terça-feira, 8 de julho de 2025
🇬🇼🥖O Presidente da Associação dos Padeiros Tradicionais da Guiné-Bissau, Adulai Baldé, anunciou hoje (08/07), em conferência de imprensa, as novas regras definidas para o funcionamento dos fornos de pão dos associados.... Segundo Baldé, o horário de trabalho será das 18h00 às 12h00 do dia seguinte, com o objetivo de organizar e regulamentar melhor as atividades da classe.

PAIGC condena ataques contra Amílcar Cabral
Por CAP GB
Bissau, 8 de julho de 2025- O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) repudiou com veemência, esta segunda-feira, os recentes ataques considerados "gratuitos, brutais e insanos" contra a figura de Amílcar Lopes Cabral, líder histórico da luta de libertação nacional e fundador do partido. Em comunicado assinado pelo Secretário Nacional, António Patrocínio Barbosa da Silva, o PAIGC considera os ataques uma tentativa deliberada de desacreditar os pilares da independência e da identidade nacional.
Na nota assinada pelo António Patrocínio Barbosa, o partido destaca o legado de Cabral, reconhecido internacionalmente como uma das maiores figuras do século XX, cuja vida e obra continuam a ser estudadas em universidades de todo o mundo.
“Cabral foi obreiro da independência e da identidade dos povos guineense e cabo-verdiano”, afirma o documento, lembrando ainda que o líder histórico inspirou vários outros povos africanos a lutar pela soberania e liberdade.
O PAIGC classifica as ofensas contra Cabral como "blasfémias" que não podem ser justificadas por ignorância, falhas educativas ou desconhecimento histórico.
“A história de um povo não se reescreve com blasfémias aos seus heróis”, sublinha o comunicado, reforçando a posição do partido em defesa da memória coletiva da nação guineense.
Além disso, o partido acusa o atual regime de instrumentalizar essas ofensas como parte de uma manobra de distração para ocultar as dificuldades reais do país, incluindo a degradação das instituições democráticas, a violação dos direitos humanos, o agravamento das condições de vida da população e o colapso dos setores sociais.
O PAIGC denuncia ainda o que considera ser uma estratégia do poder para desviar a atenção dos guineenses da preparação das eleições presidenciais e legislativas previstas para novembro de 2025.
“Conhecendo-se o pânico do regime, que tenta a todo custo retardar a previsível escolha soberana do povo dos seus legítimos representantes, o PAIGC reafirma o seu compromisso com a realização dos atos eleitorais”, alerta a nota.
Por outro lado, o partido reitera a sua solidariedade com a família biológica de Amílcar Cabral, aos Combatentes da Liberdade da Pátria e a toda a nação guineense. E garante que fará tudo ao seu alcance para levar a justiça aqueles que atentam contra a memória dos heróis nacionais.
De reforçar que, o comunicado do PAIGC surge na sequência da publicação de uma cidadã nas redes sociais, na qual este proferiu graves acusações contra o líder histórico Amílcar Cabral. A atitude gerou forte indignação pública, e repudiada por cidadãos guineenses e cabo-verdianos que manifestaram nas redes sociais o seu desagrado face ao conteúdo considerado ofensivo a memória do fundador da luta de libertação nacional.

Caso Bubacar Turé: Ministério Público ordena arquivamento do processo por falta de provas
Por CAP GB
Bissau, 8 de julho de 2025 – O Ministério Público da Guiné-Bissau ordenou o arquivamento do processo relacionado à denúncia apresentada por Bubacar Turé, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos. Turé havia acusado publicamente o Centro de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes de estar ligado a morte de todos os pacientes submetidos a tratamento na unidade.
A decisão foi tornada pública esta terça-feira, através de uma nota de imprensa, na qual o Ministério Público justifica o encerramento do caso com a ausência de indícios suficientes que comprovem a ocorrência de crime ou a identificação de eventuais responsáveis.
Segundo a nota, foram realizadas diversas diligências no sentido de apurar a veracidade dos factos denunciados. Contudo, não se conseguiu reunir elementos probatórios que sustentassem a acusação.
O documento acrescenta ainda que Bubacar Turé comprometeu-se, durante o interrogatório, a apresentar no prazo de três dias provas documentais e testemunhais que fundamentassem suas alegações. Passados mais de noventa dias, o denunciante não apresentou qualquer evidência.

