domingo, 10 de agosto de 2025
Decreto Presidencial nomeação do novo Governo, tomada de Posse está agendada 📆 para amanhã às 16h00.
sábado, 9 de agosto de 2025
Zelensky recusa ceder território e critica encontro entre Trump e Putin... O presidente da Ucrânia reagiu ao anúncio de uma reunião entre o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima sexta-feira, apontando que quaisquer soluções que não incluam Kyiv serão soluções "contra a paz".
Por LUSA
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou, este sábado, que a Ucrânia "não cederá o seu território ao ocupante" apontou que quaisquer soluções que não incluam Kyiv serão soluções "contra a paz", naquela que é a sua primeira reação ao anúncio de uma reunião entre o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima sexta-feira.
Numa declaração divulgada nas redes sociais e no site oficial da presidência ucraniana, Zelensky apontou que a Ucrânia não "recompensará a Rússia" por algo que perpetrou e que decisões tomadas sem Kyiv "não vão levar a nada".
"O presidente Trump anunciou os preparativos para a sua reunião com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que assola a nossa terra, contra o nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode ser terminada sem nós, sem a Ucrânia", começou por dizer o chefe de estado ucraniano.
"Muitos no mundo tomaram partido da Ucrânia durante a guerra. Mesmo aqueles que estão do lado da Rússia sabem que a Rússia está a fazer o mal. É claro que não vamos recompensar a Rússia pelo que fez", acrescentou.
Zelensky frisou que o "povo ucraniano merece paz" e que a Rússia "tem de acabar" com a guerra, mas não com cedências de território por parte de Kyiv.
"A resposta à questão territorial ucraniana já está na Constituição da Ucrânia. Ninguém se desviará disso – e ninguém será capaz de o fazer. Os ucranianos não vão oferecer a sua terra ao ocupante", esclareceu.
"A Ucrânia está pronta para decisões reais que possam trazer a paz. Quaisquer decisões que sejam contra nós, quaisquer decisões que sejam sem a Ucrânia, são ao mesmo tempo decisões contra a paz. Não vão conseguir nada. São decisões natimortas. São decisões impraticáveis. E todos nós precisamos de uma paz real e genuína. Uma paz que as pessoas respeitem", sublinhou.
Desta forma, diz que a Ucrânia está pronta "para trabalhar em conjunto com o presidente Trump", com os seus parceiros, "por uma paz real e, mais importante ainda, duradoura". "Uma paz que não entrará em colapso por causa dos desejos de Moscovo", completou.
Recorde-se que o presidente dos Estados Unidos anunciou ontem que vai reunir-se com Vladimir Putin daqui a uma semana, no dia 15 de agosto, no estado norte-americano do Alasca.
"O tão aguardado encontro entre mim e o presidente Vladimir Putin vai acontecer na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca. Mais detalhes em breve. Obrigada pela atenção nesta matéria", afirmou Donald Trump numa publicação na sua rede social, a 'Truth Social'.
Caso se venha a confirmar, esta será a primeira cimeira Estados Unidos-Rússia desde 2021, quando o ex-presidente Joe Biden se encontrou com Putin em Genebra, Suíça.
Note-se que, pouco antes, Trump tinha sugerido também que um acordo de paz para a Ucrânia poderá vir a incluir "trocas de território" entre Moscovo e Kyiv, que "beneficiariam ambos" os beligerantes, embora reconhecendo que tais negociações são "complicadas".
Trump diz que vai encontrar-se com Putin na próxima sexta-feira no Alasca... O presidente dos Estados Unidos avançou a informação na sua rede social, a 'Truth Social', dizendo que "o tão aguardado encontro" vai acontecer na "sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca".
Por LUSA
O presidente dos Estados Unidos anunciou, esta sexta-feira, que vai reunir-se com o presidente russo, Vladimir Putin, daqui a uma semana, no dia 15 de agosto, no estado norte-americano do Alasca.
"O tão aguardado encontro entre mim e o presidente Vladimir Putin vai acontecer na próxima sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no grande estado do Alasca. Mais detalhes em breve. Obrigada pela atenção nesta matéria", afirmou Donald Trump numa publicação na sua rede social, a 'Truth Social'.
A confirmar-se o encontro, esta será a primeira cimeira Estados Unidos-Rússia desde 2021, quando o ex-presidente Joe Biden se encontrou com o homólogo russo em Genebra, Suíça.
Horas antes deste anúncio, Donald Trump tinha sugerido que um acordo de paz para a Ucrânia poderá incluir "trocas de território" entre Moscovo e Kyiv, que "beneficiariam ambos" os beligerantes, reconhecendo que essas negociações são "complicadas".
"O presidente Putin, acredito, quer ver a paz, e Zelensky querem ver a paz", e um acordo para acabar com a guerra provavelmente significaria "alguma troca de territórios", afirmou Trump na Casa Branca, sem dar pormenores.
"Estamos a falar de território disputado há três anos e meio, com a morte de muitos russos e ucranianos", continuou. "É complicado. Haverá trocas de território que beneficiarão ambos", adiantou Trump.
