quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Putin alerta: Envio de mísseis Tomahawk a Kyiv agravará relações com EUA... O Presidente russo alertou hoje que a eventual entrega de mísseis norte-americanos Tomahawk à Ucrânia, uma arma que descreve como poderosa, constitui uma ameaça para o seu país e irá agravar as relações com os Estados Unidos (EUA).

© MIKHAIL KLIMENTYEV/POOL/AFP via Getty Images   Lusa   02/10/2025

"Já não é tão moderna, mas é potente e representa uma ameaça (...). Os Tomahawks podem causar-nos danos? Podem. Mas vamos desenvolver os nossos sistemas de defesa aérea. Será que vai prejudicar as nossas relações [com os Estados Unidos], onde há uma luz ao fundo do túnel? Claro que sim", disse Vladimir Putin, durante um discurso no grupo de debate Valdai, em Sochi.

O líder do Kremlin referiu que "é impossível utilizar os Tomahawks sem a participação direta dos militares norte-americanos" e que o seu fornecimento a Kiev "marcará uma nova etapa qualitativamente nova na escalada" relacionada com a guerra na Ucrânia, "incluindo nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos".

De acordo com o vice-presidente norte-americano, JD Vance, Washington está a considerar, pela primeira vez desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a autorização do envio de mísseis de precisão Tomahawk para a Ucrânia.

Estes mísseis têm um alcance de 2.500 quilómetros e deixariam vulneráveis vários alvos importantes em território russo.

Apesar dos avisos a Washington, o Presidente russo agradeceu ao homólogo norte-americano, Donald Trump, pela sua postura "franca e direta" durante a cimeira realizada em meados de agosto no Alasca.

"Ele ouve, ele reage. É um interlocutor à vontade, diria eu", descreveu no seu discurso, em que também respondeu à descrição de "tigre de papel" que Trump usou para se referir à Rússia, comentando que o homólogo da Casa Branca gosta de dizer "coisas duras".

Ao mesmo tempo, elogiou a postura "franca e direta" de Trump, uma vez que o objetivo não é "dizer coisas boas", mas trocar opiniões e abordar questões complexas.

"O facto de ambos estarmos a tentar procurar e encontrar possíveis soluções para a crise ucraniana é algo positivo", sustentou.

Putin agradeceu ainda a Trump por ter organizado a cimeira no Alasca e observou que o próprio facto de a reunião ter ocorrido é um sinal de progresso no restabelecimento das relações entre os dois países.

"E isso é bom para todos, para nós a nível bilateral e para toda a comunidade internacional", frisou.

Em Sochi, o líder do Kremlin classificou, por outro lado, como absurdas as acusações de que as forças russas estão a bombardear a central nuclear de Zaporijia, que está sob o seu próprio controlo desde março de 2022.

"Estamos a bombardear-nos uns aos outros? Obviamente, isso é um absurdo", comentou, devolvendo a acusação para o lado de Kiev, que afirma estar a alimentar um "jogo perigoso" com ataques às infraestruturas da central nuclear situada no sul da Ucrânia.

Segundo Putin, as forças ucranianas "estão a tentar atacar a área em redor da central" e atingiram um centro de formação da instalação.

"É um jogo perigoso, e as pessoas do outro lado também deviam compreender isso. Se estão a jogar de forma tão arriscada e ainda têm centrais nucleares em funcionamento do seu lado, o que nos impede de responder da mesma forma?", questionou.

Neste momento, a situação na central está controlada, embora os técnicos russos não possam aceder a todas as áreas atacadas pelas forças ucranianas para realizar reparações, segundo afirmou o chefe de Estado russo.

Vladimir Putin disse ainda que o pessoal da Agência Internacional de Energia Atómica na central elétrica permanece em silêncio, mas sabe o que está a acontecer.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que a central nuclear de Zaporijia está encerrada há oito dias devido a bombardeamentos russos perto das instalações, que danificaram as linhas de energia de ligação à rede elétrica.

