sábado, 24 de maio de 2025

Ministro finlandês denuncia manobras fantasma da Marinha russa no Báltico

Por LUSA 

O ministro da Defesa finlandês denunciou hoje o aumento da presença militar da Rússia no Mar Báltico, onde a Marinha russa protege a sua "frota fantasma" de navios usados para contornar as sanções devido à sua invasão da Ucrânia.

Numa entrevista à emissora pública finlandesa Yle, o ministro Antti Häkkänen falou sobre a "nova e mais intensa" forma como a Rússia "está a proteger os navios pertencentes à sua frota fantasma", inclusive no Golfo da Finlândia.

"Houve atividades de escolta militar", observou Häkkänen, considerando que estas operações marcam uma "estreia completa" nas atividades russas na região báltica da Europa.

O governante declarou que "a Rússia está a fortalecer as suas capacidades militares e é uma vizinha agressiva e perigosa para toda a Europa".

"Isso é claríssimo", declarou o ministro da Finlândia, país que aderiu à NATO em 2023 e, juntamente com a Suécia (que aderiu em 2024) é a segunda nação mais recente a ingressar na Aliança Atlântica.

Ambas as nações nórdicas reagiram desta forma à guerra provocada pela agressão da Rússia contra a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 e já causou forte destruição naquele país, bem como milhares de mortos.

O ministro finlandês descartou a Rússia como uma ameaça imediata ao seu país e pediu à população que mantenha a calma, "mesmo que a Rússia esteja a executar essas reorganizações e seja um vizinho um pouco mais perigoso".

O ministro da defesa finlandês fez estas declarações depois que um navio da "frota fantasma" da Rússia ter desobedecido a ordens das autoridades estonianas esta semana, num incidente que envolveu um navio militar russo, informou a Yle.

A rádio finlandesa relatou também que duas aeronaves militares russas violaram o espaço aéreo finlandês na sexta-feira. 

Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade. Eis os riscos desta condição... Tenha atenção.

Por LUSA 

Este sábado, 24 de maio, assinala-se o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade. A propósito da data, revelamos os riscos que esta condição pode trazer à saúde.

"A obesidade é um problema médico que aumenta o risco de várias outras doenças e problemas de saúde", lê-se num artigo publicado pela Mayo Clinic.

Eis os problemas que esta condição pode aumentar o risco de contrair, de acordo com a referida clínica:

- Doenças cardíacas e ataques;

- Diabetes tipo 2;

- Alguns tipos de cancro;

- Problemas digestivos;

- Apneia do sono;

- Osteoartrite;

- Doença do fígado gordo;

- Sintomas de Covid-19 severos.

Eduardo Jorge da Costa Sanca, Membro de Conselho Nacional de jurisdição e Fiscalização do PAIGC em Conferência de imprensa 24.05.2025

 

O Presidente da Associação dos Moradores e Amigos de bairro Ajuda, Dautarim Lurdes Gomes, promoveu hoje (24.05), Conferência de Imprensa para denunciar a suposta venda de espaço na Rua Soares da Costa, por parte da Câmara Municipal de Bissau

 

"A Europa não está em posição de ganhar - nem uma guerra comercial, nem uma guerra militar. E por isso deve concentrar-se no jogo que melhor conhece"

Por CNN 

ENTREVISTA || Os países da Europa Ocidental até podem estar esquecidos, mas "a Europa de Leste lembra-se": foi a UE que deu o maior passo "em direção a uma comunidade assente nos ideais de Kant, num mundo ainda governado por Maquiavel", e "não devemos ficar ofendidos por ainda não vivermos numa república kantiana, temos, sim, de aprender a jogar o jogo de Maquiavel". É o que defende Małgorzata Zachara-Szymańska, especialista em Relações Internacionais sediada em Cracóvia. Em entrevista à CNN, critica o facto de "continuarmos em busca de grandes visões, reformas instantâneas ou soluções rápidas", quando hoje mais do que nunca "temos de nos desligar da cultura da gratificação imediata"

A UE enfrenta dois grandes desafios imediatos no contexto da segunda presidência Trump: por um lado, uma guerra comercial pendente e o que pode ou não fazer para impedir que Washington aplique mais tarifas às suas exportações; por outro, o futuro da NATO e tudo o que isso envolve, dos gastos com defesa ao destacamento de tropas dos EUA na Europa. O que é que a Polónia pode ensinar ao resto dos Estados-membros nestas duas frentes?

A Polónia segue o princípio de que, se não se pode mudar as circunstâncias desfavoráveis, então é preciso procurar oportunidades dentro delas. Tanto a roleta tarifária como a posição hesitante dos Estados Unidos em relação à NATO obrigaram a Europa a reavaliar a sua posição – é o início de uma procura de oportunidades. Uma maior “europeização” da aliança no futuro poderia permitir aos países europeus negociar a partir de uma posição mais forte. O aumento das despesas com a Defesa não tem de significar militarização, algo de que a Europa tem justificadamente medo. Trata-se de uma estratégia de dissuasão. 

Olhando para a guerra tarifária em pausa, qual diria que deve ser a resposta da UE?

No que toca a respostas à guerra comercial, não existe uma estratégia polaca distinta. As tarifas foram impostas (e, mais tarde, suspensas) à UE como um todo, e a Polónia aborda-as como parte de uma resposta coletiva. Mas a mensagem do primeiro-ministro polaco [Donald Tusk] sobre o assunto é clara: “Não estamos em pânico, mas estamos a preparar-nos bem para as potenciais consequências destas tarifas”.

E o que significa isso na prática?

Que temos de estar preparados, expandir a rede de parcerias e deixar claro a Donald Trump que as suas tentativas de forçar a mão dos aliados europeus vêm com um custo. Um custo pago pelas empresas e os consumidores americanos – e, em última instância, um custo político para o próprio Trump.