"Se querem saber a verdade, Putin é gentil, mas diz muitos disparates"... O Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, de dizer "muitos disparates" sobre o conflito na Ucrânia e afirmou que está a analisar um projeto do Senado sobre novas sanções contra Moscovo.
© Mikhail Svetlov/Getty Images Lusa 08/07/2025
"Se querem saber a verdade, Putin diz muitos disparates. É muito gentil o tempo todo, mas isso não significa nada", declarou o Presidente norte-americano aos jornalistas durante uma reunião da administração republicana na Casa Branca, em Washington.
Donald Trump referiu também que está a "estudar atentamente" um projeto de lei do Senado (câmara alta do Congresso) que visa "sanções muito severas" à Rússia.
O líder republicano, que desde o início do seu segundo mandato, em janeiro passado, tem tentado aproximar Moscovo e Kiev no sentido de um acordo de paz, insistiu que a guerra na Ucrânia "nunca deveria ter começado" e reiterou o seu descontentamento com Putin por se recusar a interromper os bombardeamentos intensivos no país vizinho.
Na segunda-feira, Trump anunciou o reatamento do fornecimento de armas à Ucrânia, pondo fim a uma pausa que o Pentágono (Departamento de Defesa) tinha atribuído na semana passada a uma revisão de rotina.
A decisão foi justiçada pelo Presidente norte-americano com a necessidade de Kiev se defender dos ataques ordenados por Putin, que foi referido como um homem que "não está a tratar bem os seres humanos e está a matar muitas pessoas".
Além disso, expressou a sua frustração com a falta de progressos em direção à paz num recente telefonema com o líder do Kremlin.
Durante a chamada, realizada na passada quinta-feira, Putin transmitiu que não tem intenções de recuar nos seus objetivos militares na Ucrânia e reiterou que não vai desistir das suas exigências.
Os objetivos maximalistas de Moscovo incluem o reconhecimento das quatro regiões ucranianas que as suas forças ocupam parcialmente, além da província anexada da Crimeia, e a desistência de Kiev dos seus planos de adesão à NATO e de reforço das suas forças armadas.
Estas exigências são todas recusadas pela Ucrânia, que insiste que não vai ceder a sua soberania, atacada pela invasão russa em fevereiro de 2022.
A Rússia e a Ucrânia ainda não acordaram uma data para a terceira ronda de negociações, mais de um mês depois das últimas reuniões, realizadas em Istambul, na Turquia, sem progressos significativos.
Os militares de Moscovo têm realizado nas últimas semanas alguns dos seus maiores ataques aéreos contra a Ucrânia, ao mesmo tempo que tentam progredir nas frentes de combate terrestre, enquanto Kiev tem vindo a reivindicar importantes bombardeamentos contra instalações militares em território russo.

Imigração: Lei da nacionalidade e estrangeiros? Governo disponível para alterações... O Governo está disponível para incorporar alterações às propostas de leis da nacionalidade e de estrangeiros para assegurar o máximo consenso, afirmou hoje o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images Por LUSA 08/07/2025
No final de uma reunião com o Conselho Nacional de Migrações e Asilo (CNMA), Leitão Amaro explicou que o objetivo é ter uma lei que seja "mais forte" e "mais equilibrada, mas que transforme" o processo migratório.
O ministro precisou que hoje decorreu "uma reunião importante, que faz parte de um processo de diálogo", sublinhando que "o país precisa de um Governo com uma liderança firme" e, no caso da imigração, que garanta, por um lado, "uma regulação firme" e um processo controlado e, "em alguns casos, limitar fluxos de entrada".
Mas, acrescentou, "por outro lado, tudo é feito com humanismo, respeitando a dignidade das pessoas que quem chega e quem já cá está estrangeiro seja bem acolhido".
"Nós não precisamos de um país dividido, precisamos de um país que consiga garantir a coesão social, o tratamento digno de serviços públicos a funcionar para todos, portugueses e estrangeiros", afirmou o governante, que recusa os "facilitistas do passado que achavam que as portas deviam estar todas abertas, nem os outros mais radicais que achariam que as portas deveriam estar todas fechadas".
Hoje decorreu "mais um momento de auscultação", com "representantes das comunidades imigrantes e especialistas", que apresentaram "algumas preocupações, algumas dúvidas, alguns contributos que nós vamos escutar", acrescentou o governante, salientando que a reunião contou com "representantes do parlamento", num momento em que os diplomas estão em discussão, num "processo que não está terminado, está em construção".
"Nós gostávamos de leis o mais robustas possíveis e chamamos todos ao diálogo", acrescentou.
