quarta-feira, 23 de julho de 2025
Gabú: Quatro cabeças de gado morrem por envenenamento em Cancissé
EUA aprovam venda de armas à Ucrânia no valor de 273 milhões de euros... Os Estados Unidos anunciaram hoje que aprovaram uma venda de armas à Ucrânia, no valor de 322 milhões de dólares (273 milhões de euros), visando principalmente o reforço das defesas aéreas do país invadido pela Rússia.
© Reuters Lusa 23/07/2025
Esta venda de armas à Ucrânia, que também inclui veículos blindados, é a segunda desde que Donald Trump regressou ao poder, em janeiro, e acontece depois de o Presidente norte-americano ter prometido enviar armas para reforçar as defesas de Kyiv contra a Rússia.
A venda de armas, que foi notificada pelo Departamento de Estado ao Congresso norte-americana para aprovação, inclui peças sobressalentes e diversos equipamentos para mísseis de defesa aérea Hawk (172 milhões de dólares) e veículos blindados Bradley (150 milhões de dólares).
No início da semana passada, Trump prometeu fornecer equipamento militar adicional à Ucrânia através da NATO e deu à Rússia 50 dias para terminar a sua ofensiva no país, lançada em fevereiro de 2022, ou enfrentar sanções severas.
Prometeu também sistemas de defesa aérea Patriot.
O Presidente norte-americano, que está a pressionar Kyiv e Moscovo para encontrar uma solução para o conflito, rompeu com o envio maciço de armas para a Ucrânia prosseguido pelo seu antecessor democrata, Joe Biden.
Russos e ucranianos concluíram hoje uma terceira ronda de negociações diretas em Istambul, assinalando a "distância" nas suas posições para pôr fim à guerra e concordando apenas com uma nova troca de prisioneiros.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Leia Também: Rússia terá proposto tréguas de "24 a 48 horas" e aceitado trocar presos
O chefe da delegação russa às conversações de paz com representantes ucranianos em Istambul disse hoje ter proposto a Kyiv tréguas de "24 a 48 horas" nas linhas da frente e aceitado nova troca de prisioneiros.
Tiroteio junto ao Time Out Market em Lisboa... A PSP confirmou o incidente, afirmando que não houve feridos e que os suspeitos estão em fuga. As autoridades não divulgaram detalhes sobre a hora exata ou as causas do tiroteio.
Facebook Time Out Market Lisboa SIC Notícias Com LUSA
Um tiroteio ocorreu no início da noite desta quarta-feira no Time Out Market, no Cais do Sodré, em Lisboa, e os suspeitos estão em fuga, mas não há feridos, disse à Lusa fonte do comando metropolitano da PSP.
"Confirmamos que houve um tiroteio no Time Out Market, mas não há feridos a registar", afirmou à Lusa um responsável do Comando da PSP na capital, não adiantando mais pormenores, como a hora a que ocorreu este incidente e o que terá provocado o mesmo.
A mesma fonte apenas acrescentou que "os suspeitos estão em fuga".
Este medicamento comum poderá aumentar a sua expectativa de vida... Investigações anteriores demonstraram que a rilmenidina (medicamento) imita os efeitos da restrição calórica ao nível celular. Reduzir a energia disponível, mantendo a nutrição no corpo, demonstrou prolongar a expectativa de vida em diversos modelos animais.
© Shutterstock Por Mariana Moniz noticiasaominuto.com 23/07/2025
Foi demonstrado que um medicamento para hipertensão arterial retarda o envelhecimento em vermes, um efeito que, em humanos, poderá hipoteticamente ajudar-nos a viver mais e a manter-nos mais saudáveis nos nossos últimos anos.
Investigações anteriores demonstraram que a rilmenidina (medicamento) imita os efeitos da restrição calórica ao nível celular. Reduzir a energia disponível, mantendo a nutrição no corpo, demonstrou prolongar a expectativa de vida em diversos modelos animais.