Isso liga à ideia que destaca neste seu artigo: confrontada com grandes mudanças na chamada “ordem mundial do pós-guerra”, e dado que não tem como travar Trump, a UE tem de fazer uma escolha – ou concentra energias na resistência à erosão da diplomacia ou implementa uma estratégia de controlo de danos…

O primeiro-ministro polaco também é conhecido por outra frase reveladora: “Não podemos ofender-nos com a realidade.” É uma chamada de atenção para o facto de que, embora possamos não gostar da forma como a aliança transatlântica está a ser manchada, fingir que não está a acontecer não é uma opção. O pragmatismo, e não a indignação, deve guiar a nossa reação. O que pode diferenciar um pouco a perspetiva polaca da dos principais países da Europa Ocidental é uma maior consciência dos pontos fortes da União Europeia.

Bolseira Jean Monet no European University Institute, Małgorzata Zachara-Szymańska é professora do departamento de Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Jagiellonian, em Cracóvia, na Polónia foto: DR

Os europeus ocidentais tendem a concentrar-se sobretudo nas crises internas, o que se traduz em instabilidade política nos seus sistemas individuais. Poucos se lembram da enorme e positiva transformação que a União Europeia trouxe à forma como pensamos o mundo e as regras que o governam. A Europa de Leste lembra-se. Foi a UE que deu o maior passo em direção a uma comunidade assente em ideais kantianos, num mundo ainda governado por Maquiavel. Não devemos ficar ofendidos pelo facto de ainda não vivermos numa república kantiana; temos, sim, de aprender a jogar o jogo de Maquiavel – lentamente, de forma consistente e, por vezes, meticulosa – para ganhar em sucessivas frentes.

E quanto à NATO? É uma frente sobre a qual a Polónia pode ter mais sabedoria a partilhar…

A questão é que, sem segurança, poucas outras coisas são possíveis. Se os Estados Unidos deixarem de ser o garante da segurança, os outros Estados-membros têm de se concentrar na forma de garantir essa segurança pelos nossos próprios meios. Neste momento, não existe qualquer hipótese realista de os Estados Unidos abandonarem a NATO – seria necessária uma maioria de dois terços no Senado [norte-americano]. Mas qualquer mecanismo de segurança coletiva só funciona quando os seus Estados-membros são unânimes no seu objetivo.

Como podemos garantir essa unidade com esta administração americana?

Atualmente, a forma mais rápida de garantir essa unidade é através dos compromissos de despesa com a Defesa assumidos pelos países europeus. É crucial não enquadrar este passo como “militarização”, mas antes como “dissuasão”. Ninguém quer produzir mais munições ou tanques só por produzir – isso seria muito “pouco kantiano” e atrasaria a transição verde. Mas se a Rússia produz 4,5 milhões de munições por ano, enquanto a Europa – mesmo depois de ter duplicado a sua produção – conseguiu apenas um milhão de munições em 2024, a mensagem que estamos a enviar à Rússia é clara: a Europa é fraca, descartável e a sua influência pode ser reduzida.

Diz que “a chave para o progresso da Polónia” desde a queda do comunismo tem sido a sua "capacidade de navegar habilmente no espaço transatlântico”. Quais os principais pontos dessa estratégia a nível interno e como podem ser transferidos para a esfera da UE considerando as atuais tensões e divisões dentro do próprio bloco?

A UE tem de se redefinir porque o ambiente externo mudou radicalmente. Tem de escolher as suas batalhas – não pode fazer tudo ou brilhar em todos os domínios. A Europa está dividida? Sim. Está agora, esteve no passado e estará no futuro. Faz parte do acordo. Quando há 27 músicos numa orquestra sem maestro, cada um a querer tocar a sua própria melodia, é irrealista esperar uma harmonia perfeita. Mas temos de deixar de tratar estas divisões como ameaças existenciais ao projeto europeu – ao fazê-lo, corremos o risco de transformar esse medo numa profecia auto-realizável.

"Quando há 27 músicos numa orquestra sem maestro, cada um querendo tocar a sua própria melodia, é irrealista esperar uma harmonia perfeita. Mas temos de deixar de tratar estas divisões como ameaças existenciais ao projeto europeu" foto: Geert Vanden Wijngaert/AP

Então o que devemos fazer?

Há objetivos estratégicos com os quais todos os Estados-Membros concordam: desenvolvimento económico e coesão social. Este é um valor extraordinário que a UE traz para o mundo. É preciso abrandar o capitalismo desenfreado – e os Estados europeus, mais do que quaisquer outros, têm experiência em equilibrar o crescimento económico com a responsabilidade social. Os objetivos ambientais devem ser alcançados a nível mundial. E, mais uma vez, a Europa lidera com as ideias mais ousadas e os conhecimentos mais profundos.

Sim, o sistema internacional está a mudar. Mas há espaço para uma nova liderança. O que é frequentemente referido como “o efeito Bruxelas” – a capacidade da Europa para moldar as normas globais através da regulamentação – continua a ser tão relevante neste mundo pós-americano quanto sempre foi. Os períodos de transição são caóticos e, em tempos de caos, os Estados e as organizações procuram desesperadamente normas. E a UE sabe como moldar normas.

Quão eficaz pode ser essa posição no contexto atual? Posto de outra forma: como pode a UE concentrar-se nas normas que mais precisam de ser moldadas e em que devemos investir?

No meu curso “Ordem Internacional e Desenvolvimento”, digo sempre aos alunos que não é por acaso que os estudos sobre desenvolvimento são agrupados com os estudos sobre a paz – a paz é uma condição prévia para o desenvolvimento. É compreensível que os países da Europa Ocidental e do Sul deem prioridade à aceleração do crescimento económico. No entanto, apesar da menor perceção de ameaça da Rússia nestas regiões, a guerra híbrida russa e as campanhas de desinformação estão também a desestabilizar os seus sistemas políticos.

Um objetivo político importante para a Europa é combater os efeitos das alterações climáticas. Investigações mostram que, quando as questões climáticas são enquadradas numa narrativa de segurança, sobem na agenda política, aumentando as hipóteses de uma ação significativa. As despesas com a segurança não têm de ser um cenário de uma coisa ou outra. O sucesso da Polónia em termos de desenvolvimento é a prova disso.