A Rússia tem vindo a exigir que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014, e que renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e a qualquer adesão à NATO.
Estas exigências têm sido recusadas por Kyiv, que pretende a retirada das tropas russas do seu território e garantias de segurança ocidentais, incluindo a continuidade do fornecimento de armas e o envio de um contingente europeu, a que a Rússia se opõe.
O anúncio acontece também depois de, na passada quarta-feira, o presidente norte-americano ter dito aos líderes europeus que queria reunir-se pessoalmente com Putin já na semana seguinte, para depois realizar uma reunião a três com Zelensky, em que teria o papel de mediador. No dia a seguir, afinal anunciou que aceitaria reunir-se com Putin mesmo que este não se encontrasse com Zelensky.
O Kremlin tem excluído um encontro entre Putin e Zelensky, porque defende que faz sentido apenas no final do processo negocial, quando houver acordo em relação aos termos para a paz na Ucrânia.
A última ronda de negociações diretas entre os dois beligerantes em Istambul, em julho, resultou apenas numa nova troca de prisioneiros e de restos mortais de soldados.
Leia Também: Trump sugere "trocas de território" em acordo de paz entre Kyiv e Moscovo
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, CONDECOROU RUI DUARTE BARROS, EX-PRIMEIRO-MINISTRO, COM A MEDALHA “ORDEM NACIONAL DAS COLINAS DO BOÉ”.
Presidência da República da Guiné-Bissau
O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, agraciou o ex-Primeiro-Ministro, Rui Duarte Barros, com a Medalha “Ordem Nacional das Colinas do Boé” — alta distinção instituída pela Lei n.º 2/1980, de 17 de maio — em reconhecimento pelo desempenho meritório das funções de Chefe de Governo.
No Decreto Presidencial n.º 28/2025, o Presidente da República justifica a condecoração pela forma como Rui Duarte Barros desempenhou as elevadas funções de Primeiro-Ministro, destacando a dedicação demonstrada no cumprimento da missão que lhe foi confiada e que muito contribuiu para o bom desempenho do Governo.
A Medalha Ordem Nacional das Colinas do Boé é a segunda maior distinção do Estado guineense, e Rui Duarte Barros é o primeiro ex-Chefe de Governo a receber tal reconhecimento.

Aceitar assumir a liderança do Governo num momento tão exigente para a nossa nação é um ato de elevado patriotismo e de profundo sentido de responsabilidade política.
Por Dito Max
Braima Camará construiu a sua trajetória pública com base na defesa de grandes consensos nacionais e na busca incansável pela união entre os guineenses. Ao longo dos anos, demonstrou ser um homem de diálogo, capaz de ouvir e integrar diferentes perspetivas, sempre com o objetivo de promover a paz, a estabilidade e o desenvolvimento do nosso país.
Tenho a convicção de que continuará, com a mesma determinação e coragem que sempre o caracterizaram, a abrir caminhos para um entendimento nacional sólido, através de um diálogo aberto, construtivo e inclusivo — elemento essencial para que as próximas eleições gerais sejam livres, justas e transparentes.
Pela experiência política acumulada, pelas qualidades humanas que cultivou e pelo compromisso inabalável com a Guiné-Bissau, não tenho dúvidas de que estará à altura dos desafios que se avizinham.
Além de líder político, Braima Camará é para mim uma referência pessoal e um amigo cuja integridade, visão e capacidade de liderança sempre admirei. É um privilégio testemunhar este novo capítulo da sua vida ao serviço da nação.
Boa sorte, Senhor Primeiro-Ministro e Coordenador Nacional. Que Deus o ilumine e o fortaleça nesta nobre missão.

Marcelo veta Lei dos Estrangeiros e devolve diploma ao Parlamento... O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou, esta sexta-feira, a Lei dos Estrangeiros, devolvendo assim o diploma à Assembleia da República.
Por LUSA 08/08/2025
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou, esta sexta-feira, "alterações à Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional", após o Tribunal Constitucional ter anunciado a inconstitucionalidade de cinco normas.
Na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional de hoje, que considerou inconstitucionais cinco disposições do diploma que submetera a fiscalização preventiva da constitucionalidade, o Presidente da República vai devolver à Assembleia da República, sem promulgação, nos termos do n.º 1 do artigo 279.º da Constituição, o Decreto da Assembleia da República que altera a Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional", informou numa nota publicada na página da Presidência da República.
De recordar que, durante a tarde desta sexta-feira, o Tribunal Constitucional anunciou a inconstitucionalidade de cinco normas que compõem a Lei dos Estrangeiros.
Note-se que a decisão do TC surge na sequência de um pedido do Presidente da República de fiscalização preventiva da constitucionalidade de sete normas deste decreto em 24 de julho.

Declarações do novo Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Braima Camará, após a sua tomada de posse.

Declarações do Ex Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau,, após a sua tomada de posse.

TOMADA DE POSSE DO NOVO PRIMEIRO-MINISTRO INDICADO, BRAIMA CAMARÁ.

