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Notícias ao Minuto 30/12/22
Cumprindo com mais uma tradição de final de ano, o presidente norte-americano, Joe Biden, perdoou, esta sexta-feira, seis pessoas que chegaram a cumprir penas de prisão, incluindo por homicídio e crimes relacionados com o uso de drogas ou álcool.
Entre as pessoas perdoadas está o nome de Beverly Ann Ibn-Tamas, de 80 anos. Aos 33 anos, Ibn-Tamas foi condenada por matar com um tiro o marido que a agredia física e verbalmente. O homicídio surgiu logo após um desses episódios de agressão, depois de a condenada ter contado ao marido que estava grávida.
Os outros perdoados foram condenados por crimes relacionados com tráfico de droga, nomeadamente algumas penas de apenas seis meses por transações de pequenas quantidades de marijuana.
Um dos perdoados, Vincente Ray Flores, de 37 anos, foi condenado a quatro meses de prisão depois de ter consumido álcool e ecstasy enquanto servia na Força Aérea. Flores participou em programas de reabilitação e conseguiu voltar às forças armadas, conseguindo ser reconhecido com medalhas e outros prémios.
Os perdões surgem numa altura em que Biden tem salientando com mais vigor as graves injustiças sociais em torno das condenações por tráfico de pequenas quantidades de marijuana, sendo que a comunidade que acaba por ser mais vezes procurada pelas forças de autoridade é a afroamericana.
Há alguns meses, Biden perdoou milhares de pessoas que tinham sido acusadas por terem consigo pequenas quantidades de marijuana onde a simples posse de canábis é considerada crime, punível com pena de prisão.
Não é a primeira vez que o atual presidente dos Estados Unidos decide tomar uma atitude mais positiva e mais compreensiva no que diz respeito à posse de substâncias ilícitas, em vez de defender uma visão mais conservadora e punitiva.
Mas Biden nem sempre teve a mesma opinião. Nos anos 1990, como senador pelo estado do Delaware, foi muito mais agressivo contra o consumo de drogas e promoveu medidas que procuraram combater o tráfico com mais detenções e ações policiais mais agressivas, algo que impactou, mais uma vez, as comunidades latinas e afroamericanas.
Os perdões foram assinados enquanto o presidente está de férias nas Ilhas Virgens, com a família. A Casa Branca destacou que as pessoas perdoadas acabaram por ter uma influência muito positiva na sociedade e, por isso, não merecem ter o seu cadastro manchado.