De que forma?

A Polónia tem tido capacidade de reforçar as capacidades de defesa sem ter de comprometer os seus objetivos de desenvolvimento. Tem um sistema de ensino público bem desenvolvido, uma rede de cuidados de saúde eficiente e continua a ser um país seguro – embora não excessivamente securitizado. A componente das alterações climáticas ainda precisa de grandes melhorias. Mas, como escrevi num outro artigo: temos de escolher as nossas batalhas.

A Polónia escolheu a segurança e o desenvolvimento – e isso tem dado resultados. Basta ver a reportagem de capa da revista The Economist esta semana: desde 1995, o rendimento por pessoa mais do que triplicou. Desde que aderiu à UE, em 2004, a Polónia nunca conheceu uma recessão, à exceção de um breve período no auge do confinamento provocado pela Covid-19. Durante estas duas décadas, o crescimento médio anual da Polónia foi de quase 4%.

Saída da II Guerra Mundial como um Estado-satélite da URSS, e após aguentar décadas de opressão, a Polónia transformou-se no que a Economist diz ser a "potência militar e económica mais negligenciada da Europa" na atualidade, com um exército maior do que o da Grã-Bretanha, de França ou da Alemanha e "padrões de vida ajustados ao poder de compra que estão prestes a eclipsar os do Japão" foto: Omar Marques/Anadolu Agency via Getty Images

Gostava de pegar na analogia de John C. Hulsman e A. Wess Mitchell em “The Godfather Doctrine: A Foreign Policy Parable”. Nesse livro de 2009, os autores comparam a Polónia ao padeiro Enzo, personagem leal e estável que monta guarda à família Corleone no filme de 1972, sendo os EUA Don Vito Corleone, um homem ferido que tenta manter a sua influência enquanto os seus filhos lutam para salvar o poder da família. Cita esta alegoria no seu artigo, levantando uma questão que gostava de lhe colocar de volta: a Europa deve aproveitar este momento para entrar em confronto com os EUA ou "deve assegurar os recursos possíveis de uma superpotência em declínio para se reforçar no contexto das suas próprias vulnerabilidades"? Dada a posição das peças no atual xadrez geopolítico, qual deve ser a próxima jogada da UE?

A confrontação é dispendiosa e destrutiva – especialmente se não estivermos em posição de vencer. E a Europa não está em posição de ganhar – nem uma guerra comercial, nem uma guerra militar. Envolver-se em qualquer forma de confronto só prejudicaria a UE, porque qualquer potencial adversário – sejam os Estados Unidos, a Rússia, a China ou os grandes gigantes da tecnologia – jogará o jogo da divisão da Europa. E é provável que consigam dividi-la. Em vez disso, a Europa deveria concentrar-se no jogo que melhor conhece: o trabalho lento, responsável e reconhecidamente pouco glamouroso de construir, peça por peça, um continente que as pessoas de todo o mundo invoquem se lhes perguntarem: “Se tivesse de viver e pagar impostos noutro lugar, onde seria?” É esse o grande potencial da UE, um potencial que ainda está por explorar.

Como pode esse potencial ser explorado?

O nosso problema em descrever a realidade política é que continuamos em busca de grandes visões, reformas instantâneas ou soluções rápidas. Para criar o espaço mental adequado para encontrar soluções, temos de nos desligar da cultura da gratificação imediata. A política não tem a ver com reuniões que são manchete ou dramas pessoais de curta duração que dominam o ciclo de notícias durante duas semanas e depois são esquecidos. É por isso que também devemos falar de “libertar o potencial da Europa” em termos de processos a longo prazo e não de acontecimentos isolados.

Como europeus, somos de facto muito hábeis a negociar tensões e a ultrapassar animosidades históricas. Vivemos perto uns dos outros, mantemo-nos em contacto e partilhamos uma grande quantidade de conhecimentos tácitos que podemos trocar entre nós. Se pegarmos na governação digital da Estónia, na literacia mediática da Finlândia, na ética de trabalho da Alemanha ou da Polónia e combinarmos tudo isso com o amor italiano e português pela beleza – e houver verdadeiramente uma troca desses pontos fortes – a Europa continuará a tornar-se um lugar melhor para viver. E isso, fundamentalmente, é política. Mas para que isso aconteça, as pessoas precisam de se sentir seguras. E, atualmente, muitas não se sentem seguras, não só por causa da guerra na Ucrânia.

E como é que se dá resposta a esse sentimento de insegurança?

Neutralizamos este sentimento de ameaça reconstruindo a confiança nas instituições e investindo no capital social. Se é possível? Absolutamente. Temos estado a fazer isso há muito tempo, e sabemos como fazê-lo. Se vai acontecer da noite para o dia? Não. Mas se mudarmos a nossa atenção para o jogo de longo prazo, isto vai tornar-se a nossa política do dia-a-dia, em vez dos dramas das redes sociais. E aí faremos também disso uma profecia auto-realizável.

O centrista Rafal Trzaskowski (na foto) obteve 31,3% dos votos na primeira volta das presidenciais polacas há uma semana, vencendo por pouco Karol Nawrocki (29,5%), o candidato apoiado pela direita populista do PiS. Para Zachara-Szymańska, a primeira votação trouxe consigo dois alertas, um para o atual governo de Donald Tusk, o outro para uma UE que tem de prestar atenção à desinformação e às câmaras de eco na internet. A segunda volta tem lugar daqui a uma semana foto: EPA

Estamos entre as duas voltas das presidenciais na Polónia. Após oito anos com o partido nacionalista conservador Lei e Justiça (PiS) no poder, entre 2015 e 2023, um governo que assumiu uma postura mais combativa em relação a Bruxelas e a Berlim, a Coligação Cívica lidera agora o executivo polaco e o seu candidato presidencial, Rafał Trzaskowski, acaba de se apurar para a segunda volta, disputada a 1 de junho. O que podem os polacos e o resto dos europeus esperar destas presidenciais?

