segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Captura de localidade em Donetsk à Rússia reivindicada por Kyiv... O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia reivindicou hoje a captura às forças russas da localidade de Novoekonomichne, na região de Donetsk, um raro avanço enquanto Kyiv continua na defensiva e aguarda nova ofensiva do invasor.

© Donetsk Regional Military Adm./Anadolu via Getty Images   Lusa   01/09/2025

A captura de Novoekonomichne (leste) por unidades de assalto do 425º Regimento "Skelia" foi anunciada pelo Estado-Maior ucraniano nas redes sociais, acompanhada de um vídeo do hastear da bandeira ucraniana no centro da localidade, alegadamente filmado no domingo. 

"Levámos duas semanas a avançar gradualmente, passo a passo, por todas as ruas. À noite --- deslocação de tropas, deteção de inimigos, ataque coordenado e operações de limpeza", refere o vídeo.

As forças ucranianas têm estado nos últimos meses sobretudo na defensiva, perante contínuos assaltos de tropas russas, que segundo Kyiv deixaram 291 mil soldados russos mortos ou feridos desde a primavera.

Apesar de alguns ganhos russos, a linha da frente não se movimentou significativamente, e com a chegada das chuvas outonais tornam-se mais difíceis as condições para movimentos ofensivos de tropas e blindados, até à chegada do inverno gélido.

Nas próximas semanas, afirmou o porta-voz do 11º Corpo de Exército ao canal televisivo ucraniano Suspilne, a Rússia deverá lançar novos ataques contra a cidade de Siversk, na região de Donetsk, num esforço para estabelecer uma posição na área.

As forças russas avançaram na região de Donetsk durante o verão, concentrando os seus principais esforços nas cidades de Pokrovsk e Kostiantynivka, à medida que avançavam em direção a Dobropillia.  

No entanto, a Rússia não conseguiu consolidar as suas posições nem obter ganhos territoriais significativos, capturando apenas alguns pequenos povoados rurais, segundo o site noticioso Kyiv Independent.

Siversk, o novo potencial alvo da Rússia, fica a cerca de 10 quilómetros a oeste da aldeia ocupada de Verkhniokamianske, na região de Donetsk, e tem atualmente cerca de 400 habitantes, 20 vezes menos do que no início da invasão russa em fevereiro de 2022.

"Na direção de Siversk, o inimigo continuará a tentar operações de assalto com equipamento (pesado) até ao início das chuvas de outono. Esperamos outro ataque em grande escala", disse Dmytro Zaporozhets, porta-voz do 11º Corpo de Exército, citado pelo Suspilne.

As forças russas, acrescentou o porta-voz, pretendem garantir uma posição perto de Siversk antes que o tempo mude, permitindo-lhes lutar pelo controlo da cidade ou contorná-la durante o inverno.

Segundo Zaporozhets, a intensificação dos bombardeamentos a norte de Siversk está a permitir que as forças russas avancem destruindo posições ucranianas com artilharia, e o número de ataques de mísseis russos na direção de Lyman quase triplicou.

"A escala dos bombardeamentos de artilharia nesta área aumentou quase três vezes recentemente. Se antes havia 80-90 bombardeamentos por dia, hoje podem ser 190 ou 200", disse o porta-voz.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou no sábado que a Rússia pode estar a preparar uma nova ofensiva em grande escala em Pokrovsk, na região de Donetsk.

A Ucrânia continua também a ser alvo diário de ataques noturnos russos.  

Desde o início da invasão da Rússia em grande escala na Ucrânia, em fevereiro de 2022, as forças russas mataram mais de 3.400 habitantes da região de Donetsk e feriram quase oito mil.

Estes números não incluem as mortes ocorridas em Mariupol e Volonovakha.

Na madrugada de quinta-feira, ataques russos mataram 25 pessoas na capital Kyiv, incluindo quatro crianças.

Segundo números hoje divulgados pelo Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia no Telegram, no mês passado, as unidades de defesa aéreadestruíram 6.346 alvos aéreos, incluindo cinco mísseis balísticos aéreos Kh-47M2 Kinzhal, 55 mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-55SM, 20 mísseis balísticos Iskander-M/KN-23, 20 mísseis de cruzeiro Kalibr, além de outros mísseis e 'drones'.