Zelensky solicitou à Rússia que conceda acesso a especialistas ucranianos para voltar a ligar a central à rede elétrica e restaurar o seu funcionamento.


"Incursão". Mais de 400 militantes da flotilha detidos, declara Israel... Mais de 400 militantes pró-palestinianos a bordo de 41 navios de uma flotilha de ajuda à Faixa de Gaza foram detidos pelas forças navais israelitas, declarou hoje um responsável israelita.

© LLUIS GENE/AFP via Getty Images    Lusa   02/10/2025 

"Durante uma operação, que durou cerca de 12 horas, o pessoal da marinha israelita conseguiu impedir uma tentativa de incursão em grande escala, realizada por centenas de pessoas a bordo de 41 navios que tinham declarado a sua intenção de violar o bloqueio marítimo legal sobre a Faixa de Gaza", explicou o mesmo responsável. 

"No final da operação, mais de 400 participantes foram transferidos em segurança para o porto de Ashdod para serem recebidos pela polícia israelita", acrescentou.

As forças israelitas intercetaram entre a noite de quarta-feira e a manhã de hoje a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.

Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros - os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.


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"Felicito os soldados e comandantes navais que realizaram a sua missão durante o Yom Kippur (feriado judaico) da forma mais profissional e eficiente", disse Netanyahu em comunicado.


 

O Bloco de Apartamentos 'Distópico' Onde Seus 20.000 Residentes Nunca Precisam Sair de Casa... Descubra o incrível Regent International , um complexo de apartamentos na China que abriga cerca de 20.000 moradores e oferece todas as comodidades que eles precisam, sem que precisem sair de casa! Com um design impressionante às inúmeras facilidades internacionais, esse prédio é uma verdadeira microcidade.

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Rússia modifica mísseis para escapar aos sistemas de defesa aérea norte-americanos e atacar com sucesso a Ucrânia

Por  cnnportugal.iol.pt

Alteração fez com que os altos níveis de interceção tenham caído drasticamente no mês de setembro, passando dos 37% registados em agosto, para apenas 6%

Moscovo estará a modificar os seus mísseis com o objetivo de escapar às defesas aéreas da Ucrânia, particularmente os Patriot fornecidos pelos EUA, de acordo com autoridades ucranianas e ocidentais.

Segundo escreve o Financial Times, os mísseis russos passaram a realizar manobras que dificultam ainda mais a interceção pelas forças de Kiev, tornando os ataques mais eficazes e devastadores.

As atualizações abrangeram o Iskander-M e o Kinzhal, ambos mísseis de longo alcance, de forma a serem capazes de seguir trajetórias mais complexas e difíceis de antever. Segundo os especialistas ouvidos pelo jornal, a mudança mais notável estará na introdução de manobras evasivas durante a fase final do voo, ou seja, quando o míssil se aproxima do alvo.

Estas modificações já se fazem notar no terreno, com alguns mísseis a escapar aos radares ucranianos. No final de agosto, um ataque que afetou a fábrica de drones Bayraktar, considerada por muitos um símbolo de resistência da Ucrânia, destruiu partes da infraestrutura e danificou escritórios de delegações internacionais nas imediações. O incidente escapou a todas as defesas do país, incluído aos famosos Patriot.

Isto fez com que os altos níveis de interceção tenham caído drasticamente no mês de setembro, passando dos 37% registados em agosto para apenas 6%. Neste momento, os sistemas Patriot, fornecidos por Washington, são os únicos capazes de intercetar mísseis mais desenvolvidos. No entanto, a capacidade de eficácia dos mesmos tem diminuído com estas recentes modificações.

Dados disponibilizados pela Força Aérea ucraniana indicam que recentemente todos os quatro mísseis Iskander-M disparados pela Rússia conseguiram atingir os seus alvos. Outro exemplo da grande eficácia da nova atualização foi verificado no mês de julho, quando no dia 9 Kiev conseguiu intercetar apenas metade dos ataques lançados por Moscovo.