Se o candidato democrático Rafał Trzaskowski perder, isso significará que a grande mobilização de 2023 – que retirou o PiS do poder – terá sido efetivamente anulada. O sistema político ficará ainda mais desestabilizado, o país entrará numa espiral de conflitos e lutas de poder desnecessárias, desperdiçando tempo, energia e potencial. Mas, ainda assim, a Polónia sente-se reconfortada por um facto crucial: os seus objetivos estratégicos continuam firmemente definidos. Os polacos querem fazer parte da União Europeia, e nem mesmo oito anos de retórica nacionalista e anti-UE [do PiS] mudaram isso. Também querem segurança e podemos esperar que esse rumo se mantenha firme, mesmo tendo Karol Nawrocki [do PiS] como Presidente.

Se o candidato da coligação democrática ganhar as eleições, isso enviará um sinal poderoso ao resto da Europa: de que o populismo, o extremismo e o radicalismo – forças com que outros países também se debatem – podem ser persistentes, mas podem ser contidos, podem ser relegados para segundo plano. Nesse cenário, é provável que a relação da Polónia com a UE se torne mais harmoniosa, assente no respeito mútuo. Os resultados da primeira volta das eleições serviram como um sinal de aviso para o governo – um sinal de que deve acelerar reformas, especialmente no que diz respeito ao restabelecimento do Estado de direito e à expansão das liberdades civis.

No caso recente das presidenciais repetidas na Roménia, como com o referendo sobre a adesão da Moldova à UE e até as recentes legislativas antecipadas em Portugal, têm sido noticiadas redes de desinformação e contas falsas nas redes sociais com impacto direto nos plebiscitos. Há pouco também falava do uso da desinformação pela Rússia, que afeta não apenas os países que estão mais próximos dela geograficamente. De que forma está esse assunto a ser abordado na Polónia agora que a votação presidencial está em curso?

Muito bem visto. A desinformação e as câmaras de eco são algo em que temos de nos concentrar quando reforçamos a resiliência da sociedade. Para responder à sua pergunta: na Polónia, não tem havido um debate público sério sobre a interferência russa no processo eleitoral, apesar do conhecimento generalizado da penetração russa na infosfera polaca. Os resultados da primeira volta podem servir de alerta. Grzegorz Braun, um candidato claramente pró-russo, abertamente xenófobo, antissemita e anti-ucraniano, ficou em quarto lugar com mais de um milhão de votos.

Este é um sinal de alarme. Se será ouvido – só o tempo o dirá.

Número de feridos sobe para 18 após ataque com faca na Alemanha

Por LUSA 

O ataque ocorreu pelas 18h00 locais (17h00, em Lisboa), na sexta-feira, numa plataforma da Estação Central de Hamburgo, a mais movimentada da Alemanha.

O número de feridos no ataque com uma faca na Estação Central de Hamburgo, Alemanha, no final da tarde de sexta-feira, subiu para 18,  sendo que quatro estão em estado crítico e seis sofreram ferimentos graves, escreve o jornal alemão Bild.

A polícia alemã já deteve a suspeita do ataque, uma mulher de 39 anos, que terá "agido sozinha" e esfaqueado as vítimas "de forma indiscriminada". 

O chanceler alemão, Friedrich Merz, reagiu ao ataque nas redes sociais, onde afirmou que "as notícias de Hamburgo são chocantes". 

"Os meus pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias. Os meus agradecimentos a todos os serviços de emergência no local pela sua rápida assistência", disse, acrescentado que falou com o autarca de Hamburgo, Peter Tschentscher, a quem ofereceu o "apoio do governo alemão".

O ataque ocorreu pelas 18h00 locais (17h00, em Lisboa) numa plataforma da Estação Central de Hamburgo, a mais movimentada da Alemanha.

Estudiosas dizem que direitos de mulheres africanas não passam do papel

Por LUSA 

Três investigadoras dos assuntos das mulheres nas antigas colónias portuguesas de África realçaram que as legislações traduzem um reforço dos seus direitos nos últimos 50 anos, mas que em geral tais avanços não passam do papel.

"A independência de Moçambique abriu muitos caminhos para uma alteração qualitativa da vida das mulheres", disse à agência Lusa Teresa Cunha, que efetuou diversos estudos científicos neste país lusófono da África Austral.

Desde 2008, esta investigadora de Coimbra realizou estudos em diferentes regiões de Moçambique, incluindo "com mulheres deslocadas da guerra" na zona de Cabo Delgado, onde trabalhou "mais intensamente nos últimos anos".

"Temos ganhos de uma disputa intensa das mulheres e uma legislação de proteção dos seus direitos muito avançada", afirmou, mas lamentou que "muitas das promessas não foram cumpridas" em meio século de soberania política.

Com a luta de libertação do domínio colonial e depois com a independência, em 1975, as mulheres moçambicanas puderam "organizar-se e lutar pelos seus direitos de uma maneira mais decidida".

"Esse marco é muito importante para compreender o que se passa hoje em Moçambique", sublinhou.

Para Teresa Cunha, porém, "muitas dessas conquistas não chegaram até às mulheres como deviam ter chegado", o que foi também dificultado "devido às situações de conflito armado".

Por outro lado, "a atual atmosfera política não está fácil", o que explica "um aumento dos homicídios e violência de todo o tipo contra as mulheres".

"Há um recrudescer da violência civil em que as mulheres são também protagonistas e sobretudo vítimas, em termos de segurança e liberdade", referiu.

Os 50 anos de independência de Moçambique face a Portugal, bem como das restantes antigas colónias africanas, "deviam fazer-nos refletir e descolonizar as nossas mentes", defendeu a professora da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), ao lembrar que "muitas mulheres ainda não beneficiaram desses ganhos".

Também Isabel Maria Casimiro, do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, considerou que, "de uma maneira geral, a situação da mulher moçambicana melhorou", mas ressalvou que esses progressos não chegaram à maioria da população feminina.

Registaram-se avanços ao nível da legislação, "que estava toda ultrapassada", em áreas como a lei da família e a lei da violência doméstica contra a mulher, exemplificou.