Guiné-Bissau: Sissoco Embaló declara-se candidato independente às presidenciais de Novembro
Por: RFI 08/08/2025
O actual Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, declarou esta sexta-feira, 08 de Agosto, ser candidato independente às eleições presidenciais de 23 de Novembro. O anúncio foi feito na cerimónia de posse do novo primeiro-ministro guineense, Braima Camará.
Umaro Sissoco Embaló confirmou esta tarde a candidatura à sua sucessão. O Presidente cessante fala numa candidatura independente, embora aberta a “todo o partido que pretender apoiar”.
Diz Sissoco Embaló que enquanto candidato independente, “não serei refém de ninguém, mas sim Presidente da República. Mas, todos os partidos políticos, associações que me querem apoiar são bem-vindos”.
O momento do agora candidato independente vai chamar-se “No Ndianta” .
O anúncio foi feito na cerimónia de tomada de posse do novo primeiro-ministro guineense, Braima Camará, antigo presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Serviços e Agricultura da Guiné-Bissau. Na cerimónia, o novo chefe do executivo afirmou o seu compromisso na realização das eleições gerais de Novembro.

Braima Camará vai tomar posse como Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau na manhã desta sexta-feira, 8 de agosto, às 11h00, no Palácio da República, em Bissau.
Por RTB 08/08/2025
A cerimónia contará com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e de alguns dirigentes políticos e institucionais.
Braima Camará substitui Rui Duarte de Barros, que exercia funções de Primeiro-Ministro desde 20 de dezembro de 2023.
A mudança à frente do executivo acontece a menos de quatro meses das eleições gerais, marcando uma nova etapa no cenário político nacional.
Braima Camará, de 57 anos, é natural de Geba, na região de Bafatá, leste da Guiné-Bissau. Iniciou a sua carreira no comércio e fundou a Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau (CCIAS), que presidiu durante vários anos. Liderou também a Rede Centro Atlântico de Arbitragem, organização voltada para a resolução de conflitos entre empresários dos Açores, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Madeira, Mauritânia e Senegal.
A sua trajetória política começou no PAIGC, partido no qual militou de 1986 a 2016. Mais tarde, foi um dos fundadores do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), onde desempenhou funções de coordenador nacional.
Foi deputado da Nação em várias legislaturas, eleito tanto pelo PAIGC como pelo MADEM-G15. Exerceu cargos de conselheiro especial para assuntos económicos e investimento privado junto de diferentes chefes de Estado, incluindo João Bernardo Vieira, Malam Bacai Sanhá e José Mário Vaz.
Braima Camará foi ainda presidente do Sport Bissau e Benfica e mantém uma presença ativa no cenário político e económico do país.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025
A nomeação de Braima Camará como Primeiro-Ministro pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, em meio ao atual contexto político do país, demonstra claramente uma visão estratégica orientada para a estabilidade e coesão nacional.
Por Alexandro Djalo
Decisão estratégica do Presidente Umaro Sissoco Embaló fortalece a unidade nacional
A nomeação de Braima Camará como Primeiro-Ministro pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, em meio ao atual contexto político do país, demonstra claramente uma visão estratégica orientada para a estabilidade e coesão nacional.
Num momento em que a Guiné-Bissau atravessa desafios complexos no cenário político e social, esta decisão revela um compromisso com o diálogo, o equilíbrio institucional e a busca de consensos que possam consolidar a paz e o progresso.
Ao escolher uma figura com experiência política reconhecida e com capacidade de articulação, o Presidente reafirma o seu papel como garante da unidade e do funcionamento harmonioso das instituições democráticas. Trata-se de um gesto que vai além da simples escolha administrativa — é uma mensagem clara de que o futuro da Guiné-Bissau se constrói com inclusão, responsabilidade e visão de Estado.
A decisão do Chefe de Estado merece ser vista como um passo significativo no caminho da reconciliação nacional e da governabilidade duradoura.
Viva Guinée-Bissau.

ÚLTIMA HORA: Braima Camará é o novo Primeiro-Ministro da República da Guiné-Bissau.

domingo, 3 de agosto de 2025
GUINÉ-BISSAU ASSINALA SESSENTA E SEIS ANOS DE MASSACRE DE PINDJIGUITI
Por: Gabinete de Comunicação
Os trabalhadores guineenses homenagearam os Mártires de Pindjiguiti este domingo, [03.08], no Monumento a frente do Porto de Pindjiguiti, com a deposição de coroas de flores.
Os servidos públicos e privados saíram da sede da UNTG fizeram uma marcha pacífica com itinerário ao Benfica, praço dos Heróis Nacionais até praça de Pindjiguiti.
Uma cerimónia organizada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, UNTG e presidida pela Directora-geral do Trabalho, em representação da Ministra da Administração Pública, Reforma Administrativa, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social.
Na ocasião, Assucenia de Barros apelou a unidade no seio dos trabalhadores guineenses como acontecia há 66 anos com, os que foram matizados pela força colonial portuguesa.
Esta responsável reafirma o engajamento do Governo em continuar levar em consideração assuntos dos trabalhadores no Conselho de Concertação Social que junta Governo, empregadores e trabalhadores.