Segundo um relatório da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, que abrange o período de 1 de abril a 30 de junho, as Forças Armadas da Ucrânia "tiveram dificuldades para usar consistentemente os sistemas de defesa aérea Patriot para se proteger contra os mísseis balísticos de Moscovo devido às recentes melhorias táticas russas, incluindo melhorias que permitem que os seus mísseis mudem de trajetória e realizem manobras em vez de voar numa trajetória balística tradicional".

A mesma informação foi corroborada por Sergiy Kyslytsya, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, ao Financial Times. "Os russos continuam a aprimorar significativamente a tecnologia do Iskander e de outros mísseis", afirmou, realçando a necessidade de os parceiros de Kiev bloquearem o fluxo de componentes de fabricação ocidental para a Rússia, inclusive via China.

A Ucrânia está a partilhar com a Raytheon, empresa que fabrica o sistema Patriot, e com a Lockheed Martin, que produz os mísseis intercetores do sistema, novos dados que ajudem a fazer atualizações necessárias.

Os desenvolvimentos têm preocupado sobretudo Volodymyr Zelensky, que se tem mostrado preocupado com a situação. “A Rússia está mais uma vez a tentar atingir a Ucrânia com um apagão este ano”, alertou o presidente ucraniano numa alusão aos ataques aéreos contra a rede elétrica do país que, com a novo método russo, torna a ameaça ainda mais grave.

Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público em conferência de imprensa reagindo à deliberação Numero 3/ CSMMP/ 2025 de 11 setembro..

 

Comunicado Final de Conselho de Ministros _02.10.2025

Declaração à Imprensa do Primeiro-Ministro após conselho de Ministros

 
@Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embaló, confere posse ao Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato L. Soares Cassamá e a Secretária de Estado da Cultura Nancy Cardoso.

UDEMU EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA... Presidente do Partido Africano para independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, durante um encontro com as mulheres do partido na sua sede nacional.

ONU: Gangues mataram mais de 16 mil pessoas em três anos no Haiti... Mais de 16 mil pessoas morreram no Haiti nos últimos três anos em resultado de violência armada, alertaram hoje as Nações Unidas (ONU) sobre aquele país caribenho, acrescentando que "o pior está para vir".

© Lusa   02/10/2025
"O número de vítimas humanitárias é assustador: metade da população - seis milhões de pessoas, incluindo 3,3 milhões de crianças - precisa de assistência humanitária", disse o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, o austríaco Volker Türk, ao Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra.
 
O Haiti é o país mais pobre das Américas e é dominado por grupos criminosos acusados de milhares de assassínios, violações e sequestros.

"Mais de 16 mil pessoas foram mortas e cerca de sete mil ficaram feridas em atos de violência armada desde 01 de janeiro de 2022, quando começámos a monitorizar a violência relacionada com os gangues", destacou Türk.

Há um recorde de 1,3 milhões de pessoas deslocadas e refugiadas no interior da ilha partilhada com a República Dominicana, avisara a ONU em junho, numa nação quase desde sempre a viver uma grande instabilidade política e económica.

A antiga colónia francesa nasceu da Revolução Haitiana, a primeira e única protagonizada por escravos que deu origem a uma nação independente, no início do século XIX.

Türk saudou a autorização de terça-feira pelo Conselho de Segurança da ONU para a passagem da missão internacional de apoio à polícia haitiana a uma força mais robusta de combate à bandidagem.

Esta nova força vai contar ainda com "um gabinete de apoio da ONU", uma ideia sugerida há vários meses pelo secretário-geral das Nações Unidas, o antigo primeiro-ministro português António Guterres.

A referida Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MMAS) atua maioritariamente na capital, Porto Príncipe, foi constituída em 2023 e é liderada pelo Quénia, embora conte com um efetivo de apenas mil agentes face aos 2.500 inicialmente projetados.

"Desde março, o governo [do Haiti] intensificou a utilização de 'drones' com explosivos nas suas operações anti-gangues. A meio de setembro, estes contra-ataques tinha causado a morte de pelo menos 559 pessoas, 11 delas crianças", continuou Türk, frisando que a maior parte destas ações são, "provavelmente, ilegais".

