quinta-feira, 19 de junho de 2025

"Vamos ser muito claros: o Irão tem tudo para construir uma arma nuclear"... A Casa Branca afirmou hoje que o Irão tem capacidade para montar uma bomba nuclear em "quinze dias" se o líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, der a ordem.

© Celal Güne/Anadolu via Getty Images  LUSA  19/06/2025 

"Vamos ser muito claros: o Irão tem tudo o que precisa para construir uma arma nuclear. Tudo o que precisam é de uma decisão do líder supremo para o fazer, e demorariam quinze dias a completar a produção desta arma, que representaria uma ameaça existencial não só para Israel, mas também para os Estados Unidos e para o mundo inteiro", declarou a porta-voz do executivo americano, Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa.

A responsável disse também que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai tomar uma decisão sobre uma eventual intervenção norte-americana no Irão "nas próximas duas semanas".

"Dado que existe uma possibilidade substancial de potenciais negociações com o Irão num futuro próximo, tomarei a minha decisão sobre ir ou não para lá nas próximas duas semanas", disse o líder norte-americano, numa declaração transmitida pela porta-voz presidencial.

Leavitt sublinhou que "ninguém deve ficar surpreendido" com a abordagem de Trump de que o Irão "não deve ter uma arma nuclear", uma posição que tem defendido "não só como Presidente, mas também como cidadão".

Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.

Desde então, os aviões israelitas atacaram infraestruturas militares iranianas, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares.

Os ataques causaram centenas de mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas que trabalhavam no programa nuclear.

O Irão retaliou com lançamentos de mísseis e drones contra várias cidades israelitas que mataram mais de duas dezenas de pessoas.


Leia Também: Dezenas de aviões militares norte-americanos foram retirados da pista de uma das maiores bases dos Estados Unidos no Médio Oriente, segundo imagens de satélite, o que pode proteger os equipamentos de possíveis ataques de Teerão, indicou hoje a France-Presse.

Instalação nuclear iraniana alvo de bombardeamento israelita

Por Sicnoticias 

As autoridades israelitas confirmam ser o terceiro ataque contra instalações nucleares iranianas, incluindo Isfahan e Natanz. O Irão garante não haver risco de radiação. 

Israel atacou esta quinta-feira o reator de água pesada de Arak, uma das maiores instalações nucleares do Irão. A televisão estatal iraniana confirmou o ataque, mas garantiu que não há qualquer risco de radiação na zona. Segundo as autoridades israelitas, este foi o terceiro ataque contra instalações nucleares no país.

O reator de Arak localiza-se a cerca de 250 quilómetros a sudoeste de Teerão, capital do Irão. Imagens captadas à distância mostram fumo a sair da instalação, indicando que terá sido atingida.

As forças armadas israelitas confirmaram o ataque e divulgaram imagens com grafismo militar para explicar a operação. De acordo com a mesma fonte, a instalação foi evacuada antes do bombardeamento.

O reator foi construído em 2003 e tinha capacidade para produzir aproximadamente nove quilos de plutónio por ano. No entanto, o Irão tem reiterado que o reator não é utilizado para produzir material nuclear com grau de pureza militar.

Em 2016, anunciou mesmo ter enchido o núcleo com cimento, num gesto destinado a demonstrar o cumprimento dos compromissos assumidos no acordo nuclear internacional.

Além de Arak, Israel afirma ter atacado outras duas centrais nucleares iranianas: Isfahan e Natanz. Esta última é considerada a maior instalação de enriquecimento de urânio no Irão.

Os ataques israelitas ao Irão, que se têm intensificado ao longo da última semana, incluíram também um bombardeamento à televisão pública iraniana. O ataque ocorreu na passada segunda-feira, durante uma emissão em direto. Segundo a estação estatal, quatro bombas caíram sobre o edifício principal.

A Federação Internacional de Jornalistas confirmou a morte de pelo menos quatro pessoas, entre jornalistas e outros trabalhadores do canal.