"Chegámos a ter 50% de mulheres ministras e quase 40% de mulheres deputadas", num país onde a pobreza e o analfabetismo atinge sobretudo as que vivem no mundo rural.

Dos 65% de moçambicanos "abaixo da linha da pobreza, a maior parte é constituída por mulheres que estão no setor informal e não têm qualquer tipo de apoio", enfatizou a socióloga, filha de pais portugueses que, na década de 1950, se fixaram em Moçambique por serem opositores à ditadura de Salazar.

"Houve um grande acesso das mulheres à educação após a independência, mas temos ainda uma taxa de mortalidade infantil muito elevada", lamentou Isabel Casimiro.

A antiga deputada da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde 1975 do qual veio a afastar-se, disse que "é tudo muito paradoxal" no país, que tem um crescimento "baseado sobretudo no desenvolvimento extrativista", em detrimento do desenvolvimento humano.

Por seu lado, Catarina Caldeira Martins, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), especialista em feminismos pós-coloniais e decoloniais, considerou que "nestes 50 anos não houve em geral uma resolução dos problemas das mulheres" em Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Moçambique.

"Houve uma concessão formal de direitos, incluindo os direitos sexuais e reprodutivos", defendeu.

Mesmo Cabo Verde, "o único desses países com uma democracia consolidada, não resolveu os problemas das mulheres", criticou a investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

Na luta de libertação, conduzida pelo Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de Amílcar Cabral, "o movimento contava com a participação das mulheres em vários papéis", exemplificou.

"Com a independência, toda essa promessa se desmoronou", afirmou a docente da FLUC, que tem desenvolvido investigação em países africanos de língua portuguesa, além de outros do continente.

Nas ex-colónias africanas, "os homens reforçam o poder patriarcal", no contexto de "um prolongamento neocolonial" de relações económicas com as antigas potências colonizadoras, concluiu.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Se toma estes medicamentos, o melhor é deixar o café de lado

Por   LUSA.  23/05/2025

A eficácia dos fármacos pode ficar comprometida. Veja o que deve evitar se for consumidor esta bebida comum.

Pode nunca ter pensado nisto, mas a verdade é que existem medicamentos que podem perder a sua eficácia quando consome algumas bebidas. Sabia que é algo que pode acontecer com o café?

Jennifer Bourgeois é farmacêutica e ao 'website' Beautier revelou os medicamentos que deve evitar quando ingere café.

Pode não cortar por completo, mas ajustar o consumo para que não se encontrem em conjunto no estômago.

Conheça os medicamentos.

  • Antidepressivos;
  • Medicamentos para a osteoporose e tiroide;
  • Medicamentos para alergia
  • Medicamentos para gripes e constipação;
  • Medicamentos para asma;
  • Anticoagulantes.

Leia Também: No programa 'The Zane Lowe Show', a cantora Miley Cyrus falou sobre um problema de saúde que a afetou em 2023. "Tive uma emergência médica. Foi uma rutura de quistos nos ovários." Sabe do que se trata?

Papel do Hamas e reconhecimento da Palestina marcarão conferência na ONU

Por  LUSA 23/05/2025

O futuro do movimento extremista Hamas em Gaza e o reconhecimento do Estado palestiniano serão os principais eixos da Conferência Internacional para a Solução de Dois Estados no Médio Oriente, a decorrer em junho na ONU, em Nova Iorque. 

A conferência, copresidida pela França e pela Arábia Saudita entre 17 e 20 de junho, terá dois dias introdutórios, seguidos pelo "segmento de alto nível" no dia 19, onde os dois chefes de Estado dos dois países devem comparecer.

Não está descartado que outros líderes, especialmente árabes, também participem, embora o nível das delegações dependa do progresso alcançado até lá.

Os organizadores realizaram hoje uma reunião preparatória na sede da ONU, em Nova Iorque, onde foram ouvidos apelos para um maior envolvimento da comunidade internacional para garantir o sucesso da conferência, num momento em que a crise humanitária na Faixa de Gaza está a atingir níveis nunca testemunhados e em que se verifica uma grave deterioração também na Cisjordânia.

França deu a entender nas últimas semanas que considera tomar a iniciativa de reconhecer o Estado palestiniano --- atualmente reconhecido por 140 dos 193 países do mundo com assento na ONU --- e acredita-se que a conferência possa ser o lugar onde esse passo será formalizado.

Se confirmado, teria grande valor simbólico, já que a França, assim como as demais potências do G7 - grupo dos sete países mais industrializados do mundo -, ainda resiste a reconhecer o Estado palestiniano e não seguiu o caminho trilhado por Espanha, Irlanda ou Noruega entre os europeus.

A representante saudita, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Manal Radwan, deixou clara a sua posição na conferência de hoje: "A paz começa com o reconhecimento do Estado da Palestina, não como um gesto simbólico, mas como uma necessidade estratégica. É a única maneira de eliminar o espaço ocupado por atores não estatais (numa alusão ao Hamas) e substituir o desespero por um horizonte político".

Sobre o papel do Hamas, a representante de França, a conselheira para o Médio Oriente Anne-Claire Legendre, foi categórica: "Devemos trabalhar para desarmar e eliminar o Hamas, para que ele nunca mais represente uma ameaça a Israel, bem como promover uma governança confiável e reformar a Autoridade Palestiniana, e a ONU deve desempenhar um papel nesse processo."

Remover o Hamas da Faixa de Gaza parece um objetivo amplamente partilhado pelos atores internacionais, mas o problema atual é que todas as estruturas institucionais do enclave estão nas mãos do grupo islamita palestiniano, e a Autoridade Palestiniana só tem jurisdição na Cisjordânia.

Também participou da reunião de hoje a diretora-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha para Assuntos do Magrebe, Mediterrâneo e Médio Oriente, Carmen Margariños, que enfatizou a importância de envolver a sociedade civil palestiniana no processo.

Margariños convidou os países participantes da conferência de junho a "identificar quais mecanismos legais, institucionais e diplomáticos podem ser implementados" para promover a ideia de dois Estados, já que, por enquanto, continua a ser pouco mais que uma ideia, ainda que amplamente partilhada na cena internacional.

