sábado, 8 de outubro de 2022
GUERRA NA UCRÂNIA: Motorista do camião que explodiu na Crimeia desconheceria "atentado"
Por LUSA 09/10/22
O motorista do camião que explodiu, no sábado, na ponte que liga a península da Crimeia à Rússia continental "alegadamente não tinha conhecimento do atentado planeado", refere comunicado oficial, publicado no jornal russo RBC e citado EFE.
Segundo fonte das forças de segurança russas ao jornal RBC, o motorista recebeu a ordem para transportar fertilizantes pela Internet, tendo sido "utilizado, ou seja, alegadamente não tinha conhecimento do atentado planeado".
Esta versão corresponde à versão oficial divulgada no dia anterior pelo Comité de Investigação da Rússia e pelo Comité Nacional Antiterrorista.
De acordo com essas entidades, a explosão causou o incêndio de sete vagões de combustível de um comboio.
Especialistas em explosivos do departamento local do Serviço Federal de Segurança (FSB) estão a investigar a natureza e a origem dos explosivos.
Paralelamente está marcada para hoje uma avaliação das estruturas da ponte por parte de mergulhadores.
A ponte sofreu um desabamento da parte rodoviária em dois lados.
De acordo com o jornal Mash, o camião foi inspecionado visualmente antes de ir para a ponte, mas o agente que realizou esse trabalho não encontrou nada suspeito.
Num vídeo publicado no Telegram é possível ver o veículo a ser inspecionado, no entanto, a supervisão não incluiu raios-X.
Equipamentos especiais, instalados na entrada da ponte, em teoria, deveriam detetar explosivos em veículos, segundo avança o jornal 'online' Meduza.
Já o Mash afirma que o camião estaria a ser conduzido por Majir Yusubov, 52, tio do proprietário do veículo.
O canal Telegram Baza, por sua vez, transmitiu um vídeo do sobrinho, Samir Yusubov, de 25 anos, no qual este afirma que "não ter nada a ver com o que aconteceu na ponte da Crimeia".
Em setembro este camião foi visto no território de Krasnodar.
Por alguns dias, Majir, morador do território vizinho de Krasnodar, não entrou em contacto com a família.
A península da Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014.
A ponte que foi alvo de uma explosão provocada por um camião-bomba é um símbolo da anexação da Crimeia e é considerada uma infraestrutura cara a Vladimir Putin.
O incêndio aconteceu horas após explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, no sábado de manhã.
Segundo a União das Seguradoras da Rússia, os danos causados à ponte devem custar entre os 3,3 milhões e os 8,2 milhões de euros.
Abertura do II Congresso: LÍDER DA FREPASNA AFIRMA QUE O ESTADO ESTÁ REFÉM DE COMERCIANTES E FUNCIONÁRIOS CORRUPTOS
O líder cessante da Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Dja, afirmou este sábado, 08 de outubro de 2022, que a Estado guineense está refém dos comerciantes e funcionários públicos corruptos.
“A Guiné-Bissau está capturada por três fatores, nomeadamente: primeiro são os interesses geopolíticos e estratégicos, segundo são os comerciantes que fracassaram no mundo empresarial e enveredaram pela política para fazer tráfico de influência e terceiro e o último fator, são os próprios funcionários públicos corruptos que capturaram o Estado, levando assim o país para o abismo”, disse.
O antigo primeiro-ministro fez esta afirmação na abertura do segundo congresso ordinário da FREPASNA, no qual é o único candidato a sua própria sucessão na liderança daquela formação política criada em 2019.
Sob lema “Transformação do Estado e desenvolvimento”, a reunião magna decorre nos dias 8 e 9 de outubro, no bairro de Bra, periferias de Bissau, contando a participação de 1500 delegados provenientes de todas as regiões do país e da diáspora.
“É preciso o país partir da posição zero em termos de transformação do Estado para estar a altura dos outros Estados do mundo, capaz de responder os anseios e aspiração do seu povo”, defendeu.
Instado a comentar sobre a não realização do congresso do PAIGC, Dja apelou aos militantes dos libertadores para procurarem um entendimento a volta de uma mesa. Contudo, advertiu que “sem a participação do PAIGC no processo eleitoral que se avizinha, a democracia terá outro sabor diferente” .
O político lembrou que tinha alertado a população guineense nas eleições passadas que não deveriam dar o poder às pessoas que não estão na altura, sem nenhuma visão ou estratégias para a Guiné-Bissau.
“A única coisa que unem essas pessoas são os interesses económicos. O povo sofreu muito durante estes anos, portanto esperamos que os guineenses aprenderam bastante com a democracia e erros cometidos para sancionar pessoas que estão a testa do poder no escrutínio de dezembro”, salientou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
VOLODYMYR ZELENSKY: Melhor opção para os ocupantes russos? "Fugir enquanto têm oportunidade"
Notícias ao Minuto 08/10/22
O chefe de Estado ucraniano afirmou que será garantida “a preservação da vida de todos os militares russos que voluntariamente deponham as suas armas e se rendam”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu, este sábado, que “a melhor opção” para os ocupantes russos é “fugir enquanto têm uma oportunidade”. No entanto, assegurou, “se forem forçados a ficar” podem render-se com garantias de segurança.