Leia Também: Hospital atingido por míssil era o maior do sul de Israel

A força da explosão e o incêndio que se seguiu deixaram o hospital parcialmente destruído. Com cerca de 1.000 camas, o Soroka tem agora várias enfermarias destruídas e foi obrigado a transferir os doentes que inspiram mais cuidados. 


🇬🇼📉 Guiné-Bissau regista baixa de preços nos produtos de primeira necessidade Os preços de produtos essenciais como arroz, óleo alimentar, açúcar e farinha estão a baixar significativamente em vários mercados do país. Esta tendência representa um alívio para muitas famílias guineenses.

🛒 Para acompanhar de perto esta realidade, uma importante delegação do Ministério do Comércio integrada pelo Diretor geral do Comércio Interno e, pelo Inspector-geral do Comércio, realizou hoje visitas aos mercados de Bandim-Bor, Caracol, Cuntum, Bairro Militar, Antula e Pluba. 

👥 À chegada, a missão foi recebida pelo Presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), que delegou a representação ao seu vice-Presidente e também Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, que integrou a visita.

Comunicado do Conselho de Ministros do dia 19 de junho de 2025, lido pela Ministra da Cultura Juventude e Desportos, Maria da Conceição Évora.

Irão diz que alvo não era o hospital. Israel e Cruz Vermelham condenam

Por LUSA 

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano disse hoje que o ataque desta manhã visava uma sede da inteligência israelita e não o hospital Soroka, no sul de Israel, missiva condenada por Israel e Cruz Vermelha.

"Hoje cedo, as nossas poderosas Forças Armadas eliminaram com precisão um quartel-general do Comando Militar, Controlo e Inteligência israelita e outro alvo vital", disse o ministro Abbas Araqchi, numa mensagem na sua conta X.

De acordo com o governante, "a onda de explosão causou danos superficiais numa pequena secção do Hospital Militar Soroka, que foi evacuada em grande parte".

O jornal israelita The Times of Israel referiu hoje que a base militar mais próxima de Soroka fica a cerca de dois quilómetros de distância, mas o ministro iraniano publicou um mapa onde se pode ler que o centro médico está separado de um "campus de inteligência" do exército israelita por uma rua.

O Ministério da Saúde israelita informou que o ataque deixou 71 feridos ligeiros e uma pessoa que teve de ser tratada por ansiedade e condenou o ataque ao centro, que "é um dos melhores de Israel".

Para o Irão, este centro "é utilizado principalmente para tratar os soldados israelitas envolvidos no genocídio em Gaza", onde recordou que Israel "destruiu ou danificou 94% dos hospitais palestinianos".

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apelou hoje ao "respeito" e à "proteção" dos hospitais.

"Os feridos e os doentes, o pessoal médico e os hospitais devem ser respeitados e protegidos", declarou o CICV, apelando ao respeito do direito internacional no sétimo dia da guerra entre Israel e o Irão.

Por seu lado, o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, acusou o Irão de atacar "deliberadamente" civis, qualificando de "crime de guerra" o bombardeamento de ao hospital.

Durante uma visita ao hospital Soroka, na cidade de Bersheba, no sul do país, Saar disse aos jornalistas que o Irão mantém uma estratégia sistemática de atacar civis, incluindo crianças e idosos, e afirmou que o bombardeamento do edifício de cirurgia "onde estão a ser salvas vidas" reflete esta tática.

"Trata-se claramente de um crime de guerra, mas reflete a estratégia em curso do regime iraniano (...) É inaceitável", afirmou, sublinhando que numerosos ministros de todo o mundo condenaram este ato.


Leia Também: O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje que vai fazer "desaparecer" a ameaça do nuclear iraniano. 

Presidente da República reafirma realização de eleições gerais a 23 de Novembro

Bissau, 19 Jun 25 (ANG) – O Presidente da República afirmou hoje que  nada vai impedir a realização de eleições gerais(presidenciais e legislativas) na data prevista, 23 de Novembro próximo.