As unidades locais de polícia especial executaram sumariamente 174 pessoas, só este ano, por suspeita de pertença a gangues.

O advogado austríaco mostrou-se também "profundamente" preocupado com o facto de o denominados grupos de vigilantes civis e multidões espontâneas tenham assassinado mais de 500 membros daqueles grupos armados de criminosos, alegadamente com a ajuda de elementos da polícia.

Um desafio a todos!: Quem é de USE, e almeja o seu segundo mandato, a hora é agora! ... Vamos todos mudar a nossa fotografia de perfil, pelo menos até depois das eleições e partilhar a imagem dele, no máximo.

Viva o segundo mandato!

CASOCA.

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

𝗣𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗣𝗔𝗜𝗚𝗖 𝗲 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗹𝗶𝗴𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗣𝗔𝗜 - 𝗧𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗥𝗮𝗻𝗸𝗮, 𝗖𝗮𝗺𝗮𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗗𝗼𝗺𝗶𝗻𝗴𝗼𝘀 𝗦𝗶𝗺𝗼̃𝗲𝘀 𝗣𝗲𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮, 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲𝘂 𝗵𝗼𝗷𝗲, 𝟮 𝗱𝗲 𝗼𝘂𝘁𝘂𝗯𝗿𝗼, 𝘂𝗺𝗮 𝗱𝗲𝗹𝗲𝗴𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗠𝗼𝘃𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗡𝗼 𝗗𝗷𝘂𝗻𝘁𝗮 𝗠𝗼𝗻 𝗣𝗮 𝗞𝗮𝗯𝗮 𝗞𝘂 𝗧𝗿𝗶𝗯𝗮𝗹𝗶𝘀𝗺𝘂 𝗜 𝗥𝗲𝗹𝗶𝗴𝗶𝗼𝗻 𝗻𝗮 𝗣𝗼𝗹𝗶́𝘁𝗶𝗰𝗮.

Colectivos dos advogados da PAI-TERRA RANKA em resposta a situação política atual e as palavras proferidas contra o Presidente do PAIGC.

Cha 1107-7626: Astrónomos descobrem planeta errante a crescer a ritmo sem precedentes... É considerada a taxa de crescimento "mais elevada alguma vez registada" em qualquer planeta. Astrónomos identificam "enorme surto de crescimento" em planeta errante

© Observatório Europeu do Sul (OES)    Lusa   02/10/2025 

Astrónomos identificaram um "enorme surto de crescimento" num planeta errante que consome gás e poeira do meio que o rodeia a uma taxa de seis mil milhões de toneladas por segundo, divulgou hoje o Observatório Europeu do Sul (OES). 

É considerada a taxa de crescimento "mais elevada alguma vez registada" em qualquer planeta.

A descoberta, publicada hoje na revista da especialidade 'The Astrophysical Journal Letters', foi levada a cabo com o auxílio do espectrógrafo X-shooter montado no Very Large Telescope (VLT) do OES, no deserto chileno do Atacama.

Também foram utilizados dados do Telescópio Espacial James Webb, operado pelas agências espaciais dos Estados Unidos, Europa e Canadá, assim como dados de arquivo do espetrógrafo SINFONI do VLT do OES.

Os planetas errantes, ao contrário dos do Sistema Solar, não orbitam estrelas, "flutuando livremente por si mesmos".

"Temos tendência a pensar nos planetas como mundos tranquilos e estáveis, mas esta descoberta mostra-nos que objetos de massa planetária que flutuam livremente no espaço interestelar podem ser lugares muito excitantes", referiu o autor principal deste novo estudo, Víctor Almendros-Abad.

O cientista do Observatório Astronómico de Palermo, Instituto Nacional de Astrofísica (INAF), em Itália, realçou que o processo de atração de material (acreção) é o "mais intenso alguma vez registado para um objeto de massa planetária".

Em agosto, o planeta estava a acumular massa cerca de oito vezes mais depressa do que apenas alguns meses antes. No entanto, a equipa liderada por Almendros-Abad descobriu que a taxa de acreção deste jovem planeta não é constante.