Há duas semanas, associações com assento no CNMA criticaram o facto de o Governo apresentar diplomas sem consultar o órgão, ao contrário do que estabelece a lei.
Segundo Leitão Amaro, "o Governo não fez alterações nenhumas, o Governo propôs ao parlamento e o parlamento está a discutir", pelo que este "é o momento certo para toda a gente falar".
Dos três diplomas, um deles já foi aprovado pelo parlamento (a Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP) e os dois restantes (alterações à lei da nacionalidade e à lei de estrangeiros) estão em debate na especialidade, estando prevista uma reunião na comissão parlamentar da especialidade na quarta-feira.
O governante recordou que as alterações previstas faziam parte das promessas eleitorais do Governo durante a campanha das legislativas de maio e admitiu alterar os pontos dos diplomas que podem ser considerados inconstitucionais, nomeadamente a retroatividade da lei da nacionalidade para o dia 19 de junho.
O presidente da Assembleia da República já manifestou dúvidas sobre esse aspeto da lei e Leitão Amaro admitiu recuar.
"É um contributo nós ouvimos com serenidade, é um debate e uma reflexão que o parlamento irá fazer com muita tranquilidade", disse, salientando que na reunião de hoje foram ouvidas "observações, propostas, críticas de vários tipos de pessoas".
"Há pessoas nas comunidades imigrantes que estão preocupadas e intranquilas" e cabe ao Governo "pacificar" as reações.
"O tema da imigração é tão sensível que não está para radicais nem para extremos", afirmou ainda

Toxina de escorpião da Amazônia é capaz de matar células de câncer de mama, mostra estudo... Testes foram realizados somente em laboratório, com células de câncer de mama cultivadas em placa. Resultados se mostraram muito positivos, inclusive em tipos de câncer de mama extremamente agressivos.
![]() |
Escorpião Brotheas amazonicus, que tem um veneno com potencial para matar células cancerígenas. — Foto: Pedro Ferreira Bisneto/iNaturalist Por Júlia Carvalho, g1.globo.com |
Em ataques de animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, o veneno muitas vezes também é o responsável por ajudar na cura, já que a partir da toxina se produz o soro específico.
Mas no caso do escorpião Brotheas amazonicus, o potencial do veneno vai muito além: a toxina pode dar origem a um medicamento para tratar o câncer de mama.
Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo identificaram no veneno do animal uma molécula com ação que se compara a de um quimioterápico muito usado no tratamento da doença.
"A molécula isolada da peçonha do escorpião, BamazScplp1, e o Paclitaxel, quimioterápico amplamente utilizado na terapia de câncer de mama, mostraram ações equivalentes na morte de células tumorais de mama", detalha Eliane Candiani Arantes, professora da faculdade e coordenadora do projeto.
🦂O Brotheas amazonicus é um escorpião endêmico da região amazônica. É considerada uma das maiores espécies de escorpião da Amazônia, podendo ter até 7 cm de comprimento. Apesar de grande, seu veneno tem baixa letalidade em mamíferos, incluindo humanos.
Até o momento, os testes foram realizados somente em laboratório, com células de câncer de mama cultivadas em placas, ou seja, em um ambiente controlado.
Mas, segundo os pesquisadores, os resultados se mostraram muito positivos, inclusive em tipos de câncer de mama extremamente agressivos.
"Uma das possíveis vantagens é que a toxina vem de uma fonte natural e pode ter uma ação diferente ou complementar à dos medicamentos que já existem", analisa Mouzarllem Barros Reis, pós-doutorando da faculdade e um dos autores do estudo.
Alternativa para tratamentos quimioterápicos
Com a descoberta, surge uma nova perspectiva para auxiliar no tratamento quimioterápico.
Um ponto destacado pelos pesquisadores é que, assim como acontece na quimioterapia, as células saudáveis também foram afetadas – o que também é comum em fases iniciais de pesquisas com substâncias anticâncer.
"Se for possível modificar a toxina para torná-la mais específica e menos tóxica às células saudáveis, ela pode se transformar numa alternativa ou adjuvante ao que já é usado na quimioterapia", afirma a pesquisadora Karla Bordon, que também participou do projeto.
Apesar de ser um desafio, já há tecnologia disponível para realizar esse direcionamento da substância apenas para as células tumorais. Uma das possibilidades seria unir a toxina a anticorpos ou nanopartículas que reconheçam o tumor.