Para além do combate aéreo, a aviação ucraniana reivindicou a destruição de 438 alvos aéreos, como postos de comando, centros logísticos e concentrações de pessoal e equipamento inimigos.


Leia Também: NATO reafirma apoio a Kyiv em reunião de emergência após ataques russos

O Conselho NATO-Ucrânia realizou hoje uma reunião extraordinária em Bruxelas, convocada a pedido de Kyiv após os recentes ataques em massa russos, com os aliados a reafirmarem o apoio aos ucranianos e a "condenaram veementemente" Moscovo.


No âmbito da cooperação bilateral entre Portugal e a Guiné-Bissau, teve início hoje, 1 de setembro, na Fortaleza de São José da Amura, em Bissau, uma nova edição do Curso de Melhoria da Proficiência em Língua Portuguesa dirigido às Forças Armadas guineenses, integrado no projeto das Unidades de Apoio Pedagógico / Polos de Língua Portuguesa do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

Fonte: Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau

Durante um período de quatro semanas, 83 militares, pertencentes aos três ramos das Forças Armadas da Guiné-Bissau frequentarão este curso intensivo, que visa reforçar as respetivas competências linguísticas e potenciar a plena participação em contextos de formação e cooperação internacional.

O domínio da língua portuguesa revela-se uma ferramenta essencial para aceder a formações técnicas e estratégicas no âmbito da Cooperação no Domínio da Defesa, nomeadamente nos cursos de Operações de Apoio à Paz, Formação de Formadores, Informações Militares, Segurança e Contra Informação, Polícia Militar e Capitão (adaptado), promovidos por Portugal através de Equipas Técnicas de Capacitação. 🇵🇹🤝🇬🇼

Guiné-Bissau: "Mais de 30 estudantes" guineenses autorizados a sair do aeroporto... Os estudantes provenientes da Guiné-Bissau estão retidos no aeroporto de Lisboa desde sexta-feira, dia 29 de agosto, por falta de meios de subsistência e/ou falta de prova do alojamento compatível com a estadia prevista. Pelo menos 30 estudantes, já foram autorizados a sair do aeroporto.

© Facebook/ AEGBL - Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa  com Lusa   01/09/2025 

A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa adiantou, na noite desta segunda-feira, que "mais de 30 estudantes que se encontravam retidos" no aeroporto de Lisboa, "já estão em liberdade". 

"Mais de 30 estudantes dos 41 que se encontravam retidos no Aeroporto Humberto Delgado de Lisboa, desde sexta-feira, já estão em liberdade", pode ler-se na nota partilhada na página de Facebook da AEGBL.

A associação deixa ainda a nota de que se encontra no aeroporto "a acompanhar a liberdade de todos, que está a decorrer no momento", acrescentando que dará "mais informações assim que possível".

De recordar que, esta segunda-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) referiu, em comunicado, que "foram instruídos 34 processos de recusa de entrada de cidadãos estrangeiros provenientes de país terceiro, tendo um caso sido reapreciado e revertida a decisão".

No entanto, um dirigente da AEGBL reiterou, durante uma manifestação junto ao aeroporto, que são 41 os jovens que se encontram retidos.

Questionado sobre a discrepância de números avançados pela Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL) e os dados oficiais comunicados pela Polícia de Segurança Pública (PSP), João Domingos da Cunha, coordenador do departamento de Política Educativa da AEGBL, reiterou aos jornalistas que "são 41 estudantes parados no aeroporto de Lisboa" e que também tiveram acesso ao comunicado da polícia portuguesa. 

Domingos da Cunha frisou que ainda não foram contactados pela Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, mas que ouviram o ministro dos Negócios Estrangeiros de Bissau, Carlos Pinto Pereira, referir 25 estudantes, um número que também refuta, afirmando que a associação de estudantes está no local (aeroporto de Lisboa) e em contacto com os jovens que ficaram retidos por não terem na sua posse um documento que justificasse os seus meios de subsistência, documento esse, frisou, que não lhes foi pedido na Guiné-Bissau.

