Por LUSA
"Advertimos que a continuação destes crimes tem como objetivo destruir completamente a cidade de Gaza e impor o deslocamento forçado generalizado dos seus residentes, o que constitui um crime sem precedentes na história moderna", alerta o grupo islamita considerado terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia num comunicado.
O exército israelita justificou estes ataques afirmando ter encontrado "infraestruturas terroristas" nestes edifícios, e advertiu que continuará a fazê-lo "nos próximos dias", se o grupo palestiniano não se desarmar e entregar os reféns que ainda mantém em cativeiro.
O Hamas refuta a tese de Israel e considera que "atacar torres residenciais cheias de deslocados" lhe "serve de cobertura" para continuar a perpetrar "crimes de guerra em toda a regra que constituem um genocídio".
"A ONU e o seu Conselho de Segurança devem quebrar o silêncio e agir imediatamente para deter o brutal ataque sionista que visa destruir a cidade de Gaza e deslocar a sua população, e para enfrentar as violações sem precedentes e contínuas" na Faixa de Gaza", apela o Hamas no mesmo texto.
A guerra em curso em Gaza foi iniciada quando o Hamas atacou o solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.
Destes, 48 permanecem no enclave palestiniano, dos quais mais de metade estarão mortos, admitem as autoridades israelitas.
A retaliação de Israel já fez mais de 64 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
As Nações Unidas declararam no passado mês de agosto uma situação de fome em algumas zonas do enclave.
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O ministro das Relações Exteriores egípcio condenou hoje a intenção de Israel de transferir moradores da Faixa de Gaza para o Egito através de Rafah depois do primeiro-ministro israelita ter acusado as autoridades egípcias de aprisionar a população palestiniana.



