sábado, 28 de outubro de 2023

Gaza é "campo de batalha" e residentes devem "partir", diz Israel

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POR LUSA   28/10/23 

O exército israelita avisou hoje que considera a cidade de Gaza e a região circundante como um "campo de batalha" e ordenou aos residentes que "partam imediatamente" para o sul, através do rio Wadi Gaza.

"A província de Gaza tornou-se um campo de batalha; as zonas de abrigo e toda a província não são seguras", lê-se nos folhetos que o exército israelita afirma ter lançado no território palestiniano, de acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

"Devem partir imediatamente para as zonas a sul de Wadi Gaza", o rio que atravessa o território de leste a oeste, acrescenta-se ainda no texto da AFP.


Leia Também: O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita condenou hoje "qualquer ação terrestre" de Israel contra a Faixa de Gaza, considerando que constitui uma ameaça para a vida dos civis que vivem encurralados no enclave.

ONU adverte para "novo nível de violência e dor" na guerra com o Hamas

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POR LUSA    28/10/23 

O conflito entre Israel e o Hamas alcançou "um novo nível de violência e dor" desde que as forças israelitas intensificaram os bombardeamentos e cortaram a internet e outras telecomunicações na Faixa de Gaza, advertiram hoje as Nações Unidas.

O bombardeamento de infraestruturas de telecomunicações em Gaza e o seu isolamento do mundo exterior, intensificado desde sexta-feira, "põe a população civil em grave perigo", alertou hoje, num comunicado, o alto comissário da ONU para os Refugiados, Volker Türk.

Para o Alto-Comissariado, citado pela agência Efe, o 'apagão' dificultará, entre outras coisas, a busca por vítimas entre os escombros, por parte das equipas de resgate.

Além disso, "os civis não podem receber informação atualizada sobre onde podem aceder a ajuda humanitária", nem de quais são os lugares mais e menos perigosos no território, explicou o alto comissário.

Os jornalistas no interior de Gaza também já não podem informar acerca da situação naquele território palestiniano, acrescentou Türk, antes de manifestar preocupação quanto aos trabalhadores do próprio Alto-Comissariado da ONU, com os quais já perdeu o contacto.

"Tinham sofrido dias e noites de incessantes bombardeamentos em Gaza, perderam famílias, amigos e lares", disse o responsável máximo da ONU para os refugiados.

No comunicado, Türk advertiu para as "catastróficas consequências" que podem ter as novas operações militares em grande escala sobre Gaza, "com o risco de que milhares de civis continuem a morrer".

"Peço a todas as partes, assim como a Estados terceiros com influência sobre os lados em conflito, que façam tudo o que esteja ao seu alcance para desescalar as hostilidades e trabalhar para que israelitas e palestinianos possam desfrutar dos direitos humanos e viver juntos uns dos outros em paz", concluiu.

O ministro da Defesa de Israel disse hoje que "o solo tremeu em Gaza" e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.

"Passamos para a próxima etapa da guerra", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.

"Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (...) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso."

As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.

Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.



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Acompanhe o video_resumo da participação da Guiné-Bissau na reunião 147ª da Assembleia Geral da UIP_União Inter-parlamentar que juntou em Luanda, Angola, cerca de 150 delegações do mundo, sob o lema "Acção Parlamentar pela Paz, Justiça e Instituições Fortes".

  
Radio Voz Do Povo

O Presidente da União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau, Aladje Tcherno Suleimane Baldé, fala em Conferência de Imprensa sobre dos últimos acontecimentos (caso Mbantonha) e pede paz, tolerância e a união inter-religiosa no país

 Radio Voz Do Povo

Hezbollah reivindica 5 ataques a Israel em mais um dia de fogo cruzado

© FADEL SENNA/AFP via Getty Images

POR LUSA   28/10/23 

O grupo xiita libanês Hezbollah afirmou hoje ter lançado cinco ataques contra o norte de Israel, a maioria deles com foguetes, em mais um dia de intenso fogo cruzado.