"Hoje foi um dia bom e sobretudo ensolarado no território do nosso estado. Estava cerca de 20 graus e ensolarado em grande parte do país", começou por afirmar, na sua comunicação diária ao país, publicada no site da Presidência da Ucrânia.
"Infelizmente, estava nublado na Crimeia. Embora também estivesse quente", acrescentou, no que aparenta ser uma referência à explosão registada na ponte de Kerch, que liga a península anexada por Moscovo em 2014 à Federação Russa.
Zelensky frisou que "se os ocupantes fugirem enquanto têm uma oportunidade, esta será a melhor opção para eles". Já "se forem forçados a ficar, podem encontrar uma forma de se render ao cativeiro ucraniano”.
O chefe de Estado ucraniano afirmou que será garantida “a preservação da vida de todos os militares russos que voluntariamente deponham as suas armas e se rendam”, sublinhando que “a Ucrânia adere sempre a todas as normas e convenções internacionais”.
Zelensky referiu ainda que o trabalho que está a ser realizado nos territórios desocupados, referindo que Kyiv “não abranda o ritmo do trabalho de reconstrução por um único dia”. “É transporte, é eletricidade, é fornecimento de gás, são serviços postais, benefícios sociais”, enumerou.
Dirigindo-se aos cidadãos dos territórios desocupados, Zelensky pediu “especial atenção” às minas que podem ter sido deixadas pelos militares russos. “Por favor não ignorem os avisos de minas, não visitem áreas fechadas devido ao perigo, por favor comuniquem quaisquer minas ou engenhos por explodir encontrados à polícia, serviços de emergência ou autoridades locais”, apelou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Leia Também: Ucrânia. Retomado também o tráfego ferroviário na ponte da Crimeia
PR visita obra de reabilitação de estradas da cidade de Bissau
GUERRA NA UCRÂNIA: Sergei Surovikin é o novo comandante do exército russo
Por LUSA 08/10/22
O Ministério da Defesa russo anunciou hoje a nomeação de Sergei Surovikin como novo comandante para sua "operação militar especial" na Ucrânia, após reveses no terreno e sinais de crescente descontentamento entre as elites sobre a condução do conflito.
"O general do exército Sergei Surovikin foi nomeado comandante do grupo combinado de tropas na área de operações militares especiais" na Ucrânia, anunciou o Ministério da Defesa russo no Telegram.
Surovikin, de 55 anos, é um veterano da guerra civil no Tajiquistão na década de 1990, da segunda guerra na Chechênia na década de 2000 e da intervenção russa na Síria lançada em 2015.
O agora novo comandante dos soldados russos liderava, até aqui, o grupo de forças "Sul" na Ucrânia, de acordo com um relatório do ministério russo datado de julho.
O nome do antecessor de Surovikin nunca foi revelado oficialmente, mas a imprensa russa falava do general Alexander Dvornikov, também veterano da segunda guerra chechena e comandante das forças russas na Síria de 2015 a 2016.
Esta decisão tornada pública por Moscovo, surge após uma série de derrotas sofridas pelo exército russo na Ucrânia e no dia em que uma explosão destruiu parcialmente a Ponte da Crimeia, uma infraestrutura fundamental para abastecer esta península anexada por Moscovo e forças russas na Ucrânia.
As forças russas foram expulsas de grande parte da região nordeste de Kharkiv no início de setembro por uma contra-ofensiva ucraniana que permitiu que Kiev retomasse milhares de quilómetros quadrados de território.
As tropas russas também perderam 500 quilómetros quadrados de território na região de Kherson, no sul da Ucrânia, e escaparam por pouco do cerco em Lyman, um centro logístico agora nas mãos do exercito ucraniano.
Sobre a explosão que ocorreu na ponte que liga a Rússia continental à península da Crimeia, esta aconteceu na sequência, de acordo com as agências de notícias RIA Novosti e Tass, de um incêndio num depósito de combustível.
A circulação rodoviária na ponte foi cortada, apesar de se tratar de um ponto de acesso chave que Rússia construiu depois de ter ocupado e anexado a Crimeia da Ucrânia, em 2014, em violação do direito internacional.
O incêndio aconteceu horas após explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, esta manhã.
Segundo a União das Seguradoras da Rússia, os danos causados à ponte devem ficar entre os 3,3 milhões e os 8,2 milhões de euros.
A ponte é um símbolo da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, uma infraestrutura que é cara a Vladimir Putin.
Estes reveses já provocaram críticas na elite russa, com o líder checheno Ramzan Kadyrov a ser muito crítico do comando militar, enquanto um alto funcionário parlamentar, Andrei Kartapolov, pediu publicamente ao exército que "pare de mentir".
Leia Também: Pelo menos três mortos na explosão na ponte da Crimeia
União Europeia condena decreto russo de controlo da central nuclear de Zaporíjia
ANDREY BORODULIN |
Sicnoticias.pt 08/10/22
Borrell pede à Rússia para retirar as forças e equipamentos militares e devolver o controlo da central nuclear ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia.