Se isso se traduz na biologia humana ou se representa um risco potencial para a nossa saúde é um tema em debate constante. Encontrar maneiras de alcançar os mesmos benefícios sem os custos da redução extrema de calorias pode levar a novas maneiras de melhorar a saúde na velhice.
Num estudo publicado em 2023, vermes Caenorhabditis elegans jovens e velhos tratados com o medicamento - normalmente usado para tratar a tensão alta - viveram mais e apresentaram medidas mais altas numa variedade de marcadores de saúde da mesma forma que restringiram calorias, como os cientistas esperavam.
"Pela primeira vez, conseguimos mostrar em animais que a rilmenidina pode aumentar a expectativa de vida", explicou o biogerontólogo molecular João Pedro Magalhães, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido. "Agora estamos interessados em explorar se a rilmenidina pode ter outras aplicações clínicas."
O verme C. elegans é um dos favoritos para estudos, pois muitos de seus genes têm semelhanças com os seus equivalentes no nosso genoma. No entanto, apesar dessas semelhanças, ainda é um parente bastante distante dos humanos.
Testes adicionais mostraram que a atividade genética associada à restrição calórica pôde ser observada nos tecidos renais e hepáticos de camundongos tratados com rilmenidina.
Por outras palavras, algumas das mudanças que a restrição calórica proporciona aos animais e que se acredita conferir certos benefícios para a saúde também aparecem com medicamentos para a hipertensão que muitas pessoas já tomam.
Outra descoberta foi que um recetor de sinalização biológica chamado nish-1 era crucial para a eficácia da rilmenidina. Essa estrutura química específica pode ser alvo de futuras tentativas de aumentar a expectativa de vida e retardar o envelhecimento.
"Descobrimos que os efeitos de extensão da vida da rilmenidina foram abolidos quando o nish-1 foi apagado", explicaram os investigadores no seu artigo, publicado na revista Aging Cell.
"De forma crucial, o resgate do receptor nish-1 restabeleceu o aumento da expectativa de vida após o tratamento com rilmenidina."
Dietas de baixas calorias são difíceis de seguir e trazem consigo uma variedade de efeitos colaterais, como queda de cabelo, tontura e ossos quebradiços.
Ainda é cedo, mas acredita-se que esse medicamento para a hipertensão possa conferir os mesmos benefícios de uma dieta de baixas calorias, além de ser mais suave para o corpo.
O que torna a rilmenidina uma candidata promissora como medicamento antienvelhecimento é que ela pode ser tomada por via oral, já é amplamente prescrita e os seus efeitos colaterais são raros e relativamente leves (incluem palpitações, insónia e sonolência em alguns casos).
Ainda há um longo caminho a percorrer para descobrir se a rilmenidina funcionaria como um medicamento antienvelhecimento para humanos, mas os primeiros sinais desses testes com vermes e camundongos são promissores. Agora sabemos muito mais sobre o que a rilmenidina pode fazer e como ela opera.
"Com o envelhecimento da população global, os benefícios de retardar o envelhecimento, mesmo que ligeiramente, são imensos", disse Magalhães.
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Guiné-Bissau: Médicos franceses prestam consultas gratuitas no Hospital Regional de Gabú
Por Radio TV Bantaba
Dois médicos voluntários de nacionalidade francesa encontram-se no Hospital Regional de Gabú, onde estão a realizar consultas médicas gratuitas à população local.
A iniciativa foi possível graças à intervenção do deputado da Nação Alsaine Djaló, eleito pelo Círculo Eleitoral n.º 16, que articulou a vinda dos profissionais de saúde ao país com o objetivo de melhorar o acesso a cuidados médicos na região.
Em declarações à imprensa, o deputado afirmou:
> “Enquanto representante do povo, estarei sempre ao lado da população. Prometi à região de Gabú que traria uma equipa médica e voltarei a fazê-lo. Estamos também a estudar a viabilidade da construção de uma clínica local.”
