine Indjai.
A greve que hoje se iniciou deverá terminar no dia 17 de Junho.
A Associação Nacional dos Pais e Encarregados de Educação, na voz do seu presidente, Armando Correia Landin já reagiu à greve responsabilizando o governo pelas futuras consequências.
Na mesma diapasão, alguns pais que participaram da vigília da CONAEGUIB ouvidos pela rádio sol mansi pedem o governo e os deputados para que dêem o ouvido à voz dos alunos e dos seus pais que clamam pela melhoria da qualidade do ensino.
Segundo apurou a RSM, Governo, Sindicatos, Associação dos pais e a CONAEGUIB estão agora reunidos a procura de consenso para a suspensão da greve.
É desde abertura do ano lectivo, em Setembro do ano passado que os alunos viram-se a prejudicar o seu direito de ir a escola, constantemente interrompidas por sucessivos greves, divido a falta de pagamento de salários aos professores.
Desta vez, segundo alguns analistas, o ano lectivo 2012/2013 na Guiné-Bissau pode vier a ser anulada se não fosse cancelada a greve de 30 dias decretada por dois sindicatos da classe docente, que se iniciou esta terça-feira, 7 de Maio, devendo terminar a 17 de Junho.
Os sindicatos estão a exigir do governo o pagamento de 8 meses de salários aos professores novos ingressos, 7 meses aos doentes, 4 aos contratados, 7 meses aos professores em processo de efectivação e conclusão do processo de efectivação e mudanças de letras.
Os professores do ensino público estiveram em greve no início das aulas, em Setembro do ano passado, depois em Março deste ano, e a partir de hoje de novo.
RSM
Três milhões de recém-nascidos morrem nos primeiros meses de vida
Relatório da Save the Children, pinta o quadro negro da mortalidade materno infantil no mundo e lança o olhar sobre a África Subsaariana onde o problema é descrito como grave.
A organização Save the Children publicou o seu relatório anual “Estado das Mães do Mundo” e afirmou que apesar de progresso na redução da mortalidade materno-infantil, todos os anos três milhões de recém-nascidos morrem durante o primeiro mês de vida. Muitos deles chegam apenas a viver algumas horas.
A presidente da administração da Save the Children, Carolyn Miles diz haver uma enraizada crença e erro de que não há nada a fazer para salvar a vida de recém-nascidos em países em desenvolvimento. Como resultado diz ela, muitos dos recém-nascidos acabam por morrer.
“O relatório deste ano nós concentramos realmente nos recém-nascidos. E concluimos que o nascimento da criança é realmente o dia mais perigoso de sua vida. Mais de um milhão de recém-nascidos morrem no dia do nascimento.”
Existem várias razões para entender o risco por que passam os recém-nascidos no seu primeiro dia de vida. Uma delas são as infecções, enquanto outras podem ser as complicações que ocorrem durante um nascimento prematuro. Carolyn Miles diz que África é uma das regiões do mundo que mais se destaca no que se refere aos recém-nascidos com fracas esperanças de vida.
“A região da África subsaariana é onde tem sido o maior problema. E se olhar para os dados que recolhemos, o numero 10 nesses índices são todos dos países da África Subsaariana. A partir de uma análise de percentagens é onde morre a maioria dos recém-nascidos.”
A responsável da Save the Children diz que 40 por cento dos recém-nascidos na África-Subsaariana more no dia de nascimento.
Dos 176 países presentes no relatório deste ano, a República Democrática do Congo é o que mais se destaca pela negativa. Entre os dez piores estão ainda a Somália, Serra-Leoa, Mali, Níger, República Centro Africana, Gâmbia, Nigéria, Chade e a Costa do Marfim.
No mundo desenvolvido os Estados Unidos lideram a lista dos países onde morrem mais crianças a nascença, seguidos do Canda e da Suiça.
VOA
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