Fica a 620 anos-luz de distância da Terra

O planeta, com uma massa cinco a dez vezes superior à de Júpiter, situa-se a cerca de 620 anos-luz de distância da Terra, na constelação do Camaleão, tem o nome oficial de Cha 1107-7626 e ainda se encontra em formação, estando a ser alimentado por um disco de gás e poeira que o circunda.

O coautor do estudo Aleks Scholz, astrónomo da Universidade de St. Andrews (Reino Unido), questionou se os planetas errantes "terão uma formação semelhante a estrelas, mas com massas muito pequenas ou serão planetas gigantes ejetados dos seus sistemas de origem".

Os resultados indicam que alguns planetas errantes parecem partilhar um processo de formação semelhante ao das estrelas, uma vez que enormes taxas de acreção repentinas semelhantes a esta foram já observadas em estrelas jovens.

"Esta descoberta esbate a linha entre estrelas e planetas e aproxima-nos mais das primeiras fases de formação dos planetas errantes", acrescentou a coautora do estudo Belinda Damian, também astrónoma da Universidade de St. Andrews.

Ao comparar a luz emitida antes e durante a enorme subida da taxa de acreção, os astrónomos reuniram pistas sobre a natureza do processo. A atividade magnética terá desempenhado "um papel importante na enorme taxa de acreção da matéria, algo que só havia sido anteriormente observado em estrelas, sugerindo que mesmo objetos de pequena massa podem ter campos magnéticos fortes, capazes de alimentar tais eventos de acreção".

A equipa descobriu ainda que a química do disco em torno do planeta mudou durante o episódio de acreção, com vapor de água a ser detetado durante o evento, mas não antes. Este fenómeno já tinha sido observado anteriormente em estrelas, mas nunca em nenhum tipo de planeta.

"A ideia de que um objeto planetário se pode comportar como uma estrela é muito interessante e leva-nos a imaginar como é que mundos diferentes do nosso seriam durante os seus estágios iniciais", acrescentou a coautora e astrónoma do OES Amelia Baio.

A equipa de astrónomos é constituída por 10 cientistas, incluindo Koraljka Muzic, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.


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Arábia Saudita já executou 290 pessoas este ano. "Cifra sem precedentes"... Dois cidadãos sauditas foram executados após terem sido condenados à morte por terrorismo, anunciaram hoje as autoridades da Arábia Saudita, elevando o número para quase 290 mortos em 2025, segundo uma organização não-governamental (ONG) saudita.

© iStock  Lusa  02/10/2025 

De acordo com um comunicado do Ministério do Interior saudita, as duas novas execuções aconteceram na região de Al-Qassim, no centro-norte do país, depois de um tribunal especial ter considerado os dois cidadãos sauditas culpados de terrorismo.

O comunicado, que não especificou datas, referiu que ambos "contribuíram para a fundação de uma organização terrorista, assim como para o fabrico de explosivos e munições com o objetivo de assassinar membros das forças de segurança e perturbar a estabilidade e a segurança da sociedade saudita".

A Organização Europeia-Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR) elevou em setembro o número das execuções para 283, alertando que esta é uma "cifra recorde e sem precedentes" para um só ano.

Várias organizações internacionais e regionais de defesa dos direitos humanos alertaram para o crescente número de execuções na Arábia Saudita, que no ano passado atingiu as 345 mortes, por crimes como terrorismo, tráfico de droga e assassínio, o número mais elevado registado no país, segundo as ONG.

Até 05 de agosto, as autoridades sauditas executaram pelo menos 241 pessoas, com 22 execuções em apenas uma semana, de acordo com a organização internacional de direitos humanos Reprieve, que alertou que o número de execuções este ano superaria todos os recordes anteriores se continuasse neste mesmo ritmo.


Um navio da flotilha está a menos de uma hora da costa de Gaza... O navio Mikeno, da Flotilha Global Sumud, está a menos de uma hora da Faixa de Gaza, segundo a página de rastreio da missão, que indica a geolocalização da embarcação a sete milhas náuticas (11 quilómetros) da costa palestiniana.