A presença dos médicos estrangeiros tem sido recebida com entusiasmo pela comunidade, que enfrenta desafios significativos no acesso a serviços de saúde especializados. De acordo com informações recolhidas no local, a ação deverá prolongar-se por vários dias, beneficiando um número elevado de pacientes.
Esta colaboração internacional representa um reforço relevante para o sistema de saúde regional e um importante apoio para os cidadãos que não têm meios para custear atendimentos médicos.
CORPO DE UM JOVEM DE MAIS DE TRINTA (30) ANOS DE IDADE ENCONTRADO SOBRE AS ÀGUAS DO RIO MANSOA CONCRETAMENTE EM JOÃO LANDIM
Por: Ussumane Mané radiosolmansi.net
Foi encontrado esta quarta-feira (23 de julho) sobre as águas do “Rio Mansoa”, concretamente em João Landim, o corpo de um jovem aparentemente de trinta (30) anos de idade, amarrado contra um pilar e baleado nas águas.
Segundo informações a que a Rádio Sol Mansi teve acesso, através de testemunhas, o corpo foi descoberto por um pescador que estava em sua prática diária de pesca. De acordo com Luís Pansau, responsável dos pescadores de João Landim, o homem encontrou o corpo amarrado há três quilômetro da ponte.
“Foi um homem que encontrou o corpo e ele estava no mar a pescar há três quilômetro para a ponte e viu-o de longe e foi até lá depois descobriu que era uma pessoa. O corpo foi encontrado bem amarrado com arame queimado e contra um pilar”, declarou Pansau, e informou à nossa reportagem que este se encontra com o calçado preto e roupas.
Luis Pansau, destaca que esta não é a primeira vez, foram várias vezes encontrados corpos naquela zona. Por isso, Pansau apela ao reforço de vigilância aos mares.
“É uma preocupação para nós que todos os dias estamos no mar a praticar a nossa atividade. Esta não é a primeira vez que deparamos com essa situação foi já várias vezes”, afirmou o pescador apelando a maior vigilância aos mares do país.
A ponte "Amílcar Cabral", sobre o rio Mansoa na localidade de João Landim, 20 quilómetros de Bissau, tem 785 metros de comprimento e 11,4 metros de largura.
Estados Unidos vão incinerar 10 milhões de dólares em contraceptivos
Por LUSA
Pelo menos duas organizações humanitárias enviaram propostas à administração norte-americana para ficarem com os contraceptivos em armazém, mas os Estados Unidos rejeitaram.
Os Estados Unidos vão incinerar cerca de 8,5 milhões de euros (10 milhões de dólares) em contraceptivos financiados pelo próprio estado.
Implantes, pílulas e dispositivos intrauterinos, há meses num armazém na Bélgica, vão a caminho de França para serem destruídos, segundo avança a agência Reuters. E para além dos 10 milhões, a administração norte-americana vai gastar outros 160 mil dólares (quase 137 mil euros) só para incinerar os contraceptivos.
A ação vai, segundo a Reuters, de acordo com uma política, conhecida como 'Mexican City Policy', que impede que o país trabalhe em conjunto com organizações que disponibilizam o acesso ao aborto.
Mas pode também estar relacionada com a marca dos contraceptivos: a USAID, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, que fechou portas recentemente por ordem de Donald Trump. A agência foi um dos principais alvos do Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk, que procurava eliminar o “desperdício” nas despesas públicas. Meses depois da saída de Musk vão, literalmente, arder 10 milhões de dólares em contraceptivos.
Estados Unidos rejeitaram propostas de organizações humanitárias
Foram pelo menos duas as organizações que enviaram propostas à administração norte-americana para ficarem com os contraceptivos em armazém: da organização não governamental (ONG) ‘MSI Reproductive Choices’; e o Fundo de População das Nações Unidas, a agência da ONU responsável por saúde sexual e reprodutiva.