Trump assina ordens para "renascimento" nuclear civil acelerado

Por LUSA  23/05/2025

O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou hoje quatro ordens executivas destinadas, segundo um conselheiro, a lançar um "renascimento" nuclear civil nos Estados Unidos, com a ambição de quadruplicar a produção de energia nuclear nos próximos 25 anos.

Trump, que prometeu procedimentos "muito rápidos e muito seguros", quer, em particular, que a análise de um pedido de construção de um novo reator nuclear não demore mais de 18 meses e pretende reformar a Comissão Reguladora do Nuclear, reforçando simultaneamente a extração e o enriquecimento de urânio.

"O tempo para a energia nuclear é agora", declarou Donald Trump numa conferência de imprensa na Sala Oval, enquanto o secretário do Interior, Doug Burgum, disse que o desafio era "produzir eletricidade suficiente para ganhar o duelo da Inteligência Artificial com a China".

"Queremos estar em condições de testar e instalar reatores nucleares durante o atual mandato", ou seja, até janeiro de 2029, disse um alto responsável da Casa Branca, que solicitou o anonimato, durante uma troca de impressões com jornalistas.

Os Estados Unidos continuam a ser a maior potência nuclear civil do mundo, com 94 reatores operacionais, mas a sua idade média está a aumentar (42 anos).

Perante a crescente necessidade de eletricidade, nomeadamente impulsionada pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial, e a intenção de alguns países de descarbonizarem as suas economias, a energia nuclear está a despertar um novo interesse a nível mundial.

França que, com 57 reatores, continua a ser o país mais nuclearizado 'per capita', anunciou em 2022 um novo programa de entre seis e 14 reatores, estando a conclusão do primeiro prevista para 2038.

A China, particularmente ativa, iguala agora França, com 57 reatores no seu território, e tem mais 27 em construção.

Por sua vez, a Rússia continua a ser o principal exportador mundial de centrais nucleares, com 26 reatores em construção, seis dos quais no seu território.


Leia Também: Tarifas? Trump diz que mudança de empresas da UE para EUA evita sanções

Empresários chineses visitam a CCIAS, setor privado, para se informar das oportunidades e desafios de investimentos na Guiné-Bissau. Após uma sessão de troca de informações e abertura demostrada, o grupo de investidores chineses diz estar disponível para investir em vários setores apresentados pela Câmara do Comércio, Indústria e Serviços-CCIAS.

Dedos dos pés inchados? Saiba o que pode dizer sobre a sua saúde

Por LUSA 

Existem casos em que tal pode acontecer devido a alguma situação em particular. Noutros situações, pode indicar alguma doença.

Ficar com os dedos dos pés inchados pode estar relacionado com algumas situações pontuais. Ainda assim, noutros casos, pode indicar situações de saúde mais graves.

"O inchaço nos dedos dos pés pode ser causado por uma série de condições, incluindo problemas linfáticos, má circulação sanguínea ou até mesmo gota", revela a farmacêutica Sheena Bagga ao jornal Metro.

"A gota é um tipo de artrite inflamatória caracterizada por dor súbita e intensa nas articulações. É mais provável que ocorra em pessoas com sobrepeso", continua.

Este sintoma pode ainda ser causado por situações menos graves, como ficar sentado por longos períodos de tempo, usar sapatos demasiado pequenos, ficar desidratado ou ter uma dieta rica em sal.


Leia Também: O conselho de um médico para acabar com as cãibras durante a noite...    Pode acontecer depois do exercício ou quando se deita na cama. Veja o que pode estar em falta no seu organismo.


Muitos" dos imigrantes em alojamento ilegal permanecem no local

Por LUSA 

O presidente da Câmara de Lisboa afirmou hoje que "muitos" dos 30 imigrantes encontrados na quinta-feira num alojamento ilegal em condições insalubres, em Arroios, ainda permaneciam esta manhã nesse local a aguardar uma resposta de alojamento de emergência.

Contactada pela Lusa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) afirmou estar em "articulação permanente" com a Câmara, mas, até às 14h45, ainda não tinha recebido "quaisquer sinalizações de casos para apoio" relacionados com esta situação.

A Junta de Freguesia de Arroios disse na quinta-feira à Lusa que cerca de 30 imigrantes tinham sido retirados no dia anterior de um alojamento ilegal em Arroios, estando em curso o realojamento por parte da Câmara Municipal e da STML.

A Lusa aguarda respostas a questões sobre a situação destes migrantes que enviou hoje ao final da manhã à Câmara Municipal de Lisboa (CML) que, entretanto, remeteu para declarações do presidente Carlos Moedas (PSD) dadas hoje à SIC.

Questionado sobre o realojamento dos cerca de 30 imigrantes, Carlos Moedas assegurou à SIC que "não vão ficar na rua" e indicou que "muitos" ainda permanecem no alojamento ilegal em Arroios a aguardar uma resposta de alojamento de emergência, com o apoio da SCML, ressalvando que a situação não se resolve "de um dia para o outro".

Junto a este alojamento ilegal em Arroios, o presidente da Câmara de Lisboa disse que o proprietário do imóvel se estava a "aproveitar da pobreza" destas pessoas imigrantes para criar uma situação "indigna" e "degradante", cometendo "um crime" ao utilizar uma loja para habitação, uma vez que tal "não é legal".

"Vamos atuar sempre que isto acontecer, vamos encontrar soluções, mas o país tem de fazer escolhas, [...] o país tem de dizer que as pessoas que entram têm de ter contratos de trabalho, têm de ter a dignidade de ter uma casa. Tudo isso tem de acontecer, porque elas são necessárias, mas não são necessárias desta maneira. Isto não é possível. Isto é uma vergonha. É uma vergonha para o país e eu não quero que a minha cidade continue a ter esta vergonha", declarou Carlos Moedas.

Defendendo uma política de imigração de "receber as pessoas com dignidade", o autarca afirmou que estas situações de alojamento ilegal são "o resultado de muitos anos sem políticas de imigração".