Por sua vez, o Secretário-geral da UNTG volta a lamentar a situação dos trabalhadores guineenses e pediu o aumento salarial em 2026, tendo em conta o nível de vidas dos servidores públicos.
Para além da Diretora-geral do Trabalho e Secretário-geral da UNTG estiveram presentes nesta homenagem aos trabalhadores que foram barbaramente massacrados pela força colonial portuguesa em 1959, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuária, Igualdino Afonso Té, um representante da ANP e vários trabalhadores de diferentes serviços estatais e privados.
Um lembrete para pensar mais profundamente antes de reagir...
🐜 Se você colocar 100 formigas vermelhas e 100 formigas pretas em uma jarra, nada acontecerá. Mas agite o frasco violentamente – e eles começarão a matar uns aos outros.
As formigas vermelhas pensam que as pretas são as inimigas. As formigas pretas pensam que as formigas vermelhas são as inimigas. Mas o verdadeiro inimigo é aquele que sacudiu a jarra.
O mesmo se aplica à sociedade.
Muitas vezes brigamos, discutimos, dividimos – cegos por cores, opiniões ou crenças. Mas antes de nos voltarmos uns contra os outros, deveríamos perguntar: Quem está sacudindo a jarra? 🧠
Um lembrete para pensar mais profundamente antes de reagir. – Inspirado por Kurt Vonnegut
"Imagens dos reféns são aterradoras e demonstram a barbárie do Hamas"... A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, exigiu hoje a libertação imediata dos reféns israelitas exibidos em vídeos publicados pelos grupos islamitas Hamas e Jihad Islâmica, considerando as imagens "aterradoras".
Por LUSA
"As imagens dos reféns israelitas são aterradoras e demonstram a barbárie do Hamas. Todos os reféns devem ser libertados imediata e incondicionalmente", escreveu Kallas nas redes sociais.
A publicação, na quinta e sexta-feira, de vídeos que mostram dois reféns emagrecidos gerou comoção em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de se chegar a um acordo o mais rapidamente possível para a sua libertação.
Nestas imagens de propaganda, os dois reféns pareciam muito fracos e magros, numa cena concebida para traçar paralelos com a atual situação humanitária em Gaza.
"O Hamas tem de depor as armas e pôr fim ao seu domínio sobre Gaza", declarou Kaja Kallas.
"Ao mesmo tempo, a ajuda humanitária em grande escala tem de ser autorizada e tem de chegar aos necessitados", defendeu.
Os dois reféns exibidos, Evyatar David e Rom Braslavski, têm 24 anos e foram raptados quando estavam num festival de música, durante o ataque do Hamas, a 07 de outubro de 2023, que deu início à guerra.
No vídeo de Evyatar David, apresentado com a frase "Eles comem o que nós comemos", aparecem imagens de crianças subnutridas em Gaza, alternadas com as de David, que se encontra fechado no que aparenta ser um túnel, e do primeiro-ministro de Israel.
Benjamin Netanyahu reagiu no sábado, expressando "profunda consternação com as gravações divulgadas pela organização terrorista Hamas" e disse às famílias que os esforços para trazer de volta todos os nossos reféns continuam e continuarão "sem descanso", como referiu o seu gabinete, em comunicado.
Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se no sábado à noite em Telavive em apoio às famílias e para exigir a libertação dos reféns.
Segundo o mesmo comunicado, Netanyahu "teve uma longa conversa" com as "famílias dos reféns Rom Breslevski e Evyatar David", ambos exibidos nos últimos vídeos.
"A crueldade do Hamas não tem limites", comentou ainda Netanyahu, acrescentando que "enquanto o Estado de Israel permite a entrada de ajuda humanitária para os habitantes de Gaza, os militantes do Hamas estão deliberadamente a matar os (...) reféns à fome e a filmá-los de forma cínica e odiosa".
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por ataques ao território israelita, levados a cabo por vários grupos liderados pelo Hamas em outubro de 2023. Esses ataques causaram, segundo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 mortos, tendo também sido feitos cerca de 250 reféns.
Em retaliação, Israel prometeu extinguir o Hamas e tem bombardeado e atacado por terra a Faixa de Gaza desde então, provocando, até agora, mais de 60.300 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo Hamas, mas considerados fiáveis pela ONU.
Além disso, bloqueou a entrada no enclave de bens essenciais como alimentos, água, medicamentos e combustível e forçou a deslocação de centenas de milhares de pessoas.
sábado, 2 de agosto de 2025
Rabo de Peixe pôs Marcelo a conduzir um barco de pesca e a beber 'minis'... A vila piscatória de Rabo de Peixe recebeu o Presidente da República pondo-o a conduzir um barco de pesca pelo Atlântico e a beber 'minis' nos balcões e mesas dos cafés da vila, onde até deu para discutir o futebol nacional.
Por LUSA
O Presidente da República começou a tarde do penúltimo dia da visita aos Açores na vila piscatória de Rabo de Peixe, em São Miguel - depois de uma breve ida à Igreja do Bom Jesus - pondo-se nos pés de uma fatia importante da população da zona: os pescadores.
