O Conselheiro Militar Sênior do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) organizou, em parceria com o Instituto de Defesa Nacional, um Seminário sobre Segurança Integrada de Fronteiras, do qual participaram 47 oficiais superiores do Exército, da Marinha, da Força Aérea e da Guarda Nacional. O evento ocorreu no Quartel-General do Exército em Bissau, entre os dias 25 e 27 de junho. O Seminário contou com a participação da Direção Geral de Migração de Fronteiras da Guiné-Bissau, da Embaixada de Portugal e da Cooperação Técnica Militar Portuguesa, além do Departamento Anti-tráfico de Drogas e de Combate ao Crime Organizado (CD-TOC, silga em inglês) do UNIOGBIS. Os painelistas apresentaram os marcos legais, os sistemas de segurança de fronteiras existentes em seus países e os desafios e experiências vividas pelas forças de segurança e defesa do Brasil, da Guiné-Bissau e de Portugal. Após os três dias de intensos debates, os seminaristas decidiram apresentar pedido oficial ao Ministério da Defesa e ao Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Guiné-Bissau, para a constituição de um grupo de trabalho, com assistência técnica da comunidade internacional. O grupo terá como meta conceber políticas, estratégias e um plano integrado para a proteção das fronteiras da Guiné-Bissau.
Bissau 01 Jul. 19 (ANG) – As duas centrais sindicais do país,a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação-Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) vão entregar, esta semana, um novo pré-aviso de greve com duração de 15 dias úteis ou seja de 8 à 26 do corrente mês.
Secretário geral da UNTG
Segundo um comunicado à que a ANG teve hoje acesso, as duas centrais sindicais iniciam esta semana uma campanha de sensibilização dos trabalhadores sobre novas estratégias tendentes a consolidar os propósitos da luta sindical em curso. Na missiva, a UNTG e a CGSI-GB apelam a todos os associados, em particular, os servidores públicos e trabalhadores em geral a manterem firmes e determinados a volta das suas estruturas sindicais, porquanto ser o único caminho para obter a dignidade, respeito sócio laboral, em defesa dos seus interesses legítimos. As duas centrais sindicais já decretaram por oito vezes greves de três dias semanais e preparam para inaugurar a 9ª ronda com paralisações de 15 dias úteis. Reivindicam, entre outros, o pagamento dos salários aos funcionários contractados e aumento do salário mínimo nacional de 50 mil para 100 mil francos CFA. ANG/MSC/ÂC//SG
Director-geral das Florestas e Fauna disse, esta segunda-feira (01 de Julho), que, apesar da existência da lei florestal, a Guiné-Bissau ainda assiste diariamente uma utilização incorrecta e degradada dos recursos florestais Augusto Fernando Cabi fez esta declaração no ato de lançamento oficial da campanha de repovoamento florestal realizada, em Bissau. De acordo com o responsável florestal, a Guiné-Bissau tem que restaurar e reflorestar os 120 hectares de vegetação em cada ano divido ao ritmo da degradação. Face as ocorrências frequentes dos fenómenos atmosféricos, Augusto Cabi chama atenção da sociedade guineense na necessidade de lançar o repovoamento em maça com espécies florestais nativos em todo o território nacional. Nos últimos anos a Guiné-Bissau enfrenta escassez da chuva que, segundo ambientalistas, as causas são derivados a corte descontrolada das árvores de grande porte nas matas do país No mês passado, o director-geral das florestas e fauna em declaração à imprensa a margem da abertura do encontro de validação do plano nacional da seca na Guiné-Bissau, diz que a região de Gabú, concretamente no sector de Pirada, leste da Guiné-Bissau, é a zona mais ameaçada com a seca devido a diminuição da chuva. Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Baima Sigá radiosolmansi.net
O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, considerou que a cimeira da comunidade da África Ocidental definiu uma saída para o bloqueio político na Guiné-Bissau.