Moedas indicou que a Câmara de Lisboa fiscalizou nos últimos anos, "mais de 400 estabelecimentos", desde restaurantes, bares e lojas, com destaque para a notificação de 32 lojas de 'souvenirs'.

"A câmara municipal vai sempre fazer cumprir a lei e a ordem", reforçou o autarca do PSD, adiantando que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) é informada sobre estas situações de alojamento ilegal de imigrantes.

À Lusa, a SCML afirmou que "tem estado em articulação permanente com a CML e com o Núcleo de Planeamento e Intervenção da Pessoa Sem Abrigo -- NPISA Lisboa para dar resposta às necessidades de realojamento das pessoas desalojadas" na quarta-feira.

"No entanto, e apesar desta colaboração contínua, não foram recebidas até agora quaisquer sinalizações de casos para apoio, nem mesmo através da Linha Nacional de Emergência Social (144)", acrescentou a SCML.

A presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Madalena Natividade (independente eleita pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), disse à Lusa na quinta-feira que o alojamento ilegal desmantelado funcionava num restaurante desativado, sem condições de habitabilidade, e que albergava cerca de 30 imigrantes indostânicos.

As pessoas viviam em "condições muito desumanas", com baratas e ratos, indicou a autarca de Arroios, referindo que a situação foi denunciada pelos vizinhos, que se queixaram à junta "do cheiro nauseabundo e de movimentos estranhos a entrar e sair do restaurante".

A intervenção no local ocorreu na quarta-feira de manhã e as pessoas imigrantes foram identificadas, desconhecendo-se, para já, se estão regulares no país.

Os imigrantes "mal falavam inglês", pelo que houve "alguma dificuldade" na recolha de informações, mas há a indicação de que "pagavam entre 180 a 200 euros por mês" para pernoitar neste restaurante desativado, revelou Madalena Natividade.

A autarca indicou ainda que a intervenção da junta é motivada "por uma questão de segurança" em espaços com sobrelotação, bilha de gás e insalubridade que "podem depois trazer problemas de saúde pública", e disse que processo de realojamento está a ser assegurado pelos serviços da CML e da SCML, com o envolvimento da Polícia Municipal, sem adiantar detalhes.


Leia Também: Filas de imigrantes nos serviços consulares são "problema limitado"

Moscovo e Kyiv trocam 270 militares e 120 civis. As imagens

Por LUSA 

As autoridades russas e ucranianas trocaram hoje 270 militares e 120 civis, que eram prisioneiros de guerra, na sequência de um acordo, realizado na Turquia na semana passada, para entregar 2.000 pessoas, anunciou o Kremlin.

O Ministério da Defesa russo explicou, em comunicado, que as pessoas libertadas pela Ucrânia já se encontram na Bielorrússia, a receber os cuidados médicos e psicológicos iniciais antes de serem transferidas para território russo.

Segundo Moscovo, entre os prisioneiros hoje libertados estão civis detidos durante a incursão das forças ucranianas na região de Kursk.

A Presidência russa (Kremlin) adiantou que esta "troca em grande escala" vai continuar "nos próximos dias", embora nenhum dos lados tenha definido um prazo para a concretização do acordo assinado na semana passada, que determinou a libertação de mil pessoas de cada lado.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, que incentivou estas aproximações entre Kyiv e Moscovo, já tinha anunciado, hoje de manhã, que as partes "tinham concluído" os trabalhos para "uma grande troca de prisioneiros", mas não avançou pormenores.

"Parabéns a ambos os lados pela negociação. Pode levar a algo grande?", escreveu Trump numa mensagem publicada nas redes sociais.

O acordo para troca de prisioneiros decorreu das primeiras conversações diretas entre Moscovo e Kyiv desde as primeiras semanas da invasão da Ucrânia, em 2022, tendo ambas acontecido em Istambul.

Os funcionários da Casa Branca (Presidência norte-americana) e do Conselho de Segurança Nacional não responderam de imediato a pedidos de mais pormenores.


Descoberto novo planeta anão no Sistema Solar. Chama-se 2017 OF201.... Demora cerca de 25 mil anos para completar à volta ao Sol.

Por noticiasaominuto.com  23/05/2025 
O Centro de Planetas Menores da União Astronómica Internacional anunciou esta semana a descoberta de um novo planeta anão. Chama-se 2017 OF201 e pode ser encontrado para lá de Plutão.

Conta o site Science Alert que o 2017 OF201 tem cerca de 700km de diâmetro e demora à volta de 25 mil anos a completar a órbita à volta do Sol.

As informações partilhadas indicam que o ponto mais distante do Sol encontra-se a uma distância 1.600 vezes superior à da Terra em relação à estrela no centro do Sistema Solar. Já o ponto da órbita mais próximo do Sol é semelhante ao de Plutão.

“O 2017 OF201 passa apenas 1% do seu tempo orbital perto o suficiente para ser detectável”, afirma o líder da equipa do Instituto de Estudos Avançados, Sihao Cheng.

“A presença deste objeto sugere que pode haver centenas de objetos com órbita e tamanhos semelhantes - estão apenas demasiado distantes para serem detetados neste momento. Mesmo que os avanços nos telescópios nos tenham permitido explorar partes mais distantes do Universo, ainda há muito por descobrir no nosso Sistema Solar", explica Cheng.

Notícias ao Minuto


Leia Também: Telescópio James Webb detetou a galáxia mais distante alguma vez avistada

Apple em 'sarilhos'? Trump ameaça empresa com tarifa de 25%

 Por LUSA 

O presidente dos EUA quer que a empresa comece a produzir os iPhones no território norte-americano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, partilhou uma publicação na (própria) rede social TruthSocial onde ameaça a Apple com tarifas de pelo menos 25% caso a empresa não comece a produzir os iPhones em território norte-americano.

“Há muito tempo que informei o [CEO] Tim Cook da Apple de que espero que os seus iPhones vendidos nos EUA sejam produzidos nos EUA, não na Índia ou em outro lugar qualquer”, escreveu Trump na rede social. “Se esse não for o caso, deve ser paga uma tarifa de pelo menos 25% pela Apple aos EUA”.