A União Europeia (UE) condenou hoje "fortemente" o decreto do Presidente russo, Vladimir Putin, sobre a "apropriação ilegal" da central nuclear ucraniana de Zaporíjia, a maior da Europa, e a criação de uma empresa governamental nesse sentido.
“A UE não reconhece e condena veementemente a anexação ilegal pela Rússia das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson. Consequentemente, o decreto sobre a apropriação da central de Zaporijia é ilegal, legalmente nulo e sem efeito”, disse o Alto Representante da UE para as Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, em comunicado.
O chefe da diplomacia comunitária insistiu que a Rússia "deve retirar as suas forças e equipamentos militares e devolver o controlo da central nuclear ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia".
Na quarta-feira, a Rússia apropriou-se formalmente da central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, ocupada militarmente há meses, o que levou o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) a viajar de urgência para Kiev.
A Rússia “irá gerir as instalações nucleares da central (...) como propriedade federal”, refere o decreto, assinado por Vladimir Putin.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, anunciou a sua partida imediata para Kiev para “discutir o estabelecimento de uma zona de proteção” à volta da central nuclear ucraniana em Zaporijia, a maior da Europa.
Neste contexto, Josep Borrell afirmou ser urgente a "presença reforçada da AIEA no local e o seu acesso sem entraves à central, dado o interesse da segurança de toda a Europa".
Além disso, pediu que seja estabelecida “imediatamente” uma zona de proteção de segurança nuclear, sem prejuízo da soberania e integridade territorial da Ucrânia, uma tarefa na qual a UE apoia fortemente os esforços do diretor-geral da AIEA.
"A UE mantém o seu apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras, internacionalmente reconhecidas, e exige que a Rússia retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas tropas e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia", enfatizou Borrell.
Além disso, deixou claro que a UE "continuará a fornecer um forte apoio económico, militar, social e financeiro à Ucrânia pelo tempo que for necessário".
Tecnologia: China critica o mais recente controlo americano na exportação de chips
Foto de arquivo
Voaportugues.com 08/10/22
PEQUIM (AP) - A China criticou, neste sábado (8), a mais recente decisão dos EUA de reforçar o controlo de exportação que tornaria mais difícil obter e fabricar chips de computação avançados, chamando-a de violação das regras económicas e comerciais internacionais , que “isolarão e sairão pela culatra”.
“Pela necessidade de manter a sua hegemonia sci-tech, os EUA abusam das medidas de controlo de exportação para bloquear e suprimir maliciosamente as empresas chinesas”, disse a representante do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.
“Isso não apenas prejudicará os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas, mas também afectará os interesses das empresas americanas”, disse ela.
Mao também disse que a “armamentização e politização” dos EUA da ciência e tecnologia, bem como das questões económicas e comerciais, não impedirão o progresso da China”.
Ela falou depois dos EUA, na sexta-feira (7) actualizarem o controlo de exportação que incluíam a adição de certos chips de computação avançados e de alto desempenho e equipamentos de fabricação de semicondutores à sua lista, bem como novos requisitos de licença para itens que seriam usados num supercomputador ou para desenvolvimento de semicondutores na China.
Mitigar danos
Os EUA disseram que o controlo de exportação foi adicionado como parte dos esforços contínuos para proteger a segurança nacional dos EUA e os interesses de política externa.
As relações EUA-China se deterioraram nos últimos anos devido a questões de tecnologia e segurança.
Os EUA implementaram uma série de medidas e restrições destinadas a impedir que a China obtenha tecnologia de chip, enquanto a China destinou biliões para investimentos na produção de semicondutores.
As tensões tiveram impacto nas empresas de semicondutores nos EUA e globalmente, que exportam chips ou fabricam chips na China. Empresas de semicondutores como Nvidia e AMD viram um declínio de 40% no preço das acções no ano passado.
“Entendemos o objectivo de garantir a segurança nacional e instamos o governo dos EUA a implementar as regras de maneira direccionada – e em colaboração com parceiros internacionais – para ajudar a nivelar o campo de jogo e mitigar danos não intencionais à inovação dos EUA”, disse em comunicado a Associação da Indústria de Semicondutores, que representa o sector nos EUA.
Guiné-Bissau: Abertura do ano letivo 2022/2023
UCRÂNIA: Ponte entre Rússia continental e Crimeia em chamas
© Reuters
Por LUSA 08/10/22
A ponte que liga a Rússia continental com a península da Crimeia está em chamas, informaram as agências de notícias RIA Novosti e Tass, que citam um responsável russo local.
A mesma fonte indicou que se trata de um depósito de combustível que se incendiou, tendo sido cortada a circulação rodoviária na ponte.
Trata-se de um ponto de acesso chave que Rússia construiu depois de ter ocupado e anexado a Crimeia da Ucrânia, em 2014, em violação do direito internacional.
O incêndio ocorreu horas após as explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, esta manhã.
O autarca de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse na plataforma de mensagens Telegram que as explosões resultaram de ataques de mísseis no centro da cidade, não existindo informação de baixas até ao momento.