Umaro Sissoco Embaló falava à imprensa à saída da reunião ordinária do Conselho dos Ministros, e disse que os guineenses têm que compreender que o país vive de sua própria receita.

"Em relação a greve na saúde e educação temos que sentar e dialogar, porque os sindicatos são um grupo de pressão, mas têm limites”, afirmou.

A Frente Social, que engloba os sindicatos de ensino e da saúde) prevê nova onda de greve de 15 dias, caso as suas reivindicações de pagamentos de salários atrasados não forem pagos.

Sobre as reivindicações de pagamento de subsídios no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral(GETAP),o Presidente da República disse que já estão a ser resolvidas.

 O chefe de Estado disse que também ouviu falar da situação de greve dos magistrados judiciais e do Ministério Público, mas diz que os seus cadernos  reivindicativos vão ser analisados pelo Governo.

“A greve muitas vezes não é solução, porque quando é prolongada acaba por perder o seu sentido”, disse .

Questionado sobre a sua participação na Cimeira da CEDEAO, disse tratar-se de  uma reunião ordinária da organização que acontece duas vezes por ano.

“O Presidente em exercício da CEDEAO já tinha enviado, há uma semana, a sua ministra dos Negócios Estrangeiros para eu tomar parte num Fórum Económico para África Ocidental que vai iniciar amanhã, em Abuja(Nigéria)”, explicou. 

ANG/MI/ÂC//SG

Após o presidir o Conselho de Ministros, Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló fala a imprensa. 19.06.2025

Investimento em África subiu 75% para 97 mil milhões de dólares em 2024

Por LUSA 

O Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em África aumentou 75%, para 97 mil milhões de dólares (84 mil milhões de euros), em 2024, influenciado por um projeto no Egito, sem o qual teria subido 12%, segundo a ONU.

"O investimento estrangeiro em África aumentou 75%, atingindo um recorde histórico de 97 mil milhões de dólares [84 mil milhões de euros] em 2024, impulsionado pelos esforços de liberalização e facilitação em todo o continente", lê-se no relatório Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) sobre o Investimento Mundial, no qual se destaca uma significativa recuperação dos investimentos no continente.

Os 97 mil milhões de dólares representam 6% do total mundial, melhor do que os 4% registados em 2023, mas este valor tem de ser lido tendo em conta a forte aposta dos investidores estrangeiros em projetos de desenvolvimento urbano no Egito, indica-se no documento.

"Excluindo esse aumento, o IDE em África ainda cresceu 12%, para cerca de 62 mil milhões de dólares (53 mil milhões de euros), representando 4% dos fluxos globais", em linha com a percentagem de 2023, lê-se no relatório, que dá conta do interesse dos governos em aprovarem medidas que facilitem o investimento estrangeiro.

As medidas neste âmbito "continuaram a ter um papel de destaque em África, representando 36% das medidas políticas favoráveis aos investidores", diz a UNCTAD.

Os investidores europeus detêm o maior 'stock' de IDE em África, seguidos pelos Estados Unidos e pela China, com 42 mil milhões de dólares (cerca de 36 mil milhões de euros), em novos setores com o farmacêutico e a transformação alimentar.

Em termos regionais, o norte de África liderou as subidas, muito à custa de projetos específicos no Egito, sendo que a África Austral, onde está Angola e Moçambique, registou uma subida de 44%, passando de sete para 11 mil milhões de dólares, ou seja, de seis para 9,5 mil milhões de euros.

Pelo contrário, a região da África Ocidental, onde se situam Cabo Verde e a Guiné-Bissau, registou uma descida 7%, com os investimentos a descerem de 16 para 15 mil milhões de dólares (de 13,9 para 13 mil milhões de euros).

A nível global, embora tenha aumentado 4% em 2024, para 1,5 biliões de dólares [1,3 biliões de euros], "o aumento é resultado, entre outros fatores, da volatilidade dos fluxos financeiros em várias economias europeias, que muitas vezes servem como pontos de transferência para investimentos".