Esta não é a primeira vez que Trump se mostra desagradado com a Apple a respeito do local escolhido pela empresa para produzir os seus telemóveis. Lembrar que, ainda este mês, Trump admitiu ter um “pequeno problema” com o líder da Apple a respeito deste mesmo assunto.

Conferência de imprensa de Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública. Data: 23.05. 2025

Em nome da Aliança Patriótica Inclusiva "API-CABAS GARANDI" e da PAI TERRA RANKA, Baciro Dja, esclarece o acordo de Paris e pede atual regime respeitar a constituição da República. Dja falava esta Sexta-Feira [23-05-2025] à imprensa na sua residência em Bissau.

Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau - ESCLARECIMENTO

 


Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau - EAGB

Taxista japonês detido por suspeitas de drogar e violar cerca de 50 mulheres

Por  sicnoticias.pt

A polícia encontrou três mil vídeos e imagens de agressões sexuais no interior do táxi e na casa do suspeito. O caso foi descoberto após o abuso de uma mulher de 20 anos em julho.

A polícia do Japão deteve um taxista, Satoshi Tanaka, de 54 anos, por suspeita de drogar e violar cerca de 50 passageiras, confirmou esta sexta-feira um porta-voz da Polícia Metropolitana de Tóquio.

As autoridades encontraram três mil vídeos e imagens do taxista a agredir mulheres, no interior do táxi ou na casa do taxista, depois de as obrigar a tomar comprimidos para dormir, sob o pretexto de que eram bons para a saúde.

De acordo com o porta-voz, o caso foi descoberto depois de o detido ter alegadamente dado comprimidos para dormir, em julho, a uma mulher de 20 anos, que entrou no táxi depois de ter bebido com amigos.

Mais tarde, o homem levou-a para casa, filmando o abuso com o telemóvel, além de roubar o dinheiro que a vítima tinha.

Polícia investiga dezenas de casos

As autoridades estão a investigar dezenas de casos semelhantes depois de terem encontrado milhares de imagens e vídeos no telemóvel do homem.

Quando questionado, Tanaka disse que "não se lembrava" do que aconteceu.

Algumas das imagens no telemóvel datam de 2008, de acordo com relatos dos meios de comunicação locais.

O taxista já tinha sido detido em outubro, por suspeita de drogar outra mulher e roubar-lhe cerca de 40 mil ienes (247 euros), mas foi libertado, antes de ser novamente detido em dezembro, por outra alegada agressão.

O presidente da Comissão da CEDEAO participa na sessão de abertura da primeira sessão ordinária de 2025 do Parlamento da CEDEAO

Por ecowas.int  22 May, 2025

A primeira Sessão Ordinária do Parlamento da CEDEAO referente ao ano de 2025 foi oficialmente inaugurada na terça-feira, 20 de Maio de 2025, em Abuja, Nigéria, na presença de distintas personalidades, incluindo os parlamentares da sexta legislatura, os Presidentes das instituições da CEDEAO, o Presidente do Senado da Nigéria, membros do Corpo Diplomático acreditado e parceiros regionais e internacionais. A cerimónia de abertura foi assinalada pela tomada de posse de novos deputados oriundos do Senegal e da Guiné-Bissau.

Após ter expressado a sua gratidão a Sua Excia. o Senhor Bola Ahmed TINUBU, Presidente da República Federal da Nigéria e Presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, Sua Excia. a Senhora Hadja Mémounatou IBRAHIMA, Presidente do Parlamento da CEDEAO, proferiu uma alocução centrada nas questões da integração regional, da vida comunitária e dos desafios a enfrentar por esta instituição que assinalará o seu 25.º aniversário no próximo dia 16 de Novembro de 2025.

Na sequência, o Presidente da Comissão da CEDEAO, Sua Excia. o Senhor Dr. Omar Alieu TOURAY, destacou o enquadramento político e institucional desta sessão, marcado por dois acontecimentos de grande relevância: o anúncio do afastamento total do Burkina Faso, do Mali e do Níger da CEDEAO, e a preparação da celebração do Cinquentenário da Organização.

O Presidente TOURAY informou os parlamentares que, em conformidade com as deliberações dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, foi convocada uma Sessão Extraordinária do Conselho de Ministros, realizada de 22 a 23 de Abril de 2025, em Acra, Gana, com o objetivo de examinar a proposta de plano de contingência para gerir o processo de retirada dos três países do Sahel. No final desta sessão, o Conselho decidiu adotar um plano global de negociação para todos os Estados-Membros da CEDEAO, incluindo uma orientação estratégica clara para o processo negocial.

O Presidente acrescentou ainda que as discussões diretas com os três países sobre a metodologia das negociações seriam iniciadas ainda esta semana, sublinhando que, para a CEDEAO, a separação destes países não deverá, em nenhum momento, prejudicar os cidadãos da Comunidade.

Relativamente à celebração do Cinquentenário da CEDEAO, o Presidente TOURAY sublinhou tratar-se de “um momento de reflexão e introspeção sobre as conquistas alcançadas e as perspetivas futuras da nossa Organização”. Acrescentou que, nesse âmbito, será organizado em breve um Cimeira sobre o Futuro da África Ocidental, destinada a permitir que os Estados-Membros cheguem a um entendimento comum sobre o futuro da Comunidade. Esta Cimeira será antecedida por uma série de consultas e reflexões conduzidas por diversas partes interessadas, tanto no seio da Comunidade como a nível externo.

Por fim, o Presidente da Comissão da CEDEAO exortou os parlamentares a iniciarem um debate sobre os desafios e riscos associados à Inteligência Artificial, advertindo que os seus impactos negativos, caso não sejam devidamente controlados, poderão comprometer o futuro da juventude dos Estados-Membros.

A presente Sessão Parlamentar, iniciada no dia 20 de Maio de 2025 em Abuja, prolongar-se-á até ao dia 31 de Maio de 2025.