Por LUSA 

Um total de 21 navios, dos 44 registados no rastreador da flotilha, foram intercetados até às 07h00 de hoje, após uma noite de interceções pelas forças israelitas numa operação que ainda está em curso. Outros 23 navios da flotilha estão a caminho.

A Marinha israelita abordou três navios nas últimas horas: o Oxigono, o All-in e o Captain Nikos.

Anteriormente, foram intercetados o Alma, o Adara, o Sirius, o Aurora, o Dir Yassine, o Grande Blu, o Hio, o Huga, o Morgana, o Otaria, o Seulle, o Spectre e o Yulara, transportando cerca de 200 pessoas cujo paradeiro e estatuto, segundo a iniciativa, são desconhecidos.

Entre os detidos por Israel estão a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz portuguesa Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte e também 30 cidadãos espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e dez franceses. Há ainda cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia.

"O estatuto dos participantes e da tripulação permanece por confirmar", disseram hoje os organizadores, classificando a operação israelita como um "ataque ilegal contra trabalhadores humanitários desarmados".

"Instamos os governos e as instituições internacionais a exigirem a sua segurança e libertação imediatas", exigiu a flotilha.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel anunciou hoje que alguns dos ativistas da flotilha Sumud Global, presos nas últimas horas, vão ser transferidos para território israelita.

De acordo com um comunicado da diplomacia israelita divulgado através das redes sociais, os membros da flotilha humanitária que foram presos "estão seguros e de boa saúde".

O mesmo documento indica que Israel vai iniciar os procedimentos de deportação para a Europa depois de os detidos serem transferidos para território israelita.

A nota não especifica a identidade dos primeiros detidos a serem transferidos para Israel.


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A ativista sueca, que é um dos rostos mais conhecidos da flotilha humanitária, está entre os detidos pelas forças de Israel. Vídeo permite ver momento em que é interpelada por militar.


A ideia de Putin e de Xi de viver até aos 150 anos é apoiada pela ciência... A conversa entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo chinês, Xi Jinping, captada por um microfone, onde discutiam a possibilidade de viver até aos 150 anos, não é uma fantasia, sendo assente numa ideia apoiada pela ciência.

Por  noticiasaominuto.com

A conversa entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo chinês, Xi Jinping, captada por um microfone, onde discutiam a possibilidade de viver até aos 150 anos, não é uma fantasia, sendo assente numa ideia apoiada pela ciência.

A possibilidade captada no diálogo que ocorreu em setembro foi considerada viável na cimeira internacional da longevidade, que começou na quarta-feira em Madrid.

"Não tenho dúvidas. Não é que vamos ter mais 150 anos. Vamos ter menos 150 anos. E isso será para todos. Fará parte da Segurança Social, como as vacinas, os antibióticos ou os telemóveis, que costumavam ser para os multimilionários", referiu à agência Efe o engenheiro José Luis Cordeiro, organizador do encontro e fundador da Singularity University, em Silicon Valley (EUA).

A cimeira, que começou no Dia Internacional da Longevidade, reúne até hoje especialistas do Ilustre Colégio Oficial de Médicos de Madrid para discutir questões sobre os limites da vida, as novas terapêuticas e as implicações económicas de viver mais e melhor.

Em 2012, John B. Gurdon e Shinya Yamanaka receberam o Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia por terem lançado as bases para a reprogramação de células adultas em células pluripotentes (tronco), capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido.

"Está a começar o trabalho para o rejuvenescimento dos fígados, rins, pulmões e corações. Basicamente, vamos curar todas as doenças crónicas. Não haverá cancro, não haverá Alzheimer, não haverá Parkinson. O objetivo é viver indefinidamente jovem, não indefinidamente velho", acrescentou Cordeiro.

Para Mehmood Khan, diretor executivo da Fundação Hevolution, "o mundo não se pode dar ao luxo de continuar a depender de uma população jovem em declínio para cuidar de uma população cada vez mais idosa".