O representante dos estudantes garantiu que os seus colegas lhes dizem que estão a passar por condições precárias, que não comem nem dormem bem, informação também contrariada pelo comunicado da PSP que frisa que, "relativamente às condições de acolhimento, a PSP assegurou, de forma contínua, refeições, condições de higiene e camas para os cidadãos que permaneceram na Zona Internacional (ZI)".

De salientar que os estudantes guineenses estão retidos no aeroporto de Lisboa desde sexta-feira, tendo sido impedidos de entrar em Portugal devido à falta de existência de meios de subsistência e/ou falta de prova do alojamento compatível com a estadia prevista. 

A PSP deu ainda conta de que "vários cidadãos apresentaram pedidos de reapreciação, juntando novos elementos, que se encontram a ser analisados", notando que "assim que verificados os pressupostos que obedeçam aos critérios para aprovação de ingresso em instituição de ensino superior, [...], será revogada a decisão de recusa de entrada". 

[Notícia atualizada às 22h54]


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ELEIÇÕES GERAIS: Candidatos Obrigados a Apresentar Certidão de Quitação Fiscal... O Ministério das Finanças criou oficialmente uma Comissão ‘AD HOC, que tomou posse esta segunda-feira, 1 de setembro, com a responsabilidade de analisar os pedidos de emissão da certidão de quitação fiscal por parte dos candidatos às eleições gerais.

A comissão, criada por despacho do Ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, terá a competência de emitir pareceres de conformidade e aprovação, conforme previsto na legislação fiscal em vigor. Será composta por representantes das principais instituições fiscais, financeiras e judiciais do país.

Mais de 40 guineenses com visto de estudante impedidos de entrar em Portugal... O serviço de imigração no aeroporto de Lisboa tem mantido os estudantes retidos, alegando que lhes falta documentação para poderem ficar no país. Têm até sexta-feira para apresentar o que está em falta ou serão repatriados. Mas os guineenses garantem que essa documentação nunca lhes foi pedida durante todo o processo com o serviço consular português.

Por  sicnoticias.pt

Há 41 estudantes guineenses que chegaram a Portugal com visto de estudante, mas que foram impedidos de entrar no país. É-lhes dito que têm documentação em falta e que têm de apresentá-la até sexta-feira, caso contrário serão repatriados.  

Após terem aterrado em Portugal, desde a noite da última quinta-feira, os estudantes foram impedidos de entrar no país pelo serviço de imigração no aeroporto de Lisboa. Em falta na documentação apresentada pelos estudantes estará, de acordo com a Polícia de Segurança Pública (PSP), um termo de responsabilidade (comprovando que alguém fica responsável por eles durante a estadia no país), além de outros documentos. 

Os estudantes estarão inscritos no ensino superior português, aparecendo nas listas de colocados das universidades em que iriam ingressar. 

PSP fala em 34 processos de recusa de entrada 

Em comunicado, a PSP adianta que foram instruídos 34 processos de recusa de entrada destes cidadãos. Acrescenta que, entretanto, um caso foi "reapreciado e revertida a decisão".

Quanto ao motivo da recuso da entrada destes cidadãos em território português, a PSP afirma que não apresentavam documentos a comprovar o motivo e as condições para a estadia em Portugal - “designadamente a realização de estudos superiores no nosso país” - e que mostravam “insuficiência de meios de subsistência e/ou falta de prova do alojamento compatível com a estadia prevista”. 

A polícia assegura que foi garantido a todos os estudantes “apoio jurídico”. E que àqueles que apresentarem os documentos em falta “será revogada a decisão de recusa de entrada”. 

Condições de pernoita inaceitáveis? Polícia diz que direitos foram garantidos

Os estudantes queixam-se de terem sido forçados a permanecer no aeroporto em condições “inaceitáveis”. 

“Demorou algum tempo a ser-lhes dada alimentação”, denuncia Eliseu Sambú, coordenador do departamento de comunicação da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa. 

Afirma ainda que a sala onde os estudantes estão a ser retidos não será “apropriada para receber pessoas”.  

“Não é um espaço que oferece condições para ter uma pessoa durante todo este tempo dentro do aeroporto”, sublinha. 

A PSP garante, contudo, que “assegurou, de forma contínua, refeições, condições de higiene e camas” a estes cidadãos, “bem como os necessários cuidados de saúde.” Terão, contudo, segundo a polícia, permanecido na “Zona Internacional”, devido “à lotação do EECIT (espaço equiparado a centro de instalação temporária)”. 