Próximas etapas
Ainda que os resultados em laboratório sejam promissores, ainda não houve testes em animais e deve demorar para que chegue a fase de testes em humanos.
De acordo com a pesquisadora, o tempo médio entre os estudos com células em ambientes controlados e o início dos experimentos em voluntários pode chegar a 10 anos.
O intervalo pode variar bastante, dependendo do tipo de composto, dos resultados obtidos, da área terapêutica e dos recursos disponíveis.
"Antes disso [teste em humanos], é preciso passar por várias etapas: testes em animais, estudos de segurança e eficácia, e só então pensar em testes clínicos com seres humanos", detalha Eliane.
O grupo de estudo está pronto para dar sequência às próximas etapas do estudo, que são fundamentais para transformar a descoberta em um possível tratamento.
👉Segundo a coordenadora, os seguintes passos devem ser seguidos:
- Investigação de como a toxina atua nas células do câncer
Os pesquisadores querem entender em detalhes o mecanismo de ação da BamazScplp1, o que deve ajudar a aprimorar sua eficácia e prever possíveis efeitos adversos.
- Transformação da toxina em uma substância mais seletiva e segura
O objetivo é fazer com que a toxina atinja apenas as células tumorais, preservando as células saudáveis, o que aumentaria a segurança do futuro tratamento.
- Realização de testes em modelos animais
Essa etapa permite avaliar como a toxina se comporta em um organismo completo, observando tanto a eficácia quanto possíveis efeitos colaterais.
- Produção da toxina em maior escala
Devem ser utilizadas técnicas de expressão heteróloga (introdução de um gene que codifica uma proteína de interesse de uma espécie na célula de outra espécie) para produzir a toxina em laboratório de forma mais eficiente e em maior quantidade.
- Caracterização da estrutura da toxina
A análise estrutural detalhada vai permitir a otimização da molécula para torná-la ainda mais eficaz e estável.
- Avanço para estudos clínicos
Quando a toxina estiver pronta para ser testada em humanos, o estudo deve contar com apoio de uma farmacêutica para avançar para fase clínica, seguindo todos os os critérios regulatórios e de segurança.

Leopold Sedar Domingos KUMA, Gervasio Silva Lopes obi presidente #Sissoko tchiga, #Washington.....😂😂😂👇
Gervasio Silva Lopes obi presidente #Sissoko tchiga, #Washington, djintis di DEA kuri é sugundi, logo Gervasio fica loco cabeça yabri ku el i kunsa tchora...kkkkkkk
Veja Também: Bo obi gerbinho es tipo binho subil cabeça....@Abel Djassi 👇

UNESCO reforça compromisso com África e quer mais sítios Património Mundial... A diretora-geral da UNESCO reforçou o compromisso desta organização com África, que representa apenas 9% dos sítios Património Mundial, na abertura da 47.ª sessão do comité que avalia, esta semana, novas candidaturas, incluindo da Guiné-Bissau e Moçambique.
© Lusa 08/07/2025
Audrey Azoulay referiu que estão a ser criados programas de formação especializada para arqueólogos, arquitetos e professores de património, incluindo a "implementação de programas e ferramentas para reforçar a competência entre uma nova geração de profissionais africanos".
A atual sessão do Comité do Património Mundial, que começou na segunda-feira, em Paris, examina até domingo as candidaturas para aderir à lista do Património Mundial, numa altura em que a UNESCO assumiu na sua estratégia apoiar os 11 países africanos que nunca conseguiram ver um sítio integrar a lista.
Entre elas estão as "águas azul-turquesa do arquipélago dos Bijagós (Guiné-Bissau), os seus mangais, reservas excecionais da biosfera, o Parque Nacional de Maputo, um dos cinco locais indicados com "excecional potencial", e também as florestas de Gola Tiwai (Serra Leoa), refúgio de espécies ameaçadas como os elefantes florestais", as Montanhas Mandara, nos Camarões, e o Monte Mulanje, no Malaui.
O compromisso da Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) e da sua diretora geral, Audrey Azoulay, com os países de África foi também destacado pelo responsável do Centro do Património Mundial da organização, Lazare Eloundou Assomo.
"Desde a sua chegada em 2018, Audrey Azoulay fez de África não só a sua prioridade, mas também uma das prioridades globais da UNESCO. E começamos a ver resultados muito positivos", disse.
O orçamento dedicado a África aumentou para atingir em 2025 mais de um quarto do orçamento total da organização da ONU (27%), mas o objetivo de ter África mais representada está ainda longe, como mostram os dados oficiais.