Sem isso, o IDE caiu 11%, marcando o segundo ano consecutivo de declínio e confirmando um abrandamento cada vez mais profundo nos fluxos de capital produtivo, de acordo com o relatório hoje divulgado.

Ministro da Economia russo admite que país está "à beira de uma recessão"

Por LUSA 

O ministro da Economia russo, Maxim Reshetnikov, admitiu hoje que o país está à beira de uma recessão, apesar do otimismo demonstrado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, nos últimos meses.

"Os números mostram um arrefecimento e a perceção atual sugere que já estamos à beira de uma recessão", disse o ministro no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).

De acordo com Reshetnikov, "o número de empresas em risco está a aumentar" e dependerá das próximas decisões a serem tomadas pelos responsáveis pelo desenvolvimento económico do país, especialmente em matéria de política monetária, mas também da perceção do próprio setor empresarial.

O ministro pediu também "um pouco de amor pela economia" à governadora do Banco Central russo, Elvira Nabiulina, que tem mantido uma política dura de taxas de juro elevadas com o objetivo de baixar as elevadas taxas de inflação que assolam o país.

Por seu lado, Nabiulina confessou que muitos dos recursos para o crescimento do atual modelo económico russo estão esgotados.

"Há dois anos que estamos a crescer a um ritmo bastante elevado, graças à livre utilização dos recursos, incluindo a força de trabalho, a capacidade de produção, a substituição das importações, bem como os recursos acumulados do orçamento do Fundo Nacional de Segurança Social e a reserva de capital bancário que serviu de base para a aceleração dos empréstimos emitidos", disse.

No entanto, "temos de perceber que muitos destes recursos se esgotaram, pelo que temos de pensar num novo modelo económico".

Entretanto, o ministro das Finanças, Anton Siluanov, afirmou que o modelo atual ainda é viável e Reshetnikov apelou a mudanças moderadas.

"Vivemos num mundo complexo. A Rússia está a crescer a um ritmo notável enquanto as sanções nos rodeiam e agora fala-se em mudar o modelo económico. Temos de nos concentrar na soberania tecnológica. O modelo atual funciona", declarou Siluanov.

Repetidamente ecoando a palavra "arrefecimento" da economia, o ministro das Finanças argumentou que "depois do arrefecimento vem o verão".

Atualmente, a economia russa estagnou devido à falta de investimento no país, consequência das elevadas taxas de juro, que este mês baixaram de 21% para 20%, o que levou também à falência de um grande número de empresas que não puderam pedir empréstimos.

Hoje mesmo, o porta-voz da direção do banco estatal russo Sberbank, Anatoly Popov, afirmou que o investimento no país seria relançado se as taxas de juro fossem reduzidas para entre 12% e 14%.

Mas o Presidente russo tem-se mostrado otimista sobre a economia do seu país e, apesar de ter admitido recentemente que este ano seria menos bom do que o anterior, sempre falou de crescimento e de resiliência às sanções internacionais impostas após o início da guerra da Ucrânia em 2022.

No final de maio, vangloriou-se de que a Rússia "ocupa o quarto lugar no mundo em termos de paridade de poder de compra", o que voltou a defender esta manhã numa reunião com representantes das principais agências internacionais.


Leia Também: O diretor da agência nuclear russa pediu hoje a Israel que evite mesmo mencionar a possibilidade de um ataque à fábrica nuclear iraniana de Bushehr, que poderia causar uma "catástrofe comparável à de Chernobyl". 

Irão acusa agência nuclear de ser "parceira" da "agressão" israelita

Por LUSA 

O Irão acusou hoje a Agência Internacional de Energia Atómica das Nações Unidas de agir como "parceira" da "guerra de agressão" de Israel.

Em causa está um relatório da agência, publicado antes do início da guerra Irão-Israel, no qual denunciou que o regime de Teerão não estava a cumprir com as suas obrigações em relação ao programa nuclear.