Os valores não foram divulgados, mas a resposta norte-americana é conhecida: rejeitado.
"A MSI ofereceu-se para pagar por uma nova embalagem, pelo transporte e por taxas de importação, mas eles não estavam abertos a isso. Disseram-nos que o Governo dos Estados Unidos venderia os medicamentos apenas pelo valor total de mercado", disse a diretora-associada de advocacia da ONG, à Reuters.
Sarah Shaw considera que não se trata de uma questão de “economizar dinheiro” para os Estados Unidos: “Parece mais um ataque ideológico aos direitos reprodutivos.”
Com a ONU a história foi outra. As negociações não falharam, simplesmente nunca existiram porque as autoridades americanas não responderam aos contatos feitos pelas Nações Unidas.
No congresso norte-americano já foram introduzidas propostas para tentar impedir os contraceptivos de serem incinerados, mas é muito improvável que sejam aprovadas a tempo.
Na Bélgica, o próprio ministério das relações exteriores admitiu já ter explorado “todas as opções possíveis para prevenir a destruição, incluindo realocação temporária”, mas até agora não foi garantida uma “alternativa viável”.
Posição dos Estados Unidos quanto ao aborto
Em 2022, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos revogou o precedente judicial do caso conhecido como Roe v. Wade de 1973 - onde o tribunal da época decidiu que a constituição norte-americana deve proteger a liberdade individual das mulheres grávidas e permitir que realizem um aborto, se assim quiserem.
Quase 50 anos depois, o precedente deixa de ser válido e a sociedade norte-americana divide-se sobre o tema do aborto. Atualmente, o procedimento é ilegal em 14 estados. Outros doze impõem restrições a partir da sexta semana de gestação e em oito estados a ilegalização permanece bloqueada graças a juízes federais.
A divisão segue as cores políticas dos Estados Unidos: estados democratas mantêm o direito à interrupção; os republicanos proíbem ou restringem o acesso.
Os relatos que chegam dos Estados Unidos falam em situações extremas de mulheres a morrerem devido a uma legislação ambígua, que pode prejudicar os profissionais de saúde que realizem o procedimento.
Na Geórgia, uma mulher em morte cerebral desde fevereiro tem sido mantida sob suposto de vida apenas por estar grávida. A família quer desligar as máquinas, mas o hospital recusa, alegando que a lei anti-aborto em vigor não o permite.
Lei da Nacionalidade viola a Constituição? Advogados dizem que sim.... A Ordem dos Advogados afirma que podem estar a ser violados três artigos diferentes da Constituição Portuguesa: 4.º (cidadania portuguesa), 13.º (princípio da igualdade) 18.º (força jurídica).
Por LUSA
A Ordem dos Advogados emitiu esta quarta-feira um parecer “desfavorável” às alterações propostas pelo Governo à Lei da Nacionalidade e aponta “fundadas dúvidas acerca da constitucionalidade” do projeto de lei.
Em causa, a ordem afirma que podem estar a ser violados três artigos diferentes da Constituição Portuguesa, nomeadamente o artigo 4.º que define o que é a cidadania portuguesa, o artigo 13.º que estabelece o princípio da igualdade entre todos os cidadãos, e o artigo 18.º que fala sobre a força jurídica.
Prazos diferentes para nacionalidades de origem diferentes
Ora, a proposta de alteração à Lei da Nacionalidade agora em cima da mesa “visa restringir o regime vigente” por o considerar “demasiado permissivo”, sugere não só aumentar o prazo de residência exigido para obter a cidadania, mas também implementar prazos diferentes dependendo da nacionalidade de origem.
Cidadãos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, por exemplo, vêem o prazo aumentar de cinco para sete anos. Os restantes passam a ter de viver em Portugal durante dez anos antes de poderem fazer o pedido de cidadania. Isto desde que não haja uma “justificação objetiva e proporcional” ao pedido.