A bordo de um barco de pesca, assumiu rapidamente o controlo da embarcação e conduziu a comitiva por uma curta viagem pelo oceano que banha a ilha açoriana.
Depois de se pôr nos pés de quem lá vive, pôs-se nos seus braços, passando pelas ruas da vila, abraçando e distribuindo beijos por quase todos por quem passava. A reação era de espanto pela presença do chefe de Estado, mas houve mesmo quem fosse ao extremo de venerar Marcelo, com um dos locais que o abordou que, de tanto espanto, fez várias vénias e a beijar a mão ao chefe de Estado.
E foi nas ruas de Rabo de Peixe que Marcelo encontrou a primeira de duas paragens em cafés da vila. No 'snack-bar' Cais do Porto, ao balcão, o Presidente sentou-se com vários jovens rabo-peixenses, onde a conversa durou vários minutos e passou por diversos assuntos, com especial foco no futebol.
O braguista Marcelo Rebelo de Sousa foi trocando argumentos com jovens aficionados de outros clubes grandes do panorama futebolístico português, para depois se interessar por um jovem futebolista de um clube da região, que participava na conversa para enaltecer os feitos da sua ainda curta carreira.
A acompanhar, a pintar o balcão do café, dezenas de cervejas ('minis') de uma famosa marca nacional, que, a pedido do Presidente, foram substituídas por garrafas de uma cerveja são-miguelense.
A presença, que surpreendeu ao início, normalizou-se com o desenrolar da conversa, mas viria ouvir-se da boca de um cliente recém-chegado uma frase exemplificadora da surpresa de ver Marcelo por aqueles lados: "O Presidente deve ser meio maluco para vir aqui", disse o local.
Para não só o Cais do Porto ter direito à visita da mais alta figura do Estado, Marcelo ainda se sentou à mesa do 'snack-bar' O Telmo com José Manuel Bolieiro e o presidente da Junta de Rabo de Peixe para distribuir mais cumprimentos entre os que entravam.
No fim, ainda houve espaço para uma lembrança física da tarde agitada passada na vila piscatória: um cachecol do Clube Desportivo de Rabo de Peixe, que Marcelo levaria ao pescoço para a viatura oficial.
A visita encerrou a tarde em São Miguel, no terceiro dia da viagem do Presidente da República aos Açores, que passou, de manhã, também na ilha Graciosa. Este domingo, está agendada uma ida a Santa Maria e a São Jorge, para fechar a visita ao arquipélago.
Perdão a 'Diddy'? "Mais difícil" devido a comentários passados, diz Trump... Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, considerou Sean 'Diddy' Combs "meio inocente". No entanto, o republicano afirmou que conceder o perdão ao rapper será "mais difícil" após alguns comentários feitos no passado.
Por LUSA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse considerar Sean 'Diddy' Combs "meio inocente", apesar de o músico ter sido condenado pelo tribunal em julho. No entanto, Trump afirmou que conceder perdão ao músico será "mais difícil" após o rapper ter tecido alguns comentários sobre o republicano.
"Ele era meio inocente, acho", disse Donald Trump numa entrevista em que falou de 'Diddy', na sexta-feira, citada pelo The Guardian.
Acrescentou que "ele ['Diddy'] comemorou uma vitória, mas acho que não foi assim tão bom", referindo-se à celebração de Combs após ouvir o veredicto final do júri em tribunal, onde foi absolvido dos crimes mais graves dos quais estava acusado, nomeadamente, tráfico sexual e organização criminosa.
De acordo com o jornal britânico, vários meios de comunicação têm dito que o presidente norte-americano está a ponderar conceder um perdão a 'Diddy' Combs, com quem manteve uma amizade.
Sean 'Diddy' Combs terá tornado as coisas mais difíceis para um possível perdão, uma vez que em 2017, numa entrevista ao Daily Beats, afirmou que "não se importava com Trump" e, mais tarde, em 2020, após Trump perder as eleições para Joe Biden disse, numa outra entrevista, que "homens brancos como o Trump precisavam de ser banidos".
"A prioridade número um é tirar Trump do cargo", disse, na altura.
"Quando me candidatei, ele ['Diddy'] era muito hostil," salientou Donald Trump, notando que é uma decisão "difícil" e não sabe se irá conceder o perdão, tendo em conta as declarações feitas pelo rapper.
'Diddy' absolvido dos crimes mais graves
Recorde-se que Sean 'Diddy' Combs não disfarçou a alegria que sentiu após ouvir o veredicto do júri em tribunal, no dia 2 de julho. Embora tenha sido condenado por dois crimes relacionados com transporte de pessoas para a prostituição - pelos quais poderá ser condenado a 10 anos de prisão (pena máxima), o rapper, de 55 anos, foi absolvido dos crimes mais graves dos quais estava acusado, nomeadamente, tráfico sexual e organização criminosa.
Depois de ouvir o veredicto, conforme avançou a agência noticiosa Associated Press, Combs olhou para o grupo de jurados e bateu palmas.