Numa mensagem, a que a Lusa teve hoje acesso e divulgada no domingo, Domingos Simões Pereira considerou também que os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deixaram um “aviso sério à navegação política no país”. “Não é hora de celebração de qualquer vitória e muito menos de novas tentativas de contornar as regras estabelecidas para conseguir benefícios particulares”, salientou Domingos Simões Pereira. Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO estiveram reunidos em cimeira no sábado na Nigéria e ordenaram ao Presidente guineense, José Mário Vaz, para nomear o Governo proposto pelo partido vencedor das legislativas de 10 de março até quarta-feira e a nomeação de um novo Procurador-geral da República também até quarta-feira. A CEDEAO determinou também que José Mário Vaz continua como Presidente da Guiné-Bissau até à realização das eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro, mas sem poderes para se ingerir nos assuntos da governação. “Ao Presidente da República ofereceu-se a possibilidade de se manter no posto, mas sem interferência na governação, aos partidos vencedores das eleições, nomeadamente ao PAIGC, reconheceu-se a responsabilidade de governar, e a todos conferiu-se a oportunidade de libertar o país através da nomeação, sob proposta do Governo, de um Procurador-Geral sério e competente, e a organização dentro do tempo estabelecido de eleições presidenciais transparentes e justas”, salientou Domingos Simões Pereira. Para o presidente do PAIGC, a resolução dos chefes de Estado da CEDEAO é a proclamação do fim do jogo político dos últimos anos. Uma grave crise política teve início da Guiné-Bissau em 2015 após o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter demitido das funções de primeiro-ministro o presidente do PAIGC, partido que venceu as legislativas em 2014, acusando-o de corrupção e nepotismo. A crise levou ao encerramento do parlamento do país e, apesar da mediação da CEDEAO, o chefe de Estado nomeou sete primeiros-ministros, um dos quais duas vezes. Com a realização das eleições legislativas de 10 de março, a tensão política aumentou, com José Mário Vaz a levar mais de três meses a nomear um novo primeiro-ministro e consequente formação do Governo, alegando um impasse para a eleição da mesa do parlamento. Após nova intervenção da CEDEAO, o Presidente, que cumpriu cinco anos de mandato em 23 de junho, acabou por indicar Aristides Gomes primeiro-ministro do país, depois de ter recusado, por duas vezes, o nome de Domingos Simões Pereira. José Mário Vaz continuou, no entanto, sem nomear o Governo proposto por Aristides Gomes, o que vai ter de fazer por deliberação dos seus homólogos da CEDEAO até quarta-feira. Por noticias.sapo.cv
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes afirmou este domingo, 30 de junho de 2019, que é indispensável a efetivação do novo elenco governamental pelo Chefe de Estado, José Mário Vaz até o dia 3 julho, como recomenda a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), à margem da última cimeira da CEDEAO, que decorreu na Abuja, Nigéria no sábado.
“Eu acho que nós vamos trabalhar para cumprir com este arranjo da organização sub-regional. Nós vamos fazer os possíveis e é indispensável que o executivo esteja instalado e toma posse até o dia 3 de julho do ano em curso”, declarou Gomes. Em declaração aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, depois da sua chegada da 55.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, Gomes, revela que quanto aos resultados da cimeira quem ganhou foi a Guiné-Bissau, porque vai permitir o país caminhar para realizar as eleições presidenciais na data marcada. Aristides Gomes realçou os esforços da organização na busca do entendimento entre atores políticos guineenses, mas fez lembrar ao Presidente da Republica a respeitar a vontade popular expressa nas urnas no dia 10 de março. “Nós não estamos no período que antecedeu o dia 23 de junho, agora o executivo tem que assumir as suas responsabilidades, são responsabilidade que decorrem da sua legitimidade que vem da constituição de uma coligação que imerge das eleições legislativas”, vincou Gomes. Confrontado pela imprensa se manter a mesma lista da composição do futuro governo já entregue ao Chefe de Estado, Gomes afirma que a composição dos membros do governo é da responsabilidade do partido vencedor das eleições legislativas. Além do apelo a nomeação do elenco governamental, os líderes da África Ocidental também indicaram ao Presidente a exoneração do Procurador-Geral da Republica (PGR). Neste sentido, Gomes afirma que para nomeação do novo PGR deve a ver um entendimento entre a presidência guineense e a prematura, porque o país não está num período em que os poderes estavam distribuídos de forma constitucional. De referir que a CEDEAO ordenou que o executivo tome posse até 03 de julho. A decisão foi tomada durante a cimeira, na qual foi deliberado também que “Jomav”, vai permanecer em funções até eleições de um novo Chefe de Estado, tento que deixar a gestão das questões governamentais para líder do governo, e para o novo executivo. A crise política continuava na Guiné-Bissau depois de José Mário Vaz ter recusado por duas vezes nomear para o cargo de primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, partido mais votado nas eleições de 10 de março. Domingos Simões Pereira acabou por indicar Aristides Gomes, nome aceite pelo Presidente, que, no entanto, não nomeou o Governo indicado pelo novo primeiro-ministro até ao dia 23 de junho, violando assim o prazo estipulado pela CEDEAO para o fazer.