O número de locais inscritos na África subsaariana passou de 93 para 108 nos últimos anos, uma proporção baixa num total de mais de 1.200 locais à escala global.
A UNESCO começou, nos anos 1990, a incluir mais "culturas vivas", até então pouco representadas o que permitiu, por exemplo, que locais sagrados e as construções de barro sejam incluídos na lista do Património Mundial devido ao seu significado espiritual, social ou simbólico.
No entanto, Eloundou Assomo e Audrey Azoulay chamaram a atenção para as ameaças ao património africano.
"O aumento dos conflitos armados, o aquecimento global e a exploração dos recursos mineiros e petrolíferos são desafios que podem pôr em perigo os sítios africanos", disse Assomo.
"A questão do património deve ser encarada como um meio de contribuir para o desenvolvimento, a que muitos países aspiram naturalmente", afirma.
"Em África, vários sítios estão sob constante ameaça devido a uma combinação de fatores: conflito, exploração ilegal e stress ambiental --- como no Parque Nacional Kahuzi-Biega, na República Democrática do Congo, onde apoiámos o encerramento de locais de mineração ilegal e ajudámos a formar 100 guardas ecológicos. E no Sudão, a UNESCO está a tomar medidas para proteger os sítios do Património Mundial e as coleções de museus", afirmou a diretora-geral.
A 47.ª reunião do Comité do Património Mundial decorre até 16 de julho, na sede da UNESCO em Paris, França.
Leia Também: Guiné-Bissau: Ilhas de Bijagós poderão integrar lista do Património Mundial.
As ilhas dos Bijagós estão a poucos dias de poder integrar a lista do Património da Humanidade, naquela que será uma conquista histórica para a Guiné-Bissau, com o primeiro sítio reconhecido com o estatuto mundial.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, chegou esta segunda-feira aos Estados Unidos da América, onde foi recebido pelas autoridades norte-americanas e pela Embaixadora da Guiné-Bissau em Washington.
CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO
A deslocação oficial enquadra-se no convite formulado pelo seu homólogo norte-americano para participar na Primeira Cimeira com líderes africanos, promovida pela atual administração dos EUA.
O encontro, restrito a cinco Chefes de Estado – da Guiné-Bissau, Gabão, Libéria, Mauritânia e Senegal, onde visa reforçar as relações comerciais e os investimentos bilaterais, com base numa nova abordagem centrada na prosperidade partilhada.
A inclusão da Guiné-Bissau nesta cimeira representa o reconhecimento do país como um parceiro estratégico com potencial de desenvolvimento e capacidade de afirmar-se com base nas suas próprias forças.
Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo
Rússia detém "mais de 500 estrangeiros" em rusgas anti-imigração ilegal... A polícia russa deteve mais de 500 pessoas em rusgas em albergues, pensões e locais de oração em Moscovo para identificar organizações de imigração ilegal, anunciou hoje o Comité de Investigação Russo.
© Reuters por Lusa 08/07/2025
"Mais de 500 estrangeiros foram identificados nestes locais e entregues às autoridades para verificação do estatuto legal e possível cometimento de outros crimes", informou o comité num comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
As forças policiais disseram que expulsaram do país 30 pessoas por violação das regras de imigração.
Também foi identificada uma pessoa que constava da lista de procurados federais.
Após o ataque extremista islâmico ao centro comercial Crocus, em Moscovo, em março de 2024, que matou quase 150 pessoas, as autoridades reforçaram a política de migração, bem como a perseguição e procedimentos de migrantes, especialmente da Ásia Central.
Restringiram o procedimento simplificado para a obtenção de uma autorização de residência russa com base no casamento, adotaram um novo regime de expulsão e proibiram a admissão nas escolas de filhos de migrantes que não saibam russo.
Em abril deste ano, a polícia deteve 25 quirguizes numa sauna em Moscovo, o que levou o Quirguizistão a queixar-se do uso injustificado da força contra os seus cidadãos, mostrado em vídeos divulgados pelas forças de segurança russas.

Presidente do Irão criticado após pedir regresso às negociações com EUA... O Presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, foi criticado hoje por jornais conservadores do seu país, depois de ter pedido o regresso às negociações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano.
© Iranian Presidency/Handout/Anadolu via Getty Images Lusa 08/07/2025
Pezeshkian deu uma entrevista, transmitida na segunda-feira, ao apresentador norte-americano Tucker Carlson, amigo próximo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O diário conservador Javan lamentou hoje as declarações "um tanto brandas e demasiado gentis" do Presidente iraniano em relação aos Estados Unidos.