Dirigindo a mensagem ao diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, escreveu na rede social X: "Vocês traíram o regime de não-proliferação; vocês fizeram da AIEA uma parceira nesta guerra injusta de agressão".

Na quarta-feira, em entrevista a vários órgãos de informação, Rafael Grossi assinalou que o relatório da AIEA foi deturpado e que não há "nenhuma evidência de um esforço sistemático do Irão para conseguir a bomba atómica", ainda que este seja "o único país do mundo que está a enriquecer urânio a níveis quase militares".

Em resposta, o porta-voz da diplomacia iraniana escreveu: "Senhor Grossi, esse reconhecimento [de que o Irão não está empenhado em construir uma arma nuclear] chega tarde. Escondeu esse facto no seu relatório totalmente parcial, um relatório que foi mal utilizado pelos países europeus e pelos Estados Unidos para redigirem uma resolução com exigências infundadas por 'incumprimento'".

O que acabou por acontecer -- salienta -- foi que essa resolução acabou por ser "utilizada como a desculpa final por um regime belicista e genocida para lançar uma guerra de agressão contra o Irão e um ataque ilegal contra as nossas instalações nucleares pacíficas".

O porta-voz perguntou ainda a Grossi se "sabe quantos iranianos inocentes morreram ou ficaram feridos em consequência desta guerra criminosa".

No dia 12, a AIEA aprovou uma resolução apresentada por Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos e apoiada por outros 19 países na qual se considera que a falta de cooperação do Irão "constitui um incumprimento das obrigações" para com a comunidade internacional.

No dia seguinte, Israel iniciou os bombardeamentos contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

"Pela segunda vez em três anos, estamos a assistir a um conflito dramático entre dois Estados-membros da AIEA, no qual as instalações nucleares estão a ser atacadas e a segurança está a ser comprometida", lamentou Grossi, referindo-se aos ataques israelitas contra a instalação nuclear iraniana de Natanz.

No local, mais de 10.000 centrifugadoras são utilizadas para enriquecer urânio a 60%, muito além do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo internacional de 2015, que conduziu ao alívio das sanções contra Teerão, em troca de garantias sobre a natureza pacífica do programa nuclear.

Enriquecido entre 3% e 5%, este urânio é utilizado para abastecer centrais nucleares para a produção de eletricidade. Quando enriquecido até 20%, pode ser utilizado para produzir isótopos médicos, utilizados principalmente no diagnóstico de certos tipos de cancro.

Para fazer uma bomba, o enriquecimento deve ser levado a 90%.

O Irão nega qualquer ambição militar e defende o direito de enriquecer urânio para desenvolver um programa nuclear civil.


Leia Também: China começa a retirar cidadãos de Israel na sexta-feira


Irão ataca hospital em Israel. Netanyahu já reagiu: "Tiranos pagarão"

Por LUSA 

O Hospital Soroka, em Beersheba, no sul de Israel, foi atingido por um míssil iraniano. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já reagiu: "Cobraremos o preço total aos tiranos de Teerão".

O Hospital Soroka, em Beersheba, no sul de Israel, foi atingido esta quinta-feira por um míssil iraniano. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, já reagiu e frisou que cobrará "preço total aos tiranos de Teerão".

Segundo os serviços de emergência israelitas, cerca de 40 pessoas ficaram feridas, três das quais com gravidade, na sequência de vários ataques do Irão a Israel durante a madrugada, incluindo nas cidades de Jerusalém e Telavive.

Os meios de comunicação social estatais iranianos avançaram que o exército do Irão teria como alvos um comando e um quartel das Forças de Defesa de Israel (IDF), localizados junto ao hospital.

A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros de Israel, Sharren Haskel, denunciou o ataque nas redes sociais, descrevendo-o como "deliberado" e "criminoso".

"O Irão acaba de atingir o Hospital Soroka, em Bersheva, com um míssil balístico. Não é uma base militar. É um hospital. Este é o principal centro médico de toda a região de Negev, em Israel. Deliberado. Criminoso. Alvo civil", disse, na rede social X, acrescentando que "o mundo precisa de se manifestar".