De acordo com um comunicado do movimento xiita, a primeira ação desta tarde foi levada a cabo com mísseis teleguiados e "armas apropriadas" contra uma série de postos militares nas quintas de Chebaa e nas colinas de Kfar Chouba, territórios controlados pelos israelitas que o Líbano reclama como seus.

Em áreas separadas, o movimento armado reivindicou a responsabilidade por três outros ataques com mísseis contra duas posições e uma "força de infantaria" nas proximidades de um quartel, bem como uma quinta ação não especificada contra uma "congregação de soldados sionistas inimigos".

O Hezbollah afirmou que alguns dos ataques de hoje provocaram baixas nas fileiras do exército israelita, e detalhou que um deles foi em resposta ao alegado "ataque" de sexta-feira à noite contra civis e jornalistas, pertencentes a uma equipa de imprensa iraniana, durante o qual um cidadão iraniano foi morto.

As Forças Armadas israelitas informaram que a sua aviação atacou hoje a infraestrutura militar do grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Exército israelita precisou que estes bombardeamentos ocorreram em resposta à tentativa do Hezbollah, na sexta-feira, de lançar foguetes contra território israelita, que acabaram por atingir a vizinha Síria.

A troca de disparos entre Israel e o Hezbollah começou um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado solo israelita, em 07 de outubro, causando 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.

No dia seguinte, começaram as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, na fronteira entre Israel e o Líbano.

Estes incidentes fizeram pelo menos 63 mortos até agora: 06 em Israel - 05 soldados e um civil - e pelo menos 57 no Líbano, incluindo 08 civis - entre eles um jornalista da agência Reuters -, 43 membros do Hezbollah e 06 membros de milícias palestinianas.

Nos últimos dias, a organização xiita libanesa reconheceu um número significativo de vítimas nas suas fileiras, 43.

Esta semana, os líderes do Hamas e da Jihad islâmica da Palestina reuniram-se em Beirute com o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, cujo grupo é apoiado pelo Irão.

A escalada aumentou os receios de que o Líbano se possa tornar uma segunda frente na guerra entre Israel e as milícias de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contactos a nível nacional e internacional para tentar contê-la.


NOMEAÇÕES NO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

 

 Notabanca

Israel anuncia morte de chefe do Hamas que planeou ataque de 7 de outubro

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POR LUSA   28/10/23 

O exército de Israel anunciou hoje que um ataque com caças levou à morte do chefe do comando aéreo do Hamas, Ezzam Abu Raffa, que terá participado no planeamento do ataque de 07 de outubro.

"Abu Raffa foi responsável pela gestão dos sistemas de veículos aéreos não tripulados, drones, deteção aérea, parapentes e defesa aérea" do movimento islamita palestiniano, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

"Como parte da sua posição, participou no planeamento e execução do massacre assassino nos colonatos ao redor de Gaza em 7 de Outubro", acrescentou o exército na rede social X (antigo Twitter).

Num outro comunicado, as IDF afirmaram hoje que atingiram cerca de 150 alvos subterrâneos em Gaza, incluindo túneis e postos de combate subterrâneos, levando à morte de vários membros do Hamas.

"Durante a noite, aviões de guerra das FDI atingiram 150 alvos subterrâneos no norte da Faixa de Gaza, incluindo túneis usados por terroristas, locais de combate subterrâneos e outras infraestruturas subterrâneas. Terroristas do Hamas foram mortos", disse o exército.

As IDF tinham anunciado na sexta-feira que iriam ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos que têm atingido o enclave desde 07 de outubro.

O Hamas relatou na sexta-feira estar envolvido em "violentos combates" na Faixa de Gaza com as forças israelitas, que terão feito incursões terrestres em dois setores do território.

"Estamos a enfrentar incursões israelitas em Beit Hanoun (norte) e Boureij (centro) e há combates violentos", indicou o braço armado do Hamas, as brigadas Izz al-Din al-Qassam, em comunicado.

Também na sexta-feira, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os bombardeamentos israelitas sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no território palestiniano.



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