Segundo Vijay Vaswani, cofundador da empresa de biotecnologia Omniscope, "os atletas representam o paradigma do que significa estar totalmente operacional e energético".

"Têm menos doenças, são mais ativos e mantêm mais massa muscular. Vivemos num mundo onde os centenários já correm os 100 metros e competem", analisou.

O representante da Hevolution Foundation acrescenta que o objetivo é manter as pessoas saudáveis durante toda a vida.

"Há provas potencialmente fortes de que a saúde pode ser prolongada. A questão é: como é que a democratizamos para que esteja disponível para o maior número de pessoas?", destacou.

A dieta, o exercício e as relações familiares são alguns dos ingredientes que contribuem para viver mais e melhor.

"O envelhecimento é contextual. Não depende apenas da sua genética, mas também de onde envelhece, da sociedade em que vive, de como é o seu ambiente e das escolhas que faz", frisou Mehmood Khan.

A possibilidade de chegar aos 150 anos não é, para os especialistas, o reino da ficção científica.

O limite oficial atual, disse o biogerontólogo Steve Horvath à agência Efe, é de 122 anos.

"Adicionar mais 28 anos acontecerá em algum momento, sem dúvida. A questão é quando", apontou.

Descoberta aumenta probabilidade de condições de vida em lua de Saturno... Uma equipa de cientistas descobriu compostos orgânicos que aumentam a probabilidade da existência de condições propícias à vida na lua Encélado de Saturno, noticiou a Associated Press (AP) na quarta-feira.

© Reuters   Lusa   02/10/2025

"Ser habitável e ser habitado são duas coisas muito diferentes. Acreditamos que Encélado é habitável, mas não sabemos se a vida existe realmente", disse o cientista e especialista em ciências planetárias e espaciais, Fabian Klenner, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos (EUA), que participou no estudo. 

Uma equipa internacional decidiu lançar uma nova análise de grãos de gelo encontrados, em 2008, quando a sonda espacial Cassini (nave espacial robótica) voava pelos géiseres (nascentes termais) da lua Encélado.

Os grãos eram jovens em comparação com as partículas de géiser muito mais antigas, segundo a investigação.

Os novos grãos colidiram com o analisador de poeira cósmica da Cassini a 64.800 quilómetros por hora (40.000 milhas por hora), mais rapidamente do que os antigos.

"Estamos confiantes de que estas moléculas têm origem no oceano subterrâneo de Encélado, aumentando o seu potencial de habitabilidade", disse o principal autor do estudo, Nozair Khawaja, da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, num e-mail.

O aumento da velocidade proporcionou uma visão mais clara dos compostos químicos presentes, indicaram os cientistas.

Nos antigos grãos de géiser já tinham sido detetadas moléculas orgânicas, mas a sua idade levantou questões sobre se teriam sido alterados ao longo dos anos pela radiação espacial.

A lua Encélado, uma das 274 luas que orbitam Saturno, ou seja, que se movem em torno do planeta, é suspeita de possuir fontes hidrotermais no seu fundo oceânico, possivelmente semelhantes às do Ártico, segundo a AP.

Os oceanos subterrâneos em luas "são talvez os melhores candidatos para o surgimento de vida extraterrestre no nosso sistema solar", disse o professor de física da Universidade de Kent, no Reino Unido, Nigel Mason, que não esteve envolvido na investigação.

Há muito tempo que a Encélado é uma das principais candidatas na busca de vida fora da Terra devido ao seu oceano escondido e às colunas de água que nascem das fendas perto do seu polo sul.

As descobertas baseiam-se em observações feitas pela Cassini das agência espaciais norte-americana NASA, europeia ESA e italiana ASI, enviada para estudar Saturno, concluindo a missão em 2017.


Leia Também: Robô da NASA encontra (potenciais) sinais de vida antiga em Marte

O robô explorador da agência espacial dos Estados Unidos (EUA), NASA, descobriu rochas num canal de rio seco que podem conter potenciais sinais de vida microscópica antiga, informaram os cientistas na quarta-feira.