Já Benjamin Netanyahu prometeu "cobrar o preço total" ao Irão após o ataque. "Esta manhã, os tiranos terroristas do Irão lançaram mísseis contra o Hospital Soroka, em Beersheba, e contra a população civil no centro do país. Cobraremos o preço total aos tiranos de Teerão", escreveu no X.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, prometeu "aumentar a intensidade dos ataques" contra "alvos estratégicos do Irão e alvos governamentais em Teerão" para "remover as ameaças ao Estado de Israel e minar o regime dos aiatolas".

Sublinhe-se que o conflito entre Israel e o Irão entrou esta quinta-feira no sétimo dia. Na semana passada, o Exército israelita iniciou uma operação em grande escala em território iraniano, que resultou em mais de 200 mortes, incluindo membros das forças armadas e da liderança militar e de segurança.

Israel justificou o ataque alegando ter informações de que Teerão se aproximava do "ponto de não retorno" para obter uma bomba atómica, que poderia usar para destruir o estado judaico.

O Irão, que nega ter construído armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e 'drones' contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a ponderar a aprovação para que os militares norte-americanos se juntem a Israel na realização de ataques ao programa nuclear do Irão.


Leia Também: O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ordenou hoje ao Exército para intensificar os ataques contra "alvos estratégicos" em Teerão para eliminar a ameaça que representam para Israel e desestabilizar o regime persa.

Autoridades dos Estados Unidos aprovam primeira vacina contra VIH/SIDA

Por LUSA 

A administração norte-americana para a Alimentação e Medicamentos (FDA) aprovou esta quarta-feira o primeiro tratamento preventivo contra o VIH no país, revelou o fabricante do medicamento, a Gilead Sciences.

O medicamento, denominado Yeztugo (lenacapavir), destina-se a reduzir o risco de contração do Vírus da Imunodeficiência Humana -- causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) - por via sexual em adultos e adolescentes com um peso mínimo de 35 quilos.

O inibidor injetável bianualmente é a primeira e única opção disponível nos Estados Unidos para pessoas que necessitem ou queiram esse tratamento.

Daniel O'Day, presidente e diretor executivo da Gilead, considerou a aprovação um "momento decisivo na luta de décadas contra o VIH", afirmou num comunicado.

Os ensaios clínicos mostraram que 99,9% dos participantes que receberam o tratamento permaneceram seronegativos, afirmou.

"O Yeztugo vai ajudar-nos a prevenir o VIH a uma escala nunca antes vista. Temos agora uma forma de acabar com a epidemia do VIH de uma vez por todas", acrescentou O'Day.

O médico Carlos del Rio, co-diretor do Centro Emory para a Investigação da SIDA em Atlanta, Geórgia, afirmou que a injeção bianual poderá permitir ultrapassar "largamente" as principais barreiras, entre as quais o estigma, que as pessoas com regimes de dosagem frequentes, especialmente a medicação oral diária, enfrentam.

PR Umaro Sissoco Embaló preside neste momento a reunião do Conselho de Ministros no palácio do governo . 19.06.2025.

O Presidente da República presidiu, hoje, à sessão do Conselho de Ministros.
 Durante o encontro, foram analisadas matérias relevantes para o desenvolvimento político, económico e social do país.

🇬🇼 MADEM-G15 continua unido, garantiu o Presidente Umaro Sissoco Embaló. 💬 “O meu relacionamento com o meu irmão Braima Camará está bem. Continuamos a falar com frequência.” 🇬🇼

Falando no Palácio Presidencial, o Chefe de Estado tranquilizou os anciãos vindos de Djabicunda, reafirmando a coesão no seio do partido face aos rumores.

Coletivo dos Sindicatos dos Magistrados do Ministério Público e dos Juízes em Conferência de Imprensa

Cientistas identificam zona do cérebro que pode induzir o envelhecimento

© gorodenkoff   SIC Notícias

Uma das investigadoras envolvidas nos trabalhos considera que o estudo aponta as base para o desenvolvimento de novas intervenções dietéticas ou farmacológicas para combater o envelhecimento celular e manter a saúde neurológica até uma idade avançada.