A ordem dos advogados considera que, a ser aprovado, se trata de “um regime discriminatório” que contraria o “princípio da igualdade consagrado no artigo 13.º” que diz, taxativamente, que “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de (...) território de origem.”
Quanto à introdução de, no mínimo, três anos de residência legal dos pais estrangeiros de uma criança nascida em Portugal, representa, para a ordem, uma limitação “significativa ao acesso” à nacionalidade.
Diz a Ordem dos Advogados, que a medida pode mesmo ter um “impacto desproporcional” sobre os filhos de imigrantes legais que não preenchem este critério.
Negado o acesso à nacionalidade a quem comete crimes
Numa outra alteração, o Governo sugere também restringir o acesso à nacionalidade a quem for condenado pela justiça, “mesmo por crimes menores” (por exemplo, difamação). Uma proposta que a ordem defende que se afasta “do princípio da proporcionalidade e poderá gerar consequências desproporcionadas face à gravidade da infração”.
E alerta que “por qualquer crime” uma pena de apenas um dia ou de 30 “pode implicar uma restrição ao acesso à nacionalidade”.
A ordem aponta ainda que a medida é “redundante”, argumentando que penas superiores a três anos já impedem, de acordo com a lei atual, o pedido de nacionalidade.
Para além disso, a ordem afirma ainda que retirar a nacionalidade portuguesa de um cidadão, caso seja condenado nos dez anos seguintes a ter conseguido obter a mesma, pode “violar os artigos 4.º e 13.º da Constituição”.
“A previsão da perda de nacionalidade por naturalização representa uma discriminação entre portugueses de origem e naturalizados, criando um subgrupo de ‘portugueses sob vigilância’?”, aponta ainda a Ordem dos Advogados.
A ordem aponta ainda a aplicação retroativa das alterações que estão a ser propostas como uma violação do artigo 18.º da Constituição, por “restringir direitos e expectativas legais dos requerentes” e criar “insegurança jurídica”.
O parecer da Ordem dos Advogados foi entregue na Assembleia da República. Poder ler o documento aqui.
Reação dos partidos à Lei da Nacionalidade
A proposta do Governo para alterar a lei gerou descontentamento, especialmente, à esquerda de onde rapidamente surgiram acusações de violação da Constituição, de criação de “duas categorias de cidadãos”, de “retrocesso civilizacional” e até mesmo de “crueldade”.
À direita, a reação foi mais positiva e o líder do Chega afirmou mesmo que chegou a um entendimento com o PSD e que foi assumido o “compromisso de bloquear uma série de audições para que este processo seja rápido”.
A proposta à Lei da Nacionalidade vai ser discutida depois das férias parlamentares, em setembro, mas em princípio deve passar na Assembleia da República, com os votos a favor do Chega e do PSD.
O Presidente da República ainda não se manifestou diretamente sobre as alterações, mas já tem pedidos para enviar o documento ao Tribunal Constitucional se lhe chegar às mãos.
Leia Também: Lei da nacionalidade? Novas disposições causam "algum incómodo"
Israel acusa ONG de servirem propaganda do Hamas.... Israel rejeitou hoje o comunicado emitido por mais de uma centena de organizações não-governamentais (ONG) que alertam que a fome está a matar 2,1 milhões de pessoas na Faixa de Gaza, acusando-as de servir a propaganda do Hamas.
Por LUSA
"Estas organizações servem a propaganda do Hamas, valendo-se do seu número e justificando os seus horrores", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, num comunicado.
"Apelamos a todas as organizações para que deixem de utilizar os argumentos do Hamas", acrescentou a nota informativa da diplomacia israelita.
Segundo argumenta o ministério israelita, cerca de 4.500 camiões com ajuda humanitária terão entrado em Gaza, sendo responsabilidade do "estrangulamento logístico" das Nações Unidas o facto de outros 700 camiões ainda não terem sido distribuídos e estarem retidos na fronteira.