A "responsabilidade" do Estado português e o "silêncio" da Guiné 

A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa atribui a responsabilidade “às autoridades portugueses, neste caso específico ao serviço consular português na Guiné-Bissau”.

“Porque, no processo de pedido de visto destes estudantes para virem estudar para Portugal, em nenhum momento foi invocada a apresentação de termo de responsabilidade”, sublinha. 

Os estudantes criticam também as autoridades guineenses pelo “silêncio” a que se têm remetido perante a situação.

“Que providências estão a tomar? Que diligências estão a fazer para resolver esta situação?”, questiona Eliseu Sambú. 

Foi marcada para esta tarde, no aeroporto de Lisboa, uma manifestação pela liberdade dos 41 estudantes guineenses retidos.

Manifestação: Decorre neste momento as manifestações organizadas pela Associação de estudantes da Guiné -Bissau em Lisboa, no Aeroporto Humberto Delgado, Lisboa, em solidariedade para com 41 estudantes guineenses retidos.


Guiné-Bissau apela a Portugal pela libertação de 41 estudantes retidos em Lisboa.

 Radio TV Bantaba

 O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, afirmou esta segunda-feira que o governo guineense não possui meios para intervir diretamente na retenção de 41 estudantes no Aeroporto de Lisboa, apelando à intervenção das autoridades portuguesas para resolver a situação.

“As nossas possibilidades de atuação são limitadas. Estamos a apelar à compreensão e à boa vontade do governo português”, declarou o ministro, após uma reunião com o homólogo português, dedicada à busca de soluções para o caso.

Segundo os próprios estudantes, foi-lhes concedido um prazo até sexta-feira para apresentar a documentação exigida à entrada em território português. Caso contrário, correm o risco de serem repatriados.

Em paralelo, o secretário de Estado das Comunidades, Cipriano Mendes Pereira, manifestou solidariedade aos estudantes através de uma nota divulgada nas redes sociais. No comunicado, apelou à calma e à serenidade de todos os envolvidos, expressando confiança numa resolução breve do impasse.

Mendes Pereira informou ainda que está em contacto permanente com os Serviços Consulares da Guiné-Bissau e com o embaixador em Portugal, que acompanha de perto o desenrolar da situação.

A tensão levou estudantes guineenses residentes em Portugal a convocar uma manifestação para esta tarde, às 16h (hora da Guiné-Bissau), no Aeroporto de Lisboa, em protesto pela detenção dos compatriotas.

Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ) em conferência de imprensa para abordar a situação dos estudantes guineenses retidos no Aeroporto de Lisboa.

Famílias cabo-verdianas prestes a receber subsídio de regresso às aulas... As famílias cabo-verdianas com filhos registados no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) até 31 de agosto vão começar a receber, a partir de sexta-feira, um subsídio de regresso às aulas, anunciou hoje o Governo.

© Lusa   01/09/2025

A medida visa "garantir mais apoio e igualdade de oportunidades no início do novo ano letivo", afirmou o Governo cabo-verdiano. 

As crianças dos 04 aos 15 anos recebem o apoio de forma automática, enquanto os jovens a partir dos 15 anos têm de apresentar comprovativo de frequência escolar.

O valor varia entre 2.500 e 4.000 escudos (21,77 a 36,28 euros), consoante a idade, e o pagamento arranca em 05 de setembro. 

O ministro da Educação, Amadeu Cruz, garantiu na última semana que o novo ano letivo arranca em 15 de setembro em todo o país, incluindo as ilhas recentemente afetadas pela calamidade natural, como São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, que acolhe a cerimónia oficial de abertura.

No total, cerca de 130 mil alunos e 7.500 professores do ensino básico ao secundário regressam às aulas no dia 15.


Trump quebra silêncio sobre ausência e especulações sobre a sua morte... Até então, o presidente dos Estados Unidos ainda não se tinha pronunciado sobre a agitação que causou a sua ausência nos últimos dias, embora estivesse muito ativo na sua rede social, a Truth Social.

©ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto   01/09/2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quebrou, finalmente, o silêncio sobre a sua ausência dos últimos dias. Depois de ter aparecido em público, acabando com a especulação, nomeadamente sobre uma eventual morte, o chefe de Estado disse que "nunca" se sentiu "melhor" em toda a sua vida. 