Um grupo de investigação norte-americano identificou em ratos mudanças genéticas no cérebro que induzem o envelhecimento, assim como a zona onde essas alterações estarão mais presentes.

Os resultados desta investigação, publicados no dia 1 de janeiro na revista científica Nature, poderão contribuir para o desenvolvimento de terapias para atrasar ou controlar a deterioração das células causada pela idade.

A equipa de investigação, do Instituto Allen para as Ciências do Cérebro, em Seattle, nos Estados Unidos, fez um mapeamento genético de mais de 1,2 milhões de células de 16 regiões do cérebro de ratos jovens (com dois meses) e velhos (com 18 meses), no âmbito de uma iniciativa dos Estados Unidos de investigação dedicada a criar neurotecnologias.

Os ratos partilham várias semelhanças com os humanos em relação à estrutura, função, genes e tipos de células do cérebro.

Ao estudar os cérebros de ratos jovens e velhos, os investigadores conseguiram identificar que há dezenas de tipos de células específicas que sofrem mudanças significativas na sua expressão genética com a idade.

Os genes associados à inflamação aumentam a sua atividade com o envelhecimento, referem os investigadores.

Zona do cérebro identificada

Além disso, este projeto identificou uma zona específica do cérebro, no hipotálamo, em que se produz de forma intensa tanto a diminuição da função neuronal como o aumento da inflamação.

As mudanças mais significativas foram observadas em células próximas do terceiro ventrículo do hipotálamo, uma zona do cérebro que produz hormonas que controlam, entre outros, a temperatura corporal, a ingestão de alimentos, o uso da energia recebida na comida, o metabolismo e a forma como o corpo utiliza os nutrientes.

De acordo com os investigadores, esta conclusão implica que existe uma ligação entre dieta, estilo de vida, envelhecimento cerebral e mudanças genéticas que podem influenciar uma maior vulnerabilidade a transtornos cerebrais relacionados com a idade.

"A nossa hipótese é que há tipos de células no cérebro que vão ficando menos eficientes com a idade e contribuem para o envelhecimento do resto do corpo", afirmou a primeira autora do artigo científico, Kelly Jin.

A investigadora considera que o estudo aponta as base para o desenvolvimento de novas intervenções dietéticas ou farmacológicas para combater o envelhecimento celular e manter a saúde neurológica até uma idade avançada.

A investigação cujos resultados foram agora publicados está em linha com outros estudos recentes que relacionam o envelhecimento com mudanças metabólicas e que sugerem uma dieta equilibrada para uma melhoria da esperança de vida.

EUA retomam emissão de vistos para estudantes, mas exigem acesso a redes sociais... No mês passado, a administração Trump suspendeu temporariamente a marcação de novas entrevistas para a obtenção de vistos para estudantes estrangeiros que pretendem estudar nos EUA, enquanto se preparava para alargar a análise da sua atividade nas redes sociais, segundo as autoridades.

Leah Millis/Reuters  Por SIC Notícias

O Departamento de Estado dos EUA disse na quarta-feira que está a reiniciar o processo suspenso para estrangeiros que se candidatam a vistos de estudante, mas os candidatos serão obrigados a desbloquear as contas nas redes sociais para análise.

Segundo o departamento, os funcionários consulares estarão atentos a publicações e mensagens que possam ser consideradas hostis aos Estados Unidos, ao seu Governo, cultura, instituições ou princípios fundadores.

Num aviso tornado público esta quarta-feira, o departamento afirmou que tinha rescindido a suspensão de maio do processamento de vistos de estudante, mas disse que os novos requerentes que se recusassem a colocar as suas contas nas redes sociais como "públicas" e a permitir a sua análise poderiam ser rejeitados.