Apesar desta versão, é Israel que neste momento controla e mantém fechadas à entrada intensiva de alimentos as passagens fronteiriças para Gaza, permitindo -- de forma altamente restritiva -- a distribuição de comida apenas em alguns complexos militarizados, justificando-se com a alegação de que o Hamas beneficia da ajuda que chega através dos comboios humanitários da ONU.
Hoje, num comunicado conjunto, 111 ONG, incluindo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), a Save the Children e a Oxfam, alertaram que a fome está a agravar-se em Gaza, referindo mesmo que os próprios trabalhadores humanitários "estão lentamente a morrer".
"Enquanto o cerco imposto pelo Governo israelita condena à fome a população de Gaza, os trabalhadores humanitários juntam-se às filas para receber alimentos, arriscando ser baleados apenas para conseguirem alimentar as suas famílias", denunciaram as organizações.
Os grupos apelaram à negociação imediata de uma trégua, à abertura das fronteiras e ao livre fluxo da ajuda humanitária.
Também hoje, o exército israelita divulgou imagens, sem as datar, onde alegadamente aparecem combatentes do grupo extremista palestiniano Hamas em túneis, a comer fruta, pão e húmus.
Mesmo antes do atual bloqueio, os camiões da ONU já enfrentavam constantes atrasos na distribuição da ajuda, devido a inspeções arbitrárias de Israel em ambos os lados da fronteira e à ausência de rotas seguras facilitadas pelo exército israelita para transportar os bens até aos armazéns.
Nos últimos dias, multiplicaram-se as imagens provenientes da Faixa de Gaza mostrando crianças esqueléticas, bem como testemunhos de médicos que relatam a chegada de pacientes com sinais de subnutrição e exaustos.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 46 crianças morreram por fome e desnutrição desde o início de julho, totalizando mais de uma centena de mortes deste tipo desde outubro de 2023.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 59 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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Origem da Lua poderá ser a origem da vida na Terra, segundo estudo... Cientistas sugerem num estudo que o grande corpo rochoso que terá colidido com a Terra durante a sua formação e gerado a Lua provavelmente albergava um "mundo oceânico" na origem da vida no planeta.
Por LUSA
O estudo, divulgado recentemente pela revista científica Icarus, é coassinado pelo astrofísico português Pedro Machado, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
Em declarações hoje à Lusa, o investigador disse que o trabalho apresenta "um caminho novo para entender a evolução da Terra" e como podem ter chegado ao planeta "os componentes necessários" para garantir a sua habitabilidade.
O corpo rochoso em causa chama-se Theia.
Já se sabia que Theia terá embatido na Terra quando o planeta ainda estava a formar-se e que fragmentos resultantes desse impacto deram origem à Lua.
O que é novo - e é o que defendem Pedro Machado e restante equipa - é que este grande corpo rochoso se terá formado na envolvência de Júpiter, maior planeta do Sistema Solar, e que provavelmente tinha uma "grande quantidade de água" e de elementos químicos essenciais, como carbono, à semelhança de luas de Júpiter como Europa.
"A probabilidade é altíssima", sustentou o também docente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que, juntamente com os coautores Duarte Branco, seu aluno, e Sean N. Raymond, astrónomo norte-americano do Laboratório de Astrofísica de Bordéus, em França, suporta a tese com base em estudos de modelação da formação e evolução do Sistema Solar.
Segundo Pedro Machado, especialista no estudo de atmosferas planetárias, a Terra tem um grande reservatório de água no manto - camada intermédia do interior - que não pode ser explicável pela teoria de que cometas ou pequenos asteroides "transportaram" água para o planeta.
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MP diz que Mondlane criou "pânico" e "terror" levando Moçambique ao "caos"... O Ministério Público (MP) moçambicano acusa o político Venâncio Mondlane de ter apelado a uma "revolução" nos protestos pós-eleitorais, provocando "pânico" e "terror" na população, responsabilizando-o pelas mortes e por mergulhar o país no "caos".