Antes de sair da sala de audiências, o artista ajoelhou-se ainda perante a cadeira em que estava sentado e baixou a cabeça, como se estivesse a rezar.
'Diddy' viu ainda o seu pedido de fiança negado pelo juiz Arun Subramanian. Desta forma, o rapper terá de continuar preso enquanto aguarda a conclusão do seu julgamento.
Na visão do juiz, como antes do julgamento não era obrigatório aceitar o pedido de fiança de Sean 'Diddy' Combs (o qual foi negado, pelo menos, duas vezes) agora, também não "vê razões para concluir o contrário", ou seja, deixar que o artista saia da prisão após o pagamento de uma determinada quantia de dinheiro.
Estranhos sinais detetados no gelo da Antártida parecem desafiar as leis da física
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A experiência Antarctic Impulsive Transient Antenna, ou ANITA, da NASA, sobrevoou extensões de gelo antártico através de um balão. Stephanie Wissel/Penn State |
Os cientistas estão a tentar resolver um mistério que dura há uma década - a identidade de sinais anómalos detetados por baixo do gelo na Antártida.
As estranhas ondas de rádio surgiram durante a investigação de outro fenómeno invulgar: partículas cósmicas de alta energia conhecidas como neutrinos. Chegando à Terra vindos dos confins do cosmos, os neutrinos são muitas vezes chamados “fantasmagóricos” porque são extremamente voláteis, ou vaporosos, e podem atravessar qualquer tipo de matéria sem se alterarem.
Ao longo da última década, os investigadores realizaram várias experiências utilizando vastas extensões de água e gelo, concebidas para procurar neutrinos, que poderiam lançar luz sobre os misteriosos raios cósmicos, as partículas mais altamente energéticas do universo. Um desses projetos foi a Antarctic Impulsive Transient Antenna, ou ANITA, uma superantena da NASA, que sobrevoou a Antártida entre 2006 e 2016.
Foi durante essa busca que a ANITA captou ondas de rádio anómalas que não pareciam ser neutrinos.
Os sinais vinham de baixo do horizonte, sugerindo que tinham passado por milhares de quilómetros de rocha antes de chegarem ao detetor. Mas as ondas de rádio deveriam ter sido absorvidas pela rocha. A equipa do ANITA considerou que estes sinais anómalos não podiam ser explicados pelo conhecimento atual da física das partículas.
Observações e análises posteriores com outros instrumentos, incluindo uma recentemente efetuada pelo Observatório Pierre Auger na Argentina, não conseguiram encontrar os mesmos sinais. Os resultados da Pierre Auger Collaboration, que reúne mais de 500 cientistas de vários países, foram publicados na revista Physical Review Letters em março.
A origem dos sinais anómalos ainda não é clara, diz a coautora do estudo Stephanie Wissel, professora associada de física, astronomia e astrofísica na Universidade Estatal da Pensilvânia, Estados Unidos.
“O nosso novo estudo indica que tais sinais não foram observados por uma experiência como o Observatório Pierre Auger”, aponta Wissel. “Por isso, não indica que haja nova física, mas sim mais informação para acrescentar à história.”
Detetores maiores e mais sensíveis podem ser capazes de resolver o mistério ou, em última análise, provar se os sinais anómalos foram um acaso, enquanto se continua a procurar os enigmáticos neutrinos e as suas fontes, dizem os cientistas.
A procura de neutrinos
A deteção de neutrinos na Terra permite aos investigadores rastreá-los até às suas fontes, que os cientistas acreditam serem principalmente os raios cósmicos que atingem a atmosfera do nosso planeta.
Os raios cósmicos, as partículas mais energéticas do Universo, são constituídos principalmente por protões ou núcleos atómicos e são libertados por todo o Universo porque o que os produz é um acelerador de partículas tão potente que ultrapassa as capacidades do Grande Acelerador de Hadrões. Os neutrinos podem ajudar os astrónomos a compreender melhor os raios cósmicos e o que os lança no cosmos.
Mas os neutrinos são difíceis de encontrar porque quase não têm massa e podem atravessar inalterados os ambientes mais extremos, como estrelas e galáxias inteiras. No entanto, interagem com a água e o gelo.
A ANITA foi concebida para procurar os neutrinos mais energéticos do Universo, a energias mais elevadas do que as que já foram detetadas, esclarece Justin Vandenbroucke, professor associado de física na Universidade de Wisconsin-Madison, EUA. As suas antenas de rádio procuram um pulso curto de ondas de rádio produzido quando um neutrino colide com um átomo no gelo da Antártida, levando a uma chuva de partículas de baixa energia.
Durante os seus voos, a ANITA encontrou fontes de partículas de alta energia provenientes do gelo, uma espécie de chuva de raios cósmicos ao contrário. O detetor também é sensível aos raios cósmicos de energia ultra-alta que caem sobre a Terra e criam uma explosão de rádio que atua como um feixe de ondas de rádio.
Quando a ANITA observa um raio cósmico, o feixe da lanterna é na realidade uma explosão de ondas de rádio com a duração de um nanossegundo, que pode ser mapeada como uma onda para mostrar como se reflete no gelo.