A recusa em fazê-lo pode ser um sinal de que estão a tentar fugir à exigência ou a esconder a sua atividade 'online'.

No mês passado, a administração Trump suspendeu temporariamente a marcação de novas entrevistas para a obtenção de vistos para estudantes estrangeiros que pretendem estudar nos EUA, enquanto se preparava para alargar a análise da sua atividade nas redes sociais, segundo as autoridades.

"Funcionários consulares procederão a análise exaustiva"

Estudantes de todo o mundo têm esperado ansiosamente que os consulados dos EUA reabram as entrevistas para obtenção de vistos, à medida que a janela que lhes resta para reservar as suas viagens e fazer os preparativos para alojamento se estreita antes do início do ano letivo.

"De acordo com as novas orientações, os funcionários consulares procederão a uma análise exaustiva e minuciosa de todos os requerentes de visto de estudante e de visitante de intercâmbio", declarou o departamento num comunicado.

Estudantes da China, da Índia, do México e das Filipinas publicaram nas redes sociais que têm estado a atualizar os sítios Web de reserva de vistos e a acompanhar de perto as conferências de imprensa do Departamento de Estado para obter qualquer indicação de quando poderão ser retomadas as marcações de entrevistas.

"Para facilitar esta verificação", será pedido aos candidatos que ajustem as definições de privacidade de todos os seus perfis nas redes sociais para 'público'. "A verificação reforçada das redes sociais garantirá que estamos a examinar corretamente todas as pessoas que tentam visitar o nosso país."

Em orientação interna enviada aos funcionários consulares, o departamento disse que eles deveriam procurar "quaisquer indicações de hostilidade em relação aos cidadãos, cultura, governo, instituições ou princípios fundadores dos Estados Unidos".

Demissões em protesto contra medida de Trump

Em 11 de junho, todos os 12 membros do Conselho de Administração que supervisiona as bolsas de estudo Fulbright demitiram-se em protesto contra o que consideram ser a intromissão da administração Trump na seleção dos beneficiários dos prémios.

Segundo um comunicado publicado 'online' pelos membros do Conselho, a administração Trump usurpou a autoridade do Conselho ao negar prémios a "um número substancial de pessoas" que já tinham sido escolhidas.

Outros 1.200 beneficiários de prémios que já tinham sido aprovados para vir para os Estados Unidos estão a ser submetidos a um processo de revisão não autorizado que poderá levar à sua rejeição, afirmaram os membros do Conselho.

A administração Trump tinha alargado os fundamentos para a revogação do estatuto legal dos estudantes estrangeiros e tinha suspendido a marcação de novas entrevistas para a obtenção de vistos de estudante, à medida que aumenta a verificação da sua atividade nas redes sociais.

O Governo dos Estados Unidos também tomou medidas para impedir os estudantes estrangeiros de frequentar Harvard, pressionando a universidade a adotar uma série de reformas.

Com Lusa

Inimigo Público. Trump proíbe entrada a cidadãos de Cabo Verde, Angola e São Tomé: CPLP ameaça invadir Wisconsin.... Se não aconteceu, podia ter acontecido

Por expresso.pt

Os EUA incluíram Cabo Verde, Angola e São Tomé numa lista de sítios que fazem confusão à cabeça do Donald, por não saber onde ficam, e vão vetar a entrada de cidadãos destes países, excepto os que comprarem uns valentes milhões de dólares da sua cripto-moeda para poderem jantar com o autocrata americano em Miami. Mas a CPLP não se fica. 

Os países lusófonos estudaram medidas de retaliação e ameaçam invadir o Wisconsin na próxima terça, fazer regressar Daniela Ruah e Joaquim de Almeida a Lisboa e pedir aos Anjos para processarem não sei quem, não sei porquê, não sei onde. M.B.

O Inimigo Público é um suplemento satírico, sendo todo o seu conteúdo ficcional. Leia-o todos os dias em expresso.pt/inimigo-publico e à sexta-feira na edição semanal do Expresso. Siga o IP no Facebook, Instagram e Twitter.