Esta declaração surgiu na sua rede social, a Truth Social, em resposta a uma publicação do comentador político de direita norte-americano Rogan O'Handley, mais conhecido como DC Draino. 

"Joe Biden passava vários dias sem aparecer em público e os meios de comunicação diziam que ele era 'perspicaz' e estava 'no auge da sua forma'. Enquanto isso, ele usava fraldas e tirava sestas. O presidente Trump dedica mais horas ao trabalho público do que qualquer outro presidente dos Estados Unidos na história, e a mídia entra em pânico se ele desaparece por 24 horas", escreveu o comentador. 

Trump aproveitou e comentou a publicação na sua página: "Nunca me senti melhor na minha vida".

Note-se que o presidente dos Estados Unidos passou o fim de semana a jogar golfe e foi fotografado vestido a rigor, naquela que foram as primeiras aparições públicas após dias de ausência. 

Numa altura em que crescem as preocupações em torno do seu estado de saúde, esta ausência fez aumentar as especulações. Nas redes sociais, começaram a surgir teorias, uma vez que a Casa Branca não deu qualquer explicação, e o nome do chefe de Estado norte-americano chegou às tendências, nomeadamente através de frases como "Onde está Trump?" ou "Trump está morto". 

É de realçar que Trump não era visto em público desde dia 26 de agosto, altura em que um grande hematoma nas costas da sua mão direita voltou a roubar as atenções, sobretudo por não ser a primeira vez que o chefe de Estado aparece com uma contusão semelhante. Além disso, já apareceu também com os tornozelos inchados.

Em julho, a Casa Branca confirmou um diagnóstico de insuficiência venosa crónica. No entanto, assegurou que não foram encontrados indícios de "trombose venosa profunda ou doença arterial".

Além da ausência de Trump e dos hematomas visíveis, também as palavras do vice-presidente dos Estados Unidos contribuíram para adensar os rumores. É que, em 27 de agosto, perguntaram a JD Vance se este estaria preparado para assumir a presidência caso acontecesse uma "terrível tragédia", uma possibilidade que não descartou, apesar de salientar que Trump está em ótima forma.

"Ele é a última pessoa a fazer telefonemas à noite e a primeira a acordar e a fazer telefonemas pela manhã", começou por dizer Vance, numa entrevista ao USA Today. "Sim, tragédias terríveis acontecem. Mas estou muito confiante de que o presidente dos Estados Unidos está em boa forma, vai cumprir o resto do seu mandato e fazer grandes coisas pelo povo americano", continuou.

"E se - Deus me livre, acontecer uma tragédia terrível - não consigo pensar em melhor formação profissional do que a que recebi nos últimos 200 dias", completou.

A verdade é que, desde que assumiu o cargo, houve várias ocasiões em que o presidente desapareceu da vista do público e, apesar de não ter eventos agendados e de não surgir em público, Trump esteve sempre ativo na sua rede social, a Truth Social.

Ainda assim, os utilizadores mais ativos conseguiram ser imaginativos e aproveitaram a ocasião para brincar com o assunto, ao ponto de tornar o nome do presidente dos Estados Unidos num dos mais pesquisados não só nas redes sociais, mas também em motores de busca. 

Houve ainda quem tivesse destacado um aumento significativo nos pedidos online de pizza perto de agências governamentais, como o Pentágono, lembrando que ocorreu algo semelhante em junho, na noite em que Trump anunciou um ataque contra o Irão. Desta forma, muitos associaram este aumento a um sinal de que algo se passava no Pentágono. 

De notar que, em abril, a Casa Branca divulgou um boletim de saúde que apontou que Trump tinha "uma excelente saúde cognitiva e física".

"O presidente Trump goza de excelente saúde cognitiva e física e está totalmente apto para servir como chefe de Estado e comandante-chefe" das Forças Armadas, referia o relatório.

Note-se que Trump concluirá o seu segundo mandato aos 82 anos, em janeiro de 2029.