Uma anomalia nos dados
Por duas vezes, nos seus dados dos voos ANITA, a equipa original da experiência detetou sinais que surgiam através do gelo num ângulo muito mais acentuado do que o previsto por qualquer modelo, tornando impossível rastrear os sinais até às suas fontes originais.
“As ondas de rádio que detetámos há quase uma década estavam em ângulos muito acentuados, cerca de 30 graus abaixo da superfície do gelo”, indica Wissel.
Os neutrinos podem viajar através de muita matéria, mas não através da Terra, acrescenta Vandenbroucke.
“Espera-se que cheguem de um ponto ligeiramente abaixo do horizonte, onde não há muita Terra para serem absorvidos”, explica. "Os eventos anómalos da ANITA são intrigantes porque parecem vir de muito abaixo do horizonte, pelo que os neutrinos teriam de viajar através de grande parte da Terra. Isto não é possível de acordo com o Modelo Padrão da física de partículas."
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Os instrumentos da ANITA foram concebidos para detetar ondas de rádio provenientes de raios cósmicos que atingem a atmosfera. Stephanie Wissel/Penn State |
A equipa também utilizou o seu observatório para tentar encontrar os mesmos sinais. O Observatório Auger é um detetor híbrido que utiliza dois métodos para encontrar e estudar os raios cósmicos. Um método baseia-se na deteção de partículas de alta energia à medida que interagem com a água em tanques na superfície da Terra, e o outro método segue as potenciais interações com a luz ultravioleta no alto da atmosfera do nosso planeta.
“O Observatório Auger utiliza uma técnica muito diferente para observar chuvas de raios cósmicos de energia ultra-alta, usando o brilho secundário das partículas carregadas à medida que atravessam a atmosfera para determinar a direção do raio cósmico que o iniciou”, observa Peter Gorham, professor de física na Universidade do Havai em Mānoa, EUA. “Utilizando simulações em computador do que seria uma chuva de partículas se se tivesse comportado como os eventos anómalos da ANITA, podem gerar uma espécie de modelo para eventos semelhantes e depois procurar nos seus dados se aparece alguma coisa parecida.”
Gorham, que não esteve envolvido na nova investigação, projetou a ANITA e conduziu outras investigações para compreender melhor os sinais anómalos.
Embora o Observatório Auger tenha sido concebido para medir as chuvas de partículas descendentes produzidas na atmosfera por raios cósmicos de energia ultra-alta, a equipa reformulou a sua análise de dados para procurar chuvas ascendentes, adianta Vandenbroucke, que não trabalhou no novo estudo, mas fez a sua revisão antes da publicação.
O Auger tem uma enorme área de recolha para tais eventos, maior do que a ANITA”, diz. “Se os eventos anómalos da ANITA são produzidos por qualquer partícula que viaja através da Terra e depois produz chuvas ascendentes, então o Auger deveria ter detetado muitas delas, e não detetou.”
Um estudo de acompanhamento separado, utilizando a experiência IceCube, que tem sensores embutidos nas profundezas do gelo antártico, também procurou os sinais anómalos.
“Como o IceCube é muito sensível, se os eventos anómalos da ANITA fossem neutrinos, então tê-los-íamos detetado”, garante Vandenbroucke, que liderou o grupo de trabalho IceCube Neutrino Sources entre 2019 e 2022.
“É um problema interessante porque ainda não temos uma explicação para o que são essas anomalias, mas o que sabemos é que muito provavelmente não representam neutrinos”, afirma Wissel.
Curiosamente, um tipo diferente de neutrino, chamado neutrino tau, é uma hipótese que alguns cientistas colocaram como causa dos sinais anómalos.
Os neutrinos tau podem regenerar-se. Quando decaem a altas energias, produzem outro neutrino tau, bem como uma partícula chamada leptão tau - semelhante a um eletrão, mas muito mais pesado.
Mas o que torna o cenário do neutrino tau muito improvável é a inclinação do ângulo ligado ao sinal, aponta Wissel.
“Espera-se que todos estes neutrinos tau estejam muito, muito perto do horizonte, talvez um a cinco graus abaixo do horizonte. Estes estão 30 graus abaixo do horizonte. Há demasiado material. Na verdade, perderiam bastante energia e não seriam detetáveis."
O futuro da deteção
No fim de contas, Gorham e os outros cientistas não fazem ideia de qual é a origem dos eventos anómalos da ANITA. Até agora, nenhuma interpretação corresponde aos sinais, o que faz com que os cientistas continuem a tentar resolver o mistério. No entanto, a resposta pode estar à vista.
Wissel está também a trabalhar num novo detetor, o Payload for Ultra-High Energy Observations ou PUEO, que irá sobrevoar a Antártida durante um mês, a partir de dezembro. Maior e dez vezes mais sensível do que a ANITA, o PUEO poderá revelar mais informações sobre o que está a causar os sinais anómalos detetados pela ANITA, acredita Wissel.