Por LUSA
No despacho de acusação, entregue na terça-feira, na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Maputo, ao ex-candidato presidencial, e a que a Lusa teve hoje acesso, o MP recorre, como grande parte da prova, aos apelos à contestação, greves, paralisações e de mobilização para protestos feitos nos diretos de Venâncio Mondlane nas redes sociais, ao longo das várias fases da contestação ao processo eleitoral de 2024 em Moçambique.
"Os factos praticados pelo arguido colocaram em causa, de forma grave, bens jurídicos fundamentais, tais como a vida, a integridade física e psíquica das pessoas, a liberdade de circulação, a ordem, segurança e tranquilidade públicas, bem assim o normal funcionamento das instituições públicas e privadas", lê-se.
O MP imputa a Venâncio Mondlane, candidato presidencial nas eleições gerais de 09 de outubro e que não reconhece os resultados, a "autoria material e moral, em concurso real de infrações", os crimes de apologia pública ao crime, de incitamento à desobediência coletiva, de instigação pública a um crime, de instigação ao terrorismo e de incitamento ao terrorismo.
Afirma que recorreu às redes sociais "para facilitar a divulgação das suas ideias radicais, que intitulou de revolução", o que "efetivamente aconteceu, uma vez que as publicações foram visualizadas, comentadas e partilhadas por diversas pessoas, que as puseram em prática".
Moçambique viveu desde as eleições de outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder, como quinto Presidente da República.
Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo eleitoral, cerca de 400 pessoas morreram em resultado de confrontos com a polícia, além de destruição de património público e privado, saques e violência, conflitos que cessaram após encontros entre Mondlane e Chapo em 23 de março e em 20 de maio, com vista à pacificação.
Para o MP, Mondlane "estava ciente da gravidade e das consequências das manifestações que convocava de forma sistemática" e que as mesmas "bloqueavam as estradas e impediam a circulação de pessoas e bens".
"Os apelos do arguido chegaram ao conhecimento de um número indeterminado de pessoas, que os concretizaram, realizando protestos, que levaram à ocupação de ruas e avenidas da cidade de Maputo, bem como de outros centros urbanos do país, e saques de bens públicos e privados. Ainda em cumprimento das orientações do arguido, aquele grupo de pessoas atacou veículos, montou grandes barricadas com pneus a que atearam fogo, pedras, troncos de árvores e contentores de lixo", refere.
Segundo a acusação, "em consequência dos seus pronunciamentos, vários cidadãos ficaram privados dos serviços básicos, os serviços públicos e privados ficaram paralisados" e "a onda de protestos e violência decorrentes das orientações dadas pelo arguido originou a morte de vários cidadãos, destruição de bens públicos e privados, provocando sentimento de insegurança pública, pânico, terror na população em geral".
"As suas orientações levaram ainda ao encerramento das fronteiras e destruição das suas instalações, impedindo a circulação de pessoas e bens, o abastecimento dos mercados, especialmente com produtos de primeira necessidade, provocando prejuízos avultados à economia nacional e um cenário de caos no país, como propalava nos seus apelos", acrescenta.
Nos seus apelos, diz o MP, Mondlane agiu "com o propósito, alcançado, de instigar ações de violência e tumulto social, bem assim desenvolver um processo de radicalização, disseminando ideias radicais e promovendo atos de violência" através das redes sociais, "por meio das quais mobilizava e incentiva os jovens para a ação contra entidades do Estado moçambicano e contra a população em geral".
"O arguido, ao ordenar os jovens e demais seguidores para bloquearem as ruas, impedindo a passagem e a circulação de pessoas e bens, bem como a coagir os cidadãos a não saírem de casa, agiu com o propósito de causar-lhes medo e intimidação, e provocar-lhes receio de virem a sofrer atos de violência contra a sua vida e integridade física, ciente de que estas ações eram adequadas a causar-lhes pânico e terror, como efetivamente causou", conclui o MP.

