Leia Também: Procurador que investigou conspiração entre Trump e Rússia tem Parkinson

Rebeldes hutis do Iémen lançam míssil contra petroleiro no Mar Vermelho... Os rebeldes hutis do Iémen lançaram um míssil contra um petroleiro ao largo da costa da Arábia Saudita, no Mar Vermelho, informou hoje um porta-voz militar.

© Lusa   01/09/2025

O porta-voz huti, general Yahya Saree, assumiu a responsabilidade pelo lançamento numa mensagem pré-gravada transmitida pela al-Masirah, um canal de notícias por satélite controlado pelos hutis, alegando que a embarcação, a Scarlet Ray, tinha ligações a Israel. 

O Centro de Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido, do exército britânico, que monitoriza a navegação no Médio Oriente, tinha informado anteriormente que um navio ouviu um estrondo perto de Yanbu, na Arábia Saudita.

De novembro de 2023 a dezembro de 2024, os hutis visaram mais de 100 navios com mísseis e drones durante a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Até agora, quatro embarcações afundaram, matando pelo menos oito pessoas.

Os rebeldes iemenitas lançaram centenas de ataques contra Israel e a navegação comercial no Mar Vermelho desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023.

O objetivo é prejudicar economicamente Israel e abrir uma nova frente de conflito em apoio ao Hamas, o grupo radical islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

Os hutis fazem parte do chamado "eixo de resistência" a Israel, liderado pelo Irão, que integra grupos extremistas como os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica e o Hezbollah libanês.

Os ataques reduziram o fluxo de comércio através do corredor do Mar Vermelho.

Fundado por Hussein al-Houthi, morto em 2004 pelo exército iemenita, o grupo xiita está em guerra há mais de uma década com o governo exilado do Iémen, apoiado pela Arábia Saudita.

Os rebeldes controlam grande parte do país, considerado o mais pobre da Península da Arábia.


Leia Também: Quem era Abu Obeida, o porta-voz do Hamas morto em ataque de Israel?

Abu Obeia, que foi porta-voz das Brigadas al Qasam entre 2007 e 2025, foi morto pelas tropas israelitas num ataque em Gaza. A sua identidade nunca foi revelada, mas Israel e os EUA acreditam tratar-se de Hudayfa Samir Abdallah al‑Kahlout.


Ucrânia/Rússia: Crise "é resultado de golpe de Estado na Ucrânia, provocado por Ocidente"... O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu hoje a ofensiva militar russa na Ucrânia, acusando o Ocidente de ter desencadeado o conflito, durante uma cimeira sobre segurança organizada no nordeste da China.

© Contributor/Getty Images    Lusa   01/09/2025 

"Esta crise não foi desencadeada pelo ataque da Rússia à Ucrânia. É o resultado de um golpe de Estado na Ucrânia, que foi apoiado e provocado pelo Ocidente", afirmou Putin, durante a reunião da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês). 

A declaração refere-se aos protestos pró-Ocidente do Maidan, que em 2014 forçaram a queda do então Presidente ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovych. Na sequência, Moscovo anexou a península da Crimeia e passou a apoiar grupos separatistas no leste da Ucrânia, desencadeando um conflito civil.

"A segunda causa da crise são as constantes tentativas do Ocidente de atrair a Ucrânia para a NATO", acrescentou o chefe de Estado russo.

Putin discursou perante os seus principais aliados: o Presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

"Valorizamos profundamente os esforços e as propostas da China, da Índia e de outros parceiros estratégicos para contribuir para a resolução da crise ucraniana", afirmou Putin.

As propostas de paz entre Moscovo e Kiev têm fracassado, apesar dos apelos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a celebração de um acordo.

Putin tem rejeitado um cessar-fogo, exigindo que a Ucrânia ceda mais território e renuncie ao apoio ocidental. Kiev recusou, considerando as exigências inaceitáveis.

A SCO é apresentada por Pequim e Moscovo como um contraponto à NATO.

No entanto, ao contrário da NATO, a SCO não possui cláusulas de defesa mútua e apresenta-se como uma plataforma de cooperação política, económica e em matéria de segurança.

À margem da cimeira de Tianjin, Putin deverá reunir-se hoje com os Presidentes da Turquia e do Irão e com o primeiro-ministro da Índia. Xi Jinping e Putin deverão ter um encontro bilateral na terça-feira, em Pequim.