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A ANITA voou quatro vezes entre 2006 e 2016. Stephanie Wissel/Penn State |
Gorham diz que o PUEO, um acrónimo que faz referência ao mocho havaiano, deverá ter a sensibilidade necessária para captar muitos sinais anómalos e ajudar os cientistas a encontrar uma resposta.
“Por vezes, é preciso voltar à prancheta e descobrir o que são estas coisas”, considera Wissel. “O cenário mais provável é que se trate de alguma física mundana que possa ser explicada, mas estamos a bater a todas as portas para tentar descobrir o que são.”
Braima Camará regressou este sábado à Bissau e, afirmou que a sua presença após três meses de ausência do país, visa responder o chamamento do Presidente da República para diálogo político inclusivo sobre a situação política do país.
Rádio africana suspensa por "comentário malicioso" contra autoridades... A Rádio Ómega, uma das mais ouvidas no Burkina Faso, um país na África Ocidental, foi hoje suspensa por três meses por ter descrito num artigo as autoridades militares que emergiram de um golpe de Estado como "uma junta".
Por LUSA
"A licença de emissão da Rádio Ómega (...) está suspensa por um período de três meses. Durante esse período, a Rádio Ómega está proibida de transmitir programas nas suas ondas e de publicar nos seus meios de comunicação, incluindo no seu portal de internet e redes digitais", anunciou hoje o Conselho Superior de Comunicação (CSC).
A autoridade reguladora dos 'media' do Burkina Faso afirmou ter "observado, a 30 de julho, violações" numa reportagem publicada na página de Facebook da rádio, contendo "comentários maliciosos e descorteses contra as autoridades burquinenses".
O artigo em causa referia uma manifestação em Uagadugu, a capital, para homenagear um influenciador burquinense (que morreu detido em Abidjan, uma cidade na Costa do Marfim). No artigo, a rádio escreveu que "a Costa do Marfim é regularmente acusada pela junta burquinense de abrigar opositores e fomentar conspirações".
"A expressão 'junta burquinense', além de ser inadequada para se referir às autoridades burquinenses, é pejorativa e insultuosa por natureza, sugerindo desprezo pelas mesmas", argumentou o CSC, considerando que a expressão "ofende gravemente as autoridades" do país.
Na quarta-feira, a rádio, subsidiária do grupo Ómega e propriedade do jornalista e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Alpha Barry, pediu desculpa aos leitores, removendo as alegadas "expressões inapropriadas".
O CSC, que continua a exigir um "pedido de desculpas público", afirmou que "a Rádio Ómega demonstra a sua persistente falta de rigor no tratamento da informação, apesar de uma notificação formal [anterior]".
Rádio já tinha sido suspensa em 2023
Em agosto de 2023, a rádio foi suspensa durante um mês após a transmissão de uma entrevista "repleta de comentários insultuosos contra as novas autoridades nigerinas" ao porta-voz de um movimento que procurava a reintegração do Presidente Mohamed Bazoum, deposto por um golpe.
Desde que Ibrahim Traoré assumiu o poder, em setembro de 2022, na sequência de um golpe de Estado que derrubou o então Presidente, Paul-Henri Sandaogo Damiba, vários órgãos de comunicação social foram suspensos no Burkina Faso, incluindo os franceses LCI, RFI e France 24.
Os correspondentes dos jornais franceses Libération e Le Monde foram expulsos, enquanto alguns jornalistas locais foram forçados ao exílio e outros foram recrutados à força para combater grupos extremistas islâmicos que têm atacado o país nos últimos 10 anos.
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
PR Umaro Sissoco Embaló recebe cumprimentos da Direção da Liga dos Clubes de Futebol da Guiné-Bissau.

O Presidente da República, recebe Sport Bissau e Benfica, campeão nacional da época esportiva 24/25.
É a vez do Sport Bissau e Benfica, que se sagrou bi-campeão nacional da Primeira Liga Guineense de Futebol, apresentar o troféu ao Presidente da República.
Dirigentes e a equipa técnica acompanharam os jogadores neste acto de manifestação desportiva e de gratidão ao Chefe de Estado pelos apoios que tem dado para a promoção e desenvolvimento do desporto no país.
O Presidente do Sport Bissau e Benfica procedeu ao gesto simbólico de entrega do troféu de campeão da época desportiva ao Chefe de Estado, sendo também entregue ao General Umaro Sissoco Embaló o cartão de sócio honorário vitalício do Benfica de Bissau.
Manuel Pedro Vieira, presidente da equipa campeã nacional, agradeceu ao Presidente da República por este gesto de receber a equipa do Benfica e realçou a importância dos apoios do Chefe de Estado à prática desportiva e aos clubes que têm passado por dificuldades.
O sócio honorário e vitalício do Sport Bissau e Benfica deu os parabéns à equipa campeã nacional da Primeira Liga e prometeu, através da sua magistratura de influência, continuar a apoiar as organizações desportivas do país.
A imprensa registou a foto de família na escadaria do Palácio Rosa, da equipa do Benfica com o seu sócio honorário e vitalício, General Umaro Sissoco Embaló.