"O verdadeiro sentido de uma conversa com um 'pivot' norte-americano é percebido após as palavras que mostram a raiva do público e a total desconfiança em relação à América", afirmou o jornal Javan.
Nesta entrevista, o Presidente iraniano afirmou que o seu país "não tinha problemas" em retomar as negociações com os Estados Unidos, depois dos bombardeamentos realizados em junho por Israel, e posteriormente pelos Estados Unidos, contra instalações nucleares iranianas.
"Será correto voltar a sentar-se, sem condições, na mesma mesa com aqueles que já lançaram bombas" sobre a diplomacia?, questionou o jornal Kayhan, conhecido pela sua hostilidade ao Ocidente e que faz uma feroz oposição às negociações nucleares.
Os Estados Unidos, apesar de estarem em negociações com o Irão desde qbril sobre o seu programa nuclear, bombardearam a instalação subterrânea de enriquecimento de urânio de Fordo, a sul de Teerão, e as instalações nucleares de Isfahan e Natanz (centro do Irão) em 22 de junho. A extensão exata dos danos é desconhecida.
"Perante um inimigo cujas mãos estão manchadas até aos cotovelos com o sangue do nosso povo (...), não há outra solução senão nos mantermos firmes (...)", afirmou o diário Kayhan, cujo editor é nomeado pelo líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, o decisor máximo da política externa.
De acordo com a televisão estatal iraniana, pelo menos 1.060 pessoas morreram no Irão durante os ataques que duraram 12 dias, lançados de surpresa em 13 de junho pelo exército israelita, aos quais se juntaram os Estados Unidos.
O jornal reformista Ham Mihan, por sua vez, elogiou a "abordagem positiva" de Massoud Pezeshkian.
"Esta entrevista já deveria ter sido realizada há muito tempo", referiu o diário, afirmando que "as autoridades iranianas, infelizmente, estão ausentes dos meios de comunicação internacionais e norte-americanos há muito tempo".
Os Estados Unidos abandonaram em 2018, sob a primeira Administração Trump, o acordo internacional firmado em 2015 sobre o programa nuclear iraniano. O Irão, em represália, também deixou de cumprir as regras estabelecidas no pacto no que se refere ao enriquecimento do urânio.
Leia Também: Teerão contabilizou 1.060 mortos devido à guerra com Israel

Trump volta atrás e anuncia que vai fornecer "armas defensivas" à Ucrânia
@REUTERS Por RFI 08/07/2025
Poucos dias após anunciar a suspensão do fornecimento de alguns mísseis à Ucrânia, o presidente americano, Donald Trump, informou que voltará a enviar armas a Kiev. O anúncio foi feito em meio a um impasse diplomático sobre um cessar-fogo com a Rússia.
"Teremos que enviar mais armas, principalmente armas defensivas" para a Ucrânia, disse o presidente dos EUA na segunda-feira (7), expressando sua "insatisfação" com Vladimir Putin. "Eles estão sendo atingidos muito, muito duramente", acrescentou Trump, referindo-se aos ucranianos.
O presidente americano vem se aproximando de Vladimir Putin desde janeiro, pressionando o líder russo para obter a interrupção dos combates, sem conseguir progressos concretos.
De forma inesperada, a Casa Branca anunciou a suspensão do fornecimento de determiandos armamentos para Kiev, medida justificada oficialmente devido a preocupações com a redução dos estoques de munição dos EUA. Essa fi a primeira alteração significativa no apoio militar norte-americano para a Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Após o anúncio, autoridades americanas procuraram minimizar o impacto da decisão, mas sem fornecer detalhes.
Durante o mandato do ex-presidente Joe Biden, Washington prometeu mais de US$ 65 bilhões em ajuda militar à Ucrânia. Donald Trump, por sua vez, não anunciou nenhuma nova ajuda a Kiev desde janeiro.
Diplomacia em impasse
As negociações diplomáticas entre Kiev e Moscou estão estagnadas. Duas rodadas de negociações entre russos e ucranianos na Turquia, em 16 de maio e 2 de junho, não produziram avanços, e uma terceira rodada ainda não foi anunciada.
Na sexta-feira (4), Donald Trump disse ter ficado "muito insatisfeito" após sua conversa telefônica que teve no dia anterior com o presidente russo Vladimir Putin.
